Revista Brasileira do Aço
Ano 20 - Edição 131 - Maio 2011
Oportunidades no mercado
A venda de soluções prontas
dios, serão fornecidos cerca de 30% do
A competitividade está em alta, a
aço produzido internamente. Outros
concorrência entre as empresas chega
70% estarão destinados para infraa dar frio na barriga. Os olhos estão
sempre alerta a todos os aconteciestrutura.
mentos e o cérebro não pára de
O que sua empresa pode
raciocinar. O que fazer para não
oferecer às empreiteiras que
ficar para trás neste mercaassumiram a construção ou
do que está expelindo como
reforma de um estádio, rodoum vulcão? Quando as ideias
via, aeroporto, hotel, hospital,
parecem estar escassas e as
pontos turísticos etc? E o saoportunidades se findarem...
neamento básico, a energia,
Fique atento, você pode eso trânsito, a segurança? Será
tar cansado, pois no Brasil a
que não vale a pena uma
palavra “fim” não existe.
ampliação na sua oferta de
Há lugar para todo munprodutos, para participar desdo, desde que a frase “inte desenvolvimento que tanto
teligência competitiva” seja
promete alavancar a economia
colocada em prática. Esqueça
brasileira?
o “comodismo”... Crie, renove,
Com informações integramas é claro, sem perder o foco
das e decisões mais apuradas,
daquilo que você exerce.
todos os setores envolvidos po A Copa do Mundo é a realidade
dem se planejar com antecedência e
mais debatida nestes últimos tempos.
agirem de forma a contabilizar muitos
Este grande evento, seguido dos Jogos
ganhos. Basta observar o dia a dia de uma
Olímpicos, movimentará todos os setores do
cidade, identificar as necessidades, e perceber
Há lugar
País, e muito se fala das oportunidades
onde sua empresa pode ajudar. A tecnopara
todo
mundo,
desde
que vêem ‘casadas’ com ambos. E
logia está a nosso favor, e por isso,
que a frase “inteligência competivocê, se preparou para conquistar
podemos agir em tempo real.
tiva” seja colocada em prática. Esqueça o a sua fatia neste mercado?
Em outras palavras, o dis“comodismo”...
Crie,
renove,
mas
é
claro,
A partir desta edição, a Revista
tribuidor ganhará espaço quansem perder o foco daquilo que
do Aço, através do Inda, estimulará
do participar da venda do produto
você exerce.
ações que podem ser executadas a fim
pronto. Então, pense: onde você se ende despertar o interesse do setor. Para esses
caixa? Ou então, o que você pode fazer para
eventos, esqueçamos a venda do aço bruto, isso ficará a cargo entrar nesta “briga”?
das usinas. Temos que pensar em soluções prontas, desenvol- Na próxima edição, traremos algumas dicas para colaborar
ver novas competências. Somente para a construção de está- na abertura de novos horizontes.
Ponto de vista 02
Ponto de vista
A partir desta edição, abrimos espaço para os executivos do mercado de distribuição
de aço expor opiniões e expectativas em relação ao setor. O objetivo é trocar ideias e
enriquecer nosso conteúdo noticioso
José Eustáquio de Lima, diretor executivo Comercial Gerdau
“A distribuição de aço
no Brasil vive um momento bastante positivo, com o
crescimento da demanda
por meio da melhoria do poder aquisitivo. Isso gera maior
volume de obras de autoconstrutrores, edificações
comerciais e produção de bens de consumo. As
grandes obras de infraestrutura e o abastecimento
de indústrias de máquinas e equipamentos (que
são atendidas direto por usinas), também representam grandes oportunidades devido à agilidade
no atendimento e à disponibilidade imediata de
produtos por parte da distribuição.
A procura por aço no Brasil apresentou no ano
passado, um desempenho positivo. Em 2011, a
economia já alcança indicadores macroeconômicos superiores aos de 2008, e o consumo de aço
mostra resultados superiores se comparado com
o mesmo período de anos anteriores. A expectativa para esse ano é bastante positiva!
As estimativas de mercado indicam que o consumo interno no Brasil em 2011, deve seguir crescendo. Segundo estatísticas do Instituto Aço Brasil,
o consumo de aço no País deverá evoluir para 28
milhões de toneladas em 2011, um crescimento
de 6% em relação a 2010. Frente a esse cenário, a
Gerdau, por meio da Comercial Gerdau e de suas
demais operações, está plenamente capacitada
para atender a expansão da demanda brasileira,
considerando os investimentos já realizados e os
projetos programados para os próximos anos.
