“PERSPECTIVAS CURRICULARES NA
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E
TECNOLÓGICA”
FERNANDO DA SILVA MOTA
Debate nº 06
“Quem somos nós, quem é cada um de nós,
senão uma combinatória de experiências, de
informações, de leituras, de imaginações, cada
vida é uma enciclopédia, um biblioteca, um
inventário de objetos, uma amostragem de
estilos, onde tudo pode ser continuamente
remexido e reordenado de todas as maneiras
possíveis”
Ítalo Calvino
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Desde as controvérsias
proporcionadas por MCLUHAN quando
disse que os avanços das
telecomunicações e a informação
transformariam o mundo numa
“ALDEIA GLOBAL”.
Já se passaram 40 anos!”
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Estamos vivendo nesta “ALDEIA”, nossos alunos
já fazem parte desta comunidade global ligados à
internet e vivem as mudanças pelas quais
experimentamos o “TEMPO” e o “ESPAÇO” através do
CURRÍCULO.
Através do CURRÍCULO possibilitamos ao aluno
o estabelecimento de relações com o meio ambiente,
fazendo-o perceber-se parte dele.
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O entendimento das relações de trabalho
estabelecidos entre os homens, valorizando suas
formas próprias de pensar, de agir e de se expressar,
sem desconsiderar o intercâmbio entre as diferentes
culturas.
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É importante que nos conscientizemos que a
escola não detém a hegemonia como fonte de
“transmissão do saber”, e que os meios de
comunicação e a rede mundial (WEB) também atuam
como mediadores Entre o sujeito e a construção de
sua identidade.
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E finalmente, será preciso oferecer ao aluno
oportunidades para que ele se aproprie das
linguagens do seu tempo.
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PONTOS REFERENCIAIS PARA PENSAR O
CURRÍCULO:
 A Multiculturalidade é a marca mais significativa do
nosso tempo;
 O Projeto Curricular pressupõem um Projeto Político
Pedagógico
construído
coletivamente
e
democraticamente;
 A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do
trabalho e a prática social. (Parágrafo 2º do Artº 1º da
LDBEN).
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Na definição do currículo a necessidade da
incorporação dos 4 eixos fundamentais que devem
nortear a educação neste século:
Aprender a Conhecer
 Aprender a Fazer
 Aprender a viver juntos
 Aprender a ser
(Relatório Jacques Delors/Unesco).
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Escolhi estes pontos de referência para chegar ao
PROJETO MANDALA colocado em prática na Rede FAETEC
de Educação Superior Tecnológica, mais precisamente em
suas Unidades de Educação Superior do Rio de Janeiro,
Duque de Caxias, Petrópolis e Paracambi.
A Concepção Mandala aponta caminhos para que a
escola se torne contemporânea.
Imagens dos Livros que institucionalizam o Projeto
Mandala.
Na proposta do Projeto Mandala, uma nova
concepção para o currículo de formação tecnológica
incorpora:
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O Ensino precisa incorporar uma formação técnica
altamente relevante e completa esta formação com
componentes humanistas que forme para a cidadania e
para a vida:
 Ser Contextualizado – Buscar novas competências – Ser
inovador e participativo – Incorporar as novas tecnologias
para melhorar o compartilhamento de conhecimentos –
Ajudar nos relacionamentos (convivência)
 Impulsionar a inovação e o desenvolvimento de
competências e relações – É importante um novo olhar
para o tempo e o especo educativo – É importante uma
nova maneira de avaliar em várias dimensões
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 Não bastam ações isoladas, é importante tratar o todo
de forma conjunta;
 É fundamental mudar o comportamento das pessoas e
suas crenças ( em relação à Escola? );
 É relevante considerar o processo tecnológico;
 É preciso estar ciente das novas formas de gestão
escolar;
 É necessária uma maior interação com a sociedade;
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Acesso aos Livros do Projeto Mandala,
disponíveis na WEB:
\\\\\\\\
Acesse o
Escola Mandala
Acesse o
Escola em Ação
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“A escola que temos é uma escola onde
não fazemos o que somos capazes de
fazer, onde a iniciativa pedagógica do
profissional se sente entre grades”
Miguel Arroyo
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 A juventude vive neste tempo mais interconectada e relacionada com
esta tecnologia...
 Educação e tecnologias são indissociáveis.
 ...Os alunos utilizam Pendrives, telefones celulares, computadores, Ipads,
usam as redes sociais etc...
\\\\\\\\
 A escola ignora, em grande parte, as possibilidades desta nova
sociedade, descarta as insistências da juventude por um ensino voltado
para o seu tempo e resiste à adoção de uma pedagogia relacionada à
novas aspirações do mundo contemporâneo.
 A Escola insiste em reforçar seus fatores de coerção, de autoridade e de
obediência.
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O mundo está mudando, e a escola resiste a se
transformar e, aos poucos, vai configurando como uma
“Escola de Excluídos”, uma
escola preocupada com
\\\\\\\\
competências que já não existem mais,
com
conhecimentos fragmentados e estanques e, ao final,
formando alunos com empregabilidade baixa.
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“Um plano curricular supõe, implícita ou explicitamente, uma
visão de educação e de como a escola, enquanto uma das
instituições sociais responsáveis pela educação, realiza a sua
parte”.
(COLL, p.12, 1998)
“A ação curricular precisa ser significativa, porque não repetitiva
\\\\\\\\
com relação aos modos de conhecer o novo, porque valoriza os
conhecimentos prévios do aluno, porque questiona e respeita o
significado lógico e psicológico da aprendizagem para o aluno,
porque valoriza os aspectos motivacionais e funcionais porque
valoriza a “intensa atividade do aluno”.
Uma proposta curricular precisa ter epistemologia clara e distinta.
(COLL, p.13 e 14, 1998)
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Referências Bibliográficas:
“A Escola Mandala: uma nova concepção para o ensino
tecnológico na rede Faetec”/ Fernando da Silva Mota, Marcio
Francisco
Campos
e
Ronaldo
Ribeiro
Goldschmidt
(Organizadores): RJ: Imprinta, 2006;
\\\\\\\\
“A Escola Mandala em Ação: conceitos, propostas e experiências
do IST-RIO”/ Rosa Amelita S. M. da Motta, Themis Aline C. dos
Santos, Ronaldo Ribeiro Goldschmidt e Marcio Francisco Campos
(Organizadores) RJ: Imprinta, 2009;
“Psicologia e Currículo: uma aproximação psicopedagógica à
elaboração do currículo escolar” César COLL, Gráfica Palas
Athena, 1998;
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“Salto para o Futuro: Construindo a escola cidadã, Projeto
Político Pedagógico” SED. Brasília: MEC, SEED, 1998./ Texto de
Moacyr Gadotti – “Projeto Político Pedagógico da Escola Cidadã”;
Miguel Arroyo“Prática Pedagógica e Currículo”. Anais do VII
ENDIPE/Florianópolis/1996, pág. 167/168.
\\\\\\\\
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96;
Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o
Século XXI, coordenada por Jacques Delors. O Relatório está publicado em
forma de livro no Brasil, com o título Educação: Um Tesouro a Descobrir
(UNESCO, MEC, Cortez Editora, São Paulo, 1999).
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