1
A Decisão Ousada de Daniel
Daniel 1:1-21
Versículo: Col. 3:23
Nabucodonosor
Na magnificente cidade da Babilônia reinou um dos maiores monarcas da história,
o rei Nabucodonosor.
Nabucodonosor subiu ao poder na Babilônia por volta do ano 600 antes de Cristo,
isto é, seiscentos anos antes de nosso Senhor Jesus Cristo vir à terra. Nabucodonosor
rapidamente se tornou o mais poderosp monarca de s u tempo. Nabucodonosor, como
todo o povo da Babilônia, adorava muitos deuses falsos, ou ídolos. Na verdade, a
esmagadora maioria dos povos da terra naqueles tempos adorava ídolos. E até o povo
escolhido de Deus, os judeus, havia se desviado do Senhor e estava também a adorar
ídolos.
Por causa disso, Deus vinha avisando SEU servo de que Ele o castagaria se não
abandonasse a idolatria e O obedecesse. Deus mandou Seu profeta Jeremias a pregar ao
povo para que voltasse ao Senhor, mas a maioria dos judeus nem ligou para o profeta.
Daniel e seus amigos
Entre os jovens de Jerusalém havia um rapaz de nome Daniel, um jovem bonito e
inteligente, e seus três amigos: Hananias, Misael, e Azarias.
No meio de toda a idolatria que campeava em Jerusalém, esses quatro jovens
ficaram fiéis ao Senhor e davam seu testemunho de que somente a Deus devemos adorar.
Com certeza os pais desres jovens eram tementes a Deus porque o nome de cada
um deles tem um significado que diz respeito a adoração de Jeová, nosso Deus.
Com efeito, o nome de Daniel em hebraico significa "Deus é meu juiz"; Hananias
significa "Presente do Senhor"; Misael significa "Aquele é o Deus forte"; e Azarias
significa "o Senhor é socorro". A Bíblia esclarece que esses quatro rapazes eram sem
defeito, de boa aparência, instruídos em toda a sabedoria, doutores em ciência e versados
no conhecimento, e eram competentes para servir na corte do rei.
Nabucodonosor sitia Jerusalém
Finalmente chegou o tempo em que Deus teve de punir o povo de Israel conforme
havia avisado, e o rei Nabucodonosor foi o instrumento dos desígnios divinos. Deus
permitiu que o grande rei Nabucodonosor da Babilônia marchasse com seu exército bem
treinado cerca de 850 quilómetros rumo oeste até a capital de Israel, Jerusalém.
Nabucodonosor chegou e facilmente derrotou a nação judaica. Por ordem do rei
Nabucodonosor, os soldados babilônios entraram na casa dos nobres da cidade de
Jerusalém e capturaram os jovens da nobreza para levá-los como captivos do reino do
grande monarca Nabucodonosor.
Os soldados babilônios entraram no Templo de Deus em Jerusalém e pegaram as taças e
os vasos que eram usados na adoração a Deus. Nabucodonosor então ordenou que esses
vasos sagrados fossem transportados para a cidade da Babilónia e depositados na casa dos
tesouros dos ídolos pagãos.
Daniel e seus amigos, com muitos outros judeus, foram obrigados a marchar pelos
desertos. Depois de três meses de viagem por essas terras desolados, chegaram
finalmente à grande cidade da Babilônia.
Quando chegaram à Babilónia, Daniel e seus amigos não foram metidos em
masmorras como esperavam. Ao invés disso, foram morar num grande edifício
ornamentado, juntamente com outros jovens cativos judeus.
Daniel decide em seu coração servir a Deus
Não somente receberam roupas finas para usar, como foram morar também num
ambiente luxuoso, principesco, o que muito os surpreendeu. Não era esse o tratamento de
praxe dispensado aos prisioneiros de guerra. Logo compreenderam que haviam sido
escolhidos especialmente para comerem à mesa do rei e serem educados em toda a cultura
da Babilônia. O rei Nabucodonosor havia escolhido esses jovens israelitas para treiná-los
como administradores babilônios. Deveriam falar, agir e pensar como babilônios, de
modo que mais tarde pudessem servir ao rei como cortesão muito bem treinado.
Aspenaz, o chefe dos eunucos do rei ficou encarregado especialmente desses
jovens judeus de elite. A primeira cousa que Aspenaz fez, foi mudar-lhes os nomes. O
nome de Daniel foi trocado para Beltessazar (que significa guarda do tesouro de Baal). O
nome de Hananias foi mudado para Sadraque (em homenagem ao deus sol). Misael foi
rebaptizado de Mesaque (homenagem a deusa Shaca). E o nome de Azarias, Aspenaz
mudou para Abedenego (significa servo do fogo flamejante).
Embora os babilônios tivessem poder para mudar os nomes desses jovens, Daniel
e seus amigos aabiam que, com ajuda de Deus, ninguém poderia mudar-lhes a lealdade ao
cerdadeiro Deus de Israel.
Daniel resolveu firmemente que não se deixaria contaminar com a idolatria que os
cercava, pois sabia também que for a a idolatria que trouxera o julgamento de Deus sobre
o amado povo de Jerusalém e Israel. Daniel viu a comida deliciosa que puseram diante
dele e então indagou se ela havia sido oferecido aos ídolos, sendo informado de que for a.
Viu também, que havia na mesa, carnes que Deus havia proibido o povo judeu de
comerem, de sorte que Daniel decidiu em seu coração quenão desobedeceria a seu Deus.
Seus três amigos ficaram ao lado de Daniel e tomaram a mesma decisão. Decidiram
conjuntamente que não comeriam a carne da mesa do rei, porque isso seria participar da
idolatria pagã, em desobediência às leis de Deus. Notaram que os outros jovens israelitas
não hesitaram em comer a carne na mesa eeal. Essa comida era considerada a melhor do
reino, pois era preparada e cozida no mesmo instante e no mesmo local que a comida do
rei. E, contudo, Daniel e seus amigos tomaram a firme decisão de não comer tal comida.
A ousada decisão de Daniel proveio de seu coração, onde de facto nascem todas as
decisões, pois ele havia decidido em seu coração que seria fiel a seu Deus, e não se
contaminaria com a carne que o rei mandava servir, ainda que a sua recusa pudesse
significar a morte.
Daniel pediu a Aspenaz podamente que ele e seus amigos fossem dispensados de
comer a comida que o rei mandava servir e beber do vinho do rei também. Pediu ainda
que, no lugar dessa comida e desse vinho, lhes fossem permitido comer guisado de
verduras e beber somente água.
Aspenaz ficou chateado com esse pedido e protestou: "Se vocês não comerem esta
boa comida que lhes servimos, e ficarão magros, abatidos e pálidos, e o rei ficará muito
zangado comigo por não cumprir suas instruções. Pior ainda, pedirá minha cabeça mandará me matar."
Daniel não discutiu com Aspenaz. Sabia que era a vontade de Deus que ele
obedecesse aos que tinham autoridade sobre ele, e que Deus colocara o rei
Nabucodonosor e o mordomo Aspenaz na posição em que se encontravam. Por isso,
Daniel foi ao homem que Aspenaz colovara como encarregado dos príncipes cativos e lhe
pediu que permitisse a ele e seus amigos experimentarem o plano que tinham durante dez
dias. Daniel suplicou: "Se nos traga verduras e água por dez dias nos deixe comer só isto;
findo esse prazo, verifique se nossa aparência não está melhor do que a daqueles que
come da comida do rei. Se estivermos magros e amarelos, então faça connosco o que lhe
aprouver."
2
Daniel diante do rei
Daniel 1:1-21
Versículo: Col. 3:24
A ousada decisão de Daniel
O encarregado concordou em experimentar o plano de Daniel por dez dias.
Raciocinou que dez dias não fariam mal e que se os planos dos jovens não funcionassem
ele teria tempo de corrigir a situação antes que outras pessoas notassem, especialmente o
rei.
E assim, por dez dia , Daniel, Sadraque, Mesaque, e Abedenego comeram só
verduras e beberam água. É possível que os outros jovens judeus tenham achado graça e
mofado deles, ridicularizando-os por sua recusa em comer a comida deliciosa da mesa
real! Mas Daniel não abalou, ficou firme. Em seu coração sabia o que era certo e decidira
firmemente obedecer a Deus.
Passados os dez dias, o encarregado comparou Daniel e seus amigos com os
outros jovens, ficando surpreso de ver que eles estavam mais fortes e mais sadios que os
jovens judeus que haviam se alimentado com a carne e o vinho da mesa do rei. O
encarregado se convenceu e permitiu que Daniel e seus amigos continuassem com a dieta
de verduras e água. Daniel e seus amigos sabiam que for a Deus Quem lhes respondera as
orações, de modo que a fé que tinham no Senhor cresceu mais ainda.
Daniel, Sadraque, Mesaque, e Abednego aprenderam muitas coisas ao longo
daqueles três anos compridos sob a tutela dos professores babilônios. Tiveram de
aprender a língua e a literatura babilônicas, e todo o conhecimento vasto de seus captores.
Durante aqueles três anos, Daniel e seus amigos estudaram diligentemente, mas
também não deixaram de orar continuamente e confiar no seu Deus. Sempre tinham o
melhor aproveitamento nos estudos porque sabiam que era isso que seu Deus desejava
que fizessem. Deus quer que você se apkique aos estudos quando também for à escola. A
Bíblia nos diz:"Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor, e
não para os homens, sabendo que do Senhor recebereis a recompensa de herança: porque
servis ao Senhor Jesus Cristo." (Col, 3:2 -24).
Daniel e seus amigos foram recompensados pela sua fé em Deus, sua obediência a
Ele, e a aicação aos estudos, visto que, no transcorrer desses três anos, "Deus lhes deu o
conhecimento e habilidade em toda cultura e sabedoria " (Daniel 1:17).
Os jovens são levados à presença de Nabucodonosor
Finalmente, os três anos passaram e chegou o tempo de Daniel e os três amigos
compareceram à presença do rei Nabucodonosor, para fazerem as provas. Aspenaz, o
príncipe dos eunucos , levou-os à sala do trono para serem examinados directamente pelo
rei Nabucodonosor. O rei inicou a bateria de testes fazendo-lhes muitas perguntas.
Nabucodonosor ouviu deliciado as respostas inteligentes. Esses quatro jovens eram
surpreendemente brilhantes! Eram, de facto, dez vezes mais sábios do que os sábios e
mágicos de sua corte. Nabucodonosor ficou tão satisfeito com Daniel e seus amigos que
decidiu empregá-los como seus conselheiros particulares.
Esses quatro jovens príncipes judeus foram fiéis a Deus 3 Deus os recompensou.
Escolheram servir e obedecer a Deus, embora estivessem longe de casa, longe de seus
país, e longe da influência dos pais. Haviam demonstrado que o Senhor significava para
eles mais do que comida, mais do que o aplauso de seus amigos judeus ao redor, mais do
que o prestígio junto a seus superiores, mais até do que a própria vida. A decisão ousada
de Daniel, nascida das profundezas de seu coração, havia condicionado seu destino. Deus
o preparia agora para fins mais espectaculares do que o próprio Daniel ou o rei
Nabucodonosor, ou qualquer outra pessoa poderia imaginar.
Aplicação
Vocês acham que foi fácil para Daniel e seus amigos defenderem os princípios em
que acreditavam? E acham que foi fácil para eles serem diferentes de todos os outros
jovens cativos judeus? Não, não foi fácil. Foi muito difícil porque todos os outros
príncipes de Judá aceitaram comer a comida do rei, e beber também o seu vinho. E é
muito provável que tenham também rido de Daniel e seus amigos.
