UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA FACULDADE DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E URBANISMO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA QUÍMICA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO - ANO 2014 POLIMERIZAÇÃO DA RESINA ACRÍLICA Estudante: Maria Eduarda Serafim Camargo Professor Orientador: Mônica D.V.D.C.T. Barbosa São José dos Campos – SP 12 de dezembro de 2014 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus que me disponibilizou essa oportunidade, que me deu forças e saúde durante essa jornada. A minha família que sempre esteve presente, me apoiando em todos os momentos. Aos meus colegas pelo companheirismo e incentivo. A orientadora Mônica D.V.D.C.T Barbosa que se dedicou a todos momentos e que teve papel fundamental na elaboração desse trabalho. Obrigada a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, sou o resultado do incentivo e fé de cada um de vocês. “Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado.” Roberto Shinyashiki 2 RESUMO Os polímeros são de grande importância para o nosso cotidiano, tem uma gama imensa de produtos tais como: roupas, tintas, canetas, aplicações na construção civil, cadeiras, copos, pratos, entre vários outros produtos. Esse trabalho representa umas das utilizações dos polímeros na fabricação de resina para a indústria têxtil, abordando um problema decorrente em uma empresa da região do Vale do Paraíba, que durante a finalização do processo de fabricação ocorria à formação de resíduos. Durante o processo de produção da resina disponibilizava muito tempo para o controle de temperatura. Alguns testes foram realizados com o intuito de minimizar esses gastos de tempo em um determinado reator. Durantes alguns meses foram coletados dados e testes para a realização desse presente trabalho onde possibilitou resultados que proporcionou obter a diminuição da formação de resíduos através de um ajuste de agitação e testes para avaliar a matéria prima utilizada antes de aplicar em escala industrial. PALAVRA-CHAVE: Resina; reator; resíduo. ABSTRACT The polymers have great importance in our daily lives, they have a huge range of products such as clothes, paints, pens, applications in construction, chairs, glasses, plates, and among many other products. This work represents one of the uses of polymers in the manufacture of resins for the textile industry. It will approach a problem caused by a company of the Vale do Paraiba region which during the completion of its manufacturing process had residue formation. The process of conducting the resin lost a long time for the temperature control, so some tests were carried out to minimize these intuited spending time in a given reactor. During few months were collected and tested some data to perform this present work which enabled us to obtain results to decrease the waste generation. This result was possible by adjusting agitation and tests to evaluate the raw material used before applying in industrial scale. KEYWORDS: Resin; reactor ; waste. 3 ÍNDICE Introdução......................................................................................................5 Materiais e Métodos....................................................................................10 Apresentação dos procedimentos experimentais.........................................11 Resultados...................................................................................................12 Conclusão....................................................................................................28 Bibliografia..................................................................................................29 4 INTRODUÇÃO Os polímeros são de uma classe de materiais dos quais a sociedade do século XXI é bastante dependente. O emprego de materiais poliméricos na vida diária é cada vez mais significativo. Pode-se facilmente comprovar isso observando os inúmeros materiais que são fabricados a partir dos compostos poliméricos, como por exemplo: tubos de encanamentos, canetas, roupas de náilon e de poliéster, guarda-chuva e guarda-sóis, válvulas, tintas, borracha, próteses e etc. Assim o assunto polímeros constitui um tema de indiscutível relevância, tantos pela sua importância como matéria-prima de uma gama imensa de produtos, sem os quais dificilmente desfrutaríamos do mesmo conforto que temos atualmente. [1] Polímero é uma substancia constituída de moléculas caracterizadas pela repetição de uma ou mais espécies de átomos ou grupos de átomos (unidades constitucionais, os meros), ligados uns aos outros em quantidade suficiente para fornecer uma macromolécula, que possui um conjunto de propriedades que não variam acentuadamente com a adição ou a remoção de uma ou algumas de suas unidades constitucionais. [2] Os mecanismos, segundo os quais ocorre a polimerização podem ser classificados em duas categorias gerais: Adição e Condensação. [2] Como os monômeros devem se juntar à molécula em crescimento, a fim de produzir moléculas poliméricas, cada monômero deve ter dois ou mais pontos de reação nos quais possam ser feita junções. [3] o Polimerização por Adição: São formados por sucessivas adições de um único monômero a uma cadeia polimérica em crescimento. As substâncias utilizadas na produção desses polímeros apresentam, na maioria das vezes, pelo menos uma dupla ligação entre carbono. Nesse tipo de polimerização, a molécula origina seus pontos de reação pela ruptura de duplas ligações e formação de duas ligações simples, portanto a polimerização ocorre sem formação de subproduto.