XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro. RELAÇÕES DOCENTE-DISCENTES: EXPECTATIVAS DAS ATIVIDADES DE MONITORIA Beatriz Galvão de Amorim1; Nathilucy do Nascimento Marinho2 Introdução O presente artigo tem como objetivo explanar a respeito das relações docente-discentes e as expectativas das atividades do/a monitor/a tem a desenvolver nas disciplinas de Conservação Têxtil e Lavanderia, como também, Espaço Habitacional e Antropometria, oferecidas pelo Departamento de Ciências Domésticas – DCD/UFRPE. As atividades de monitoria devem ocorrer de forma natural, produzindo o conhecimento técnico-científico entre Docentes, Discentes e Monitor/a do curso de Economia Doméstica na Universidade Federal Rural de Pernambuco. Conforme Abreu e Masetto (1989) o/a monitor/a é considerado/a um/a discente em formação, que possui conhecimento sobre um determinado conteúdo e que auxilia outros/as estudantes a se desenvolverem no processo de ensino e aprendizagem. Para que o desenvolvimento de atividades possa ocorrer facilmente com as turmas trabalhadas, é necessário que haja um conhecimento prévio pela parte dos discentes, tais conhecimentos são adquiridos durante o início do curso em outras disciplinas, tais relações também serão abordadas no seguinte trabalho. Material e métodos Para a realização do trabalho, inicialmente foi aplicado um questionário que ajudou a esclarecer as principais expectativas da discente monitora, com as relações que as disciplinas possuem entre si. Para dar suporte a discussão do trabalho, foi realizada uma pesquisa no acervo disponível na Biblioteca Central da Universidade Federal Rural de Pernambuco e em sites de referências. Resultados e Discussão Para que se possa entender e refletir sobre como a relação entre docente-discentes-monitor pode ser positiva e facilitada é necessário à reflexão sobre as questões abaixo apontadas: a) Perspectiva como monitora. Sendo a monitoria uma iniciação a docência, apreender habilidades de ensino e estratégias para convivência com os alunos é uma das perspectivas básicas. No entanto, deve se buscar o conhecimento mútuo que é gerado através das aulas, como também atividades entre o/a docente e o/a discente. b) A relação das disciplinas com a Economia Doméstica. O objetivo da Economia doméstica é a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos e das comunidades. O/A economista doméstico tem como função planejar, implantar e supervisionar programas de desenvolvimento social nas áreas de alimentação, direitos do consumidor, economia familiar, habitação, saúde e vestuário. A grande relação entre a disciplina de Conservação Têxtil e Lavanderia com a formação de Economista doméstico começa a partir dos conhecimentos prévios que são aplicados através de orientações de outros/as profissionais de áreas distintas (Química Orgânica, Microbiologia, Bioquímica da Nutrição, Higiene e Saúde Pública, Tecnologia Têxtil, dentre outras) que contribuirão para nortear o aprendizado do/a discente. 1 Discente do curso de Bacharelado em Economia Doméstica do Departamento de Ciências Domésticas, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos - CEP: 52171-900 - Recife/. E-mail: [email protected] 2 Docente do curso de Bacharelado em Economia Doméstica do Departamento de Ciências Domésticas, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Rua Dom Manoel de Medeiros, s/n, Dois Irmãos - CEP: 52171-900 - Recife/. E-mail: [email protected] XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro. As distinções das disciplinas oferecem aos/às discentes conhecimentos básicos que serão utilizados posteriormente. Como exemplo, na Disciplina de Química Orgânica é visualizado quais reações existem e quais resultados as mesmas podem causar na conservação do vestuário. Nas disciplinas de Microbiologia, Bioquímica da Nutrição e Higiene e Saúde Pública é visto quais microrganismos podem ser nocivas a saúde e quais os cuidados que se deve ter para evitálos, podemos também ter noções de tipos de sujidades e retirá-las através das características apresentadas. Com tais noções apreendidas, o/a discente está apto a realizar as atividades da disciplina de Conservação Têxtil