Escreva o nome da escola, do distrito ou Região Autónoma em que se insere e a Sessão em que participa (Básico ou Secundário). O projeto de Recomendação tem de respeitar os seguintes limites de texto: – exposição de motivos: 3300 caracteres (incluindo espaços); – cada medida: 850 caracteres (incluindo espaços). Confira estes limites no seu texto antes de copiar e colar nos espaços previstos. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA: Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira CÍRCULO: Viseu SESSÃO: Ensino Secundário PROJETO DE RECOMENDAÇÃO Exposição de motivos (considerações ou argumentos que justificam ou enquadram as medidas propostas) Há diversos meses a esta parte, tem-se questionado o Governo sobre situações que nós consideramos que têm de ser corrigidas. Falamos de concelhos onde há escolas públicas que estão vazias enquanto ao lado há colégios ou escolas privadas que, abusivamente, usufruem de contrato de associação, gozando e usufruindo de financiamento público. Na nossa opinião o Governo tem-se pautado pela falta de resposta, pela ausência de medidas que visam combater esta dispersão de dinheiro público, por um lado, e, por outro, pela ausência de eficiência na gestão das escolas públicas. Face a esta realidade, e a um Orçamento do Estado que corta no orçamento da Educação quase quinhentos milhões de euros mas que no meio destes cortes consegue ter um aumento da dotação para o ensino particular e cooperativo de dois milhões de euros, face a esta desigualdade de tratamento entre o ensino público e o ensino privado, e face à escolha do Governo de desprezo pela Escola Pública e por aquele que é um dos patamares essenciais do Estado Social, nós gostaríamos que o Estado, no ano letivo de 2015, cessasse todos os contratos com o ensino particular e cooperativo que não decorram de necessidades da Escola Pública. Ou seja, o Estado deve dar prioridade à Escola Pública e só quando esta não seja capaz de responder às necessidades educativas de determinada comunidade, só aí, em último recurso, é que deverá recorrer aos privados. É uma escolha em defesa do erário público e da Escola Pública e é uma escolha face a um governo que tem no ataque à Escola Pública um dos pilares da sua política. O actual governo está a atacar o íntimo da Escola Pública ao assumir, no novo Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo, que está disposto a fazer contratos de associação com privados mesmo que a Escola pública tenha capacidade de resposta. E porque falamos de ensino, não podemos esquecer as declarações de Nuno Crato, que afirmou que as famílias portuguesas precisavam de “trabalhar mais de um ano sem comer para pagar a dívida”, sem dúvida que se trata da afirmação de um ministro insensível, um ministro que não sabe o que custa a crise às pessoas. Ora um ministro que é tão frio ao falar da vida das pessoas, que fala com arrogância dos sacrifícios que os portugueses estão a passar, é um ministro com uma perspetiva antiquada e pouco democrática da sociedade e que, porventura, só a pão e água é que vê o futuro do seu país. Essa não é a realidade, e não é a realidade no seu próprio ministério, quando ele faz escolhas de pagar aos privados aquilo que podia ser feito pelas escolas públicas, e não é escolha do seu Governo, que, ainda que impondo cortes à maioria da população, continua a ter benesses para os grupos económicos, como é o caso da isenção de 50% de IMI para os Fundos Imobiliários. Visando o tema que nos trás tantos desafios pela frente para a igualdade entre os dois tipo de ensino propomos as seguintes medidas : Medidas propostas (redigir com clareza e objetividade, sem alíneas) 1. Incentivos do estado para que os alunos ingressem nas escolas públicas, dado que algumas possuem uma baixa percentagem de ocupação, com o passe gratuito param o ensino secundário e bolsas de mérito para os alunos que estão no quadro de honra sendo que estas bolsas não dependeriam se o aluno é ou não abrangido pela ação social escolar (escalão A ou B). 2. O governo deixe de financiar as escolas privadas, visto que são instituições a cargo de grandes grupos económicos, e estes apresentam fins lucrativos e mostram poder ser autossuficientes . Caso seja estritamente necessário o funcionamento do ensino privado por falta de vagas no ensino público, o acesso dos alunos deve obedecer a critérios transparentes e não ao estatuto social do aluno e «cunhas» dos directores ou administradores desses colégios. 3. A permanência do corpo docente fixando-o numa escola de forma a que as turmas possuam os mesmos professores durante cada ciclo de ensino, tal como acontece nas escolas privadas, o que visa a estabilidade do aluno e o contributo para o seu sucesso escolar. Os concursos de professores devem ser realizados atempadamente e de forma clara e transparente.