Edição 268 EDIÇÃO 268 - ANO 7 - 25 DE OUTUBRO DE 2013 Presidente do ICMBio participa de Congresso de Jornalismo Ambiental NGI Mambaí comemora estratégia de parcerias bem-sucedidas Projeto avaliará mudanças climáticas e serviços ambientais Encerrado momento presencial do 4º Ciclo de Gestão Participativa UERJ lança Guia sobre Parque Nacional da Tijuca Portaria fixa metas institucionais 1 Edição ICMBio em Foco Sandra Tavares Vizentin participa do V Congresso de Jornalismo Ambiental dade”; o secretário de Defesa Civil do DF, coronel Luiz Ribeiro, que tratou da “Ocupação desordenada e desastres naturais”; e a consultora em Mudanças Sustentáveis, Alexandra Reschke, que falou sobre “Gestão Territorial - interesses e desafios”. Aldo Paviani deu ênfase à ocupação de Brasília, que, mesmo sendo uma cidade planejada, enfrenta problemas estruturantes, a exemplo do adensamento urbano nas cidades satélites e dos problemas de transporte público com ônibus e metrô. A verticalização de cidades como Águas Claras foi outro exemplo citado pelo geógrafo. Presidente durante painel sobre ocupação territorial e bem-estar social O presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, participou na manhã da última sexta-feira, no Centro Universitário de Brasília - Uniceub, do painel “O bem-estar social e o uso/ocupação do território”, parte da programação do V Congresso de Jornalismo Ambiental, promovido pela Rede Brasileira de Jornalismo Ambiental - RBJA. Vizentin falou sobre “Gestão e planejamento territorial no Brasil”, com moderação feita pelo jornalista da RBJA e da Globo News, André Trigueiro. Participaram também do painel o geógrafo da UnB, Aldo Paviani, que falou sobre “Ocupação urbana, crescimento e sustentabili- 2 O coronel Luiz Ribeiro explanou de forma simples e objetiva sobre como os grandes acidentes que são fruto da ocupação desordenada do solo acontecem e como, no caso de Brasília, os avanços históricos sobre o território têm se dado nas áreas mais sensíveis, próximo a áreas de preservação, como margens de rios e córregos. Já a consultora Alexandra Reschke usou o exemplo histórico da abolição da escravatura para destacar que assim como os escravos, à época, não tinham para onde ir e muitos ficavam pelas ruas vendendo sua mão de obra a preços baixíssimos, a questão do território ainda é um impasse, quando se pensa que as áreas são planejadas tendo como premissa os interesses de grandes grupos econômicos ou sociais. “A quem interessou a abolição naquela época? E a quem interessa a gestão dos espaços hoje? Nesse sentido é preciso assumirmos nosso ativismo político, tendo conhecimento de nós mesmos para que tenhamos um dia uma sociedade mais responsável por suas escolhas”, destacou Alexandra. Reforçando esse pensamento, o presidente do ICMBio levantou um grande questionamento: “O Brasil tem de fato uma política de planejamento territorial?”. Para ele, se cada cidadão não percebe esse planejamento na escala regional ou local, em suas cidades, que dirá em escala nacional, no amplo território brasileiro. “E mesmo que essa política de planejamento existisse, de quem seria a competência de conduzí-la?”, frisou. Vizentin levou o público à reflexão de que o Brasil precisa desenhar uma proposta de gestão do território que não seja fruto de uma visão fragmentada, com foco em modelos específicos de desenvolvimento. “Temos que ser ativos nesse processo de construção de modelo que leve a sustentabilidade e o bem-estar social para dentro do debate. Este tem sido o grande desafio da área ambiental”, destacou nosso presidente para o público formado por estu- 268 dantes e assessores de comunicação especializados em meio ambiente. Segundo dados da Organização Mundial do Comércio - OMC e da Food and Agricultura Organization - FAO, citados por Vizentin, em breve a população do planeta será de nove bilhões de pessoas e será preciso mais alimentos. Nesse sentido, o Brasil é visto internacionalmente como o grande celeiro agrícola. “Mas se esquecem de que somos o grande celeiro de biodiversidade também”, frisou o presidente do ICMBio, para quem a dimensão da sustentabilidade tem a ver “com a capacidade de suporte e de produção dos ecossistemas. E isso tem que ser respeitado”. Portaria fixa metas institucionais As metas institucionais globais do Instituto Chico Mendes para fins de pagamento da Gratificação de Desempenho de Atividade de Especialista Ambiental - GDAEM e Gratificação de Atividade Técnico-Executiva e de Suporte ao Meio Ambiente GTEMA aos servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente do Plano Especial de Cargos foram fixadas pela Portaria nº 427, do Ministério do Meio Ambiente, publicada na última semana. As metas referem-se ao período de 1º de junho de 2013 a 31 de maio de 2014 e serão utilizadas para a avaliação de desempenho institucional do ICM- Bio. A Coordenação-geral de Planejamento Operacional e Orçamento - CGPLAN é o setor responsável pelo monitoramento das metas e pela consolidação das informações referentes aos resultados alcançados. Para o pagamento da gratificação, a CGPLAN encaminhará à Coordenação-geral de Gestão de Pessoas do MMA os percentuais apurados do cumprimento das metas. Os indicadores e metas de desempenho estão disponíveis em http://pesquisa.in.gov.br/ imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?data=17/10/2013 &jornal=1&pagina=49&totalArquivos=84. 3 Edição ICMBio em Foco a Universidade Federal de Goiás - UFG, além de se aproximar dos atores municipais e estaduais já presentes, como a Emater e associações de agricultores. Estas parcerias abriram as portas para a conquista de todos os editais em que se inscreveram. Eduardo Barroso NGI Mambaí comemora estratégia de parcerias bem-sucedidas A primeira conquista foi a Chamada Pública nº 4 do Serviço Florestal Brasileiro. Neste edital o NGI estimulou e auxiliou os projetos de assentamento da APA Nascentes do Rio Vermelho a se inscreverem para receber 600 horas de assistência técnica para gestão do empreendimento, manejo, beneficiamento e comercialização de frutos do Cerrado. A iniciativa apresentada pelo Projeto de Assentamento Cynthia Peter foi contemplada para a felicidade dos agricultores familiares. Junto com o Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília - CDS/UnB, o NGI conquistou o Edital Pro-Ext 2014 do MEC. Este projeto garantiu três bolsas de extensão universitária para a realização de atividades de diagnóstico rural de pequenos agricultores da APA e da Resex. A terceira boa notícia foi a conquista do edital PPP-Ecos, promovido pelo Instituto Sociedade População e Natureza - ISPN. Nesta oportunidade serão implementados 1.000 m² de Sistemas Agroflorestais em 30 famílias distribuídas entre o Assentamento Cynthia Peter e a Agrovila do Funil, totalizando 30.000 m² de áreas recuperadas. Resex Recanto das Araras de Terra Ronca De olho no fechamento do ano, o NGI Mambaí, localizado no nordeste de Goiás, comemora o terceiro edital conquistado junto com as parcerias articuladas em 2013. O escritório que abriga as UCs Área de Proteção Ambiental das Nascentes do Rio Vermelho, Floresta Nacional da Mata Grande, Reserva Extrativista de Recanto das Araras de Terra Ronca e Refúgio de Vida Silvestre das Veredas do Oeste Baiano focou 4 boa parte de sua energia na construção de parcerias institucionais para compensar a falta de recursos humanos. São apenas dois analistas e dois técnicos para lidar com as quatro UCs que abrigam cerca de 330 mil hectares de Cerrado. Reconhecendo a escassez de atores locais qualificados, os servidores do NGI estabeleceram parcerias com a Universidade de Brasília - UnB e Somados os valores dos três editais, o NGI atraiu recursos na ordem de R$ 500 mil para serem aplicados na região, com bolsas, insumos agrícolas, contratação de profissionais e deslocamento dos novos parceiros; sem contar as visitas técnicas e relatórios elaborados por pesquisadores e estudantes que passaram pelo escritório. “A estratégia adotada foi apostar em editais que se complementavam, possibilitando a recuperação de áreas degradadas, aliadas à promoção 268 de alternativa de renda para a agricultura familiar, tudo acompanhado por universidades e assistência técnica. Além disso, conseguimos melhorar significativamente a imagem do ICMBio localmente, antes associada apenas à repressão. Desta forma, temos aberto um bom campo de trabalho para 2014, mesmo no cenário de corte orçamentário”, disse o analista Eduardo Barroso, chefe da Resex e chefe substituto da APA. Segundo Humberto Lucena, chefe da APA, “compensamos nossa falta de mão de obra e atraímos novos atores para a região, carente de agentes que promovam o desenvolvimento socioambiental”. Marcos Cantuário, chefe da Flona, diz que “as parcerias criadas trouxeram um novo ânimo no dia a dia da gestão, apesar de estar sozinho em minha UC”. Os dois técnicos se animam, pois antes de 2012 estavam sozinhos para gerir as quatro unidades. Sandro Borges, analista recém-ingresso no NGI para chefiar a RVS, ficou surpreso com a infraestrutura da sede, que possibilitou “hospedar pesquisadores, professores e alunos de graduação e mestrado que geraram informações relevantes para a gestão de todas as UCs. Essas estimularam trabalhos de conclusão de curso, dissertações de mestrado e trabalhos de extensão”. Um dos mestrados em andamento é de uma estudante francesa que chegou até a APA por indicação de professores do CDS/UnB. “Mostramos aos parceiros que aplicar sua atividade na UC garante pontos na avaliação de editais, além de apoiar a implementação de uma política pública e garantir que o conhecimento gerado não fique parado em alguma estante”, complementa Eduardo Barroso. O NGI atualmente encaminha termos de reciprocidade articulados com o Instituto de Estudos Socioambientais da UFG, o CDS/UnB e a Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Goiás - Semarh, esse último termo para a formação de um mosaico de UCs na região de Terra Ronca. 5 Edição ICMBio em Foco Participantes do quarto ciclo Vinte e sete servidores, entre eles participantes do Ibama, da ANA e do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais participaram do terceiro momento presencial do 4º Ciclo de Gestão Participativa ocorrido entre os dias 1º e 9 deste mês, na Acadebio. O evento teve como objetivos gerais propor e implementar processos de planejamento de projetos, com enfoque participativo na perspectiva do Marco Lógico, e analisar criticamente os processos de comunicação de massa e institucionais e desenvolver práticas comunicativas que favoreçam a participação social e a redução de assimetrias. No módulo 4, Planejamento Participativo, os alunos vivenciaram instrumentos de planejamento, como Ciclo de Gestão Adaptativa, Matriz do Marco Lógico e Plano de Ação. Já no módulo 5, Comunicação para a Gestão Participativa, foram realizadas oficinas de rádio, vídeo e impresso. Temas como Educomunicação, planejamento em comunicação, Estratégia Nacional de Comunicação e Educação Ambiental - Encea, arteeducação, teatro fórum e um novo marco regulatório da comunicação no Brasil também foram abordados. Uma aula de dança circular, ministrada pela primeiradama de Sorocaba e presidente do Fundo Social de 6 Solidariedade (FSS), professora Maria Inês Pannunzio, também fez parte da programação. Conhecida também como dança de roda, a atividade reúne os participantes de mãos dadas, acompanhando músicas tradicionais de vários países. “Em clima de cooperação e alegria, trabalham coordenação motora, atenção, lateralidade e concentração. A dança tem características curativas e estimula o respeito pelo limite do próximo”, disse Maria Inês. Durante o evento, foi apresentado o documento “Carta de Iperó”, que surgiu de ação coletiva entre os servidores do Instituto e participantes do curso, no segundo momento presencial. Tendo como pano de fundo a participação social apregoada pelo SNUC, o documento reivindica que o ICMBio assuma o Ciclo de Capacitação em Gestão Participativa como cultura institucional prioritária, garantindo seus desdobramentos. Após receber assinatura dos participantes do ciclo, cópia do documento foi encaminhada à ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ao presidente do ICMBio, Roberto Vizentin, aos nossos diretores e outros setores do Instituto. “O intuito é fortalecer espaços de discussão como o Ciclo de Gestão Participativa, além de garantir condições para que a gestão participativa seja efetivada nas UCs”, comenta o analista ambiental e sociólogo Fernando Gomes. O momento marcou o encerramento dos encontros presenciais em 2013 e foi carregado de emoção com a saída do analista ambiental Felipe Mendonça da chefia da Divisão de Gestão Participativa - DGPAR, área técnica responsável pela condução do ciclo. Agora, os participantes retornam aos seus locais de trabalho com o compromisso de testarem seu aprendizado na execução de projetos de aprimoramento prático. Projeto avaliará mudanças climáticas e serviços ambientais Durante o mês de novembro, o Projeto Extremo Oriental das Américas começará a avaliar as emissões de gases de efeito estufa do solo para a atmosfera nos ecossistemas da Floresta Nacional da Restinga de Cabedelo (PB), inaugurando uma série de procedimentos de alta complexidade científica. Trata-se de um marco no monitoramento em ambientes estuarinos da Paraíba, pois acompanhará a dinâmica do carbono em ecossistemas de mangue e floresta a partir do conhecimento do fluxo de gases de efeito estufa em remanescentes de Mata Atlântica, com vistas à valoração dos serviços ambientais e das mudanças climáticas globais. As medições serão feitas com a utilização de dois analisadores de gases por absorção na faixa do infravermelho acoplado a campânulas especialmente construídas para avaliar o fluxo de gases do solo – as taxas do fluxo de gás carbônico (CO2) são determinadas pelo aumento da concentração desse gás no interior da campânula e por um conjunto de sensores capazes de registrar pequenas variações na umidade e na temperatura do solo. O coordenador do Grupo de Pesquisa do CNPq “Alterações Ambientais e Uso da Terra”, professor Alexandre Fonseca D’Andrea (IFPB), acredita que o aprofundamento desta linha de pesquisa será importante para ampliar o conhecimento científico sobre temas relacionados à fixação do carbono em ambientes estuarinos, pagamento por serviços ambientais e alterações climáticas. Segundo o analista do ICMBio, Orione Álvares, integrante do Grupo de Pesquisa, essas medições do fluxo de CO2 e vapor d’água para a atmosfera oferecerão suporte para o monitoramento contínuo das emissões de gases de efeito estufa em diferentes pontos da floresta. Assim, afirma nosso colega, a Flona poderá até mesmo ofertar créditos de carbono no mercado internacional. A pesquisa é uma parceria do Instituto Chico Mendes com o Instituto Federal da Paraíba - IFPB, tendo sido aprovada pela Fundação FAT-Vitae sob o título “Emissão de Gases de Efeito Estufa”. O grupo iniciou seus estudos há alguns anos com a avaliação da qualidade do solo em ambientes preservados e sob uso agrícola, e avança neste momento no contexto dos estudos das transformações do carbono no ambiente. Os pesquisadores estimam que, até o momento, foram investidos R$ 300 mil em equipamentos e treinamento. Os resultados da pesquisa devem contribuir para o aumento do banco de dados de emissões de gases de efeito estufa em regiões tropicais e subsidiar a avaliação de impactos de alterações do uso da terra sobre as alterações climáticas em escala local e nacional. As emissões de CO2 do solo são provenientes basicamente de três processos que podem estar interligados: decomposição de materiais orgânicos de origem variada, respiração do sistema radicular das plantas e atividade dos organismos (biota) do solo. Pamela Stevens Alessandro Almeida Oliveira Encerrado momento presencial do 4º Ciclo de Gestão Participativa 268 Flona Restinga de Cabedelo poderá ofertar créditos de carbono no mercado internacional 7 Edição ICMBio em Foco Parna Tijuca é eleito melhor lugar do mundo para caminhadas O Lonely Planet, considerado o maior guia de viagens do mundo, elegeu o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, o melhor lugar para caminhadas em área urbana. A nova edição do guia lista mil aventuras ao redor do planeta e faz um ranking dos melhores locais. Nele, as trilhas do parque carioca figuram acima das de outros lugares como Londres, Cidade do Cabo, Sidney e Vancouver. Peterson de Almeida UERJ lança guia sobre Parque Nacional da Tijuca 268 A escolha, feita pelos próprios editores do Lonely Planet, foi bem recebida pelo chefe do Parna, Ernesto Castro. Para ele, “o prêmio é um reconhecimento ao parque, como local privilegiado em uma cidade inigualável, e também aos funcionários e voluntários que fazem a sinalização e manutenção das trilhas para garantir a segurança e o lazer dos visitantes”. Treze autores, incluindo a coordenadora do projeto e professora do Instituto de Biologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, Andréa Espínola, lançaram o Guia de Campo do Parque Nacional da Tijuca. O evento foi na última segunda-feira, na Capela Ecumênica da UERJ, aproveitando a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2013. O guia pretende auxiliar professores da educação básica na utilização do Parna Tijuca como local para o desenvolvimento de aulas não formais, a partir de um roteiro que destaca os principais pontos a serem observados e abordados. A unidade foi escolhida por sua relevância histórica, ambiental e cultural para a cidade do Rio de Janeiro e pelas características que facilitam a visitação, como a infraestrutura na recepção de alunos e a presença de trilhas didáticas. 8 Com prefácio da museóloga Ana Cristina Vieira, funcionária aposentada e profunda conhecedora da parte histórica do parque, e ainda com o apoio de dois atuais colaboradores, Alexandre Justino e Lúcio Palma, o guia foca na Trilha dos Estudantes, que como o nome sugere, é tradicionalmente usada para visitas escolares. O percurso apresenta placas explicativas e informações sobre a flora, fauna e importância do parque para a cidade. Com aproximadamente mil metros, os alunos vão do portão de entrada do setor Floresta até o Centro de Visitantes, onde encontram uma importante exposição, que complementa as informações absorvidas durante o trajeto. Apenas em formato de CD, o guia tem tiragem inicial de duas mil unidades, que serão distribuídos para professores e alunos da educação básica nas escolas da rede municipal e estadual do Rio de Janeiro. Segundo o nosso colega, a UC passa por obras para melhor atender aos visitantes – como a construção do Complexo Paineiras, Centro de Visitantes com exposição educativa, restaurantes, banheiros, estacionamentos e lojas de suvenires no acesso ao Morro do Corcovado –, e pela estruturação da Trilha Transcarioca, que ligará vários parques, cruzando toda a cidade. “No parque estão prontos 30 quilômetros de trilhas, ligando o Alto da Boa Vista ao Corcovado”, disse Ernesto. Sobre a segurança da UC, ele declarou que, com as medidas de vigilância adotadas, as ocorrências diminuíram. “Os acessos oficiais são controlados por vigilantes e agentes do ICMBio, e as trilhas patrulhadas com apoio da Guarda Municipal e Polícia Militar. Apesar de ser um parque nacional, ele não está isolado do contexto da metrópole em que está inserido. O parque é o lugar mais seguro da cidade e, em 4 mil hectares, foram registrados cinco assaltos este ano. A título de comparação, isso representa 0,4% do número de assaltos registrados no bairro de Santa Teresa, vizinho à UC”, concluiu o chefe do Parna. 9 Edição ICMBio em Foco Gavin Andrews Christoph Jaster, chefe da UC; tenente-coronel Silva, do Batalhão da Polícia Ambiental; José Maria Lobato, prefeito de Serra do Navio; e Roberto Suarez, chefe de Gabinete do ICMBio Em clima de tranquilidade, ocorreu este mês a primeira de dez audiências públicas previstas para rediscutir o processo de criação do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque. Com esta iniciativa, o Instituto Chico Mendes cumpre decisão judicial proferida pela 2ª Vara da Justiça Federal do Amapá, que determinou que fossem realizadas novas audiências públicas para sanar suposta irregularidade durante o processo de criação da UC. A primeira audiência ocorreu no último dia 7, na sede do município de Serra do Navio. “Foi mais uma oportunidade de diálogo com a comunidade acerca dos anseios e das expectativas com relação ao parque. Desta forma, podemos ajustar os rumos da nossa gestão e buscar melhor inserção da unidade no contexto regional”, destaca o analista Christoph Jaster, chefe do Parna. A decisão da Justiça Federal foi controversa e carregada de inconsistências técnicas e jurídicas, o que motivou apresentação de recurso por parte da Advocacia Geral da União e de suas procuradorias especializadas 10 Memória histórica e ambiental André Guilherme Aos onze anos, Tumucumaque realiza audiência pública para rediscutir sua criação 268 contra a sentença. A decisão favorável aos interesses da União se deu no mesmo dia da realização da audiência em Serra do Navio, desobrigando o órgão gestor da realização das nove audiências restantes. Aos onze anos de existência, a UC já implementou o conselho gestor, que realizará em breve sua 20ª reunião ordinária; conduziu vários estudos técnicos nas áreas das ciências biológicas, meio físico, socioeconomia e desenvolvimento histórico-cultural; obteve certificação no Programa Gespública; desenvolveu seu Sistema de Informações Geográficas - SIG; concluiu e aprovou seu plano de manejo em consonância com os organismos da Defesa Nacional; e concedeu aproximadamente meia centena de autorizações de pesquisa, sediando vários projetos científicos. Em sua área de entorno desenvolve importantes projetos de educação ambiental e envolvimento comunitário, como o Curso de Pedagogia de Projetos em Temas Ambientais - CPPTA e o Projeto Quelônios do Oiapoque, em parceria com o Parque Nacional do Cabo Orange e o Ibama. Além disso, a UC é importante elemento no cumprimento das metas do Programa Áreas Protegidas da Amazônia - Arpa e um dos pilares de sustentação para o Mosaico de Áreas Protegidas do Oeste do Amapá e Norte do Pará, recém-oficializado. O parque obteve destaque na mídia local, nacional e internacional, atraindo os olhares da comunidade ambientalista e científica mundial para o Amapá. Agora, em plena fase de implementação, já está recebendo, em caráter oficial, os primeiros visitantes e desenvolverá em seu interior o Programa de Monitoramento de Biodiversidade, sob supervisão da nossa Coordenação de Monitoramento da Conservação da Biodiversidade - Comob. Reunião entre ICMBio e Arquivo Público de SP Nossos colegas Luciano Bonatti Regalado e Marcelo Afonso e os colaboradores André Guilherme e Adolfo Frioli, representando o Centro de Memória da Floresta Nacional de Ipanema, participaram de reunião, no último dia 15, com os dirigentes do Arquivo Público do Estado de São Paulo, sendo recebidos por Izaias Santana, coordenador do Arquivo Público, e pelos diretores do Departamento de Preservação daquela instituição. Eles discutiram a viabilidade de parceria institucional, visando à implantação de ações voltadas ao tratamento e disponibilização ao público do conjunto de documentos ligados à memória histórica e ambiental da Floresta Nacional de Ipanema. Além de preservar uma das mais expressivas biodiversidades do interior paulista, a Flona abriga uma série de sítios e monumentos históricos que serviram de palco para acontecimentos ligados à história do país. Segundo o coordenador do Centro de Memória de Ipanema, Luciano Regalado, “a documentação existente no Arquivo Público é de extrema importância para o conhecimento de como ocorreu a ocupação humana na área hoje pertencente à UC, pois há um histórico dessa ocupação e essas informações permitem aos pesquisadores conhecerem o cenário ambiental existente no passado e analisarem as implicações decorrentes das interferências sobre a paisagem e a biodiversidade regional ao longo dos últimos séculos”. O Arquivo do Estado possui em seu acervo mais de 3 mil documentos relativos à Ipanema, que abrigou no passado inúmeras atividades, muitas das quais utilizando intensamente os recursos naturais e que promoveram grandes modificações na paisagem. “Conhecer melhor as ações impostas ao meio ambiente no passado contribuirá para o planejamento e a adoção de estratégias mais adequadas, visando à preservação da biodiversidade regional”, finaliza Luciano. 11 Edição ICMBio em Foco Comunitários de Sossego visitam Resex Lago do Cuniã Ana Delanir Evalto Nascimento Flona Nísia Floresta é percurso de evento esportivo Cristiano Andrey, chefe da Resex; Silvano Gomes, Leonardo e Vanisilvia Gomes, comunitários; e Mitzi Oliveira, chefe da Esec Cuniã, durante visita ao Projeto de Manejo de Jacaré-açu 2ª Corrida Rústica de Nísia Floresta No último dia 12, a Floresta Nacional de Nísia Floresta (RN) fez parte do percurso da 2ª Corrida Rústica da cidade. O evento foi organizado pelo atleta local, João Batista, com o intuito de estimular o envolvimento da população com a prática esportiva e com o meio ambiente. Ela também revelou que o evento serviu para estreitar contato com atletas locais e com o organizador do evento, visando à promoção, em conjunto, de atividades esportivas que tenham caráter de sensibilização ambiental e que sejam compatíveis com as normas da UC. O evento contou com duas provas: uma de 5 km e outra de 10 km. Mais de 100 atletas, locais e vindos da Paraíba e de Pernambuco, correram pelas ruas de Nísia Floresta e pela flona nacional. João Batista, organizador da corrida e atleta que já conseguiu resultados expressivos em nível nacional, comemorou a realização da segunda edição da corrida. “Sabemos que é muito difícil organizar algo assim, mas temos que insistir e valorizar as práticas esportivas, pois elas são ferramentas de grande importância na prevenção e no combate ao uso de drogas entre as crianças e adolescentes”, declarou. “Foi a primeira vez que a corrida passou pela Flona. A novidade recebeu elogios dos atletas, tanto dos que já conheciam, como dos que passaram a conhecer a UC. Quer dizer, além de aproximarmos os atletas da natureza, divulgamos a nossa unidade”, afirmou Patrícia Macedo, chefe da Flona. 12 268 Moradores da comunidade de Sossego e da Reserva Extrativista Lago do Cuniã participaram de intercâmbio promovido pela equipe da Gestão Integrada Cuniã-Jacundá (RO) entre os dias 23 e 26 de setembro. A comunidade de Sossego, localizada no igarapé Mirari, interior da Estação Ecológica de Cuniã, apresenta traços tipicamente ribeirinhos, com sobrevivência provida pela pesca, extrativismo e agricultura familiar. A história desta comunidade reporta aos tempos de exploração da borracha, pois os moradores descendem de antigos seringueiros que se estabeleceram na região. Com a ampliação da Esec Cuniã, em 2010, a área ocupada pela comunidade de Sossego foi completamente anexada aos limites da UC. Desde que soube da presença da comunidade no interior da Esec, a equipe da Gestão Integra- da tem promovido ações com os comunitários, com a finalidade de compreender seu modo de vida e sua relação com a Esec Cuniã e promover o diálogo participativo e positivo ao tratar das questões de incompatibilidade entre a categoria da UC, a presença humana e os usos extrativistas. Dentre as ações, foi proposto o intercâmbio comunitário, que proporcionou aos representantes da comunidade de Sossego, Adriano Alves Borges, Vanisílvia Barroso Gomes e Silvano Barroso Gomes, vivência com os moradores da Resex Lago do Cuniã, diálogo com lideranças comunitárias, entendimento do processo de criação e gestão da UC e, principalmente, reflexão sobre os desafios da organização e do fortalecimento comunitário. Durante a visita, os comunitários também puderam conhecer o Projeto de Manejo de Jacarés, experiência modelo e inovadora na cadeia produtiva da sociobiodiversidade amazônica. O grupo conheceu todas as etapas dessa cadeia, desde a focagem noturna e captura dos jacarés nos lagos, o abate no frigorífico, armazenamento da carne em câmara fria, processamento das peles e tratamento dos resíduos. De acordo com a chefe da Esec, Mitzi Oliveira, “agora que atingimos este estado positivo de relacionamento, precisamos avançar nas tratativas com Sossego e construir com urgência um acordo comunitário. Isso, até a proposição de uma solução definitiva que deverá respeitar os direitos das comunidades tradicionais e os objetivos de criação da Estação Ecológica de Cuniã”. 13 Edição ICMBio em Foco Rebio Santa Isabel Criada em 20 de outubro de 1988, a Reserva Biológica de Santa Isabel, em Sergipe, completou 25 anos de existência. Desde o início a proposta é a preservação do ecossistema litorâneo que abriga a mais importante área de reprodução das tartarugas-oliva do Brasil. Dunas com vegetação de restinga, remanescentes de Mata Atlântica, manguezais, lagoas e praias desertas de areia fina e plana são os cenários encontrados na unidade de conservação que possui 45 km de extensão. Situada em Sergipe, abrangendo os municípios de Pirambu e Pacatuba, o principal trabalho realizado na Rebio é o de preservação das tartarugas marinhas desenvolvido pelo Tamar. Como estratégia de sucesso para conseguir atingir números representativos de tartarugas protegidas, sempre existiu a interação com a comunidade, por meio da geração de emprego e renda associada à preservação ambiental e ao resgate das tradições culturais e artísticas da região. Por meio do Programa de Valorização da Cultura, desenvolvido pelo Tamar, uma série de atividades que une cultura e conservação é realizada em todo o estado de Sergipe, com ênfase em Pirambu. Dentre outras, são 14 oficinas de dança, música, arte e capoeira desenvolvidas no espaço comunitário conhecido como Clubinho da Tartaruga. Todos os anos é realizada uma mostra do trabalho de incentivo à cultura e à arte das comunidades do entorno da Rebio, o festival Culturarte, sucesso em todo o estado de Sergipe, reunindo grupos folclóricos, apresentações artísticas e artesanato. Um grande cortejo pelas ruas da cidade de Pirambu é o ponto alto da festa que atrai moradores e turistas de todas as idades. Vocalização e comportamento das baleias-franca são estudados em Santa Catarina Paulo Flores Miguel von Behr Reserva Biológica de Santa Isabel faz 25 anos objetivo é relacionar o comportamento e os sons produzidos por grupos da espécie. O procedimento é realizado a partir de uma embarcação de onde os pesquisadores observam o comportamento dos grupos de baleias ao mesmo tempo em que captam, por meio de um conjunto de hidrofones, os sons produzidos pelos animais. Equipe à bordo de embarcação observa comportamento e sons das baleias Estudos como este permitem a ampliação do conhecimento científico sobre a espécie e são fundamentais para a conservação da baleia-franca, uma vez que fornecem informações acerca do comportamento e da comunicação natural da espécie que podem ser comparados com alterações comportamentais frente a impactos de atividades humanas. Os resultados do estudo poderão ser aplicados em sistemas capazes de detectar a presença de baleias, estimar o número e determinar a distribuição dos indivíduos, baseando-se unicamente nos sons emitidos pelos animais, aumentando a eficiência do monitoramento da população de baleias-franca em Santa Catarina. Uma equipe composta por biólogos do