Da mesma forma que Daniel e seus três amigos estavam em minoria na corte de
Nabucodonosor naqueles tempos passados, os crentes de hoje em dia ainda estão em
minoria também. Muitos jovens começam a fumar, a Beber ou a usar drogas porque nâo
querem ser diferentes de seus amigos. É possível também que usem palavrões ou
pratiquem outras coisas pecamibosas a fim de serem aceitos pelos amigos que não são
crentes. Esta história verdadeira de Daniel nos ajudará a ver que é possível trilhar o
caminho do Senhor mesmo quando todas as outras pessoas parecerem seguir por um
caminho diferente. Deus sempre honra aos que O honram.
Deus tinha um motivo para permitir que Daniel e seus três amigos fossem levados
cativos para a terra da Babilônia, do mesmo modo que Ele tem motivos para permitir que
dificuldades atravessem o seu caminho e coisas desagradáveis lha aconteçam. Deus
estava elaborando um plano glorioso através do qual multidões ouviriam Seu nome e
viriam a crer nEle. Você ousaria ser um Daniel hohe? Ousará tomar uma posição ao lado
do que é correcto mesmo quando todos a seu redor esticerem agindo errado?
3
Nabucodonosor Sonha com um Império Mundial
Daniel 2:1-49
Versículo: Col. 4:2
Nabucodonosor sonho com um Império mundial
Já teve alguma vez um sonho que o tenha perturbado muito? Talvez já teve um
sonho que o assustou tanto que gritou ou chamou os seus pais?
O rei Nabucodonosor tem um sonho perturbador
O orgulhoso rei Nabucodonosor, o monarca que governava o mundo, teve um
sonho assustador. Foi um sonho diferente de todos os outros que tivera antes, de modo
que ele pressentiu que esse sonho deveria ter um significado especial. Será que algo
terrível iria acontecer-lhe e o sonho for a um aviso? O rei ficou tão preocupado que nem
descansava nem dormia, ficou insonso. Fez então o que sempre fazia em tais
circunstâncias de aborrecimento: convocou à sua presença todos os mágicos, astrólogos,
e feiticeiros da corte. Com certeza essa gente poderia interpretar seu sonho perturbador.
Afinal de contas era o trabalho deles saber todas as coisas misteriosas da vida para
aconselhá-lo quando necessário.
Quando esses importantes homens se reuniram em sua presença, o rei começou a
tamborilar os dedos na mesa, nervosamente. Seu comportamento mostrava que ele estava
perturbado e, afinal, ele falou: "Tive um sonho que me está perturbando, preciso saber o
que significa."
Os conselheiros do rei inclinaram as cabeças diante do poderoso monarca e
disseram: "Ó rei, vive para sempre; conte-me o sonho e nós lhe diremos o seu
significado."
"Mas eu esqueci o sonho," disse o rei. "Presume-se que sabeis todos os mistérios
da Vida, de sorte que deveis dizer-me o que sonhei e o que significa. Se me fizerdes saber
o sonho e a sua interpretação, eu vos recompensarei com presentes e grandes honras. Mas
se, para início de conversa, não puderdes dizer-me nem o que sonhei, sabeis o que farei?
A morte será a vossa sentença, porque sois uns vigaristas e não sabeis de nada. Vamos lá,
contai-me primeiro o que sonhei!"
Os mágicos se entreolharam inquietos. Como poderiam adivinhar o que o rei
havia sonhado? Isso era impossível!
Um dos mais corajosos dentre deles falou em nome de todos: "Conte-nos ó rei o
sonho e nós daremos a sua interpretação com muito prazer, ó majestade!"
Ao ouvir isso, o rei ficou uma fera. "Estais querendo só ganhar tempo!" vociferou.
"Sei que quereis enganar-me seus mentirosos! Estais esperando que a desgraça me
aconteça. Contai-me agora o que sonhei e então saberei que de facto podeis interpretar
meu sonho."
Os adivinhos e os mágicos temeram diante da ira do rei Nabucodonosor. Um deles
fez um último apelo: "Ninguém em toda a terra, ó rei, pode dizer-lhe o que vossa
majestade sonhou. Nenhum monarca jamais pediu tal coisa de seus sábios. Somente os
deuses poderiam revelar o que Vossa majestade sonhou e os deuses não habitam entre os
homens."
O rei ficou mais furioso ainda:"Sois todos uns impostores!" vociferou. Mandarei
matar todos vós, um por um."
Os mágicos se voltaram e correram, contando poder escapar e fugir, mas os
guardas os pegaram e os imobilizaram.
Daniel ouve falar no sonho
Arioque, o capitão da guarda real, contou a Daniel que o rei decretara a morte de
todos os sábios do reino. Esse decreto incluía Daniel e seus três amigos, visto que eles se
haviam tornado parte do selecto grupo de sábios do reino um ano antes.
"Porque o rei vai mandar executar todos os sábios da corte?" perguntou Daniel a
Arioque.
"Porque eles não lhe puderam contar um sonho que tivera, nem a sua
interpretação," Arioque esclareceu.
"Quero falar com o rei," disse Daniel.
"Ele está muito zangado," preveniu Arioque, "mas se pensas que deste atender o
pedido do rei, conseguirei uma audiência para ti com ele, com muita satisfação."
Daniel vai à presença do rei
Então Arioque levou Daniel à presença do rei Nabucodonosor.
"Se vossa majestade me der tempo" disse Daniel, "eu lhe direi o sonho e a sua
interpretação."
O rei ouviu com agrado as palavras de Daniel. Afinal estava aqui um de seus
sábios demonstrando respeito a se pedido, e até lhe prometendo uma resposta. No fim de
contas, ele não verificara pessoalmente que Daniel e seus amigos eram dez vezes mais
sábios do que qualquer mágicos ou astrólogo babilónio? Quem sabe se Daniel não
mostraria suficientemente sábio para ajudá-lo agora! O rei Nabucodonosor concordou em
suspender a execução de todos os sábios da Babilónia até que Daniel tivesse o tempo
suficiente para solucionar o Mistério de seu sonho.
Daniel e seus amigos oram
Daniel voltou para a companhia de seus três amigos com um urgente pedido de
oração. Não tinham a menor ideia do sonho que Nabucodonosor tivera, mas sabiam que o
Deus dos céus poderia revelá-lo a eles. "Precisamos orar a Deus," Daniel disse a seus
amigos. "Precisamos pedir a Deus que seja misericordioso para connosco e nos revela o
sonho e seu significado, sua interpretação, do contrário todos pereceremos juntos com os
sábios da Babilónia."
Os quatro jovens oraram intensamente a Deus sobre o assunto, e naquela mesma
noite Deus revelou o segredo a Daniel. O sonho de Nabucodonosor era uma visão do
futuro, e revelava o que iria acontecer aos grandes reinos do mundo num futuro distante.
O sonho também revelava o que aconteceria nos fins dos tempos.
Daniel ficou pasmado com o que Deus lhe revelou. Ele contou tudo a seus três
amigos e eles deram louvores a Deus poderoso que comanda todos os reinos do mundo.
Daniel foi procurar Arioque, o capitão da guarda, e lhe disse: "Não é preciso mais
matar os sábios da Babilónia. Leva-me ao rei, e eu lhe revelarei o sonho e a sua
interpretação."
Daniel se oferece para interpretar o sonho
Na presença do rei, Arioque, anunciou: "Encontrei entre os cativos de Judá um
homem que interpretará o sonho do rei."
O rei disse a Daniel: "És capaz de me dar a conhecer o sonho que tive e a sua
interpretação?"
Daniel respondeu: "Os sábios, Mágicos, astrólogos e adivinhos não podem revelar
este segredo ao rei, mas há um Deus no céu que revela segredos. Ele conhece todas as
coisas, Ele sabe o futuro do mundo, Ele lhe fez saber, ó rei, o que irá acontecer no futuro.
O segredo me foi revelado, não porque eu seja mais sábio do que os outros, mas para que
vossa majestade saiba o que acontecerá no futuro. Eis o que viu no seu sonho, ó rei."
Daniel não reivindicou para si o crédito pelo que Deus lhe mostrara. Sabia que
toda sua sabedoria provinha de Deus, e ele deu ao Senhor a glória que por direito pertence
a Deus. Talvez nunca houvessem falado do Deus vivo e verdadeiro ao rei Nabucodonosor
antes. Assim, aqui estava um jovem cativo judeu diante do mais poderoso Monarca da
história, falando-lhe do Rei dos reis e Senhor dos senhores, o Deus do Universo, diante de
Quem todos os povos e nações se curvarão um dia.
4
A Estátua do Sonho de Nabucodonosor
Daniel 2:1-49
Versículo: Salmo 71:1
A estátua do sonho de Nabucodonosor
"Vistes, ó rei," disse Daniel, "uma estátua gigante e de extraordinário esplendor. A
cabeça da estátua era de ouro; o peito e os braços de prata o ventre e os quadris de bronze;
as pernas de ferro; e os pés eram feitos de uma mistura de ferro e barro."
Nabucodonosor assentiu. Sim, for a isso mesmo que ele vira no sonho! Prossiga,
prossiga, ele concitou Daniel.
"No sonho," Daniel continuou, "viste uma enorme pedra cair nos pés da estátua,
quebrando-a em muitos pedaços. Os pedaços viraram pó que foi levado pelo vento. Só
ficou a pedra que se tornou uma grande montanha e encheu toda a terra,"
"Isso mesmo! Isso mesmo! Foi exactamente isso que sonhei! Lembro-me
claramente de tudo agora," disse o rei.
"E a interpretação do sonho, ó rei, é a seguinte," disse Daniel: "Deus deu a vossa
majestade um grande reino e glória. Vossa majestade reina sobre o mundo inteiro. Vossa
majestade é a cabeça de ouro."
Nabucodonosor se inclinou para a frente e escutou avidamente. O que Daniel
acabara de lhe contar eram boas notícias, não era nada ruim; e agradavam muito o seu
ego. Gostou do que ouviu.
"Depois de Vossa majestade, se levantará outro reino, representado pelos braços e
ombros de prata, mas será menos poderoso do que seu reino, posto que a prata é inferior
ao ouro. Um terceiro reino, representado pelos quadris de bronze, substituirá o reino de
prata, e governará toda a terra. Então surgirá um quarto reino, tipificado pelas pernas de
ferro, que será forte como o ferro. Com crueldade ele quebrará e machucará a todos que se
opuserem a ele. Os dedos da estátua eram feitos de barro e de ferro, na mesma proporção,
o que representa um último reino que é parcialmente forte e parcialmente fraco."
"Nos dias desses reis, o Deus de céu virá e reduzirá a pó todos esses reinos
terrenos e estabelecerá seu próprio reino que nunca será destruído, que substituirá para
sempre. O reino de Deus será o último a dominar a terra e permanecerá para sempre."
O escorço da história
Deus estava dando a Nabucodonosor um vislumbre do futuro, revelando-lhe os
diferentes tipos de reinos que dominariam o mundo depois dele. O que Deus disse a
Nabucodonosor naquele sonho foi uma previsão do que aconteceria, e podemos ver pela
história que as coisas vêm acontecendo como o sonho predisse. O Império Babilónio do
rei Nabucodonosor, a cabeça de ouro, dominou o mundo conhecido daquela época por
mais de 80 anos. Em seguida a Medo-Persa (o peito e braços de prata) conquistou a
Babilónia e se tornou um poder mundial por mais de 80 anos. A esse reino seguiu-se o
Império Grego (representado pela barriga e os quadris de bronze), cujo grande
conquistador foi Alexandre o Grande. Depois dele veio o Império Romano, representado
pelas pernas de ferro. As duas pernas representam a divisão do Império Romano em
Império Oriental e Império Ocidental. Era o Império Romano que dominava o mundo
quando Jesus veio à terra. Desde a queda do Império Romano, nenhuma nação mais
dominou o mundo, embora muitas tenham tentado.
