ESPECIAL ENPECON 2015
Olho vivo na crise e suas consequências
IV Encontro Pernambucano de Economia (Enpecon) discute os efeitos da
retração econômica e aponta saídas para o momento conturbado do país.
Evento foi promovido pelo Corecon-PE e Pimes/UFPE
Por Fausto Muniz
Como enfrentar a atual crise econômica brasileira? É possível manter
investimentos em meio a um cenário adverso e instável? Será que já é possível
prever um fim para o quadro de pessimismo que se alastrou nos últimos
meses? E Pernambuco, onde fica nessa história? Esses e outros
questionamentos, não tão simples de serem respondidos, mas necessários para
se compreender a conjuntura econômica e social do país, estiveram em foco
durante o IV Encontro Pernambucano de Economia, o Enpecon, realizado no
auditório do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE) pelo Conselho Regional de Economia de
Pernambuco (Corecon-PE) em parceria com o Programa de Pós-Graduação
em Economia (Pimes) da instituição de ensino.
O evento abriu espaço para diversas mesas de debates, conferências e sessões
paralelas com os trabalhos selecionados pelas comissões científica e
organizadora. Mais de 70 produções de todo país foram escolhidas para
integrar a programação, que contou com um número superior a 260 inscritos
nas seguintes áreas temáticas: Economia Pernambucana, Economia Regional e
Agrícola e Teoria Aplicada.
A mesa de abertura foi composta Paulo Santos, Diretor de Pesquisas da PróReitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq) da UFPE, que representou o
reitor da instituição, Anísio Brasileiro; por Ana Cláudia Arruda, presidente do
Corecon-PE, que abriu os trabalhos; Fernando Aquino, vice-presidente e
coordenador do IV Enpecon pelo Corecon-PE; João Paulo Lima e Silva,
Superintendente da Sudene; Thiago Norões, secretário estadual de
desenvolvimento econômico; Paulo Dantas da Costa, presidente do Conselho
Federal de Economia (Cofecon); além de Álvaro Barrantes, coordenador do IV
Enpecon pelo Pimes. Também marcaram presença Jerônimo Libonati, Diretor
do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFPE, Tatiane Menezes,
coordenadora do Pimes, e Marcílio Moraes, superintendente do Banco do
Nordeste (BNB) em Pernambuco.
“É um esforço enorme realizar um encontro dessa natureza, que busca
divulgar as mais recentes reflexões sobre temas ligados à economia e levar o
debate para a sociedade. É também um esforço de pesquisa e de trabalho,
para entender melhor e com mais profundidade a realidade brasileira e
pernambucana. Este é um dos principais objetivos do encontro: aproximar o
que está sendo produzido e refletido no meio acadêmico, abrindo e
provocando o debate construtivo que possa gerar reflexões estratégicas”,
declarou Ana Cláudia Arruda. Para Paulo Santos, que falou em nome do reitor
Anísio Brasileiro, a 4ª edição do evento é mais uma prova de que a iniciativa
se consolidou no calendário acadêmico. “O número significativo de trabalhos
inscritos, marcados pela variedade, abrangência e amplitude de suas
temáticas, também indica o sucesso da ação. Esperamos trazer discussões
positivas, proveitosas, que nos ajudem a entender melhor o fluxo dos fatos”.
Fernando Aquino citou como essencial para o êxito da iniciativa a integração
entre todos os membros parceiros (Corecon-PE e Pimes/UFPE). “Cada um
trouxe sua contribuição para os trabalhos escolhidos e os assuntos que seriam
dialogados nas mesas. É importante destacar essa coesão entre os membros
parceiros como fundamental para a concretização do projeto, assim como a
participação de nossos patrocinadores”, comentou. Ele também comentou
sobre a necessidade de se ver a questão do desenvolvimento na região do
Nordeste sob uma nova perspectiva. “Embora devamos reconhecer e apoiar o
êxito da política de desenvolvimento do governo de Pernambuco nos últimos
anos, é essencial que se evolua para um espaço de planejamento regional no
Nordeste, que amplificaria as oportunidades e a eficiência dos
investimentos”, complementou.
Representando a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste, Sudene,
João Paulo de Lima e Silva(foto abaixo) iniciou sua oratória fazendo uma
referência à posição defendida pelo revolucionário Vladimir Lênin, ‘a política
é o motor da economia’, e pontuou sobre a relevância ainda maior do evento
no contexto atual. “Com um cenário delicado, é mais do que importante a
realização de eventos como esse porque eles ajudam a nos situar, nos dão um
norte do que está se passando. Mas para se ter uma noção mais embasada
sobre o tema, faz-se necessário levar em consideração o peso do cenário
nacional e internacional. Nesse sentido, o próprio desempenho da Sudene
deve ser levado em conta tendo como base esse contexto”, contou.
A respeito dos aspectos políticos que envolvem esse quadro, ele enfatizou a
necessidade de que os impasses devem ser resolvidos no ambiente adequado,
afim de não atrapalhar a prospecção de investimentos para Pernambuco.
“Crise política se conversa na mesa, na negociação, na discussão de
alternativas, porque o impasse não interessa a ninguém, não interessa a
Pernambuco, não interessa à Economia. Temos que encontrar uma saída
política, uma saída negociável”, declarou.
O caráter pragmático dos assuntos em voga e a importância do Pimes foram
enfatizados pela professora Tatiane Menezes. “Nossos docentes e alunos
possuem uma verdadeira vocação para desenvolver trabalhos que busquem
soluções para problemas práticos do Brasil, e isso é extremamente
enriquecedor. O Pimes, inclusive, foi um dos primeiros programas de pósgraduação do país e ajudou a revelar talentos e ampliar oportunidades para
estudantes de todos os lugares”, assinalou.
DIFERENCIAIS COMPETITIVOS
Para o secretário de desenvolvimento econômico de Pernambuco, Tiago
Norões (foto abaixo), o encontro é uma oportunidade para dar visibilidade ao
que tem sido feito no Estado para combater as consequências da atual
retração. “Assim como em outros lugares, a situação por aqui não tem sido
fácil. O que temos buscado é trabalhar nossas forças para conseguirmos
diferenciais competitivos e atrair investimentos. Outra frente nossa é o
Econ. Paulo Dantas (Cofecon) e Secretário Tiago Norões (SDEC/PE)
desenvolvimento de ações estruturais que vão ajudar Pernambuco em
momentos posteriores mais ricos e favoráveis”, pontuou.
Segundo Tiago, que citou como fator estratégico a execução de uma política
de interiorização do desenvolvimento com a ascensão de novos polos de
crescimento, a exemplo do Vale do São Francisco e o núcleo industrial de
Escada, é importante enxergar o quadro com vista no longo prazo. “Um
exemplo claro disso é o Porto de Suape, que foi pensado há três décadas e nos
últimos anos se tornou uma realidade de peso, uma verdadeira locomotiva da
economia pernambucana”. “Suape é uma das âncoras do Estado, assim como a
Compesa e outras, e seu uso eficiente também é primordial na promoção do
desenvolvimento regional”, acrescentou.
AJUSTE FISCAL
O presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Paulo Dantas,
trouxe para a mesa o tema do ajuste fiscal e o apontou como necessário para
a retomada do equilíbrio nas contas do governo. “A realização de um ajuste
fiscal é imprescindível para possibilitar uma efetiva requalificação dos gastos
públicos. A reformulação do modelo tributário brasileiro também é outra
frente a ser pensada visto que o atual padrão prejudica principalmente as
classes menos favorecidas, os mais pobres”, disse.
Paulo também comentou sobre o projeto de lei 658, de autoria do senador
Inácio Arruda, do Ceará, que modifica a lei 1.411, a qual rege a profissão de
Economista. O referido instrumento legal visa alterar a regulamentação dos
trabalhadores desse segmento, que a cada eleição conquista maior
credibilidade entre o público. “É mais uma prova do reconhecimento dado
pela sociedade para os Economistas, ainda mais neste momento de muitas
dúvidas e incertezas em que são convocados para indicar caminhos,
alternativas e soluções”, falou.
Profa. Roberta Rocha (PPGECON/UFPE) e Prof. Carlos Roberto Azzoni (USP)
CONCENTRAÇÃO É A REGRA
A primeira mesa debatedora do Enpecon contou com a apresentação sobre
desenvolvimento regional e urbano de Carlos Roberto Azzoni, professor
titular da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São
Paulo (USP). No centro da conferência, os efeitos dos mais variados tipos de
concentração nos quatro cantos do mundo. “Concentração é a regra. Em
determinadas regiões do planeta, há uma grande concentração de práticas
inovadoras e cientistas de ponta. Quanto mais inovador for o setor
competitivo de uma região, maior será seu grau de competitividade. Nas
regiões ganhadoras, a competitividade é maior, porém menor nas perdedoras,
que devem trabalhar para alcançá-la”, revelou.