[3] o Polimerização por condensação: Contrastando com as reações de adição às quais são primariamente umas soma de moléculas individuais para formar o polímero, as reações de condensação são formadas, geralmente, pela reação entre dois monômeros diferentes, com a eliminação de moléculas pequenas como subproduto, exemplo à água. Nesse tipo de 5 polimerização os monômeros não precisam apresentar ligações duplas entre carbonos, mas é necessária à existência de dois tipos de grupos funcionais nos dois monômeros diferentes, pois reagem entre si (monômeros bifuncionais). [3] A utilização das resinas acrílicas decorrente dos polímeros tem revolucionado o cotidiano. Ao mesmo tempo, têm-se o surgimento de problemas consequentes de novas aplicações ou até mesmo de matérias primas inapropriadas para o processo, tendo assim o surgimento de partículas residuais no produto. As Resinas acrílicas além de ter como matéria prima os polímeros para a sua formação, elas também são derivadas dos ácidos acrílicos e metacrílicos alguns exemplos dos derivados desses ácidos são: Metacrilato de Metila, Metacrilato de Etila, Acrilato de Butila, Acrilamida, Acrilato de Etila etc.[1] Os acrilatos são resinas versáteis: podem ter elevadas elasticidades ou ser tão rígidas que admitem usinagem. Essas resinas podem ser termoestáveis (termorrígidas), que curam com o auxilio de energia térmica, ou termoplástica, que formam a película por evaporação de solventes. Podem também apresentar mecanismos filmógeno por coalescência. Sua principal característica é a excelente retenção de cor, não amarelando quando exposto as intempéries. As resinas acrílicas tem grande resistência à decomposição pelos raios ultravioletas, bem como resistência a óleos e graxas. Assim, quando incorporadas em formulações com outras resinas, conferem ao conjunto todas essas propriedades. [1] Muitos polímeros amorfos (as moléculas ficam orientadas aleatoriamente e entrelaçadas) ou vítreos tendem a apresentar comportamento frágil à fratura limitando assim sua gama de aplicações. O reforçamento utilizando o estireno é reconhecidamente a técnica mais utilizada por grande parte das indústrias de polímeros para aumentar a resistência e a tenacidade desses materiais. O estireno é bem versátil em questão de sua utilidade como copolímero na formulação de resinas acrílicas emulsionadas em água. Isto se deve ao fato do estireno, além de diminuir o custo final do produto, aumenta a resistência a lavagens e proporcionar à resina mais brilho. [6] A resina quando se apresenta em estado líquido, as moléculas encontram-se próximas uma das outras, consequentemente, são consideráveis as forças exercidas sobre uma molécula pelas suas vizinhas. Assim, é extremamente difícil analisar o movimento de uma única molécula, pois cada uma delas sofre colisões a cada instante, submetendo-se às forças de até doze vizinhas mais próximas. Em outras palavras, tanto nos líquidos quanto nos gases, as 6 moléculas apresentam um incessante movimento aleatório, à energia média e a fração de moléculas com qualquer valor específico de energia cinética são iguais para ambas as fases à mesma temperatura. No entanto, uma molécula num líquido está sempre sujeita às forças de suas vizinhas; portanto sua energia potencial é mais baixa, e sua trajetória não desviadas, mais curtas do que seriam na fase gasosa. [5] Durante a produção de resinas é utilizado agitação para a homogeneização dos produtos. Entende-se por agitação a operação de produzir movimentos mais ou menos regulares no interior de um fluido. A maioria das operações nas indústrias químicas, farmacêuticas, alimentícias, e entre outras, requer agitação do produto para cumprir a finalidade da mistura de líquidos, formação de dispersões, transmissão de calor ou distribuição uniforme de temperatura e redução das dimensões de aglomerados de partículas. [1] o A agitação pode ser feita por impelidores de fluxo, como a recirculação por bombas, por impulsores de escoamento axial, radial ou rotativo lentos. Os impulsores rotativos lentos, como as âncoras (Figura-01: Reator Dois - codinome R-2) são particularmente usados para obter-se melhor transferência de calor em fluidos de alta consistência e evitar que esses fluidos fiquem estagnados perto das paredes do tanque de agitação, fato que ocorreria perante agitadores de hélice ou palhetas. [1] o