Belo Horizonte 09 de fevereiro de 2015
FONTE: OTEMPO
Funcionários da Transimão cruzam os braços e
ônibus param em Contagem
Protesto começou no início da manhã e, segundo a polícia, cerca de 150 manifestantes
fecham a porta da garagem
Cerca de 150 motoristas e cobradores da Transimão fazem uma paralisação na frente da
garagem, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta segundafeira (9). Com isso, os ônibus que atendem a cidade estão parados.
Segundo militares do 18º Batalhão, o grupo fechou a entrada da empresa, localizada na Wilson
Tavares Ribeiro, na Chácara Cotia, no fim da madrugada. Eles cobram aumento de salário e
questionam que a empresa não aceita atestados médicos e são multados em caso de atrasos no
valor R$ 200.
Viaturas da corporação estão no local e o ato é pacífico.
Usuários de linhas da Transimão informaram à reportagem de O TEMPO que já encontram
dificuldades no deslocamento até os centros de Contagem e Belo Horizonte.
“Saí do bairro Ressaca e precisava chegar ao bairro Cidade Industrial e não passou nenhum
ônibus. Tive que pegar um táxi e gastar R$ 30”, contou o técnico em segurança do trabalho
Valdeci Reis, de 32 anos.
De acordo com a Transcon, 14 linhas foram afetadas. No entanto, o diretor do Sindicato dos
Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Contagem (Sinttracon), Josevaldo Ferreira, 27
linhas estão paradas, afetando assim cerca de 300 mil usuários.
"As condições de trabalho são horríveis. Esses descontos não existem em outras empresas",
disse o diretor.
Segundo ele, o serviço não será normalizado enquanto não houver uma reunião com
representantes da Transimão.
Não há previsão para que o serviço seja normalizado. A reportagem tentou contato com a
empresa, mas as ligações não foram atendidas.
Pacote econômico do governo pressiona
inflação, diz presidente do BC
Alexandre Tombini admite impacto negativo de medidas, bem como do câmbio, sobre
preços
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reconheceu que as recentes medidas
econômicas pressionarão a inflação de curto prazo para cima. As perspectivas de médio e longo
prazos, porém, serão positivamente influenciadas pela maior confiança nas perspectivas
econômicas do país. Por isso, Tombini repetiu a afirmação de que as previsões do mercado para
a inflação entre 2016 e 2019 já começam a apresentar sinais de acomodação.
Durante seminário organizado pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), Tombini foi o
principal convidado de um almoço-palestra. Aos presentes, o brasileiro admitiu que as medidas
econômicas adotadas pelo governo Dilma Rousseff têm impacto negativo nos índices. “Ações
como o realinhamento nos preços administrados geram inflação no curto prazo”, disse. “Além
disso, também há o impacto do câmbio entre o dólar e o real”, completou, ao comentar as
razões para a pressão de alta nos preços no curto prazo.
Apesar desse movimento negativo, o presidente do BC repetiu discurso feito em Davos, durante
o Fórum Econômico Mundial, de que as perspectivas para a inflação de médio e longo prazo
começam a emitir sinais positivos. Aos presentes no evento do IIF, Tombini disse que as
previsões de mercado entre 2016 e 2019 têm apresentado “modesta” queda. Essa acomodação
dos preços mais à frente é resultado da confiança gerada com as ações de política fiscal e com a
melhora das perspectivas econômicas do país.
Confiança. Para Tombini, as medidas fiscais adotadas pelo governo são importantes para
reforçar a confiança, o que poderá permitir o aumento do investimento e redução das
expectativas futuras de inflação. “Primeiro de tudo, eu tenho a ambição de convencer vocês que
temos a agenda certa para melhorar a confiança no Brasil nos próximos anos e de que as
políticas que estamos implementando hoje irão criar uma melhor perspectiva econômica para o
médio prazo, começando em 2016”, disse
Ao ser questionado sobre as perspectivas econômicas para 2015, o presidente do BC usou
palavras do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e chancelou a previsão de que o Brasil deve ter
crescimento próximo de zero em 2015. “Como o ministro Levy disse, esse ano (o crescimento)
tende a ser estável (flat, em inglês)”, declarou o presidente do Banco Central.
Tombini participou de evento do IIF paralelo à reunião de ministros de economia e presidentes
de banco central das 20 maiores economias do mundo, o G-20, que acontece em Istambul, na
Turquia.