No contexto histórico do país, São Paulo, a maior metrópole, quase sempre
esteve no centro das concentrações, especialmente em termos de produção
científica e geração de trabalhadores hábeis para desempenhar suas funções.
No entanto, no novo século, o núcleo gravitacional econômico brasileiro
começou a se deslocar para o Nordeste, com clusters de alto potencial de
inovação, como Recife e Salvador. Ainda, Carlos frisou o papel das políticas
sociais como propulsoras no combate aos desníveis econômicos entre as
regiões. “As políticas sociais tiveram um importante papel na equalização
econômica, com efeitos positivos, ainda que, é bom ressaltar, tenham seus
respectivos custos”, indicou.
Por último, o economista, ao traçar um paralelo entre a realidade brasileira e
seu vizinho chileno, fez questão de apontar que a concentração prejudica o
crescimento econômico de ambos os países, mas há diferenças entre um e
outro. “O Brasil está ganhando com a desconcentração, ao contrário do Chile,
que segue aumentando sua concentração e sentindo suas consequências
negativas. Há ventos novos. Nós temos é que trabalhar nos nossos velhos
moinhos”, finalizou.
LIÇÕES DA EXPERIÊNCIA
O Nordeste é uma região pobre e com muitos pobres. A premissa foi um dos
pontos principais da apresentação de Raul da Mota Silveira Neto (foto
acima), professor do Programa de Pós-Graduação em Economia (Pimes), pela
Universidade Federal de Pernambuco. Com o título Políticas Públicas e
Desigualdades Regionais no Brasil: Lições da Experiência Recente, o
pesquisador elencou aspectos que caracterizam os desníveis entre as unidades
federativas do país, sobretudo a fomentar a persistência da pobreza.
“O Nordeste é uma região tipicamente ‘expulsora’ de pessoas, que se
deslocam para outros eixos econômica e socialmente mais desenvolvidos.
Contudo, essa baixa populacional não acarretou na diminuição da pobreza.
Basta ver os relatos na literatura, em que consta um número cada vez maior
de pessoas saindo da região por causa da fome”, contou. Assim, a região se
firmou como polo de emigração populacional, mas sem perder sua densidade
demográfica, o que a tornou um aglomerado de Estados pobres extremamente
adensados e com um expressivo contingente de pessoas pobres.
As desigualdades no país, segundo hipótese do pesquisador, decorrem de sua
dificuldade em arbitrar o respectivo mercado de trabalho. Para contornar essa
irregularidade na oferta e distribuição de empregos e, consequentemente,
gerar um impacto positivo na diminuição das disparidades regionais, uma
alternativa possível ao governo, na atualidade, seria concentrar o foco no
ensino superior e no setor de serviços. “Em Pernambuco, por exemplo, os
empregos chegaram, mas a maioria deles não foi para os pernambucanos. É
um desafio urgente trabalhar no Estado as condições de mercado de trabalho
locais e qualificar sua força de trabalho”, complementou.
Em outro momento, o professor comentou sobre o impacto regional das
políticas públicas do tipo Spatial Blind, as quais consistem na transferência de
renda para populações com base em critérios de espaço, localização. Nesse
sentido, Raul avalia ter a elevação do salário mínimo repercutido
principalmente sobre a população mais pobre, embora este aumento não
tenha sido fundamentado para atingir uma determinada localização.
Carlos Osório de Cerqueira, Economista e professor da Universidade Federal de Pernambuco.
VISÃO 2035
Daqui a vinte anos, Pernambuco se tornará um dos Estados mais prósperos do
país, especialmente no nível de escolaridade e na qualidade da educação,
segundo o projeto Pernambuco 2035, uma iniciativa do Governo Estadual e do
Movimento Brasil Competitivo. A posição também foi defendida por Carlos
Osório de Cerqueira, professor da UFPE participante da primeira Sessão
Especial do Enpecon, na qual abordou o peso estratégico do planejamento
econômico para o desenvolvimento estadual.
No site criado especialmente para o projeto, é possível que qualquer
internauta expresse as aspirações que deseja para o Estado, assim como
conhecer a fundo as metas idealizadas pela ação, tais como, no prazo de duas
décadas, quase dobrar o nível da escolaridade, além de melhorar a qualidade
de vida e reduzir a pobreza. O pesquisador também destacou um tema de
extrema relevância para a saúde pública: o aumento dos casos de microcefalia
no Estado, doença rara na qual bebês nascem com o crânio do tamanho menor
do que o normal e com grave incidência no Nordeste. Para contornar a
problemática, Carlos sugeriu a aplicação da Curva de Heckman, teoria
desenvolvida pelo Economista James Heckman, que recebeu o Prêmio Nobel
na área no ano de 2000.