e Lavanderia, na qual os mesmos irão conhecer: quais os métodos corretos para a armazenagem do vestuário; Como ler uma etiqueta e quais os significados dos símbolos das mesmas; quais tipos de lavagens são indicados para cada tecido e para cada mancha; quais cuidados se devem ter ao manusear os produtos para limpeza dos produtos têxteis; Quais beneficiamentos podem ser realizados nos produtos têxteis, dentre outros conhecimentos que irão ser trabalhados com os/as discentes. Tais conhecimentos são importantes no momento em que o/a profissional estiver executando atividades através da orientação às famílias, comunidades rurais e urbanas e/ou instituições privadas ou públicas que trabalham com o beneficiamento têxtil e lavanderia e/ou conservação do vestuário. A disciplina de Espaço Habitacional e Antropometria também possui grande relação com a Economia Doméstica, pois ajuda a entender o campo da Antropometria. Que de acordo com Iida (2005) é a ciência que estuda e avalia as medidas de tamanho, massas e proporções do corpo humano. Sendo assim, a disciplina tem como objetivo congruir a ambientação com as normas e medidas da antropometria, para que haja uma adequação do ambiente para as necessidades do usuário, criando assim um ambiente seguro e confortável para todos os usuários, independentemente de suas condições físicas. A disciplina deriva da Ergonomia que de acordo com a ABERGO é o estudo das relações do homem com seu trabalho, equipamento, ambiente e particularmente, a aplicação dos conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia e solução dos problemas que surgem desse relacionamento. A mesma tem como objetivo o estudo da adaptação do trabalho ao homem. Sendo caracterizado como trabalho todo e qualquer meio (ambiente/objeto) que o homem possa utilizar em seu dia-a-dia. Tais conhecimentos podem ser empregados tanto no âmbito privado (casa) quanto no público (restaurantes, lojas, instituições educacionais, dentre outros espaços). Outro fator relevante na disciplina é a preocupação da adequação do ambiente para todos os usuários, ou seja, o estudo da acessibilidade. De acordo com a ABNT3, NBR950 define acessibilidade como: "a condição para utilização com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação por uma pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida". c) Quais estratégias podem ser usadas para incentivar os/as alunos/as na vida acadêmica? O/A monitor/a tem habilidades que devem ser realizadas e incentivadas pelo docente, para que se possa promover o desenvolvimento natural do aprendizado. As habilidades são: Auxiliar o docente e os discentes nas atividades realizadas; auxiliar os discentes com quaisquer dúvidas que possam surgir; observar o acervo da biblioteca para futuras buscas de materiais para a disciplina. Numa turma onde os/as Discentes não tem muito interesse na área, é importante ressaltar os lados positivos da disciplina e quais serão suas utilizações no âmbito profissional, para que assim, possa ser despertado no/a discente o interesse e a responsabilidade para com o conhecimento ali oferecido. Em turmas onde há interesse pela área e pela disciplina, é importante que haja sempre um maior incentivo para que interesse só aumente. Portanto, em todos os casos, buscar referências, promover a ajuda com os assuntos da disciplina e ser solícito para quaisquer dúvidas ou demandas que possam surgir, são os fatores importantes e necessários para que os/as discentes sejam incentivados/as e possam continuar cursando as disciplinas sem maiores dificuldades. 3 ABNT – Associação Brasileira de Normas e técnicas. XIII JORNADA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO – JEPEX 2013 – UFRPE: Recife, 09 a 13 de dezembro. Referências ABREU, M. C. de; MASETTO, M. T. O professor universitário em sala de aula. São Paulo: Associados, 1989. IIDA, Itiro. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo : Edgard Blücher, 2005. O que é Acessibilidade - http://www.fnde.gov.br/acessibilidade - Acesso em: 12/10/2013. ABERGO-Associação Brasileira de Ergonomia. O que é Ergonomia. http://www.abergo.org.br/internas.php?pg=o_que_e_ergonomia - Acesso em: 10/out. 2013. Disponível: