ENTREVISTA
ENTREVISTA
por RITA ASCENSO fotografia RICARDO POLÓNIO
“Com taxas de fiscalização mais
baixas, podíamos ter alcançado
os mesmos resultados”
Fomos falar com Alexandre Fernandes, o gestor que esteve à frente da ADENE
nos últimos anos e que implementou o actual Sistema de Certificação Energética
e Qualidade do Ar Interior. Uma conversa informal sobre a energia, as renováveis
e a eficiência energética, em jeito de balanço.
Quando chegou à ADENE, a Agência não tinha o
posicionamento nem o protagonismo que tem hoje.
A eficiência energética era um conceito vago. Que
balanço faz destes anos até à sua saída no passado
mês de Abril?
O desafio foi basicamente converter a ADENE numa
instituição que estava como que em standby numa
instituição activa nos vários domínios da eficiência e
da energia em Portugal. Esse foi o meu contributo, o
de trazer para a ADENE um conceito anglo-saxónico
de gestão. Fiz grande parte da minha carreira numa
das maiores multinacionais de energia do mundo,
e o que procurei importar e adaptar foi essa forma
e modelo de trabalhar. A ADENE passou a ter um
conselho de administração presente, interventivo
mas com um órgão executivo dirigido por um CEO ou
director-geral que o representa mas que incorporava
o seu cunho pessoal. Talvez não saiba, mas eu fui o
primeiro director-geral da ADENE.
Era necessário implantar um sistema de certificação
energética e promover a eficiência energética. A
missão mudou? Foi como que começar do zero?
Não foi começar do zero. Se olharmos para os anos
anteriores a 2006, a missão da ADENE já existia nessa
área. Nós trouxemos foi uma importância e dinâmica
muito maiores à eficiência energética em relação ao
que estava na altura atribuído à ADENE. A missão
era clara: desenvolver políticas de interesse público
na área da energia, mas o que nós trouxemos foi
uma maior promoção desta componente ao nível
da eficiência energética.
Foi necessário implementar um sistema e medidas
de promoção novas. A ADENE ganha dimensão.
Mas sobretudo numa lógica de implementação de
um plano de eficiência energética porque o sistema
de certificação é uma das partes do plano.
Refere-se ao PNAEE (Plano Nacional de Eficiência
Energética). Acha que o mercado estava preparado
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para o Sistema de Certificação Energética e Qualidade do Ar Interior (SCE)?
Num horizonte de seis anos passámos muito rapidamente de um sistema embrionário para meio milhão
de certificados emitidos e portanto podemos concluir
que o mercado respondeu bastante bem.
Temos meio milhão de certificados emitidos mas o
principal desígnio do SCE é passarmos a ter casas
mais eficientes. Se não forem implantadas as medidas de melhoria, os certificados não cumprem este
objectivo. O sucesso de meio milhão de certificados
depende destas práticas e este ponto está ainda
por resolver. Qual era o seu plano para resolver
este problema?
O nosso objectivo é o de ter, em 2015, um em cada
15 edifícios com eficiência energética optimizada, ou
seja com uma classificação superior a B-. E penso que
será alcançado porque é realista. Na prática queremos
uma melhoria de 25% porque a nossa média anda
na classe C.
E como chegamos lá?
É um pouco respeitar e tornar consequente a parte
que me parece mais importante do certificado de
eficiência energética e que talvez tenha sido a chave
do êxito que tivemos, ou seja, o facto de as medidas
de melhoria fazerem parte do certificado. Quando
iniciámos este processo, a classificação era o labeling,
a classe energética, e o que fizemos foi tornar visível
aquilo que se poderia fazer para optimizar a performance energética. Foi um desafio muito estimulante
a componente em que obrigámos o Perito Qualificado
(PQ) a trabalhar não só a classe energética do edifício
mas também a fazer uma auditoria do projecto que
tornasse claro as medidas de melhoria que podiam
ser implementadas, obrigando a um rigor na quantificação, quer das poupanças energéticas quer do
lado do custo-benefício. Depois também procurámos
garantir que nos processos de fiscalização e auditoria
27
NOVO
ENTREVISTA
estão pressionados pelo promotor ou cliente final
em responder a factores de eficiência energética.