Rodolfo Guimarães, gerente de pesquisas do Condepe/Fidem, Ana Claudia Arruda e Jorge Jatobá,
consultor da CEPLAN.
PERNAMBUCO EM CRISE
“Acho que já está bom de tanta notícia negativa, né?”. A frase foi de Jorge
Jatobá, Economista e Diretor Financeiro da CEPLAN, ao concluir a primeira
mesa redonda do segundo dia do Enpecon com a conferência A Economia
Pernambucana em Época de Crise. Como é possível antecipar, embora
Pernambuco tenha conseguido se destacar frente aos outros Estados durante
uma década inteira, as expectativas não são nada agradáveis, convergindo
com o panorama negativista que toma conta do resto do país.
Realizando uma apresentação bastante didática, o pesquisador mostrou, com
um nível de detalhamento cirúrgico, os meandros que caracterizam o cenário
desanimador estadual e nacional. Segundo ele, a crise teve seu princípio em
2011, tendo como um de seus pilares motivadores o esgotamento do consumo
das famílias, responsável por 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e o preço
descendente das commodities, que gerou um profundo e negativo impacto nas
exportações brasileiras e, consequentemente, queda na receita. Outros
sintomas apontam o cenário crítico, como o descontrole fiscal e as
“pedaladas” do Tesouro; o desencadeamento da Operação Lava Jato, que
“travou” as maiores empresas do país; e o próprio esvaziamento político da
Presidência, aliado à inflamação de conflitos com o congresso e disputas entre
o Senado e a Câmara.
A respeito desses últimos fatores, ele fez questão de assinalar a
preponderância do aspecto político sobre o econômico na eclosão da crise.
“Já passamos por cenários econômicos muito piores, que foram resolvidos
com medidas bem encaixadas. Mas o que ocorre, de fato, está além disso. É
um problema de ordem política, com uma crise de representatividade
nacional. Se não resolver o problema político, com certeza haverá
dificuldades em resolver os problemas econômicos”, afirmou.
Em Pernambuco, ele prosseguiu, a tendência é de desaceleração, embora
tenha crescido até 2014 acima do país. A construção civil deixou de ser um
dos principais motores da economia pernambucana, especialmente pela
conclusão de obras de grande porte, e provavelmente deve dar espaço para os
setores da indústria e de serviços. Ainda, há uma forte tendência de o Estado
absorver o impacto recessivo nacional. No Nordeste, o varejo segue em 2015
com queda livre em todos os Estados, com índices negativos na geração
líquida de empregos.
Já Rodolfo Guimarães, gerente de pesquisas da Condepe/Fidem, começou sua
oratória com números que mostram o avanço significativo de Pernambuco:
entre 2006 e 2010, o PIB do Estado cresceu mais do que o resto do mundo,
com 5,2% ao ano, frente a 4,5% no Brasil e 3,9% no restante do globo. Por
outro lado, a ascendência não durou muito: entre 2011 e 2015, o Estado caiu
para 2,4%, porém ainda permaneceu durante esse período à frente do país
(1,2%). O pesquisador caracterizou a situação atual brasileira como alarmante
e citou a inflação como o principal receio de todos os governos. “Todo
governo tem medo de perder o controle da inflação. O ajuste fiscal foi
implantado para essencialmente combater a probabilidade de a inflação
voltar a atingir os índices gravíssimos como já ocorreu em outras gestões”,
analisou.
EXISTE UMA SAÍDA?
Jatobá, entretanto, voltou a ressaltar que o caminho para uma recuperação é
de natureza política. O professor citou Lula como representante que, à época
de sua presidência, detinha grande capital político, embora estivesse num
quadro de alta inflação e dólar valorizado. “A presidência atual precisa
restabelecer sua articulação política, dialogar mais com o Congresso. Também
é preciso fazer um ajuste fiscal crível, realista, com prioridade no curto e no
médio prazo, e retomar investimentos com Parcerias Públicas e Privadas
(PPPs) e concessões para viabilizar a estrutura necessária à retomada do
crescimento. Tem que aumentar a produtividade e melhorar a educação
básica”, recomendou.
Prof. Gustavo Sampaio, do Pimes e Héctor Nuñes, pesquisador do Centro de Investigación de Desarrollo
Económico, do México.
