Ano XVI - Edição 80 www.anicer.com.br Projeto EELA Concluída a primeira etapa, programa se prepara para nova fase mais abrangente Alvenaria Moldada Nova técnica une pontos positivos de dois sistemas construtivos e promete revolucionar o mercado 42º Encontro Nacional Recife recebe terceiro maior evento do setor cerâmico em outubro Revista da Anicer | nº 80 1 NONONONONONNNOONO Compromisso com desenvolvimento sustentável e responsabilidade ambiental Consultorias para análise dos processos produtivos, com foco no controle sistêmico das ações, redução das emissões, desperdícios, sustentabilidade e tecnologia. Qualificação com foco no desenvolvimento da indústria e na consolidação da avaliação da conformidade dos produtos de cerâmica vermelha como método fundamental à qualificação de produtos e ampliação do mercado. Consultoria com objetivo de maximizar o rendimento no uso das formas de energias (elétrica/térmica) e evitar perdas, identificando os pontos de desperdício de energia no processo. Desenvolvido para medir o impacto ambiental decorrente de toda a cadeia de produção de um produto, sistema ou processo, com o objetivo principal de minimizar os impactos ambientais. A indústria cerâmica é o primeiro setor da construção civil brasileira a desenvolver a Avaliação do Ciclo de Vida de seus produtos. Promove a sustentabilidade nas Micro e Pequenas indústrias de cerâmica vermelha, por meio de um conjunto de ações para implantação da Gestão Empresarial, promoção da Inovação Tecnológica, Eficiência Energética e Licenciamento Ambiental. A execução do projeto fortalece a economia do setor e melhora a qualidade dos produtos oferecidos no mercado. Saiba mais sobre nossos projetos pelo telefone (21) 2524.4431 ou e-mail: [email protected] 2 www.fundacer.org.br Revista da Anicer | nº 80 direTORIA ANICER PRESIDENTE: Luis Carlos Barbosa Lima 1º VICE-PRESIDENTE: Ralph Luiz Perrupato 2º VICE-PRESIDENTE: (todos os presidentes de entidades mantenedoras) 1º TESOUREIRO: Juadir de Oliveira Souza 2º TESOUREIRO: Manuel Ventin Ventin 1º SECRETÁRIO: Fernando Ibiapina Cunha 2º SECRETÀRIO: Benedito Bezerra Mendes DIRETOR DA ÁREA INDUSTRIAL: Antonio Carlos Cerqueira Fortes DIRETOR DA ÁREA ECONÔMICA E FISCAL: Francisco Belfort DIRETOR DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves Amigos, Já se passaram seis anos desde que assumi a presidência da Anicer. Anos intensos, marcantes, de muito aprendizado, satisfação e orgulho por ter colaborado para o reconhecimento do setor. Nesse período, pude conhecer a realidade do nosso segmento em todo o País. Aprendi que nossas diferenças são muito pequenas, que somos altamente competitivos, mas também muito solidários. Coisas incríveis que se repetem em todas as regiões. Empresas que brigam por um cliente, mas que emprestam equipamentos e peças de reposição entre si e se sentam à mesa para discutir assuntos comuns, acusar seu vizinho de concorrência desleal e formar cooperativas de extração e preparação de massa. Nunca perdemos nada em nossa produção, produzimos sempre além da capacidade instalada! Nossos produtos são os melhores do mundo, e nos achamos incrivelmente melhores e mais espertos que os outros! Aprendi que essas posturas estão longe de serem de arrogância, mas do “orgulho de ser ceramista”. Sempre digo que, quando Verônica Marques, antiga colaboradora da Anicer, lançou esse slogan, ela descreveu a cara do ceramista brasileiro. E o mais interessante é que, viajando por alguns países, percebi o mesmo sentimento, independente do grau de desenvolvimento e sofisticação da indústria. Sentimento que a cada dia cresce em mim. Poderia falar também sobre qualidade, mas o que mais me deixa orgulhoso é que somos comprovadamente os mais sustentáveis da cadeia da construção. Promovemos uma grande divisão de renda e geramos milhares de empregos, principalmente em regiões remotas. Oferecemos moradias para muitos de nossos funcionários e melhoramos continuamente as condições de trabalho em nossas empresas, não importando o porte delas. Orgulho-me também de termos conseguido estreitar o re- DIRETOR DA ÁREA AMBIENTAL: José Joaquim Gomes da Costa lacionamento com instituições como as federações das indústrias, em particular a Firjan, e agradeço DIRETOR DA ÁREA MINERAL: Henrique Antonio Nora de Oliveira Lima ximos de todo o sistema “S”, o que nos possibilitou um grande avanço técnico e intelectual. Também DIRETOR DE MARKETING: Constantino Frollini Neto ampliar nossos conhecimentos. DIRETOR DA ÁREA DE BLOCOS E TIJOLOS CERÂMICOS: Juan Roberto Germano DIRETOR DA ÁREA DE TELHAS CERÂMICAS: Cláudio Luis Kurth DIRETOR DA ÁREA DE TUBOS CERÂMICOS: Paula Regina Marchi de Souza DIRETOR DA ÁREA DE PISOS CERÂMICOS: Luiz Cláudio Sabedotti Fornari DIRETOR DA QUALIDADE: Carlos André Fois Lanna CONSELHO FISCAL EFETIVOS: Cláudia Pinedo Zottos Volpini Edézio Gonzalez Menon Laerte Simão SUPLENTES: Jorge Machado Mendes Telêmaco Santiago Osvaldo Duarte Rosalino CONSELHO CONSULTIVO Sylvio Alves de Barros Filho; José Abílio G. Primo; Walter Gimenes Félix; Mauro Raso Assumpção; Nelson Ely Filho; Wanderley Peccini ao presidente Eduardo Eugênio pelo fundamental apoio à nossa Associação. Hoje estamos mais prófirmamos parcerias internacionais que nos possibilitaram contatos e visitas importantíssimas para Quero agradecer a todos que me deram essa oportunidade, ao nosso vice-presidente, Ralph Perrupato, e aos membros da diretoria. Aos presidentes e colaboradores de Sindicatos e Associações, aos colaboradores dos Senais, principalmente dos laboratórios, e aos dos Sebraes, transmito o meu muito obrigado. Deixo aqui expressa a minha gratidão aos colaboradores da Anicer, que sempre agiram com empenho para a melhoria do setor, a todos os ceramistas e também aos fabricantes de equipamentos que souberam enxergar que somos todos do mesmo setor, que dependemos uns dos outros e que unidos seremos sempre fortes, mas que separados serão os primeiros a perder. Por fim, quero agradecer à minha família e sócios por compreenderem minha ausência nos momentos em que precisei me dedicar exclusivamente à Anicer. À minha mulher e minha filha, agradeço pela compreensão em minhas constantes viagens em que representei o setor. E gostaria de desejar muita sorte ao novo presidente, Cesar Gonçalves, porque competência todos sabemos que tem bastante. Seis anos não podem ser resumidos em um artigo apenas, mas plagiando uma conhecida frase, resumo afirmando que “tive muito orgulho de ser presidente da Anicer”. Muito obrigado. Luis Carlos Barbosa Lima Presidente da Anicer Revista da Anicer | nº 80 3 Sumário NONONONONONNNOONO 16 18 28 4 Revista da Anicer | nº 80 42 10 INOVAÇÃO Na medida certa 14 CSP Você conhece o seu produto? 26 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Projeto EELA 28 ENCONTRO NACIONAL Recife recebe terceiro maior evento do setor cerâmico 34 EVENTOS 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica 44 FINANÇAS O valor dá-se a quem tem 48 Cerâmica Sustentável é + Vida Novo projeto da Anicer e Sebrae vai atender a 600 empresas 54 21 Anos Um novo ciclo que se inicia 03 ARTIGO DO PRESIDENTE 06 CARTAS 08 INTEGRADAS 16 TENDÊNCIA DE MERCADO Arquitetura franciscana 18 METRO QUADRADO Loft em São Paulo 20 MOMENTO INSPIRAÇÃO Ruínas de cultura 22 ARTIGO TÉCNICO A norma brasileira de desempenho 36 PONTO DE VISTA Barry Siskind, presidente e fundador da ITMC 42 CERÂMICA VERDE Revestimentos sustentáveis 46 COLUNA DA QUALIDADE 50 MAROMBANDO Maria Salette Weber, coordenadora geral do PBQP-H, do Ministério das Cidades 56 PERFIL Massima Telhas Gres 57 MERCADO E INOVAÇÃO 58 SOCIAL 60 NOTÍCIAS DA ANICER 62 EVENTOS Editorial Ano novo, vida nova! E é neste espírito que temos o prazer de apresentar aos nossos leitores o novo formato da Revista da Anicer. Mais enxuta, com novas colunas e nova tipografia, a nossa revista vem cheia de novidades que esperamos que agrade ao público, tanto quanto nos agradou. Nesta edição, faremos um balanço do setor através de dois importantes programas: o Projeto EELA e seus desdobramentos e os resultados do Conheça o Seu Produto pela Avaliação da Conformidade, além de apresentarmos as novidades do 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha e a revolucionária técnica de Alvenaria Moldada. Na coluna Cerâmica Verde, você vai conhecer a empresa paulista que está misturando vidro, telas de TV e monitores de vídeo na composição da massa cerâmica para dar um destino adequado a estes resíduos e diminuir o tempo de queima. E a empresa Massima Telhas Gres abre suas portas para os nossos leitores. Convidamos o especialista Julio Cesar Sabadini para falar sobre as oportunidades da Norma de Desempenho 15.575 e a coordenadora do PBQP-H, Maria Sallete Weber, para apresentar as perspectivas de 2013. O consultor canadense Barry Siskind fala sobre o poder de estar cara a cara com seu cliente em feiras e exposições e a arquiteta Maria Luiza Corrêa mostra como transformou um velho armazém no centro de São Paulo em um agradável loft. Do Parque das Ruínas, no Rio de Janeiro, ao templo João Paulo II, na Croácia, nosso leitor vai se deliciar com a beleza simples e genuína de instalações feitas com produtos cerâmicos, numa viagem que vai do antigo ao moderno. Boa leitura! Diretor Executivo de Comunicação: Ricardo Kelsch - [email protected] Editor: Carlos Cruz - [email protected] Repórter: Manuela Souza - [email protected] Estagiária: Lilian Dias - [email protected] Projeto gráfico, diagramação e design: Tatiana Batalha - [email protected] Design: Jan Athayde - [email protected] Foto capa: Recife Convention & Visitors Bureau Colaboração Administrativa: Daiana Admiral, Elaine Araújo, Erika da Costa, Fernanda Duarte, Silvia Oliveira, Regina Junqueira, Sandra de Carvalho - [email protected] Colaboração Técnica: Antônio Carlos Pimenta Araújo - [email protected], Edvaldo Costa Maia - [email protected], Osíris Júnior - [email protected], Vagner Oliveira - [email protected], Denise Costa - [email protected], Max Piva - [email protected]. Publicidade: Lilian Moreira - [email protected] Márcia Sales - [email protected] Fotolito e impressão: Imos Tiragem: 10.000 exemplares Veiculação: Fevereiro/2013 Associação Nacional da Indústria Cerâmica Fone/fax: (21) 2524-0128, Rua Santa Luzia, 651-12º andar Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20030-041 Revista da Anicer | nº 80 5 CARTAS Bom dia! Gostaria de saber se vocês poderiam me A lei que trata da desoneração da folha de pagamento mencio- esclarecer algumas dúvidas sobre a Norma 15270 na as cerâmicas, e ao consultarmos em sistemas pesquisa por para Blocos Cerâmicos. Primeiramente, gostaria de atividade e por NCM nos informa que não está enquadrado da saber se é obrigatório o ensaio de blocos de vedação regra da desoneração. Na própria lei, em seu último artigo, onde por parte da construtora. Tenho dúvidas também menciona os NCMs, a mesma não está menção ao código que quanto à questão de Ensaios para amostragem sim- utilizamos acima mencionados. A dúvida é se esta atividade se ples e amostragem dupla. Não entendi quando utilizo enquadra ou não nesta lei. – STEVENSON DE ARAUJO MAFAL- uma ou outra e se ao utilizar a amostragem dupla, DO (AC) devo ensaiar 13 blocos da simples e mais 13 blocos da dupla. Desde já agradeço a atenção. – LAILA (SP) Assessoria Executiva responde: A Medida Provisória n° 582 aprovou o benefício em 20 de setembro de 2012, incluindo os Assessoria Técnica e da Qualidade responde: Res- produtos cerâmicos (69.04 – Tijolos para construção, tijoleiras, pondendo à sua pergunta, todas as construtoras tapa-vigas e produtos semelhantes, de cerâmica / 69.05 – Te- certificadas no PBQP-H devem adquirir materiais de lhas, elementos de chaminés, condutores de fumaça, ornamen- construção que atendam às normas técnicas vigen- tos arquitetônicos, de cerâmica e outros produtos cerâmicos tes. Para comprovar que os produtos atendam os para construção / 6906.00.00 – Tubos, calhas ou algerozes e requisitos da NBR 15.270, de blocos cerâmicos, as acessórios para canalizações de cerâmica). O ato prevê alíquota construtoras podem realizar testes a cada lote re- de 1% sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas can- cebido, mantendo os registros dos ensaios realiza- celadas e os descontos incondicionais concedidos. Este recolhi- dos na obra, no depósito da construtora ou em um mento substitui a contribuição de 20% sobre o total das remune- laboratório externo. A alternativa mais adequada é rações pagas no decorrer do mês aos segurados contribuintes adquirir os blocos de cerâmicas certificadas ou qua- individuais que lhe prestem serviços. A MP entra em vigor a par- lificadas no PSQ dos Blocos Cerâmicos, pois estas tir de 1º de janeiro de 2013. Vale salientar que nada muda para realizam testes em todos os lotes de blocos forne- as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo cidos. Assim, a construtora pode diminuir ou até eli- Simples Nacional. Os códigos dos produtos cerâmicos ainda minar a realização de ensaios destes blocos. Procure não estão inclusos na lei 12.546, pois a MP na sua região fornecedores de blocos com PSQ (ver ainda não passou pelo processo legis- em www.anicer.com.br ). Já quanto ao critério de du- lativo que irá convertê-la em lei. pla amostragem, funciona assim: item 4.6.1 – carac- De qualquer forma, a MP terísticas geométricas. Se na primeira amos- t r a - 582 está em vigor gem de 13 peças apenas uma ou duas forem reprovadas, o lote pode ser aceito. Caso mais de duas amostras forem reprovadas, passa-se à análise da segunda amostragem de 13 peças e nesta, se até três amostras forem reprovadas, aceita-se o lote. Caso mais de três reprovem, o lote deve ser rejeitado. 6 Revista da Anicer | nº 80 Para entrar e m contato c onosco, envie um e- mail para : revista@an ic ou ligue para er.com.br +55 (21) 25 24-0128 Revista da Anicer | nº 80 7 INTEGRADAS Representantes do APL de Cerâmica Vermelha estiveram reunidos no dia Itu recebe curso de cerâmica vermelha 7 de fevereiro, na Superintendência da Caixa Econômica Federal, em Ser- Para viabilizar a realização do Curso Téc- Caixa leva crédito ao Sergipe gipe, para tratar da abertura de uma linha de crédito voltada aos pequenos e médios produtores do ramo. O encontro contou com a participação do secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Saumíneo Nascimento; do superintendente da Caixa em Sergipe, Luciano Pimentel; e do gerente regional, Evandro Luiz Versiani. De acordo com Guimarães, a linha de crédito irá proporcionar um maior número de ações para desenvolver o setor no Estado. nico em Cerâmica Vermelha, organizado pelo Sindicercon/SP em parceria com o Senai-Itu, a Acervir está reunindo informações de empresas interessadas no programa através de um questionário. Ainda não há previsão para início das aulas, mas a intenção é de que o curso seja realizado de segunda a sexta, das 19h às 22h na sede do Senai-Itu, com duas aulas práticas por mês, sempre aos sábados, no Senai Mário Amato, em São Bernardo do Campo/SP. Os interessados deverão ter ensino médio completo e passarão por uma prova classificatória. Solicite sua ficha através do e-mail [email protected]. 