Edição
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EDIÇÃO 268 - ANO 7 - 25 DE OUTUBRO DE 2013
Presidente do ICMBio participa de
Congresso de Jornalismo Ambiental
NGI Mambaí comemora estratégia
de parcerias bem-sucedidas
Projeto avaliará mudanças climáticas
e serviços ambientais
Encerrado momento presencial
do 4º Ciclo de Gestão Participativa
UERJ lança Guia sobre
Parque Nacional da Tijuca
Portaria fixa metas institucionais
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ICMBio em Foco
Sandra Tavares
Vizentin participa do V Congresso
de Jornalismo Ambiental
dade”; o secretário de Defesa Civil do DF, coronel Luiz Ribeiro, que tratou da “Ocupação desordenada e desastres naturais”; e a consultora
em Mudanças Sustentáveis, Alexandra Reschke,
que falou sobre “Gestão Territorial - interesses
e desafios”.
Aldo Paviani deu ênfase à ocupação de Brasília,
que, mesmo sendo uma cidade planejada, enfrenta problemas estruturantes, a exemplo do
adensamento urbano nas cidades satélites e dos
problemas de transporte público com ônibus e
metrô. A verticalização de cidades como Águas
Claras foi outro exemplo citado pelo geógrafo.
Presidente durante painel sobre ocupação territorial
e bem-estar social
O presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, participou na manhã da última sexta-feira, no Centro Universitário de Brasília - Uniceub, do painel
“O bem-estar social e o uso/ocupação do território”, parte da programação do V Congresso
de Jornalismo Ambiental, promovido pela Rede
Brasileira de Jornalismo Ambiental - RBJA.
Vizentin falou sobre “Gestão e planejamento
territorial no Brasil”, com moderação feita pelo
jornalista da RBJA e da Globo News, André Trigueiro. Participaram também do painel o geógrafo da UnB, Aldo Paviani, que falou sobre
“Ocupação urbana, crescimento e sustentabili-
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O coronel Luiz Ribeiro explanou de forma simples e objetiva sobre como os grandes acidentes
que são fruto da ocupação desordenada do solo
acontecem e como, no caso de Brasília, os avanços históricos sobre o território têm se dado nas
áreas mais sensíveis, próximo a áreas de preservação, como margens de rios e córregos.
Já a consultora Alexandra Reschke usou o exemplo histórico da abolição da escravatura para
destacar que assim como os escravos, à época,
não tinham para onde ir e muitos ficavam pelas ruas vendendo sua mão de obra a preços
baixíssimos, a questão do território ainda é um
impasse, quando se pensa que as áreas são planejadas tendo como premissa os interesses de
grandes grupos econômicos ou sociais.
“A quem interessou a abolição naquela época?
E a quem interessa a gestão dos espaços hoje?
Nesse sentido é preciso assumirmos nosso ativismo político, tendo conhecimento de nós mesmos para que tenhamos um dia uma sociedade
mais responsável por suas escolhas”, destacou Alexandra. Reforçando esse pensamento, o presidente
do ICMBio levantou um grande questionamento:
“O Brasil tem de fato uma política de planejamento
territorial?”. Para ele, se cada cidadão não percebe
esse planejamento na escala regional ou local, em
suas cidades, que dirá em escala nacional, no amplo
território brasileiro. “E mesmo que essa política de
planejamento existisse, de quem seria a competência de conduzí-la?”, frisou.
Vizentin levou o público à reflexão de que o Brasil
precisa desenhar uma proposta de gestão do território que não seja fruto de uma visão fragmentada, com foco em modelos específicos de desenvolvimento. “Temos que ser ativos nesse processo de
construção de modelo que leve a sustentabilidade e
o bem-estar social para dentro do debate. Este tem
sido o grande desafio da área ambiental”, destacou
nosso presidente para o público formado por estu-
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dantes e assessores de comunicação especializados em meio ambiente.
Segundo dados da Organização Mundial
do Comércio - OMC e da Food and Agricultura Organization - FAO, citados por Vizentin, em breve a população do planeta
será de nove bilhões de pessoas e será preciso mais alimentos. Nesse sentido, o Brasil
é visto internacionalmente como o grande
celeiro agrícola. “Mas se esquecem de que
somos o grande celeiro de biodiversidade
também”, frisou o presidente do ICMBio,
para quem a dimensão da sustentabilidade
tem a ver “com a capacidade de suporte e
de produção dos ecossistemas. E isso tem
que ser respeitado”.
Portaria fixa metas institucionais
As metas institucionais globais do Instituto Chico
Mendes para fins de pagamento da Gratificação
de Desempenho de Atividade de Especialista Ambiental - GDAEM e Gratificação de Atividade Técnico-Executiva e de Suporte ao Meio Ambiente GTEMA aos servidores da Carreira de Especialista
em Meio Ambiente do Plano Especial de Cargos foram fixadas pela Portaria nº 427, do Ministério do
Meio Ambiente, publicada na última semana.
As metas referem-se ao período de 1º de junho de
2013 a 31 de maio de 2014 e serão utilizadas para
a avaliação de desempenho institucional do ICM-
Bio. A Coordenação-geral de Planejamento Operacional e Orçamento - CGPLAN é o setor responsável
pelo monitoramento das metas e pela consolidação das informações referentes aos resultados alcançados.
Para o pagamento da gratificação, a CGPLAN encaminhará à Coordenação-geral de Gestão de Pessoas
do MMA os percentuais apurados do cumprimento das metas. Os indicadores e metas de desempenho estão disponíveis em http://pesquisa.in.gov.br/
imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=17/10/2013
&jornal=1&pagina=49&totalArquivos=84.
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ICMBio em Foco
a Universidade Federal de Goiás - UFG, além de
se aproximar dos atores municipais e estaduais
já presentes, como a Emater e associações de
agricultores. Estas parcerias abriram as portas
para a conquista de todos os editais em que se
inscreveram.
Eduardo Barroso
NGI Mambaí comemora estratégia
de parcerias bem-sucedidas
A primeira conquista foi a Chamada Pública nº
4 do Serviço Florestal Brasileiro. Neste edital o
NGI estimulou e auxiliou os projetos de assentamento da APA Nascentes do Rio Vermelho a
se inscreverem para receber 600 horas de assistência técnica para gestão do empreendimento, manejo, beneficiamento e comercialização
de frutos do Cerrado. A iniciativa apresentada
pelo Projeto de Assentamento Cynthia Peter foi
contemplada para a felicidade dos agricultores
familiares.
Junto com o Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília - CDS/UnB,
o NGI conquistou o Edital Pro-Ext 2014 do
MEC. Este projeto garantiu três bolsas de extensão universitária para a realização de atividades
de diagnóstico rural de pequenos agricultores
da APA e da Resex.