Curtas
Juresa: tradição e dedicação
Nesta edição, o Inda parabeniza a Juresa
Industrial de Ferro Ltda. Fundada em maio de
1954, a empresa comemora 57 anos de existência, sendo reconhecida como uma das maiores
distribuidoras de aço no Brasil.
Atualmente, sob a direção de André Zinn, a Juresa possui a certificação ISO 9001/2000, e está
presente nas cidades de Americana, Cabreúva, Ribeirão Preto, São Paulo e Santa Bárbara D’Oeste,
no estado de São Paulo, e em Itajaí, Santa Catarina.
Inspection volta ao quadro associativo do Inda
Expediente
No mês de abril, a empresa Inspection Comércios e Serviços S/A voltou a fazer parte do
quadro de associados do Inda, na categoria de
sócio especial.
Fundada em 1998, a empresa, controlada
pela Cisa Trading, atua na distribuição de produtos siderúrgicos e de não-ferrosos. Dentre os
principais itens estão os aços planos, laminados a
quente e a frio, aços galvanizados, alu-zinc, entre
outros.
A Inspection localiza-se na cidade de Cariacica,
no Espírito Santo, e possui filiais em Joinville, SC, e
São Paulo, SP.
Para maiores informações acesse www.inda.org.br
Diretoria Executiva
Presidente Carlos Jorge Loureiro
Vice-presidente José Eustáquio de Lima
Diretor administrativo e financeiro Miguel Jorge Locatelli
Diretor para assuntos extraordinários Heuler de Almeida
Conselho Diretor Alberto Piñera Graña, Carlos Henrique Stella
Rotella, Philippe Jean Marie Ormancey, Ronei Kilzer Gomes,
Newton Roberto Longo
Superintendente Gilson Santos Bertozzo
Revista Brasileira do Aço 11 2272-2121 [email protected]
Editora Isis Moretti (Mtb 36.471) [email protected]
Redação e Revisão Silmara de Andrade
Projeto gráfico, diagramação e editoração www.criatura.com.br
Impressão Neoband
Distribuição exclusiva para Associados ao Inda. Os artigos e
opiniões publicados não refletem necessariamente a opinião
da revista Brasileira do Aço e são de inteira responsabilidade
de seus autores.
INDA - Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço - pág. 7
03 Curtas
Klöckner & Co chega ao Brasil por
intermédio da Frefer
A alemã Klöckner & Co anunciou a compra
majoritária de 70% do grupo Frefer Metal Plus
(composto pela Frefer Metal Plus, Rede Metal
Plus, Frefer Metal Plus Estruturas Metálicas, além
da holding BRZ Steel). Considerada a terceira
maior distribuidora de metal e aço independente do Brasil, movimentou em 2010, R$ 340
milhões em volume de vendas líquidas. Possui
cerca de 360 funcionários em 14 locais
do Brasil, e no ano
passado, superou o
crescimento do mercado. A margem da
companhia é superior
a meta média do grupo, atualmente, em
6%, que é alvo para
aquisições.
O negócio faz parte das ações de estratégia “Klöckner & Co 2020”,
na qual a marca prevê entrada nos mercados
emergentes. Parte do valor da aquisição foi realizada por meio de um aumento de capital do
Grupo Frefer, e, portanto, mais recursos estarão
disponíveis para a expansão da empresa. O atual
executivo da firma, Christiano Freire, permanece
com 30%, e será o CEO da nova empresa no
Brasil pelos próximos anos.
Gisbert Rühl, Presidente do Conselho Executivo da Klöckner & Co disse que este é o primeiro
apoio no mercado emergente da América do Sul.
“Demos mais um passo na implementação de
nossas estratégias, após a aquisição da Macsteel
EUA, há poucos dias. Nosso objetivo é prosseguir
com o forte crescimento do consumo de aço na
região e nos colocar
em uma posição melhor para equilibrar as
diversas faces do mercado mundial. A atuação no mercado brasileiro é extremamente
atraente”, falou.