O agitador-misturador pode operar em base contínua. Na operação contínua os materiais a serem misturados são adicionados continuamente ao tanque e a mistura é removida também de forma contínua. O tanque pode possuir chicanas ou quebra-ondas, que são chapas metálicas montadas verticalmente nas paredes (Figura - 02: Reator Quatro - codinome R-4). As chicanas promovem maior ação de mistura e quebram o redemoinho (vórtice) formado pelos agitadores. Na ausência das chicanas, como o agitador centrado e a velocidade elevada, forma-se um redemoinho em virtude da ação da força centrífuga sobre o líquido. Os comportamentos tangenciais não contribuem efetivamente para a mistura assim produzindo um escoamento laminar praticamente impedindo a movimentação longitudinal. O resultado é que o conteúdo do tanque somente gira, sem produzir quase nenhuma ação de mistura. O componente tangencial se dá o lugar á formação de um vórtice na superfície do líquido, que será cada vez mais profundo à medida que aumenta a rotação do agitador. Quando o vórtice alcança a zona de sucção da hélice, a potência transferida ao fluido diminui subitamente por conta do arraste do ar para o interior do produto isso por conta da ausência dos quebra-ondas.[1] 7 Figura-01: Esquema literário comparando com a hélice do Reator dois (R-2), onde não possuem a presença de chicanas.[1] 8 Chincanas Figura-02: Esquema literário comparando com a hélice do Reator quatro (R-4 ), onde possuem a presença de chicanas. [1] A caracterização dos polímeros presentes em uma resina é feita por um teste chamado de espectroscopia de infravermelho (IR) que corresponde à parte do espectro situada entre as regiões do visível e das micro-ondas. [4] Embora o espectro de infravermelho seja característico da molécula como um todo, certos grupos de átomos dão origem às bandas que ocorrem mais ou menos na mesma frequência, independentemente da estrutura molecular. É justamente a presença destas bandas características de grupos que permitem ao químico a obtenção, através de simples exames do espectro e consulta à tabelas, de informações estruturais úteis, e é neste fato que se baseiou o trabalho para fazer a identificação das estruturas. [4] A espectroscopia de infravermelho na faixa aproximada de 10.000 a 100 cm-1 quando absorvida, converte-se em energia de vibração molecular. O processo á também quantizado, porém o espectro vibracional costuma aparecer como uma série de bandas ao invés de linhas porque a cada mudança de energia vibracional corresponde uma série de mudanças de níveis de energia rotacional. As linhas se sobrepõem dando lugar às bandas observadas. A frequência ou o comprimento de onda de uma absorção depende das massas relativas dos átomos, das constantes forças das ligações e da geometria dos átomos. [4] Este presente trabalho abordou a dificuldade do controle de temperatura em um reator no processo de produção a base de uma resina acrílica, onde ocorria a formação de um 9 precipitado residual alto. Com a utilização de testes para analisar a agitação que mais se adequou a resina, a caracterização dela e controle de pesagem, foi possível quantificar a formação de grumos durante o processo de fabricação e avaliação da perda anual de matérias primas. MATERIAIS E MÉTODOS A metodologia utilizada baseou-se em uma pesquisa com levantamentos de dados realizados em uma empresa do Vale do Paraíba com fabricação de resinas acrílicas. A resina acrílica estudada foi nomeada de HTS-C. Essa resina, após ser produzida, é levada ao processo de filtração para que possa reter os possíveis resíduos formados durante o processo. Como durante a produção gera uma grande quantidade de resíduos constante em todos os lotes fabricados, foi realizada uma pesquisa onde foram apontados os dados que poderiam estar causando esse prejuízo. Durante os levantamentos de dados foram coletados um total de quatro amostras dos produtos finais dos resíduos do HTS-C, esses dados foram retirados do R-4, do R-2 (reator com formação de resíduo em menor quantidade) também é utilizado para a produção do mesmo, as outras amostras foram retiradas da troca dos dois tensoativos A (Brimopol) e B (Polirol). Essas amostras foram analisadas por infravermelhos com o intuito de identificar as substâncias características das resinas. 