8 ABNT publica Norma de Desempenho 15.575 Campanha visa à desoneração do gás natural A ABNT publicou, no dia 19 de fevereiro, a NBR 15.575 – De- A Acervir, em parceria com o Sindicercon-SP, sempenho de Edificações Habitacionais, mais conhecida como está se mobilizando para o lançamento de uma Norma de Desempenho, que passa a vigorar no dia 19 de julho campanha que visa a desoneração da carga de 2013, após 150 dias da sua publicação. A Norma de Desem- tributária do gás natural, tanto para as empre- penho introduz ou reforça novos conceitos, como desempenho sas que já utilizam este recurso quanto para as acústico, desempenho térmico e vida útil. É a primeira norma a demais que têm interesse em vir a utilizar. Para definir como um edifício deve se comportar ao longo do tempo participar desta mobilização, os interessados para atender às expectativas dos usuários. É consenso entre deverão entrar em contato com a associação especialistas que a Norma vai trazer muitos avanços a toda a informando dados como utilização atual de cadeia da indústria da construção e estabelecerá uma relação produto de queima, quantidade utilizada e in- de co-responsabilidade entre projetistas, fabricantes, constru- formação sobre o fornecimento de gás na sua tores, incorporadores e consumidores, criando uma linguagem região. Após esta etapa, será dado início às dis- unificada e transparente dentro da cadeia produtiva. cussões junto aos órgãos responsáveis. Revista da Anicer | nº 80 Feicon terá seminário sobre a nova Norma Inmetro regula comércio de telhas Neste ano, os organizadores da Feicon, em parceria com a AsBEA, O Inmetro publicou em 10 de janeiro no oferecerão aos visitantes da feira um seminário sobre a Norma DOU a Portaria nº 05, de 08 de janeiro de Desempenho ABNT NBR 15575 e seu impacto em projetos de de 2013, com o Regulamento Técnico arquitetura e em obras. A palestra, que acontecerá no dia 12 de da Qualidade para Telhas Cerâmicas e março, tem como objetivo explicar melhor os itens da nova norma, Telhas de Concreto, que estabelece as como a adequação do mercado da construção às novas exigências condições em que devem ser comercia- que já passam a vigorar em março. lizados estes produtos para a execução Foto: Feicon de telhados de edificações, bem como a metodologia para a determinação das dimensões efetivas dos produtos, visando à prevenção de práticas enganosas de comércio. A Portaria determina que a partir de 10 de janeiro de 2014 as telhas de cerâmica e de concreto sejam fabricadas e importadas somente em conformidade com o Regulamento aprovado. Mais informações no site do Inmetro. Com o desenvolvimento do setor Inscrições para o Prêmio Proteção Brasil construtivo no Ceará, uma área que O Prêmio Proteção Brasil, em sua oitava ganhará especial atenção do Gover- edição, está com inscrições abertas até o no do Estado é a de produção de ce- dia 3 de maio. A iniciativa valoriza o tra- râmica vermelha, hoje uma atividade balho de empresas e profissionais que se de impacto sobre o meio ambiente. destacam por ações em prol da qualidade Roberto Smith, presidente da Adece, de vida dentro dos locais de trabalho. A diz que o Governo do Estado preten- participação é gratuita, sendo necessário de reestruturar a indústria a partir da apenas apresentar um relato das ações substituição do uso de lenha pelo gás. A ideia seria conjugar vários desenvolvidas numa das categorias exis- pequenos produtores num mesmo local, utilizando gás natural ca- tentes do prêmio. A cerimônia ocorrerá nalizado. Segundo o sindicato, todas, com exceção de uma indús- durante a Expo Proteção, no dia 31 de ju- CE quer estimular cerâmicas tria em Itaitinga, utilizam lenha em sua produção. lho, em São Paulo. Revista da Anicer | nº 80 9 INOVAÇÃO Na medida certa Nova técnica une pontos positivos de dois sistemas construtivos e promete revolucionar o mercado Por Carlos Cruz | Fotos Divulgação Formas utilizadas para preenchimento com blocos cerâmicos e argamassa ou concreto de alta fluidez Armações de ferro utilizadas nas paredes de concreto moldadas in loco: oneração do processo C om o aquecimento do setor da construção tível no que diz respeito à qualidade, confiabilidade civil no País, potencializado por programas e aceitação do consumidor, mas seu processo al- do Governo Federal como o Minha Casa, Minha tamente artesanal faz com que muitas empresas Vida 1 e 2 e outros tantos eventos como Olim- acabem migrando para outros sistemas mais rápi- píadas e Copa do Mundo, grandes construtoras dos. “Eu tenho acompanhado de perto as queixas voltaram suas atenções para a busca de novas das empresas do setor. As que adotam a alvenaria tecnologias que proporcionassem alguns bene- tradicional em seus canteiros reclamam do fato do fícios importantes como a diminuição do tempo sistema ser altamente artesanal, principalmente de execução da obra e uma menor geração de agora com a escassez de mão de obra qualificada. resíduos. Desde então, um sistema construtivo Já as que optaram pelo sistema de paredes de con- começou a ganhar grande destaque nos cantei- creto moldadas in loco reclamam do alto custo do ros de obras públicas e privadas de Norte a Sul material, da baixa qualidade termoacústica, da pro- do Brasil. Conhecido como paredes de concreto pensão a patologias, mas principalmente da resis- moldadas in loco, o sistema consiste na utilização tência que o mercado tem a métodos construtivos de fôrmas preenchidas com concreto e amarra- diferenciados”, explica Costa. “Como se vê, o que é ções de ferro, montadas na própria obra. Com a bom em um é ruim em outro”, avalia. promessa de um serviço mais rápido e limpo, a técnica esbarra em problemas como custo elevado, engessamento da construção e degradação do meio ambiente, entre tantos outros. 10 Revista da Anicer | nº 80 Para solucionar esta questão, o empresário resolveu juntar os pontos positivos de ambos os processos e adicionou o tijolo cerâmico dentro das fôrmas onde antes só iam o concreto e as amarrações de Para o empresário mineiro Sérgio da Costa, a al- ferro. O novo sistema, batizado pelo empresário venaria tradicional, feita com tijolos cerâmicos, é como Alvenaria Moldada, faz uso das mesmas fôr- o sistema preferido mundialmente, sendo imba- mas utilizadas na construção de paredes de con- creto moldadas in loco. O produto final é uma alvenaria alvenaria comum”, conta. Os testes iniciais realizados exatamente como a tradicional em tijolos, porém feita na empresa de Costa apostam em uma redução de com praticidade e rapidez do sistema de fôrmas. até 80% no volume de concreto utilizado numa pare- Alinhamento perfeito dos tijolos de de mesma espessura e de até 20% nos custos em relação às obras que utilizaram paredes de concreto A técnica é bastante simples e não exige muito prepa- moldadas in loco. Mas para Costa, não se trata apenas ro da parte de quem vai operá-la, garante Costa. Pri- de uma redução de custos. “Temos que levar em con- meiramente, os tijolos são posicionados no interior da ta vários outros fatores, como ganho de qualidade, o fôrma e só então é inserida a argamassa ou o concre- que amplia ainda mais essa vantagem. Convenhamos to de alta fluidez. Como a parede é moldada na verti- que não há porque encher uma fôrma com concreto cal, para que os tijolos permaneçam organizados den- puro e ferragem, se a maior parte deste espaço pode tro da estrutura, são utilizadas as juntas pré-moldadas ser preenchida com tijolos, que são muito mais bara- de entijolamento, que funcionam exatamente como a tos, além de serem ocos, com a vantagem de melho- argamassa de assentamento na alvenaria tradicional. rar a qualidade termoacústica”, afirmou. O empresário Segundo Costa, no caso dos tradicionais tijolos fura- conta que a principal vantagem do novo sistema é a dos, as juntas deverão possuir o formato de barras industrialização do processo, dispensando o enqua- com dentes que se encaixem nos furos dos tijolos dramento manual dos tijolos com a constante verifi- periféricos. “Por sua vez, os tijolos devem estar com cação de nível e prumo, já que na Alvenaria Moldada o os vazados na vertical. Então, basta ir posicionando sistema funciona como um gabarito, bastando fechar as juntas de entijolamento rentes à fôrma e empilhan- a fôrma e inserir o concreto que a própria estrutura se do os tijolos em cima, colocação simples, sendo uma encarrega do resto. Costa acredita que, em compara- carreira de juntas e outra de tijolos”, explica. ção com os painéis cerâmicos pré-fabricados, que só Para manter as peças no centro da fôrma, com espa- podem ser montados na horizontal, a grande vanta- ços em cada lado que serão ocupados com reboco gem da Alvenaria Moldada é que as paredes podem no enchimento, saliências de distanciamento lateral ser moldadas em pé, na vertical. “Com isso, teremos a foram improvisadas nas próprias juntas. “Ao fechar- possibilidade de moldar uma casa inteira in loco. Esta, mos a fôrma, o concreto vai preenchendo os espa- por sua vez, também traz uma série de outras van- ços vagos, envolvendo e assentando todos os tijolos tagens, como isenção de ICMS, paredes monolíticas, de uma vez e ao mesmo tempo moldando o reboco. redução de custos com transporte e montagens, entre Com a retirada da fôrma teremos paredes super ali- outras”, acrescenta. Costa lembra que embora alguns nhadas e lisas, com todas as características de uma produtores de painéis cerâmicos produzam os mes- Imagens do sistema de formas utilizado para construção de conjunto habitacional: obras mais rápidas e mais limpas Revista da Anicer | nº 80 11 INOVAÇÃO mos diretamente no local da obra visando à redução de custos dos para que o produto chegue ao mercado com a máxima qua- com transporte e isenção de ICMS, continuará sendo necessá- lidade. “Na minha opinião, e aqui falo também como consumidor, rio aguardar o período de cura e a montagem posterior destes não existe e dificilmente existirá outro sistema construtivo como painéis. “Uma obra que já poderia ficar pronta em sua posição a alvenaria em tijolos, tanto no que diz respeito à qualidade, definitiva, como acontece com a Alvenaria Moldada, ainda vai precisar aguardar a cura total de aproximadamente 14 dias, para só então ser montada. Além disso, o fato da casa ser moldada inteira, em bloco único, proporciona uma melhor qualidade no que diz respeito à estanqueidade à água, já que as paredes monolíticas, neste caso, não possuem emendas”, finalizou. Segurança ainda será medida em testes Por fazer uso de insumos já utilizados juntos há décadas, como tijolo e cimento, o comportamento das edificações feitas com a Alvenaria Moldada dificilmente será muito diferente do que já é conhecido. Mas, segundo o empresário, ainda que o projeto seja 12 como em confiabilidade do mercado. Penso que não basta a um novo produto ter a mesma qualidade, mas, principalmente, conquistar a confiança do consumidor e isso pode levar décadas. A alvenaria em tijolos, já está enraizada na cultura da maioria dos países, e isso certamente é um fator determinante numa venda frente a um produto concorrente. Considero este, aliás, o grande trunfo do meu sistema construtivo: ser extremamente moderno e prático em seu processo de execução, sem abrir mão de ter como produto final, o mesmo produto que a décadas é líder de aceitação em todo o mundo”, afirmou Costa. reprovado em alguma etapa, o que acredita ser pouco provável, O sistema ainda não está sendo utilizado nos canteiros de obra, todos os ajustes necessários para sua homologação junto ao mas o empresário acredita que seu uso já se torne possível até Sistema Nacional de Avaliações Técnicas - Sinat serão realiza- o final de 2013 Revista da Anicer | nº 80 CSP Você conhece o seu produto? Diminuição do desperdício da matéria-prima, aumento da rentabilidade e da competitividade e contribuição com a sustentabilidade são eixos do CSP Por Manuela Souza C om o objetivo de esclarecer aos ceramistas sobre a importância da realização dos en- essa etapa do Projeto já foi concluída. saios laboratoriais e os benefícios que esta iniciativa proporciona, a Anicer e o Sebrae Já os ensaios ainda estão disponíveis desenvolveram o projeto Conheça o Seu Produto Pela Avaliação da Conformidade, que pro- e a meta atender a 400 cerâmicas de move vantagens como o aumento da rentabilidade das empresas, valorização do produto e todo o Brasil, sendo 250 fabricantes de diminuição do desperdício, aprimorando a gestão e a produção nas fábricas. blocos e 150 de telhas. Os ensaios são realizados em laboratórios credenciados e as empresas que aderem ao projeto Vale lembrar que a qualificação no PSQ podem conquistar o PSQ com mais facilidade e a custos menores, uma vez que os produtos é exigida nas obras do Programa Ha- já terão sido ensaiados e as não conformidades detectadas. Com maior garantia de qualidade, bitacional do Governo Federal, Minha o valor de mercado dos materiais qualificados naturalmente é maior. Casa, Minha Vida. Portanto, empresas Mas a conquista do selo PSQ não deve significar o final do processo de qualificação para os qualificadas se tornam aptas a parti- empresários. A vigilância na continuidade das metas estabelecidas deve fazer parte da rotina cipar deste nicho de mercado. A con- de produção do produto. Mais que garantir a qualidade da sua produção, o empresário deve quista do PSQ é um processo simples levar em conta que o consumidor final também avalia o seu produto e a não conformidade e se dá através da realização de três pode trazer futuras dores de cabeça. ensaios consecutivos no material pro- Para o presidente da Anicer, Luis Lima, os benefícios que o projeto agrega à produção da duzido. A partir da conformidade com a cerâmica são estratégicos. “A parceria entre a Anicer e o Sebrae no Conheça o Seu Produto Norma, a empresa passa a ser qualifi- pela Avaliação da Conformidade surgiu da necessidade de dar oportunidade aos ceramistas, cada. Revisões através de ensaios são principalmente àqueles que são pequenos e que estão localizados em regiões mais afastadas realizadas a cada três meses, como do Brasil, de conhecer as características das Normas Técnicas e a importância de empregá- forma de manutenção do selo. -las em seus produtos. A execução desse processo traz muitos benefícios aos empresários”, O Conheça o Seu Produto pela Avalia- afirma Lima. ção da Conformidade oferece o cus- O diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, concorda. “A participação do Sebrae teio de 70% dos ensaios laboratoriais, na execução do Conheça se justifica, principalmente, pela necessidade de estimular ações com apenas 30% de contrapartida das estaduais e regionais específicas que fomentem o fortalecimento da inovação. Qualidade e empresas. As cerâmicas interessadas rentabilidade precisam andar juntas”. no projeto devem entrar em contato O Conheça o Seu Produto também garantiu a realização de consultoria gratuita para melhorias e correções dos processos produtivos, atendendo a 120 cerâmicas de todas as regiões, mas 14 Revista da Anicer | nº 80 pelo telefone: (21) 2262-0545 ou enviar e-mail para: [email protected] Relação de Laboratórios credenciados para ensaios NORTE Laboratório de Cerâmica Vermelha – LCV Tel. (69) 3441-3093 ramal 207 Laboratório de Cerâmica – LC Tel. (92) 3614-5907 / 3614-5900 Laboratório de Ensaio Cerâmico Tel. (91) 3446-2151 NORDESTE Labmat – Laboratório de Materiais - Senai – BA Tel. (71) 3310-9869 / 3312-5485 Laboratório de Ensaios Físicos e Mecânicos do Senai – MA Tel. (98) 3241-1214 / 3241-1531 Laboratório de Ensaios Cerâmicos da Tecncon – Lect Tel. (83) 3222-1396 / 8890-3290 Lab. de Ensaios Tecnológico de Materiais da Construção Civil – Letmacc Tel. (81) 3202-5556 / 3202-5572 Laboratório de Ensaios Tecnológicos de Argila – Leta Tel. (86) 3220-5028 / 3227-2468 Laboratório de Ensaios de Materiais da Construção – Lemc Tel. (79) 3218-2917 / 3249-7455 Laboratório de Cerâmica Vermelha - LCV Tel. (85) 3421-5214 Senai/RN – Laboratório de Cerâmica e Construção Civil Tel. (84) 3208-7254 Senai/AL – Laboratório de Cerâmica Vermelha – Lacer (82) 2121-7258 / 3217-1623 SUDESTE Laboratório de Ensaios de Monte Carmelo Ltda – Lemc Tel.