A terceira boa notícia foi a conquista do edital
PPP-Ecos, promovido pelo Instituto Sociedade
População e Natureza - ISPN. Nesta oportunidade serão implementados 1.000 m² de Sistemas
Agroflorestais em 30 famílias distribuídas entre
o Assentamento Cynthia Peter e a Agrovila do
Funil, totalizando 30.000 m² de áreas recuperadas.
Resex Recanto das Araras de Terra Ronca
De olho no fechamento do ano, o NGI Mambaí, localizado no nordeste de Goiás, comemora o terceiro edital conquistado junto com as
parcerias articuladas em 2013. O escritório que
abriga as UCs Área de Proteção Ambiental das
Nascentes do Rio Vermelho, Floresta Nacional
da Mata Grande, Reserva Extrativista de Recanto das Araras de Terra Ronca e Refúgio de Vida
Silvestre das Veredas do Oeste Baiano focou
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boa parte de sua energia na construção de parcerias institucionais para compensar a falta de
recursos humanos. São apenas dois analistas e
dois técnicos para lidar com as quatro UCs que
abrigam cerca de 330 mil hectares de Cerrado.
Reconhecendo a escassez de atores locais qualificados, os servidores do NGI estabeleceram
parcerias com a Universidade de Brasília - UnB e
Somados os valores dos três editais, o NGI
atraiu recursos na ordem de R$ 500 mil para
serem aplicados na região, com bolsas, insumos agrícolas, contratação de profissionais e
deslocamento dos novos parceiros; sem contar
as visitas técnicas e relatórios elaborados por
pesquisadores e estudantes que passaram pelo
escritório.
“A estratégia adotada foi apostar em editais que
se complementavam, possibilitando a recuperação de áreas degradadas, aliadas à promoção
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de alternativa de renda para a agricultura familiar, tudo acompanhado por universidades e assistência técnica. Além disso, conseguimos melhorar significativamente a imagem do ICMBio
localmente, antes associada apenas à repressão.
Desta forma, temos aberto um bom campo de
trabalho para 2014, mesmo no cenário de corte
orçamentário”, disse o analista Eduardo Barroso, chefe da Resex e chefe substituto da APA.
Segundo Humberto Lucena, chefe da APA,
“compensamos nossa falta de mão de obra e
atraímos novos atores para a região, carente de
agentes que promovam o desenvolvimento socioambiental”. Marcos Cantuário, chefe da Flona, diz que “as parcerias criadas trouxeram um
novo ânimo no dia a dia da gestão, apesar de
estar sozinho em minha UC”. Os dois técnicos
se animam, pois antes de 2012 estavam sozinhos para gerir as quatro unidades.
Sandro Borges, analista recém-ingresso no NGI
para chefiar a RVS, ficou surpreso com a infraestrutura da sede, que possibilitou “hospedar
pesquisadores, professores e alunos de graduação e mestrado que geraram informações relevantes para a gestão de todas as UCs. Essas
estimularam trabalhos de conclusão de curso,
dissertações de mestrado e trabalhos de extensão”.
Um dos mestrados em andamento é de uma
estudante francesa que chegou até a APA por
indicação de professores do CDS/UnB. “Mostramos aos parceiros que aplicar sua atividade na
UC garante pontos na avaliação de editais, além
de apoiar a implementação de uma política pública e garantir que o conhecimento gerado não
fique parado em alguma estante”, complementa Eduardo Barroso.
O NGI atualmente encaminha termos de reciprocidade articulados com o Instituto de Estudos Socioambientais da UFG, o CDS/UnB e a
Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Goiás
- Semarh, esse último termo para a formação de
um mosaico de UCs na região de Terra Ronca.
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ICMBio em Foco
Participantes do quarto ciclo
Vinte e sete servidores, entre eles participantes do
Ibama, da ANA e do Instituto Estadual de Florestas
de Minas Gerais participaram do terceiro momento
presencial do 4º Ciclo de Gestão Participativa ocorrido
entre os dias 1º e 9 deste mês, na Acadebio.
O evento teve como objetivos gerais propor e implementar processos de planejamento de projetos, com
enfoque participativo na perspectiva do Marco Lógico, e analisar criticamente os processos de comunicação de massa e institucionais e desenvolver práticas
comunicativas que favoreçam a participação social e
a redução de assimetrias.
No módulo 4, Planejamento Participativo, os alunos
vivenciaram instrumentos de planejamento, como Ciclo de Gestão Adaptativa, Matriz do Marco Lógico e
Plano de Ação. Já no módulo 5, Comunicação para a
Gestão Participativa, foram realizadas oficinas de rádio, vídeo e impresso. Temas como Educomunicação,
planejamento em comunicação, Estratégia Nacional
de Comunicação e Educação Ambiental - Encea, arteeducação, teatro fórum e um novo marco regulatório
da comunicação no Brasil também foram abordados.
Uma aula de dança circular, ministrada pela primeiradama de Sorocaba e presidente do Fundo Social de
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Solidariedade (FSS), professora Maria Inês Pannunzio, também fez parte da programação. Conhecida
também como dança de roda, a atividade reúne os
participantes de mãos dadas, acompanhando músicas tradicionais de vários países. “Em clima de cooperação e alegria, trabalham coordenação motora,
atenção, lateralidade e concentração. A dança tem
características curativas e estimula o respeito pelo limite do próximo”, disse Maria Inês.
Durante o evento, foi apresentado o documento
“Carta de Iperó”, que surgiu de ação coletiva entre
os servidores do Instituto e participantes do curso, no
segundo momento presencial. Tendo como pano de
fundo a participação social apregoada pelo SNUC, o
documento reivindica que o ICMBio assuma o Ciclo
de Capacitação em Gestão Participativa como cultura
institucional prioritária, garantindo seus desdobramentos.
Após receber assinatura dos participantes do ciclo,
cópia do documento foi encaminhada à ministra do
Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ao presidente do
ICMBio, Roberto Vizentin, aos nossos diretores e outros setores do Instituto.
“O intuito é fortalecer espaços de discussão como o
Ciclo de Gestão Participativa, além de garantir condições para que a gestão participativa seja efetivada
nas UCs”, comenta o analista ambiental e sociólogo
Fernando Gomes.
O momento marcou o encerramento dos encontros
presenciais em 2013 e foi carregado de emoção com
a saída do analista ambiental Felipe Mendonça da
chefia da Divisão de Gestão Participativa - DGPAR,
área técnica responsável pela condução do ciclo.
Agora, os participantes retornam aos seus locais de
trabalho com o compromisso de testarem seu aprendizado na execução de projetos de aprimoramento
prático.
