Sentir Às vezes me sinto vazio, o coração e o cérebro nada sentem ou registram, parece até que os sentimentos e as idéias se foram para tão longe que não consigo alcançá -los. É uma sensação estranha de solidão, sentimo-nos sozinhos no mundo, ao mesmo tempo nos sentimos ligados com todo o universo, não existem palavras capazes de descrever o que o ser humano sente nestas ocasiões. É um sentir tudo e não sentir nada, é um ter tudo e não ter nada, é um querer tudo e não querer nada, é uma sensação de vazio ao mesmo tempo em que nos sentimos plenos, é sentir-se capaz de dizer tudo e não conseguir dizer nada. Nas ocasiões em que me sinto assim a alma está serena e o corpo “sonolento”, o cérebro apenas registra fagulhas do que se passa ao seu derredor e o coração expande-se no tempo e no espaço como se quisesse trazer o universo para dentro de si. Nestas ocasiões o essencial não é registrado pela memória cerebral, apenas é sentido pela alma. As lembranças registradas no cérebro, referentes a estas ocasiões, servem apenas para despertar os sentimentos depositados no vaso sagrado do coração, mas não registram o sentir da alma. Retiremos pela raiz os sentimentos negativos depositados em nossos corações durante as nossas vivências cotidianas e vamos queimá-los na pira do perdão. Cuidemos muito bem dos sentimentos positivos semeados em nossos corações. Vamos adubar e regar diariamente os nossos sentimentos positivos. Vamos fazer os nossos sentimentos de amor dar frutos e flores em abundância para alimentar e florir a existência daqueles que cruzam os nossos caminhos. Vivamos cada minuto da nossa existência de tal maneira que as pessoas agradeçam a Deus terem convivido conosco. Marcos Antônio da Cunha Fernandes Brasília, 14 de abril de 2008.