Revista Brasileira do Aço Ano 20 - Edição 131 - Maio 2011 Oportunidades no mercado A venda de soluções prontas dios, serão fornecidos cerca de 30% do A competitividade está em alta, a aço produzido internamente. Outros concorrência entre as empresas chega 70% estarão destinados para infraa dar frio na barriga. Os olhos estão sempre alerta a todos os aconteciestrutura. mentos e o cérebro não pára de O que sua empresa pode raciocinar. O que fazer para não oferecer às empreiteiras que ficar para trás neste mercaassumiram a construção ou do que está expelindo como reforma de um estádio, rodoum vulcão? Quando as ideias via, aeroporto, hotel, hospital, parecem estar escassas e as pontos turísticos etc? E o saoportunidades se findarem... neamento básico, a energia, Fique atento, você pode eso trânsito, a segurança? Será tar cansado, pois no Brasil a que não vale a pena uma palavra “fim” não existe. ampliação na sua oferta de Há lugar para todo munprodutos, para participar desdo, desde que a frase “inte desenvolvimento que tanto teligência competitiva” seja promete alavancar a economia colocada em prática. Esqueça brasileira? o “comodismo”... Crie, renove, Com informações integramas é claro, sem perder o foco das e decisões mais apuradas, daquilo que você exerce. todos os setores envolvidos po A Copa do Mundo é a realidade dem se planejar com antecedência e mais debatida nestes últimos tempos. agirem de forma a contabilizar muitos Este grande evento, seguido dos Jogos ganhos. Basta observar o dia a dia de uma Olímpicos, movimentará todos os setores do cidade, identificar as necessidades, e perceber Há lugar País, e muito se fala das oportunidades onde sua empresa pode ajudar. A tecnopara todo mundo, desde que vêem ‘casadas’ com ambos. E logia está a nosso favor, e por isso, que a frase “inteligência competivocê, se preparou para conquistar podemos agir em tempo real. tiva” seja colocada em prática. Esqueça o a sua fatia neste mercado? Em outras palavras, o dis“comodismo”... Crie, renove, mas é claro, A partir desta edição, a Revista tribuidor ganhará espaço quansem perder o foco daquilo que do Aço, através do Inda, estimulará do participar da venda do produto você exerce. ações que podem ser executadas a fim pronto. Então, pense: onde você se ende despertar o interesse do setor. Para esses caixa? Ou então, o que você pode fazer para eventos, esqueçamos a venda do aço bruto, isso ficará a cargo entrar nesta “briga”? das usinas. Temos que pensar em soluções prontas, desenvol- Na próxima edição, traremos algumas dicas para colaborar ver novas competências. Somente para a construção de está- na abertura de novos horizontes. Ponto de vista 02 Ponto de vista A partir desta edição, abrimos espaço para os executivos do mercado de distribuição de aço expor opiniões e expectativas em relação ao setor. O objetivo é trocar ideias e enriquecer nosso conteúdo noticioso José Eustáquio de Lima, diretor executivo Comercial Gerdau “A distribuição de aço no Brasil vive um momento bastante positivo, com o crescimento da demanda por meio da melhoria do poder aquisitivo. Isso gera maior volume de obras de autoconstrutrores, edificações comerciais e produção de bens de consumo. As grandes obras de infraestrutura e o abastecimento de indústrias de máquinas e equipamentos (que são atendidas direto por usinas), também representam grandes oportunidades devido à agilidade no atendimento e à disponibilidade imediata de produtos por parte da distribuição. A procura por aço no Brasil apresentou no ano passado, um desempenho positivo. Em 2011, a economia já alcança indicadores macroeconômicos superiores aos de 2008, e o consumo de aço mostra resultados superiores se comparado com o mesmo período de anos anteriores. A expectativa para esse ano é bastante positiva! As estimativas de mercado indicam que o consumo interno no Brasil em 2011, deve seguir crescendo. Segundo estatísticas do Instituto Aço Brasil, o consumo de aço no País deverá evoluir para 28 milhões de toneladas em 2011, um crescimento de 6% em relação a 2010. Frente a esse cenário, a Gerdau, por meio da Comercial Gerdau e de suas demais operações, está plenamente capacitada para atender a expansão da demanda brasileira, considerando os investimentos já realizados e os projetos programados para os próximos anos. Curtas Juresa: tradição e dedicação Nesta edição, o Inda parabeniza a Juresa Industrial de Ferro Ltda. Fundada em maio de 1954, a empresa comemora 57 anos de existência, sendo reconhecida como uma das maiores distribuidoras de aço no Brasil. Atualmente, sob a direção de André Zinn, a Juresa possui a certificação ISO 9001/2000, e está presente nas cidades de Americana, Cabreúva, Ribeirão Preto, São Paulo e Santa Bárbara D’Oeste, no estado de São Paulo, e em Itajaí, Santa Catarina. Inspection volta ao quadro associativo do Inda Expediente No mês de abril, a empresa Inspection Comércios e Serviços S/A voltou a fazer parte do quadro de associados do Inda, na categoria de sócio especial. Fundada em 1998, a empresa, controlada pela Cisa Trading, atua na distribuição de produtos siderúrgicos e de não-ferrosos. Dentre os principais itens estão os aços planos, laminados a quente e a frio, aços galvanizados, alu-zinc, entre outros. A Inspection localiza-se na cidade de Cariacica, no Espírito Santo, e possui filiais em Joinville, SC, e São Paulo, SP. Para maiores informações acesse www.inda.org.br Diretoria Executiva Presidente Carlos Jorge Loureiro Vice-presidente José Eustáquio de Lima Diretor administrativo e financeiro Miguel Jorge Locatelli Diretor para assuntos extraordinários Heuler de Almeida Conselho Diretor Alberto Piñera Graña, Carlos Henrique Stella Rotella, Philippe Jean Marie Ormancey, Ronei Kilzer Gomes, Newton Roberto Longo Superintendente Gilson Santos Bertozzo Revista Brasileira do Aço 11 2272-2121 [email protected] Editora Isis Moretti (Mtb 36.471) [email protected] Redação e Revisão Silmara de Andrade Projeto gráfico, diagramação e editoração www.criatura.com.br Impressão Neoband Distribuição exclusiva para Associados ao Inda. Os artigos e opiniões publicados não refletem necessariamente a opinião da revista Brasileira do Aço e são de inteira responsabilidade de seus autores. INDA - Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço - pág. 7 03 Curtas Klöckner & Co chega ao Brasil por intermédio da Frefer A alemã Klöckner & Co anunciou a compra majoritária de 70% do grupo Frefer Metal Plus (composto pela Frefer Metal Plus, Rede Metal Plus, Frefer Metal Plus Estruturas Metálicas, além da holding BRZ Steel). Considerada a terceira maior distribuidora de metal e aço independente do Brasil, movimentou em 2010, R$ 340 milhões em volume de vendas líquidas. Possui cerca de 360 funcionários em 14 locais do Brasil, e no ano passado, superou o crescimento do mercado. A margem da companhia é superior a meta média do grupo, atualmente, em 6%, que é alvo para aquisições. O negócio faz parte das ações de estratégia “Klöckner & Co 2020”, na qual a marca prevê entrada nos mercados emergentes. Parte do valor da aquisição foi realizada por meio de um aumento de capital do Grupo Frefer, e, portanto, mais recursos estarão disponíveis para a expansão da empresa. O atual executivo da firma, Christiano Freire, permanece com 30%, e será o CEO da nova empresa no Brasil pelos próximos anos. Gisbert Rühl, Presidente do Conselho Executivo da Klöckner & Co disse que este é o primeiro apoio no mercado emergente da América do Sul. “Demos mais um passo na implementação de nossas estratégias, após a aquisição da Macsteel EUA, há poucos dias. Nosso objetivo é prosseguir com o forte crescimento do consumo de aço na região e nos colocar em uma posição melhor para equilibrar as diversas faces do mercado mundial. A atuação no mercado brasileiro é extremamente atraente”, falou. A Klöckner & Co é a maior produtora e distribuidora independente de aço e produtos de metal, e também uma das principais distribuidoras e centro de serviços nos mercados europeu e norte americanos, juntos. Mais de 170 mil clientes são abastecidos por 280 locais, e 10.900 empresados em 15 países da Europa e América do Norte. A empresa teve vendas de 5,2 bilhões em 2010. Para saber mais, acesse www.kloeckner.de/en Homenagem Completou