Petróleo
Positivo. Alexandre Tombini disse que a queda de preço do petróleo fará com que o Brasil
economize US$ 10 bilhões em 12 meses por ser um importador líquido de petróleo e derivados.
FONTE: DIAP
Comissão discutirá MPs que mudam benefícios
trabalhistas e previdenciários
As medidas provisórias (MP) 664 e 665, que alteram a concessão de direitos trabalhistas e
previdenciários como pensão, auxílio-doença e seguro-desemprego, serão discutidas por uma
comissão tripartite, envolvendo o governo federal, as centrais sindicais e o Congresso Nacional.
O acordo foi divulgado terça-feira (3) por representantes das centrais e por Miguel Rossetto,
ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência.
A reunião foi similar à anterior, ocorrida em 19 de janeiro. Antes delas, representantes das
centrais sindicais disseram que exigiam a revogação das MPs. Após os encontros com ministros,
no entanto, as centrais manifestaram que aceitariam o processo de negociação do conteúdo das
medidas porque encontraram resistência por parte do governo federal para revogá-las.
Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), disse que “de novo as
centrais colocaram que são pela proposta de retirada, revogação das medidas, a partir do
momento que elas não foram discutidas com os trabalhadores”. Diante da negativa do governo,
ele acrescentou que as centrais querem uma negociação para alterar as medidas.
“Nós não aceitamos que esse assunto faça parte de ajuste fiscal da economia. Se o governo
quer fazer ajuste fiscal, nós propusemos que faça do lado dos empresários”, disse Freitas. A
proposta das centrais é que haja taxação das grandes fortunas e das remessas de lucros para o
exterior. “Aqui [no Brasil] é tributado o salário e não é tributada a fortuna”, completou.
O ministro Rossetto disse que a reunião foi positiva e que estava satisfeito com o resultado.
“Nós tratamos das MPs, incorporamos na agenda de governo um conjunto de propostas das
centrais sindicais, com objetivo de debater uma agenda de desenvolvimento e crescimento para
o país”.
Entre as propostas citadas por ele, estão discutir a estratégia de desenvolvimento industrial do
país e a política de fortalecimento da indústria brasileira. Além disso, destacou que haverá uma
avaliação do mercado de trabalho brasileiro, principalmente a informalidade ainda existente, a
rotatividade do mercado e iniciativas para estimular geração de emprego.
O presidente da CUT também destacou a questão. “Nós temos que impedir essa alta taxa de
rotatividade. O governo tem que ter medidas discutidas com a sociedade para impedir essa alta
taxa”, disse.
As centrais disseram ainda que medidas restritivas ao crescimento levam à estagnação, o que
causará desemprego. “Nós queremos fazer uma proposta de política econômica que volte a
discutir crescimento do mercado interno, da oferta de crédito e expansão industrial, porque isso
é importante para que os trabalhadores tenham emprego”, ressaltou Freitas.
Além disso, as MPs estão sendo questionadas no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Força
Sindical e Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, a fim de que o Tribunal possa
discutir a constitucionalidade das medidas.
As entidades alegam que o princípio da urgência, requisito para edição de MPs, não existiu. O
documento entregue ao STF diz que não há qualquer urgência que justifique tais medidas. Há
ainda a alegação de que as MPs interferem nas conquistas já alcanças pelo cidadão, tornando os
requisitos para concessão mais rigorosos ou diminuindo a abrangência de beneficiários, de
acordo com a ação. (Fonte: Agência Brasil
FONTE: A REDAÇÃO
Ministério da Saúde começa distribuição de
teste oral de HIV
Resultado sai em 30 minutos
Brasília - O Ministério da Saúde anunciou que começou a distribuir o teste oral para diagnóstico
de Aids à rede pública de Saúde do país. Para o exame, é extraído, com uma haste, um fluido
entre a gengiva e o começo da mucosa da bochecha. O resultado sai em até 30 minutos.
Segundo a ministério, os testes estarão disponíveis em todo o país no decorrer do ano.
