INFORMATIVO 27
Ano V
www.nucleoser.com.br
novembro 2006
"Agir, eis a inteligência verdadeira. Serei o que quiser. Mas tenho que querer o que for.
O êxito está em ter êxito, e não em ter condições de êxito. Condições de palácio tem
qualquer terra larga, mas onde estará o palácio se não o fizerem ali?"
Fernando Pessoa
Há tempo de plantar, há tempo de colher
Os 3 Dias de Carinho completaram 5
anos. O que isso significa?
Significa que muita gente acreditou
nessa ação e assumiu um compromisso
com o cuidado, o amor e a esperança.
Compromisso porque fazer o bem requer mais do que boa vontade – exige
organização, disciplina, persistência e entendimento sobre a importância de cada
um no grupo. Por isso a família Silva, o
Núcleo Ser e o Grupo Sol, juntos, formaram uma equipe maravilhosa. Decidimos
fazer parte da transformação das pessoas
não por nos sentirmos em dívida com algo
ou alguém, ou ainda para ganhar méritos,
mas sim porque temos um único objetivo:
compartilhar e expandir felicidade.
Dessa forma, temos conseguido criar
uma verdadeira corrente do bem. Todas
as pessoas que são convidadas a participar dos 3 Dias de Carinho trabalham em
instituições que têm como foco cuidar
do ser humano. Crianças portadoras do
vírus HIV, idosos abandonados em asilos, dependentes químicos, pessoas com
paralisia cerebral e crianças e adolescentes carentes. É essa dura realidade que
muitas pessoas enfrentam com garra, em
trabalhos remunerados ou voluntários.
Oferecendo cuidado e amor àqueles que
se encontram fragilizados diante das mais
diversas situações, essas pessoas já são,
por si só, especiais.
No entanto, é justo e gratificante que
elas possam ser reconhecidas pelo seu
valor, que recebam, da mesma forma que
oferecem, o amor dedicado a tantas vidas.
E mais do que agradecer e acarinhar, os
3 Dias de Carinho ensinam essas pessoas
a potencializar as ferramentas que elas já
possuem dentro de si. Dessa forma, após
o treinamento os participantes têm mais
recursos para lidar com as dificuldades e
fazer escolhas seguras.
O intuito dos 3 Dias de Carinho é que
todos falem a mesma língua – a do amor.
Por isso cada “Carinho”, como são chamados aqueles que participam do treinamento, tem o direito de indicar uma pessoa
de sua instituição a participar dos 3 Dias
seguinte. Assim, quando o maior número
de pessoas de uma mesma instituição tiver
realizado o treinamento, o entendimento,
a sintonia e o respeito entre todos será
mais forte e beneficiará todo o trabalho
realizado no local.
É difícil descrever o clima dos 3 Dias
de Carinho. Lá as pessoas percebem que é
bem mais fácil sentir. Mas imagine-se diante de uma porta larga, que está fechada.
Ao abri-la, você encontra com cerca de 85
pessoas que transmitem uma energia diferente de todas as que você já sentiu. Elas
estão entregues, porque perceberam que
não é preciso temer. Estão seguras, pois
fizeram uma profunda viajem interior, enfrentaram as suas angústias e conheceram
a si mesmas. Transformaram a fraqueza em
força, descobriram o valor de seus semelhantes e, acima de tudo, o valor da vida.
Não existe mais culpa, nem tristeza. O
ambiente exala amor e alegria. É mágico...
Os 3 Dias de Carinho não são um antídoto para o sofrimento. Todos os dias
enfrentamos dificuldades. A questão é
aprender como enfrentar cada situação,
como fazer a melhor escolha e não ser refém do medo, da insegurança e da tristeza.
Hoje os “Carinhos” conhecem todo o seu
potencial. Portanto, é clara a nossa alegria
e sensação de dever cumprido ao ligar
para um deles após um ano e ouvir: “Ei, diz
para a Dirce que eu continuo feliz.”
Plantamos a semente, regamos, a vimos crescer. Como em todo o cultivo,
também enfrentamos o mal tempo, mas o
sol sempre volta a nascer nos dando força
e esperança para continuar.
Com tanta história boa pra contar, só
podemos nos sentir privilegiados. Ao ver
os frutos maduros percebemos que nada
foi em vão. Queremos expressar o nosso
mais profundo agradecimento a todos que
não desistiram de ver a semente florescer, cientes de que há tempo de plantar e
tempo de colher.