(34) 3842-1130 Núcleo de Tecnologia em Cerâmica – NTS Tel. (24) 2255-5399 Laboratório de Ensaios Cerâmicos – LEC – Itu Tel. (11) 4024-0322 Laboratório de Cerâmica Acertar Tel. (15) 3251-5275 Laboratório de Ensaios de Materiais de Construção – Labemc Tel. (27) 3399-5805 / 3399-5800 Fax. (27) 3399-5806 Cetec – Laboratório de Ensaio de Materiais – LEM Tel. (14) 3533-3222 / 3533-3240 / 3533-3266 Laboratório de Materiais de Construção do Senai Tel. (31) 3412-4779 SUL Laboratório de Ensaios o Núcleo de Cerâmica Vermelha Tel. (51) 3473-1844 Laboratório de Desenvolvimento e Caracterização de Materiais – LDCM Tel. (48) 3431-7100 / 3433-0052 Laboratório de Cerâmica Vermelha Tel. (42) 3219-4940 CENTRO-OESTE Labsenai Cerâmica Tel. (67) 3292-1747 Laboratório de Tecnologia da Construção Civil e Cerâmica Tel. (65) 3611-9500 Revista da Anicer | nº 80 15 TENDÊNCIA DE MERCADO Arquitetura franciscana Projeto de templo religioso mistura arquitetura arrojada com simplicidade Por Manuela Souza | Fotos Google 16 Revista da Anicer | nº 80 S ituada na cidade de Rijeka, perto da fronteira norte da Croácia com a Itália, a Igreja de Nossa Senhora de Trsat é um dos locais de peregrinação mais importantes daquele país. A primeira igreja foi construída no final do século XIII e no século XV uma nova igreja e um mosteiro franciscano foram erguidos. Em 2003, após a visita do Papa João Paulo II à Trsat para uma oração privada, surgiu a ideia de construir o novo edifício do mosteiro, que hoje leva o nome do Sumo Pontífice. A nova construção, desenvolvida pelo escritório Randic-Turato Arquitetos, tem uma estrutura em blocos cerâmicos sobreposta em um pórtico de colunas e consiste em três partes funcionais: um pórtico com uma planta em forma de Z, um quadrado espaçoso e o volume da câmara em si, que dá forma à casa. O layout da construção segue a tradição mediterrânea de cobertura com tijolos cerâmicos. Paredes e cobertura são uniforme e sequencialmente revesti- Paredes e cobertura são uniforme e sequencialmente das por tijolos e a estrutura possui frestas nas laterais e no teto que dão a impressão de uma imagem pixelizada. As aberturas formam desenhos abstratos e possuem a função de facilitar a entrada de luz no ambiente. revestidas por tijolos e a O conceito do projeto era substituir velhos edifícios de serviços e estrutura possui frestas criar um lugar para que os peregrinos se reunissem para orações nas laterais e no teto que e festividades. Seguindo a tradição franciscana, os arquitetos dão a impressão de uma responsáveis pela obra não cobraram pelo projeto imagem pixelizada. Revista da Anicer | nº 80 17 METRO QUADRADO Loft em São Paulo Armazém se transforma em Loft Arquiteta Maria Luiza Correa F ormada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Mestre e Doutora pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo – FAU-USP, a arquiteta Maria Luiza Correa fez a diferença em um galpão da década de 1920, na Barra Funda, bairro paulistano pontuado por indústrias. Ela comprou o imóvel de 76m², transformou a antiga construção em loft e hoje o local é sua casa e escritório. “No meu processo de criação de um projeto eu tento fazer algo conceitual mas também fenomenológico e emocionante. Ter uma ideia, mas não esquecer que a obra é percebida pelo corpo em movimento. Eu procurava um lugar onde pudesse trabalhar e morar, não só para economizar tempo, mas para ter uma vida menos truncada. O bairro tradicionalmente tem o uso misto, com residências e comércio, muitas vezes na mesma edificação. Era o caso do que encontrei. Antes de ser uma oficina mecânica, o galpão foi um depósito de carvão da família que morava na casa dos fundos, no começo do século XX. Queria incorporar a memória do passado e com isso dar maior profundidade à obra. A casa e a oficina provavelmente foram construídos com as próprias mãos pelos primeiros imigrantes italianos, pessoas simples que contribuíram com uma arquiImóvel de 76m2 agora é a casa e o escritório da arquiteta (ao lado) tetura sem sofisticação, mas nova para a cidade que havia pouco construía com taipa. Queria conservar e mostrar um sistema construtivo com tijolos cerâmicos assentados com barro que, apesar de antigo, mostra uma coerência e uma inteligência didática, além da ideia de uma vida mais simples, ligada à terra, e mostrar os materiais industrializados, como o vidro temperado, as luminárias, os puxadores metálicos e a madeira, contrastando com uma construção artesanal de um produto ma- 18 Revista da Anicer | nº 80 nufaturado - o tijolo cerâmico. O brilho e o fosco, o pesado e o leve, o espesso e o fino etc. Com isso, desmitificar os primeiros, colocando-os sem hierarquia ao lado dos segundos (o brilho do vidro não deveria ser sinal de status, por exemplo, mas remeter à ideia de imagem, em contraposição ao caráter tectônico da parede de tijolos - uma questão da arquitetura dos anos 1990). Acho que os produtos de cerâmica verme- Maria Luiza fes questão de preservar a estrutura do imóvel e conseguiu equilíbrio perfeito entre o antigo e o moderno. lha podem ser usados ao lado dos produtos de tecnologia sofisticada, para suscitar um estranhamento e lembrar nossa condição humana. Quando é interessante para o projeto, costumo usar a cerâmica vermelha, até como opção ao cimentado e ao ladrilho, por ser mais confortável termicamente. Admiro as obras de Eladio Dieste, arquiteto uruguaio, Mário Botta, suíço, e Solano Benitez, paraguaio, e acho que os produtos cerâmicos podem ser melhor utilizados como Dieste, estruturalmente, como Botta, preciosamente, e como Solano, criativamente. O mais importante é que a obra me satisfaz totalmente do ponto de vista humano. Tenho sol, luz, ouço a chuva no telhado e no chão, escuto o trem de madrugada, vozes na calçada e minhas duas gatas podem caçar à noite no pequeno jardim. Convivo com as pessoas com quem trabalho na minha própria casa, o que propicia uma ligação afetiva importante em qualquer relacionamento profissional. Um ponto negativo é a poeira, pois a casa não tem recuo, o que, entretanto, acho maravilhoso do ponto de vista urbanístico, por provocar a vitalidade da rua. Algumas pessoas guardam o hábito dos italianos de sentar-se à soleira, algo que deveríamos tentar preservar em futuros projetos urbanos para o bairro” Revista da Anicer | nº 80 19 MOMENTO INSPIRAÇÃO Ruínas de cultura Ruínas de palacete em estilo neocolonial empresta charme a centro cultural e traduz em sua estrutura o método construtivo dos sobrados do século XX Por Manuela Souza | Fotos Riotur2 Alexandre Macieira e Manuela Souza S ituado em meio às ladeiras do bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, um casarão construído no final do século passado cha- ma atenção de quem passa pela região. 20 e possui um mirante com vista para alguns dos principais cartões postais do Rio de Janeiro e da Baía de Guanabara. O projeto, desenvolvido pelos arquitetos Ernani Freire e Sônia Lopes, deu destaque para as ruínas do casarão sem recuperar ou restaurar sua arquitetura original. A ideia principal foi preservar a estrutura do local, que possui três pavimentos com tijolos aparentes combinados harmoniosamente com estruturas metálicas e de vidro. As escadas e passarelas levam ao ponto mais alto da construção, o mirante, de onde se vê o Rio de uma visão em 360 graus. A cobertura também ganhou inspiração nas ruínas e surge de uma Propriedade de Joaquim Murtinho, ministro do governo Campos Sales, estrutura em aço, coberta por vidros, permitindo o acesso de luz e herdado por sua sobrinha, Laurinda Santos Lobo, conhecida como natural à casa. “Marechala da Elegância”, grande mecenas da literatura, da música e O Parque das Ruínas abriga uma sala de exposições, auditório, ca- das artes em geral, e famosa também pelas festas que realizava à épo- feteria e banheiros. No terreno plano, ao ar livre, foi feito um palco ca, o casarão ficou abandonado e em ruínas após sua morte. Reforma- para shows com camarins e banheiros públicos. O espaço apre- do pela Prefeitura da Cidade, o local virou centro de atividades culturais senta programação cultural variada durante todo o ano Revista da Anicer | nº 80 artigo técnico A norma brasileira de desempenho NBR 15.575 Parte 4 – Sistemas de Vedação Vertical Internos e Externos Julio Cesar Sabadini de Souza, engenheiro civil, doutor, pesquisador do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, [email protected] - fone: (11) 3767 4556 Claudio V. Mitidieri Filho, engenheiro civil, doutor, pesquisador do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, [email protected] - fone: (11) 3767 4256 Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo - CETAC - Centro Tecnológico do Ambiente Construído, Av. Prof. Almeida Prado, 532, 05508-901, prédio 24, 1º andar Introdução A norma brasileira de desempenho NBR 15.575, em discussão desde o início dos anos 2000, entrou em vigor em 2008, está em processo de revisão desde 2011 e terá sua exigibilidade a partir de março de 2013. dores para a construção civil. O conceito de desempenho aplicado à edificação habitacional Mas, o que é desempenho e porque a construção civil precisa se preocu- A consulta pública encerrou-se no mês de setembro de par com isso? Desempenho pode ser entendido como o comportamen- 2012 e, no momento, estão sendo realizadas as reuniões to do produto em utilização – no caso, a edificação e suas partes. Trata- da Comissão de Estudo para análise dos votos recebidos. -se, em última análise, de pensar em termos de fins e não de meios, com Mundialmente, a preocupação com o desempenho aplicado ao ambiente construído não é recente. De fato, as primeiras referências são do pós-guerra, mais precisamente a partir de 1945, quando surgiram as primeiras indicações de qualidade e desempenho para a construção em larga escala. No Brasil, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT vem atuando na área de desempenho, especificamente com a formulação de critérios mínimos para avaliação de desempenho de habitações desde a década de 1980. Nesta mesma década o IPT, com apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo, coordenou o Programa Cerâmica Vermelha, do qual participavam em torno de 40 indústrias cerâmicas da região de Itu e Campinas. Já nesta década havia a preocupação em desenvolver alguns trabalhos na linha de desempenho, caracterizando paredes de vedação e paredes estruturais de blocos cerâmicos. Um grande avanço relacionado à sistemática de avaliação de desempenho ocorreu em 2007, com a criação do Sistema Nacional de Avaliações Técnicas – SINAT, instituído em 22 agosto daquele ano e que é um fórum de avalições de produtos inova- Revista da Anicer | nº 80 foco nas exigências do usuário do produto (edificação e seus sistemas), no comportamento em uso do produto e não na prescrição de como ele é construído ou do material de que ele é feito. Como exemplo, pode-se citar uma parede de separação entre duas unidades habitacionais contíguas. É necessário que essa parede (uma parte do edifício) tenha desempenho mecânico, isolação sonora e resistência ao fogo, independentemente do material empregado na sua produção. O desempenho é definido em termos do usuário, como indicado na Figura 1. A partir das exigências dos usuários e das condições de exposição às quais a edificação está submetida formulam-se requisitos e critérios de desempenho para a edificação e seus sistemas, bem como os métodos de avaliação padronizados para verificar o atendimento aos critérios. Porque uma norma de desempenho? O questionamento que se pode fazer nesse momento é: porque é necessária uma norma de desempenho? Qual a sua real utilidade? A resposta a essa questão é bastante simples e baseada em justificativas técnicas. Em primeiro lugar pela necessidade de balizar o desenvolvimento de projetos e de produtos. De fato, o desempenho é uma ferramenta de grande utilidade para desenvolver produtos que atendam às exigências técnicas e que vão muito além de uma análise de custos. Assim, o de- SVVIE, a norma estabelece requisiExigência do usuário Edifício e suas partes Condições de exposição tos e critérios de desempenho com relação: ao desempenho estrutural, à segurança contra incêndio, à estanqueidade à água, ao desem- Condições qualitativas Requisitos de desempenho penho térmico, ao desempenho acústico e à durabilidade e manutenibilidade. Condições quantitativas Critérios de desempenho Com relação ao desempenho estrutural são especificados requisitos para se avaliar o Estado Limite Último – ELU e o Estado Limite de Métodos de avaliação Serviço – ELS. O ELU caracteriza-se como o estado em que o SVVIE não satisfaz os critérios de desempe- Figura 1 – Metodologia aplicada à avaliação de desempenho, adotada na NBR 15575 sempenho será um balizador do desenvolvimento tecnológico, ou seja, fixado um nível de desempenho pode-se estudar soluções para, por exemplo, se reduzir custos de produção. Utilizando-se o desempenho dessa maneira, como um balizador para o desenvolvimento tecnológico, a sua aplicação pode ser, ao contrário de um limitante, um estímulo a esse desenvolvimento. Ressalta-se também a importância que assume a fase de projeto da edificação neste contexto, na qual o arquiteto e os projetistas definem o desempenho da edificação. Para tanto, portanto, é necessário que o setor produtivo, em especial produtores de blocos e telhas cerâmicas, de forma organizada e institucional, forneçam aos projetistas, incorporadores e construtores os parâmetros de desempenho dos sistemas de paredes e de coberturas que empregam seus produtos. nho relativos à segurança, ou seja, é o momento de risco de colapso ou ruína. Já o ELS é o momento a partir do qual é prejudicada a funcionalidade do SVVIE, com deslocamentos acima de limites estabelecidos, de fissuras e outras falhas. O desempenho estrutural considera não apenas os aspectos de segurança de paredes estruturais de blocos cerâmicos, mas também os esforços mecânicos que atuam nas paredes, sejam elas estruturais ou O desempenho também é de interesse dos agentes financeiros que, com a sua utilização simplesmente de vedação, conside- podem estabelecer critérios de adoção de sistemas construtivos que atendam aos critérios rando esforços provenientes de im- de desempenho e, dessa maneira, preservam os interesses dos usuários. pactos de corpo mole e corpo duro, Com uma norma de desempenho também pode-se nortear o mercado no que se refere a solicitações de peças suspensas e demandas jurídicas por parte de moradores insatisfeitos com o comportamento da edificação. Dessa maneira, o usuário, o construtor, o incorporador, o projetista, o fabricante e os ações transmitidas por portas. Considera ainda as interfaces entre os demais agentes possuem um balizador ou uma referência tecnológica em comum. sistemas da edificação, como por Abordagem da NBR 15.575:4 (SVVIE) e as exigências de desempenho trutura e as paredes de vedação, a A NBR 15.575 tem como objetivo estabelecer requisitos e critérios de desempenho, bem como métodos de avaliação da edificação e de seus sistemas, ou de sistemas construtivos. Especificamente para o caso dos sistemas de vedações verticais internas e externas – exemplo, a interação entre a esexemplo das paredes de blocos cerâmicos não estruturais. A versão revista da norma, disponibilizada para consulta pública e Revista da Anicer | nº 80 23 artigo técnico fogo dos elementos construtivos, respeitando-se um período mínimo de 30minutos para edificações habitacionais de até cinco pavimentos. Para edificações com mais pavimentos deve ser atendida a referida norma técnica. É importante ressaltar que há poucos dados disponíveis para as paredes de blocos cerâmicos e que os ensaios devem ser realizados nas condições de carregamento previstos, ou seja, no caso de blocos para paredes estruturais o ensaio de resistência ao fogo é realizado considerando a aplicação da solicitação ou do carregamento característico vertical na parede. No caso de blocos para parede de vedação não Interação entre estrutura de concreto armado e alvenaria de vedação de blocos cerâmicos em discussão na CE, traz avanços em relação à versão original de 2008 e às versões sucedâneas até 2012, explicitando de forma Com relação à estanqueidade à água não foram introduzidas mudanças significativas na versão revista da norma, prevalecendo os valores já adotados anteriormente na versão de 2008. No caso da exigência de desempenho térmico também prevaleceram os va- mais adequada os critérios relativos ao ELU, lores adotados na versão de 2008, definindo-se com maior clareza quando ou ao estado de ruína, e ao ELS, ou estado de utilizar critérios simplificados, no caso valores de transmitância e capacidade utilização, nos diversos critérios de desem- térmicas, e os critérios detalhados, por simulação do desempenho térmico. penho considerados. No caso do desempenho acústico houve duas alterações significativas. Uma No que se refere à segurança ao fogo há crité- delas refere-se ao isolamento entre unidades, que se dá pelo hall. Na versão rios relativos à resistência e à reação ao fogo, de 2008 havia critério para isolação sonora entre o hall e a unidade, critério conforme normas técnicas e regulamentos este substituído por isolação entre unidades, considerando o hall de entrada. vigentes. A resistência ao fogo diz respeito A outra mudança significativa diz respeito ao critério de isolação sonora en- ao período de tempo em que um sistema de tre unidades habitacionais distintas, quando há pelo menos um ambiente de vedação vertical deve resistir à ação do fogo, dormitório; neste caso, o critério passou de DnT,w mínimo de 40dB para 45dB, de forma padronizada, e o segundo diz res- considerando medidas de campo. Se considerar medidas de laboratório com peito à propagação de chamas e liberação de aproximadamente 5dB a mais, as paredes de blocos cerâmicos, empregadas fumaça durante um incêndio. As inovações nesta situação, deverão apresentar valores de referência em laboratório da introduzidas na versão revista da norma com ordem de Rw 50dB. respeito à reação ao fogo incluem ensaios para avaliação de sistemas tipo sanduiche, Considerações finais com núcleos isolantes térmicos. Desta for- Esta norma traz realmente uma série de benefícios ao setor da construção ma, não há implicações diretas no caso dos civil e ao setor de produtos cerâmicos, especialmente porque define critérios blocos cerâmicos, pois trata-se de material in- a serem atendidos pelas edificações habitacionais e balizam as relações entre combustível. Entretanto, como a norma agora os