A última parte do sonho de Nabucodonosor ainda não aconteceu, ainda pertence
ao futuro. Mas essa última parte do sonho também acontecerá exactamente como Deus
disse, com a mesma certeza e fidelidade com que a primeira parte se realizou. O
cumprimento da primeira parte é prova suficiente de que o resto também se cumprirá.
Os artelhos da estátua representam uma confederação de 10 nações dos últimos
dias, que reinarão, que estarão reinando quando a grande Pedra cortada sem mãos, que é
Jesus Cristo, a Rocha Eterna, voltar à terra e destruir todos os reinos gentios do mundo
para estabelecer o Seu reino na terra por mil anos. No final desse milénio, o planeta terra
será destruído, mas o Reino de Cristo continuará para todo o sempre.
Nabucodonosor se deliciou com o relato de todos esses acontecimentos futuros. Fora
solucionado o mistério do seu sonho! Nabucodonosor agora se lembrava claramente do
sonho e também sabia o que significava. O rei ficou tão agradecido e cheio de temor
reverencial, que ele se prostrou diante de Daniel e ordenou que lhe fizessem oferta de
manjares e que fosse queimado incenso diante dele como se fosse um deus.
“Verdadeiramente teu Deus é o Deus dos deuses e o Senhor dos reis, e o revelador dos
segredos!” exclamou Nabucodonosor. O rei deu a Daniel grandes presentes e muito
prestígio, promovendo-o também ao cargo de governador de toda a província da
Babilónia. Fez dele também o chefe dos sábios.
Embora Nabucodonosor tenha honrado a Daniel, ele sabia claramente que fora o
Deus de Daniel Quem revelara o segredo do sonho, posto que Daniel esclareceu isso
muito bem ao rei. O rei reconheceu que o Deus de Daniel era muito maior do que os
deuses da Babilónia ou qualquer outros deuses que o povo adorava.
Daniel não se esqueceu de seus amigos. Pediu ao rei que eles também fossem
promovidos e o rei aquiesceu, mas promoveu Daniel ao posto mais alto de todos.
Deus usou Daniel para revelar-se ao rei Nabucodonosor. Naquele tempo o rei deu
o primeiro passo em direcção ao Deus verdadeiro ao admitir que Jeová é o Deus dos
deuses e o Senhor dos senhores. Assim, Deus continuaria a usar Daniel, levando-o ao
lugar onde Nabucodonosor viria a conhecer a Deus pessoalmente.
Esta é mais uma prova de que a Bíblia é um livro miraculoso, inspirada por Deus.
De que outra forma Daniel poderia com tanta exactidão predizer os reinos por vindouros,
de futuro? Pois todos esses impérios vieram a existir exactamente como Daniel disse,
com as mesmas características descritas no sonho, excepto o último reino representado
pelos pés da estátua e seus artelhos, que ainda é futuro. Podemos ter a certeza de que esse
reino ainda virá e será destruído por ocasião da gloriosa volta de Cristo à terra para
estabelecer seu reinado terreno por mil anos – o Milénio de Cristo.
Todos quantos receberam Jesus como seu Salvador farão parte do Reino de
Cristo, que não terá fim. Há um futuro cheio de expectativas agradáveis para todos
aqueles que são salvos. Se ainda não aceitou Cristo, aceite-O agora, enquanto oramos, e
peça-Lhe que lhe perdoe os pecados e diga-Lhe que crê que Ele, Jesus, morreu no
Calvário como castigo por seus pecados e peça também a Jesus que venha viver em seu
coração para sempre.
5
A Imagem de Ouro de Nabucodonosor
Daniel 3:1-30
Versículo: Isaías 43:11
Introdução
À medida que o Rei Nabucodonosor governava o mundo, começou a admirar cada
vez mais a sua própria grandeza. Não era ele o grande rei com poderes absolutos? Não era
ele “a cabeça de ouro” no sonho que Daniel interpretara? Esses pensamentos de seu
próprio poder e importância ocuparam a sua cabeça totalmente. Nabucodonosor começou
a achar que todo o povo de seu reino deveria realmente saber quão grande rei ele era e que
as pessoas deveriam prestar-lhe as homenagens que ele de facto merecia. Queria que o
seu povo o adorasse como muitos reis do passado foram adorados pelo seu povo.
Então Nabucodonosor disse: “Farei uma grande imagem de ouro para me representar,
e farei com que todo o meu povo e os membros da corte se prostrem diante dela.” Afinal
de contas, se ele era “a cabeça de ouro” da imagem que vira no sonho, por que não
conscientizar o povo disso e fazê-lo prostrar-se diante dele? Assim, Nabucodonosor
começou a fazer uma imagem de ouro. Convocou todos os seus melhores profissionais e
os mandou juntar material para construir uma enorme estátua de acordo com as suas
especificações. À medida que o trabalho progredia, Nabucodonosor enviou mensagem a
todos os dignitários importantes do reino no sentido de que se preparassem para
comparecer à consagração de sua espectacular imagem de ouro.
A Imagem de Ouro de Nabucodonosor
Após muitos meses de trabalho com milhares de operários, a grande imagem de ouro
foi finalmente concluída. A enorme imagem de Nabucodonosor era coberta do mais
precioso dos metais – ouro puro.
Nabucodonosor mandou erguê-lo na planície de Dura, à distância de
aproximadamente 10 quilómetros de Babilónia, de modo que podia ser vista de longe, de
qualquer ponto da região. A grande imagem de ouro – alta, reluzindo aos raios do sol
candente, que a sua superfície de ouro luzente reflectia – era de facto uma estátua
impressionante. Tinha trinta metros de altura, o que corresponde a um edifício de dez
andares; sua largura era de três metros. Sem dúvida era a estátua mais espectacular que
alguém jamais vira! O rei não poupou despesas no planeamento da cerimónia pomposa
programada por Nabucodonosor para a consagração da imagem.
Todos os membros da corte deveriam tomar parte na grande celebração, inclusive
Daniel e os seus amigos Sadraque, Mesaque e Abedenego. Contudo, Daniel não
compareceu à cerimónia. Talvez estivesse encarregado do palácio e da grande cidade da
Babilónia enquanto o rei e os outros cortesãos estavam na cerimónia de consagração.
Era um momento de grande animação para todos, excepto para os que eram fiéis ao
Deus Vivo e Verdadeiro. Os convidados de perto e de longe chegaram com espírito de
festa, usando as suas melhores roupas em homenagem a importante ocasião. Carruagens
alegremente ornadas de flores transportavam os dignitários pela estrada que ia dar na
extraordinária estátua.
A multidão se avolumava e o povo ansiosamente esperava pelo início da grande
cerimónia. Todos sentiam: isto tudo era o começo da adoração de Nabucodonosor como
deus. O rei Nabucodonosor e a sua rainha tomaram os seus lugares no trono ao ar livre,
construído especialmente para a ocasião, diante da estátua. Todos os príncipes,
governadores, conselheiros, chefes de polícia e administradores de províncias
aguardavam em clima de suspense. O exército de Nabucodonosor estava de prontidão. Os
músicos, uma grande multidão deles, afinaram os seus instrumentos.
A grande multidão fez silêncio quando o arauto do rei apareceu, proclamando:
“Ordena-se a vós outros, ó povos, nações e línguas, que quando ouvirdes o som da
música, quando a banda começar a tocar, vos prostrareis e adorareis a imagem de ouro
que Nabucodonosor, nosso rei, mandou erguer. Quem descumprir estas ordens será
lançado na fornalha de fogo ardente!” Essa enorme fornalha de fogo ardente fora usada na
fundição do ouro que cobria a enorme estátua, e ainda estava bastante quente, de sorte que
o povo ficava distante dela.
Agora não restava mais nenhuma dúvida, e o povo ouviu com todas as letras que o rei
lhe ordenava que adorasse a sua imagem.
De repente, a música de muitos instrumentos retumbou por toda a planície: trombetas,
flautas, gaitas de fole, harpas e outros variados instrumentos chamaram o povo à adoração
da temerosa estátua. De acordo com o anunciado pelo arauto do rei, todos deveriam agora
dobrar os joelhos e adorar essa estátua como se ela fosse Deus.
Sadraque, Mesaque e Abedenego se recusam a cumprir a ordem
A grande multidão se ajoelhou e todos inclinaram as cabeças até ao chão. Somente
três homens dentre toda aquela enorme massa humana ficaram de pé: Sadraque, Mesaque
e Abedenego. Com todos os outros naquela posição, de joelhos e inclinados com as
cabeças encostando no chão, ficou muito fácil notá-los, ver que estavam de pé.
Esses três jovens judeus que serviam ao Verdadeiro Deus do céu e da terra não
podiam desobedecer a seu Deus para obedecer aos homens, reverenciando um ídolo feito
de ouro.
Com certeza o rei mandara colocar gente no meio da multidão, policiais disfarçados,
para certificar-se de que todos obedeceriam as ordens de se prostrarem diante da imagem
de ouro. Quando viram Sadraque, Mesaque e Abedenego ainda de pé, desobedecendo as
ordens reais, foram correndo contar ao rei.
“ó rei, vive para sempre!” disseram, quase sem fôlego. “Não ordenaste que todos
deveriam prostrar-se diante da grande imagem de ouro de Vossa Majestade quando a
banda de música começasse a tocar, e os que desobedecessem seriam lançados na
fornalha de fogo?” O rei assentiu com a cabeça. “Bem, há uns judeus que Vossa
Majestade colocou como administradores dos negócios da Província da Babilónia:
Sadraque, Mesaque e Abednego; esses homens, ó rei, não obedeceram a Vossa
Majestade. Não se prostraram quando a banda tocou e evidentemente se recusaram a
adorar a imagem de ouro que Vossa Majestade mandou erguer.” O rei Nabucodonosor
ficou furioso quando ouviu esse relato.
Sadraque, Mesaque e Abednego são julgados
O rei ordenou que os três judeus fossem trazidos à sua presença imediatamente. Ele
nem acreditava que pudessem ou ousassem desafiá-lo! De repente, toda a atenção recaiu
nesses três hebreus.
O rei ficou vermelho de raiva quando os três se aproximaram de seu trono. O rei
trovejou: “É verdade, que ousastes desobedecer as ordens de se prostrar e adorar minha
imagem de ouro?” Sem ao menos esperar pela resposta, o rei prosseguiu: “Eu vos darei
mais uma oportunidade. Com certeza não tendes noção da grande ofensa que cometeste!
A banda vai tocar de novo. Pelo menos vos darei oportunidade de retratação. Quando
ouvirdes a música, deveis prostrar-vos e adorar a imagem que levantei. Se não
obedecerdes, sereis lançados na fornalha de fogo ardente, e Quem é o Deus que poderá
livrar-vos de minha mão?” Um enorme silêncio percorreu a multidão; sabiam que o rei
estava muito zangado.
Sadraque, Mesaque e Abednego, em posição de sentido, responderam ao rei com todo
o respeito: “Ó rei, não nos preocupamos em ser jogados na fornalha ardente. O Deus a
Quem servimos pode nos livrar. E se não o fizer, mesmo assim não podemos servir seus
deuses e prostrar-nos em adoração a imagem de Vossa Majestade.”
Nabucodonosor nem podia acreditar no que acabara de ouvir! Seu rosto contorceu-se
de ódio. Que audácia desses três judeuzinhos! “Aqueçam a fornalha sete vezes além do
normal!” Trovejou ele a seus homens, e então convocou os homens mais fortes dentre os
seus soldados, e ordenou: “Amarrem esses três homens e os joguem na fornalha ardente.”
Os soldados avançaram e amarraram os homens com cordas. Em seguida, diante dos
olhos da multidão, levaram os três homens e os conduziram pelo meio do povo para a
fornalha ardente.