10 APRESENTAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS USADOS. REAÇÃO DE POLIMERIZAÇÃO REPRODUÇÃO DO REATOR QUATRO EM LABORATÓRIO CAUSA SOBRE A FORMAÇÃO DO RESÍDUO AMOSTRAS PARA TESTES NO INFRAVERMELHO CONTRODE DE PESAGEM DOS RESÍDUOS RESULTADOS TROCA DE TENSOATIVOS: Teste de Estamparia e Filmes DIMINUIÇÃO DO RESÍDUO RESULTADOS E DISCUSSÃO Os estudos se iniciaram pelo reator dois (codinome R-2) onde o HTS-C se comporta adequadamente, mantendo a temperatura constante, sem tornar necessária a diminuição da vazão de alimentação do processo. No decorrer da realização do procedimento, anotações foram realizadas referentes às mudanças de temperaturas, assim possibilitando gerar um gráfico para identificar a evolução da mesma, durante a fabricação da resina. O processo no reator dois tem uma duração de 8 horas, durante todo o caminho da formação do produto a temperatura é facilmente controlada e a agitação é bem homogênea. Em seguida, começaram os estudos no R-4. As observações dos funcionários sobre a dificuldade de controle de temperatura no R-4 foram confirmadas, pois era difícil se manter a faixa de calor entre 55ºC - 60ºC gerado durante a reação dos produtos do HTS-C. A utilização dos recursos de parada do processo e diminuição da alimentação durante a fabricação da resina é essencial para que a temperatura não extrapole a faixa determinada de trabalho, fazendo com que a produção da resina passe de 8 horas para 10 horas de processo por conta desse problema. As visualizações representativas das variações de temperatura estão na Tabela – 01, Gráfico – 01 e Gráfico – 02 Tabela – 01 Controle de variação de temperatura dos reatores dois e quatro. Reator Dois Tempo (h) Temperatura (ºC) 00:00 00:07 00:15 00:16 00:26 00:56 01:56 02:26 02:56 03:26 03:56 04:26 04:56 05:56 06:26 06:56 07:26 07:56 24 27 33 45 53,7 54,8 55,2 55,2 56,2 57,2 57,8 58,7 60 59,4 58,5 57,6 55 40 Reator Quatro Tempo (h) Temperatura (ºC) 00:00 30 00:15 32,2 00:30 49,8 01:15 60,9 01:30 59,9 02:30 60,9 03:00 62,2 03:30 56 04:45 62,5 05:45 56 06:55 60,6 07:25 58,1 07:55 54,1 08:15 58,9 08:45 56,1 09:15 55,3 10:30 40 12 T (ºC) Temperatura de Reação do R-2 70 60 50 40 Temperatur… 30 20 10 0 00:00 02:24 04:48 07:12 09:36 T (h) Grafico-01- Variação de temperatura do reator 2 T (ºC) Temperatura de Reação do R-4 70 00:00 60 00:15 50 00:30 40 01:15 30 01:30 02:30 20 03:00 10 0 00:00 03:30 02:24 04:48 07:12 09:36 12:00 T (h) 04:45 Grafico-02: Variação de temperatura do reator quatro. Os cinco pontos de parada do processo por extrapolação de temperatura. Foram verificados cinco pontos (temperatura de 60,9ºC, 59,9ºC, 60,9ºC, 62,2ºC e 62,5ºC) aonde o correu a extrapolação da temperatura, obrigando a diminuição e a parada da alimentação no processo, pela falta de homogeneização não ocorre a troca de calor com o meio. O dados obtidos no R-2 demonstrou um gráfico linear confirmando assim o controle de 13 temperatura do processo e não excedendo o tempo determinado de fabricação que é de 8 horas. Ao alcançar o final do processo a resina é esfriada à 40ºC para o acerto do pH. No decorrer dos dias, as observações começaram a ser apontadas, como no caso do reator denominado como R-4. Esse reator possui maior dimensão comparada com os outros reatores, e, nele foi observado que quando é utilizado para a produção da mesma resina HTSC, a geração de resíduo fica bem maior. O R-4 possui uma variação de hélice dos demais reatores. Durante o processo de produção é difícil o controle de temperatura, pois a reação da resina é exotérmica, ocasionando o aquecimento excessivo e a parada da adição dos reagentes no processo com o intuito de reduzir essa temperatura para que não seja extrapolada a faixa determinada, aumentando assim, o tempo para a produção. Outro fato ocorrido na produção, foi a troca do tensoativo (Polirol), material utilizado para a produção da resina, durante uma das produções da resina HTS-C, ocorreu uma diminuição, mas não a finalização da formação dos resíduos, passado alguns dias o tensoativo antigo (Brimopol) foi utilizado novamente, o que ocasionou novamente formação de grande quantidade de resíduo. Essas trocas de reagentes não eram testadas em escala piloto isso proporcionava perdas desnecessárias à fábrica. Alguns testes foram realizados com o intuito de ver o quão esse tensotivo (Polirol) influenciou nas aplicações finais: como a formação de filme e o teste de estamparia que são analises fundamentais para a aprovação do produto. Uma reprodução idêntica do reator quatro (R-4) foi realizada em laboratório para a fabricação em pequena escala para a produção da resina HTS-C. Como o R-4 possui o problema de formação de resíduo e a dificuldade de controle de temperatura, foi necessária modelar um quebra ondas e uma haste característica do reator para se reproduzir as mesmas dificuldades encontradas em escala industrial. O material encontrado nos reatores, na forma precipitada, foi detectada que a reação não teve total conversão, demonstradas nas análises por infravermelho, conforme os espectros em anexo. Através do controle das pesagens foi possível realizar uma estimativa de produto perdido durante todo o ano utilizando como base três meses de análise. O resultado adquirido foi espantoso. Durante os meses analisados foram gerados 639,8 Kg de resíduo formados tanto no R-2 quanto no R-4, que ao decorrer de um ano se reflete em uma perda de 2.594,74Kg de resina, onde em questões financeiras houve um prejuízo estimado de R$ 10.379 Reais. A perda gerada decorrente da formação de resíduo durante o ano equivale a 14 uma carga do R-2, que possui 3.000 Kg. Portanto durante todo o ano, um lote