fabricantes e os demais agentes intervenientes, como agentes financei- aplica-se a “edificações habitacionais” de uma ros, a exemplo da CAIXA, incorporadores, construtores, projetistas, usuários forma mais abrangente, ou seja, não se limita ou clientes, etc. a edifícios até cinco pavimentos, é importante a consideração da resistência ao fogo. O sistema de vedação vertical, seja com ou sem função estrutural, deve atender a NBR 14.432, que define os tempos requeridos de resistência ao 24 é aplicado carregamento vertical na parede. Revista da Anicer | nº 80 Para tanto, há necessidade do setor, de forma institucional, organizar-se para apresentar os resultados de desempenho de seus sistemas de vedação vertical. A título de exemplo podem ser consultadas as tabelas 5 e 6 do Código de Práticas nº 1 – Alvenaria de vedação de blocos cerâmicos, disponível em http://www.ipt.br/projetos/2.htm Revista da Anicer | nº 80 25 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Projeto EELA Concluída a primeira etapa, programa se prepara para nova fase mais abrangente Por Carlos Cruz | Foto Divulgação em 2010, com o objetivo de incentivar medidas para a otimização do uso da energia nessas empresas, bem como para a redução das emissões de carbono e diminuição do impacto ambiental da atividade oleira. Desse trabalho inicial, desenvolveu-se um modelo a ser replicado por outros núcleos produtores de cerâmica vermelha da América Latina. Sob coordenação do INT, a iniciativa conta também com parcerias estabelecidas com associações como Associação de Ceramistas do Vale Carnaúba (ACVC), Associação Comercial de Sergipe (Acese) e Sólidos, com o Sebrae do Rio Grande do Norte e da Paraíba, com o Serviço Florestal Brasileiro (SFB/MMA), com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (IDEMA), o Senai, o Sindicer/RN e o Centro de Produção Industrial Luana Oliveira, do SEBRAE-RN; Jon Bickel, Projeto EELA – Swisconctac; e José Dantas, da Cerâmica Acari e Joaquim Rodrigues, do INT O balanço das atividades realizadas pelo Instituto Nacional de Tec- atuação nacional como a Anicer, o Sebrae e nologia - INT na execução do projeto Eficiência Energética em Ce- os ministérios do Meio Ambiente e de Minas râmicas de Pequeno Porte na América Latina para Mitigar a Mudança e Energia. Climática (EELA) na região do Seridó é bastante positivo. A declaração é Rodrigues conta que o projeto seria desen- do coordenador do projeto, Joaquim Augusto Rodrigues, da Divisão de volvido simultaneamente nas regiões Norte e Energia do Laboratório de Análises Energéticas do INT. Nordeste, mas esta segunda acabou sendo “A região do Seridó, localizada entre os estados do Rio Grande do Norte escolhida para funcionar como região piloto, e Paraíba, possui atualmente cerca de 140 empresas cerâmicas. Reali- onde seria implementado um modelo que ser- zamos estudos específicos em um grupo e avaliamos algumas medidas de melhorias que vêm sendo adotadas por aquelas empresas. Estes resultados têm sido disseminados de forma a permitir o compartilhamento da informação entre os ceramistas, facilitando a tomada de decisão para a adoção futura destas práticas”, explica o coordenador. 26 Revista da Anicer | nº 80 Sustentável (Cepis), além de organismos de visse para uma replicação mais ampla. “Como a região é bastante carente de apoio e de assistência tecnológica, notamos um enorme interesse por parte das empresas. A interação com elas foi positiva e várias se colocaram à nossa disposição para a execução de testes e Promovido pela Agência Suíça de Cooperação e Desenvolvimento (Co- realização de adaptações nos seus processos sude) e pela organização não-governamental Swisscontact, o trabalho visando aumento da produtividade, redução é desenvolvido paralelamente também em países como Argentina, Bo- de perdas e economia de lenha, entre outros lívia, Colômbia, Equador, México e Peru. No Brasil, o projeto foi iniciado aspectos”, comenta Rodrigues. Segundo ele, as metas do projeto vêm sendo alcançadas paulatinamente no decor- aumentaram a qualidade dos seus produtos com consequente au- rer deste tempo, promovendo a introdução de tecnologias e processos mento do faturamento em cerca de 20%. energéticos mais eficientes, aliados ao uso de combustíveis renováveis. Na região Norte, no Estado do Pará, foi realizado um diagnóstico do Entre os exemplos dos avanços alcançados, Rodrigues destaca a com- modelo de fabricação e do uso de energia nos municípios de São Mi- provação, por parte dos empresários, das vantagens de se usar for- guel do Guamá, Abaetetuba e Igarapé-Miri. Nesses dois últimos mu- nos reversíveis com recuperação de calor em substituição aos fornos nicípios, especificamente, foi detectado um modelo rudimentar, com abertos (tipo Caipira), e dos ganhos da combustão com injeção de ar; a definição de um modelo para as empresas em grupo participarem do mercado de crédito de carbono; e a realização de um estudo sobre a cadeia produtiva e o mercado, buscando-se identificar gargalos e como superá-los. “Neste sentido, vêm sendo construídas várias propostas de políticas públicas que permitam o fortalecimento do setor. Vale a pena destacar que um resultado importante se refere à interação do INT junto ao Banco do Nordeste do Brasil - BNB, contribuindo na empresas informais e familiares, sem acesso à energia elétrica, semelhante a situações já trabalhadas pelo projeto em outros países da América Latina. Para essas olarias, foi recomendado o uso de forno tipo Catenária, desenvolvido pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) e avaliado pela equipe do INT. Esse equipamento permite o uso de outras biomassas presentes na região, tais como o caroço de açaí e a casca de castanha do Pará. criação de uma linha de financiamento para o setor em condições atra- Rodrigues lembra que este ano será finalizada a primeira fase do proje- tivas”, comemora o coordenador. to, e que uma segunda etapa já está em fase de planejamento. Segundo De acordo com o acompanhamento realizado pelos técnicos do INT, ele, o objetivo é que os trabalhos sejam iniciados ainda em 2013. “Nesta observou-se que a utilização da injeção de ar forçado na combustão segunda fase, o projeto terá um enfoque na cadeia produtiva como um com o emprego de ventiladores possibilitou uma redução de cerca de todo, com o intuito de fomentá-la em benefício do fortalecimento do 17% no uso da lenha. As empresas que substituíram seus fornos por setor. Esperamos expandir o projeto para toda a região Nordeste, com a outros modelos mais eficientes reduziram seu consumo específico e disseminação de seus resultados em todo o país”, finaliza Rodrigues Dirigida a um público composto por cerâmicas e olarias em todo o Brasil, arquitetos, engenheiros, universidades, empresários, pesquisadores, sindicatos, associações, federações da indústria, construtoras e entidades parceiras, a Revista da Anicer é considerada o primeiro veículo de imprensa voltado exclusivamente ao setor de cerâmica vermelha no país. Com 15 anos de existência, apresenta conteúdo informativo segmentado apurado por uma equipe de jornalistas conectados com o universo da cadeia da construção civil. Além disso, conta com uma versão online no site da Anicer, acessível a todos os interessados. Tiragem: 10 mil exemplares Distribuição: Brasil, Américas e Europa Consulte preços e formatos dos anúncios Contato: Márcia Sales: [email protected] | Lilian Moreira: [email protected] Twitter: @EncontroAnicer | Telefone: + 55 (21) 2524.0128 ENCONTRO NACIONAL Recife recebe terceiro maior evento do setor cerâmico 42º edição do Encontro Nacional será realizada no mês de outubro, de sexta a segunda Por Manuela Souza | Fotos Recife Convention & Visitors Bureau, Prefeitura do Recife, Wikipédia e Manuela Souza 28 Revista da Anicer | nº 80 C apital do Estado de Pernambuco, a milhões de reais. A expectativa para esse cidade do Recife, no mês de outubro, ano é superar essa marca. “Os números vai servir de cenário para a realização do do Encontro realizado em Campo Grande maior evento de negócios do setor cerâ- (MS), no ano passado, nos dão confian- mico da América Latina. O 42º Encontro ça de que dá para fazer uma grande di- Nacional da Indústria de Cerâmica Verme- ferença em Pernambuco, que é a terceira lha vai movimentar, de 25 a 28, o Pavilhão região do País com maior concentração do Centro de Convenções de Pernambuco de cerâmicas. Além disso, os próprios fa- – Cecon, com uma programação que in- bricantes de máquinas e equipamentos, clui a 16º Exposição de Máquinas, Equi- não apenas os antigos expositores, mas pamentos, Produtos, Serviços e Insumos também novas empresas, já nos procura- para a Indústria Cerâmica - Expoanicer, ram este ano, ansiosos para saber a data Clínicas Tecnológicas, Fóruns, Visitas de lançamento do 42º Encontro. Esse in- Técnicas e os prêmios Jovem Ceramista teresse nos mostra que a Expoanicer em e João-de-Barro. Recife vai ser bem bacana”, disse a direto- Local escolhido para a realização do En- ra comercial da Feira, Márcia Sales. contro, o Cecon está situado entre as ci- Entre as ações já definidas pela organiza- dades de Recife e Olinda e distante apenas ção do Evento, as Visitas Técnicas já têm 12 km do aeroporto internacional Gilberto destino certo. A fábrica da Cerâmica Ki- Freyre. Formado por duas alas, norte e sul, com 20 mil m2, o espaço conta com área 100% climatizada, estacionamento para 2.500 veículos, pontos de táxi, Central de Informações Turísticas e Central de Atendimento ao Cliente. tambar, fabricante de telhas, e a Cerâmica Bom Jesus, fabricante de blocos. Localizada no município de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, a Cerâmica Kitambar é sinônimo de inovação e oferece soluções em produtos de cerâmica destinados à Em sua última edição, em 2012, a Expo- construção civil e arquitetura. A qualidade anicer recebeu mais de 2.873 visitantes da cerâmica, e consequentemente dos e realizou um volume de negócios de 43 produtos que são fabricados, foi adquirida Revista da Anicer | nº 80 29 Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Parque Dona Lindu possui uma área de 27.166,68 m², à beiramar na praia de Boa Viagem Localizado no bairro de São José, no Centro do Recife, o Mercado de São José é o mais tradicional e antigo dos 24 mercados públicos da cidade 30 Revista da Anicer | nº 80 ao longo dos seus 36 anos, o que ga- ambiental e o cuidado com a saúde rante a credibilidade e preferência en- e a segurança de seus colaborado- tre os clientes. Buscando sempre as res, a Cerâmica Bom Jesus procu- melhores soluções, padrão de quali- ra fazer o diferencial e se destacar, dade e excelência, a Kitambar é uma já que está localizada em uma área empresa que prioriza o aperfeiçoa- que concentra mais de 70% de toda mento de seus produtos e valoriza o a produção de cerâmica vermelha cliente, bem como seus funcionários do Estado. A Bom Jesus está entre e colaboradores, peças fundamen- as três cerâmicas de Pernambuco tais para a conquista do selo do Pro- contempladas com o selo do Pro- grama Setorial da Qualidade – PSQ. grama Setorial da Qualidade – PSQ, Além disso, a Kitambar é a primeira vinculado ao Programa Brasileiro da empresa do Nordeste fabricante de Qualidade e Produtividade no Habitat telhas a receber o certificado de cré- do Ministério das Cidades - PBQP-H, ditos de carbono da Social Carbon que qualifica as cerâmicas que pro- Credit. O documento comprova que duzem blocos conforme as Normas a empresa, após modificar o sistema Técnicas da Associação Brasileira de de queima de combustíveis de lenha Normas Técnicas - ABNT. Atualmen- para biomassa, passou a compensar te, a Cerâmica se destaca por inves- o impacto causado ao meio ambien- tir em tecnologia, sendo a única da te com a emissão de gás carbônico. região a contar com um forno túnel Já a Cerâmica Bom Jesus é uma totalmente mecanizado e semiau- empresa que atua há mais de 13 tomático e desde 2010 participa do anos na fabricação de blocos cerâ- projeto Social Carbon que certifica micos e está localizada no Engenho empresas que desenvolvem práti- Belém, na zona rural do município de cas ambientais sustentáveis. “A visi- Paudalho. Devido à busca contínua ta será de suma importância não só pela excelência no atendimento, a para a Cerâmica Bom Jesus, como qualidade dos produtos oferecidos, também para os demais empresários a preocupação com a preservação do setor, já que foi através de visitas Praia de Boa Viagem, um dos principais cartões postais da Cidade do Recife Fonte de inspiração de poetas e cantores, a Rua da Aurora tem início na Ponte da Boa Vista e está localizada à margem esquerda do Rio Capibaribe, onde o espelho de águas calmas reflete a imagem dos antigos casarios do centro da cidade Marco Zero, ponto de onde se inicia todas as estradas do Estado de Pernambuco anteriores que tomamos exemplos para implantação e inovação em nossa empresa. Hoje podemos afirmar que a Anicer está sendo uma grande parceira na evolução desta empresa, e por isso estamos de braços abertos para receber os nossos parceiros de todo Brasil”, explica o diretor geral da Bom Jesus, Mário Henrique Silva. Para o presidente do Sindicer/PE, Otiniel Barbosa, a realização do Evento em Pernambuco agregará oportunidade às cerâmicas da região. “Aproveitando o aquecimento da economia pernambucana acima dos níveis nacionais, já que Pernambuco será uma das sedes da Copa de 2014, é de fundamental importância que o 42º Encontro Nacional aconteça aqui. Será uma oportunidade única para os empresários locais que nunca puderam participar em outros estados, além de trazer benefícios para a economia de Pernambuco, visto o montante de negócios que geralmente são fechados nesses Encontros. Além disso, os participantes das Visitas Técnicas poderão conhecer fábricas com plantas de indústrias modernas, certificadas e, inclusive, premiadas várias vezes”. A Solenidade de Encerramento do Encontro também já tem local definido. Será na Cachaçaria Carvalheira, no bairro de Boa Viagem. Um lugar mágico, com cerca de 2 mil barris de carvalho e peças de antigos engenhos que fundem-se à uma charmosa e rústica arquitetura, criando um cenário único de beleza e sofisticação. O espaço é climatizado, possui área Revista da Anicer | nº 80 31 NONONONONONNNOONO coberta, iluminação cênica, palco e estrutura de bar. Normalmente realizado de quinta a sábado, o 42º Encontro Nacional esse ano será de sexta a segunda. Para mais informações sobre o Evento, acesse www.anicer.com.br/encontro42. A cidade do Recife Conhecida como “Veneza Brasileira”, a cidade do Recife é cortada por rios e pontes, ostenta cenários de rara beleza e possui uma forte efervescência cultural. Com clima tropical, a cidade apresenta temperaturas equilibradas ao longo do ano devido à proximidade com o mar, algo em torno de 25°C, podendo chegar a 35°C durante o verão. Considerado o terceiro maior polo gastronômico do Brasil, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes - Abrasel, com cerca de 10 mil estabelecimentos, a culinária do município é rica em elementos herdados dos povos africanos, indígenas e europeus, adaptadas com ingredientes encontrados com facilidade na região. Existem vários pratos e petiscos típicos e muito apreciados em Pernambuco, como o caldinho de peixe ou camarão, caranguejo, sururu, arrumadinho, escondidinho, carne de sol, sarapatel, cartola e o famoso bolo-de-rolo. Conheça os encantos do Recife Marco Zero - Local em que Recife nasceu e que serve como ponto inicial das estradas de Pernambuco. Os principais eventos culturais do município acontecem no Marco Zero, que traz em sua paisagem o rio Capibaribe, o Parque de Esculturas Francisco Brennand, os centros culturais que circundam o Recife Antigo e o Terminal Marítimo de Passageiros. Oficina Brennand - Conjunto arquitetônico monumental de grande originalidade que reúne um valioso acervo da obra do artista pernambucano, Francisco Brennand. A Oficina agrega a paisagem do antigo Engenho São João e jardins com traçados projetados por Burle Marx, uma mistura de lagos, totens, paredes enormes e esculturas feitas em cerâmica. Instituto Ricardo Brennand (IRB) – Complexo arquitetônico em estilo medieval, composto por três prédios: Museu Castelo São João, Pinacoteca e Galeria, circundados por um vasto parque. Fundado em 2002 pelo colecionador e empresário pernambucano Ricardo Brennand, o Instituto é uma organização privada sem fins lucrativos. Capela Dourada – Localizada dentro do complexo de edifícios do Convento e Igreja de Santo Antônio, é uma capela da Ordem Franciscana. Construída em uma época de grande prosperidade na região, a capela possui rica decoração barroca e sua condição atual data basicamente dos séculos XVII e XVIII. Seu nome deriva da grande quantidade de ouro na cobertura que forra praticamente todos os espaços das paredes, altares e teto. Parque Dona Lindu - Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Parque Dona Lindu possui uma área de 27.166,68 m² à beira mar na praia de Boa Viagem, com 60% destinados à área verde. O espaço abriga ciclovia, pistas para cooper e skate, quadra poliesportiva, playground, áreas para descanso e ginástica, além de teatro, pavilhão para exposições, restaurante, sanitários, fraldário e central técnica. 