Contamos com você nos 3 Dias de
Carinho 2007. Afinal, o amor transforma!
Vivendo feliz
Uma criança que brinca está tão atenta ao
brincar que não vê o tempo passar. Brincar
de de boneca, de esconde-esconde, bolinha
de gude... Ela fixa o olhar na bolinha que está
longe, mede com palmos, se empenha com a
bolinha que segura, pressionando-a entre os
dedos polegar e indicador. Já fez isso tantas
vezes, mas nada é repetição, esse momento
é único – atenção plena e presença. Nessa
atenção a sua percepção expande, o resultado esperado acontece. A bolinha arremessada bate e acerta. Pura alegria!
A criança tinha como meta final a alegria?
Não. A alegria nunca foi o objetivo a ser alcançado, mas ela surge infalivelmente. O desejo era acertar a bolinha e nisso todo empenho
foi colocado, de corpo e alma. Dessa forma a
criança é imensamente feliz ao brincar. Mas,
por ser tão inocente, não sabe que esse estado de contentamento chama-se felicidade. A
tão desejada e procurada felicidade.
Se algum adulto jogar bolinha de gude
achando que isso o deixará feliz, irá se frustar.
Exceto se ele entender que a felicidade é um
subproduto não alcançado diretamente. Se
esse adulto se entregar totalmente à brincadeira, aos movimentos, à atenção da atividade
em si, e principalmente se isso for muito importante para ele, então, como conseqüência
disso tudo, surgirá a felicidade.
Da mesma forma podemos entender
a frase: “Que uma mão não saiba o que a
outra fez.” Se empenhar em ajudar o outro,
pelo simples fato de fazer algo por ele, sem
esperar nada em troca, gera, ao final da tarefa programada, um contentamento, uma
alegria que surge naturalmente. Se qualquer
trabalho beneficente for realizado como uma
forma de buscar a felicidade, nada acontecerá além da decepção. Se for realizado como
uma forma de receber uma compensação
espiritual, então surge a armadilha da ganância pela bem-aventurança, pois sempre será
pouco. Portanto, nada de bom acontecerá.
É fundamental entender que a felicidade é
um subproduto. Só a desfrutaremos quando
nos empenharmos totalmente naquilo que
estamos fazendo, e que por sua vez deve estar alinhado com a nossa escala de valores
morais e éticos. Porém, lembre-se de desapegar-se da felicidade como objetivo final, ou de
ficar na expectativa de que ela aconteça.
Quer ser feliz? Então mova-se em auxílio ao
próximo e viva intensamente esse movimento!
Com carinho,
Dirce Katayama
Isso nunca vai acabar
Mais que um evento, participar dos 3 Dias de Carinho é uma oportunidade de entrar num processo de olhar, perceber, avaliar, enfrentar,
vencer, aceitar e amar a si mesmo. É preciso ir para o treinamento desarmado, sem defesas, para que sejamos tocados profundamente no íntimo
de nosso ser. É um processo de mudança que se inicia no evento e vai nos
tornando mais fortes e humanos. A princípio não sabemos onde e em
que ponto mudamos, mas sentimos ter saído diferentes do dia em que
entramos. Hoje posso dizer que me sinto uma pessoa melhor.
Tudo na minha vida melhorou por conta disso: o trabalho, a família... Enfim, me sinto mais integrado comigo mesmo. Sinto como se a
minha casa estivesse muito suja e desarrumada, e de repente uma visita chegasse e dissesse:
"Que bagunça, arruma isso aí `Carinho´!” E eu
respondesse: "É mesmo, nem percebi que estava
bagunçada...".
A partir daí, decidi fazer uma faxina na minha "casa mental". Agora continuo "arrumando a
casa" e procurando mantê-la em ordem. Percebi
que isso nunca vai acabar.
Obrigado por tudo!
Rodrigo Cosate Fort
Corra você também para o X! Envie um e-mail para [email protected], escreva para Rua Coronel Lisboa, 434
CEP: 04020 040 (sede do Núcleo Ser em São Paulo), ou deposite sua carta em uma das caixas de su­gestões durante as reuniões e
encerramentos dos treinamentos. O limite máximo é de 15 linhas, lembrando
de colocar o título “Corra para o X”. Participe!
Os Frutos...
Em cinco anos de 3 Dias de Carinho
recebemos diversas instituições. No informativo deste mês, você vai conhecer
um pouco do trabalho desenvolvido na
Casa Transitória Fabiano de Cristo, que
tem participado dos 3 Dias desde a primeira edição, em 2001. O que significou
o treinamento na vida dessas pessoas?