DESAFIOS PARA O DESENVOLVIMENTO
Se a crise assusta e diminui investimentos, o desenvolvimento também implica
em desafios de toda ordem. E foi com essa perspectiva que o Enpecon
promoveu sua última palestra, comandada por Héctor Nuñes, pesquisador do
Centro de Investigación de Desarrollo Económico (CIDE), do México. O
estudioso levantou hipóteses sobre quais políticas podem ser adotadas por
governos para possibilitar o desenvolvimento das cidades sem perder a
sustentabilidade. Um dos destaques de sua explicação foi o estudo sobre a
integração entre os mercados de gasolina e etanol no Brasil no decorrer do
tempo e do espaço e as implicações geradas por essa tecnologia de duplo
combustível.
“As mudanças começaram em 2003, com a entrada no mercado de carros que
podem rodar tanto com gasolina quanto com etanol. Houve uma rápida
aceitação dessa tecnologia porque os motoristas puderam modificar a opção
por um ou outro com base no preço do dia. Antes, os consumidores só
comparavam preços quando decidiam qual tipo de carro iriam comprar”,
explicou.
PREMIAÇÕES
Após as apresentações, o Enpecon realizou a entrega dos certificados e
prêmios aos autores dos trabalhos selecionados pela comissão científica do
evento.
Economia Pernambucana
1 – A pobreza multidimensional em Pernambuco: uma análise no período de
2006 a 2013.
Autores: Andréa Ferreira da Silva (UFPB), Jair Andrade Araújo (UFCE), Eryka
Fernanda Miranda Sobral (UFPB), Janaildo Soares de Sousa (UFCE)
2 – Análise das dimensões de sustentabilidade nas cadeias produtivas de
Pernambuco.
Autores: José Victor Souza de Lima, Igor Fellype Loureiro e Fabian Ferreira
Silva (todos da UFRPE)
3 – Do açúcar ao petróleo: localização e evolução socioeconômica de Suape e
o seu entorno.
Autor: Danilo Raimundo de Arruda (REDESIST/UFRJ)
4 – As condicionalidades do Programa Bolsa Família e a importância da
atuação do CRAS em Alagoinha – PE.
Autoras: Geovânia de Lima Paes Duarte (IFPE) e Julia Rocha Araújo
(PIMES/UFPE)
Economia Regional e Agrícola
1 – Adensamento urbano como condicionante da mobilidade nos centros
urbanos brasileiros: o caso da região metropolitana do Recife.
Autores: Marina Rogério de Melo Barbosa (PIMES/UFPE) e Raul da Mora Silveira
Neto (PIMES/UFPE)
2 – Segregação residencial na cidade do Recife: um estudo recente da sua
configuração urbana.
Autores: Tássia Germano de Oliveira e Raul da Mota Silveira Neto (ambos do
PIMES/UFPE).
3 – Impactos das rendas não agrícolas sobre os indicadores de pobreza fostergreer-thorbecke (FGT) para as famílias rurais do Estado de Pernambuco.
Autores: Alan Francisco Carvalho Pereira (PPGECON/UFPE Caruaru),
Wellington Ribeiro Justo (PPGECON/UFPE Caruaru) e João Ricardo Ferreira de
Lima (EMBRAPA)
4 – Uma avaliação do programa de qualificação profissional Bolsa Futuro:
efeitos médios e heterogêneos.
Autores: Felipe Oliveira (UFPE), Rafael Terra (UNB) e Guilherme Oliveira
(UNB)
Teoria Aplicada
1 – Autoestima e desempenho escolar: estimativas utilizando a rede de
amizades da sala de aula.
Autoras: Michela Barreto Camboim Gonçalves e Isabel Pessoa de Arruda
Raposo (ambas da FUNDAJ)
2 – Testando as relações entre crescimento, desigualdade e pobreza: uma
abordagem bayesiana.
Autores: Cássio da Nóbrega e Eryka Fernanda Sobral (ambos da UFPB)
3 – O canal de crédito bancário no Brasil: uma abordagem de longo prazo.
Autores: Jocildo Fernandes Bezerra (PIMES/UFPE), Ricardo Chaves de Lima
(PIMES/UFPE) e Igor Ézio Maciel Silva (UFRN)
4 – Impulsos de política fiscal: uma análise para o caso brasileiro via modelos
vector autoregressive.
Autores: Edilberto Tiago de Almeida (PPGECON/UFPE Caruaru), Carla Calixto
(UFRPE/UAST) e Adelson Santos da Silva (UFRPE/UAST).
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IV Encontro Pernambucano de Economia (Enpecon)