32 Revista da Anicer | nº 80 Praia de Boa Viagem - Principal cartão postal da cidade, tem comércio de pescado. Semanalmente são vendidos, ali, cerca uma orla de aproximadamente 8 km e uma extensa faixa de arre- de 1,3 toneladas de peixe e 400 kg de crustáceos. cifes. Devido à temperatura morna da água, em torno dos 26°C, e da visibilidade de 50 metros, o local é atrativo para profissionais e Casa da Cultura – Antiga casa de detenção do Recife, desativada em 1973, possui uma estrutura arquitetônica única. amadores da prática do mergulho. Mercado de São José – É um dos monumentos pernambucanos reconhecidos e tombados pelo Patrimônio Histórico. Inaugurado no dia 7 de setembro de 1875, o Mercado tem arquitetura em ferro O prédio em estilo neoclássico construído em forma de cruz, usando o princípio do pan-óptico, dispõe as celas em alas que podiam ser vigiadas facilmente a partir de uma sala central. típica do século XIX e é inspirado no mercado público de Grenel- Hoje o espaço é um centro da arte popular de Pernambuco, le, em Paris. O prédio é formado por dois pavilhões e possui 545 com quase 100 lojas de artesanato e comidas típicas. Em boxes no total. Artesanato em barro, corda e palha fazem do mer- seus corredores e no pátio há também apresentações folcló- cado um polo de atração turística. É, também, ponto tradicional do ricas, shows e eventos 55(47) 3350-1381 FABRICAÇÃO DE FORNO TUNEL FORNO MÓVEL AUTOMATISMOS DE CARGA E DESCARGA Silo 30m³ Queimadores com alimentação automática SECADORES QUEIMADORES E AUTOMAÇÃO DE QUEIMA DE SÓLIDOS [email protected] www.thermomecanica.com.br Queimador de serragem Revista da Anicer | nº 80 33 Esteira de talisca para alimentar queimadores EVENTOS 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica Evento será realizado de 19 a 22 de maio na cidade de Natal/RN Por Carlos Cruz | Foto Divulgação dade e Recursos Humanos. Serão ainda abordados assuntos como matérias primas, sínteses de pós, gesso e cimento, revestimento cerâmico, refratários / isolantes térmicos, vidros, vitrocerâmicos e materiais correlatos, cerâmica termomecânica, cerâmica eletroeletrônica ou magnética, cerâmica nuclear, óptica e química, biocerâmica, arte e design, esmaltes, fritas e corantes, ceramografia, processamento e nanotecnologia. Haverá também apresentações de trabalhos técnico-científicos nas formas oral e de pôsteres, palestras de Foto tirada durante o encontro de 2012, em Curitiba/PR R renomados Revista da Anicer | nº 80 nacionais ealizado pela Associação Brasileira de Cerâmica (ABC), o 57º Con- e internacionais, painéis, minicursos gresso Brasileiro de Cerâmica tem como objetivo promover a inte- e oficinas de cerâmica. Os trabalhos ração dos diversos setores envolvidos com o meio cerâmico (Indústrias, apresentados estarão nos anais do Escolas Técnicas, Universidades, Institutos de Pesquisas e Fornecedores congresso. Serão concedidos prêmios de Matérias-Primas, de Equipamentos e Insumos), contribuindo para o aos melhores Trabalhos Técnico-Cien- desenvolvimento da cerâmica brasileira. tíficos e a melhor Ceramografia. O evento, que será realizado entre os dias 19 e 22 de maio no Praiamar Paralelamente ao Congresso, ocorre- Hotel & Convention, na cidade de Natal/RN, simultaneamente com o 5° rá uma feira onde as empresas e ins- Congresso Ibero-Americano de Cerâmica, terá como propósito promover tituições de ensino e pesquisa terão a uma maior integração e cooperação entre os 21 países da América Latina, oportunidade de divulgar seus produtos a partir da ampliação da difusão de conhecimentos das atividades e po- e serviços. tencialidades de cada um nessa área. 34 especialistas Mais informações sobre prazos de ins- Com um amplo caráter técnico, a programação contará com debates so- crições e envio de trabalhos técnico- bre temas de interesse para os diversos segmentos cerâmicos (Cerâmi- -científicos, podem ser obtidas através ca Vermelha e Branca, Materiais de Revestimento, Refratários, Cerâmica dos telefones (11) 3731-8549 / 3735- Técnica e Novos Materiais), além de temas comuns como Energia, Meio 3772, ou pelo site http://www.metallum. Ambiente, Reciclagem, Recursos Minerais, Inovação Tecnológica, Quali- com.br/57cbc/ Anhembi | São Paulo - SP PENSANDO EM TENDÊNCIAS E INOVAÇÕES? A Feicon Batimat é o maior e o mais conceituado salão da construção da América Latina. Com 21 anos de existência, surpreendendo a cada edição seus milhares de visitantes, a Feicon Batimat apresenta em primeira mão os lançamentos e tendências do design nesta exclusiva exposição de produtos e serviços voltados à construção civil. FAÇA SEU CREDENCIAMENTO ONLINE GRATUITO E PARTICIPE! DISPONÍVEL ATÉ 08/03/2013. ACOMPANHE AS NOVIDADES DA FEICON BATIMAT E DO SETOR ACESSANDO O SITE OU AS MÍDIAS SOCIAIS: www.feicon.com.br www.facebook.com/feiconbatimat www.twitter.com/feiconbatimat FEICON BATIMAT, referência para quem pensa em construção. Apoio Institucional: Filiada à: Apoio: Organização e Promoção: Proibida a entrada de menores de 16 anos, mesmo que acompanhados. Evento exclusivo e gratuito para profissionais do setor que fizerem o seu pré-credenciamento por| nº 80 Revista da Anicer meio do site até 08/03/2013 ou apresentarem o convite do evento no local. Caso contrário, será cobrada a entrada no valor de R$ 55,00 no balcão de atendimento. 35 PONTO DE VISTA O valor do frente a frente Por Barry Siskind | Fotos Divulgação Q uanto vale a chance de sentar-se necem um benchmark para avaliar se as frente a frente com seu cliente? Esta mudanças implantadas ao seu programa pergunta não é tão facilmente respondida. de exposição estão produzindo os resulta- Nesta era de tecnologia, onde nos movemos dos desejados. rapidamente na direção aonde tudo é mais fácil e menos oneroso de conectar-se online, precisamos fazer a pergunta. “A que custo?” Esta pergunta impõe muitos desafios àqueles que consideram investir para participar de feiras e eventos. E logo, outras três perguntas surgem: como definir e mensurar o valor? Como convencer a diretoria sênior a Presidente e fundador da International Training and Management Company (ITMC), Barry Siskind é consultor, formador de opinião e especialista de renome internacional na área de comércio e feiras. Reconhecido como um dos principais oradores canadenses, Siskind publicou mais de 500 artigos em todo o mundo e é autor de três bestsellers: “O Poder do Marketing de Exposições”, “Fazer Contato” e “Zangões não podem voar”. 36 Revista da Anicer | nº 80 apoiar o esforço da feira? Quais etapas seguir para garantir a obtenção do valor máximo para o investimento? Vamos analisar cada uma delas. Como convencer a diretoria sênior a apoiar o esforço da feira? Estudos provam que a necessidade da diretoria sênior é de obter um Retorno positivo nos Investimentos para seu orçamento de exposições. Mas nem todas as feiras e exposições possuem a habilidade de medir o Retorno no Investimento (ROI, sigla em inglês). Isso é especialmente verdadeiro para aquelas empresas cujos objetivos de exposição incluem objetivos sutis como marcas, presença e conscientização. Essas métricas Como definir e mensurar o valor? podem ser melhor articuladas por uma se- A proposta de valor precisa satisfazer dois gunda equação, medindo o Retorno no Ob- grupos: sua organização e seu cliente. O jetivo (ROO, sigla em inglês). Em ambos os valor para sua organização está em saber casos, seu ROI e ROO da exposição devem que interações frente a frente durante a feira ter um efeito positivo no resultado final da estão movimentando o cliente ao longo do corporação. Para criar um caso robusto para ciclo de vendas. O valor para seus clientes é o orçamento de exposição, o gestor respon- que encontros frente a frente oferecem algo sável da exposição deve cuidadosamente que a tecnologia não faz; experiência, enten- selecionar e analisar os resultados de todos dimento e confiança. A maneira de medir os esforços de marketing corporativo. Cada os dois é através de feedback. Comentários corporação é diferente, mas compreender de fontes internas e externas, muitas vezes, suas razões de sucesso é crucial para en- fornecem informações que permitem saber contrar fórmulas para satisfazer os execu- se os seus objetivos de exposição estão tivos sêniores. Algumas das informações sendo atingidos, além dos pontos fortes e que precisam ser coletadas incluem seu fracos de seu programa de exposição. Com ciclo médio de vendas, sua posição na taxa estas informações em mãos, você está em de conversão de vendas e seu Fator de Inte- uma excelente posição para recomendar resse de Audiência específico (que é a por- mudanças. Estas informações também for- centagem da audiência definida que irá fazer um compromisso de compras dentro de seu ciclo de vendas). Quais etapas seguir para garantir que esteja obtendo o valor máximo para o investimento? As etapas se tornam claras quando a função do gestor de exposição é redefinida em duas funções: tática e estratégica. A função tática é, para muitos gestores de exposição, a área que exige a maior parte de seu tempo. Envolve itens como agendamento de espaço de exposição, trabalhar com o construtor de expositores, arranjar o envio e criar uma agenda de pessoal. A tendência é deixar que estes itens táticos monopolizem seu tempo e esforços. Também é tático para muitos gestores de exposição que a área de seu desempenho seja medida. Se o evento transcorrer sem nenhum problema, seu trabalho será volver objetivos de exposição, encontrar a métrica correta para o sucesso e relatar o ROI e ROO. Devido à complexidade destes assuntos, muitos gestores de exposição deixam estas considerações estratégicas fora de sua lista de responsabilidades de evento. É aqui que uma mudança no pensamento corporativo precisa ocorrer. As responsabilidades do gestor de exposição requerem um maior nível de sofisticação. Isso também significa uma necessidade de educação continuada em cursos profissionalmente reconhecidos oferecidos por associações industriais, colégios ou universidades. Envolvem, entre outros, suporte para que o gestor de exposição participe de conferências industriais tais como o The Exhibitor Show, nos EUA ou o ExpoSystems, no Brasil. considerado feito com sucesso. Mas se houver problemas, en- No futuro, as feiras serão diferentes de tudo que já vimos até tão a conclusão é, muitas vezes, que foi resultado de um erro hoje. Muita coisa será alterada, mas compreender seu valor feito pelo gestor de exposição. Os elementos estratégicos são será uma consideração fundamental necessária às corpora- aqueles itens que garantem que o esforço de exposição esteja ções para garantir que o nível de comprometimento para com movendo a corporação adiante. Incluem coisas como desen- a excelência da exposição seja mantido NONONONONONNNOONO UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS BA Alagoinhas Cerâmica Santana de Alagoinhas (75) 3423-3000 www.ceramicasantanaba.com.br Vedação 9x19x24 CE Acopiara Cerâmica Rufino (88) 3565-0240 / 3565-0873 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Aquiraz Ceagra Cerâmica Agrop. Assunção (85) 3377-1212 www.ceagra.com.br Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 CE Aquiraz Ceará Cerâmica (85) 3348-0492 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Aquiraz Cerâmica Cerampedras (85) 3276-2009 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Aquiraz Cerâmica Assunção (85) 3377-1262 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x14x19 CE Aracati Cerâmica Armando Praça (88) 3421-1121 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Beberibe Cerâmica Brasília (85) 3301-1200 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 CE Cascavel Cerâmica Cajazeiras (85) 3301-1220 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x19x39 CE Cascavel Cerâmica Luma (85) 3301-1220 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 CE Caucaia Cerâmica Martins (85) 3342-2526 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 CE Crato Cecrato Cerâmica Crato (88) 3521-1096 / 3521-1778 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Crato Cemonte Cerâmica Monte Alegre (88) 3521-1096 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Jaguaruana Jacerama Jaguaruana Cerâmica (88) 3418-1300 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x14x19 CE Milagres Cerâmica Artrical Argila do Triângulo Caririense (88) 3531-1231 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Russas São Gonçalo do Amarante Sobral Cerâmicas Kappa Indústria (88) 3411-1413 www.kappaceramica.com.br Vedação 9x19x19 9x14x24 CE CE 38 Cerâmica Santa Rita (85) 3421-5214 [email protected] Vedação 9x19x19 Cerâmica Torres (88) 3614-3311 [email protected] Vedação 9x19x19 9x14x19 ES João Neiva Cerâmica Acioli (27) 3278-1101 [email protected] Vedação 9x19x39 9x19x19 ES João Neiva Cerâmica Argil (27) 3258-2386 [email protected] Vedação 9x19x39 9x19x19 9x19x29 ES Nova Venécia Cerâmica Adélio Lubiana (27) 3752-2236 [email protected] Vedação 9x19x19 GO Ouvidor Cerâmica Paraíso (64) 3478-1139 [email protected] Vedação 9x19x24 9x14x29 11,5x19x24 MA Balsas Cerâmica Balsas (99) 3541-9668 [email protected] Vedação 9x14x19 Estrutural 11,5x19x19 11,5x19x39 14x14x19 14x19x19 14x19x29 14x19x34 14x19x39 14x19x44 MG Belo Horizonte Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Braúnas (31) 3499-7801 www.braunas.com.br MG Curvelo Cerâmica Curvelo (38) 3722-4701 [email protected] MG Ribeirão das Neves Cerâmica Jacarandá (31) 3638-1855 www.jacarandanet.com.br MG Ribeirão das Neves Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Marbeth (31) 3499-7801 www.braunas.com.br Vedação 9x19x29 14x19x29 Vedação 9x19x29, 14x19x29, 09x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x34 14x19x39 14x19x44 Vedação 9x19x29 Estrutural 14x19x29 MG Salinas Cerâmica União (38)3841-1590 www.ceramicauniao.com.br Vedação 9x19x24 11,5x19x24 MG Sete Lagoas CERISA - Indústria Cerâmica IF (31) 3773-0033 [email protected] Vedação 9x19x29 14x19x29 MG Sete Lagoas Cerâmica Setelagoana (31) 3773-0600 [email protected] Vedação 9x19x29 14x19x29 19x19x29 Vedação 9x19x19 11,5x19x19 14x19x19 Estrutural 11,5x19x29 14x19x29 MS Terenos Cerâmica Volpiso (67) 3246-7360 [email protected] MS Terenos Volpini Indústria Cerâmica (67) 3246-7166 [email protected] Vedação 9x19x19 11,5x19x19 14x19x19 Estrutural 14x19x29 11,5x19x29 MT Várzea Grande Argiblocos Indústria Cerâmica (65) 3686-4300 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 11,5x19x29 11,5x19x19 PA Inhangapi Cerâmica Vermelha Ind. e Comércio (91) 3809-1221 [email protected] Vedação 9x14x19 9x19x19 PA Santa Isabel do Pará Tijotelha Industrial (91) 3744-1287 [email protected] Vedação 9x14x19 9x19x19 PA Uruará Cerâmica Santa Terezinha (93) 3532-1238 [email protected] Vedação 9x19x19 PB Caldas Brandão Cerâmica Santa Cândida (83) 3226-1566 [email protected] PB Santa Rita Cia Industrial de Cerâmica - Cincera (83) 3015-1450 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x44 Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 PE Caruaru Cerâmica São José (81) 3721-3907 [email protected] Vedação 9x19x19 9x14x19 PE Ferreiros Cerâmica Araçá (81) 3631-1398 [email protected] Vedação 9x19x19 PE Paudalho Cerâmica Bom Jesus (81) 3636-1554 / 3636-1200 [email protected] / www.cbjceramica.com.br Vedação 9x19x19 Estrutural 11,5x19x29 14x19x29 PE Paudalho Cerâmica Porto Seguro (81) 3636-4171 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x39 PE Paudalho Cerâmica São José (81) 3636-1258 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x19x44 PE Paudalho Cabel (81) 3636-1198 [email protected] Vedação 9x19x19 Revista da Anicer | nº 80 Consulte a lista atualizada das empresas qualificadas no PSQ nos sites http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e REALIZAÇÃO: www.anicer.com.br UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS PE Tacaimbó Indústria de Cerâmica Kitambar (81) 3726-1668 [email protected] Vedação 9x14x19 9x19x19 PI Teresina Blocomar (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 Estrutural 14x19x29 14x19x44 PI Teresina Cerâmica Mafrense (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PI Teresina Telhamar (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PI Teresina Telhas Mafrense (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PI Teresina Unimar (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PR Arapoti Cerâmica Irmãos Almeida (43) 3557-1121 [email protected] Estrutural 14x19x29 PR Curitiba Cerâmica São Pedro (41) 3265-6921 [email protected] Estrutural 14x19x29 PR Entre Rios do Oeste Cerâmica Stein (45) 3257-1168 [email protected] Vedação 9x14x19 9x14x24 11,5x14x24 PR Prudentópolis Cerâmica São Gerônimo (42) 3446-1622 [email protected] Estrutural 14x19x29 RJ Campos dos Goytacazes A C Cerâmica Indústria e Comércio (22) 2722-2205 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Barra do Piraí Olaria São Sebastião (24) 3346-6544 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 11,5x19x29 14x19x29 RJ Campos dos Goytacazes Cerâmica Abud Vagner (22) 2734-0363 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Campos dos Goytacazes Cerâmica Olivier Cruz Indústria e Comércio (22) 2728-2800 [email protected] Vedação 9x19x19 9X19x29 RJ Campos dos Goytacazes Cerâmica São Sebastião de Campos (22) 2721-7105 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Campos dos Goytacazes F.P.R. Indústria Cerâmica (22) 2723-5590 [email protected] Vedação 9x19x29 14x19x29 Estrutural 14x19x29 RJ Campos dos Goytacazes Wagner Linhares Indústria Cerâmica (22) 2721-8111 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Itaboraí Cerâmica Colonial (21) 2635-9333 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 9x19x39 14x19x19 14x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x34 14x19x44 Vedação 9x19x19 9x19x29 Vedação 9x19x19 9x19x29 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x19 14x19x29 Vedação 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x29 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 19x19x39 RJ Itaboraí Cerâmica Santa Izabel (21) 2635-7089 [email protected] RJ Paraíba do Sul Cerâmica GGP (24) 2263-1267 www.ceramicaggp.com.br RJ Três Rios Cerâmica Argibem (24) 2258-2127 www.argibem.com.br RJ Vassouras Cerâmica Porto Velho (24) 2258-3110 [email protected] [email protected] RO Ji Paraná Cerâmica Belém Indústria e Comércio (69) 3421-1419 [email protected] Vedação 9x14x19 RS Candelária Cerâmica Kottwitz (51) 3743-1789 [email protected] Vedação 9x14x19 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29 Vedação 9x19x19 9x19x29 9x19x39 11,5x19x29 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 RS Bom Princípio Cerâmica Construrohr (51) 3635-8085 [email protected] Vedação 14x19x29 Estrutural 14x19x29 RS Candelária Cerâmica Candelária (51) 3743-1202 [email protected] Vedação 9x14x19 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29 RS Faxinal do Sotur Cerâmica Veber (55) 3263-1379 [email protected] Vedação 9x14x19 RS Nova Santa Rita Cerâmica Flores (51) 3479-5080 [email protected] Vedação 9x14x19 RS Sapucaia do Sul Pauluzzi Produtos Cerâmicos (51) 3451-5002 www.pauluzzi.com.br Estrutural 14x19x29 RS Venâncio Aires Cerâmica Eckert (51) 3741-1509 [email protected] Vedação 9x14x19 SC Pouso Redondo Cerâmica Constrular (47) 3545-1249 www.ceramicaconstrular.com.br Vedação 9X9X24 9x14x24 9x14x29 11,5X19x19 11,5x19x24 14x19x29 Estrutural 14x19x29 14X19X44 SC Rio do Sul Cerâmica Princesa Indústria e Comércio (47) 3525-1540 www.princesa.ind.br Vedação 9x9x24 9x14x24 14x19x29 11,5x19x24 Estrutural 14x19x29 SC Cocal do Sul Cerâmica Galatto Ltda (48) 3447-6259 [email protected] Vedação 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29 SC Ituporanga Bela Vista Tijolos Ltda (47) 3533-9090 [email protected] Bloco de Vedação 11,5x19x24 SC Pouso Redondo Cerâmica Lorenzetti Ltda (47) 3545-0049 [email protected] Bloco de Vedação 9x14x24 SP Cesário Lange Cerâmica City (15) 3246-1133 www.ceramicacity.com.br Vedação 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x39 SP Itu Selecta Estrutural Blocos e Telhas (11) 2118-2001 www.selectablocos.com.br Vedação 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 19x19x39 SP Santa Cruz da Conceição Cerâmica Barrobello Indústria e Comércio (19) 3567-1533 [email protected] (15) 3222-8336 www.ceramicamatieli.com.br Vedação 11,5x14x24 14x19x39 14x19x24 Estrutural 14x19x29 14x19x39 SP Sorocaba Indústria Cerâmica Matieli Vedação 14x19x39 Estrutural 14x19x29 Revista da Anicer | nº 80 39 NONONONONONNNOONO 40 UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS BA Alagoinhas Cerâmica Santana de Alagoinhas (75) 3423-3000 www.ceramicasantanaba.com.br Telha Extrudada BA Alagoinhas Telhas Simonassi (75) 3182-5000 [email protected] Romana /Telhas Plan Macho /Fêmea BA Candiba Cerâmica Alves Neves (77) 3661-2070 [email protected] Colonial ES Colatina Cerâmica Cinco (27) 3722-7400 [email protected] Romana /Portuguesa ES São Roque do Canaã Cerâmica Imperial (27) 3729-1459 [email protected] Plan Capa e Bica / Universal /Romana /Portuguesa GO São Simão Cerâmica Dolar (64) 3658-4001 [email protected] Americana /Romana /Portuguesa GO Mara Rosa Rosa e Cavalcante - Cerâmica Santo Antônio (62) 3366-1382 [email protected] Plan /Portuguesa /Romana MG Abadia dos Dourados CBS Indústria Cerâmica (34) 3847-1309 [email protected] Americana /Plan CBS /Colonial MG Capinópolis Cerâmica Drummond (34) 3263-1340 [email protected] Americana /Portuguesa MG Ituiutaba Cerâmica Depaula (34) 3268-8319 [email protected] Romana MG Ituiutaba Cerâmica Maracá (34) 3268-8596 www.ceramicamaraca.com.br Romana /Americana /Portuguesa MG Ituiutaba Cerâmica Monte Azul (34) 3268-5771 [email protected] Americana /Romana /Portuguesa MG Ituiutaba Cerâmica Santorini (34) 3268-5400 www.santorini.com.br Portuguesa /Americana / Romana MG Monte Carmelo Azteca Indústria Cerâmica (34) 3842-8900 www.incatelha.com.br Plan /Colonial MG Monte Carmelo Cerâmica Alto Paranaíba (34) 3842- 2101 [email protected] Plan /Americana / Portuguesa MG Monte Carmelo Cerâmica Azteca (34) 3842-8900 www.incatelha.com.br Americana MG Monte Carmelo Cerâmica Carmelitana (34) 3842-2424 [email protected] Plan Universal /Americana / Portuguesa /Romana MG Monte Carmelo Cerâmica Cruzado (34) 3842-1524 [email protected] Plan Universal /Americana / Portuguesa /Romana MG Monte Carmelo Cerâmica Mineira (34) 3842-2688 [email protected] Plan Universal /Americana / Portuguesa /Colonial Capa e Canal MG Salinas Cerâmica Salinas (38) 3841-1596 [email protected] Plan /Americana /Portuguesa /Romana Revista da Anicer | nº 80 Consulte a lista atualizada das empresas qualificadas no PSQ nos sites http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e REALIZAÇÃO: www.anicer.com.br UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS MG Salinas Cerâmica União (38) 3841-1590 /3841-1087 www.ceramicauniao.com.br Plan /Colonial /Paulista /Planzinha / Portuguesa /Americana MS Três Lagoas Cerâmica MS (67) 3521-1221 www.ceramicams.com.br Romana /Portuguesa /Americana MS Rio Verde Ceramitelha (67) 3292-1769 [email protected] Romana /Portuguesa PE Caruaru Cerâmica kitambar (81) 3722-7777 www.kitambar.com.br Telha Extrudada RJ Campos de Goytacazes Cerâmica São José (22) 2721-1403 [email protected] Romana /Portuguesa RJ Itaboraí Cerâmica Sul América - Cerâmica R. J. Nunes (21) 2635-2581 [email protected] Romana /Portuguesa RJ Tanguá Cerâmica Marajó (21) 2747-1207 [email protected] Romana /Portuguesa RO Cacoal Cerâmica Rio Machado (69) 3441-5210 [email protected] Romana RO Cacoal Cerâmica Cena (69) 3441-6079 [email protected] Romana RO Pimenta Bueno Cerâmica Romana (69) 3451-2631 / 3451-8560 [email protected] Romana /Portuguesa RS Bom Princípio Cerâmica João Vogel (51) 3634-2602 [email protected] Portuguesa /Americana SC Agrolândia Telhas Hobus Esmaltados (47) 3534-4037 [email protected] Portuguesa SC Rio do Sul Telhas Rainha Unicerâmica Indústria e Comércio (47) 3411-5000 www.telhasrainha.com.br Portuguesa SC Sangão Icetec Indústria Cerâmica de Telhas Coloniais (48) 3656-3600 www.icetec.ind.br Americana SC Sombrio Bella Telha (48) 3533-9001 [email protected] Portuguesa SC Taió Cerâmica Taió Ltda (47) 3562-0507 [email protected] SP Conchas Cerâmica Lopes (14) 3845-8000 www.ceramicalopes.com.br Americana / Portuguesa /Romana SP Conchas Cerâmica Argiforte (14) 3845-1212 [email protected] Romana /Portuguesa SP Leme Top Telha - Maristela Telhas (19) 3573-7777 www.toptelha.com.br Mediterrânea /M14 SP Santa Cruz da Conceição Cerâmica Barrobello Ind. e Comércio (19) 3567-1533 www.ceramicabarrobello.com.br Portuguesa Reta /Portuguesa /Romana / Italiana SP Tambaú Morandin Produtos Cerâmicos (19) 3673-3190 [email protected] Romana /Portuguesa Telha Germânica Revista da Anicer | nº 80 41 CERÂMICA VERDE Revestimentos Sustentáveis 99% dos produtos são fabricados com vidros de lâmpadas fluorescentes, telas de TVs, monitores de computadores, cinzas e outros materiais reciclados Fonte: Divulgação A Lepri – Finas Cerâmicas Rústicas é pioneira brasileira na reutilização de vidros de lâmpadas fluorescentes reciclados na fabricação de pisos e revestimentos, processo que teve início em 2005 com a linha Eco Mediterrânea, que já levava em sua composição resíduos da própria cerâmica. Esses dois atributos renderam à linha o Prêmio Planeta Casa de 2006, organizado pela revista Casa Claudia, da Editora Abril. A ideia de reutilizar o vidro da lâmpada fluorescente surgiu a partir da necessidade de se fazer o descarte correto deste material, que se deixado na natureza, demoraria mais de 200 anos para ser absorvido. Além disso, as lâmpadas contêm mercúrio metálico em sua composição, que contamina radicalmente o solo e os seres vivos. Inicialmente, os vidros eram utilizados somente na fabricação do esmalte dos produtos, mas a partir de 2007, com o lançamento da linha Fendi, também passou a ser utilizado na produção da massa. Com essa inovação, a empresa conseguiu reduzir a temperatura de queima dos produtos, resultando na diminuição de emissão de poluentes. Parede decorada com revestimento cerâmico da Lepri: rústico e moderno Em 2008, a Lepri lançou as Ecopastilhas, também fabricadas com vidros de lâmpadas fluorescentes recicladas, e um ano depois, os mesmos produtos, porém com esmalte biológico, produzidos com cinzas de queima da lenha e de olarias da região. Diferentemente de outras produções em massa e de esmaltes adquiridos prontos, a Lepri prepara em laboratório próprio o esmalte biológico. Esse conceito de produção, que se opõe à padronização dos métodos de fabricação e valoriza a defesa do meio ambiente, chama-se “Slow Ceramic”. 42 Revista da Anicer | nº 80 www.resdilrefratarios.com.br Em 2011, a empresa tornou-se membro do Green Building Council, uma ONG que busca promover a indústria de construção sustentável no Brasil, o que tornou mais evidente sua atuação nesse campo. No mesmo ano, venceu novamente o Prêmio Planeta Casa, desta vez com o produto Ecofachada Ventila- Revestimentos cerâmicos produzidos pela Lepri: utilização em alta nos projetos arquitetônicos de todo o país da, que une sustentabilidade e funcionalidade. Em 2012, a passou a reciclar também vidros de telas de TVs e monitores de computadores, colaborando com a redução do lixo eletrônico que, devido à rápida evolução tecnológica, tem crescido no mundo todo. Além disso, aproveita muitos dos componentes desses materiais, como o estrôncio e o zinco, óxidos encontrados nos tubos de TVs, como substituição às fritas de vidro dos esmaltes e aos óxidos industriais. Hoje, 99% das linhas são fabricadas com materiais descartados, o que inclui os produtos rústicos, as ecopastilhas, as ecocerâmicas, as ecomadeiras, bricks, rocks, filetes, gradinis e ecoslim. Os revestimentos da Lepri permitem aos profissionais de arquitetura e aos clientes finais uma decoração inusitada em pisos e paredes, o que resulta na criação de espaços exclusivos, proporcionando aconchego e bem estar, sem deixar a preocupação com o meio ambiente de lado. FÁBRICA E VENDAS TELEFAX: (19) 3893-2888 email: [email protected] Rua Hamilton Bernardes, s/nº Cx. Postal 522 CEP 13920-990 Revista da Anicer | nº 80 43 Pedreira - SP FINANÇAS O valor dá-se a quem tem Especialista dá dicas de como precificar um produto sem perder mercado Por Carlos Cruz D efinido como o valor monetário expresso numericamente produto e serviço, em função de uma série de fatores, como o associado a uma mercadoria, serviço ou patrimônio, o “pre- momento da compra, o tipo de cliente que está comprando, vo- ço” é, por muitas vezes, o principal fator na hora de consumido- lumes de compra etc. A ideia é que, ao praticar diferentes preços, res optarem por este ou aquele produto. No Marketing, o preço de se consiga vender mais e maximizar o lucro, pois há clientes que alguma coisa é medido pelo trabalho e pela dificuldade que esta possui para ser adquirida. Por isso, os mercadólogos incluem em suas considerações os custos indiretos, custos de manutenção, estão dispostos a pagar mais em determinadas situações”, analisa o professor. a necessidade de recompra, e mesmo a energia física, o tempo e Cohen aponta um despreparo no setor varejista quando a ques- o custo emocional de se adquirir uma oferta. tão é custo, tornando-se muito comum a prática de preços co- Foco de muita discussão entre empresários de norte a sul do piados dos concorrentes ou o uso de valores com base em con- país, o principal ponto dos debates sempre girou em torno da sensos formados sem uma fundamentação de custo. O que não diferença entre o valor real e o valor ideal de venda do produto. ocorre em grandes empresas, que geralmente possuem setores Para Marcos Cohen, professor do Núcleo de Estudos em Orga- inteiros dedicados a precificar, usando softwares e métodos ul- nizações e Sustentabilidade da Puc-Rio, três fatores devem ser trassofisticados. “É importante aumentar a percepção de valor levados em conta na hora da precificação de um produto ou ser- do cliente para que ele esteja disposto a pagar a mais ou a es- viço: os custos da empresa, o valor percebido pelo cliente e as quecer do preço na hora de se decidir por um produto”, conta. ações da concorrência, associados a seus objetivos e estratégias mercadológicas. “Há várias teorias e métodos para precificar. Os O professor lembra que não existe um preço ideal. “Isso vai variar mais tradicionais dizem que você deve partir de seus custos in- de acordo com os objetivos estratégicos ou não da empresa e ternos, agregar uma margem de lucro e testar o preço daí decor- com a situação. Mas em geral, o preço ideal é aquele que co- rente no mercado”, explica Cohen. bre seus custos, que dá uma margem de lucro adequada aos Há algumas décadas, os japoneses introduziram a ideia de que se deve praticar o inverso: ouvir o cliente, por meio de pesquisas 44 seus propósitos e transmite ao cliente a sensação de um bom negócio, de que o preço pago reflete plenamente o valor que ele de mercado, entender o valor que ele atribui ao produto e quanto percebe no produto ou serviço”, explica. Para ele, muitos fatores está disposto a pagar. “Hoje, em alguns setores como hotelaria devem ser levados em conta na hora da precificação, podendo e aviação, principalmente, se pratica muito o Revenue Manage- ser divididos em internos (sobre os quais a empresa em geral ment, que busca trabalhar com mais de um preço pelo mesmo tem controle) e externos (sobre os quais ela não tem controle). Revista da Anicer | nº 80 “É importante aumentar a percepção de valor do cliente para elevados, talvez não lhe seja interessante lançar um novo produto ou nova linha de produtos que ele esteja disposto muito mais barato com a mesma marca, pois a pagar a mais ou a isso poderia confundir a cabeça do consumidor. esquecer do preço na “É por isso que muitas empresas têm o que cha- hora de se decidir por mamos de ‘marcas de briga’, destinadas a um um produto” público de menor poder aquisitivo, em paralelo com a marca principal, destinada a um público de maior poder aquisitivo”, compara o professor. O uso da internet também tem mudado substancialmente a forma de vender de muitas em- Os principais fatores internos são: • objetivos e estratégias de Marketing, que devem estar em sintonia com os objetivos mais estratégicos de negócios; • custos; presas, barateando os custos de comunicação e reduzindo os intermediários na transação. No entanto, tal canal exige uma série de novas preocupações, como cumprir as promessas de entrega no prazo ou como tratar reclamações. Segundo • processos operacionais (quanto mais eficientes, menos custos gerarão e mais