produzido pelo R-2 é perdido por completo em forma de resíduo. A Tabela-02 nos trás os dados agregados da pesagem dos resíduos. Tabela-02 : Controle de pesagem dos resíduos formados no reator dois e quatro. CONTROLE DE PESAGEM DA RESÍNA HTS-C NO R-2 DATA LOTE REATOR PESO DO REATOR (Kg) RESÍDUO FORMADO (Kg) 15/07/14 15/07/14 24/07/14 03/08/14 03/08/14 28/08/14 16/09/14 16/09/14 G0911 G0912 G0916 H0918 H0919 H0927 I0936 I0937 2 2 2 2 2 2 2 2 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000 3.000 3,5 3,8 2,5 3 3 2 3 2 TOTAL DE RESÍDUO DO REATOR DOIS 22,8 Kg 15 CONTROLE DE PESAGEM DA RESÍNA HTS-C NO R-4 DATA LOTE REATOR PESO DO REATOR (Kg) RESÍDUO FORMADO (Kg) 14/07/14 15/07/14 18/07/14 21/07/14 24/07/14 05/08/14 08/08/14 14/08/14 14/08/14 28/08/14 02/09/14 02/09/14 08/09/14 10/09/14 15/09/14 G0914 G0913 G0914 G0915 G0917 H0920 H0921 H0922 H0923 H0926 I0929 I0930 I0932 I0933 I0934 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 4 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 10.000 60 70 150 67 58 42 20 20 27 10 17 23 20 18 15 TOTAL DE RESÍDUO DO REATOR QUATRO 617,0 Kg Total dos resíduos do reator dois e quatro: 22,8 + 617,0 = 639, 8 Kg Estimativa de gasto gerado durante um ano: Total de Resíduo formado durante 90 dias = 639,8 Kg Total de Resíduo formado durante 365 dias 365 x 639,8 = 2.594.74 Kg 90 Estimativa de Custo (preço fictício R$ 4,00 reais o quilo da resina): 4,0 x 2.594.74 = R$ 10.379 reais de perda anual A utilização de um tensoativo de maior custo (Polirol, gera precipitado em menor quantidade) foi substituído para um de custo menor (Brimopol, formação de residuo com maior quantidade comparado com o Polirol). Essa troca foi realizada sem que fosse feitos testes laboratoriais para avaliar a matéria prima. O teste tem como finalidade obter como resultado o quanto de geração de resíduo é formada, e se o produto está aprovado. Como o 16 tensoativo foi trocado sem a realização de uma análise, o resultado obtido foi à formação de resíduo em excesso durante a fabricação, ocasionando um dano significativo para empresa. Após a análise do prejuízo referente ao resíduo, começaram-se os testes laboratoriais para confirmar a especificação da matéria prima, se estava de acordo com o solicitado. Com a realização dos testes foi possível confirmar o problema de formação de resíduo, o precipitado está diretamente ligado ao tensoativo (Brimopol), essa matéria prima foi trocada de fornecedor e os testes continuaram a ser realizados em todos os lotes que chegam à empresa. Com a chegada do primeiro lote de tensoativo (Brimopol), foi realizado um balão de 10 Kg para visualizar a geração do resíduo, para tentar prever a quantidade em escala industrial do precipitado formado. O experimento obteve um resultado de 6g de resíduo. Outro experimento foi realizado com o intuito de aproveitar o tensoativo (Brimopol ruim) que estava dando problemas, o teste foi realizado um para um do tensoativo “Brimopol ruim” com o tensoativo “novo Brimopol” o balão utilizado foi o de 10Kg, a massa formada foi de 10g. Alguns testes foram realizados para comparar o resultado final da diferença dos sabões (Brimopol e Polirol). Um dos testes realizados foi à formação de filme comparativo com três lotes: D 0894 com Polirol, F 902 com Brimopol e Experimental 102/14 (utilizando a mistura 1:1 do Brimopol e Polirol), foi percebido que a flexibilidade da mistura é maior que os outros dois lotes, a coloração amarelada foi adotada pelos lotes D 0894 (Polirol) e o F 902 (Brimipol), já a mistura Polirol e Brimopol ficou com o aspecto branco azulado. Foi submetida a se fazer uma estamparia com pigmento azul em um tecido de algodão nos três lotes, com a finalidade de tentar visualizar se tinha alguma diferença na cor após a secagem e lavagem dos tecidos. Os pigmentos foram aplicados e colocados para curar em estufa e em ambiente, após os tecidos secos foi realizada uma lavagem com sabão para visualizar o rendimento das cores além de analisar os aspectos. Os resultados de coloração, maciez e lavagem estão representados na Tabela – 03. 17 Figura-03: Cura dos Filmes Tabela-03: Teste de Aplicação de Estamparia TESTE DE ESTAMPARIA DO HTS-C Ordem Decrescente do Rendimento de Cor Ordem Decrescente de Maciez do Tecido Água de Lavagem (Presença de Coloração em Ordem Decrescente) Lote: D 0894 (Polirol) Mistura 1:1 Polirol e Brimopol Lote: F 902 (Brimopol) Lote: F 0902 (Brimopol) Lote: D 0894 (Polirol) Mistura 1:1 Polirol e Brimopol Lote: D 0894 (Polirol) Mistura 1:1 Polirol e Brimopol Lote: F 0902 (Brimopol) Figura-04: Estamparia e Lavagem dos Tecidos. 