“Um dia todos os edifícios serão verdes” já começa
a acontecer na área que está a jusante de todo o
SCE. Hoje em dia colocar um produto pouco eficiente no mercado já não é fácil e num momento
de crise imobiliária maiores são as necessidades
de diferenciar o produto.
“E de facto, hoje em dia, pensar que todos os espaços têm que ser ventilados
de forma mecânica é não estar a maximizar o conceito de climatização”.
houvesse rigor nessa informação porque na fase inicial
o rigor não foi aquele que queríamos. Há medida
que íamos incidindo na fiscalização mais importante
e mais valorizado era o trabalho do PQ.
Estamos a viver uma crise grande. As pessoas pedem
o certificado no acto da compra ou arrendamento
porque deveria ser obrigatório nas escrituras mas
precisam de outros estímulos para investirem nas
medidas de melhoria... Existem medidas ou acções
previstas para ajudar a esta mudança de comportamentos?
As acções estão dirigidas ao utilizador final. O grande
problema da eficiência energética é que nós não
temos nas nossas casas um contador do “nowatts”
e por isso as nossas poupanças não são muito claros. Procurámos criar alguns factores visíveis ou de
notoriedade clara para o consumidor. A pessoa tem
que sentir orgulho em olhar para o telhado e ter lá
um colector solar, em mostrar o valor acrescentado
que obteve em colocar uma boa caldeira, o conforto
que obteve com uma parede mais bem isolada, ou
os vãos envidraçados com bons sombreamentos...
São estas questões que têm que prevalecer.
Através da sensibilização das pessoas para as vantagens em serem eficientes?
Exactamente. Trata-se de sensibilizar as pessoas a
mudar os comportamentos energéticos pelas vanta28
gens que obtêm. Temos que criar factores disruptivos
,tal como fizemos com a Medida Solar Térmico 2009
(MST). Com a MST, as pessoas tiveram como que um
“choque solar” e aderiram muito bem. É claro que os
factores disruptivos têm vantagens e inconvenientes.
O mercado fica durante algum tempo desregulado
e demora algum tempo a ajustar-se mas se reparar
desde essa altura que nunca mais baixámos da fatia
anual dos 100 mil m2, mesmo neste último ano de
2011 de crise.
A Europa já percebeu que a reanimação do sector da construção passa pela reabilitação e que
esta dinamização é estratégica para animar a
economia. Temos essa consciência cá?
O projecto Renove Casa deu uma série de inputs
nessa matéria. Nesta primeira fase temos que
dar o sinal e investir nos vãos envidraçados, na
componente não opaca. Enquanto na vertente
opaca temos que fazer uma obra que em termos
orçamentais implicam soluções construtivas mais
exigentes, na vertente do vão envidraçado há uma
medida que é tangível, é visível e tem um retorno
interessante. Todos nós sabemos que ao isolarmos
as componentes não opacas de uma casa, criamos
maior conforto quer de Inverno, quer de Verão.
É importante que estas questões sejam também
vistas do lado do consumidor, ou seja, temos muito
a tendência nesta área da climatização em olhar
para a oferta, do fabricante e o lado da procura é
determinante. Ao fazermos acções de mudanças
comportamentais, conseguimos fazer com que
as pessoas já não oiçam apenas mas constatem,
dentro do conforto das suas casas, as vantagens
da reabilitação, quer no Verão quer no Inverno.
Mas ainda tínhamos os restos dos subsídios e o
QREN.
Mas repare que, antes da MST, 100 mil m2 era o que
se instalava em Portugal em dez anos. Convém não
nos esquecermos dessa nossa realidade anterior.
Demos um salto enorme, passámos de 10 a 15 mil
m2 / ano para 10 a 15 mil m2 / mês. E vamos chegar
agora ao 1 milhão de m2 instalados. Mas ainda do
lado das empresas, a oferta conseguiu corrigir os
preços e hoje o solar térmico é muito mais competitivo. Estes modelos foram aplicados noutras áreas e
correram muito bem. É o caso da iluminação e com
a disseminação dos CFL.
Com base na sua experiência destes últimos
anos, o que é que mudava no SCE? Onde vê as
maiores fragilidades neste sistema?