A Klöckner & Co é
a maior produtora e
distribuidora independente de aço e produtos de metal, e também uma das principais distribuidoras e centro de serviços nos mercados europeu e norte americanos, juntos. Mais de 170 mil
clientes são abastecidos por 280 locais, e 10.900
empresados em 15 países da Europa e América
do Norte. A empresa teve vendas de 5,2 bilhões
em 2010.
Para saber mais, acesse www.kloeckner.de/en
Homenagem
Completou em maio, 30
dias do falecimento de Rinaldo
Campos Soares. Infelizmente,
não foi possível fazer uma homenagem a esse grande executivo em nossa edição passada,
pois a notícia chegou após o
fechamento.
Rinaldo faleceu no dia
21 de abril, em Belo Horizonte, MG, com falência múltipla
dos órgãos, decorrente da luta
contra um câncer no rim. Engenheiro metalurgista, nascido
na cidade de Divinópolis, MG,
ele contribuiu por mais de 30
anos para a siderurgia nacional, atuando em boa
parte de sua vida na empresa Usiminas, onde
ingressou como assessor do departamento de
engenharia industrial, em 1971,
e se desligou em 2008, como
diretor-presidente.
Graças à competente administração de Rinaldo, a Usiminas
se expandiu e tornou-se um
dos maiores conglomerados da
siderurgia brasileira. “O setor
deve muito a ele, principalmente a Usiminas”, salientou Carlos
Loureiro, presidente do Inda. O
executivo também presidiu, por
duas vezes, o Instituto Brasileiro
de Siderurgia (IBS), atual Instituto Aço Brasil.
É com grande pesar que nos
despedimos desse ilustre homem, que certamente
será lembrado não só por este Instituto, mas também pelos funcionários e empresários do setor.
Alerta 04
Os conflitos de gerações
As novas gerações mostram as diferenças de cultura e vivência entre os profissionais que atuam no mercado.
As distintas visões da geração X (sem tecnologia) e a Y (com tecnologia), demonstram que enquanto uma
(X) coloca a carreira em primeiro plano, a outra (Y) no início de carreira, quer especialmente equilibrar a
vida pessoal e a profissional
O velho e o novo constituem hoje, o atual mercado de trabalho. As gerações se misturam, os velhos problemas continuam e somam-se com os novos problemas. Encontrar a solução
para isso torna-se um grande conflito de atitudes, costumes e
valores. Mas se vale uma dica, quando houver um encontro de
gerações, é necessário desenvolver um clima de cooperação
organizacional e envolvê-las de forma que uma esteja preparada para respeitar as diferenças existentes, e aprender uma
com a outra; afinal, há muito conhecimento para ser trocado,
cada um à sua realidade.
O desafio não está somente na diferença de idade, mas
também na forma como cada geração encara o mundo, e conecta-se a ele. O choque acontece na maneira como tais gerações se relacionam com a sociedade onde
está inserida.
A humanidade tem sido observada e é
alvo de grandes e complexas pesquisas; as
gerações foram definidas como X, Y e Z, e
precisam ser percebidas por aqueles que
pretendem ser relevantes no novo século.
A X é preocupada com o conhecimento, experiência e foco; o trabalho traz status e realização; a Y associa a carreira com
afirmação da maturidade, e faz “mil coisas
ao mesmo tempo” ; e a mais recente, a Z,
julga que o trabalho é um mal necessário.
É uma das mais individualistas, e vive em
torno da tecnologia, contatos e compromissos. Para essa geração, os resultados precisam ser imediatos.
O Professor Dado Schneider, pesquisador e palestrante
nacional, desenvolveu um material que explica as mudanças
drásticas entre os séculos 20 e 21, destacando os motivos de
uma geração formada com os valores do século passado, em
ter que lidar com os complexos desafios do século atual. Para
tal, ele trouxe a teoria para a prática, e levou a experiência
prática para confrontá-la com a teoria.
Desta forma, o professor define as três gerações:
X: pessoas nascidas entre 1964 e 1980, cumpridores de
regras, não fazem “corpo mole”, gostam do trabalho pesado e
já têm uma certa dificuldade em acompanhar as mudanças.
Y: pessoas nascidas entre 1981 e 1995, que trazem características de impaciência, multitarefa, ambiciosos e excelentes negociadores. São semelhantes em muitos pontos, se
comparadas com a nova geração, a Z.
Z: essa geração é de “outra galáxia”, megadigitalizada,
hiperativa, superdotada e uma grande incógnita quando começar a comprar com seu dinheiro e entrar de vez no mercado de trabalho.