A vantagem do exame, apontada pelo Ministério da Saúde, é que, diferentemente dos testes
rápidos já disponíveis, este dispensa a coleta de sangue. Cerca de 14 mil pessoas já fizeram o
teste em um projeto-piloto chamado Viva Melhor Sabendo, parceria do ministério com 60
organizações da sociedade civil. A abordagem foi feita nas populações com maior incidência de
aids, como transexuais, homossexuais, pessoas que usam drogas e profissionais do sexo, em
bares, parques e outros locais de concentração LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e
travestis). Foram distribuídos 140 mil testes, em janeiro, para organizações não governamentais
(ONGs). Entre os testados, 381 deram positivo para vírus da imunodeficiência humana (HIV, na
sigla em inglês).
O governo estima que das cerca de 750 mil pessoas que vivem com HIV-aids no Brasil, 150 mil
não saibam que são portadoras do vírus. Para o Ministério da Saúde, o número de testes
positivos nas ações das ONGs mostra índice maior em relação aos dados da população em geral.
Enquanto a taxa de prevalência do HIV na população geral do Brasil é 0,4%, na população de
travestis é 12%. Já nos grupos de transexuais, gays e profissionais do sexo masculino a
prevalência é 5% em média.
Quando o resultado dá positivo para HIV, a pessoa é encaminhada à rede de serviço de
referência previamente organizada para diagnóstico e tratamento, em cada município-sede do
projeto. Depois de iniciado o tratamento, em até seis meses a carga viral fica indetectável, o
que impede novas transmissões do vírus.
Segundo o Ministério da Saúde, a população brasileira terá, no carnaval deste ano, 120 milhões
de preservativos disponíveis gratuitamente. A ação faz parte da campanha “Partiu teste”,
voltada principalmente para os jovens, com base no tripé camisinha+teste+medicamento.
Produção industrial goiana cresce
1,7% em 2014
Dados foram divulgados pelo IBGE nesta sexta
Levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sextafeira (6/2) mostra que Goiás obteve o quarto melhor resultado na produção industrial entre as
quinze regiões pesquisadas. A expansão do Estado no ano passado, segundo o instituto, foi de
1,7%.
As principais contribuições positivas vieram dos produtos alimentícios (3,8%) e de coque,
produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (10,3%). Dentro dessas atividades houve
avanços na fabricação de açúcar cristal, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, leite em pó,
tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e óleo de soja refinado e
em bruto, no primeiro grupo. No segundo grupo, destacaram-se o biodiesel e álcool etílico.
As demais expansões vieram das atividades de outros produtos químicos (8,4%), de indústrias
extrativas (3,1%) e de metalurgia (1,1%), impulsionadas, principalmente, pelo aumento na
fabricação de fosfatos de monoamônio (MAP) e adubos ou fertilizantes com nitrogênios, fósforo
e potássio (NPK); de pedras britadas e minérios de cobre, de ferroníquel e ferronióbio, produtos
que fazem parte da pauta de exportações goianas.
De acordo com o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico,
Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED), José Eliton de Figuerêdo
Júnior, o resultado mantém Goiás em posição de destaque em relação à indústria brasileira. “A
média brasileira apresentou retração de 3,2% no período. A nossa missão é continuar envidando
todos os esforços para fazer com que o nosso setor produtivo não sofra descontinuidade”.
Outras regiões
Os demais Estados que apresentaram resultados positivos na pesquisa foram o Pará (8,1%),
Espírito Santo (5,6%), Mato Grosso (3,0%) e Pernambuco (0,1%). Os dois primeiros tiveram
bom desempenho apoiados no setor extrativo, enquanto o Mato Grosso aumentou a sua
produção de carnes e derivados da soja. Pernambuco garantiu o resultado positivo com a
produção de açúcar.
São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Amazonas tiveram o pior desempenho do país ao
registrar taxas negativas de 6,2%, 5,5%, 4,3% e 3,9%, respectivamente.
FONTE: JUSBRASIL
Abuso de álcool não se confunde com
alcoolismo e enseja justa causa
Ex-empregado dos Correios não conseguiu reverter dispensa por justa causa.
"Não se confunde abuso de álcool com alcoolismo, mas há, com frequência, abuso de álcool sem
alcoolismo."
O entendimento foi aplicado pela juíza do Trabalho Luciana de Carvalho Rodrigues, da 46ª vara
do Trabalho de BH, ao julgar improcedente o pedido de um ex-empregado dos Correios para
reverter dispensa por justa causa ocasionada por abuso de álcool.