Tenho alguma dificuldade em olhar apenas para
essa parte. Mudava com certeza algumas coisas.
Eu diria que o SCE português é hoje em dia líder
no mercado europeu. Como temos pouco hábito
em sermos líderes, às vezes esquecemo-nos que
criamos aqui uma dupla responsabilidade: a de
continuar a fazer bem e a de mostrar que estamos a fazer bem para que os outros nos sigam. A
grande vantagem que temos é o facto de termos
um SCE que envolve uma base de dados muito
grande de meio milhão e envolve praticamente
10% do parque edificado nacional, que é um número muito grande se comparado por exemplo
com a Alemanha que tem apenas 1%. Esta massa
crítica dá-nos alguma confiança no trajecto que
estamos a seguir.
Acha que temos casas mais eficientes hoje?
Eu acho que sim. Basta verificar que quando se está a
fazer uma reabilitação ou outra obra e por vezes até
o embelezamento de uma fachada, os construtores já
E o que mudaria?
Obviamente que o processo tem que estar permanentemente a ser optimizado. Balancearia melhor
o impacto na etiqueta energética das medidas de
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ENTREVISTA
Uma nova referência para os Profissionais
de AVAC, Energia Solar e Iluminação LED.
Uma simplificação?
Que é fundamental até porque ao introduzirmos a
Qualidade do Ar Interior (QAI) no SCE criámos uma
nova vertente no panorama europeu. Fomos inovadores mas temos um capital de aprendizagem que
nos permite melhorar o caminho traçado. E creio que
a nova RT já vem nesse sentido. Sei também que a
nova direcção da ADENE tem como missão melhorar
a RT e torná-la ainda mais simples. Não concordo
com aquela ideia de que é importante refazer o que
os anteriores fizeram, deve haver aqui uma lógica
de continuidade, melhorando em alguns campos:
na simplificação sobretudo na componente do RSECE,
verificando onde se cometeram alguns exageros, nomeadamente nos caudais de renovação de ar, onde
existiam parâmetros que de alguma forma podiam
forçar a sobre utilização de ventilação mecânica, não
otimizando a ventilação natural.
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Os requisitos quanto à QAI também não ajudaram.
Mas a QAI é fundamental ser mantida porque aquilo
que nós trouxemos para a discussão do SCE foi exactamente ligarmos a eficiência energética à QAI. Países
“Deveríamos investir um pouco mais na divulgação dos dados estatísticos das
certificações que já fizemos de forma a criar mais informação para o mercado”.
eficiência energética, activas e passivas. Poderiamos
fazer um esforço maior em descodificar ainda mais a
linguagem. Deveríamos investir um pouco mais na
divulgação dos dados estatísticos das certificações que
já fizemos de forma a criar mais informação para que
o mercado possa beber essa informação.
Nomeadamente o potencial de melhorias e intervenção ao nível energético?
Exactamente. Por exemplo, informar que numa determinada região os certificados estão a incidir na
área do isolamento de cobertura. Identificar e tornar
visíveis ao mercado os problemas.
E torná-los claros de forma a que o mercado crie as
suas próprias dinâmicas. Porque o mercado depois
ajusta-se. Investia ainda mais em comunicação em
divulgação, seminários, conferências..
As inspecções aos edifícios existente e aos sistemas
e equipamentos de climatização no residencial
que são uma obrigatoriedade na Directiva para
os Edifícios (EPBD), se estivessem a funcionar,
aceleravam a necessidade dessa mudança junto
das pessoas?
Sem dúvida mas aqui o ponto é que provavelmente
exageramos em alguns pontos na Regulamentação
Térmica (RT). Esta acção de revisão em curso já prevê
estes ajustes.
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que não enveredaram pela QAI estão a enveredar
agora. Portanto temos que ter algum cuidado e não
olhar para o lado da garrafa meia vazia. Porque na
questão da garrafa meia cheia é muito claro verificar
que, ao trazermos a QAI para este conceito, trouxemos
obviamente maior qualidade no espaço interior onde
trabalhamos, estudamos, habitamos... e outra coisa
são os exageros que porventura se cometeram. E de
facto, hoje em dia, pensar que todos os espaços têm
que ser ventilados de forma mecânica é não estar a
maximizar o conceito de climatização.
