ASSUNTO PARA A ESCOLA BIBLICA DOMINICAL PARA AS CLASSES DE:
CRIANÇAS, INTERMEDIÁRIOS E ADOLESCENTES.
TEMA: O TESTEMUNHO DO SERVO DO
SENHOR
Título: O TESTEMUNHO DE DANIEL – (1ª aula)
Ler: Daniel 1:6-7 – “E entre eles se achavam, dos filhos de Judá, Daniel, Hananias, Misael e Azarias. E o chefe
dos eunucos lhes pôs outros nomes, a saber: a Daniel pôs o de Beltessazar, e a Hananias, o de Sadraque, e a
Misael, o de Mesaque, e a Azarias, o de Abede-Nego”.
OBJETIVO DA AULA
Daniel – exemplo do servo que alcançou a vitória através da decisão tomada diante do Senhor de testemunhar
do Senhor numa terra estranha. Com o seu testemunho, Daniel assim preservou sua íntima comunhão com
Deus, conciliando sua vida espiritual e sua formação profissional (o testemunho, a conduta do servo).
INTRODUÇÃO
UMA PERGUNTA: É possível servir a Deus em Babilônia?
Babilônia foi fundada por Ninrode e era a cidade mais magnífica do mundo antigo. Situada no berço da raça
humana, às margens do rio Eufrates, foi edificada ao redor da torre de BABEL (Gn 11:9).
A cidade era a residência predileta dos reis babilônicos, assírios e persas e até mesmo de Alexandre o Grande,
que tinha planos de embelezá-la ainda mais, porém morreu antes de poder concretizá-los. Era, portanto, o
centro das atenções do mundo antigo e foi a capital do primeiro império político do homem.
O império babilônico sucedeu ao império Assírio de pouca expressão no cenário político da história do homem.
O império babilônico por mãos de Nabucodonosor alcançou a glória, e era o que de mais importante existia.
Sua pompa foi tão expressiva que até hoje os historiadores falam dos avanços que aquele império proporcionou
(jardins suspensos – rede de esgotos – etc.).
Estar em Babilônia era estar em evidência; participar da mesa do Rei era motivo de muita satisfação e honra
para o nobre de Babilônia.
DANIEL CAPÍTULO 1
MOMENTO HISTÓRICO
v.1 “No ano terceiro do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, veio Nabucodonosor, rei da Babilônia, a Jerusalém e
a sitiou”.
EXPLICAR RESUMIDAMENTE QUEM FOI NABUCODONOZOR E O MOMENTO VIVIDO POR
ISRAEL
DADOS SOBRE NABUCODONOZOR (APENAS PARA PROFESSOR)
•
(Nabucodonozor = “Nabu – projeta meu filho”) Nabu = divindade babilônica.
Seu pai foi o fundador da dinastia babilônica que dominou o império assírio. Em 612 a.C. Nabucodonozor foi
coroado príncipe e comandante do exército caldeu que derrotou os egípcios. Seu exército invadiu Jerusalém em
605 a.C. Nabucodonozor tornou-se rei. Como rei governou de 605 até 562 a.C. – mais da metade do império
babilônico (império babilônico durou de 612 a 529).
Nabucodonozor tornou-se um grande estadista, pensava que era poderoso ao conquistar várias nações e tomar
Jerusalém, porém não foram conquistas decorrentes de seus méritos ou poderio, o Senhor o usou para derrotar
os inimigos de Israel e permitiu o cativeiro com uma lição ao povo desobediente.
V.2 “E o Senhor entregou nas suas mãos a Jeoaquim, rei de Judá, e uma parte dos utensílios da Casa de Deus, e
ele os levou para a terra de Sinar, para a casa do seu deus, e pôs os utensílios na casa do tesouro do seu deus”.
O CATIVEIRO
O rei de Babilônia trouxe, da linhagem real de Judá, moços sem defeito algum, para aprenderem a cultura e
costumes babilônicos e determinou-lhes a comida, os prazeres e toda a participação deles daquilo que o rei
vivia. O império babilônico dominava todas as coisas, e uma das técnicas utilizadas pelos reis babilônicos era o
de levar para Babilônia os príncipes (os filhos dos nobres) de cada reino conquistado visando uma adaptação
dos mesmos aos costumes do império e depois os usava na administração de suas próprias regiões. Agindo
assim se evitava os levantes e as revoltas dos povos conquistados.
Na verdade o cativeiro aconteceu em razão do pecado de Israel – o povo pecou, esqueceu-se do Senhor e o
cativeiro lhes foi por consequência. Foi, portanto, permitido por Deus para dar um ensino de correção a Israel.
(Daniel 1:2). Nabucodonozor trouxe os nobres de Judá para a Babilônia.
OS JOVENS CATIVOS DE ISRAEL:
v.3 “E disse o rei a Aspenaz, chefe dos seus eunucos, que trouxesse alguns dos filhos de Israel…,”
CARACTERÍSTICAS DOS JOVENS (ADOLESCENTES) ESCOLHIDOS
Requisitos exigidos por Nabucodonozor: (v.3-4)
*
filhos de Israel, da linhagem real e dos nobres;
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jovens em quem não houvesse defeito algum;
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formosos de aparência;
*
e instruídos em toda a sabedoria;
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e sábios em ciência;
*
e entendidos no conhecimento;
*
e que tivessem habilidade para assistirem no palácio do rei.