em maio, 30 dias do falecimento de Rinaldo Campos Soares. Infelizmente, não foi possível fazer uma homenagem a esse grande executivo em nossa edição passada, pois a notícia chegou após o fechamento. Rinaldo faleceu no dia 21 de abril, em Belo Horizonte, MG, com falência múltipla dos órgãos, decorrente da luta contra um câncer no rim. Engenheiro metalurgista, nascido na cidade de Divinópolis, MG, ele contribuiu por mais de 30 anos para a siderurgia nacional, atuando em boa parte de sua vida na empresa Usiminas, onde ingressou como assessor do departamento de engenharia industrial, em 1971, e se desligou em 2008, como diretor-presidente. Graças à competente administração de Rinaldo, a Usiminas se expandiu e tornou-se um dos maiores conglomerados da siderurgia brasileira. “O setor deve muito a ele, principalmente a Usiminas”, salientou Carlos Loureiro, presidente do Inda. O executivo também presidiu, por duas vezes, o Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), atual Instituto Aço Brasil. É com grande pesar que nos despedimos desse ilustre homem, que certamente será lembrado não só por este Instituto, mas também pelos funcionários e empresários do setor. Alerta 04 Os conflitos de gerações As novas gerações mostram as diferenças de cultura e vivência entre os profissionais que atuam no mercado. As distintas visões da geração X (sem tecnologia) e a Y (com tecnologia), demonstram que enquanto uma (X) coloca a carreira em primeiro plano, a outra (Y) no início de carreira, quer especialmente equilibrar a vida pessoal e a profissional O velho e o novo constituem hoje, o atual mercado de trabalho. As gerações se misturam, os velhos problemas continuam e somam-se com os novos problemas. Encontrar a solução para isso torna-se um grande conflito de atitudes, costumes e valores. Mas se vale uma dica, quando houver um encontro de gerações, é necessário desenvolver um clima de cooperação organizacional e envolvê-las de forma que uma esteja preparada para respeitar as diferenças existentes, e aprender uma com a outra; afinal, há muito conhecimento para ser trocado, cada um à sua realidade. O desafio não está somente na diferença de idade, mas também na forma como cada geração encara o mundo, e conecta-se a ele. O choque acontece na maneira como tais gerações se relacionam com a sociedade onde está inserida. A humanidade tem sido observada e é alvo de grandes e complexas pesquisas; as gerações foram definidas como X, Y e Z, e precisam ser percebidas por aqueles que pretendem ser relevantes no novo século. A X é preocupada com o conhecimento, experiência e foco; o trabalho traz status e realização; a Y associa a carreira com afirmação da maturidade, e faz “mil coisas ao mesmo tempo” ; e a mais recente, a Z, julga que o trabalho é um mal necessário. É uma das mais individualistas, e vive em torno da tecnologia, contatos e compromissos. Para essa geração, os resultados precisam ser imediatos. O Professor Dado Schneider, pesquisador e palestrante nacional, desenvolveu um material que explica as mudanças drásticas entre os séculos 20 e 21, destacando os motivos de uma geração formada com os valores do século passado, em ter que lidar com os complexos desafios do século atual. Para tal, ele trouxe a teoria para a prática, e levou a experiência prática para confrontá-la com a teoria. Desta forma, o professor define as três gerações: X: pessoas nascidas entre 1964 e 1980, cumpridores de regras, não fazem “corpo mole”, gostam do trabalho pesado e já têm uma certa dificuldade em acompanhar as mudanças. Y: pessoas nascidas entre 1981 e 1995, que trazem características de impaciência, multitarefa, ambiciosos e excelentes negociadores. São semelhantes em muitos pontos, se comparadas com a nova geração, a Z. Z: essa geração é de “outra galáxia”, megadigitalizada, hiperativa, superdotada e uma grande incógnita quando começar a comprar com seu dinheiro e entrar de vez no mercado de trabalho. Schneider é contratado para explicar aos gestores da X sobre a geração Y, e vice versa. “Há um conflito de comportamento e isso tende a aumentar. É uma ‘pororoca cultural’, e ao contrário