qualidade e satisfação darão ao cliente); e Cohen, um dos grandes problemas é que alguns • o ciclo de vida em que se encontra o produto. custos e se esquecem da proposição de valor ao Os principais fatores externos são: • a estrutura do mercado (se há concorrência ou não, se há controles de preço, existência de cartéis etc.); • a demanda pelos seus produtos e serviços (o que envolve muitos aspectos, por exemplo, tamanho e características do mercado consumidor, sensibilidade do consumidor a preços etc.); • as ações da concorrência (produtos, preços praticados, lobbies etc.); e • demais fatores macro ambientais ligados ao governo, às leis, à economia do país e do mundo. Hoje em dia as questões ligadas à sustentabilidade e ao meio ambiente já começam a influenciar custos e preços em várias indústrias. Estudos na área de comportamento do consumidor mostram que existe uma forte relação entre o preço do produto e sua imagem. É comum que, ao optar pela compra de algo que lhe é desconhecido, o consumidor use o preço como parâmetro de comparação com outros produtos concorrentes, fazendo uma associação entre preço e qualidade. Assim, um produto mais caro pode empresários precificam apenas com base nos cliente e da percepção de valor que este tem da oferta. Por outro lado, alguns empresários também precificam só olhando o cliente ou o concorrente e se esquecem dos custos. “O ideal é considerar os dois e ainda levar em conta as ofertas dos concorrentes”, avalia. Para o especialista, planejar de maneira correta é uma condição básica para se alcançar lucro sustentável no longo prazo sem a necessidade de apelar para promoções. “Se o produto já vende muito é porque os compradores entendem que o preço está adequado ao valor do produto e as suas disponibilidades financeiras. Assim, não vejo necessidade de desconto, a não ser que se tenha como objetivo fidelizar clientes através de induzir o cliente a atribuir-lhe maior qualidade e vice-versa. É claro que isso varia de descontos cumulativos, tipo milhagem de em- acordo com o tipo de produto ou serviço. De qualquer forma, o empresário precisa presas aéreas, ou aumentar a liquidez da em- ter cuidado ao precificar posicionando-se adequadamente frente aos concorrentes. Por presa por meio de descontos para pagamentos exemplo, se uma empresa tem uma imagem de alta qualidade associada a preços mais à vista”, conclui Cohen Revista da Anicer | nº 80 45 COLUNA DA QUALIDADE Estudo será apresentado nos EUA Empreender e executivos das Asso- Anicer reúne ceramistas ciações Comerciais e Industriais do do PR Tocantins. Ao todo, 17 consultores do Estado serão capacitados para trabalhar no projeto. A formação de Núcleos Setoriais é uma das propostas que incentiva proprietários de micro e pequenas empresas, de um mesmo segmento econômico, a deO estudo intitulado “Caracterização de resíduo de vidro de lâmpada fluorescente para incorporação em cerâmica vermelha”, de autoria de Alline baterem, em conjunto, problemas e soluções mercadológicas que beneficiem o grupo. vereiro, do Encontro das Indústrias Morais, professora do IFF/RJ, será apresentado este ano no Congresso Internacional TMS 2013 Annual Meeting & Exhibition. O evento acontece- Convênio prevê estudos sobre cerâmica vermelha Cerâmicas do Nordeste Paranaense, promovido pelo Sebrae-PR, regional Maringá. O Assessor Técnico e da rá de 3 a 7 de março, no Texas (EUA). Qualidade da Associação Antônio O trabalho mostra os resultados da Carlos Pimenta visitou o Sebrae Ma- caracterização de resíduo de vidro ringá e as cerâmicas de São Carlos obtido com a descontaminação de do Ivaí para apresentar uma palestra lâmpadas fluorescentes. A intenção para um grupo de ceramistas abor- é incorporar esse resíduo à massa dando temas como a Norma de De- para a produção de cerâmica vermelha, a fim de melhorar a qualidade do material e também promover um destino ambientalmente correto para este tipo de resíduo de vidro. sempenho, Normas RegulamentaUm convênio assinado entre o Senai-PB e a Companhia Paraibana de Gás (PBGás) prevê estudos sobre o setor de cerâmica vermelha. Com foco Tocantins capacita para o Empreender 46 A Anicer participou, no dia 18 de fe- no desenvolvimento tecnológico, os dois órgãos assinaram o acordo para a realização de pesquisas e capaci- doras, Conheça Seu Produto e PSQs de Blocos e Telhas. Várias indústrias daquela região aderiram ao CSP e enviarão seus produtos para ensaios no Senai de Ponta Grossa (PR), que também esteve presente com uma apresentação do Técnico Diego Ri- O Sebrae-TO e a Federação das As- tação de pessoal por meio de cursos, sociações Comerciais e Industriais palestras e treinamentos nas insta- beiro. Segundo o Gestor do Sebrae do Estado do Tocantins (Faciet) rea- lações do departamento regional do Maringá, Joversi Rezende, a ativida- lizaram no período de 28 de janeiro Senai-PB. O convênio engloba uma de é parte das ações com as cerâ- a 1º de fevereiro, na capital, a capa- série de projetos a serem realizados micas da região dentro do programa citação dos consultores do projeto nos próximos cinco anos. Construindo o Paraná Revista da Anicer | nº 80 Revista da Anicer | nº 80 47 Cerâmica Sustentável é + Vida Novo projeto da Anicer e Sebrae vai atender 600 cerâmicas Iniciativa vai proporcionar o desenvolvimento do setor de cerâmica vermelha em todo território nacional Por Manuela Souza C om o objetivo de promover a sustentabilidade nas Micro e Pequenas in- informações e subsídios para atuar em todas dústrias de cerâmica vermelha, por meio de um conjunto de ações para as frentes, isso vai proporcionar um salto tec- implantação da Gestão Empresarial, promoção da Inovação Tecnológica, Efi- nológico para as empresas atendidas”. ciência Energética e Licenciamento Ambiental que permita a Incorporação e o Tratamento de Resíduos Sólidos nos processos produtivos, a Anicer, em Segundo dados do IBGE, o setor de cerâmica parceria com o Sebrae, criou o projeto Cerâmica Sustentável é + Vida. vermelha é constituído por 6.903 empresas, com faturamento anual conjunto de 18 bilhões Ainda em fase de implantação, o projeto vai desenvolver e consolidar ações de reais. O foco desse projeto é atingir cerca sustentáveis para maior capacitação da mão de obra trabalhadora e au- de 90% dessas empresas, configuradas como mento da competitividade do segmento para sua ampliação de mercado. micro e pequenas e com a sua implantação, Além disso, vai servir de apoio à qualificação dos produtos cerâmicos nos transformar o comportamento empresarial, as Programas Setoriais da Qualidade (PSQ), pertencentes ao Programa Brasi- ferramentas de gestão e a competitividade das leiro de Qualidade e Produtividade no Habitat – PBQP-H, do Governo Federal. cerâmicas para o uso de práticas mais susten- Durante 36 meses serão aplicadas modernas ferramentas para a implantação nas empresas dos melhores procedimentos disponíveis nas frentes O novo projeto vai atender 600 cerâmicas de que o projeto reúne. A ideia é fortalecer a economia do setor e melhorar a todo o Brasil. Saiba mais sobre qualidade dos produtos oferecidos no mercado. Para o Presidente da Anicer, Luis Lima, o lançamento desse projeto vai ampliar as expectativas dos micro e pequenos produtores de cerâmica. “O Cerâmica é + Vida é o maior projeto que a Anicer já desenvolveu e trata de todas as necessidades básicas de funcionamento de uma cerâmica, já que traz 48 táveis para o setor. Revista da Anicer | nº 80 o Cerâmica Sustentável é + Vida pelo telefone (21) 2524.0128. Conheça as 6 frentes de ação do Cerâmica Sustentável é + Vida: • Gestão para Eficiência Energética: módulo de registo dos consumos e monitoração de energia e recursos naturais. • Consultoria para Inovação Tecnológica: estruturação do layout da fábrica para análise da estrutura disponível, com proposta de alteração e melhorias, inclusive com a indicação dos equipamentos adequados, conforme os produtos fabricados e a demanda mercadológica existente. • Consultoria para Eficiência Energética: auditoria e consultoria, distribuídas em todo o território nacional, organizadas em ações coletivas ou individualmente, por meio dos parâmetros desenvolvidos em conjunto com o Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro – CTCV, renomado órgão europeu, mundialmente reconhecido no desenvolvimento de pesquisas, projetos e serviços em Eficiência Energética, para o uso eficiente da energia nas Cerâmicas. O diagnóstico vai avaliar as perdas energéticas para elaboração de plano de racionalização do uso de energia e definição de cronograma de implantação das medidas indicadas. • Consultoria Ambiental: análise minuciosa da documentação disponível ou não em cada empresa com base na legislação federal, estadual e municipal em vigor em todas as regiões. A ação irá orientar cada Cerâmica sobre os procedimentos a serem adotados para a obtenção ou manutenção das licenças obrigatórias. • Consultoria para incorporação e tratamento de resíduos sólidos, biomassas e geração de crédito de carbono: visita de especialistas às cerâmicas para traçar condições disponíveis e oportunidades para a incorporação de resíduos industriais no processo de fabricação de cerâmica vermelha, estabelecidas na Política Nacional de Resíduos Sólidos vigente no País. Entre os benefícios da incorporação de resíduos no processo de fabricação, as cerâmicas podem obter créditos de carbono e receitas regulares para compra de novos equipamentos e modernização dos processos fabris. • Consultoria para Qualificação nos PSQ/PBQP-H: treinamentos e cursos no interior de cada cerâmica para implantação das ferramentas de controle de processos e gestão da qualidade para obtenção do certificado de qualificação no Programa Setorial da Qualidade (PSQ/PBQP-H) de Blocos e/ou Pinça de carregamento Telhas Cerâmicas Visite nosso Site: www.zuccoequipamentosceramicos.com.br Revista da Anicer | nº 80 49 MAROMBANDO Maria Salette Weber Coordenadora Geral do Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), do Ministério das Cidades Por Carlos Cruz Arquiteta formada pela Universidade Federal de Pelotas - UFPEL/RS (1983), com pós-graduação em Arquitetura pela Universidade de Brasília/UNB (1985), especialização em Gestão pela Qualidade no Setor Público - ENAP/PR (1992) e Mestrado em Planejamento Urbano pela Universidade de Brasília/UNB (1996), Maria Salette Weber atua, desde 1991, na Coordenação Técnica dos Programas de Gestão da Qualidade e Tecnologia para o setor Urbano e Habitacional. É representante o Ministério das Cidades no Fórum de Competitividade da Indústria da Construção Civil no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e no Grupo Coordenador do Programa de Tecnologia para Habitação – HABITARE no âmbito da FINEP/MCT. • Fale um pouco da sua trajetória até você chegar a coordenar o PBQP-H. Sou servidora pública de carreira e há mais de 20 anos atuo coordenando a área de desenvolvimento tecnológico e gestão da qualidade dos programas habitacionais do governo federal. • Qual a importância do PSQ para o PBQP-H? Os Programas Setoriais da Qualidade (PSQs) são instrumentos do Sistema de Qualificação de Empresas de Materiais, Componentes e Sistemas Construtivos (SiMaC), no âmbito do PBQP-H, que atuam no combate a não-conformidade sistemática em relação às normas técnicas na fabricação, comercialização e distribuição de materiais, componentes e sistemas construtivos para a construção civil. Assim, os PSQs cumprem um papel importante de modo a contribuir para um cenário de isonomia competitiva, para a adaptação a novos parâmetros de competitividade e elevação dos patamares de qualidade e produtividade, mediante o fomento à capacitação tecnológica das empresas que desejam produzir em conformidade com as normas técnicas brasileiras, classificando-as como Empresas Qualificadas. Destaca-se, também, que os PSQs são importantes para o alcance de uma das metas do Programa que busca elevar e manter em 90%, o percentual médio de conformidade com as normas 50 Revista da Anicer | nº 80 “O PBQP-H ao longo de sua trajetória de 14 anos, sempre privilegiou a criação e implementação de mecanismos de modernização tecnológica • O que isso significa em números? A título de informação, no ano de 2012, as vendas de materiais de construção em conformidade com as normas técnicas, realizadas com o Cartão BNDES, atingiram um valor próximo de R$ 1 bilhão, o que tem motivado o interesse de outros fabricantes, que ainda não participam dos PSQs, ingressarem no SiMaC do PBQP-H. e gerencial, incluindo conceitos e metas de sustentabilidade.” • Com a Norma de Desempenho, como se situará o PBQP-H? Inicialmente vale ressaltar que a Norma de Desempenho (ABNT NBR 15.575) representará um grande avanço para o setor, uma vez que terá como foco o consumidor, complementando as normas prescritivas de técnicas dos produtos que compõem a cesta de materiais de construção, contribuindo para a redução de produtos não-conformes no mercado brasileiro. Atualmente o PBQP-H monitora 25 PSQs, mantidos por 17 Entidades Setoriais Nacionais, que acompanham a qualidade de, aproximadamente, 4.500 produtos, de 110 marcas, produzidas por 452 fabricantes de diversas regiões do país. • Como você enxerga a participação do BNDES e CAIXA no processo de reconhecimento das empresas qualificadas? A participação tanto do BNDES, nas vendas pelo Cartão BNDES, quanto da CAIXA no cumprimento das diretrizes do PBQP-H, no que se refere à exigência da utilização de materiais, componentes e sistemas construtivos de Empresas Qualificadas nos PSQs do SiMaC, tem alavancado investimentos dos diversos setores na melhoria da sua própria estrutura organizacional, gerencial, modernização dos meios, métodos e técnicas de produção, colocando, dessa forma, a qualidade como atributo fundamental. modo a atender as exigências dos usuários com soluções tecnicamente adequadas, privilegiando requisitos e critérios de desempenho de segurança (estrutural, contra o fogo e no uso e na operação); habitabilidade (estanqueidade, desempenho térmico, acústico, lumínico, saúde, higiene, qualidade do ar, funcionalidade e acessibilidade, conforto tátil e antropodinâmico) e sustentabilidade (durabilidade, manutenibilidade e impacto ambiental). Destacaria o aspecto da habitabilidade que impacta a qualidade de vida das pessoas, especialmente quanto ao desempenho térmico e acústico dos edifícios residenciais, propiciando maior conforto e privacidade, que antes não eram alvo de preocupação na maioria dos projetos e processos construtivos. • Então ela será mais um instrumento? O PBQP-H ao longo de sua trajetória de 14 anos, sempre privilegiou a criação e implementação de mecanismos de modernização tecnológica e gerencial, incluindo conceitos e metas de sustentabilidade. Assim, posso afirmar que a Norma de Desempenho será mais um instrumento que contribuirá com as ações desenvolvidas no âmbito do PBQP-H e de outros setores, para a redução dos custos das unidades habitacionais de interesse social e, desse modo, ampliar o acesso à moradia digna para a população brasileira de menor renda. • Haverá alguma incompatibilidade? Uma das ações que merece destaque é a avaliação técnica realizada por meio do Sistema Nacional de Avaliação Técnica de Produtos Inovadores (SiNAT) do PBQP-H, que vem permitindo ao setor da construção Revista da Anicer | nº 80 51 MAROMBANDO civil adotar sistemas mais produtivos e sustentáveis, permitin- ditação (Cgcre) do INMETRO, quanto com os Gerentes de do avaliar o comportamento real do produto inovador em uso, PSQs e representantes de Entidades Gestoras Técnicas levando-se em consideração os mesmos requisitos e critérios de desempenho da Norma de Desempenho (segurança, habitabilidade e sustentabilidade). Dessa forma, entendemos que não haverá incompatibilidades das ações do Programa quando (EGTs), em reuniões específicas, com o objetivo de definir um modelo de acreditação adequado para as EGTs atuarem no SiMaC. a Norma de Desempenho estiver em vigência. • Com relação às ações de combate a não-conformi• Segundo o novo regimento do SiMaC, as Entidades Ges- dade, qual departamento do INMETRO está acordado toras Técnicas deverão ser acreditadas pelo INMETRO. Já com o PBQP-H para receber as denúncias e realizar existe uma definição de como o INMETRO realizará esta acreditação? Caso ainda não tenha, qual a previsão para que seja estabelecido o formato da acreditação? Desde a publicação da Portaria nº 570, de 27 de novembro de 2012, do Ministério das Cidades, dando nova redação ao Regi- as fiscalizações? A relação das empresas que fabricam, comercializam e distribuem materiais, componentes e sistemas