Quem seriam estes jovens (adolescentes) hoje, alvos da escolha do adversário?
O grupo de servos da igreja, fiéis ao Senhor:
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Nobres;
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Da linhagem real – filhos de Deus, co-herdeiros com Cristo;
*
De boa aparência – diferentes da aparência dos jovens do mundo;
*
Sem defeitos – sem vícios, sem maus costumes;
*
Instruídos – conhecimento e vivência da Palavra;
*
Bem sucedidos nos estudos;
*
Habilidade para assistirem ao rei – preparados para o serviço do Senhor Jesus.
O verso 6 dá destaque a 4 moços dentre aqueles que foram deportados de Judá: Daniel, Hananias, Misael e
Azarias.
Estes moços eram tão diferentes que isto chamou a atenção do chefe dos eunucos, que resolveu mudar-lhes os
nomes, (Dn.1:7) para que fossem semelhantes aos outros jovens do reino, para adaptação deles ao reino de
Babilônia.
O nome é o que individualiza a pessoa na multidão; o nosso nome nos identifica, declara a nossa filiação, a
nossa origem e a nossa descendência familiar. É através do nome se sabe de quem você é filho. Quando aqueles
jovens foram apresentados, seus nomes chamaram atenção dos que ouviam, porque em seus nomes havia uma
declaração, uma adoração ao SENHOR.
Daniel
è Deus é meu Juiz.
Hananias è O Senhor é clemente (misericordioso);
Misael
è Quem é igual a Deus
Azarias è Aquele a quem o Senhor ajuda
Ora isso de imediato não pareceu bem ao encarregado do Rei de Babilônia que se chamava Aspenaz
(hospedeiro). Daí logo a decisão para a mudança dos nomes dos moços.
Na verdade, o propósito do adversário sempre foi desvirtuar, na vida dos servos, os valores de DEUS. Há uma
guerra onde o adversário tenta anular a bênção de Deus na vida do homem. Houve a mudança dos nomes para
que os moços se adaptassem à cultura e costumes de Babilônia.
Daniel
è Beltessazar – “Bel protege a vida”. (Bel: deus de Babilônia)
Hananias è Sadraque – “Amigo do rei” (amizade com o mundo)
Misael
è Mesaque – “Quem é como a advinhação”.
Azarias è Abdnego – “Servo do deus Nego” (deus da ciência humana)
Na mudança dos nomes havia uma inversão de valores, um intento sutil de menosprezar a adoração ao Senhor.
Na mudança dos nomes havia uma descaracterização da origem deles.
MEDIDAS DO REI PARA MODIFICAR OS JOVENS (ADOLESCENTES) HEBREUS – TIRAR TODA A
CULTURA DE ISRAEL, MUDAR A IDENTIDADE E O COMPORTAMENTO.
*
A fim de que fossem ensinados nas letras e na língua dos caldeus.
(nova cultura, novo modo de falar = modo do mundo)
*
(v.5) E o rei lhes determinou a porção diária.
( o assédio e os oferecimentos do adversário hoje são diários – TV, revista, etc)
*
das iguarias do rei, e do vinho que ele bebia,
(hábitos da babilônia = hábitos do mundo)
*
e que assim fossem mantidos por três anos,
(tempo determinado pelo rei para moldar os jovens)
*
para que no fim destes pudessem estar diante do rei
(finalidade da preparação = serem capacitados para atuarem profissionalmente, porém servindo e adorando aos
ídolos)
*
troca de nomes = troca de identidade
O rei pretendia que Daniel, desde a sua preparação até o dia em que começasse a trabalhar, esquecesse o Senhor
e buscasse proteção nos ídolos. Mas nos 3 anos que ali estiveram, foram protegidos pelo Deus que é Pai, Filho e
Espírito Santo.
O COMPORTAMENTO DE DANIEL
Aparentemente Daniel tinha motivos para aceitar aquela mudança proposta pelo rei, pois:
- fazia parte de uma adaptação à vontade do rei de Babilônia;
- estava longe de casa, longe do templo;
- ninguém estava vigiando-o, pelo contrário, era a ordem daqueles que agora o governava;
- havia um futuro para ele garantido, estaria vivendo entre os que se assentavam à mesma do rei de Babilônia.
Aquilo que estava sendo proposto a Daniel em Babilônia era semelhante àquilo que foi proposto ao Senhor
Jesus na tentação no deserto: “Tudo isto te darei se prostrado me adorares”. (Mateus 4:9).
Na próxima lição veremos qual a decisão tomada por Daniel, no seu testemunho de servo em Babilônia, para
concluirmos que é possível servir a Deus num mundo babilônico com tantas ofertas.
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TEMA: O TESTEMUNHO DO SERVO DO SENHOR