Projeto avaliará mudanças
climáticas e serviços ambientais
Durante o mês de novembro, o Projeto Extremo Oriental das Américas começará a avaliar as
emissões de gases de efeito estufa do solo para a
atmosfera nos ecossistemas da Floresta Nacional da
Restinga de Cabedelo (PB), inaugurando uma série
de procedimentos de alta complexidade científica.
Trata-se de um marco no monitoramento em ambientes estuarinos da Paraíba, pois acompanhará a
dinâmica do carbono em ecossistemas de mangue e
floresta a partir do conhecimento do fluxo de gases
de efeito estufa em remanescentes de Mata Atlântica, com vistas à valoração dos serviços ambientais e
das mudanças climáticas globais.
As medições serão feitas com a utilização de dois
analisadores de gases por absorção na faixa do infravermelho acoplado a campânulas especialmente
construídas para avaliar o fluxo de gases do solo – as
taxas do fluxo de gás carbônico (CO2) são determinadas pelo aumento da concentração desse gás no
interior da campânula e por um conjunto de sensores capazes de registrar pequenas variações na umidade e na temperatura do solo.
O coordenador do Grupo de Pesquisa do CNPq
“Alterações Ambientais e Uso da Terra”, professor
Alexandre Fonseca D’Andrea (IFPB), acredita que o
aprofundamento desta linha de pesquisa será importante para ampliar o conhecimento científico
sobre temas relacionados à fixação do carbono em
ambientes estuarinos, pagamento por serviços ambientais e alterações climáticas.
Segundo o analista do ICMBio, Orione Álvares, integrante do Grupo de Pesquisa, essas medições do
fluxo de CO2 e vapor d’água para a atmosfera oferecerão suporte para o monitoramento contínuo
das emissões de gases de efeito estufa em diferentes
pontos da floresta. Assim, afirma nosso colega, a
Flona poderá até mesmo ofertar créditos de carbono no mercado internacional.
A pesquisa é uma parceria do Instituto Chico
Mendes com o Instituto Federal da Paraíba
- IFPB, tendo sido aprovada pela Fundação
FAT-Vitae sob o título “Emissão de Gases de
Efeito Estufa”. O grupo iniciou seus estudos
há alguns anos com a avaliação da qualidade do solo em ambientes preservados e sob
uso agrícola, e avança neste momento no
contexto dos estudos das transformações
do carbono no ambiente. Os pesquisadores
estimam que, até o momento, foram investidos R$ 300 mil em equipamentos e treinamento.
Os resultados da pesquisa devem contribuir para o aumento do banco de dados
de emissões de gases de efeito estufa em
regiões tropicais e subsidiar a avaliação de
impactos de alterações do uso da terra sobre as alterações climáticas em escala local
e nacional.
As emissões de CO2 do solo são provenientes basicamente de três processos que
podem estar interligados: decomposição
de materiais orgânicos de origem variada,
respiração do sistema radicular das plantas
e atividade dos organismos (biota) do solo.
Pamela Stevens
Alessandro Almeida Oliveira
Encerrado momento presencial
do 4º Ciclo de Gestão Participativa
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Flona Restinga de Cabedelo poderá ofertar créditos de carbono
no mercado internacional
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ICMBio em Foco
Parna Tijuca é eleito melhor lugar
do mundo para caminhadas
O Lonely Planet, considerado o maior guia de
viagens do mundo, elegeu o Parque Nacional da
Tijuca, no Rio de Janeiro, o melhor lugar para
caminhadas em área urbana. A nova edição do
guia lista mil aventuras ao redor do planeta e
faz um ranking dos melhores locais. Nele, as trilhas do parque carioca figuram acima das de
outros lugares como Londres, Cidade do Cabo,
Sidney e Vancouver.
Peterson de Almeida
UERJ lança guia sobre
Parque Nacional da Tijuca
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A escolha, feita pelos próprios editores do Lonely Planet, foi bem recebida pelo chefe do Parna, Ernesto Castro. Para ele, “o prêmio é um
reconhecimento ao parque, como local privilegiado em uma cidade inigualável, e também
aos funcionários e voluntários que fazem a sinalização e manutenção das trilhas para garantir a
segurança e o lazer dos visitantes”.
Treze autores, incluindo a coordenadora do projeto e
professora do Instituto de Biologia da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro - UERJ, Andréa Espínola, lançaram o Guia de Campo do Parque Nacional da Tijuca.
O evento foi na última segunda-feira, na Capela Ecumênica da UERJ, aproveitando a Semana Nacional de
Ciência e Tecnologia 2013.
O guia pretende auxiliar professores da educação
básica na utilização do Parna Tijuca como local para
o desenvolvimento de aulas não formais, a partir de
um roteiro que destaca os principais pontos a serem
observados e abordados. A unidade foi escolhida por
sua relevância histórica, ambiental e cultural para a cidade do Rio de Janeiro e pelas características que facilitam a visitação, como a infraestrutura na recepção de
alunos e a presença de trilhas didáticas.
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Com prefácio da museóloga Ana Cristina Vieira, funcionária aposentada e profunda conhecedora da parte
histórica do parque, e ainda com o apoio de dois atuais colaboradores, Alexandre Justino e Lúcio Palma, o
guia foca na Trilha dos Estudantes, que como o nome
sugere, é tradicionalmente usada para visitas escolares.
O percurso apresenta placas explicativas e informações
sobre a flora, fauna e importância do parque para a
cidade. Com aproximadamente mil metros, os alunos
vão do portão de entrada do setor Floresta até o Centro de Visitantes, onde encontram uma importante exposição, que complementa as informações absorvidas
durante o trajeto.
Apenas em formato de CD, o guia tem tiragem inicial
de duas mil unidades, que serão distribuídos para professores e alunos da educação básica nas escolas da
rede municipal e estadual do Rio de Janeiro.
Segundo o nosso colega, a UC passa por obras
para melhor atender aos visitantes – como a
construção do Complexo Paineiras, Centro de
Visitantes com exposição educativa, restaurantes, banheiros, estacionamentos e lojas de
suvenires no acesso ao Morro do Corcovado –,
e pela estruturação da Trilha Transcarioca, que
ligará vários parques, cruzando toda a cidade.
“No parque estão prontos 30 quilômetros de
trilhas, ligando o Alto da Boa Vista ao Corcovado”, disse Ernesto.