nosso Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos - CMA, do Projeto Baleia Franca - PBF, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN e voluntários acompanha simultaneamente as vocalizações emitidas pelas baleias e o seu comportamento neste final de temporada reprodutiva da espécie no litoral catarinense. O A iniciativa dá continuidade ao estudo realizado em 2011 pelo Projeto Baleia Franca, em parceria com a Universidade da Pensilvânia (EUA), a UFRN e o CMA, cujo objetivo foi identificar modificações no comportamento vocal das baleias frente ao ruído. Este projeto possui o apoio financeiro da Cetecan Society International e The Rufford Small Grants Fundation, e o apoio logístico, financeiro e científico do CMA, PBF e UFRN. O evento, organizado pela comunidade de Pirambu desde 1990, chega a 2013 com novidades: a sua realização acontecerá junto às três bases de pesquisa do Tamar no estado de Sergipe, duas delas no interior da Rebio Santa Isabel. O primeiro momento será o Culturarte Pirambu entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro, com soltura de filhotes nas praias da UC, apresentação de grupos de dança e música da região, cordel contando a história de Pirambu e da Rebio, exposições e o esperado cortejo dos grupos folclóricos. Um grupo de moradores de Pirambu, município sede da Rebio, é atualmente responsável pela organização do festival e esteve reunido com o chefe da UC, Tadeu Oliveira, para definir que este ano o evento também abordará os 25 anos da Rebio Santa Isabel, que serão lembrados durante todo o evento. As escolas são a grande estratégia adotada pela comissão organizadora do XXIII Culturarte, que desenvolverá a partir delas as ações para a realização do evento. Reconhecendo a importância da data e da UC, os organizadores prontamente abriram espaço na programação para abordar temas relacionados à Rebio. Colaboradores e antigos servidores serão lembrados, assim como será contada uma pouco da história da unidade de conservação. Durante o Culturarte serão organizadas palestras, concurso de fotografias e entrega de placas de agradecimento alusivas ao aniversário da Rebio Santa Isabel. 268 15 Edição ICMBio em Foco Interpretação ambiental para crianças Parabéns para nós! Como fruto do curso de interpretação ambiental, o Parque Nacional dos Campos Gerais (PR) está desenvolvendo um projeto de cartilhas com atividades infantis sobre a biodiversidade e geodiversidade daquela UC. Além de servir para sua divulgação, o material visa aproximar a população local aos atrativos do Parna. Outro fator motivador para a elaboração do material foi a carência de produtos infantis que retratem a biodiversidade e geodiversidade das regiões brasileiras. Nacional para Interpretação - NAI, instituição norteamericana de profissionais envolvidos na interpretação dos recursos naturais e do patrimônio cultural. Algumas dessas etapas são a definição de público alvo e estratégia de abordagem, elaboração da declaração de significância base para identificar temas interpretativos e escolha do meio a ser utilizado, tudo com o intuito de aproximar objetivos de manejo da UC aos objetivos interpretativos do projeto. O Parna Campos Gerais localiza-se na região centrooriental do estado do Paraná, caracterizada por sua vegetação de campos nativos entremeados por capões de floresta de araucária sobre geologia peculiar: a escarpa devoniana, degrau geológico que divide o Primeiro e o Segundo Planalto paranaenses. Neste contexto que se dá a formação de cânions, cavernas e cachoeiras muito utilizadas pela população para recreação e contato com a natureza. O material será levado à escolas da rede pública e particular, aumentando a abrangência do projeto “Conhecendo as unidades de conservação da natureza: ICMBio vai às escolas”, que atualmente trabalha com o público escolar na faixa etária entre 12 e 16 anos, uma vez que a UC não dispunha de material de apoio para atividades com público infantil. Além disso, o Parna estuda a possibilidade de envio do material pela internet aos interessados. Em fase de elaboração gráfica, o projeto deve estar disponível em 2014. A unidade foi criada em 2006, e está em processo inicial de regularização fundiária, o que inviabiliza investimentos em infraestrutura dos atrativos pelo ICMBio. Assim, a estratégia adotada pela gestão da UC é de produzir materiais que sensibilizem a população e divulguem o parque, mesmo fora da sua área. A elaboração do projeto interpretativo passou por várias etapas indicadas pela metodologia da Associação 16 Em comemoração aos seis anos de edição do ICMBio em Foco, completados na terça-feira, dia 22 de outubro, e ao Dia do Servidor Público, a Divisão de Comunicação realizará sorteio de brindes entre todos os que colaboram para a conservação da biodiversidade brasileira no Instituto Chico Mendes, sejam terceirizados, estagiários ou servidores. São dois kits infantis do Tamar; dois exemplares do livro “Serra do Espinhaço”, da Editora Empresa das Artes; dois exemplares do livro “Parque Nacional de Brasília 50 Anos”; dois exemplares do livro “APA Cos- ta dos Corais”, do nosso colega Miguel von Behr; e dois pen drives da Rio+20. Envie mensagem para ascomchicomendes@icmbio. gov.br até às 18h da próxima quarta-feira (30), com a frase “Quero participar do sorteio!” e seu nome. O sorteio será realizado com auxílio do sítio http://sorteiospt.com/list, na mesma ordem em que os brindes são citados ao lado, e o resultado será divulgado na próxima edição do ICMBio em Foco. Vamos lá? Boa sorte! Leonardo Milano Celso Margraf Cachoeiras do Parna Campos Gerais são muito visitadas 268 Quem quiser obter mais informações sobre o projeto desenvolvido no Parna Campos Gerais pode entrar em contato com Lilian Miranda ou a Coordenação-geral de Uso Público e Negócios pelos e-mails [email protected] ou [email protected], respectivamente. 