Schneider é contratado para explicar aos gestores da X
sobre a geração Y, e vice versa. “Há um conflito de comportamento e isso tende a aumentar. É uma ‘pororoca cultural’, e
ao contrário de ficarem em lados opostos, as duas gerações
deveriam colaborar entre si, principalmente, porque vem aí a
geração Z, para dividir o espaço de trabalho. E aí sim, será uma
revolução”, salientou.
De acordo com o professor, o mundo é muito mais complexo do que ensinaram na família e nas
escolas. Existe uma movimentação gigantesca entre faixas etárias e classes sociais
no Brasil, e o consumo e as relações de
trabalho mudaram mais nos últimos cinco
anos, que nos últimos 20. “Tem gente que
sairá do mercado, sem nunca ter entendido
por quê. E logo”, declarou Schneider.
É preciso aceitar algumas imposições para não “morrer na praia”. Na opinião
do professor, será muito difícil a geração
Y adaptar-se a X. É mais fácil o contrário
acontecer. “Infelizmente é assim; quando
jovens, tivemos que nos adaptar aos mais
velhos, agora, teremos que nos adequar
aos mais jovens”, aconselhou.
Quando palestra para a geração Y,
Schneider alerta que as gerações mais velhas são mais cultas, embora, analógicas.
E a geração mais jovem é extremamente mais digitalizada. A
geração Y não é tão culta como a anterior, e nem tão moderna
como a seguinte. “Como provocação, pode-se se dizer que a
X, que hoje está no poder, vá para o Conselho de Administração, e também, que a geração Z, gere futuros detentores do
poder, dirigente e CEO. O pior é que a Y poderá nunca assumir
o poder”, encerrou.
Conciliar a experiência dos veteranos com o ímpeto inovador dos jovens profissionais é um dos grandes desafios da
gestão de pessoas no universo corporativo na atualidade.
Serviço:
Dado Schneider
(51) 8144-4314
www.dado4314.com.br
[email protected]
www.twitter.com/dado4314
05 Realidade
O sindicalismo da atualidade
O sindicalismo no Brasil sofre grande atraso, e parece viver no marasmo. O que
acontece com os sindicatos nacionais? Para qual caminho estão seguindo?
No Brasil, o sindicalismo surgiu no final dos anos 1930,
sendo implantado de forma oficial em 1943, no cognominado
Estado Novo (época de Getúlio Vargas) através do Decreto-Lei
5.452, que promulgou a Consolidação das Leis Trabalho (CLT),
onde até os dias atuais estão inscritas não só a legislação trabalhista, como também a sindical. Existem dois tipos de sindicatos:
o formado por trabalhadores (laboral) e os agentes econômicos
(patronal), valendo notar que a legislação é única para ambos.
É dever do sindicato representar, perante as autoridades
administrativas e judiciárias, os interesses gerais da respectiva
categoria ou profissão liberal, ou os interesses individuais dos
associados relativos à atividade ou profissão exercida; celebrar
contratos coletivos de trabalho; eleger ou designar os representantes da respectiva categoria; colaborar com o Estado, como
órgãos técnicos e consultivos no estudo de
solução dos problemas que se relacionam à
sua classe; e impor contribuições a todos os
associados representados.
Segundo o Consultor Sindical Patronal,
Fernando Alves de Oliveira (ex-executivo de
entidades, com mais de quatro décadas de
experiência no setor patronal), o sindicalismo
é uma legislação de 70 décadas, que não recebeu qualquer revitalização, e consequentemente, está velho, antiquado e absolutamente
incompatível com o tempo contemporâneo das
relações do trabalho. “O sindicalismo nacional
há muito padece de uma crise de identidade,
especialmente após outubro de 1988, na promulgação da Constituição vigente, que serviu
de starter ao padecimento de ordem estrutural que conduziram à
asfixia de seu financiamento”, declarou Oliveira.
O consultor esclarece que a crise de inadimplência passou a
assolar a área patronal, devido a dificuldade de captação de recursos, e que a saúde financeira dos laborais só é melhor, por conta
da prescrição da legislação que obriga o empregador a recolher
de seus funcionários a contribuição e repassá-la ao sindicato. “Se
ficasse o pagamento à vontade do empregado, já teria explodido
outra crise, que levaria a ruína dessas entidades”, afirmou.
