RESUMO O trabalho ora apresentado faz parte do projeto de pesquisa, desenvolvido no Instituto de Radioproteção e dosimetria (IRD), no Rio de Janeiro. O projeto teve início em 1997 e objetivou a verificação do desempenho dos ativímetros (também conhecidos como curiômetros) utilizados nos Serviços de Medicina Nuclear Brasileiros (SMNs). A verificação desse desempenho foi feita por meio da medição da atividade dos radionuclídeos administrados aos pacientes, durante as práticas médicas de diagnóstico ou terapia, por meio de comparações entre os resultados obtidos pelos SMNs e pelo Laboratório Nacional de Metrologia das Radiações Ionizantes (LNMRI) do IRD. Os radionuclídeos utilizados nesse programa são os de uso mais freqüente na medicina nuclear, a saber: 123I, 131 I, 67 Ga, 201 TI e 99m Tc. A administração exata da quantidade da atividade depende do uso apropriado e da calibração desses ativímetros. A subestimação da atividade administrada pode retardar uma diagnose correta, interferindo numa investigação médica. Por outro lado, a superestimação pode trazer conseqüências piores, principalmente em terapia, por causa das doses desnecessariamente altas aplicadas ao paciente. Resultados preliminares com 99m TC e 131 I têm mostrado que um grande número de equipamentos usados nos SMNs não apresenta um bom desempenho, gerando resultados muito discrepantes em relação aos valores de referência determinados no LNMRI. Esse laboratório é reconhecido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO). Os resultados demonstraram que os SMNs devem melhorar a exatidão das medições da atividade dos radionuclídeos administrados aos pacientes e estabelecer a rastreabilidade metrológica aos sistemas de medição padrão mantidos no LNMRI. O procedimento da intercomparação e as recomendações feitas para minimizar as incertezas nas medições serão analisados e discutidos no decorrer do texto. Palavras - chave: Metrologia. Radiofármacos. Comparação.