6
Lançados na Fornalha
Daniel 3:1-30
Versículo: Isaías 43:1b
Lançados na fornalha
Os homens encarregados da fornalha puseram mais e mais combustível nela até que a
temperatura ficou super quente. Então os soldados se aproximaram com cuidado e
jogaram os três hebreus, um por um, nas chamas da fornalha ardente. O fogo ficara tão
quente que as chamas saíram quando as bocas foram abertas e queimaram, torraram
mesmo, os soldados que transportaram os três e os jogaram dentro do fogo. Sadraque,
Mesaque e Abedenego haviam decidido permanecer fiéis a Deus a qualquer custo, e a
decisão agora lhes estava custando a vida. Olharam ao redor e viram os soldados caírem
no chão quando as chamas lhes queimou as roupas e os corpos.
Deus livra seus servos
Sadraque, Mesaque e Abednego logo compreenderam que as chamas não os
queimavam. De facto, somente as cordas que os prendia se queimaram, enquanto eles
podiam andar no meio do fogo. Mal podiam acreditar no que lhes estava a acontecer. Na
verdade, parecia que Deus mandara alguém para fazer-lhes companhia dentro da
fornalha, e eles começaram a passear no meio do fogo com essa Pessoa Celestial.
Nabucodonosor viera pessoalmente ver os seus três súbditos desobedientes serem
consumidos pelas chamas ardentes da fornalha. Mas ao olhar para dentro dela, ficou
surpreso com o que viu! Viu primeiro os soldados chamuscados e mortos.
E quando o rei olhou através das labaredas de fogo, a visão que teve era inacreditável.
Sem se aproximar demasiado por causa do calor intenso, tentou proteger o rosto do calor
e exclamou: “Não jogamos três homens amarrados dentro da fornalha?”
“De facto, ó rei, três homens amarrados foram atirados na fornalha,” responderam-lhe
os homens.
“Mas eu vejo um quarto homem, e são quatro que estão a passear soltos pelo meio do
fogo incólumes. E o quarto homem é como o filho de Deus.” À medida que pronunciava
essas palavras, a voz do rei foi aos poucos silenciando, cheia de temor.
O rei Nabucodonosor havia visto correctamente, pois Sadraque, Mesaque e
Abedenego com toda a certeza estavam no meio do fogo da fornalha ardente, passeando
incólumes no meio das chamas, soltinhos. E havia mesmo um quarto homem com eles.
Era Filho de Deus que viera do céu para estar com eles na fornalha ardente. Deus não os
abandonara naquele momento angustioso porque eles não abandonaram seu Deus. Anos
antes, Deus falara estas palavras através do profeta Isaías: “Não temas, porque Eu te remi;
chamei-te pelo teu nome, tu és meu… Quando andares no meio do fogo, não te
queimarás, nem as chamas se acenderão sobre ti” (Isaías 43:1-2). Deus não permitiu que
Seus fiéis servos passassem pelo fogo sozinho – Ele foi junto com eles. Sadraque,
Mesaque e Abedenego descobriram que o lugar mais seguro do mundo para eles era o
lugar da obediência, porque, em obedecendo, Deus estava com eles. A verdade é a mesma
para todo o filho de Deus.
Abismado, o rei Nabucodonosor se aproximou da grande fornalha e chamou:
“Sadraque, Mesaque, Abedenego! Servos do Deus Altíssimo! Saíam da fornalha
ardente!”
Nabucodonosor reconhece o poder de Deus Verdadeiro
Quando Sadraque, Mesaque e Abedenego saíram vivos da fornalha ardente, o rei e o
povo os rodearam cheios de surpresa. Era verdade, as cordas que os amarravam se
queimaram mas eles próprios estavam ilesos; nem os cabelos da cabeça deles estavam
chamuscados; nem a roupa deles tinha cheiro de fumaça!
O rei Nabucodonosor, o mais surpreso de todos, não se conteve e deixou escapar:
“Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abedenego! Bendito seja Deus, que
mandou Seu anjo e livrou Seus servos que Nele Confiaram. Eles desafiaram minhas
ordens e antes estavam dispostos a morrer do que a adorar qualquer outro deus que não o
seu Deus.”
7
Nabucodonosor Tem um Sonho Perturbador
Daniel 4:1-37
Versículo: Salmo 10:4
Recapitulação
O rei Nabucodonosor conquistou todas as nações civilizadas de seu tempo. Sitiou
a cidade de Jerusalém várias vezes e levou milhares de judeus cativos para os seus
domínios. Da última vez, ele sitiou, tomou e destruiu completamente a cidade de
Jerusalém, arrasando, inclusive, o lindo e magnífico Templo que Salomão construíra.
Contudo, a despeito de todo esse sucesso, riqueza e poder, Nabucodonosor não
tinha o bem mais importante de todos: o Deus Vivo no seu coração. Quando Daniel
interpretou o sonho de Nabucodonosor, aquele rei admitiu que o Deus de Daniel era o
Deus dos deuses e Senhor dos reis. E quando Deus livrou Sadraque, Mesaque e Abednego
da fornalha ardente, Nabucodonosor declarou publicamente que nenhum outro deus
poderia livrar como Jeová, Deus de Israel.
Mas não é suficiente saber a respeito de Deus. Cada indivíduo deve vir a conhecer
Deus pessoalmente. Não é suficiente admirar o poder de Deus: precisamos de
submeter-nos a Seu poder. Nabucodonosor não fizera isso. Na sua cabeça, ele ainda era o
grande e poderoso rei, confiante em sua própria sabedoria e força.
Muitos anos já haviam passado desde que Daniel e seus amigos tinham chegado à
Babilónia e feito a primeira entrevista com o rei. Nabucodonosor havia completado com
sucesso todas as suas conquistas militares e agora voltava as suas atenções para o
embelezamento da grande cidade da Babilónia, com vistas a fazer dela a cidade mais
espectacular do mundo. Tudo parecia marchar a seu favor.
Nabucodonosor tem um sonho perturbador
Uma noite, o orgulhoso rei Nabucodonosor teve outro sonho inquietante que o
deixou muito agitado. Quando se acordou, poda lembrar-se do sonho com vividos
pormenores, mas não conseguia interpretá-lo. De manhã, chamou os seus sábios,
adivinhas e astrólogos e lhes contou o sonho. Parece que o rei já esquecera que esse
pessoal todo fracassara na interpretação de seu outro sonho.
"No meu sonho vi uma grande árvore," contou-lhes o rei. "Era tão alta e tão
grande que se espalhava pelo mundo inteiro. Sua folhagem era bem verde e estava
carregada de frutos deliciosos, tão abundantes que davam para todos no mundo comerem.
Os animais da terra se abrigavam à sua sombra e as aves do céu faziam morada nos seus
ramos.
"Então vi um anjo descer do céu. O anjo clamou: "Corta a árvore! Corta-lhe os
galhos, arranca-lhe as folhas e espalha os seus frutos. Afugentem-se os animais e os
pássaros de debaixo dela. Derruba a árvore mas deixa o seu tronco e raízes no chão com
uma braçadeira de ferro e bronze ao redor do tronco cercado de tenro capim do campo. E
que ele seja molhado com o orvalho do céu; que ele coma capim com os animais.
Mude-se-lhe a mente de homem para mente de animal, porque assim foi decidido pelos
santos até que sete tempos passem sobre ele, para que saiba que o Altíssimo governa o
reino dos homens e o dá a quem quer."
Os sábios de Nabucodonosor ouviram o relato do estranho sonho e ficaram muito
intrigados. Ficaram também alarmados. Parecia indicar alguma desgraça para o rei. Mas
não puderam interpretá-lo e por certo não queriam também assustar o grande
Nabucodonosor com predições de qualquer espécie de desastre.
Daniel interpreta o sonho
Quando os seus sábios não puderam fazer nada, o rei mandou chamar Daniel e lhe
contou o sonho, sabendo que Daniel havia interpretado o seu outro sonho e que ele
parecia te uma fonte de sabedoria desconhecida dos mágicos e feiticeiros da corte. Daniel
foi ficando cada vez mais preocupado à medida que o rei Nabucodonosor lhe relatava o
sonho e o seu significado lhe era revelado. Certamente, Daniel não queria dizer ao rei as
más notícias que o sonho transmitia, porque essas
más notícias poderiam enfurecer ao rei. Daniel ficou uma hora inteirinha pensando no que
fazer. O rei viu que Daniel hesitava. Sem dúvida Daniel já gastara incontáveis horas
orando por esse poderoso monarca, por quem tinha sentimentos profundos em razão
mesmo de suas orações.
"Não hesite, Beltessazar," disse o rei Nabucodonosor, chamando Daniel por seu
nome babilónio. "Prossegue e me conta o que significa o sonho."
Daniel balançou a cabeça e pausadamente começou: "Eu gostaria que a predição
do sonho acontecesse a seus inimigos e não a Vossa Majestade, ó rei!"
Relutantemente, Daniel começou a explicar a interpretação do sonho do rei,
dizendo: "A grande árvore que Vossa Majestade viu no sonho com as suas belas folhas e
frutos, na qual viviam as aves dos céus e sob cujos galhos os animais do campo se
abrigavam, é Vossa Majestade, ó rei. Vossa Majestade se tornou forte e grande,
governando toda a terra.
Nabucodonosor assentiu com a cabeça: "Sim, é verdade."
Daniel prosseguiu: "No seu sonho, um anjo desce e diz: Corta a árvore e a destrói,
deixando somente o toco e as raízes; molhe-se o toco com o orvalho e viva ele com os
animais do campo por sete anos até que reconheça que o Deus dos céus, não ele, domina
no reino dos homens."
Daniel hesitou. Era-lhe difícil prosseguir. Mas respirou fundo e continuou:
"Estevé o significado do seu sonho, ó rei. Vossa Majestade, o grande rei Nabucodonosor,
vai tornar-se como um animal do campo e será expulso do convívio humano para viver
com os animais do campo, comendo capim como os bois. Esta situação durará sete anos
até que Vossa Majestade reconheça que o ALTÍSSIMO reina no reino dos homens e o dá
a quem quer. Então a mente de Vossa Majestade será recobrada."
Vendo como o rei ia ficando amarelo de medo, Daniel se apressou para terminar a
interpretação. "No seu sonho, os santos ordenaram que o toco e as raízes da árvore
permanecessem. Isso significa que o seu reino será restaurado e devolvido a Vossa
Majestade, depois que reconhecer que o Deus dos céus é o verdadeiro governante da
terra."
O rei não podia acreditar no que acabara de ouvir. Com certeza deveria haver um
engano. Ficou fitando os olhos no vazio por algum tempo sem dizer palavra.
Daniel suplicou: "Ó rei, arrependa-se de seus pecados e comece a demonstrar
misericórdia para com os pobres, para que essas coisas não lhe aconteçam. O verdadeiro
Deus do céu e da terra é um Deus de misericórdia e se Vossa Majestade arrepender-se,
Ele pode mudar tudo, não permitindo que essas coisas lhe aconteçam."
O rei não respondeu. Continuou sentado, apalermado. Daniel, compreendendo
que não havia mais nada a dizer, saiu de mansinho, deixando-o a falar com os seus botões.
A despeito do aviso de Daniel, o rei não se arrependeu dos seus pecados, e não se
voltou para o Deus Vivo e Verdadeiro. Os reis pagãos daqueles tempos eram
frequentemente cruéis, opressores e sem misericórdia. Nabucodonosor não era nenhuma
excepção. Deus lhe dera oportunidade de arrepender-se de seus pecados e pôr a sua fé
nEle, mas Nabucodonosor era muito orgulhoso para fazer isso.
8
A Humilhação de Nabucodonosor
Daniel 4:1-37
Versículo: Pro. 16:18
Nabucodonosor se vangloria de seu poder
Um ano inteiro se passou sem que nada fora do comum acontecesse. Nabucodonosor
continuou com seu programa de embelezamento da cidade da Babilónia com os seus
lindos jardins suspensos. Tudo continuava como de costume. Evidentemente, a
interpretação que Daniel dera do sonho do rei era ledo engano, e nada do que dissera viria
a acontecer, pensou Nabucodonosor. Tudo em seu reino corria às mil maravilhas.