Oliveira apontou que tal situação é determinada pela despreocupação, no passado, de um trabalho institucional mais
aprimorado de conquistas comuns à categoria, e do exagerado
continuísmo de sua diretoria. “Diversos sindicatos tem o mesmo
presidente e diretoria há anos”. Antigamente, lutar por conquistas,
prestar serviços, angariar associados espontâneos (os chamados
sindicalizados), que além da contribuição obrigatória, pagavam
também a mensalidade associativa, era mera opção. Nos dias
atuais, de absoluta necessidade.
Oliveira defende que diante do quadro atual e com indispensável trabalho de novas e importantes conquistas de interesse comum da coletividade, da visão de gestão interativa voltada da base para a cúpula (e não o inverso, como prevalecente
há décadas), além da efetiva representação institucional da coletividade, acumulando a cada dia a soma de importante massa
associativa, não apenas às oriundas da receita da contribuição
obrigatória, ganharão todos.
O consultor aconselha que os integrantes da corporação
sindical patronal devam voltar ao passado, recordando a fase
que precedia a instituição do sindicato, que só se formalizava
com a concessão da chamada “carta sindical”. Antes disso, havia
a existência única e exclusivamente da associação civil. Somente após o cumprimento desse período, o Estado outorgava a
carta sindical que transformava a associação
em sindicato. E como viviam economicamente essas entidades? Exclusivamente das contribuições espontâneas dos associados. Obviamente, que as mais atuantes e representativas
possuíam maior poderio institucional e pecuniário, como resultado do reconhecimento de
seus filiados ao trabalho por ela desenvolvido.
Por via de consequência, não padece nenhuma dúvida de que o sindicato do futuro, fruto
do novo sindicalismo, terá idêntica conformidade com o da associação civil de outrora.
Mas entre tantas entidades com problemas, o Sindisider é uma exceção, devido
a mentalidade e atividades que executa diariamente, a exemplo, do seu estatuto, onde o
presidente só poder ser reeleito uma única vez, ou seja, pode
ficar no máximo quatro anos à frente do sindicato.
Outro diferencial do Sindisider é o foco na prestação de
serviços, demonstrando aos afiliados as vantagens de ter um
representante com conhecimento do setor. Possui base de
aproximadamente 8 mil empresas distribuidoras de produtos
siderúrgicos, sendo que apenas 800 efetuam as contribuições
patronais obrigatórias, entretanto, nem por isso, o Sindisider deixa de atender em todo o território nacional, inclusive demandas
de empresas que não efetuam as contribuições.
Na próxima edição, abordaremos a situação atual dos sindicatos laborais. Não perca!
Serviço:
Fernando Alves de Oliveira
Consultor Sindical Patronal
Instrutor/Palestrante
(13) 3317-5040 / (13) 9604-4702 / (11) 8105-2750
Redução do ICMS
Desde 2007, o Sindisider briga junto aos governos dos Estados de São Paulo e Minas
Gerais, para uma redução no ICMS. Hoje, paga-se 18%, e o objetivo é unificar este valor
com os demais estados do Brasil para uma taxa de 12%
Há aproximadamente três anos, o Sindisider
solicita ao Governo Federal e Estadual, a redução e unificação do ICMS dos aços planos em
todo e território nacional, para acabar de vez
com a guerra fiscal no nosso setor.
Somente no dia 10 de maio, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa,
esteve na Câmara dos Deputados para discutir o
que ele chama de “a primeira fatia da proposta
da reforma tributária”.
É exatamente isso o
que o Sindisider busca: os
estados precisam ser beneficiados com os variados
artifícios tributários, principalmente com a desoneração ou diminuição do
ICMS, chegando as vezes
a 90% sobre os produtos
importados; consequentemente, gerando uma
concorrência desleal com
as empresas de outros estados, que não gozam do
mesmo incentivo.
Segundo Newton Roberto Longo, Diretor
de Assuntos Trabalhistas do Sindisider, em uma
economia de mercado como a do Brasil, a concorrência entre as empresas tem que ser feita
pela qualidade dos produtos e serviços, profissionalismo e modernização do parque fabril,
entre outros fatores; portanto, não usando de
desigualdades tributárias. “Entendo que tal situação não é vantajosa para a própria indústria
consumidora, pois ela faz a composição de custos com produtos teoricamente mais em conta,
principalmente, os importados que, quando sofrem um revés, pela variação cambial ou pela
reação positiva no mercado internacional, não
mantém as mesmas condições de preços e fornecimento contínuo de suas matérias primas”,
declarou Newton.
