Resultados da 128ª Pesquisa CNT/MDA
Brasília, 21/07/2015
A 128ª Pesquisa CNT/MDA, realizada de 12 a 16 de julho de 2015 e divulgada
pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostra a avaliação dos índices de
popularidade do governo e pessoal da presidente Dilma Rousseff.
Aborda também a expectativa da população sobre emprego, renda, saúde,
educação e segurança pública. Os entrevistados foram questionados sobre política,
eleições, Operação Lava Jato e outros assuntos.
Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades
Federativas, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais com 95%
de nível de confiança.
 AVALIAÇÃO DO GOVERNO
 DESEMPENHO PESSOAL DA PRESIDENTE
FEDERAL: A avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff é positiva para
7,7% dos entrevistados, contra 70,9% de avaliação negativa. A aprovação do
desempenho pessoal da presidente atinge 15,3%, contra 79,9% de desaprovação.
ESTADUAL: 3,4% avaliam o governador de seu Estado como ótimo. 21,9% como
bom, 40,5% como regular, 11,9% como ruim e 15,4% como péssimo.
MUNICIPAL: 5,9% avaliam o prefeito de sua cidade como ótimo. 23,3% como bom,
31,5% como regular, 11,8% como ruim e 26,0% como péssimo.
 EXPECTATIVA (para os próximos 6 meses)
Emprego: vai melhorar: 15,0%, vai piorar: 55,5%, vai ficar igual: 27,5%
Renda mensal: vai aumentar: 13,8%, vai diminuir: 33,7%, vai ficar igual: 50,2%
Saúde: vai melhorar: 13,6%, vai piorar: 47,5%, vai ficar igual: 37,1%
Educação: vai melhorar: 15,1%, vai piorar: 41,0%, vai ficar igual: 42,1%
Segurança pública: vai melhorar: 12,9%, vai piorar: 46,2%, vai ficar igual: 39,2%
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CONJUNTURAIS
 ELEIÇÃO PRESIDENCIAL 2018
1º turno: Intenção de voto estimulada para presidente, caso a eleição fosse hoje
CENÁRIO 1: Aécio Neves 35,1%, Lula 22,8%, Marina Silva 15,6%,
Jair Bolsonaro 4,6%
CENÁRIO 2: Lula 24,9%, Marina Silva 23,1%, Geraldo Alckmin 21,5%,
Jair Bolsonaro 5,1%
CENÁRIO 3: Lula 25,0%, Marina Silva 23,3%, José Serra 21,2%,
Jair Bolsonaro 5,5%
2º turno: Intenção de voto estimulada para presidente, caso a eleição fosse hoje
CENÁRIO 1: Aécio Neves 49,6%, Lula 28,5%
CENÁRIO 2: Geraldo Alckmin 39,9%, Lula 32,3%
CENÁRIO 3: José Serra 40,3%, Lula 31,8%
Dilma e Aécio: 44,8% acreditam que se Aécio Neves tivesse vencido a eleição, o
governo dele estaria melhor do que o da presidente Dilma Rousseff. Para 36,5%, estaria
igual. 10,9% consideram que estaria pior.
 LAVA JATO E CORRUPÇÃO
Responsabilidade: 78,3% têm acompanhado ou ouviram falar das investigações que
envolvem a Petrobras. Sendo que dentro desse grupo: 69,2% consideram que a
presidente Dilma é culpada pela corrupção que está sendo investigada e 65,0% acham
que o ex-presidente Lula é culpado.
Ainda em relação aos que acompanham ou já ouviram falar, 40,4% consideram que o
maior culpado na operação Lava Jato é o governo, seguido de partidos políticos
(34,4%), diretores ou funcionários da empresa (14,2%), construtoras (3,5%).
Denúncias e punição: Entre os que acompanham ou ouviram falar das denúncias da
Lava Jato, 67,1% não acreditam que os envolvidos em corrupção serão punidos. 86,8%
consideram que as denúncias são prejudiciais para a economia do país. 52,5%
acreditam que o governo federal não será capaz de combater a corrupção na Petrobras.
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Prisões e investigação: Para 90,2% que acompanham ou já ouviram falar, não está
ocorrendo exagero em relação às prisões. 37,3% disseram saber o que é delação
premiada e, entre grupo, 52,8% são a favor da delação premiada nas investigações da
Lava Jato.
Corrupção: 53,4% avaliam que a corrupção é um dos principais problemas do país.
Para 37,1%, a corrupção é o principal problema. 7,8% consideram que a corrupção é
um problema, porém não está entre os principais.
 POLÍTICA, ECONOMIA E CRISE
Impeachment: 62,8% são a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff e
32,1% são contra. Para os que são favoráveis ao impeachment, 26,8% citaram as
irregularidades nas prestações de contas do Governo (pedaladas fiscais); 25,0%, a
corrupção na Petrobras; 14,2%, irregularidades nas contas da campanha para Presidente
em 2014 e 44,6% consideram os três motivos como justificativa para o impeachment.