Um dia, enquanto passeava fora de seu grande palácio, Nabucodonosor passou uma
vista na cidade da Babilónia. Podia ver o grande rio e os belíssimos jardins suspensos
espreguiçando-se diante de seus olhos. A cidade dele era agora a mais bela e a mais
poderosa cidade do mundo. Esses jardins suspensos eram realmente fora do comum,
exóticos. Pareciam com uma montanha em miniatura, feita pela mão dom homem,
construído de terraços nos quais Nabucodonosor plantara árvores de todas as espécies,
provindas do mundo inteiro. Podia ver correndo pelo meio da cidade o grande rio que
supria a população de águas a ponte de pedra cruzando o grande rio Eufrates era uma
maravilha de engenharia, como o eram a série de canais que irrigavam os campos.
Nabucodonosor se sentiu muito satisfeito consigo mesmo enquanto passava uma vista por
tudo quanto havia realizado por esta grande cidade da Babilónia, e o seu coração se
encheu de orgulho.
Embora Daniel tivesse dito a Nabucodonosor, quando lhe interpretou o sonho, que
Deus é o Verdadeiro Governador dos homens, e que Deus dá o direito de governar a quem
quer, Nabucodonosor preferiu ignorar o facto de que Deus, e mais ninguém, fora quem
lhe permitira construir o grande reino da Babilónia. O coração de Nabucodonosor se
encheu de orgulho, pois ele começou a crer que fora ele somente quem fizera todas essas
grandes coisas, talvez achando que até o rio era obra sua. A essência do orgulho
pecaminoso é acreditar numa mentira sobre si próprio.
Orgulhosamente, Nabucodonosor disse: “Esta é a grande Babilónia que eu construí
pela Minha força e pelo Meu poder para glória de Minha majestade.”
Mal acabara de pronunciar essas palavras quando uma voz do céu declarou: “Ó rei
Nabucodonosor, a ti se diz: o reino te foi arrebatado; serás expulso dentre os homens e
viverás como os animais do campo, comendo capim como os bois durante sete anos, até
que reconheças que o Altíssimo governa o reino dos homens e o dá a quem quer.”
Nabucodonosor ouviu a voz e de repente ficou paralisado de medo, com os olhos fitos
no espaço vazio à medida que se lembrava do sonho que tivera. De repente começou a
rosnar como um animal, porque Deus estava a tirar-lhe o raciocínio humano.
Cheio de terror e raiva, como um animal selvagem, o grande rei rosnava e pulava em
cima de todos que chegavam perto dele. A guarda palaciana cercou o rei, exclamando:
“Ele perdeu a razão; está louco! Tornou-se um animal! Que faremos com ele?”
Enlouquecido, o rei estava incontrolável. Os principais conselheiros se reuniram e todos
concordaram que nada mais restava a fazer senão mandar os guardas removê-lo do
palácio e levá-lo para os campos abertos, de sorte que Nabucodonosor se juntou aos
animais selvagens nos campos livres.
Nabucodonosor perde a razão
Nabucodonosor fez a sua morada com os bois e os animais da floresta. Ninguém se
importava com a sua grandeza agora, nem ele mesmo.
Vivia com os animais como um animal. Não se abrigava nem da chuva, vivendo ao
relento. Não tomava banho, nem cortava o cabelo ou fazia a barba, nem comia a comida
dos seres humanos. Comia capim como os animais do campo entre os quais vivia. Em sua
loucura, o rei, o conquistador do mundo civilizado, se imaginava um animal e começou
até a parecer com um animal à medida que seus cabelos, barba e unhas começaram a
crescer.
Por sete anos, o outrora grande Nabucodonosor viveu nos campos com os animais no
dia-a-dia como eles. Seus cabelos, ao crescerem, foram ficando emaranhados e sujos.
Suas unhas se tornaram como garras, de tão grandes e imundas. Seu corpo se encharcava
com a chuva e o orvalho.
É surpreendente que durante esse período ninguém tenha deposto o rei,
arrebatando-lhe o reino. É possível que Daniel tenha tomado providências para evitar
isso. De facto, provavelmente Daniel administrou o reino para Nabucodonosor com toda
a lealdade nesse período, dizendo ao povo que seu rei voltaria e reassumiria a sua posição.
Nabucodonosor se submete a Deus
Depois de sete longos anos de vida como um animal, chegou o dia em que o sujo,
imundo e animalesco Nabucodonosor ergueu os olhos para o céu e reconheceu que Deus
é o Supremo Governador do Universo. Reconheceu que Deus governa o reino dos
homens e estabelece no governo ou destitui do governo a quem quer. Nabucodonosor
concordava agora em permitir que Deus assumisse o controle de sua vida e de seu reino.
Humildemente se submeteu a Deus e confiou em Deus como seu Deus pessoal, Aquele
que pode humilhar qualquer rei orgulhoso como o próprio Nabucodonosor.
Quando Nabucodonosor humilhou o seu coração diante de Deus, o Senhor
imediatamente lhe devolveu a mente e a razão. Nabucodonosor deu louvores a Deus e
Lhe rendeu homenagens como Aquele Que vive para sempre e tem perpétuo domínio
sobre todos os homens. Nabucodonosor admitiu que os homens, mesmo os poderosos
como ele próprio, nada são diante de Deus, que faz o que quer, não importando o que
façam os homens. Nabucodonosor honrou a Deus como o Supremo Dominador do céu e
da terra, Aquele Que tem o poder de humilhar homens orgulhosos.
Com a mesma rapidez com que Nabucodonosor passou de um homem inteligente
para um homem louco que se comportava com um animal, ele agora voltara a ser um
homem normal, capaz de governar o seu povo. Ele se ergueu e se aprumou,
provavelmente achou um igarapé para tomar um bom banho e alegremente caminhou de
vota a seu palácio na Babilónia.
Nabucodonosor retorna ao trono
Daniel não se surpreendeu porque sabia o que Deus lhe dissera: seriam sete anos e
esse período de sete anos acabara. Daniel deu a Nabucodonosor as suas vestes reais e o
levou de volta ao trono com poder e dignidade. O povo o reconheceu e o honrou
novamente como o seu rei. Entretanto, sentiram que ele estava diferente do que fora
antes. Não era mais orgulhoso, cruel e injusto, mas um rei que se prostrava e cria no
Verdadeiro deus do céu. Como Daniel deve ter ficado feliz ao ver essa maravilhosa
mudança em Nabucodonosor! Daniel e os outros administradores alegremente
devolveram Nabucodonosor à sua posição de chefe supremo dos negócios do reino da
Babilónia. O rei ficou tão impressionado com o conhecimento e a maravilha de Deus, que
ele se propôs a fazer com que o mundo inteiro viesse a conhecer também o grande Deus
do céu. Assim, ele escreveu o seu testemunho e o enviou a todas as nações do mundo
civilizado, dizendo-lhes como Deus o humilhara e em seguida o restabelecera no seu
reino. “Quão grandes são Seus sinais! E quão poderosas são as Suas maravilhas! O Seu
reino não tem fim e o Seu domínio é de geração em geração.” Assim, através do
testemunho de Nabucodonosor, os povos de seu vasto império, que incluía todo o mundo
conhecido da época ouviu falar do Deus Verdadeiro. Mas lembrem-se de que tudo isto
começou porque Daniel e seus três amigos tomaram a decisão inabalável de ficar fiéis a
Deus na terra pagã para a qual foram levados cativos.
Nabucodonosor teve de humilhar-se diante de Deus antes de poder ser salvo de seus
pecados e ter comunhão com o Senhor. Este é o primeiro passo que cada um de nós
precisa de dar para ser salvo. Quando nos inclinamos a admitir que pecamos, então
estamos prontos para receber o perdão e a salvação que Deus oferece por meio de Seu
Filho Jesus, Que morreu na cruz por nós. Você já tomou a decisão de vir à presença de
Deus, admitindo que é pecador e confiando no que Jesus realizou na Cruz do Calvário
para salvá-lo? Crer em Jesus Cristo é o único meio pelo qual pode ser salvo.
Às vezes, pessoas que foram salvas se tornam orgulhosas. Orgulham-se de sua
inteligência, de sua beleza, ou de seu grande talento. Esquecem-se de que todas essas
bênçãos provêm de Deus. Pensam que podem dirigir as suas vidas como bem
entenderem, sem levarem deus em conta. Mas Deus procura pessoas que estejam
dispostas a crer na verdade sobre si mesmas e a compreender que nada podem fazer sem
Ele. Deus só pode usar essas pessoas em toda a plenitude quando elas reconhecem que
nada são em si mesmas, mas Deus pode tomá-las e enchê-las de Sua graça, bondade,
poder e sabedoria para que sejam instrumentos na execução de Sua vontade.
Quando começamos a pensar que não precisamos da ajuda de Deus, Ele tem de
mandar alguma coisa para nos humilhar, no sentido de tornar-nos humildes. Devemos
agradecer a Deus pelo muito que nos ama, tornando-nos humildes quando ficamos
orgulhosos. Só os humildes podem receber os dons de deus e por Ele serem usados,
conforme Tiago 4:6.
Vamos falar com Deus agora mesmo e pedir-Lhe que nos mostre a verdade sobre nós
próprios de modo que possamos entregar a Ele nossas vidas integralmente.
9
Uma Mão Escreve na Parede
Daniel 5:1-31
Versículo: Provérbios 29:23
Revisão e introdução – Belsazar
Deus tirou a mente de Nabucodonosor, de sorte que ele se comportou como um
animal por sete anos. Então o rei Nabucodonosor um dia ergueu os olhos para Deus em
humildade e arrependimento, e Deus restabeleceu a sua mente, de modo que ele pode
pensar com clareza novamente.
Nabucodonosor, outrora o orgulhoso rei da Babilónia, tornou-se humilde crente no
deus verdadeiro. Deus usara métodos drásticos para reduzir o rei Nabucodonosor a
humildade antes que ele pudesse reconhecer o domínio e Deus no reino dos homens.
Nabucodonosor foi também restabelecido no seu reino quando reconheceu que Deus
tem domínio de toda a terra e que Ele é quem concede o poder terreno a quem quer. O
poderoso monarca deu louvores e glória ao Deus de Daniel, proclamando a todos seus
súbditos pelo mundo inteiro a sabedoria, o poder e o reino sempiterno do Deus altíssimo.
Os povos do mundo não somente ouviram o testemunho de Nabucodonosor, mas a sua
família e os palacianos puderam ver mais do que os outros a força do poder de Deus.
No trono da Babilónia, Nabucodonosor foi sucedido por seu filho que certamente teve
todas as oportunidades de iniciar o seu reinado honrando o verdadeiro Deus do céu e da
terra. Mas, em vez disso, Belsazar subiu ao trono da Babilónia se comportando como se
não houvesse deus e como se seu pai Nabucodonosor nunca tivesse passado por aquela
terrível experiência de humilhação.
Belsazar profana os vasos do Templo
O rei Belsazar parecia pensar que nada poderia sair errado na sua Babilónia. Mandou
reunir todos os barões e príncipes com as suas esposas e concubinas para se divertirem
numa grande festa que preparara para eles.
A sala do banquete, profusamente decorada, rescendia a incenso queimado à medida
que os dignitários do rei se reuniam para a festa do rei. Serviam bandejas de pratos
exóticos e o vinho corria como água. O rei estava sentado no seu trono de ouro. Já bebera
vinho o bastante para ficar tolo e ousado. Queria fazer alguma coisa que nenhum rei
babilónio tivesse feito antes. Provavelmente já se encontrava por demais embriagado para
medir as consequências de seus actos quando ordenou que trouxessem os vasos de ouro e
de prata da casa do tesouro real para a mesa do banquete. Esses vasos foram tomados do
Templo de Deus em Jerusalém.