de ficarem em lados opostos, as duas gerações deveriam colaborar entre si, principalmente, porque vem aí a geração Z, para dividir o espaço de trabalho. E aí sim, será uma revolução”, salientou. De acordo com o professor, o mundo é muito mais complexo do que ensinaram na família e nas escolas. Existe uma movimentação gigantesca entre faixas etárias e classes sociais no Brasil, e o consumo e as relações de trabalho mudaram mais nos últimos cinco anos, que nos últimos 20. “Tem gente que sairá do mercado, sem nunca ter entendido por quê. E logo”, declarou Schneider. É preciso aceitar algumas imposições para não “morrer na praia”. Na opinião do professor, será muito difícil a geração Y adaptar-se a X. É mais fácil o contrário acontecer. “Infelizmente é assim; quando jovens, tivemos que nos adaptar aos mais velhos, agora, teremos que nos adequar aos mais jovens”, aconselhou. Quando palestra para a geração Y, Schneider alerta que as gerações mais velhas são mais cultas, embora, analógicas. E a geração mais jovem é extremamente mais digitalizada. A geração Y não é tão culta como a anterior, e nem tão moderna como a seguinte. “Como provocação, pode-se se dizer que a X, que hoje está no poder, vá para o Conselho de Administração, e também, que a geração Z, gere futuros detentores do poder, dirigente e CEO. O pior é que a Y poderá nunca assumir o poder”, encerrou. Conciliar a experiência dos veteranos com o ímpeto inovador dos jovens profissionais é um dos grandes desafios da gestão de pessoas no universo corporativo na atualidade. Serviço: Dado Schneider (51) 8144-4314 www.dado4314.com.br [email protected] www.twitter.com/dado4314 05 Realidade O sindicalismo da atualidade O sindicalismo no Brasil sofre grande atraso, e parece viver no marasmo. O que acontece com os sindicatos nacionais? Para qual caminho estão seguindo? No Brasil, o sindicalismo surgiu no final dos anos 1930, sendo implantado de forma oficial em 1943, no cognominado Estado Novo (época de Getúlio Vargas) através do Decreto-Lei 5.452, que promulgou a Consolidação das Leis Trabalho (CLT), onde até os dias atuais estão inscritas não só a legislação trabalhista, como também a sindical. Existem dois tipos de sindicatos: o formado por trabalhadores (laboral) e os agentes econômicos (patronal), valendo notar que a legislação é única para ambos. É dever do sindicato representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias, os interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal, ou os interesses individuais dos associados relativos à atividade ou profissão exercida; celebrar contratos coletivos de trabalho; eleger ou designar os representantes da respectiva categoria; colaborar com o Estado, como órgãos técnicos e consultivos no estudo de solução dos problemas que se relacionam à sua classe; e impor contribuições a todos os associados representados. Segundo o Consultor Sindical Patronal, Fernando Alves de Oliveira (ex-executivo de entidades, com mais de quatro décadas de experiência no setor patronal), o sindicalismo é uma legislação de 70 décadas, que não recebeu qualquer revitalização, e consequentemente, está velho, antiquado e absolutamente incompatível com o tempo contemporâneo das relações do trabalho. “O sindicalismo nacional há muito padece de uma crise de identidade, especialmente após outubro de 1988, na promulgação da Constituição vigente, que serviu de starter ao padecimento de ordem estrutural que conduziram à asfixia de seu financiamento”, declarou Oliveira. O consultor esclarece que a crise de inadimplência passou a assolar a área patronal, devido a dificuldade de captação de recursos, e que a saúde financeira dos laborais só é melhor, por conta da prescrição da legislação que obriga o empregador a recolher de seus funcionários a contribuição e repassá-la ao sindicato. “Se ficasse o pagamento à vontade do empregado, já teria explodido outra crise, que levaria a ruína dessas entidades”, afirmou. Oliveira apontou que tal situação é determinada pela despreocupação, no passado, de um trabalho institucional mais aprimorado de conquistas comuns à categoria, e do exagerado continuísmo