17 Edição ICMBio em Foco Reunião para processo de renovação do conselho Sauim-de-coleira (Saguinus bicolor) 18 Posse dos conselheiros Mestrado UFSC Estão abertas, até 7 de novembro, as inscrições para o processo seletivo de mestrado em Perícias Ambientais, na Universidade Federal de Santa Catarina. São 20 vagas destinadas a servidores públicos da área ambiental. Informações em http://mppa.posgrad. Conselheiros da Flona Ipanema discutem empreendimento nuclear Na semana passada, os conselheiros da Floresta Nacional de Ipanema se reuniram com representantes do projeto do Reator Multipropósito Brasileiro - RMB, empreendimento da Comissão Nacional de Energia Nuclear - CNEN, que, se aprovado, será instalado na zona de amortecimento da UC. Durante o evento foram debatidos, a partir do EIA-Rima do empreendimento e do Plano de Manejo da Flona, os possíveis impactos ambientais da instalação e operação de um reator nuclear ao lado de uma unidade de conservação. A reunião contou com a presença do coordenador técnico do empreendimento, o engenheiro José Augusto Perrota, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da CNEN, que fez breve apresentação do projeto. O evento foi também preparatório para as audiências públicas de licenciamento ambiental do reator, iniciadas na última terça-feira e encerradas ontem nos municípios de Iperó, Sorocaba e São Paulo, respectivamente. Conselheiros debatem implantação de reator nuclear Colega Bruno Matos cumpre exigência de mestrado Foi publicado este mês, na Revista de Biologia Neotropical, artigo científico relacionado à pesquisa realizada no interior da Floresta Nacional de Caxiuanã, no Pará. O artigo é fruto da dissertação de mestrado defendida em maio de 2013, na Universidade Federal do Oeste do Pará, pelo nosso colega Bruno Matos, chefe da Floresta Nacional do Crepori (PA). A conclusão do curso bem como a publicação do artigo científico só foram possíveis graças à política de capacitação de servidores promovida pelo ICMBio, por meio da Coordenação-geral de Gestão de Pessoas, que juntamente com a nossa Coordenação Regional em Santarém, autorizou a licença capacitação do servidor. As íntegras do artigo científico e da dissertação do nosso colega podem ser conferidas, respectivamente, nos links www.revistas.ufg.br/index.php/RBN/article/ view/22520 e www.icmbio.gov.br/ ead/file.php/1/paginas/publicacoes/ pos/index.html. Conselhos de Itaituba I e II têm primeiras reuniões ordinárias A nossa Coordenação de Elaboração e Revisão de Plano de Manejo - Coman, juntamente com a equipe da Floresta Nacional do Crepori (PA), promoveu na semana passada as primeiras reuniões ordinárias dos conselhos consultivos das florestas nacionais de Itaituba I e II. A pauta das reuniões foi a elaboração dos planos de manejo de ambas as Flonas, situadas no estado do Pará, com o objetivo de assegurar a participação social dos principais grupos de interesse no planejamento das UCs. Os eventos contaram com apoio financeiro do projeto “Gestão Florestal para a Produção Sustentável na Amazônia” e com o apoio técnicoadministrativo do setor de Projetos Epeciais do ICMBio. Os recursos financeiros do citado projeto são oriundos de doação de fonte alemã – KfW – e são executados em conjunto pelo ICMBio e Serviço Florestal Brasileiro. Jeam Campos Chamar a atenção de toda a sociedade em relação ao direito de ir e vir das pessoas e também dos animais, além da importância da manutenção das áreas verdes para o bem-estar de todos os habitantes da cidade. Esse foi o objetivo dos participantes do passeio ciclístico organizado pelos grupos Pedala Manaus e Guaribike e o Plano de Ação Nacional para a Conservação do Sauim-de-coleira, coordenado pelo nosso Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros CPB, para comemorar o dia dedicado a esta espécie animal, no último domingo. A ecóloga Fernanda Meirelles, do Museu da Amazônia - Musa, que também participa do movimento, explica que o sauim-de-coleira (Saguinus bicolor) é um importante dispersor de sementes, na medida que os frutos são um dos seus principais alimentos. Acervo Rebio Bom Jesus O Parque Nacional da Lagoa do Peixe recebeu no último dia 17 a exposição “Nosso Pampa Desconhecido”, do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul. A exposição ficará na sede do parque até o final do mês de novembro. O Pampa Gaúcho é parte de uma importante região natural com cerca de 760.000 km², localizada na metade sul do estado, no Uruguai e no nordeste da Argentina, e corresponde a 63% do território gaúcho. “Nosso Pampa Desconhecido” reúne 30 fotos com temas como flora e fauna, arquitetura, atividades produtivas e costumes do gaúcho, registrados pelo fotógrafo Adriano Becker. São 36 painéis com fotos e informações sobre esse ecossistema. A expedição já passou por mais de seis dos municípios situados no bioma Pampa. O acesso a exposição é gratuita e aberto ao público em geral. Passeio Ciclístico celebra o dia do Sauim Dia 17 de outubro foi publicada no Diário Oficial da União a Portaria nº 242, que trata da renovação do Conselho Consultivo do Parque Nacional do Descobrimento, pela primeira vez. O conselho, criado em 2008, foi capacitado em julho deste ano. O processo de renovação, ocorrido em 9 de outubro, contou com o apoio e a presença do então chefe da Divisão de Gestão Participativa, Felipe Mendonça, e das representantes da Rede de Gestão Participativa da CR7, Leidiane Brusnello e Carolina Ferreira. Também participaram os analistas da Reserva Extrativista de Corumbau, Ronaldo Oliveira e Janina Azevedo, e Aristides Salgado Neto e Carmem Barcellos, chefe e chefe substituta do Parna, respectivamente. O Parna Descobrimento é o maior fragmento de Mata Atlântica de tabuleiro do Nordeste brasileiro e busca hoje sua estruturação dentro da unidade de conservação, por meio da construção de complexo administrativo, centro de visitantes e alojamento para pesquisadores. Wesley Pedro Parna Lagoa do Peixe abriga exposição “Nosso Pampa Desconhecido” Mostra gratuita fica na sede da UC até final de novembro Publicada renovação do Conselho do Parna Descobrimento Acervo CPB A próxima segunda-feira, Dia do Servidor Público, é ponto facultativo, conforme portaria do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O documento com todos os feriados e dias de ponto facultativo deste ano pode ser consultado em www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/ Legislacao/Portarias/2013/130103_ port_3.pdf. Acervo Parna Lagoa do Peixe Ponto facultativo Tomaram posse na semana passada os conselheiros do Mosaico de Unidades de Conservação do Lagamar. A presidência do conselho ficou com o chefe da APA Cananéia-Iguape-Peruíbe, Márcio Barragana Fernandes, referendando indicação