Na ação, o trabalhador sustentou que seu contrato estava suspenso em virtude de greve e que
foi dispensado em razão de desavença com outro funcionário dentro do restaurante da empresa.
Afirmou que, à época da dispensa, estava com problemas relacionados ao alcoolismo e não
tinha condições mentais de responder por seus atos, muito menos de se defender no processo
administrativo instaurado para a averiguação da justa causa.
Entretanto, a magistrada verificou que a perícia médica constatou que o reclamante não
apresentou transtorno mental relacionado ao trabalho ou agravado por este. Quanto ao alegado
alcoolismo e as suas consequências nas suas atitudes e no seu comportamento, o perito não
encontrou nenhum indicativo inequívoco de alcoolismo, como, por exemplo, algum relato ou
registro compatível com síndrome de abstinência (que caracteriza dependência).
A juíza observou ainda que o autor tem um longo histórico de advertências e suspensões,
inclusive durante o período em que estava em trâmite a sindicância sobre os fatos ocorridos.
"A falta cometida pelo empregado foi, portanto, comprovada, sendo grave o suficiente para
ensejar a ruptura do pacto laboral."
Dano moral: o esforço diário da Justiça para
evitar a indústria das indenizações
O instituto do dano moral no direito brasileiro tem se transformado com o decorrer do tempo.
Instituído em 1916, com o antigo Código Civil, em seus artigos 76 e 159, ele foi consolidado
pela Constituição Federal de 1988, chegando à fase atual, pós Código Civil de 2002 e Código de
Defesa do Consumidor.
O dicionário conceitua dano como defeito, estrago, perda, mal ou ofensa que se faz a alguém.
Em sentido comum, significa prejuízo, destruição, inutilização ou deterioração de coisa alheia.
Em termos jurídicos, segundo Fabrício Zamprogna Matiello, autor do livro “Dano moral, dano
material e reparação”, dano é “qualquer ato ou fato humano produtor de lesões a interesses
alheios juridicamente protegidos”.
Para o jurista Caio Mario da Silva Pereira, o dano moral é “qualquer sofrimento humano que não
é causado por uma perda pecuniária e abrange todo atentado à sua segurança e tranquilidade,
ao seu amor próprio estético, à integridade de sua inteligência, às suas afeições etc...”.
Wilson Melo da Silva explica que danos morais são lesões sofridas pelo sujeito físico ou pessoa
natural de direito em seu patrimônio ideal, que é o conjunto de tudo aquilo que não seja
suscetível de valor econômico. Por esse entendimento doutrinário, o dano moral é qualquer
dano não patrimonial.
Diante da amplitude e subjetividade em sua definição, o instituto vem sendo reiteradamente
invocado em pedidos de indenização descabidos, quando o sofrimento alegado pelo autor da
ação, no fundo, não representa mais do que um mero dissabor. Tais pedidos são formulados
muitas vezes com o intuito de enriquecimento sem causa por parte daqueles que afirmam
possuir direito à reparação de um dano que está limitado ao simples aborrecimento.
O mau uso do direito e a facilidade em obter a assistência judiciária têm preocupado os
ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que se deparam diariamente com pedidos sem
propósito e que sobrecarregam uma Justiça em busca de soluções para a crescente quantidade
de processos.
Continue lendo a matéria em: http://stj.jusbrasil.com.br/noticias/166134263/dano-moral-oesforco-diario-da-justica-para-evitar-a-industria-das-indenizacoes?ref=news_feed
FONTE: CORREIO BRAZILIENSE
Com a queda do PIB, taxa de
desemprego deve cair neste ano
Os índices que estão em 4,8% devem encostar em 6,5%
O início conturbado do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff deixa claro que a petista
terá dificuldades de cumprir duas promessas feitas na campanha à reeleição: proteger o
emprego e livrar o país da recessão que o PT atribuía à oposição. A julgar pelos prognósticos
para a economia, manter a palavra será tarefa quase impossível. “Nossos problemas são tão
grandes que é inevitável que 2015 seja marcado pela contração do Produto Interno Bruto
(PIB)”, decreta o economista sênior do Besi Investimentos, Flávio Serrano. As apostas de
retração da atividade vão de 0,5% a 2%, a depender da conjugação de fatores que ameaçam o
país.