de sua diretoria. “Diversos sindicatos tem o mesmo presidente e diretoria há anos”. Antigamente, lutar por conquistas, prestar serviços, angariar associados espontâneos (os chamados sindicalizados), que além da contribuição obrigatória, pagavam também a mensalidade associativa, era mera opção. Nos dias atuais, de absoluta necessidade. Oliveira defende que diante do quadro atual e com indispensável trabalho de novas e importantes conquistas de interesse comum da coletividade, da visão de gestão interativa voltada da base para a cúpula (e não o inverso, como prevalecente há décadas), além da efetiva representação institucional da coletividade, acumulando a cada dia a soma de importante massa associativa, não apenas às oriundas da receita da contribuição obrigatória, ganharão todos. O consultor aconselha que os integrantes da corporação sindical patronal devam voltar ao passado, recordando a fase que precedia a instituição do sindicato, que só se formalizava com a concessão da chamada “carta sindical”. Antes disso, havia a existência única e exclusivamente da associação civil. Somente após o cumprimento desse período, o Estado outorgava a carta sindical que transformava a associação em sindicato. E como viviam economicamente essas entidades? Exclusivamente das contribuições espontâneas dos associados. Obviamente, que as mais atuantes e representativas possuíam maior poderio institucional e pecuniário, como resultado do reconhecimento de seus filiados ao trabalho por ela desenvolvido. Por via de consequência, não padece nenhuma dúvida de que o sindicato do futuro, fruto do novo sindicalismo, terá idêntica conformidade com o da associação civil de outrora. Mas entre tantas entidades com problemas, o Sindisider é uma exceção, devido a mentalidade e atividades que executa diariamente, a exemplo, do seu estatuto, onde o presidente só poder ser reeleito uma única vez, ou seja, pode ficar no máximo quatro anos à frente do sindicato. Outro diferencial do Sindisider é o foco na prestação de serviços, demonstrando aos afiliados as vantagens de ter um representante com conhecimento do setor. Possui base de aproximadamente 8 mil empresas distribuidoras de produtos siderúrgicos, sendo que apenas 800 efetuam as contribuições patronais obrigatórias, entretanto, nem por isso, o Sindisider deixa de atender em todo o território nacional, inclusive demandas de empresas que não efetuam as contribuições. Na próxima edição, abordaremos a situação atual dos sindicatos laborais. Não perca! Serviço: Fernando Alves de Oliveira Consultor Sindical Patronal Instrutor/Palestrante (13) 3317-5040 / (13) 9604-4702 / (11) 8105-2750 Redução do ICMS Desde 2007, o Sindisider briga junto aos governos dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, para uma redução no ICMS. Hoje, paga-se 18%, e o objetivo é unificar este valor com os demais estados do Brasil para uma taxa de 12% Há aproximadamente três anos, o Sindisider solicita ao Governo Federal e Estadual, a redução e unificação do ICMS dos aços planos em todo e território nacional, para acabar de vez com a guerra fiscal no nosso setor. Somente no dia 10 de maio, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, esteve na Câmara dos Deputados para discutir o que ele chama de “a primeira fatia da proposta da reforma tributária”. É exatamente isso o que o Sindisider busca: os estados precisam ser beneficiados com os variados artifícios tributários, principalmente com a desoneração ou diminuição do ICMS, chegando as vezes a 90% sobre os produtos importados; consequentemente, gerando uma concorrência desleal com as empresas de outros estados, que não gozam do mesmo incentivo. Segundo Newton Roberto Longo, Diretor de Assuntos Trabalhistas do Sindisider, em uma economia de mercado como a do Brasil, a concorrência entre as empresas tem que ser feita pela qualidade dos produtos e serviços, profissionalismo e modernização do parque fabril, entre outros fatores; portanto, não usando de desigualdades tributárias. “Entendo que tal situação não é vantajosa para a própria indústria consumidora, pois ela faz a composição de custos com produtos