E de eficiência energética.
Claro que sim. Mas é preciso que fique claro que nos
regulamentos existentes não havia a obrigatoriedade
da ventilação por meios mecânicos.
Mas empurravam para aí.
Acredito que era a forma mais fácil de alcançar os
caudais e níveis que eram exigidos. Mas o mais fácil
nem sempre é o que deve ser feito. Quando me pergunta o que poderia alterar, provavelmente caudais
e poluentes devem ser ajustados.
E ao nível do SCE, se pudesse voltar atrás o que
mudava?
Fomos muito exaustivos numa determinada altura
no número de fiscalizações que nos propusemos.
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ENTREVISTA
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ENTREVISTA
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+ 2 x 3000l; Permutadores internos, tipo serpentina. Payback previsto de 3 anos.
A OPENPLUS Lda é uma empresa de capital 100% português, especializada no sector das energias renováveis, e
líder no mercado nacional nas grandes instalações de solar
térmico, nomeadamente nas IPSS/ ADUP’s.
Resultados: Redução das necessidades de outra forma de energia em 59%; Produtividade de 948 kWh/(m2
colector); Redução no consumo de propano de 20.000
kg/ano
ENERGY SYSTEMS
Esse é um dos pontos que hoje teria feito de outra maneira. Criámos uma percentagem muito alta
de certificados mas também aqui criámos alguma
disrupção pela positiva obrigando o PQ a ser muito
cuidadoso, mas provavelmente cometemos o exagero
de certificar e fiscalizar a um ritmo que se calhar
pouco adequado.
Até porque os PQ são parceiros da ADENE e parte
do sistema.
É verdade e com taxas de fiscalização mais baixas
podiamos ter alcançado os mesmos resultados.
Os PQ, ao não pertencerem a entidades certificadoras, têm que estar no mercado e muitos deles
fazem parte de empresas. Esta situação cria necessariamente conflitos de interesse que prejudicam a
qualidade e isenção da sua actividade. Há maneira
de contornar este aspecto?
A questão da independência da actividade do PQ é
sempre complicada. Claro que pode haver pontualmente algum conflito mas o PQ normalmente actua
de forma independente. Às vezes até conhecemos
casos em que o promotor não chega a um entendimento com o PQ.
E rapidamente escolhe outro PQ que faça o que
corresponda ao que ele quer...
Eu diria que podemos sempre melhorar e repensar,
também aí mas não vejo aí nenhum ponto crítico. Nesta
área foram criados directa ou indirectamente entre
três a quatro mil postos de trabalho. Claro que muitos
acumularam com as suas actividades anteriores mas
é muito significativo. Há aqui uma questão que tem a
ver com a diminuição da construção nova e redução de
emissão de certificados. O âmbito é o de conseguir criar
a dinâmica na área do RSECE que se criou no RCCTE.
Esse é que me parece ser o grande desafio.
Acha que conseguimos promover a eficiência energética e as renováveis sem subsídios por parte do
Estado?
A resposta é claramente não, pois é impossível imaginar
este esforço sem um regime de incentivos e apoios.
É a mesma coisa que me perguntar se conseguimos
promover o país sem o QREN (Quadro Referência Estratégico Nacional). Estamos em condições de dizer à UE
que agora vamos ser um contributo líquido tal como
a Alemanha, Holanda e outros? Poderemos ter essa
ambição? É que somos a economia mais atrasado da
zona euro, logo temos um factor de convergência que
se chama QREN e que é um subsídio ou um incentivo.
Os subsídios apontam-nos sempre para as escolhas. Ou
vamos incentivar os países árabes e outros produtores
de petróleo e gás ou queremos apostamos nas economias endógenas de energia. Quer maior incentivo do
que aquele que o país paga todos os anos em termos
de factura de gás e petróleo? Na época de 90, quando
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fizemos a mudança do paradigma do carvão para o
gás natural, pagámos de incentivos dois mil milhões
de euros e, se não tivéssemos feito esses esforço, hoje
ainda estaríamos com o carvão. Pagámos 150 contos
da altura (750 euros), por fogo, para fazer chegar o gás
natural às pessoas. Aquilo que fizemos nesta década
foi o mesmo esforço para a componente renovável.