Não por acaso, o medo de perder o emprego voltou com tudo a perturbar os brasileiros. Na
indústria, os cortes viraram rotinas. A salvação vinha sendo o setor de serviços. Mas, com o
faturamento em queda, principalmente por causa da fragilidade do consumo das famílias, as
empresas que contrataram mão de obra menos qualificada dão sinais de esgotamento. A
perspectiva é de que o desemprego suba sem parar ao longo do ano. Na pior das hipóteses, a
taxa, que está em 4,8% nas seis maiores regiões metropolitanas no país, deve encostar em
6,5%. Se isso ocorrer, ruirá o último trunfo que a presidente Dilma tem para ostentar como
legado.
Nas últimas duas décadas, o Brasil só registrou queda do PIB duas vezes: em 1992, quando
Fernando Collor foi deposto por corrupção e a economia encolheu 0,54%; e, em 2009, segundo
mandato de Lula, com retração de 0,3% por causa da crise financeira mundial. Caso a pior das
estimativas dos especialistas se confirme, o tombo de Dilma será quatro vezes superior ao de
Collor.
FONTE: CONSULTOR JURIDICO
MP que alterou regras do auxílio doença é
questionada no Supremo
Publicada no Diário Oficial no dia 30 de dezembro do ano passado, a Medida Provisória 664,
que alterou as regras da previdência social, foi questionada no Supremo Tribunal Federal. A
Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (COBAP) e o Partido Socialista dos
Trabalhadores Unificados (PSTU) moveram a Ação Direta de Inconstitucionalidade 5.234 para
pedir a suspensão da norma. De acordo com eles, a MP não cumpre o pressuposto de
urgência, requisito para que fosse editada. Além disso, o texto afronta o princípio da proibição
do retrocesso social.
Na ação, os autores pedem a suspensão da medida, por meio da concessão liminar, e a
declaração de sua inconstitucionalidade, no julgamento do mérito pelo STF. A MP 664/2014
alterou a Lei de Benefícios do Regime Geral de Previdência Social (Lei 9.123/91) para tentar
reduzir os custos do setor. Nesse sentido, estabeleceu uma série de novas regras, a maioria
relacionada à concessão da pensão por morte e auxílio doença. A medida foi aprovada em
conjunto com a MP 665, que alterou a sistemática do seguro desemprego. Ambas entrarão em
vigor em 90 dias, contados a partir da data em que foram publicadas.
Segundo a COBAP e o PSTU, a medida provisória teve caráter de minirreforma e violou pelo
menos 11 dispositivos da Constituição Federal. Entre eles, o da falta de relevância e urgência
para edição de medida provisória (Artigo 62) e o da regulamentação de comando
constitucional alterado por emenda aprovada entre 1995 e 2001 (Artigo 246).
Com relação às regras para concessão do auxílio-doença e da pensão por morte, os autores
afirmam que as mudanças restringiram mais direitos que o necessário. E que essas alterações
violam os princípios da dignidade da pessoa humana, da proporcionalidade e da isonomia,
resultando em inadmissível retrocesso social.
“A MP 664/14 promoveu uma verdadeira supressão ou restrição ao gozo de direitos sociais e
não se coaduna com preceitos maiores da Carta Magna, como o bem estar, a Justiça social e a
segurança jurídica", diz a ação.
"Por qualquer prisma que se analise a malfadada MP, seja pela razoabilidade, legalidade,
justiça e moral, não se consegue deixar de vislumbrar que a referida Medida Provisória
664/2014 afronta e atenta contra toda a base das garantias mínimas constitucionais”, pontua.
Com informações da assessoria de imprensa do STF.
FONTE: TST
Cláusula coletiva que previa redução de multa do
FGTS é julgada inválida
A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho julgou inválida cláusula de convenção
coletiva de "incentivo à continuidade" e determinou o pagamento do aviso-prévio e da
indenização sobre o FGTS no percentual de 40% a um vigilante da Patrimonial Segurança
Integrada Ltda. contratado para prestar serviços à Caixa Econômica Federal em agências de
Brasília (DF). A cláusula, comum em contratos de terceirização, prevê a supressão do aviso e a
redução da multa em troca da contratação do trabalhador terceirizado pela empresa que
sucede a empregadora no contrato de prestação de serviços.