Nabucodonosor levara esses vasos de Jerusalém com o primeiro grupo de judeus
cativos, entre os quais Daniel e seus três amigos. Durante anos e anos esses vasos de ouro
e de prata se encontravam guardados na casa do tesouro na Babilónia, sem jamais ser
usados.
Agora Belsazar ordenara que esses vasos sagrados do Templo de Jerusalém fossem
trazidos à sua presença. Os servos foram buscar os vasos sagrados e não demoraram a
voltar com bandejas nas quais estavam os luzentes copos e salvas de ouro que haviam
sido usados na adoração do Verdadeiro deus no Templo em Jerusalém.
Belsazar ordenou que as taças sagradas fossem servidas com vinho aos comensais.
Levando uma delas aos lábios, o rei Belsazear, já bêbado, começou a beber o seu
conteúdo de vinho e todos os comensais o imitaram. Louvaram com essas taças sagradas
os seus pagãos feitos de ouro, prata, bronze, ferro ou pedra. Todos riam, falavam e
bebiam, erguendo brindes a sues ídolos.
Uma mão escreva na parede
De repente Belsazar parou de beber e de falar. Os convidados fizeram silêncio quando
notaram um olhar de horror na cara do rei. Ele apontava para a parede da sala do palácio.
Foi então que eles viram a causa do espanto real: uma grande mão escrevia palavras na
parede. Sim, uma mão sem corpo, só a mão, escrevendo uma mensagem diante dos
olhares do todos com as seguintes palavras: MENE, MEN, TEQUEM E PARSIM.
Depois de escrever essas palavras misteriosas na parede, a mão desapareceu mas o escrito
permaneceu claramente impresso na parede para todos verem. De quem era aquela mão?
Qual o significado daquelas palavras?
O rei Belsazar ficou tão amedrontado diante de tão estranho acontecimento que seus
joelhos tremeram e começaram a bater. No fundo do coração ele sabia, como todos os
homens sabe, que há um deus no céu, o qual não ignorará os pecados do homem
eternamente. Belsazar parecia aperceber-se de que a mensagem misteriosa significava
perdição para ele. Quando viram Belsazar tão apavorado, os convidados também
começaram a tremer. Fez-se silêncio completo no meio do grupo. Nunca viram antes nada
tão misterioso e bizarro.
Tão logo recobrou a fala, o rei Belsazar chamou aos gritos os sábios da corte para que
viessem à sua presença. Teria sido muito melhor se ele tivesse clamado a deus, mas o rei
pagão era por demais orgulhoso para pedir socorro ao Senhor. Quando os sábios e
conselheiros se reuniram, Belsazar apontou para o escrito na parede com mão trémulo e
proclamou: “Qualquer que ler para mim o que está escrito naquela parede e me disser o
que significa, será vestido de púrpura, receberá uma corrente de ouro para usar no
pescoço e será o terceiro na hierarquia de poder do meu reino.” Belsazar estava a oferecer
a qualquer dos sábios ou conselheiros a honra de ser o terceiro governante de todo o reino
da Babilónia desde que pudesse ler e interpretar o que estava escrito na parede.
Os sábios examinaram o escrito na parede e ficaram tão amedrontados e perplexos
quanto Belsazar. Eles podiam ler as palavras, que estavam escritas na língua que
conheciam, mas não podiam atinar com o seu significado. Tudo o que sabiam era que as
palavras diziam: MENE, MENE, TEQUEL, PARSEM, ou “Número, número, peso, e
divisão.” Mas qual seria o significado de tão estranha mensagem? De onde veio a mão
que escreveu na parede?
A esta altura, Belsazar estava a tremer mais ainda. Ele precisava descobrir o
significado dessas estranhas palavras na parede! Quando os sábios não puderam declarar
o significado das palavras, Belsazar passou-lhes uma descompostura, chamando-os de
idiotas inúteis. Um silêncio profundo e solene se abateu sobre a festa, uma verdadeira
orgia. Todos estavam agora circunspectos. Alguns dos convidados saíram de mansinho, à
francesa, com medo do que poderia acontecer em seguida.
A rainha mãe, a mãe de Belsazar, não estava presente ao banquete, mas alguém lhe foi
contar sobre a mão que escrevera na parede e o dilema de seu filho Balsazar. Então a
rainha mãe, mais do que depressa, foi até a sala do banquete. Os convidados lhe abriram
caminho enquanto ela caminhava para o trono onde Belsazar estava trémulo.
A rainha mãe disse a Belsazar: “Ó rei, vive para sempre! Não te deixes perturbar pelo
escrito na parede. Há um homem no reino que tem o espírito dos deuses santos; teu pai o
achou muito sábio e de grande compreensão, pelo que fez dele chefe dos sábios. Ele pode
interpretar sonhos e explicar mistérios. O nome dele é Daniel, mas o rei Nabucodonosor o
chamava de Beltessazar. Mande-se buscar Daniel para interpretar o escrito na parede.” A
rainha chamara Daniel pelo seu nome hebraico, que significa “Deus é meu Juiz.” Parece
que a rainha mãe também havia posto a sua confiança no Deus de Daniel.
10
Daniel interpreta o que a Mão escreveu na parede
Daniel 5:1-31
Versículo: Gálatas 6:7
Daniel interpreta o que a mão escreveu na parede
O rei convocou Daniel imediatamente à sua presença. Daniel agora já era um homem
velho, provavelmente com 85 anos ou mais. Estava a morar na perversa cidade da
Babilónia há muitos anos, e durante todo esse tempo continuava fiel a Deus.
Quando Daniel compareceu, Belsazar disse: “És Daniel, um cativo de Judá?
Disseram-me que és um sábio de alta competência. Meus sábios não conseguem me
explicar o significado das palavras escritas na parede, mas ouvi dizer que tu interpretas
tais coisas. Se me puderes declarar o significado dessas palavras, eu te vestirei de púrpura
e te porei uma corrente de ouro no pescoço e farei de ti o terceiro no mundo do reino.”
Daniel respondeu: “Não me interessam os seus presentes, ó rei, mas lerei o texto da
parede e o interpretarei para Vossa Majestade. Ó rei, o Deus Altíssimo deu a
Nabucodonosor, seu pai, o reino, a grandeza, e glória e honra. O Senhor lhe deu o
domínio sobre todos os povos do mundo. O rei Nabucodonosor fazia o que bem queria
com o povo; matava ou deixava viver as pessoas como bem entendia. Porém, quando o
seu coração se tornou soberbo e ele se encheu de orgulho, O Deus Altíssimo tirou-lhe o
reino, e ele foi expulso dentre os filhos dos homens, e foi morar com os animais do campo
por sete anos, comendo capim como os bois. Viveu no sol e na chuva, dormindo ao
relento, até que reconheceu que o Altíssimo governa o reino dos homens e constitui rei
sobre a terra a quem quer.”
Belsazar fitou os olhos em Daniel: “Sim, sim, sei tudo o que aconteceu ao grande rei
Nabucodonosor que reinou antes de mim; mas que me importa isso? O que isso tem a ver
comigo?”
Daniel prosseguiu com ousadia: “e Vossa Majestade, filho desse mesmo
Nabucodonosor, ó rei Belsazar, embora saiba de tudo isso, não humilhou o seu coração
diante de Deus. Ao contrário, insultou o Altíssimo bebendo vinho nas Suas taças
sagradas. Usou essas taças sagradas para brindar ídolos de prata, de ouro, de madeira e de
pedra. Mas ao deus em cuja mão está a sua vida e o seu destino, Vossa Majestade não deu
glória.”
Belsazar ficou imóvel. O sangue se lhe fugiu e ele ficou pálido de medo. A sala do
banquete ficou silenciosa como um túmulo. Sim, Belsazar sabia de tudo que acontecer a
seu pai, o rei Nabucodonosor, e, sendo seu filho, sabia também da fé pessoal que ele tinha
no Deus do céu e da terra, visto que o mundo inteiro ouvira o testemunho de
Nabucodonosor. Desse testemunho, a sua família sabia muito mais, naturalmente, do que
o resto do mundo. Por isso, Belsazar não podia alegrar ignorância, sendo muito mais
responsável e devendo responder diante de Deus. Belsazar, com toda a certeza, não
desconhecia o Deus Verdadeiro, mas preferiu agir como se não houvesse Deus algum.
Ninguém na sala do banquete se mexeu quando Daniel continuou: “Eis o significado da
mensagem escrita na parede:
Mene: Deus contou o teu reino e pôs um fim no teu reinado;
Tequel: Foste colocado na balança e foste reprovado;
Peres: Teu reino foi dividido e dado aos Medos e aos Persas (Peres é a raiz da palavra
Parsim).
A mensagem de Deus a Belsazar era que o seu reino chegara ao fim e que o grande reino
da Babilónia havia caído.
Ao mesmo tempo em que Daniel estava a falar dessas palavras a Belsazar, os exércitos
dos medos e dos persas estavam do lado de fora das muralhas da grande cidade da
Babilónia. A cidade era fortificada por muralhas tão grossas que seis carruagens, uma ao
lado da outra, podiam passar por cima delas. Além disso, essas muralhas eram
circundadas por fossos, que são canais profundos, cheios d’água. Belsazar estava seguro
de que nenhum exército poderia transpor tais obstáculos e penetrar na grande cidade
fortificada da Babilónia. Mas os medos e os persas bolaram um jeito muito inteligente de
entrar nas muralhas da cidade. Cavaram um grande canal e desviaram o rio que passava
no meio das muralhas. E seria pelo leito seco do rio Eufrates que entrariam na cidade. Em
pouco tempo estariam dentro da cidade, assumindo o controlo do reino da Babilónia. Não
demoraria e Belsazar seria não somente destronado mas morto também.
Ignorando esses factos, Belsazar ordenou a seus servos que trouxessem um manto
escarlate e uma corrente de ouro para Daniel, como prometera. Em seguida, Belsazar
declarou que Daniel era o terceiro governante do Reino. Mas esses seus actos nada
significaram, porque dentro de poucas horas o reino de Belsazar cairia nas mãos do
Persas e Medos.
Naquela mesma hora, Dário, o Medo, o governante nomeado pelo grande rei Ciro da
Pérsia, tomou a cidade da Babilónia e matou a Belsazar, destruindo também seu exército.
O grande império da Babilónia foi tomado pelos medos e persas, cumprindo-se a profecia
de Daniel quando interpretou o sonho que Nabucodonosor tivera de uma grande estátua,
cujo peito e braços, os medos e persas, representavam naquele sonho. O peito e os braços
eram de prata, lembram-se?
Embora Belsazar soubesse tudo a respeito de como Deus reduzira a humildade o seu pai
Nabucodonosor, e embora Deus lhe tivesse dado tempo para se arrepender de seus
caminhos maus e voltar-se para o Deus verdadeiro, Belsazar nunca se arrependeu e nunca
buscou ao Senhor. Os dirigentes mundiais podem até fazer o que querem e como querem
durante algum tempo, mas Deus também os julgará. Um dia Jesus virá de novo e
governará com vara de ferro. Jesus será o Juiz de todas as nações do mundo. Ele já é o
Juiz de nossos pensamentos e acções como indivíduos isolados. Ele numera nossos dias e
acompanha tudo que nos acontece e tudo quanto fazemos. Ele pesa nossos pensamentos,
nossas palavras e acções para ver se são meritórios, se são bons e correctos. Ele divide
nossos actos separando o que é bom do que é ruim.
Deus é o juiz de nossas vidas. Diariamente precisamos de pedir a Ele que nos guie, nos
dirija e nos ensine nos Seus caminhos. Ele nos falou estas palavras: “Não vos enganeis: de
Deus não se zomba: porque tudo que o homem semear também colherá. Porque o que
semeia para sua carne, da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito, do
espírito colherá vida eterna” (Gálatas 6:7-8)
Sem Deus não podemos fazer coisa alguma que valha a pena. Ele gosta de nos ouvir
admitir essa verdade perante Ele, e que Lhe peçamos forças cada dia.