Sobre a segurança da UC, ele declarou que,
com as medidas de vigilância adotadas, as
ocorrências diminuíram. “Os acessos oficiais
são controlados por vigilantes e agentes do
ICMBio, e as trilhas patrulhadas com apoio da
Guarda Municipal e Polícia Militar. Apesar de
ser um parque nacional, ele não está isolado do
contexto da metrópole em que está inserido. O
parque é o lugar mais seguro da cidade e, em
4 mil hectares, foram registrados cinco assaltos
este ano. A título de comparação, isso representa 0,4% do número de assaltos registrados no
bairro de Santa Teresa, vizinho à UC”, concluiu
o chefe do Parna.
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ICMBio em Foco
Gavin Andrews
Christoph Jaster, chefe da UC; tenente-coronel Silva, do Batalhão
da Polícia Ambiental; José Maria Lobato, prefeito de Serra do
Navio; e Roberto Suarez, chefe de Gabinete do ICMBio
Em clima de tranquilidade, ocorreu este mês a primeira de dez audiências públicas previstas para rediscutir
o processo de criação do Parque Nacional Montanhas
do Tumucumaque. Com esta iniciativa, o Instituto Chico Mendes cumpre decisão judicial proferida pela 2ª
Vara da Justiça Federal do Amapá, que determinou
que fossem realizadas novas audiências públicas para
sanar suposta irregularidade durante o processo de
criação da UC.
A primeira audiência ocorreu no último dia 7, na sede
do município de Serra do Navio. “Foi mais uma oportunidade de diálogo com a comunidade acerca dos
anseios e das expectativas com relação ao parque.
Desta forma, podemos ajustar os rumos da nossa gestão e buscar melhor inserção da unidade no contexto
regional”, destaca o analista Christoph Jaster, chefe do
Parna.
A decisão da Justiça Federal foi controversa e carregada de inconsistências técnicas e jurídicas, o que motivou apresentação de recurso por parte da Advocacia
Geral da União e de suas procuradorias especializadas
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Memória histórica e ambiental
André Guilherme
Aos onze anos, Tumucumaque
realiza audiência pública
para rediscutir sua criação
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contra a sentença. A decisão favorável aos interesses
da União se deu no mesmo dia da realização da audiência em Serra do Navio, desobrigando o órgão gestor
da realização das nove audiências restantes.
Aos onze anos de existência, a UC já implementou o
conselho gestor, que realizará em breve sua 20ª reunião ordinária; conduziu vários estudos técnicos nas
áreas das ciências biológicas, meio físico, socioeconomia e desenvolvimento histórico-cultural; obteve
certificação no Programa Gespública; desenvolveu seu
Sistema de Informações Geográficas - SIG; concluiu e
aprovou seu plano de manejo em consonância com os
organismos da Defesa Nacional; e concedeu aproximadamente meia centena de autorizações de pesquisa,
sediando vários projetos científicos.
Em sua área de entorno desenvolve importantes projetos de educação ambiental e envolvimento comunitário, como o Curso de Pedagogia de Projetos em
Temas Ambientais - CPPTA e o Projeto Quelônios do
Oiapoque, em parceria com o Parque Nacional do
Cabo Orange e o Ibama. Além disso, a UC é importante elemento no cumprimento das metas do Programa
Áreas Protegidas da Amazônia - Arpa e um dos pilares
de sustentação para o Mosaico de Áreas Protegidas do
Oeste do Amapá e Norte do Pará, recém-oficializado.
O parque obteve destaque na mídia local, nacional e
internacional, atraindo os olhares da comunidade ambientalista e científica mundial para o Amapá. Agora,
em plena fase de implementação, já está recebendo,
em caráter oficial, os primeiros visitantes e desenvolverá em seu interior o Programa de Monitoramento de
Biodiversidade, sob supervisão da nossa Coordenação
de Monitoramento da Conservação da Biodiversidade
- Comob.
Reunião entre ICMBio e Arquivo Público de SP
Nossos colegas Luciano Bonatti Regalado e Marcelo Afonso e os colaboradores André Guilherme e
Adolfo Frioli, representando o Centro de Memória
da Floresta Nacional de Ipanema, participaram de
reunião, no último dia 15, com os dirigentes do
Arquivo Público do Estado de São Paulo, sendo recebidos por Izaias Santana, coordenador do Arquivo Público, e pelos diretores do Departamento de
Preservação daquela instituição.
Eles discutiram a viabilidade de parceria institucional, visando à implantação de ações voltadas ao
tratamento e disponibilização ao público do conjunto de documentos ligados à memória histórica e
ambiental da Floresta Nacional de Ipanema.
Além de preservar uma das mais expressivas biodiversidades do interior paulista, a Flona abriga uma
série de sítios e monumentos históricos que serviram de palco para acontecimentos ligados à história do país. Segundo o coordenador do Centro
de Memória de Ipanema, Luciano Regalado, “a documentação existente no Arquivo Público é de extrema importância para o conhecimento de como
ocorreu a ocupação humana na área hoje pertencente à UC, pois há um histórico dessa ocupação
e essas informações permitem aos pesquisadores
conhecerem o cenário ambiental existente no passado e analisarem as implicações decorrentes das
interferências sobre a paisagem e a biodiversidade
regional ao longo dos últimos séculos”.
O Arquivo do Estado possui em seu acervo mais de
3 mil documentos relativos à Ipanema, que abrigou no passado inúmeras atividades, muitas das
quais utilizando intensamente os recursos naturais
e que promoveram grandes modificações na paisagem. “Conhecer melhor as ações impostas ao meio
ambiente no passado contribuirá para o planejamento e a adoção de estratégias mais adequadas,
visando à preservação da biodiversidade regional”,
finaliza Luciano.
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ICMBio em Foco
Comunitários de Sossego visitam
Resex Lago do Cuniã
Ana Delanir
Evalto Nascimento
Flona Nísia Floresta
é percurso de evento esportivo
Cristiano Andrey, chefe da Resex; Silvano Gomes, Leonardo e
Vanisilvia Gomes, comunitários; e Mitzi Oliveira, chefe da Esec
Cuniã, durante visita ao Projeto de Manejo de Jacaré-açu
2ª Corrida Rústica de Nísia Floresta
No último dia 12, a Floresta Nacional de Nísia Floresta (RN) fez parte do percurso da 2ª Corrida Rústica da cidade. O evento foi organizado pelo atleta
local, João Batista, com o intuito de estimular o envolvimento da população com a prática esportiva e
com o meio ambiente.
Ela também revelou que o evento serviu para estreitar contato com atletas locais e com o organizador do evento, visando à promoção, em conjunto, de atividades esportivas que tenham caráter de
sensibilização ambiental e que sejam compatíveis
com as normas da UC.
O evento contou com duas provas: uma de 5 km e
outra de 10 km. Mais de 100 atletas, locais e vindos da Paraíba e de Pernambuco, correram pelas
ruas de Nísia Floresta e pela flona nacional.
