Pra Ser Feliz Daniel canta os segredos da felicidade em novo CD Uma canção é como um diamante bruto que repousa à espera de um artífice que saiba lapidá-la para que ela arrebate o coração de quem a ouve. Nesse sentido, o 17º álbum da carreira solo de Daniel chega como um porta-jóias com 19 preciosidades garimpadas carinhosamente pelo cantor para presentear seus fãs e quem mais possa vir. O nome do trabalho, Pra Ser Feliz (Elias Muniz), pinçado da faixa que abre o disco, diz tudo sobre a fase que hoje Daniel atravessa pessoal e profissionalmente. Com 14 anos de carreira solo (com João Paulo, foram outros 16, com oito álbuns lançados), ele adquiriu a tranqüilidade de poder escolher sem a pressa de antes o que cantar e quantos shows quer fazer por semana. A letra da música-título fala justamente dessa ânsia do homem pela felicidade a qualquer preço. "Pra ser feliz/ o quanto de dinheiro eu preciso/ como é que se conquista o paraíso/ quanto custa pro verdadeiro sorriso/ brotar do coração". O alto astral de Daniel - que hoje em dia toca sua agenda de forma a dedicar mais tempo para sua filhinha Lara e sua mulher, Aline de Pádua, com outro bebê a caminho - fica perceptível já na sua irrefreável vontade de cantar. Em vez de se contentar com as 14 faixas que, por uma regra não escrita, costumam conter a maioria dos CDs mundo afora, Daniel fez questão de rechear o novo trabalho com 20, aí considerada a faixa-bônus em versão acústica de “Inevitável” (Valtinho Jota), uma carta de amor embebida em paixão tal qual todo amante gostaria de mandar para a dona de seus pensamentos. Valtinho, aliás, aparece como aqueles jovens compositores que Daniel costumou revelar ao longo de sua trajetória. Além da canção já citada, o moço assina também “Sagrado”, que fala de uma cara metade já não tão assídua na cama: "Eu tento com carinho/ falando no ouvido/ meu bem que saudade de amar/ você diz bem baixinho/ que está cansada/ pra te perdoar". Nomes que, do mesmo modo, devem soar novos para muita gente são os dos autores de “Enquanto Vivo” (Marcelo Melo/ Vivi Abreu/ Théo José), sobre um sujeito que não tem medo de correr pro abraço e amar tanto quanto a vida lhe oferece. Claro que não poderia ficar de fora a afinada turminha responsável por fazer Daniel volta e meia bater ponto nas paradas. Faz parte dela, por exemplo, Zé Henrique, que assina “Tá Na Hora” (com Ivan Medeiros) e “E Agora” (com Gabriel e Dudu Paixão). O mesmo vale para Peninha, que mandou “Um Novo Sonho Pra Sonhar” aos 45 minutos do segundo tempo da escolha do repertório. Quem também comparece com seu talento é Rick Sollo - ex-parceiro de Renner -, brindando o companheiro de cantoria com a bucólica “Filho Do Mato”, hino feito sob medida para quem jamais nega sua origem caipira. "Quem tem o chão na veia/ quem tem raiz no chão/ morando na cidade/ mistura saudade com alucinação", reza a canção. E para quem curte a natureza, outro destaque é “Embora”, um clássico estradeiro da lavra de Tavito (com Alexandre Lemos), um dos ícones do rock rural setentista. Também na parte instrumental, Daniel fez de cercar-se de músicos que o acompanham há anos, tanto tocando quanto nos arranjos. Rodrigo Costa, Paulinho Ferreira e Jânio Santone, por exemplo, são alguns dos maestros que assinam a variada tessitura sonora do CD. Por trás de toda essa estrutura e do processo de prospectar o repertório, a presença tranquilizadora do produtor musical Manoel "Nenzinho" Pinto, que acompanha Daniel, por assim dizer, quase desde que sua vida profissional virou sinônimo de canção. Outras novidades vão fazer a alegria de quem faz do amor sua pedra de toque. Como a balada “Sol Da Manhã” (Elias Muniz), o quase tango “Caramba” (Mário Marcos/Hamilton Cunha), o sambinha romântico “Minha Teia” (Tatau) e o forró bem-temperado “Aí, Cadê Você” (Dedé Badaró/João Gustavo). No mesmo diapasão da paixão gravitam “Não Ama Quem Te Ama” (Bruno/Alexandre), “Tá No Coração” (João Gustavo/ Carlos Randall/ Cesar Moreno) - a primeira a conquistar as rádios - e “Eu Amo Amar Você” (Danilo Galvão). Mas nos romances, como se sabe, nem tudo são flores. Por isso Daniel, intérprete de mão cheia que é, toma como seu todo o conflito contido em “Do Fundo Do Meu Coração”, uma das mais doloridas criações de amor de Roberto Carlos, feita em parceria com seu "amigo-de-fé-irmãocamarada" Erasmo Carlos. Sempre cioso de suas crias musicais, o Rei deu carta branca para quer nosso herói imprimisse seu estilo personalíssimo à canção, tal como já tinha feito no CD Emoções Sertanejas, gravado em março de 2010, em homenagem aos 50 anos de carreira de Roberto. O arranjo, que na ocasião era de Eduardo Lages, desta vez coube a Rodrigo Costa. Claro que cada um tem um jeito peculiar de encontrar a alegria. Mas, após embarcar na viagem musical proposta em Pra Ser Feliz, não há dúvida do caminho escolhido por Daniel para fazer sua busca pessoal: sua felicidade maior se mantém, como no início da carreira com o parceiro João Paulo, tornar as pessoas cada vez mais de bem com a vida a bordo de suas canções... por Donizeti Costa, Setembro de 2011 Departamento de Imprensa Telefones: (21) 2128-0651 e (11) 3383-4770 www.sonymusic.com.br