Tudo isto só se pode fazer com apoios. Em primeiro
lugar apoios à criação de valor nacional.
Temos 37% de taxa de execução do PNAEE até
2010. Não será pouco para um programa que vai
até 2015?
Os dados de 2011 ainda não saíram mas acredito que a
evolução do Plano possa ter sido afectada neste último
ano por causa da crise, da queda da nova construção
e da não dinamização de programas fortes de apoio
à reabilitação urbana.
O que falta fazer no PNAEE que seja determinante
e estratégico para chegarmos aos objectivos que
nos propomos?
Os transportes são um factor crítico porque representam um terço do plano. Nomeadamente, a aposta mais
imediata deverá estar no transporte de mercadorias,
onde devemos incentivar a passagem da componente
rodoviária para a componente ferroviária, sobretudo
nas franjas de horários noturnos de vazio. Por outro
lado, o Estado tem que dar o exemplo e esse é outro
factor crítico.
Grupo Hoteleiro Natura IMB Hotels
Em 2011 finalizou um avultado investimento para criação e
implementação de uma nova unidade industrial com máquinas automáticas de soldadura por ultra-sons - tecnologia
única em Portugal - que permite não só o fabrico de colectores, mas também de absorvedores quer em chapa completa – “full-plate” - quer em em tiras, de alumínio ou cobre
altamente selectivos.
A capacidade de produção é assim aumentada para 380.000
m2 de colectores/ano, com vários modelos desenhados
para diferentes clientes internacionais e modelos certificados
com marca própria.
Fruto do seu desempenho económico-financeiro e de gestão
foi distinguida pelo IAPMEI e pela banca portuguesa com o
estatuto PME Líder e PME Excelência 2011.
Hospital da Ilha Terceira
Já este ano, e para não descurar o sector fotovoltaico, criou
a OPENPLUS PV Lda, que terá a seu cargo a produção de
painéis fotovoltaicos.
Características: 40 colectores OP-V2, correspondendo a uma área de captação de 80,8 m2; Acumuladores
AQS: 2 x 2000l; Permutadores externos de placas
Os produtos OPENPLUS são certificados com as normas Solar Keymark, SRCC OG-100, EN12975, NP EN
ISO 9001:2008 e aprovados pelo Ministério da Economia
alemão.
Resultados: Redução das necessidades de outra forma
de energia em 57,2%; Produtividade de 869 kWh/( m2
colector); Redução no consumo de propano de 7.070
kg/ano
O Eco.Ap está a avançar muito lentamente.
O Eco.AP tem que avançar. Este projecto estava a meio
quando mudou a Direcção. É um projecto que teve
continuidade, que é prioritário e é muito importante
porque é geracional.
Fala da ADENE com o mesmo entusiasmo com que
sempre falou. Como se sente nesta nova etapa?
É uma mudança de ciclo. Os projectos são válidos
pelas dinâmicas que se criam e pela pessoas que os
fazem e hoje tanto as pessoas como a dinâmica da
ADENE continuam. Nestes últimos 20 anos estive ligado
apenas a duas instituições e a ADENE foi um projecto
muito motivador porque me obrigou a entrar em áreas
onde não tinha estado tão exposto, a trazer algum
espírito das multinacionais para as áreas institucionais.
As regras são transversais e esta lógica de gestão foi
importante.
Qual é o seu novo ciclo?
Neste momento estou dedicado à parte académica,
nomeadamente a colaborar nos mestrados do ISEG
(Instituto Superior de Economia e Gestão) e isso dá-me
a oportunidade de voltar às salas de aula. Há 20 anos,
dei aulas numa outra Universidade. Hoje vejo que há
uma predisposição muito grande dos alunos para estas
áreas da sustentabilidade e da energia. n
OPENPLUS
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Agarre esta Energia !
Fabricante Português de Colectores Solares
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Rua de Canelas, Nº10 | 3860-529 ESTARREJA | Portugal
Telef: +351 234 811 450 | Fax: +351 234 811 459
[email protected] | www.openplus.pt
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