João Batista, organizador da corrida e atleta que
já conseguiu resultados expressivos em nível nacional, comemorou a realização da segunda edição
da corrida. “Sabemos que é muito difícil organizar
algo assim, mas temos que insistir e valorizar as
práticas esportivas, pois elas são ferramentas de
grande importância na prevenção e no combate
ao uso de drogas entre as crianças e adolescentes”,
declarou.
“Foi a primeira vez que a corrida passou pela Flona.
A novidade recebeu elogios dos atletas, tanto dos
que já conheciam, como dos que passaram a conhecer a UC. Quer dizer, além de aproximarmos os
atletas da natureza, divulgamos a nossa unidade”,
afirmou Patrícia Macedo, chefe da Flona.
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Moradores da comunidade de Sossego e da Reserva Extrativista Lago do Cuniã participaram de
intercâmbio promovido pela equipe da Gestão
Integrada Cuniã-Jacundá (RO) entre os dias 23
e 26 de setembro.
A comunidade de Sossego, localizada no igarapé Mirari, interior da Estação Ecológica de
Cuniã, apresenta traços tipicamente ribeirinhos,
com sobrevivência provida pela pesca, extrativismo e agricultura familiar. A história desta comunidade reporta aos tempos de exploração da
borracha, pois os moradores descendem de antigos seringueiros que se estabeleceram na região. Com a ampliação da Esec Cuniã, em 2010,
a área ocupada pela comunidade de Sossego foi
completamente anexada aos limites da UC.
Desde que soube da presença da comunidade
no interior da Esec, a equipe da Gestão Integra-
da tem promovido ações com os comunitários,
com a finalidade de compreender seu modo de
vida e sua relação com a Esec Cuniã e promover
o diálogo participativo e positivo ao tratar das
questões de incompatibilidade entre a categoria
da UC, a presença humana e os usos extrativistas.
Dentre as ações, foi proposto o intercâmbio
comunitário, que proporcionou aos representantes da comunidade de Sossego, Adriano Alves Borges, Vanisílvia Barroso Gomes e Silvano
Barroso Gomes, vivência com os moradores da
Resex Lago do Cuniã, diálogo com lideranças
comunitárias, entendimento do processo de
criação e gestão da UC e, principalmente, reflexão sobre os desafios da organização e do
fortalecimento comunitário.
Durante a visita, os comunitários também puderam conhecer o Projeto de Manejo de Jacarés, experiência modelo e inovadora na cadeia
produtiva da sociobiodiversidade amazônica. O
grupo conheceu todas as etapas dessa cadeia,
desde a focagem noturna e captura dos jacarés nos lagos, o abate no frigorífico, armazenamento da carne em câmara fria, processamento
das peles e tratamento dos resíduos.
De acordo com a chefe da Esec, Mitzi Oliveira,
“agora que atingimos este estado positivo de
relacionamento, precisamos avançar nas tratativas com Sossego e construir com urgência um
acordo comunitário. Isso, até a proposição de
uma solução definitiva que deverá respeitar os
direitos das comunidades tradicionais e os objetivos de criação da Estação Ecológica de Cuniã”.
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ICMBio em Foco
Rebio Santa Isabel
Criada em 20 de outubro de 1988, a Reserva Biológica
de Santa Isabel, em Sergipe, completou 25 anos de
existência. Desde o início a proposta é a preservação
do ecossistema litorâneo que abriga a mais importante área de reprodução das tartarugas-oliva do Brasil.
Dunas com vegetação de restinga, remanescentes de
Mata Atlântica, manguezais, lagoas e praias desertas
de areia fina e plana são os cenários encontrados na
unidade de conservação que possui 45 km de extensão.
Situada em Sergipe, abrangendo os municípios de Pirambu e Pacatuba, o principal trabalho realizado na
Rebio é o de preservação das tartarugas marinhas
desenvolvido pelo Tamar. Como estratégia de sucesso
para conseguir atingir números representativos de tartarugas protegidas, sempre existiu a interação com a
comunidade, por meio da geração de emprego e renda associada à preservação ambiental e ao resgate das
tradições culturais e artísticas da região.
Por meio do Programa de Valorização da Cultura, desenvolvido pelo Tamar, uma série de atividades que une
cultura e conservação é realizada em todo o estado de
Sergipe, com ênfase em Pirambu. Dentre outras, são
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oficinas de dança, música, arte e capoeira desenvolvidas no espaço comunitário conhecido como Clubinho
da Tartaruga. Todos os anos é realizada uma mostra
do trabalho de incentivo à cultura e à arte das comunidades do entorno da Rebio, o festival Culturarte, sucesso em todo o estado de Sergipe, reunindo grupos
folclóricos, apresentações artísticas e artesanato. Um
grande cortejo pelas ruas da cidade de Pirambu é o
ponto alto da festa que atrai moradores e turistas de
todas as idades.
Vocalização e comportamento
das baleias-franca são estudados
em Santa Catarina
Paulo Flores
Miguel von Behr
Reserva Biológica de Santa Isabel
faz 25 anos
objetivo é relacionar o comportamento e os sons
produzidos por grupos da espécie.
O procedimento é realizado a partir de uma embarcação de onde os pesquisadores observam o
comportamento dos grupos de baleias ao mesmo
tempo em que captam, por meio de um conjunto
de hidrofones, os sons produzidos pelos animais.
Equipe à bordo de embarcação observa comportamento
e sons das baleias
Estudos como este permitem a ampliação do conhecimento científico sobre a espécie e são fundamentais para a conservação da baleia-franca, uma
vez que fornecem informações acerca do comportamento e da comunicação natural da espécie que
podem ser comparados com alterações comportamentais frente a impactos de atividades humanas.
Os resultados do estudo poderão ser aplicados em
sistemas capazes de detectar a presença de baleias,
estimar o número e determinar a distribuição dos
indivíduos, baseando-se unicamente nos sons emitidos pelos animais, aumentando a eficiência do
monitoramento da população de baleias-franca
em Santa Catarina.
Uma equipe composta por biólogos do nosso Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos - CMA, do Projeto Baleia Franca
- PBF, da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte - UFRN e voluntários acompanha simultaneamente as vocalizações emitidas pelas baleias
e o seu comportamento neste final de temporada reprodutiva da espécie no litoral catarinense. O
A iniciativa dá continuidade ao estudo realizado
em 2011 pelo Projeto Baleia Franca, em parceria
com a Universidade da Pensilvânia (EUA), a UFRN
e o CMA, cujo objetivo foi identificar modificações no comportamento vocal das baleias frente
ao ruído. Este projeto possui o apoio financeiro da
Cetecan Society International e The Rufford Small
Grants Fundation, e o apoio logístico, financeiro e
científico do CMA, PBF e UFRN.
