A influência da pesquisa da Universidade, medida pelo número de vezes que suas publicações
são citadas, é o critério mais importante utilizado no ranking. A presença de estrangeiros no
corpo docente e alunos e a capacidade de inovação também são itens considerados.
“Não podemos esquecer que a USP foi a primeira universidade de pesquisa estabelecida no
país em 1934. Ela não resultou de um modismo, resultou de uma decisão da elite intelectual
paulista na época de dizer ‘é por meio do conhecimento que o estado de São Paulo vai se
tornar forte’ e é isso que está ainda hoje no logo da Universidade de São Paulo, que diz
Scientia Vinces, ou seja, ‘o conhecimento vai prevalecer’. É uma fase colocada no futuro, é
uma manifestação de otimismo e de crença na ciência”, afirma Marco Antônio Zago.
“Não há construção alguma que se sustente sem uma boa base. Você pode construir o castelo
mais lindo do mundo, mas se o alicerce dele estiver frouxo, cedo ou tarde ele vai cair. Você
pode até dar uma enganada por uns tempos, mas cedo ou tarde ele cai. A pesquisa é essa
base, sem dúvida nenhuma. A pesquisa consolida, valida todas as funções que a universidade
tem, que são importantes também. Não há nenhuma mais importante do que a outra, mas
essa sustentação vem da produção científica, da produção de conhecimento, da formação de
cientistas, de pesquisadores que vão dar sequência a esse processo”, fala Marcelo Távora
Mira, professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde.
“A iniciação científica é fundamental, é a principal origem dos bons estudantes de mestrado e
doutorado. Na iniciação científica, se o aluno despertar o interesse pela pesquisa, ele tem a
oportunidade de trabalhar 1 ou 2 anos em um grupo de pesquisa, muitas vezes com bolsa. Aí é
uma coisa natural na medida em que o aluno faz uma iniciação científica, quando se forma,
com frequência ele já quer entrar em um mestrado, e o mestrado leva ao doutorado, e com o
título de doutor ele está preparado para liderar seu grupo”, afirma Marcelo Távora Mira.
“A formação como pesquisador é bastante focada no seu próprio projeto de pesquisa, mas
como pessoa, para o mundo, a gente aprende a ser muito questionador”, diz Juliana Monteiro,
aluna de doutorado da PUCPR.
“Na verdade é um processo, você está sempre correndo atrás do resultado, às vezes é um
pouquinho lento, mas é muito legal quando você chega ao resultado, e foi você quem fez. Não
é uma coisa que você descobriu ao ler um livro, foi você que descobriu”, relata Helena D
´Espíndula, estudante de Farmácia da PUCPR.
“Às vezes, aquele resultado que você imaginava ser tão grandioso e importante, não se revela
tão bonito quanto você imaginava, mas com o seu desenvolvimento de pesquisador você tem
a noção do quanto isso é importante, mesmo não sendo aquele resultado perfeito”, afirma
Juliana Monteiro.
“É um processo de formação como qualquer outro, parte desse despertar do interesse que
tem que vir desde muito cedo, quanto mais cedo melhor”, explica Marcelo Távora Mira.
“Na minha vida pessoal, a carreira Universitária, ao lado da minha família, foi a coisa mais
importante que eu tive. Foi aquilo que efetivamente me qualificou para tentar ser alguma
coisa na vida em todos os planos”, Belmiro Valverde J. Castor, professor do programa de PósGraduação em Administração da PUCPR.
“As Universidades têm como premissa ensinar, dar aula e formar os nossos alunos, mas hoje
em dia só isso não basta. Nós temos que ter o conceito de moral, de ética e temos também
que fazer a pesquisa”, diz Paulo Brofman, coordenador do Núcleo de Tecnologia Celular da
PUCPR.
“Em geral, as universidades procuram formar o profissional: formar um médico, um
engenheiro, um advogado, um jornalista, seja o que for. Aqui na PUC nós temos mais de 60
programas de graduação. Entretanto, a gente quer dar aos nossos estudantes, não apenas um
diploma de profissional, mas dois diplomas: o primeiro diploma é o de bom profissional, de
gente competente, seja na engenharia, na medicina, no que for. E o segundo diploma é o de
gente boa, nós precisamos formar gente que preste dentro das nossas instituições. Precisamos
elevar o padrão da nossa sociedade”, afirma o Ir. Clemente Ivo Juliatto.
“Para contribuir com o bem-estar e a sustentabilidade do século XXI, ou seja, em soluções que
possam melhorar a questão da fome, das desigualdades sociais, o desequilíbrio climático etc.
isso se faz através de pesquisa”, afirma Paulo Brofman.
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