É planta microscópica e as manchas verde-aníareladas, que forma nos troncos pódem com facilidade ser tomadas á primeira vista por algas corticícolas e por ésse motivo passa com freqúéncia desapercebida. Característica das regioes mediterránica e atlántica. 9. Anthoceros Husnoti, Steph. Formariz: abundante na térra húmida ou molhada, sobre os taludes, nos arrelvados á margem dos caminhos, etc. E a especie do género dominante em todo o Concelho e em todo o Norte do país e distingue-se do Anthoceros punctatus, L . típico, muito mais rara, e de quicá nao seja mais do que urna raca ou variedade notável, pelo grande desenvolvimento das cápsulas, que chegam a atingir 12 cm. de comprimento, e pelos longos pseudo-elatérios, formados por 3-7 células alongadas. A meu ver, na maior parte das listas de Hepáticas portuguesas publicadas, tem-se referido indistintamente ao Anthoceros punctatus todas as plantas déste género, com esporos negros e espinhosos, pseudo-elatórios oscuros e frondes recortadas, mais ou menos irisadas. 10. Anthoceros dichotomus, R a d d . Formariz : abundante ñas mesmas estacóos e por vezes associado com a especie anterior. O Anthoceros laevis, L . tem sido citado como existindo de Norte a Sul do país, mas todas as citacoes devem ser postas em dúvida, pois esta planta, segundo as mais modernas investigacoes parece nao existir ou pelo menos ser extremamente rara na Península. Todos os exeinplares de Anthoceros c o m esporos amarólos, colhidos por mim no Concelho de Paredes de Coura, e referidos a principio erróneamente ao Anthoceros laevis, pertencem indubitávejmente ao Anthoceros dichotomus¡ como o revela a presenca .constante de pequeños tubérculos ou bolbilhos, por vezes muito numerosos na face inferior dos frondes, que sao bein desenvolvidas, de ordinario bifurcadas e espessadas na linha media. Nos casos duvidosos, as culturas artificiáis, facéis de manter neste caso, permitem resolver, a dificuldade. . Porto, Janeiro de 1921.