O evento, organizado pela comunidade de Pirambu
desde 1990, chega a 2013 com novidades: a sua realização acontecerá junto às três bases de pesquisa do
Tamar no estado de Sergipe, duas delas no interior da
Rebio Santa Isabel. O primeiro momento será o Culturarte Pirambu entre os dias 28 de novembro e 1º de
dezembro, com soltura de filhotes nas praias da UC,
apresentação de grupos de dança e música da região,
cordel contando a história de Pirambu e da Rebio, exposições e o esperado cortejo dos grupos folclóricos.
Um grupo de moradores de Pirambu, município sede
da Rebio, é atualmente responsável pela organização
do festival e esteve reunido com o chefe da UC, Tadeu
Oliveira, para definir que este ano o evento também
abordará os 25 anos da Rebio Santa Isabel, que serão
lembrados durante todo o evento. As escolas são a
grande estratégia adotada pela comissão organizadora do XXIII Culturarte, que desenvolverá a partir delas
as ações para a realização do evento. Reconhecendo a
importância da data e da UC, os organizadores prontamente abriram espaço na programação para abordar
temas relacionados à Rebio. Colaboradores e antigos
servidores serão lembrados, assim como será contada
uma pouco da história da unidade de conservação.
Durante o Culturarte serão organizadas palestras, concurso de fotografias e entrega de placas de agradecimento alusivas ao aniversário da Rebio Santa Isabel.
268
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Edição
ICMBio em Foco
Interpretação ambiental
para crianças
Parabéns para nós!
Como fruto do curso de interpretação ambiental, o
Parque Nacional dos Campos Gerais (PR) está desenvolvendo um projeto de cartilhas com atividades infantis sobre a biodiversidade e geodiversidade daquela
UC. Além de servir para sua divulgação, o material visa
aproximar a população local aos atrativos do Parna.
Outro fator motivador para a elaboração do material
foi a carência de produtos infantis que retratem a biodiversidade e geodiversidade das regiões brasileiras.
Nacional para Interpretação - NAI, instituição norteamericana de profissionais envolvidos na interpretação
dos recursos naturais e do patrimônio cultural. Algumas dessas etapas são a definição de público alvo e estratégia de abordagem, elaboração da declaração de
significância base para identificar temas interpretativos
e escolha do meio a ser utilizado, tudo com o intuito
de aproximar objetivos de manejo da UC aos objetivos
interpretativos do projeto.
O Parna Campos Gerais localiza-se na região centrooriental do estado do Paraná, caracterizada por sua
vegetação de campos nativos entremeados por capões de floresta de araucária sobre geologia peculiar:
a escarpa devoniana, degrau geológico que divide o
Primeiro e o Segundo Planalto paranaenses. Neste
contexto que se dá a formação de cânions, cavernas e
cachoeiras muito utilizadas pela população para recreação e contato com a natureza.
O material será levado à escolas da rede pública e particular, aumentando a abrangência do projeto “Conhecendo as unidades de conservação da natureza:
ICMBio vai às escolas”, que atualmente trabalha com o
público escolar na faixa etária entre 12 e 16 anos, uma
vez que a UC não dispunha de material de apoio para
atividades com público infantil. Além disso, o Parna
estuda a possibilidade de envio do material pela internet aos interessados. Em fase de elaboração gráfica, o
projeto deve estar disponível em 2014.
A unidade foi criada em 2006, e está em processo inicial de regularização fundiária, o que inviabiliza investimentos em infraestrutura dos atrativos pelo ICMBio.
Assim, a estratégia adotada pela gestão da UC é de
produzir materiais que sensibilizem a população e divulguem o parque, mesmo fora da sua área.
A elaboração do projeto interpretativo passou por várias etapas indicadas pela metodologia da Associação
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Em comemoração aos seis anos de edição do ICMBio em Foco, completados na terça-feira, dia 22 de
outubro, e ao Dia do Servidor Público, a Divisão de
Comunicação realizará sorteio de brindes entre todos os que colaboram para a conservação da biodiversidade brasileira no Instituto Chico Mendes,
sejam terceirizados, estagiários ou servidores.
São dois kits infantis do Tamar; dois exemplares do
livro “Serra do Espinhaço”, da Editora Empresa das
Artes; dois exemplares do livro “Parque Nacional de
Brasília 50 Anos”; dois exemplares do livro “APA Cos-
ta dos Corais”, do nosso colega Miguel von Behr; e
dois pen drives da Rio+20.
Envie mensagem para ascomchicomendes@icmbio.
gov.br até às 18h da próxima quarta-feira (30), com
a frase “Quero participar do sorteio!” e seu nome. O
sorteio será realizado com auxílio do sítio http://sorteiospt.com/list, na mesma ordem em que os brindes são citados ao lado, e o resultado será divulgado
na próxima edição do ICMBio em Foco.
Vamos lá? Boa sorte!
Leonardo Milano
Celso Margraf
Cachoeiras do Parna Campos Gerais são muito visitadas
268
Quem quiser obter mais informações sobre o projeto
desenvolvido no Parna Campos Gerais pode entrar em
contato com Lilian Miranda ou a Coordenação-geral
de Uso Público e Negócios pelos e-mails [email protected] ou [email protected],
respectivamente.
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Edição
ICMBio em Foco
Reunião para processo de renovação
do conselho
Sauim-de-coleira (Saguinus bicolor)
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Posse dos conselheiros
Mestrado UFSC
Estão abertas, até 7 de novembro, as
inscrições para o processo seletivo de
mestrado em Perícias Ambientais, na
Universidade Federal de Santa Catarina. São 20 vagas destinadas a servidores públicos da área ambiental. Informações em http://mppa.posgrad.
Conselheiros da Flona
Ipanema discutem
empreendimento nuclear
Na semana passada, os conselheiros da Floresta Nacional de Ipanema
se reuniram com representantes do
projeto do Reator Multipropósito
Brasileiro - RMB, empreendimento da
Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, que, se aprovado, será instalado na zona de amortecimento da
UC. Durante o evento foram debatidos, a partir do EIA-Rima do empreendimento e do Plano de Manejo da Flona, os possíveis impactos ambientais
da instalação e operação de um reator
nuclear ao lado de uma unidade de
conservação. A reunião contou com a
presença do coordenador técnico do
empreendimento, o engenheiro José
Augusto Perrota, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, que
fez breve apresentação do projeto. O
evento foi também preparatório para
as audiências públicas de licenciamento ambiental do reator, iniciadas na
última terça-feira e encerradas ontem
nos municípios de Iperó, Sorocaba e
São Paulo, respectivamente.