O vigilante recorreu ao TST porque o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF/TO)
validou a convenção. No recurso, alegou que tanto o aviso-prévio quanto a multa de 40%
sobre o FGTS são "direitos consolidados e indisponíveis do trabalhador, não sendo passíveis de
negociação coletiva".
Na avaliação do ministro Vieira de Mello Filho, relator do recurso, os sindicatos das categorias
profissional e econômica, com o pretexto de conferir maior estabilidade aos trabalhadores
contratados por empresas fornecedoras de mão de obra, "arvoraram-se em disciplinar, em
termos absolutamente distintos do que o faz a lei, o evento da rescisão contratual". E, ao fazêlo, "suprimiram direitos fundamentais dos trabalhadores".
Incentivo à continuidade
Aplicada na atividade de terceirização de serviços, a cláusula de incentivo à continuidade prevê
que as empresas que sucederem outras na prestação do mesmo serviço, devido a nova
licitação pública ou novo contrato, contratarão os empregados da anterior, sem
descontinuidade quanto ao pagamento dos salários e a prestação dos serviços.
Nesse caso, ao rescindir o contrato, o trabalhador abre mão de metade da multa sobre os
depósitos do FGTS e do aviso-prévio, sob a justificativa de que a situação "não caracteriza
hipótese de despedida e muito menos arbitrária ou sem justa causa". Seria, conforme a
cláusula, rescisão do contrato por acordo, "por ter ocorrido culpa recíproca das partes, em
relação ao rompimento do contrato de trabalho".
Para a Sétima Turma do TST, o Regional, ao declarar válida a cláusula convencional, aplicou
mal o artigo 7º, inciso XXVI, da Constituição da República, que trata das convenções e acordos
coletivos Segundo o ministro Vieira de Mello, a caracterização da culpa recíproca depende da
verificação da prática simultânea, por empregado e empregador, das infrações descritas nos
artigos 482 e 483 da CLT. Assim, "a despeito do reconhecimento constitucional da validade
dos instrumentos normativos de produção autônoma ou heterônoma, isso não confere ampla e
irrestrita liberdade às partes celebrantes para a flexibilização de direitos", concluiu. Processo:
RR-362-26.2013.5.10.0007
FONTE: G1
Avaliação negativa do governo Dilma é de
44%, diz Datafolha
O governo da presidente Dilma Rousseff é avaliado negativamente por 44% dos entrevistados,
segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (7). O índice de eleitores que avaliaram o
governo da petista como "ótimo" ou "bom" é de 23%.
A última pesquisa divulgada pelo instituto, em 3 de dezembro de 2014, apontava que Dilma
tinha avaliação positiva de 42% dos entrevistados. Outros 24% disseram no ano passado que
o governo da presidente era "ruim" ou "péssimo".
O resultado da pesquisa de avaliação do governo de Dilma feita neste mês é:
- Ótimo/bom: 23%
- Regular: 33%
- Ruim/péssimo: 44%
- Não sabe/não respondeu: 1%
Para 46% dos eleitores ouvidos pelo instituto, Dilma mentiu durante a campanha eleitoral do
ano passado. Outros 14% acreditam que a então candidata falou apenas mentiras durante o
processo.
A pesquisa Datafolha mostra ainda que 47% dos brasileiros consideram a presidente
desonesta, 54% a consideram falsa e 50%, indecisa. Outro dado levantado pela pesquisa
indica que 26% dos eleitores disseram acreditar que a situação econômica do próprio
entrevistado iria piorar neste ano. Outros 38% disseram que a situação deve permanecer da
mesma forma como está.
Corrupção
na
Petrobras
Ainda segundo o Datafolha, apenas 14% dos eleitores acreditam que Dilma não sabia do
esquema de corrupção na Petrobras. Outros 77% dos entrevistados acreditam que a
presidente Dilma sabia do esquema. Destes, 52% disseram que ela sabia dos desvios na
estatal e deixou que o esquema continuasse. Para 25% dos que disseram que a petista sabia
dos
desvios,
mesmo
sabendo,
a
presidente
nada
pôde
fazer.
De acordo com a pesquisa, 21% dos entrevistados apontaram a corrupção como o maior
problema do país. O tema só ficou atrás da saúde, que contabilizou 26%.
O Datafolha fez a pesquisa entre terça-feira (3) e quinta-feira (5). O instituto ouviu 4 mil
eleitores em 188 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou
para menos.
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FONTE: OTEMPO