Vamos descobrir juntos?
Inaugurada no início da década de 50,
no Belenzinho, a Casa Transitória Fabiano
de Cristo é uma instituição social que
atende os mais diversos casos de carência. Mantida por doações e recursos da
Federação Espírita Estadual, ela se divide
em departamentos: Escola, Creche, Lar de
Idosos e Serviço Social. Conhecemos o
trabalho do Lar Batuíra e do Serviço Social,
administrados respectivamente por Djalma
Aparecido dos Santos e Odilene Aniteli.
O Serviço Social da Casa Transitória é
a porta de entrada de todos os assistidos
pela instituição. Lá as pessoas são recebidas,
atendidas de acordo com as suas necessidades e, caso necessário, encaminhadas ao
departamento mais adequado. O setor de
Serviço Social da Casa Transitória atende
de 200 a 300 pessoas por mês, que têm
a oportunidade de participar dos programas da casa, todos gratuitos. Entre os
principais estão o Curso de Orientação
Maternal para Gestantes, os Cursos
Profissionalizantes e o Grupo de Apoio
Emocional a pessoas que vivem momentos
de desestruturação na vida pessoal e/ou
profissional. Este, na visão de Djalma, é o
mais importante, visto que tem como intuito despertar as pessoas para a responsabilidade que elas têm sobre a própria
vida e incentivá-las a melhorar, a encontrar
uma saída para os seus problemas.
Há 11 anos trabalhando como voluntário no Serviço Social da Casa Transitória,
Djalma explica que cada história é
uma lição para os seus relacionamentos.
“Geralmente o que nos leva ao trabalho
voluntário são nossas próprias dores”, diz.
“É uma relação de troca, e nessa relação
recebo muito mais do que ofereço.” Líder
de uma equipe de 28 voluntários, Djalma
foi um dos escolhidos para participar dos
Djalma e a madrinha Odilene.
3 Dias de Carinho 2006. Dessa experiência
o coordenador guarda muitas lembranças
e aprendizados; entre os mais importantes,
vencer obstáculos que o limitavam na vida
pessoal e profissional. “Sou um cara muito
medroso e na hora do corredor a minha
vontade era ir para o final da fila”, destaca.
“Mas como a equipe deixou claro que todos teriam que se apresentar, abracei uma
senhora que estava na minha frente, apavorada, e disse: vamos juntos! Não tem jeito.”
Extremamente tímido, outra prova de fogo
foi quando o Gilberto chamou Djalma ao
palco para dançar samba rock para uma
platéia de quase 100 pessoas. “Nem tenho
a pretensão de dizer o quanto os 3 Dias
foram maravilhosos na minha vida, as pessoas não teriam noção”, conclui.
Lar Batuíra: qualidade de vida.
O Lar Batuíra é outro departamento
da Casa Transitória Fabiano de Cristo. Sob
os cuidados da coordenadora Odilene
Aniteli, voluntária do Lar há nove anos, vivem 31 idosas, sendo 20 na faixa entre 80
e 96 anos. A casa possui funcionários 24
horas por dia e as avós, como são chamadas, recebem todo tipo de cuidado.
“Hoje, o que os funcionários e voluntários podem fazer de bom pelo idoso é
tratá-lo com amor”, diz Odilene. “A partir
do momento que ele sente ser querido,
passa a viver mais.”
No atendimento a idosos carentes o
Lar Batuíra é considerado um dos melhores asilos gratuitos do Estado, de acordo
com órgãos de fiscalização. A estrutura
oferecida às avós inclui o trabalho de 16
funcionários (divididos nas áreas de lavanderia, limpeza, cozinha e cuidados com a
saúde), seis refeições diárias indicadas por
uma nutricionista, fisioterapia, médico em
visita três vezes por semana e instalações
sempre limpas. “Aqui elas se sentem felizes,
isso é o mais importante para mim”, conta
Odilene. “Elas trabalharam muito na vida e
podem ser o grande espelho para nós.”
O tempo ocioso das idosas é preenchido de diversas formas. Uma delas
é com o carinho trazido pelos cem voluntários que atuam na casa, entre eles
o Grupo Sol, que adquiriu grande importância na vida das avós. A maioria delas
não tem filhos e o fato do Grupo visitar
o Lar todo mês especialmente para vêlas é motivo de grande alegria. Odilene
também faz questão de fazer todo mês
uma festa de aniversário, com direito à
decoração e uma bela mesa com bolo e
doces. Para completar, também não faltam apresentações de cantores, grupos
teatrais, balé, corais e o que mais trouxer bem-estar às idosas. “Elas dançam e
brincam, acho que esse é o meu objetivo
aqui, diz Odilene.