Conselheiros debatem implantação de
reator nuclear
Colega Bruno Matos cumpre
exigência de mestrado
Foi publicado este mês, na Revista de
Biologia Neotropical, artigo científico
relacionado à pesquisa realizada no
interior da Floresta Nacional de Caxiuanã, no Pará. O artigo é fruto da
dissertação de mestrado defendida
em maio de 2013, na Universidade
Federal do Oeste do Pará, pelo nosso
colega Bruno Matos, chefe da Floresta
Nacional do Crepori (PA). A conclusão
do curso bem como a publicação do
artigo científico só foram possíveis
graças à política de capacitação de
servidores promovida pelo ICMBio,
por meio da Coordenação-geral de
Gestão de Pessoas, que juntamente
com a nossa Coordenação Regional
em Santarém, autorizou a licença capacitação do servidor. As íntegras do
artigo científico e da dissertação do
nosso colega podem ser conferidas,
respectivamente, nos links www.revistas.ufg.br/index.php/RBN/article/
view/22520 e www.icmbio.gov.br/
ead/file.php/1/paginas/publicacoes/
pos/index.html.
Conselhos de Itaituba
I e II têm primeiras
reuniões ordinárias
A nossa Coordenação de Elaboração e
Revisão de Plano de Manejo - Coman,
juntamente com a equipe da Floresta
Nacional do Crepori (PA), promoveu
na semana passada as primeiras reuniões ordinárias dos conselhos consultivos das florestas nacionais de Itaituba I e II. A pauta das reuniões foi a
elaboração dos planos de manejo de
ambas as Flonas, situadas no estado
do Pará, com o objetivo de assegurar
a participação social dos principais
grupos de interesse no planejamento
das UCs. Os eventos contaram com
apoio financeiro do projeto “Gestão
Florestal para a Produção Sustentável
na Amazônia” e com o apoio técnicoadministrativo do setor de Projetos
Epeciais do ICMBio. Os recursos financeiros do citado projeto são oriundos
de doação de fonte alemã – KfW – e
são executados em conjunto pelo
ICMBio e Serviço Florestal Brasileiro.
Jeam Campos
Chamar a atenção de toda a sociedade em relação ao direito de ir e vir das
pessoas e também dos animais, além
da importância da manutenção das
áreas verdes para o bem-estar de todos os habitantes da cidade. Esse foi o
objetivo dos participantes do passeio
ciclístico organizado pelos grupos Pedala Manaus e Guaribike e o Plano de
Ação Nacional para a Conservação do
Sauim-de-coleira, coordenado pelo
nosso Centro Nacional de Pesquisa e
Conservação de Primatas Brasileiros CPB, para comemorar o dia dedicado
a esta espécie animal, no último domingo. A ecóloga Fernanda Meirelles,
do Museu da Amazônia - Musa, que
também participa do movimento, explica que o sauim-de-coleira (Saguinus
bicolor) é um importante dispersor de
sementes, na medida que os frutos
são um dos seus principais alimentos.
Acervo Rebio Bom Jesus
O Parque Nacional da Lagoa do Peixe
recebeu no último dia 17 a exposição
“Nosso Pampa Desconhecido”, do
Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande
do Sul. A exposição ficará na sede do
parque até o final do mês de novembro. O Pampa Gaúcho é parte de uma
importante região natural com cerca
de 760.000 km², localizada na metade sul do estado, no Uruguai e no
nordeste da Argentina, e corresponde
a 63% do território gaúcho. “Nosso
Pampa Desconhecido” reúne 30 fotos com temas como flora e fauna,
arquitetura, atividades produtivas e
costumes do gaúcho, registrados pelo
fotógrafo Adriano Becker. São 36 painéis com fotos e informações sobre
esse ecossistema. A expedição já passou por mais de seis dos municípios
situados no bioma Pampa. O acesso
a exposição é gratuita e aberto ao público em geral.
Passeio Ciclístico celebra
o dia do Sauim
Dia 17 de outubro foi publicada no
Diário Oficial da União a Portaria nº
242, que trata da renovação do Conselho Consultivo do Parque Nacional
do Descobrimento, pela primeira
vez. O conselho, criado em 2008,
foi capacitado em julho deste ano. O
processo de renovação, ocorrido em
9 de outubro, contou com o apoio
e a presença do então chefe da Divisão de Gestão Participativa, Felipe
Mendonça, e das representantes da
Rede de Gestão Participativa da CR7,
Leidiane Brusnello e Carolina Ferreira.
Também participaram os analistas da
Reserva Extrativista de Corumbau,
Ronaldo Oliveira e Janina Azevedo,
e Aristides Salgado Neto e Carmem
Barcellos, chefe e chefe substituta
do Parna, respectivamente. O Parna
Descobrimento é o maior fragmento
de Mata Atlântica de tabuleiro do
Nordeste brasileiro e busca hoje sua
estruturação dentro da unidade de
conservação, por meio da construção
de complexo administrativo, centro
de visitantes e alojamento para pesquisadores.
Wesley Pedro
Parna Lagoa do Peixe abriga
exposição “Nosso Pampa
Desconhecido”
Mostra gratuita fica na sede da UC até
final de novembro
Publicada renovação
do Conselho do Parna
Descobrimento
Acervo CPB
A próxima segunda-feira, Dia do Servidor Público, é ponto facultativo,
conforme portaria do Ministério do
Planejamento, Orçamento e Gestão.
O documento com todos os feriados
e dias de ponto facultativo deste ano
pode ser consultado em www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/
Legislacao/Portarias/2013/130103_
port_3.pdf.
Acervo Parna Lagoa do Peixe
Ponto facultativo
Tomaram posse na semana passada os
conselheiros do Mosaico de Unidades
de Conservação do Lagamar. A presidência do conselho ficou com o chefe da APA Cananéia-Iguape-Peruíbe,
Márcio Barragana Fernandes, referendando indicação feita no “II Encontro
de Gestores do Mosaico Lagamar”.
Como vice-presidente foi escolhido o
servidor do Instituto Ambiental do Paraná - IAP, Harvey Schlenker. A primeira
reunião foi em Antonina (PR), cidade
turística inserida na APA Guaraqueçaba, que, além de abrigar uma APA
estadual, uma Rebio, uma RPPN e ter
intenção de criar uma UC municipal,
conferiu cenário perfeito de representatividade de unidades de conservação das várias esferas administrativas.
Inserido no maior remanescente contínuo ainda bem preservado de Mata
Atlântica, o mosaico abrange 45 UCs
situadas na região do Complexo Estuarino Lagunar do Lagamar, no litoral
sul de São Paulo e litoral do Paraná.