Muita gente hoje é como Belsazar; conhece o caminho da salvação, que é vir a Jesus
Cristo como pecador para receber de graça o dom do perdão e a dádiva da salvação. Mas
essas pessoas escolhem os seus próprios caminhos e recusam a Jesus em suas vidas.
A mão de Deus ainda escreve na parede para todos nós. Ela nos diz que precisamos
prestar atenção na Palavra de Deus, ao que Ele nos diz; ela nos diz que precisamos de
pedir a Ele que nos salve, enquanto há tempo, enquanto temos oportunidade; ela nos diz
que Deus governa nosso destino como controlou os destinos de Nabucodonosor e de
Belsazar. Não retarde, não deixe para depois a oportunidade de ser salvo. Venha a Ele
hoje.
11
Dário nomeia Daniel o chefe dos governadores
Daniel 6:1-28; 9:1-19
Versículo: Provérbios 4:23
O novo rei da Babilónia era Dário, o Medo, posto no cargo pelo grande rei da Pérsia,
Ciro, depois da queda de Belsazar. Aconteceu exactamente como Daniel havia
profetizado muito anos antes.
Quando o novo rei Dário assumiu o governo, mudou os membros do seu gabinete.
Nomeou 120 homens para supervisionar as 120 províncias do seu reino. Precisava agora
de três homens fiéis e capazes para supervisionarem esses 120, para que governassem fiel
e honestamente. Ele escolheu Daniel para ser um membro desse triunvirato (governo de
três). Ouvira comentar sobre os grandes serviços que Daniel prestara a Nabucodonosor
muitos anos antes. Por isso, Dário nomeou Daniel como o chefe desse triunvirato,
reconhecendo que Daniel “tinha um excelente espírito”.
Daniel era justo, honesto, correcto e submisso ao rei e às leis da terra. O rei poderia
contar com sua lealdade, sabedoria e conselho competente. Tudo que Daniel fazia era
com empenho e seriedade, de todo o coração, pois sabia que, ao servir as pessoas a quem
deus colocara como chefes seus, ele estava a servir a Deus.
Autoridades ciumentas tramam contra Daniel
Quando os dois outros membros do triunvirato souberam que estavam subordinados a
Daniel, ficaram cheios de ciúmes. Confabularam e ficaram matutando sobre o motivo
pelo qual esse velho judeu fora posto como chefe deles. Esse velho Daniel viera para a
Babilónia como cativo de Israel e, na opinião deles, sua condição de cativo e estrangeiro o
desmerecia como chefe deles, que eram nascidos e criados na Babilónia. Assim, cheios de
inveja, esses homens começaram a tramar contra Daniel. Ah! Se pudessem achar alguma
coisa errada na vida dele ou no seu trabalho, alguma desonestidade, alguma propina ou
gorjeta que tivesse recebido, alguma deslealdade.... Então poderiam convencer o rei a
livrar-se dele e eles, por sua vez, não teriam mais esse judeu como chefe.
A inveja, ou o ciúme, é um monstro feroz que tortura e torna as pessoas infelizes,
despeitadas e cruéis. Preste atenção como fica infeliz quando tem ciúmes de um irmão, de
uma irmã ou de um colega de classe que tem algo que não tem, ou que realiza algo que
não pode realizar.
Precisamos de pedir a Deus que mantenha o monstro do ciúme longe de nós e que em
vez dele nos dê amor por aqueles que nos cercam.
Quando amamos uma pessoa de verdade, quando queremos bem a essa pessoa,
ficamos felizes quando ela alcança sucesso seja no que for, de sorte que a inveja foge e se
esconde. Esses homens não conheciam a deus e os deuses pagãos nada tinham a
oferecer-lhes que pudesse espantar o monstro da inveja.
Assim, eles continuaram procurando um jeito de atacar Daniel e causar-lhe mal por
causa da promoção que tivera ao ser posto pelo rei como chefe deles. Porém, por mais que
se esforçassem, não encontravam uma brecha, um só defeito na personalidade de Daniel.
Esses homens despeitados começaram a planejar com o objectivo de afastar Daniel de
seu caminho. Finalmente, um deles disse: “Já sei! Podemos acusar Daniel de alguma
coisa referente a religião dele. Todos sabem que Daniel nunca adorou os deuses da
Babilónia nem os deuses da Medo-Pérsia. Ele só adora o Deus de Israel, sendo meticuloso
e fiel em sua devoção a seu Deus.”
Assim, os outros dois dirigentes falaram com alguns governadores e príncipes e, juntos,
elaboraram um plano. Iriam ao rei Dário e, por meio de bajulação, fariam com que o rei
promulgasse uma lei dos Medos e dos Persas proibindo todo o mundo de orar a qualquer
deus ou a qualquer homem, que não fosse o próprio rei Dário, pelo período de trinta dias
e que, nesse período de trinta dias, todos os pedidos e petições fossem dirigidos ao rei
somente. Se alguém orasse ou pedisse qualquer coisa a qualquer outra pessoa ou a
qualquer deus durante esses trina dias, seria lançado na cova dos leões. Quer dizer, todo
aquele que infringisse a lei que proibia qualquer pessoa de orar, pedir ou peticionar a não
ser ao rei Dário, seria jogado aos leões para ser devorado.
Esses colegas de Daniel e demais governantes conheciam a Daniel suficientemente bem
para saber que ele nunca deixaria de orar a seu Deus e que, portanto, iria infringir o
decreto real, cuja sanção era a morte, era ser atirado na cova dos leões. Contavam, pois,
livrar-se de Daniel para sempre com esse ardil mesquinho e perverso.
Os homens invejosos vão ao rei
Os dois colegas de Daniel e vários príncipes foram apressadamente ao rei com um
pedido curioso. O porta-voz do grupo falou: “Rei Dário, vive para sempre! Todos os
presidentes, governadores, príncipes, conselheiros e capitães se puseram de acordo.” O
homem já estava a mentir, naturalmente, pois nem todos os chefes participaram desse
acordo. Ele estava a omitir o nome de Daniel, o principal deles. Ele continuou a mentir:
“Todos nós chegamos a um acordo, depois de debatemos o assunto, no sentido de trazer a
Vossa Majestade a sugestão de que deverá passar um decreto declarando que qualquer
homem que orar a um deus ou a um homem no período de trinta dias, que não seja a
Vossa Majestade, deverá ser atirado na cova dos leões.”
O rei se sentiu lisonjeado, pensando que os principais homens de seu governo lhe eram
muito leais. O decreto o tornaria grande aos olhos do povo, de sorte que a ideia foi muito
de seu agrado. A lisonja impediu que o rei perguntasse se todos os presidentes,
governadores e administradores haviam de facto acordado sobre o assunto, de modo que
ele nem pensou no nome de Daniel.
“Agora, ó Rei, para firmar este maravilhoso decreto, Vossa Majestade precisa de
assiná-lo e publicá-lo, de sorte que não posa ser revogado, de acordo com o sistema dos
Medos e dos Persas,” disseram os políticos conspiradores.
Os Medos e os Persas acreditavam firmemente que um decreto, ou uma lei, uma vez
assinado pelo rei, não poderia ser mais alterado nem revogado. Nem o próprio rei teria
mais poder para isso.
O rei Dário ficou satisfeito com o novo decreto, que o exaltaria diante dos olhos do
povo, fazendo com que a sua posição de rei fosse reverenciada e glorificada, tornando-a
mais segura. Dário alegremente assinou o decreto, que se tornou lei irrevogável, que não
se podia mudar.
Daniel ora
Há anos, Daniel tinha o hábito de orar três vezes por dia: de manhã, ao meio-dia, e à
noite. Sem dúvida ele orava em outros horários enquanto fazia o seu trabalho, mas
estabelecera esses três horários específicos diariamente para falar com deus, pondo tudo
mais de lado. Tem uma hora para falar com Deus diariamente? Provavelmente, ora antes
das refeições, antes de uma prova na escola, ou quando é tentado a fazer algo errado. Mas
é muito importante ter uma hora especial todos os dias para orar e ler a Palavra de Deus.
Se não for três vezes ao dia, como fazia Daniel, que seja pelo menos uma vez.
Daniel tinha um quarto especial em sua casa onde ele entrava três vezes por dia para
orar. Era um quarto com janelas que se abriam no rumo de Jerusalém. Muitos anos antes,
quando Salomão, rei de Israel, dedicara o Templo em Jerusalém, ele pedira a Deus para
ouvir a oração de Seu povo quando orasse no Templo. O rei Salomão também pediu a
deus que ouvisse o Seu povo se ele fosse levado cativo para uma terra estranha e orasse
com o rosto voltado para o Templo em Jerusalém. O Templo tinha sido o lugar de
encontro com Deus com o Seu povo, mas, por causa de excesso de pecado de um lado, e
falta de oração do outro, o Templo havia sido destruído e a terra de Israel agora estava
arrasada. Contudo, há muitos anos Daniel vinha orando junto à sua janela que dava para
Jerusalém, pedindo a Deus a graça de fazer com que Seu povo voltasse de novo para a
terra de Israel.
O profeta Jeremias dissera muitos anos antes: “Toda esta terra virá a ser um deserto e
um espanto; e estas nações servirão ao rei da Babilónia setenta anos” (Jeremias 25:11).
Daniel sabia através dessa e de outras profecias que o povo de Deus teria permissão de
retornar à sua pátria de Israel depois de setenta anos de cativeiro na Babilónia. Ele sabia
que os setenta anos estavam a chegar ao fim e já era quase tempo de o povo de Deus voltar
à sua terra e reconstruir a cidade de Jerusalém e o Templo.
Sabendo de tudo isso, Daniel tinha muito pelo que orar. Teria o povo de Deus de facto,
aprendido a lição durante o seu cativeiro na Babilónia? Teria finalmente abandonado a
adoração de ídolos? Daniel orava pelo povo judeu para que se arrependesse sinceramente
de seus pecados. Daniel confessava os seus próprios pecados e os do povo a Deus, e pedia
perdão. Ele orava para que o povo fosse restabelecido na terra de Israel, sua pátria.
Quando Daniel soube da nova lei assinada por Dário, o novo rei da Babilónia, ele não
parou de orar, porque a oração para ele significava a própria vida. Três vezes no dia, ele
continuava a orar a deus com as janelas abertas em direcção a Jerusalém. Ele não se
meteu num cubículo escuro para orar escondido, ou colocou cortinas na janela para que
ninguém o visse orar. Não, Daniel orava junto a sua janela aberta aos olhos de todos,
como sempre fizera.
Daniel sabia que, se parasse de orar a Deus trinta dias, ou mesmo se fingisse que avia
parado de orar a deus, o povo naquela terra pagã pensaria que o Deus de Daniel não tinha
importância para ele, e ele seria um fraco testemunho para o seu Deus. Portanto, Daniel
decidiu que continuaria a orar como antes, embora soubesse que as consequências
poderiam ser uma morte horrível na cova dos leões. Sem se preocupar com o custo,
Daniel permaneceria fiel a seu Deus.
Enquanto Daniel orava, seus inimigos estavam a espreitar nas proximidades, só
esperando vê-lo orar. E não esperaram muito. Logo viram e ouviram com toda a certeza
Daniel orando a seu Deus. Contentes com o sucesso do plano que resultou de sua
conspiração maldosa para acabar de vez com o velho profeta, eles foram mais do que
depressa à presença do rei.