É para gente que cuida de gente,
como o Djalma e a Odilene, que surgiram os 3 Dias de Carinho. Muita gente depende direta ou indiretamente da
postura que assumem os dois coordenadores, daí a importância dessas pessoas potencializarem os seus recursos em
benefício de si e dos seus semelhantes.
“Participei dos 3 Dias cinco anos atrás
e até hoje uso as técnicas que aprendi
lá”, diz Odilene. “Problema você tem
toda hora, mas precisa aprender a administrá-los”, continua. “Isso os 3 Dias de
Carinho te ensinam.”
Domenica S. Barbosa, auxiliar de enfermagem do Lar Batuíra, também foi convidada a participar dos 3 Dias deste ano.
“Era muito intolerante, nada nunca estava
bom; tinha uma grande mágoa e não conseguia perdoar”, conta. “Agora conquistei
a minha paz interior e percebi: não tenho
tudo o que quero, mas amo tudo que tenho.” Elisabeth Barbosa, que foi madrinha
de Domenica, resume: “3 Dias de Carinho...
é o início de um descobrir interno.”
Apresentação especial para as vovós.
Um dos aniversários que Odilene
faz questão de realizar.
Sala de espera do Serviço Social:
oportunidade de mudança.
Dindinhos: conforto para o coração.
Acolher, incondicionalmente. Foi essa a
experiência dos dindinhos dos 3 Dias 2006.
Experiência recebida como um presente,
visto a força da energia e dos sentimentos
que invadem o salão e a vida de quem participa do treinamento.
Dindinho é o diminutivo carinhoso
de padrinho, aquele que cuida, protege e
assume responsabilidades junto a seu afilhado. No entanto, os 3 Dias de Carinho
têm dindinhos mais que especiais, pois
eles apadrinham, de uma só vez, cerca
de 75 pessoas.
Os dindinhos são pessoas que, além
de dar suporte à equipe Núcleo Ser na
hora do treinamento, se entregam com o
objetivo de fazer com que cada momento seja único para todos os participantes.
Imagine o tamanho desse amor... Pessoas
que têm como desejo acolher tanta gente,
confortar tantos corações e lidar com os
mais diversos conflitos.
Este ano os 3 Dias de Carinho tiveram
cinco dindinhos: Claudio Dias, Marcelo
Bartholomeu, Cristina Guerra, Patrícia Sato
e Roseli Bonafini. No entanto, todos eles
trabalharam muito para isso. Ser dindinho é
uma conquista, não se dá ao acaso. Os dindinhos participam ativamente das reuniões
e ações dos 3 Dias de Carinho e sabem o
privilégio de ser um guardião do bem e fazer parte de uma linda história de amor ao
ser humano. Por isso, é com ansiedade que
esperam o dia do treinamento. “Já tinha ouvido que os 'Carinhos' têm algo que os diferencia, tal como uma capacidade peculiar
de improviso, senso de união e uma alegria
imensa, apesar de muitos enfrentarem no
dia-a-dia situações que não são nada fáceis”, diz Claudio. “Quando temos vontade
de algo, a busca é sempre prazerosa”, completa Patrícia.
É essa vontade de acolher, de dar amor
e curar as tristezas da alma que move os
Esta história continua...
Em uma família, cada um possui uma
característica: extrovertido, tímido, rígido ou liberal. Todos, porém, têm algo
de bom a nos ensinar. Assim também é
a família Silva. O filho, chamado 3 Dias
de Carinho, não teria completado cinco
anos, cheio de vida, se não fosse a participação de cada um. Nenhuma relação
se fortalece sem esse entendimento
– seja com um sorriso, um abraço, uma
palavra de incentivo e, no caso daqueles
que participaram como voluntários dos
3 Dias, tudo isso somado à ação de fazer acontecer.
Os eventos destinados à arrecadação de verba para a realização do treinamento foram um sucesso: a Feijoada,
realizada dia 4 de junho, estava lotada.
Já os convites da Pizzada do dia 15 de
setembro foram vendidos rapidamente.
Ainda teve a venda de CDs, aventais
e camisetas.