A região possui um dos maiores estuários da costa brasileira, abrangendo
cerca de 2 milhões de hectares com
rica biodiversidade, inúmeras espécies
endêmicas, patrimônio histórico-cultural único, comunidades tradicionais,
paisagens de grande beleza cênica e
apelo turístico.
ufsc.br/. O edital pode ser acessado
em http://mppa.posgrad.ufsc.br/files/2013/10/Edital02.pdf.
Thiago Rosa
CURTAS
Mosaico Lagamar
268
Conselheiros das Flonas Itaituba I e II
19
Edição
ICMBio em Foco
CURTAS
Lançamento
Acervo Resex Cassurubá
Entre os dias 18 e 19 deste mês, ocorreu na Base Avançada do Cepene
em Ponta de Areia, Caravelas (BA), a
primeira capacitação do Conselho
Deliberativo da Reserva Extrativista
do Cassurubá. Esta foi uma demanda dos próprios conselheiros, devido
à necessidade de maior nivelamento
sobre manejo e gestão da UC e de
obter maiores subsídios para que os
membros possam efetivamente desenvolver suas funções e objetivos.
Os principais temas abordados foram
criação e limites da Resex Cassurubá;
Regimento Interno do conselho; Lei
de Crimes Ambientais; Noções e Leis
de Navegação; Leis de Pesca; e Licenciamento. Toda apresentação foi seguida de intensa discussão. Além dos
servidores da UC e da sua equipe de
Educação Ambiental e Comunicação,
participaram como palestrantes e instrutores Apoena Figueiroa, coordenador da nossa CR7, Pedro Oliveira Júnior e Gustavo Menezes, analistas da
CR7. A Capitania dos Portos de Porto
Seguro realizou palestra sobre noções e leis de navegação. O curso foi
o primeiro momento para a garantia
da representatividade e participação
qualificada dos conselheiros.
Conselheiros têm primeira capacitação
Hoje (25), a partir de 17h, será lançado o livro “Território, Estado e Políticas
Públicas Espaciais” – coordenado pela
professora Marília Steinberger –, cujo
capítulo sobre Política Ambiental é de
autoria do nosso colega Carlos Felipe
de Andrade Abirached, coordenador
de Gestão Participativa. O lançamento
ocorre durante seminário de mesmo
nome no Auditório da Faculdade de
Arquitetura e Urbanismo da UnB, no
subsolo do Minhocão Norte. Nosso colega profere, às 14h, a palestra
“Política ambiental: intervenção do
Estado no uso da natureza e do território”. O evento é promovido pelo
Núcleo de Estudos Urbanos e Regionais do Programa de Pós Graduação
da Universidade de Brasília.
Renascer empossa
Conselho Deliberativo
Tomaram posse, no último dia 5, os
membros do Conselho Deliberativo da
Reserva Extrativista Renascer, no oeste
do Pará. A cerimônia de posse foi na
comunidade Santo Antônio e contou
com a participação da comunidade de
Prainha, localizada na Resex, e de moradores da sede do município. O coordenador da 3° Região, Carlos Augusto
de Alencar Pinheiro, representou o
nosso presidente Roberto Vizentin e
deu posse à presidente do conselho,
Rosária Sena Cardoso Farias, chefe da
UC, que em seguida empossou os demais membros. O evento contou com
a presença de Edel Nazaré de Moraes
Tenório, vice-presidente do CNS; Juan
Carlos Carrasco Rueda, consultor para
cadastramento familiar nas UCs; e
Parque Nacional da Serra da Capivara (PI)
NO FOCO
Gileno Andrade e Chagas Lins, representantes da empresa que arrematou
a madeira leiloada da Resex Renascer.
A prefeita Patrícia Barge Hage, conselheira da UC, estava com comitiva
composta por secretários municipais e
coordenadores das regiões da reserva
extrativista. A Câmara de Vereadores
de Prainha também se fez representada e desejou êxito aos conselheiros
empossados.
Rosária Sena
Resex Cassurubá capacita
Conselho Deliberativo
268
Cerimônia na comunidade de Prainha no
início do mês
Ops!
Na matéria “PAN do Mutum-de-alagoas promove aumento populacional”, publicada na edição anterior do
ICMBio em Foco, faltou citar o Criadouro Fazenda Cachoeira como uma
das instituições que irão participar do
Programa de Cativeiro.
Foto da capa
Floresta Nacional de Ipanema, em
Iperó (SP), em foto de Leonardo Milano, analista e fotógrafo da nossa
Divisão de Comunicação. Este mês
nossos colegas da Flona e do Centro
de Memória da UC se reuniram com
representantes do Arquivo Público
do Estado de São Paulo para avaliar
parceria institucional.
Fotos: Eraldo Peres, Nelson Yoneda e Ubajara Fidelis
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ICMBio em Foco
Edição
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Parque Nacional da Serra da Capivara (PI)
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ICMBio em Foco
ICMBio em Foco
Revista eletrônica semanal
Editores
Ana Carolina Lobo da Silveira - jornalista
Ivanna Costa Brito
Lísias de Moura
Fotógrafo da DCOM
Leonardo Milano
Projeto Gráfico / Diagramação
Lainy Aparecida da Silva
Colaboraram nesta edição
Aldo Sérgio Vasconcelos – Núcleo Comunicação Nordeste; Alessandra Lameira – Parna Montanhas do Tumucumaque; Bruno Rafael Miranda Matos – Flona Crepori; Cristiano Andrey Souza do Vale – Resex Lago do Cuniã; Danieli
Marinho Nobre – Resex Cassurubá; Eduardo Barroso – Resex Recanto das Araras de Terra Ronca; Fernando Pinto
– DCOM; Flávia Rossi – Parna Descobrimento; Ícaro Allande – Núcleo Comunicação Nordeste; Jordano Pires
Lopes – Parna Lagoa do Peixe; Júlia Barroso – Parna Tijuca; Lilian Miranda – Parna Campos Gerais; Luciano Bonatti
Regalado – Flona Ipanema; Marcelo Afonso – Flona Ipanema; Mitzi Oliveira da Silva – Esec Cuniã; Mônia Fernandes
– Rebio Bom Jesus; Rosária Sena Cardoso Farias – Resex Renascer; Sandra Tavares – DCOM; Tadeu Oliveira – Rebio Santa Isabel; Vanessa Bitencourt – Acadebio.
Divisão de Comunicação - DCOM
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio
Complexo Administrativo Sudoeste - EQSW 103/104 - Bloco B - Térreo - CEP: 70670-350 - Brasília/DF Fone
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1 Edição 268 Encerrado momento presencial do 4º Ciclo