Desemprego: 50,0% temem ficar desempregados pelo desaquecimento da economia
brasileira. 69,9% conhecem alguém que ficou desempregado nos últimos seis meses.
51,0% não aceitariam redução salarial para manter o emprego.
Crise: Para 61,7%, em três anos ou mais será possível resolver a crise em que o país se
encontra. 84,6% consideram que a presidente Dilma Rousseff não está sabendo lidar
com a crise econômica. Para 61,5%, os cortes fiscais não ajudam a economia. 60,4%
consideram que a crise mais grave atualmente é a econômica e 36,2% consideram que
é a crise política.
Reeleição: 67,5% são a favor do fim da reeleição para cargos eletivos públicos.
Doação para campanhas: 78,1% são contra doações de empresas para campanhas
políticas.
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 CUSTO DE VIDA
Para 75,9%, em 2015, o custo de vida vai aumentar ou aumentar muito. 18,7%
consideram que vai ficar igual. 86,9% disseram que reduziram muito ou
moderadamente as suas despesas por causa da atual situação econômica.
 CONTAS ATRASADAS
53,9% têm alguma dívida vencida ou a vencer. Entre esses que possuem dívidas
vencidas ou a vencer, para 47,5% o valor é até R$ 1.000. E para 23,3%, o valor vai de
R$ 1.001 a R$ 2.000.
28,2% possuem alguma conta ou prestação em atraso. Entre eles, as mais comuns são:
cartão de crédito (42,1%), crediário em loja (24,2%), luz (23,7%), água (15,4%),
telefone (11,0%), veículo (8,7%), aluguel (7,3%), casa própria (3,0%), plano de saúde
(1,8%), mensalidade escolar (1,2%).
 PREVIDÊNCIA
Como se preparou para a aposentadoria em relação à renda: aposentadoria oficial –
INSS (60,0%), aposentadoria privada, (5,1%), renda proveniente de empresa ou
negócio próprio (3,3%). 26,2% não se preparam ou não se prepararam. 49,5%
acreditam que o INSS pagará os benefícios de sua aposentadoria.
 MAIORIDADE PENAL E VIOLÊNCIA
A favor ou contra: 70,1% são a favor da redução de 18 para 16 anos para qualquer
tipo de crime. 18,0% são a favor somente para crimes mais graves, como homicídio ou
latrocínio (roubo seguido de morte). 10,2% não são a favor em hipótese nenhuma.
Redução da violência: 40,2% acreditam que a redução da maioridade penal
contribuirá parcialmente para reduzir a violência no país. 37,4% consideram que
reduzirá muito. E 20,6% acham que não reduzirá. Para 92,6%, o fato de o menor saber
que não pode ser preso facilita o cometimento de crimes.
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Medidas mais adequadas para reduzir violência: investimento em educação de
crianças e adolescentes: 68,3%, policiamento nas cidades: 36,8%, redução da
maioridade penal de 18 para 16 anos: 34,9%, mais investigação dos crimes e prisão dos
culpados: 26,4%, construção de presídios: 10,6%.
 AVALIAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES
Confiança nas instituições
Igreja: 43,0% confiam sempre e 11,7% não confiam nunca
Forças Armadas: 19,2% confiam sempre e 17,2% não confiam nunca
Imprensa: 13,2% confiam sempre e 21,2% não confiam nunca
Justiça: 10,5% confiam sempre e 24,8% não confiam nunca
Polícia: 8,9% confiam sempre e 23,5% não confiam nunca
Governo: 2,0% confiam sempre e 56,2% não confiam nunca
Congresso Nacional: 1,6% confia sempre e 51,6% não confiam nunca
Partidos políticos: 1,0% confia sempre e 73,4% não confiam nunca
Instituição que mais confia:
1º - Igreja (53,5%)
2º - Forças Armadas (15,5%)
3º - Justiça (10,1%)
4º - Polícia (5,0%)
5º - Imprensa (4,8%)
6º - Governo (1,1%)
7º - Congresso Nacional (0,8%)
8º - Partidos políticos (0,1%)
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CONCLUSÃO
A 128ª Pesquisa CNT MDA mostra resultados muito negativos
para a presidente Dilma Rousseff em todas as variáveis pesquisadas. A
avaliação da atuação do seu Governo e o índice de aprovação pessoal
atingem os piores níveis da série histórica das pesquisas de opinião da
CNT, desde julho de 1998 (8,0% para Fernando Henrique Cardoso em
setembro de 1999).
Na avaliação da CNT, a conclusão final da pesquisa mostra uma
elevação do pessimismo do brasileiro em consequência da alta do custo
de vida, do aumento da inflação, do crescimento do desemprego e da
forte percepção sobre a corrupção e a incapacidade do governo em
resolvê-la.
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Resumo dos dados