12
Daniel é atirado na cova dos leões
Daniel 6:1-28; 9:1-19
Versículo: Provérbios 5:21
Os inimigos de Daniel o acusam
Os inimigos de Daniel mal podiam esperar para acusá-lo perante o seu rei. Estavam
muito animados quando se reuniram na presença do rei Dário. O porta-voz do grupo
falou: “Ó rei, Vossa Majestade não assinou um decreto proibindo todo o mundo de orar a
qualquer deus, excepto ao rei, pelo prazo de trinta dias, sob pena de ser lançado na cova
dos leões?”
O rei respondeu: “Sim, é verdade que baixei esse decreto segundo a lei dos Medos e
dos Persas, que não pode ser revogada.”
“Muito bem” prosseguiu o porta-voz, “achamos que Vossa Majestade deve saber que
Daniel, o cativo de Judá, não obedece a sua lei, ó rei. Ele continua a orar a seu Deus três
vezes por dia, sem falhar uma vez sequer. Nós o vimos e o ouvimos, Majestade. Embora
lamentamos imensamente por Daniel, viemos comunicar-lhe o facto, pois somos leais ao
rei” – tudo mentira e hipocrisia, é claro.
O resto do grupo assentiu com a cabeça enfaticamente. “Somos testemunhas de que
Daniel desafiou a sua lei, ó rei!” Disseram eles. “Mas a lei estabelece que todo aquele que
orar a qualquer deus seja lançado na cova dos leões. Vossa Majestade sabe, ó rei, que a lei
não pode ser violada, porque é uma lei dos Medos e dos Persas.”
O coração do rei se entristeceu muito. Ele compreendeu que fora enganado mediante
um ardil. Como poderia lançar o seu estadista mais velho e de maior confiança aos leões?
O rei Dário admirava e tinha alta estima por Daniel, um homem já idoso. Dependia
bastante da sabedoria de Daniel. Como pudera deixar-se iludir por esses homens
invejosos, sendo levado a assinar uma lei tão tola? Será que ele poderia encontrar uma
brecha na lei que o permitisse salvar Daniel da morte?
Dário fez o que pode para livrar Daniel da cova dos leões. Mas os inimigos de Daniel
ficaram lembrando ao rei que nenhuma lei dos medos e dos persas, depois de assinada por
um rei, poderia ser revogada. E se o rei a revogasse, perderia o respeito de todos os povos
do seu reino. Não havia saída agora; o jeito era jogar Daniel na cova dos leões! Assim,
embora muito contristado, o rei deu a ordem, para que a lei fosse cumprida.
Daniel é atirado na cova dos leões
Os soldados foram à casa de Daniel e o prenderam. O velho sábio não havia sofrido
esse tratamento desde os seus dias de juventude, quando fora feito cativo em Jerusalém.
Daniel não resistiu a prisão e nem pareceu agitado. Calmamente se deixou levar pelos
soldados.
Foi conduzido à entrada da cova. Os leões famintos rugiam enquanto caminhavam
para cima e para baixo, com aquela postura felina característica. O rei Dário, também
andava p’ra cima e p’ra baixo, nas proximidades, muito nervoso. Ele disse a Daniel: “Teu
Deus, a quem serves continuamente, te livrará.”
Daniel foi arriado para dentro da cova bem devagarinho, enquanto os leões ferozes,
bem lá no fundo, rugiam. É costume dos leões saltarem sobre as vítimas enquanto elas
estão sendo baixadas no covil.
Rapidamente a cova foi fechada e selada com selo duplo – o selo do rei e também o
selo das outras autoridades. Os inimigos de Daniel não queriam correr riscos. Com os
selos na porta da cova, eles queriam assegurar-se de que ninguém ousaria abri-la para
tirar Daniel de lá. Satisfeitos, pensando que haviam se livrado de Daniel finalmente, eles
deixaram o local da cena de horror e foram para as suas casas dormir, enquanto o rei
Dário regressava ao palácio.
Deus protege Daniel
Quando Daniel foi arriado dentro da cova escura, no meio dos leões que rugiam, ficou
muito surpreso ao ver que os animais não pularam em cima dele. Nem ao menos
arreganharam os dentes. Aproximaram-se dele mas não lhe fizeram mal. Daniel não os
achou mais perigosos do que gatinhos brincalhões, pois Deus enviara Seu anjo e lhes
fechara a boca. Parecia até que os grandes felinos estavam satisfeitos com a companhia
do velho profeta.
Daniel sorriu enquanto se encolhia para dormir num canto. Perto dele estava um leão,
e quem sabe, talvez Daniel o tenha usado como travesseiro. Daniel deu louvores a Deus e
caiu num sono reparador, só se acordando de manhã.
O rei Dário não consegue dormir
Enquanto Daniel dormia tranquilamente entre os leões, o rei Dário ficou andando de
um lado para outro no seu quarto de dormir no palácio, cheio despreocupação. Seus
servos insistiram para que comesse, mas ele recusou provar qualquer comida, pois
perdera o apetite, Despachou os músicos que vieram entretê-lo, mas não pode dormir de
jeito nenhum, continuou insone! Tudo que podia fazer era andar para cima e para baixo,
preocupado com Daniel. Culpou-se e depois culpou os membros de seu governo.
Amaldiçoou al ei dos medos e dos persas que o impediam de revogar a estúpida lei que
fora a causa da ruína de Daniel.
Mas tão logo a aurora começou a raiar, o rei Dário vestiu seu manto real e ordenou a
seus servos: “Levem-me à cova dos leões imediatamente.” O cocheiro sem demora
aprontou uma carruagem e lá se foi o rei, acompanhado de alguns cortesãos, rumo a cova
dos leões.
O rei chama por Daniel
Em chegando à cova dos leões, o rei mandou romper os selos e remover a tampa da
entrada; e procurou enxergar através da penumbra o que havia lá dentro. Via muito
pouco, de tão escuro que era lá no fundo do buraco. Chamou por Daniel com voz
lamentosa: “Daniel, servo do Deus Vivi, será que o Deus, a quem serves continuamente,
pode livrar-te dos leões?”
Daniel não se esqueceu de suas boas maneiras de do protocolo, mesmo estando numa
cova, cercado de leões. “Ó rei, vive para sempre!” Respondeu ele com polidez. “Meu
Deus mandou Seu anjo, e fechou a boca dos leões para que não me causassem dano
algum, porque estou inocente diante dEle e diante de Vossa Majestade, ó rei!”
O rei ficou super alegre ao ouvir a voz de Daniel. Chamou por seus servos e os
mandou descerem as cordas na cova para que Daniel pudesse ser retirado dela. Para
surpresa de todos, Daniel saiu da cova sem um arranhão; nem parecia que passara uma
noite com as feras! Mais uma vez Deus cuidou de Seu servo que nEle confiou. Deus
mostrou mais uma vez Seu grande poder a um rei pagão.
Então o rei ordenou que os acusadores de Daniel fossem atirados na cova. Desta vez,
não havia nenhum anjo lá para protegê-los. Os leões famintos pularam sobre eles e os
fizeram em pedaços antes mesmo que os seus corpos chegassem ao fundo da cova. A
inveja deles foi sua ruína e finalmente os destruiu, como sempre destrói a quem se entrega
a um sentimento como o ciúme e a inveja.
O rei Dário fez outro decreto e o promulgou para benefício de todos os povos de seu
império. Ordenou que todos temessem e tremessem diante do Deus de Daniel porque,
como salientou o rei, Ele permanece para sempre e Seu reino nunca será destruído. Ele é o
Deus vivo que livra, salva e faz sinais e maravilhas. Ele livrara Daniel do poder dos leões.
E foi assim que o rei Dário veio a conhecer e crer no Céus verdadeiro.
Quando o rei Dário conheceu o Senhor, multidões de pessoas ouviram anunciar o
Deus Verdadeiro, e tudo porque Daniel fora fiel a seu Deus.
Você ousaria ser um Daniel, assumindo uma posição firme em favor do que é certo e
direito, embora todos a seu redor estejam agindo errado? Mesmo quando outras pessoas
possam tentar causar-lhe dano por causa de sua posição? Lembrem-se de que Deus
domina leões, reis e toda a humanidade, e não deixará que nenhum mal lhe aconteça se
Ele não o permitir. Daniel amou a Deus mais do que a fama, mais do que ao círculo de
amigos, mais do que a própria vida, e Deus cuidou de Daniel e o usou como Seu
testemunho para que Seu nome fosse conhecido de multidões. Peçamos a Deus que nos
torne fiéis a Ele como Daniel o foi.
Versículos Para Decorar
“E tudo quanto fizerdes, fazei-o de
todo o coração,
como ao Senhor, e não aos homens.”
Colossenses 3:23
“E tudo quanto fizerdes, fazei-o de
todo o coração,
como ao Senhor, e não aos homens.”
Colossenses 3:23
“E tudo quanto fizerdes, fazei-o de
todo o coração,
como ao Senhor, e não aos homens.”
Colossenses 3:23
3
“Perseverai em oração, velando nela
com acção de graças.”
Colossenses 4:2
“Perseverai em oração, velando nela
com acção de graças.”
Colossenses 4:2
“Perseverai em oração, velando nela
com acção de graças.”
Colossenses 4:2
“Perseverai em oração, velando nela
com acção de graças.”
Colossenses 4:2
4
“Em ti, SENHOR, confio; nunca
seja eu confundido.”
Salmo 71:1
“Em ti, SENHOR, confio; nunca
seja eu confundido.”
Salmo 71:1
“Em ti, SENHOR, confio; nunca seja
eu confundido.”
Salmo 71:1
“Em ti, SENHOR, confio; nunca seja
eu confundido.”
Salmo 71:1
5
ã
á
í
ã
á
í
ã
á
í
ã
á
í
6
“Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo
teu nome, tu és meu.”
Isaías 43:1b
“Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo
teu nome, tu és meu.”
Isaías 43:1b
“Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo
teu nome, tu és meu.”
Isaías 43:1b
7
“Pela altivez do seu rosto o ímpio não
busca a Deus”Salmo 10:4
“Pela altivez do seu rosto o ímpio não
busca a Deus”Salmo 10:4
“Pela altivez do seu rosto o ímpio não
busca a Deus”Salmo 10:4
8
“A soberba precede a ruína, e a
altivez do espírito precede a
queda.”
Provérbios 16:18
“A soberba precede a ruína, e a
altivez do espírito precede a
queda.”
Provérbios 16:18
“A soberba precede a ruína, e a
altivez do espírito precede a
queda.”
Provérbios 16:18
9
A soberba do homem o abaterá, mas a honra sustentará
o humilde de espírito.
Provérbios 29:23
A soberba do homem o abaterá, mas a honra sustentará
o humilde de espírito.
Provérbios 29:23
A soberba do homem o abaterá, mas a honra sustentará
o humilde de espírito.
Provérbios 29:23
A soberba do homem o abaterá, mas a honra sustentará
o humilde de espírito.
Provérbios 29:23
10
Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo
o que o homem semear, isso também ceifará.
Gálatas 6:7
Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo
o que o homem semear, isso também ceifará.
Gálatas 6:7
Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear,
isso também ceifará.
Gálatas 6:7
11
Sobre tudo o que se deve guardar,
guarda o teu coração, porque dele
procedem as fontes da vida.
Provérbios 4:23
Sobre tudo o que se deve guardar,
guarda o teu coração, porque dele
procedem as fontes da vida.
Provérbios 4:23
Sobre tudo o que se deve guardar,
guarda o teu coração, porque dele
procedem as fontes da vida.
Provérbios 4:23
12
Eis que os caminhos do homem estão perante os olhos do SENHOR,
e ele pesa todas as suas veredas.
Provérbios 5:21
Eis que os caminhos do homem estão perante os olhos do
SENHOR,
e ele pesa todas as suas veredas.
Provérbios 5:21
Eis que os caminhos do homem estão perante os olhos do
SENHOR,
e ele pesa todas as suas veredas.
Provérbios 5:21
Download

1 A Decisão Ousada de Daniel Daniel 1:1