“Sou fã dos 3 Dias porque o considero um projeto transformador”, diz a
Silva Luciana Fogaça. “Depois que comecei a participar as coisas começaram
a fluir na minha vida”, completa. “Estou
sentindo uma energia muito gostosa e
tenho certeza que muito disso vem dos
3 Dias de Carinho.”
De todo o esforço, certamente realizado com muito prazer, ficou o sentimento de gratidão de poder contar com
seres humanos maravilhosos, que têm
como objetivo transformar a vida de
pessoas que sequer conhecem. A felicidade dos “Carinhos”, temos certeza, é
a resposta que os voluntários buscavam.
O nosso mais profundo agradecimento
a todos, em especial ao Grupo Sol e à
Mídia Company, por todo amor.
Se você quer participar da Comissão
dos 3 Dias de Carinho 2007, ligue para o
Núcleo Ser e se informe: (11) 5539-6655.
dá para entender
Com tanta alegria,
feijoada.
o sabor especial da
Pizzada: família Silva em
peso em
prol dos 3DC 2006.
Patrícia Sato, Claudio Dias, Marcelo Barth
olomeu,
Cristina Guerra e Roseli Bonafini.
dindinhos. Por isso, ao final tudo se resume a um momento inesquecível de troca,
amizade, aprendizado, humildade... “Cada
treinando me proporcionou uma lição de
vida”, conta Cristina. “O grande barato
mesmo é trabalhar por um `mundo ao qual
todos queiram pertencer´”, diz Marcelo.
Nos 3 Dias de Carinho temos a chance
de descobrir o significado do que realmente nos faz feliz: o amor, o reconhecimento,
a entrega... “Quanto tempo estamos perdendo?”, pergunta Roseli. “Estou mudando
a cada minuto, a cada reflexão.”
Padrinho Carona
Padrinho dos 3 Dias de Carinho é tudo
de bom: cuida, ama e ainda dá carona. Não
é a toa que essa viagem é tão especial.
Se você também quer um cantinho,
embarque na entrevista que fizemos com
Victor de Oliveira Cosme, “padrinho
carona” dos 3 Dias de Carinho 2006.
Qual a sua experiência com os 3
Dias de Carinho? Já tinha participado de alguma forma?
Este ano minha mulher e eu entramos
de cabeça no grupo de apoio aos 3 Dias
de Carinho. Tudo começou quando soubemos que o pessoal ia "tocar" a feijoada por conta própria, então trouxemos
um pouco da experiência do pessoal da
Creche Maria Dulce. O trabalho foi um
sucesso e nós acabamos viciando.
A equipe é sensacional! Muita alegria,
doação e amizade.
O que significa ser um "padrinho
carona?” Quais as responsabiliadades e atitudes de quem assume esse
compromisso?
Quando surgiu a oportunidade de sermos
“padrinhos carona” no último 3DC, abraçamos a idéia e curtimos cada momento.
Procuramos cercar de carinho a Renata
Fávaro e a Rosana Celeste (nossas afilhadas
da Creche Cordeirinho de Jesus), da hora
em que as pegamos até a hora em que as
deixamos na porta de suas casas.
Queríamos mostrar para elas que
além de tudo de fantástico que acontece
em Louveira, a vida continua, e elas teriam
com quem contar aqui fora também.
Como foi essa experiência?
Mágica. Nos “enganamos”dizendo que
participamos deste tipo de evento para
ajudar, mas no fundo o retorno que a gen-
te recebe é muito maior do que aquilo
que a gente oferece.
Que tipo de resposta você percebeu ou sentiu de suas afilhadas?
O abraço na hora da acolhida foi uma
coisa muito especial para mim. Saí de
Louveira com a convicção que o trabalho
vale a pena, que o mundo ficou um pouquinho melhor e, acima de tudo, com a certeza de que podemos fazer muito mais.
O que de mais especial guardou
desse momento?
A deliciosa sensação de ganhar duas
amizades super verdadeiras. Sem contato diário, sem cobrança, sem apego. Uma
amizade movida exclusivamente a carinho
e admiração mútua.
A sua participação em prol da
instituição de suas afilhadas já é um
reflexo de uma corrente do bem,
certo? Fale um pouco sobre isso.
Quando nossas afilhadas ligaram pedindo ajuda para arrecadação de brinquedos para o natal das crianças da creche,
tive a certeza que estamos no caminho
certo, que todas as nossas idéias podem
se transformar em ação. O engajamento
de Carinhos, Silvas, Gaivotas e Renascidos
também foi fantástico.