teoricamente mais em conta, principalmente, os importados que, quando sofrem um revés, pela variação cambial ou pela reação positiva no mercado internacional, não mantém as mesmas condições de preços e fornecimento contínuo de suas matérias primas”, declarou Newton. O Sindisider já enviou vários estudos às Secretarias da Fazenda, do Comércio, da Indústria e do Desenvolvimento dos Estados de São Paulo e Minas Gerais, bem como ao Ministério da Fazenda, demonstrando que através da equalização e redução do ICMS para aços planos, favorecemos o mercado como um todo, e obviamente, dará condições ainda maiores para aumentar o consumo do produto. “A guerra dos portos” A conhecida batalha fiscal travada entre os portos estaduais é algo que preocupa bastante o Governo Federal. Trata-se de descontos de ICMS oferecidos por alguns estados portuários, que alegam o estímulo de desenvolvimento industrial, geração de renda, emprego, e indiretamente, maior arrecadação de impostos. Porém, essa medida é negativa para o desenvolvimento econômico e social do País. Os portos que adotaram os benefícios fiscais foram Paraná, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Tocantins. De acordo com dados da Fiesp – Federação das Indústrias de São Paulo –, entre 2001 e 2010, houve uma redução no crescimento do PIB – Produto Interno Bruto – em R$ 18,9 bilhões, o equivalente a 0,6%; além do desemprego de 771 mil pessoas. Se nenhuma providência for tomada, os prejuízos podem ser ainda maiores nos próximos dez anos: perda de 859 mil empregos e cerca de 0,7% do PIB. E é justamente por isso, que a presidente Dilma Roussef intervirá para o fim desta “guerra dos portos”. A ideia é propor aos estados algumas compensações financeiras, como por exemplo, obras do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Além disso, será discutida a unificação e simplificação de toda a legislação do imposto. A proposta do governo reduz a alíquota geral do ICMS nas operações interestaduais de 12% para 8% em 2012. Em 2013, cairia para 4%, ficando em 2% em 2014. Grupo de RH inicia estudos de Pesquisa Salarial Como parte das atividades objetivas do Grupo de Estudos de RH, foram dados os primeiros passos que iniciarão o projeto de Pesquisa Salarial das empresas distribuidoras de aço. O estudo, que já conta com mais de 15 empresas participantes, é uma importante ferramenta para a tomada de decisão de gestores e executivos. Até o momento, não existem pesquisas específicas para as empresas distribuidoras, o que dificulta na hora da contratação e leva as companhias a se basearem em análises feitas para outros setores ou promoverem estudos próprios. O início da pesquisa está previsto para o próximo mês de junho e as análises serão feitas com base em dados apontados pelos participantes do grupo, como cargos, salários, benefícios e/ou participação nos lucros e resultados, entre outros, que poderão espelhar o que está sendo praticado nas empresas no setor. Participe Inscreva sua empresa para participar deste estudo e obtenha uma ferramenta de importante auxílio na hora de contratar funcionários. As inscrições podem ser feitas com Silmara de Andrade pelo telefone (11) 2272-2121 ou e-mail [email protected]. Sucesso na implantação da Delegacia de Porto Alegre As atividades na Delegacia Regional em Porto Alegre (inaugurada em março passado) foram iniciadas com grande dinamismo. Como parte da agenda, o Sindisider, em parceria com a Associação do Aço do Rio Grande do Sul - AARS - promoveu, nos meses de abril e maio, o Workshop de Aplicabilidade do Aço. Ministrado pelo professor Orpheu Cairolli, consultor do Sindisider para o desenvolvimento de pessoas e negócios, o workshop aborda a história da metalurgia, passando pela ciência dos materiais até aplicabilidade dos aços. Os alunos aprendem sobre a aplicação do material por setor e estudam as principais normas técnicas. Inicialmente, o curso seria realizado em uma única edição, porém, devido a demanda, foram necessárias a abertura de mais duas datas para atender mais de 50 profissionais. As inscrições para a próxima turma, prevista para o mês de junho, já estão abertas.