feita no “II Encontro de Gestores do Mosaico Lagamar”. Como vice-presidente foi escolhido o servidor do Instituto Ambiental do Paraná - IAP, Harvey Schlenker. A primeira reunião foi em Antonina (PR), cidade turística inserida na APA Guaraqueçaba, que, além de abrigar uma APA estadual, uma Rebio, uma RPPN e ter intenção de criar uma UC municipal, conferiu cenário perfeito de representatividade de unidades de conservação das várias esferas administrativas. Inserido no maior remanescente contínuo ainda bem preservado de Mata Atlântica, o mosaico abrange 45 UCs situadas na região do Complexo Estuarino Lagunar do Lagamar, no litoral sul de São Paulo e litoral do Paraná. A região possui um dos maiores estuários da costa brasileira, abrangendo cerca de 2 milhões de hectares com rica biodiversidade, inúmeras espécies endêmicas, patrimônio histórico-cultural único, comunidades tradicionais, paisagens de grande beleza cênica e apelo turístico. ufsc.br/. O edital pode ser acessado em http://mppa.posgrad.ufsc.br/files/2013/10/Edital02.pdf. Thiago Rosa CURTAS Mosaico Lagamar 268 Conselheiros das Flonas Itaituba I e II 19 Edição ICMBio em Foco CURTAS Lançamento Acervo Resex Cassurubá Entre os dias 18 e 19 deste mês, ocorreu na Base Avançada do Cepene em Ponta de Areia, Caravelas (BA), a primeira capacitação do Conselho Deliberativo da Reserva Extrativista do Cassurubá. Esta foi uma demanda dos próprios conselheiros, devido à necessidade de maior nivelamento sobre manejo e gestão da UC e de obter maiores subsídios para que os membros possam efetivamente desenvolver suas funções e objetivos. Os principais temas abordados foram criação e limites da Resex Cassurubá; Regimento Interno do conselho; Lei de Crimes Ambientais; Noções e Leis de Navegação; Leis de Pesca; e Licenciamento. Toda apresentação foi seguida de intensa discussão. Além dos servidores da UC e da sua equipe de Educação Ambiental e Comunicação, participaram como palestrantes e instrutores Apoena Figueiroa, coordenador da nossa CR7, Pedro Oliveira Júnior e Gustavo Menezes, analistas da CR7. A Capitania dos Portos de Porto Seguro realizou palestra sobre noções e leis de navegação. O curso foi o primeiro momento para a garantia da representatividade e participação qualificada dos conselheiros. Conselheiros têm primeira capacitação Hoje (25), a partir de 17h, será lançado o livro “Território, Estado e Políticas Públicas Espaciais” – coordenado pela professora Marília Steinberger –, cujo capítulo sobre Política Ambiental é de autoria do nosso colega Carlos Felipe de Andrade Abirached, coordenador de Gestão Participativa. O lançamento ocorre durante seminário de mesmo nome no Auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, no subsolo do Minhocão Norte. Nosso colega profere, às 14h, a palestra “Política ambiental: intervenção do Estado no uso da natureza e do território”. O evento é promovido pelo Núcleo de Estudos Urbanos e Regionais do Programa de Pós Graduação da Universidade de Brasília. Renascer empossa Conselho Deliberativo Tomaram posse, no último dia 5, os membros do Conselho Deliberativo da Reserva Extrativista Renascer, no oeste do Pará. A cerimônia de posse foi na comunidade Santo Antônio e contou com a participação da comunidade de Prainha, localizada na Resex, e de moradores da sede do município. O coordenador da 3° Região, Carlos Augusto de Alencar Pinheiro, representou o nosso presidente Roberto Vizentin e deu posse à presidente do conselho, Rosária Sena Cardoso Farias, chefe da UC, que em seguida empossou os demais membros. O evento contou com a presença de Edel Nazaré de Moraes Tenório, vice-presidente do CNS; Juan Carlos Carrasco Rueda, consultor para cadastramento familiar nas UCs; e Parque Nacional da Serra da Capivara (PI) NO FOCO Gileno Andrade e Chagas Lins, representantes da empresa que arrematou a madeira leiloada da Resex Renascer. A prefeita Patrícia Barge Hage, conselheira da UC, estava com comitiva composta por secretários municipais e coordenadores das regiões da reserva extrativista. A Câmara de Vereadores de Prainha também se fez representada e desejou êxito aos conselheiros empossados. Rosária Sena Resex Cassurubá capacita Conselho Deliberativo 268 Cerimônia na comunidade de Prainha no início do mês Ops! Na matéria “PAN do Mutum-de-alagoas promove aumento populacional”, publicada na edição anterior do ICMBio em Foco, faltou citar o Criadouro Fazenda Cachoeira como uma das instituições que irão participar do Programa de Cativeiro. Foto da capa Floresta Nacional de Ipanema, em Iperó (SP), em foto de Leonardo Milano, analista e fotógrafo da nossa Divisão de Comunicação. Este mês nossos colegas da Flona e do Centro de Memória da UC se reuniram com representantes do Arquivo Público do Estado de São Paulo para avaliar parceria institucional. Fotos: Eraldo Peres, Nelson Yoneda e Ubajara Fidelis 20 21 ICMBio em Foco Edição 268 Parque Nacional da Serra da Capivara (PI) 22 23 ICMBio em Foco ICMBio em Foco Revista eletrônica semanal Editores Ana Carolina Lobo da Silveira - jornalista Ivanna Costa Brito Lísias de Moura Fotógrafo da DCOM Leonardo Milano Projeto Gráfico / Diagramação Lainy Aparecida da Silva Colaboraram nesta edição Aldo Sérgio Vasconcelos – Núcleo Comunicação Nordeste; Alessandra Lameira – Parna Montanhas do Tumucumaque; Bruno Rafael Miranda Matos – Flona Crepori; Cristiano Andrey Souza do Vale – Resex Lago do Cuniã; Danieli Marinho Nobre – Resex Cassurubá; Eduardo Barroso – Resex Recanto das Araras de Terra Ronca; Fernando Pinto – DCOM; Flávia Rossi – Parna Descobrimento; Ícaro Allande – Núcleo Comunicação Nordeste; Jordano Pires Lopes – Parna Lagoa do Peixe; Júlia Barroso – Parna Tijuca; Lilian Miranda – Parna Campos Gerais; Luciano Bonatti Regalado – Flona Ipanema; Marcelo Afonso – Flona Ipanema; Mitzi Oliveira da Silva – Esec Cuniã; Mônia Fernandes – Rebio Bom Jesus; Rosária Sena Cardoso Farias – Resex Renascer; Sandra Tavares – DCOM; Tadeu Oliveira – Rebio Santa Isabel; Vanessa Bitencourt – Acadebio. Divisão de Comunicação - DCOM Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio Complexo Administrativo Sudoeste - EQSW 103/104 - Bloco B - Térreo - CEP: 70670-350 - Brasília/DF Fone +55 (61) 3341-9280 [email protected] - www.icmbio.gov.br twitter.com/icmbio 24 www.facebook.com/icmbio