O Sindisider já enviou vários estudos às
Secretarias da Fazenda, do Comércio, da Indústria e do Desenvolvimento dos Estados de São
Paulo e Minas Gerais, bem como ao Ministério da Fazenda, demonstrando que através da
equalização e redução do ICMS para aços planos, favorecemos o mercado como um todo, e
obviamente, dará condições ainda maiores para
aumentar o consumo do produto.
“A guerra dos portos”
A conhecida batalha fiscal travada entre os
portos estaduais é algo que preocupa bastante o Governo Federal. Trata-se de descontos
de ICMS oferecidos por
alguns estados portuários,
que alegam o estímulo
de desenvolvimento industrial, geração de renda,
emprego, e indiretamente, maior arrecadação de
impostos. Porém, essa
medida é negativa para o
desenvolvimento econômico e social do País. Os
portos que adotaram os
benefícios fiscais foram
Paraná, Santa Catarina,
Goiás, Mato Grosso do
Sul, Pernambuco, Alagoas,
Sergipe e Tocantins.
De acordo com dados da Fiesp – Federação das Indústrias de São Paulo –, entre 2001
e 2010, houve uma redução no crescimento do
PIB – Produto Interno Bruto – em R$ 18,9 bilhões, o equivalente a 0,6%; além do desemprego de 771 mil pessoas.
Se nenhuma providência for tomada, os
prejuízos podem ser ainda maiores nos próximos dez anos: perda de 859 mil empregos e
cerca de 0,7% do PIB. E é justamente por isso,
que a presidente Dilma Roussef intervirá para o
fim desta “guerra dos portos”.
A ideia é propor aos estados algumas compensações financeiras, como por exemplo, obras
do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento. Além disso, será discutida a unificação
e simplificação de toda a legislação do imposto.
A proposta do governo reduz a alíquota geral
do ICMS nas operações interestaduais de 12%
para 8% em 2012. Em 2013, cairia para 4%,
ficando em 2% em 2014.
Grupo de RH inicia estudos de Pesquisa Salarial
Como parte das atividades objetivas do Grupo de Estudos de RH, foram dados os primeiros
passos que iniciarão o projeto de Pesquisa Salarial das empresas distribuidoras de aço. O estudo, que já conta com mais de 15 empresas
participantes, é uma importante ferramenta para
a tomada de decisão de gestores e executivos.
Até o momento, não existem pesquisas específicas para as empresas distribuidoras, o que
dificulta na hora da contratação e leva as companhias a se basearem em análises feitas para
outros setores ou promoverem estudos próprios.
O início da pesquisa está previsto para o próximo
mês de junho e as análises serão feitas com base em
dados apontados pelos participantes do grupo, como
cargos, salários, benefícios e/ou participação nos lucros e resultados, entre outros, que poderão espelhar
o que está sendo praticado nas empresas no setor.
Participe
Inscreva sua empresa para participar deste estudo e obtenha uma ferramenta de importante auxílio
na hora de contratar funcionários. As inscrições podem ser feitas com Silmara de Andrade pelo telefone (11) 2272-2121 ou e-mail [email protected].
Sucesso na implantação da Delegacia de Porto Alegre
As atividades na Delegacia Regional em Porto
Alegre (inaugurada em março passado) foram iniciadas com grande dinamismo. Como parte da agenda,
o Sindisider, em parceria com a Associação do Aço do
Rio Grande do Sul - AARS - promoveu, nos meses de
abril e maio, o Workshop de Aplicabilidade do Aço.
Ministrado pelo professor Orpheu Cairolli, consultor do Sindisider para o desenvolvimento de
pessoas e negócios, o workshop aborda a história
da metalurgia, passando pela ciência dos materiais
até aplicabilidade dos aços. Os alunos aprendem
sobre a aplicação do material por setor e estudam
as principais normas técnicas.
Inicialmente, o curso seria realizado em uma
única edição, porém, devido a demanda, foram necessárias a abertura de mais duas datas para atender
mais de 50 profissionais. As inscrições para a próxima
turma, prevista para o mês de junho, já estão abertas.
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