construtivos para a construção civil em não-conformidade sistemá- mento Geral do SiMaC, a Coordenação Geral do PBQP-H tem tica com as normas técnicas brasileiras, será encaminhada mantido um diálogo tanto com a Coordenação Geral de Acre- para a Diretoria da Qualidade (Dqual) do INMETRO ROGEFRAN 52 Revista da Anicer | nº 80 Revista da Anicer | nº 80 53 21 Anos Um novo ciclo que se inicia Anicer comemora mais um ano de conquistas para o setor e se prepara para receber nova diretoria Por Carlos Cruz A Associação Nacional da Indústria Cerâmica completou, no dia 20 de janeiro, vinte e um anos de atuação, cumprindo com firmeza a sua missão de dar voz aos empresários junto às instituições públicas e privadas, lutando pelos seus interesses e defendendo suas conquistas. E o trabalho vem dando certo, segundo um levantamento realizado pela Anicer no início de 2013. Os dados mostram que o número de novas empresas associadas vem subindo aproximadamente 10% a cada ano. Para o atual presidente da Associação, Luis Lima, os números estão de acordo com as previsões de crescimento do setor. “É possível que a indústria cerâmi- ca apresente uma expansão de até 8% em 2013, por conta da assinatura de novos contratos e obras previstas para o próximo ano. Estamos também passando por um forte crescimento tecnológico em nossos parques industriais, adequando layouts e buscando equipamentos cada vez mais modernos, eficientes e de melhor qualidade”, declarou Lima. Para ele, o fato do setor de Cerâmica Vermelha ser o mais sustentável da cadeia da construção civil, dados que, segundo o presidente, são comprovados pela Avaliação do Ciclo de Vida dos Produtos de Cerâmica Vermelha, estudo lançado em 2012, é que torna o setor tão promissor e competitivo. “Estamos em 90% das alvenarias do país, isso comprova tanto a preferência nacional por nossos produtos quanto nossa Luis Lima: indústria cerâmica poderá crescer até 8% em 2013 qualidade”, enfatiza Lima. Nos últimos anos, importantes parcerias para o setor foram fechadas com órgãos nacionais e regionais, como federações das indústrias de todo o país e o sistema “S”. Também a presença cada vez mais significativa de representantes do setor em feiras nacionais e internacionais foi de grande relevância para ampliar a conquista de novos espaços e a ampliação de negócios. A opinião é compartilhada pelo diretor de Relações Institucionais da Anicer, Cesar Gonçalves. Recentemente eleito para assumir a presidência da casa 54 Revista da Anicer | nº 80 para o triênio 2013/2015, Gonçalves elogia a gestão do amigo e diz que pre- e telhas cerâmicas, como sustentabilida- tende manter o rumo que vem sendo adotado por Lima. “A Anicer tem vá- de, durabilidade e qualidade de vida para rios projetos em andamento, tais como o ‘Anicer Na Sua Empresa’, ‘Conheça seus moradores. o seu Produto’, que recebeu um aditivo do Sebrae para mais um ano, e os PSQ's tanto de blocos quanto de telhas. Continuaremos a tocá-los sempre “Nossa indústria passa hoje por sua com foco na melhoria dos produtos da Cerâmica Vermelha”, afirmou o di- maior transformação e enfrenta a ne- retor. Segundo ele, as ações junto a Federações de Indústrias, Sesi, Senai, cessidade de melhoria da qualidade e de CNI, Sebrae, ABNT, setores governamentais, especialmente junto ao Inmetro, atendimento às regras legais que estão PBQP-H e Ministérios, serão não apenas mantidas mas constantemente es- cada vez mais exigentes. Em grande par- timuladas com o objetivo de ajudar, destacar e dar visão positiva ao setor. te do país, enfrentamos o problema da Esta será a segunda vez que Gonçalves assumirá o comando da Associação. “Fui eleito pela primeira vez no Encontro Nacional de 2000, realizado na cidade de Natal (RN). Tomei posse em março de 2001 e presidi a Associação até 2007”, relembra Gonçalves. Passados doze anos, o futuro presidente destaca o crescimento do setor como um dos pontos mais positivos das últimas gestões. “A diferença está no tamanho e na representatividade da nossa Associação. Crescemos muito, estamos fortes, resultado de um trabalho contínuo de muita competência e comprometimento. Muda a figura do presidente, mas o trabalho da Anicer continua sempre focado no desenvolvimento e no crescimento da Cerâmica Vermelha brasileira”, afirmou. escassez de mão de obra qualificada, dificultando as transformações necessárias. A Anicer está atenta a essas transformações, buscando sempre o melhor para ajudar o setor”, concluiu. Preparando-se para deixar a presidência e assumir a diretoria de Relações Institucionais, Luis Lima afirma ter a sensação de dever cumprido. “Termino lembrando o que disse quando assumi a presidência Gonçalves assumirá o cargo em abril deste ano, durante uma cerimônia na desta casa, que buscaria sempre a inclu- Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), como de cos- são, levando a oportunidade a todos e tume. Para ele, o principal desafio de sua gestão será manter a evolução tratando todos com igualdade, indepen- do setor em pontos como qualidade dos produtos, ambiente de trabalho e dente de porte e região. Assim, eu e mi- no fortalecimento da imagem. O diretor acredita ser importante o trabalho nha diretoria procuramos sempre agir”, conjunto com consumidores para dar mais destaque a qualidades dos tijolos relembra Lima “Crescemos muito, estamos fortes, resultado de um trabalho contínuo de muita competência e comprometimento. Muda a figura do presidente, mas o trabalho da Anicer continua (...).” 55 Perfil Massima Telhas Gres Empresa cresce apostando na qualificação e no bem estar de seus colaboradores Por Carlos Cruz | Foto Divulgação les do processo. Com altíssima resistência de carga de ruptura, acima de 680 kg, as telhas Massima têm como características de diferenciação a impermeabilidade, a resistência à maresia e ao granizo, total garantia contra a gretagem devida à baixa absorção d'água, além de serem autolimpantes e com um rendimento de 9,2 telhas por m². O projeto de produção destas te- A lhas levou mais de 3 anos entre a pesquiCerâmica Urussanga S.A - Ceusa foi fundada em 1953 no município de mesmo nome, em Santa Catarina. Com experiência de 60 anos e uma equipe de 185 colaboradores, a empresa vem se destacando na produção e comercialização de placas cerâmicas de alto padrão de qualidade e design para todo o território nacional e mais 40 países. Presente em todas as regiões do Brasil através de equipe comercial com mais de 80 representantes e 70 promotoras de vendas e decoradoras, supervisionados pelos gerentes comerciais em todas as regionais, a Ceusa também conta com mais de 480 show-room's para a apresentação de seus produtos. Atualmente a empresa é dirigida pelos empresários Manoel Francisco de Oliveira e Gilmar Menegon, presidente e diretor superintendente, respectivamente. Em 2010, com a mesma visão de negócio, Oliveira fundou a Massima Telhas Gres para produzir telhas esmaltadas, onduladas com base de massa porcelânica ou planas. As linhas de produtos são acompanhadas dos acessórios Terminais, Cravejadores, Cunhas, Cumeeiras, Meia Telha e Telhas Dupla Face e a produção mensal da Massima gira em torno de 800 mil telhas, feitas em fornos alimentados por gás natural. “Todas as matérias-primas utilizadas na fabricação da base porcelânica são adquiridas de empresas mineradoras especializadas e extraídas nos estados da região sul do país”, informou Menegon. A Massima é a única telha produzida com massa composta por argilas de base porcelânica, de via úmida e atomizada. A nova linha de produção, inaugurada em 56 sa, desenvolvimento e lançamento. Em 2012, a Ceusa recebeu o prêmio Anamaco como a empresa de melhor qualidade em produtos cerâmicos do Brasil, eleita com 93% dos votos. Seus diretores atribuíram o mérito a um longo trabalho de qualificação dos profissionais e motivação da equipe. Todos os operadores que atuam na produção da Massima Telhas Gres têm o segundo grau completo e 33% destes possuem o curso técnico ou superior na área de atuação. Nas demais áreas, todos os profissionais têm formação de terceiro grau. A Ceusa também firmou uma parceira com a Fundação Dom Cabral, considerada uma das melhores escolas de negócios da América Latina e a quinta melhor do mundo, para a qualificação de sua equipe e dos processos internos. 2012, utiliza Prensas, secadores e fornos de última geração e os equipamentos de Até 2015, a empresa espera conquistar no- esmaltação foram desenvolvidos com exclusividade para a Ceusa e fazem parte vas fatias do mercado com o lançamento da patente dos produtos Massima. A moderna linha de produção é operada por de novas linhas de produção decoradas apenas 6 colaboradores por turno em toda a sua extensão, que realizam os contro- com o efeito de pedras e madeira Revista da Anicer | nº 80 Mercado e inovação Linha de blocos cerâmicos Magnum, da Terra Brasil Cerâmicas Com sistema de fácil encaixe, o produto permite múltiplas opções de acabamento aplicado, além de economia de material e junta seca no encaixe. Sistema Flexbrick O Sistema Flexbrick consiste em folhas flexíveis seguras por peças de aço trançados de argila e disponíveis em várias opções de design e aplicações em construções. Linha Deck, da Lepri Finas Cerâmicas Rústicas O revestimento feito de cerâmica reproduz o formato das madeiras utilizadas em decks. Pode ser aplicado em pisos, paredes, fachadas, além de ambientes molhados como áreas de piscinas, pois possui ranhuras antiderrapantes. É produzido com resíduos de lâmpadas fluorescentes recicladas, produtos que normalmente levam cerca de 200 anos para se decompor Revista da Anicer | nº 80 57 Social 2 1 4 3 1. Grupo posa para foto no último dia do Enai 2012 2. Fernanda Duarte, Sandra de Carvalho e Fernando Ibiapina 3. Manuela Souza, Sandra de Carvalho, Marcia Sales e Lilian Dias, da Anicer, participam da Exposystem 4. Cesar Gonçalves, Sérgio Longen, Luiz Claudio Fornari, Luis Lima e Natel de Moraes 5. Reunião sobre a NR-12 no Ministério do Trabalho com Clovis Queiroz Neto (CNI), José Luis Barros (Firjan), Celso Haddad (MTE) e os representantes da Anicer, Luis Lima e Cesar Gonçalves. 6. Mara Viana Medeiros (Sinceplis), Waldyr de Moraes Jr. (Sindicer PI) e Antonio Carlos Fortes (Cerâmica Forte) 7. Inauguração do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Felipe Verdés 8. Entrega do título de cidadão ituano ao senhor Felipe Verdés, fundador da Verdés 9. Felipe Verdés, na inauguração do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia que leva seu nome 58 Revista da Anicer | nº 80 5 6 7 8 9 Revista da Anicer | nº 80 59 NOTÍCIAS DA ANICER Anicer participa da 5° Expocer A 5ª Feira de Fornecedores para a Indústria Cerâmica e Mineral será realizada de 23 a 26 de maio de 2013, no Pavilhão de Eventos São Pedro, em Curitiba (PR). Seu objetivo é incentivar e promover a geração de negócios entre fornecedores e consumidores do setor no maior pólo produtivo do Pa- Fórum se reúne em SP No dia 05 de fevereiro, o diretor de Relações Institucionais da Anicer, Cesar Gonçalves, participou da primeira reunião do Fórum dos Gerentes dos PSQs de 2013, em São Paulo. Também estiveram presentes a coordenadora geral do PBQP-H, Maria Salette Weber, além de integrantes do Grupo Interinstitucional BIM, composto pelas mais relevantes instituições do setor e coordenado por Maria Angélica Covelo Silva. O objetivo da reunião foi discutir a participação dos PSQs na introdução da Norma de Desempenho, a Coordenação Modular e o Sistema BIM (Building Information Model). raná. O evento contará com a palestra do Assessor Técnico e da Qualidade da Anicer Antônio Carlos Pimenta sobre os desafios e as oportunidades para a indústria de cerâmica vermelha. Na ocasião, serão abordados temas como o mercado da construção civil, normas de desempenho, normas regulamentadoras e programas de qualidade (PSQ). A Anicer é uma das apoiadoras do evento. Encontro de ceramistas no RN No dia 25 de janeiro foi realizada uma reunião com os ceramistas da região de Parelhas (RN). O encontro aconteceu no Laboratório de Análise Mineral e contou com a participação de empresas locais, além do responsável pela manutenção do Laboratório. Segundo o Assessor Técnico e da Qualidade da Anicer, Max Piva, o objetivo da reunião era divulgar o PSQ de Blocos e Telhas e o projeto Anicer na Sua Empresa (ANSE), com o objetivo de aumentar o número de empresas qualificadas nos PSQs. 60 Revista da Anicer | nº 80 Anicer apresentará ACV em Mendonza Novos Associados A Anicer foi convidada para participar da CILCA 2013 – Conferência Interna- Nos meses de janeiro e fevereiro de cional sobre Análises do Ciclo de Vida, que acontece entre os dias 24 e 27 de março na cidade de Mendonza, na Argentina. Na ocasião, a Anicer apresentará a ACV dos Produtos Cerâmicos, estudo desenvolvido pela canadense Quantis e lançado durante a Feicon 2012, em São Paulo. 2013, três novas empresas e entidades se associaram à Anicer. São eles: • Sindicato da Indústria de Cerâmica do Triângulo do Alto Paranaíba Comissão discute texto base para enchimento A 9ª reunião/2012 da Comissão de Estudo Especial de Laje Pré-Fabricada, Pré-Laje e de Armaduras Treliçadas Eletrossoldadas (ABNT/CEE-94) foi realizada no dia 28 de novembro, na sede da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), em São Paulo. A reunião deu continuidade às discussões para conclusão do texto base para enchimento e contou com a participação do diretor de Relações Institucionais da Anicer, Cesar Gonçalves. (MG) • Indústria de Cerâmica Modubim e Serviços (CE) • Rogefran Indústria de Máquinas e Usinagem (SP). Com isso, o número de associados adimplentes passa a ser de 293 Revista da Anicer | nº 80 61 Eventos 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica da ABC Feicon Batimat – 21º Salão Internacional da Construção Local: Centro de Convenções do Hotel Praiamar – Natal/RN Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi – São Paulo/SP Data: 19/02 a 22/02 Data: 12/03 a 16/03 O evento tem como objetivo promover a Considerado o maior e o mais concei- tecnologias, estimular a formalização do seg- interação dos diversos setores envolvidos tuado salão da construção da América mento, criar acesso aos recursos econômi- com o meio cerâmico (Indústrias, Escolas Latina. Com 21 anos de existência, sur- cos, sociais e as políticas públicas, aperfeiçoar Técnicas, Universidades, Institutos de preendendo a cada edição seus milhares os processos produtivos visando à produção Pesquisas e Fornecedores de Matérias- de visitantes, a Feicon Batimat apresenta em conformidade com as normas brasilei- -Primas, de Equipamentos e Insumos) em primeira mão os principais lança- ras e promover a geração e realização de para melhor contribuir para o desenvol- mentos e tendências em uma exclusiva negócios entre fornecedores e consumidores vimento da cerâmica brasileira. Portanto, exposição de produtos e serviços para do setor, é a proposta da quinta edição da Ex- ele tem um caráter amplo, onde são todos os setores da construção civil. pocer - Feira de Fornecedores para a Indústria Programe-se e participe deste grande Cerâmica e Mineral. evento! www.montebelloeventos.com.br/expocer/ debatidos temas de interesse para os diversos segmentos cerâmicos. www.abceram.org.br 62 Revista da Anicer | nº 80 www.feicon.com.br Expocer 2013 Local: Pavilhão de Eventos São Pedro – Curitiba/PR Data: 23/05 a 26/05 Aparelhar o chão de fabrica, atualizar as Revista da Anicer | nº 80 63 25 a 28 de outubro de 2013 EM OUTUBRO A CERÂMICA VERMELHA INVADE O RECIFE! Normalmente realizado de quinta a sábado, a 42º edição do Encontro Nacional, desta vez, será realizada de sexta a segunda. As reservas já podem ser efetuadas junto à agência oficial, e no hotsite do Evento os interessados poderão encontrar os tarifários dos hotéis disponíveis na Capital Pernambucana. Hotel Distância Pacote de 4 noites por pessoa CECON 24/10/2013 a 28/10/2013 Noite extra por pessoa Solteiro (R$) Duplo (R$) Triplo (R$) Solteiro (R$) Duplo (R$) Triplo (R$) Beach Class (4*) 10 Km 2132 1080 - 533 270 - Atlante Plaza (5*) 16 Km 1640 940 - 410 235 - Hotel Jangadeiro (4*) 12 Km 1844 1160 888 461 290 222 Mar Hotel (4*) 16 Km 1188 668 - 297 167 - Recife Praia Hotel (3*) 8 Km 1256 688 576 314 172 144 ** Todos os valores são com café da manhã incluído. ** Valores são válidos para reservas confirmadas e pagas até 30 de junho de 2013, após essa data os valores sofrerão aumento. Agência oficial: Luck Viagens [email protected] | + 55 81 3366 6200 | 3366 6222 Faça já a sua reserva! Informações: www.anicer.com.br/encontro42 E-mail: [email protected] Encontro: +55 (21) 2262-0532 Anicer: +55 (21) 2524-0128