18 No Projeto foi simulado um quebra ondas e haste idêntica ao reator R-4. Para prosseguir com experimento em laboratório foram feitos de forma idêntica conforme as Figura-05 em anexo 1. Esse projeto teve o intuito de identificar se a resina se comporta bem em velocidades elevadas, e a tentativa de controle de temperatura na faixa de 55 a 60 ºC apenas utilizando a velocidade de agitação. Conforme a Figura-06 um esquema foi montado para demostrar todas as entradas dos produtos e saída durante o processo. ALIMENTAÇÃO =7668,5 Kg ESTÁGIO – 2 = 309,4 Kg CATALISADOR = 31.857,6 Kg ESTÁGIO - 1 = 60,83 Kg ESTÁGIO – 3 = 103,67 Kg Peneira RESINA RESÍDUO Figura – 06: Representação do Processo da resina HTS-C Como o controle de temperatura do R-4 é extremamente difícil por conta da agitação lenta e da temperatura da água de entrada no processo, aproximadamente 30 a 32ºC para esfriar a reação. O experimento se iniciou com uma temperatura de 26ºC, foi observado que nesse processo havia cinco pontos de homogeneização, onde quatro são nos quebra ondas e um da haste. Após 18 minutos a temperatura se elevou rapidamente, pois como o processo é exotérmico atingiu uma temperatura de 59,2ºC. Quando foi alcançado o tempo de 46 minutos a temperatura já estava a 59,6ºC, onde foi utilizado o 19 recurso de aumentar a agitação de 160rpm para 185rpm, para que não extrapolasse a faixa de temperatura estipulada (55 a 60ºC). Durante o experimento foi observando que a temperatura do processo estava caindo por conta da aproximação da pá, a velocidade da agitação foi alterada novamente atingindo 45rpm, para controlar a temperatura da reação. Ás 02h46min de processo ocorreu uma nova alteração da movimentação das pás, passando a velocidade de 45rpm para 160rpm, durante os aumentos de agitação não houve a formação de espuma. A finalização do processo de alimentação aconteceu após 04h40min, na altura da temperatura de 60,0ºC, às 05h10min começou a adição do primeiro estágio, após sua finalização se inicio o segundo estágio às 05h25min. Durante o procedimento foi aumentado à temperatura do processo utilizando banho termostático, como a reação da resina já estava em processo de quase finalização, ela tende a ter uma diminuição constante. Às 06h45min começa o processo de finalização, onde ocorreu à queda de temperatura do processo para 40ºC, e se iniciou o acerto de pH na faixa de 5,0 – 7,0. A resina HTS-C Experimental foi filtrada na malha 200 onde foi possível obter 0,5g de resíduo de um processo de 5 Kg (Figura – 07), os resultados de teor de sólido foi 43,1% e PH 5,9 (Figura – 08), onde a faixa do teor de sólido é de 43,0 – 45,0 %. O processo experimental foi de grande sucesso com apenas 0,5g e dentro da faixa de todos os limites necessário, para que essa resina possa ser liberada para a venda. Após 20 dias a resina foi refiltrada para verificar a formação de grumos, se ocorreu após a análise da filtragem, como não foi obtido nenhum grumo formado durantes esse dias de estabilização, obtido um experimento com excelentes resultados. Durante todo o experimento o controle de temperatura foi fácil ao utilizar apenas à agitação, no processo a transferência de calor para o meio externo foi rápido por conta da movimentação, e a formação de espuma foi apenas momentânea não influenciando no processo. Os dados do experimento estão representados na (Tabela – 04) e no (Gráfico-03) está demonstrado o caminho da temperatura 20 Figura -07: Resíduo formado durante o Experimento HTS-C. Figura – 08: Resultado da analise 21 Tabela – 04: Tabela demonstrativa do processo experimental I. Processo Experimental (I) do HTS-C em laboratório TESTE DE AUMENTO E DIMINUIÇÃO DE AGITAÇÃO Anotações Tempo (h) Temperatura (ºC) 26 Carregamento do reator, agitação estabelecia para 00:00 160 rpm 00:18 00:40 00:45 49,7 59,2 60,2 00:46 59,6 01:46 02:10 02:25 59,5 58,1 57,9 02:35 57,3 02:38 02:46 03:00 03:40 04:20 04:40 05:10 05:25 05:25 05:55 06:45 07:10 58,1 59,5 58 58,9 59,7 60,2 59 58,6 57,8 57 55 40 Processo exotérmico no sistema Inicio da alimentação Aumento da agitação para 185rpm para diminuir a temperatura Diminuição da agitação Próximo da segunda pá Diminuição da agitação para aumentar a temperatura Aumento da agitação (solução ultrapassou a pá) Processo Exotérmico no sistema Agitação 165 rpm Finalização da alimentação Estágio 1 Fim do estágio Estágio 2 Aquecimento da água Finalização Acerto de PH 22 Tempreratura do Processo Experimental I (Controle de 70 temperatura utilizando a agitação) 60 50 40 Temprerat… 30 20 10 0 00:00 02:24 04:48 07:12 09:36 Grafico-03: Representação gráfica da evolução da temperatura durante o experimento utilizando apenas a agitação como o controle de calor do processo. Um segundo experimento foi realizado em laboratório (Figura-09 encontrada no anexo 1), tentando reproduzir exatamente o ambiente e o mecanismo que é utilizado no R-4, onde o controle de temperatura foi utilizado um banho termostático. O procedimento iniciou-se com o carregamento do reator que constava a temperatura de 26ºC e com a agitação estabelecida para 160rpm, após 18 minutos a etapa da reação exotérmica foi atingida aonde a temperatura alcançou a faixa de 45ºC e começou-se o processo de alimentação, a faixa de temperatura atinge facilmente 61ºC, para manter a faixa de aquecimento estabilizada foi utilizado água para esfriar o processo. O