Quando falo sobre tudo isso vem uma
alegria, um calor no coração, uma vontade
grande de agradecer a
oportunidade que
Deus nos dá de
poder ser um elo
nesta corrente
do bem.
Victor de Oliveira Cosme
Instituições participantes dos 3 Dias de Carinho 2006
• A.E.B.E. Casa do Caminho
• ABCD Nossa Casa
• Abrigo Casa Coração de Maria
• ACCA - Ass.Combate ao Câncer
• ASFER - Ass.Fem.Rec.Lagoa da Prata
• Ass. Espírita Casa da Paz
• Ass.de Anemia Falciforme Est. SP
• Associação Aliança de Misericórdia
• Associação Cruz Verde
•Associação de Mulheres
•Associação Esp.Casa da Paz
• C.E.J Peniel
• Casa Ass. Mª Helena Paulina
• Casa de Amparo São João Batista
• Casa Espírita Trabalhos para Deus
• Casa Lar Cantinho Esperança
• Casa Lar Sonho de Criança
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Casa São Francisco
Casa Transitória
Casa Transitória Fabiano de Cristo
CEDAP - Projeto Pão Nosso
Cenha Centro Social N.S.Penha
Centro Social Nª Sra.do Bom Parto
Ceres - Centro de Reabilitação Sabará
Clube das Pulgas
Conselho Tutelar Mooca
Cotic
Creche Sara/Grupo Resgate
Escola Esp. Ed. Excepcionais 4E
Fraternidade Irmã Clara
Grupo de Apoio Amor e Vida
Grupo Frat. Casa do Caminho
Grupo Socorrista Ricardo
Grupo Terra
• Guarda Civil Metropolitana
Parelheiros
• Hosp. Servidor Estadual
• Lar de Idosos Vivência Feliz
• Lar Dona Cotinha
• Lar Dona Mariquinha do Amaral
• Lar Pedacinho do Céu
• Lar Santa Therezinha M. Jesus
• Laramara Ass. Deficientes Visuais
• Nossa Escola
• Núcleo Terapêutico Crer Ser
• Programa Agente Jovem
• Recanto da Esperança
• Serv. Paz Obras Assistenciais
• Soc. Agostiniana Ed. Assist.
• União Assist. Espírita André Luiz
D i c a s
Música de qualidade
Inusitado
Que tal navegar pela internet ouvindo as mais
belas músicas brasileiras?
No site: www.paixaoeromance.com você pode
ouvir músicas de todo o século XX, entre elas
Aquarela do Brasil, O Que é Que a Baiana tem?,
Copacabana, Brasileirinho, Trem das Onze, Alegria
Alegria, Águas de Março, Oceano e muitas outras.
Todo o show do Barbatuques é baseado na exploração dos sons que o corpo pode produzir. O resultado é bastante divertido e original.
Composto por 13 integrantes, o grupo já lançou
dois CDs: Corpo do som e O seguinte é esse.
No site www.barbatuques.com.br você pode
acompanhar as próximas apresentações.
Informativo Núcleo Ser Nº 27 • Novembro de 2006 • Direção geral: Kito Castanha • Direção de arte: Thiago Pereira da Costa •
Produção e diagramação: Rogerio Morena • Colaboração: Milena Oliveira Cruz • Produção gráfica: Tre Comunicação • Tel.: 11 5054 2425 •
E-mail: [email protected] • Impressão: Printon Soluções Gráficas • Tiragem: 6.000 exemplares.
São Paulo SP F: (11) 5539-6655 Rua Coronel Lisboa, 434 CEP: 04020-040 - Vila Clementino
Americana SP F. (19) 3405-4004 Rua Pres. Varfas, 741 CEP: 13465-000 - Vila Medon
Fale com o Núcleo Ser
Coexistir. É essa experiência que
Silvas e amigos de Silva vão vivenciar no Encerramento do Ano do
Núcleo Ser. Viver junto, respeitar,
dialogar, entender.
Venha celebrar as diferenças em
uma noite de puro amor e alegria.
Dia 16 de dezembro, sabádo.
Os convites já estão à venda no
Núcleo Ser (R$ 10,00).
Tel: (11) 5539 6655
Festa de Encerramento
ENVELOPAMENTO AUTORIZADO
PODE SER ABERTO PELA ECT
Rua Coronel Lisboa, 434
São Paulo/SP
CEP: 04020-040
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