resfriamento do sistema foi difícil por utilizar apenas a água como controlador de temperatura, pois até que o meio entre em equilíbrio uma grande quantidade de fluido e tempo de acompanhamento é gasta, como a reação gera espontaneamente energia durante o processo de alimentação o controle de temperatura se torna mais constante comparado com o experimento um. Com 04h10min a agitação teve que ser diminuída de 160rpm para 45rpm por causa da queda da temperatura, devido a aproximação da resina perto hélice superior, a movimentação fez com o que o meio interno perdesse seu calor para o meio externo, e como consequência da aproximação a velocidade da agitação formou-se espuma, para que ela não se propagasse a movimentação foi diminuída, com isso tanto a espuma 23 quanto a temperatura mantiveram a sua faixa determinada. No tempo de 04h20min o fim da alimentação foi alcançado, como não a mais reagente para se adicionar a temperatura tende a diminuir, mais como o processo precisa ter esse calor para que termine a reação o banho foi ligado para aquecer o meio, assim fazendo as adições finais dos quais contem os produtos para preservar e manter a resina estável. Às 04h45min se iniciou o primeiro estágio, a agitação do processo foi aumentada por conta da ultrapassagem da solução sobre a hélice, a alteração ocorreu de 45rpm para 160rpm, seguido do segundo e o terceiro estágio. Ao alcançar o tempo de 06h35min o procedimento começou a ser esfriado com a ajuda do aumento da agitação da resina de 160rpm para 223rpm e água fria, para fazer o acerto de ph totalizando assim um tempo final de processo de 7h15min. A resina fabricada no balão de 5,0 Kg foi filtrada na malha 200 onde se obteve 0,6 g (Figura-10). A resina HTS-C ficou em repouso por 20 dias para refiltragem, entre esses dias nenhum grumo foi formado. Assim se manteve estável desde sua fabricação. Foi difícil de manter o controle utilizando apenas a água para estabilizar a temperatura, para não extrapolar os limites propostos no final do experimento utilizou-se a agitação para esfriar o processo e foi mais fácil fazer com que o calor passasse para o meio externo, se fosse usada uma agitação lenta e com apenas a ajuda da água fria a queda da temperatura iria demorar mais do que o tempo estipulado para o processo, isso que ocorre no R-4, os meios de agitação lenta não favorecem a transferência de calor para água que já não é tão fria, pois ela entra no processo á uma temperatura de aproximadamente 28 a 31ºC. Com uma agitação adequada o calor é forçado a se propagar para o meio externo, assim facilitando o controle de temperatura e diminuindo o tempo de fabricação da resina, aonde não se necessitaria de pausa durante a alimentação. A tabela-05 demonstra o passo a passo do experimento e com o Gráfico-04 é possível visualizar a trajetória da temperatura durante o processo. Figura-10: Resíduo de 0,6 g formado durante o experimento I. 24 Tabela – 05: Tabela demonstrativa do processo experimental II. Processo experimental (II) do HTS-C em laboratório Teste para tentar controlar a temperatura sem a variação da agitação Temperatura (º C) Anotações Tempo (H) 26 Carregando o Reator 00:00 44,5 Processo de exotérmico no sistema 00:18 45 Início da alimentação 00:20 54,6 Agitação constante de 160 rpm 00:40 61 Esfriando a reação através da água 01:00 60,8 Esfriando a reação através da água 01:10 59 Esfriando a reação através da água 01:40 60,9 Esfriando a reação através da água 02:10 58 02:40 59,8 Esfriando a reação através da água 03:10 57,5 03:40 Diminuição da agitação para 45 rpm por causa da aproximação da pá 55 04:10 superior e por causa da formação da espuma Finalização da alimentação. 54 04:20 Aquecimento da cuba Inicio do primeiro estagio. Agitação 57 04:45 estabelecida para 160 rpm 58 Fim do primeiro estágio 05:00 59 Inicio do segundo estágio 05:15 58,7 Fim do segundo estágio 05:45 57,4 Iniciando o terceiro estágio 06:00 57,5 Fim do terceiro estágio 06:10 56,8 Adicionando a etapa 21 06:25 Esfriando para 40 °C acerto de Ph . Agitação estabelecida 223 rpm para 46,7 06:35 esfriar a resina, houve formação de espuma 38,6 Acerto de Ph 07:15 25 Temperatura do Processo Experimental II (Controle de temperatura utilizando a água) 70 60 50 40 Temperatura (º C) 30 20 10 0 00:00 01:12 02:24 03:36 04:48 06:00 07:12 Grágico-04: Representação gráfica da evolução da temperatura durante o experimento II utilizando apenas a água como o controle de calor do processo. Algumas amostras de resíduos foram retiradas da filtragem tanto do R-2 quanto o R-4 totalizando um total de quatro tipos de resíduos (Brimopol “antigo”, Polirol, Brimopol “novo” R-2 e Brimopol “novo” R-4). Todas as amostras passaram por analise de espectroscopia de infravermelho, que conseguiu caracterizar pela diferença vibracional das moléculas o que continha nos resíduos formados. Os espectros (gráficos) formados nas quatro amostras geraram picos exatamente iguais (Gráfico-05 resíduo Polirol comparativo com resído do R-4 brimopol. Demais Gráficos-05 comparativos encontram-se no anexo 2). Com os gráficos das analises foi possível avaliar que tipo de substância continha neles, depois de varias pesquisas foi possível encontrar as faixas exatas de vibração de cada produto: Estireno as vibração das moléculas ocorrem entre as faixas de: 3.000 cm-1 ; 1.490 cm-1 ; 1.369 cm-1 ; 1.250 cm-1 . Acrilato de Etila as vibrações das moléculas ocorrem entre as faixas de: 1760 cm-1 ; 1700 cm-1 . Peróxido de Terc-Butila as vibrações das moléculas ocorrem entre as faixas de: 1465 cm-1 ; 1450 cm-1 ; 1375 cm-1 . Nos espectros foram identificados os picos das matérias encontradas pela espectroscopia de infravermelho (restantes dos Graficos-05 encontram-se no anexo 2). 26 Absorbance Units 0.2 0.3 0.4 ACRILATO DE ETILA PERÓXIDO DE TERC-BUTILA 0.1 ESTIRENO 0.0 ESTIRENO 3500 3000 2500 2000 1500 1000 Wavenumber cm-1 C:\SPECTROSCOPY \Projeto_TCC\HTS-C D0895_24_04_14_Padrao_com_ Polirol.0 C:\spectroscopy \meas_2014\Projeto_TCC Lote: D0895 Padrão Polirol 05/11/2014 Resíduo do HTS-C Lote: 4016E0899 Brimopol_9030 5/11/2014 Gráfico-5: Espectro de Infravermelho do resíduo do HTS-C Lote padrão (Polirol) comparativo com o (Brimopol). Com a determinação das substâncias que a presentam nos resíduos foi possível fazer algumas considerações, no reator quatro (R-4) a formação de precipitados ocorreu por conta da falta de conversão completa das matérias primas, que pode ter sido gerada pela dificuldade de controle de temperatura no sistema, isso foi comprovado pela presença das mesmas (estireno, acrilato de etila e períxido de terc-butila) na formação do resíduo e da falta de agitação durante a fabricação da resina. No reator dois (R-2) a temperatura do processo é controlada, os estudos demonstraram que é melhor avaliar a temperatura do processo, pois pode ser possível que se alterando a temperatura ocorra a diminuição dos resíduos, com a avaliação das matérias primas antes da entrada nos processos de fabricação pode ter como resultado a diminuição da geração de precipitados. CONCLUSÃO Com os testes e análises realizada foi possível prever os principais motivos da formação de grumos, com a ajuda do espetro de infravermelho (conforme o anexo) teve a comprovação que as matérias primas não estão sendo convertida completamente, por falta de agitação e controle de temperatura durante o processo formando assim os precipitados. A agitação tem um papel fundamental em soluções, além de homogeneizar, ela ajuda a dissipar o calor para o meio externo fazendo com que ocorra uma transferência de calor, esse fenômeno foi vivenciado nos experimentos realizados em laboratório onde o controle de temperatura teve sua estabilização apenas pelo ajuste movimentação da hélice do processo. Pequenos fatores como temperatura, agitação, matéria prima, operação entre outros conseguem interferir no resultado final. O presente trabalho possibilitou demonstrar que o controle e a supervisão do processo do inicio até o envase é indispensável, pois sem esse controle, a perda de material é significativa. 28 BIBLIOGRAFIA [1] Marcelo Antunes Guato, Gilber Rocardo Rosa, Processos e Operações unitárias da Indústria Química, Ciência Moderna, Rio de Janeiro, Brasil (2011), 121, 125, 185,205, 209. [2] R. Morrison, R. Boyd, Química Orgânica, 12ª Edição, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa (1995), 9, 536. [3] Lawrence H. Van Vlack, Princípios de Ciência dos Materiais, 19ª Edição, Editora Blucher, São Paulo, Brasil (2012), 167, 174. [4] R.M. Silverstein, G.Clayton Bassler, Terence C. Morrill, Identificação Espectrométrica de Compostos Orgânicos, 5ª Edição, Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, Brasil (1994), 85. [5] Bruce M. Mahan e Rollie J. Myers, Química um curso universitário, 4ª Edição, Editora Blucher, São Paulo, Brasil (2009), 52. [6] Juliana Rovere, Carlos A. Correa, Caracterização Morfológica do Poliestireno de Alto Impacto (HIPS), 18, nº 1, (2008) 29 0.3 0.2 PERÓXIDO DE TERC-BUTILA 0.1 ESTIRENO ESTIRENO 0.0 Absorbance Units 0.4 ACRILATO DE ETILA 3500 3000 2500 2000 1500 Wavenumber cm-1 Gráfico-05 : Espectro de Infravermelho do HTS-C (Brimopol “novo”) do R-2 1000 Gráfico-05 : Estireno usado para comparar com os espectros das quatro amostras 0.3 0.2 PERÓXIDO DE TERC-BUTILA 0.1 ESTIRENO ESTIRENO 0.0 Absorbance Units 0.4 ACRILATO DE ETILA 350 3000 2500 2000 Wavenumber cm-1 Gráfico-05: Espectro Infravermelho do HTS-C (Brimopol “novo”) R-4 lote: G0915 1500 1000 0.3 0.2 PERÓXIDO DE TERC-BUTILA 0.1 ESTIRENO ESTIRENO 0.0 Absorbance Units 0.4 ACRILATO DE ETILA 3500 3000 2500 2000 1500 Wavenumber cm-1 Gráfico- 05: Espectro de Infravermelho do HTS-C (Brimopol “antigo”) lote: E0899 1000 0.3 0.2 PERÓXIDO DE TERC-BUTILA 0.1 ESTIRENO ESTIRENO 0.0 Absorbance Units 0.4 ACRILATO DE ETILA 3500 3000 2500 2000 1500 Wavenumber cm-1 Gráfico-05 : Espectro de Infravermelho do HTS-C (Polirol) lote: D 0895 1000 ANEXO 2: GRÁFICOS DOS ESPECTROS DE INFRAVERMELHO