Belo Horizonte 09 de fevereiro de 2015 FONTE: OTEMPO Funcionários da Transimão cruzam os braços e ônibus param em Contagem Protesto começou no início da manhã e, segundo a polícia, cerca de 150 manifestantes fecham a porta da garagem Cerca de 150 motoristas e cobradores da Transimão fazem uma paralisação na frente da garagem, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, na manhã desta segundafeira (9). Com isso, os ônibus que atendem a cidade estão parados. Segundo militares do 18º Batalhão, o grupo fechou a entrada da empresa, localizada na Wilson Tavares Ribeiro, na Chácara Cotia, no fim da madrugada. Eles cobram aumento de salário e questionam que a empresa não aceita atestados médicos e são multados em caso de atrasos no valor R$ 200. Viaturas da corporação estão no local e o ato é pacífico. Usuários de linhas da Transimão informaram à reportagem de O TEMPO que já encontram dificuldades no deslocamento até os centros de Contagem e Belo Horizonte. “Saí do bairro Ressaca e precisava chegar ao bairro Cidade Industrial e não passou nenhum ônibus. Tive que pegar um táxi e gastar R$ 30”, contou o técnico em segurança do trabalho Valdeci Reis, de 32 anos. De acordo com a Transcon, 14 linhas foram afetadas. No entanto, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Contagem (Sinttracon), Josevaldo Ferreira, 27 linhas estão paradas, afetando assim cerca de 300 mil usuários. "As condições de trabalho são horríveis. Esses descontos não existem em outras empresas", disse o diretor. Segundo ele, o serviço não será normalizado enquanto não houver uma reunião com representantes da Transimão. Não há previsão para que o serviço seja normalizado. A reportagem tentou contato com a empresa, mas as ligações não foram atendidas. Pacote econômico do governo pressiona inflação, diz presidente do BC Alexandre Tombini admite impacto negativo de medidas, bem como do câmbio, sobre preços O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reconheceu que as recentes medidas econômicas pressionarão a inflação de curto prazo para cima. As perspectivas de médio e longo prazos, porém, serão positivamente influenciadas pela maior confiança nas perspectivas econômicas do país. Por isso, Tombini repetiu a afirmação de que as previsões do mercado para a inflação entre 2016 e 2019 já começam a apresentar sinais de acomodação. Durante seminário organizado pelo Instituto Internacional de Finanças (IIF), Tombini foi o principal convidado de um almoço-palestra. Aos presentes, o brasileiro admitiu que as medidas econômicas adotadas pelo governo Dilma Rousseff têm impacto negativo nos índices. “Ações como o realinhamento nos preços administrados geram inflação no curto prazo”, disse. “Além disso, também há o impacto do câmbio entre o dólar e o real”, completou, ao comentar as razões para a pressão de alta nos preços no curto prazo. Apesar desse movimento negativo, o presidente do BC repetiu discurso feito em Davos, durante o Fórum Econômico Mundial, de que as perspectivas para a inflação de médio e longo prazo começam a emitir sinais positivos. Aos presentes no evento do IIF, Tombini disse que as previsões de mercado entre 2016 e 2019 têm apresentado “modesta” queda. Essa acomodação dos preços mais à frente é resultado da confiança gerada com as ações de política fiscal e com a melhora das perspectivas econômicas do país. Confiança. Para Tombini, as medidas fiscais adotadas pelo governo são importantes para reforçar a confiança, o que poderá permitir o aumento do investimento e redução das expectativas futuras de inflação. “Primeiro de tudo, eu tenho a ambição de convencer vocês que temos a agenda certa para melhorar a confiança no Brasil nos próximos anos e de que as políticas que estamos implementando hoje irão criar uma melhor perspectiva econômica para o médio prazo, começando em 2016”, disse Ao ser questionado sobre as perspectivas econômicas para 2015, o presidente do BC usou palavras do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e chancelou a previsão de que o Brasil deve ter crescimento próximo de zero em 2015. “Como o ministro Levy disse, esse ano (o crescimento) tende a ser estável (flat, em inglês)”, declarou o presidente do Banco Central. Tombini participou de evento do IIF paralelo à reunião de ministros de economia e presidentes de banco central das 20 maiores economias do mundo, o G-20, que acontece em Istambul, na Turquia. Petróleo Positivo. Alexandre Tombini disse que a queda de preço do petróleo fará com que o Brasil economize US$ 10 bilhões em 12 meses por ser um importador líquido de petróleo e derivados. FONTE: DIAP Comissão discutirá MPs que mudam benefícios trabalhistas e previdenciários As medidas provisórias (MP) 664 e 665, que alteram a concessão de direitos trabalhistas e previdenciários como pensão, auxílio-doença e seguro-desemprego, serão discutidas por uma comissão tripartite, envolvendo o governo federal, as centrais sindicais e o Congresso Nacional. O acordo foi divulgado terça-feira (3) por representantes das centrais e por Miguel Rossetto, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência. A reunião foi similar à anterior, ocorrida em 19 de janeiro. Antes delas, representantes das centrais sindicais disseram que exigiam a revogação das MPs. Após os encontros com ministros, no entanto, as centrais manifestaram que aceitariam o processo de negociação do conteúdo das medidas porque encontraram resistência por parte do governo federal para revogá-las. Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), disse que “de novo as centrais colocaram que são pela proposta de retirada, revogação das medidas, a partir do momento que elas não foram discutidas com os trabalhadores”. Diante da negativa do governo, ele acrescentou que as centrais querem uma negociação para alterar as medidas. “Nós não aceitamos que esse assunto faça parte de ajuste fiscal da economia. Se o governo quer fazer ajuste fiscal, nós propusemos que faça do lado dos empresários”, disse Freitas. A proposta das centrais é que haja taxação das grandes fortunas e das remessas de lucros para o exterior. “Aqui [no Brasil] é tributado o salário e não é tributada a fortuna”, completou. O ministro Rossetto disse que a reunião foi positiva e que estava satisfeito com o resultado. “Nós tratamos das MPs, incorporamos na agenda de governo um conjunto de propostas das centrais sindicais, com objetivo de debater uma agenda de desenvolvimento e crescimento para o país”. Entre as propostas citadas por ele, estão discutir a estratégia de desenvolvimento industrial do país e a política de fortalecimento da indústria brasileira. Além disso, destacou que haverá uma avaliação do mercado de trabalho brasileiro, principalmente a informalidade ainda existente, a rotatividade do mercado e iniciativas para estimular geração de emprego. O presidente da CUT também destacou a questão. “Nós temos que impedir essa alta taxa de rotatividade. O governo tem que ter medidas discutidas com a sociedade para impedir essa alta taxa”, disse. As centrais disseram ainda que medidas restritivas ao crescimento levam à estagnação, o que causará desemprego. “Nós queremos fazer uma proposta de política econômica que volte a discutir crescimento do mercado interno, da oferta de crédito e expansão industrial, porque isso é importante para que os trabalhadores tenham emprego”, ressaltou Freitas. Além disso, as MPs estão sendo questionadas no Supremo Tribunal Federal (STF) pela Força Sindical e Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, a fim de que o Tribunal possa discutir a constitucionalidade das medidas. As entidades alegam que o princípio da urgência, requisito para edição de MPs, não existiu. O documento entregue ao STF diz que não há qualquer urgência que justifique tais medidas. Há ainda a alegação de que as MPs interferem nas conquistas já alcanças pelo cidadão, tornando os requisitos para concessão mais rigorosos ou diminuindo a abrangência de beneficiários, de acordo com a ação. (Fonte: Agência Brasil FONTE: A REDAÇÃO Ministério da Saúde começa distribuição de teste oral de HIV Resultado sai em 30 minutos Brasília - O Ministério da Saúde anunciou que começou a distribuir o teste oral para diagnóstico de Aids à rede pública de Saúde do país. Para o exame, é extraído, com uma haste, um fluido entre a gengiva e o começo da mucosa da bochecha. O resultado sai em até 30 minutos. Segundo a ministério, os testes estarão disponíveis em todo o país no decorrer do ano. A vantagem do exame, apontada pelo Ministério da Saúde, é que, diferentemente dos testes rápidos já disponíveis, este dispensa a coleta de sangue. Cerca de 14 mil pessoas já fizeram o teste em um projeto-piloto chamado Viva Melhor Sabendo, parceria do ministério com 60 organizações da sociedade civil. A abordagem foi feita nas populações com maior incidência de aids, como transexuais, homossexuais, pessoas que usam drogas e profissionais do sexo, em bares, parques e outros locais de concentração LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis). Foram distribuídos 140 mil testes, em janeiro, para organizações não governamentais (ONGs). Entre os testados, 381 deram positivo para vírus da imunodeficiência humana (HIV, na sigla em inglês). O governo estima que das cerca de 750 mil pessoas que vivem com HIV-aids no Brasil, 150 mil não saibam que são portadoras do vírus. Para o Ministério da Saúde, o número de testes positivos nas ações das ONGs mostra índice maior em relação aos dados da população em geral. Enquanto a taxa de prevalência do HIV na população geral do Brasil é 0,4%, na população de travestis é 12%. Já nos grupos de transexuais, gays e profissionais do sexo masculino a prevalência é 5% em média. Quando o resultado dá positivo para HIV, a pessoa é encaminhada à rede de serviço de referência previamente organizada para diagnóstico e tratamento, em cada município-sede do projeto. Depois de iniciado o tratamento, em até seis meses a carga viral fica indetectável, o que impede novas transmissões do vírus. Segundo o Ministério da Saúde, a população brasileira terá, no carnaval deste ano, 120 milhões de preservativos disponíveis gratuitamente. A ação faz parte da campanha “Partiu teste”, voltada principalmente para os jovens, com base no tripé camisinha+teste+medicamento. Produção industrial goiana cresce 1,7% em 2014 Dados foram divulgados pelo IBGE nesta sexta Levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sextafeira (6/2) mostra que Goiás obteve o quarto melhor resultado na produção industrial entre as quinze regiões pesquisadas. A expansão do Estado no ano passado, segundo o instituto, foi de 1,7%. As principais contribuições positivas vieram dos produtos alimentícios (3,8%) e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (10,3%). Dentro dessas atividades houve avanços na fabricação de açúcar cristal, carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, leite em pó, tortas, bagaços, farelos e outros resíduos da extração do óleo de soja e óleo de soja refinado e em bruto, no primeiro grupo. No segundo grupo, destacaram-se o biodiesel e álcool etílico. As demais expansões vieram das atividades de outros produtos químicos (8,4%), de indústrias extrativas (3,1%) e de metalurgia (1,1%), impulsionadas, principalmente, pelo aumento na fabricação de fosfatos de monoamônio (MAP) e adubos ou fertilizantes com nitrogênios, fósforo e potássio (NPK); de pedras britadas e minérios de cobre, de ferroníquel e ferronióbio, produtos que fazem parte da pauta de exportações goianas. De acordo com o vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação (SED), José Eliton de Figuerêdo Júnior, o resultado mantém Goiás em posição de destaque em relação à indústria brasileira. “A média brasileira apresentou retração de 3,2% no período. A nossa missão é continuar envidando todos os esforços para fazer com que o nosso setor produtivo não sofra descontinuidade”. Outras regiões Os demais Estados que apresentaram resultados positivos na pesquisa foram o Pará (8,1%), Espírito Santo (5,6%), Mato Grosso (3,0%) e Pernambuco (0,1%). Os dois primeiros tiveram bom desempenho apoiados no setor extrativo, enquanto o Mato Grosso aumentou a sua produção de carnes e derivados da soja. Pernambuco garantiu o resultado positivo com a produção de açúcar. São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Amazonas tiveram o pior desempenho do país ao registrar taxas negativas de 6,2%, 5,5%, 4,3% e 3,9%, respectivamente. FONTE: JUSBRASIL Abuso de álcool não se confunde com alcoolismo e enseja justa causa Ex-empregado dos Correios não conseguiu reverter dispensa por justa causa. "Não se confunde abuso de álcool com alcoolismo, mas há, com frequência, abuso de álcool sem alcoolismo." O entendimento foi aplicado pela juíza do Trabalho Luciana de Carvalho Rodrigues, da 46ª vara do Trabalho de BH, ao julgar improcedente o pedido de um ex-empregado dos Correios para reverter dispensa por justa causa ocasionada por abuso de álcool. Na ação, o trabalhador sustentou que seu contrato estava suspenso em virtude de greve e que foi dispensado em razão de desavença com outro funcionário dentro do restaurante da empresa. Afirmou que, à época da dispensa, estava com problemas relacionados ao alcoolismo e não tinha condições mentais de responder por seus atos, muito menos de se defender no processo administrativo instaurado para a averiguação da justa causa. Entretanto, a magistrada verificou que a perícia médica constatou que o reclamante não apresentou transtorno mental relacionado ao trabalho ou agravado por este. Quanto ao alegado alcoolismo e as suas consequências nas suas atitudes e no seu comportamento, o perito não encontrou nenhum indicativo inequívoco de alcoolismo, como, por exemplo, algum relato ou registro compatível com síndrome de abstinência (que caracteriza dependência). A juíza observou ainda que o autor tem um longo histórico de advertências e suspensões, inclusive durante o período em que estava em trâmite a sindicância sobre os fatos ocorridos. "A falta cometida pelo empregado foi, portanto, comprovada, sendo grave o suficiente para ensejar a ruptura do pacto laboral." Dano moral: o esforço diário da Justiça para evitar a indústria das indenizações O instituto do dano moral no direito brasileiro tem se transformado com o decorrer do tempo. Instituído em 1916, com o antigo Código Civil, em seus artigos 76 e 159, ele foi consolidado pela Constituição Federal de 1988, chegando à fase atual, pós Código Civil de 2002 e Código de Defesa do Consumidor. O dicionário conceitua dano como defeito, estrago, perda, mal ou ofensa que se faz a alguém. Em sentido comum, significa prejuízo, destruição, inutilização ou deterioração de coisa alheia. Em termos jurídicos, segundo Fabrício Zamprogna Matiello, autor do livro “Dano moral, dano material e reparação”, dano é “qualquer ato ou fato humano produtor de lesões a interesses alheios juridicamente protegidos”. Para o jurista Caio Mario da Silva Pereira, o dano moral é “qualquer sofrimento humano que não é causado por uma perda pecuniária e abrange todo atentado à sua segurança e tranquilidade, ao seu amor próprio estético, à integridade de sua inteligência, às suas afeições etc...”. Wilson Melo da Silva explica que danos morais são lesões sofridas pelo sujeito físico ou pessoa natural de direito em seu patrimônio ideal, que é o conjunto de tudo aquilo que não seja suscetível de valor econômico. Por esse entendimento doutrinário, o dano moral é qualquer dano não patrimonial. Diante da amplitude e subjetividade em sua definição, o instituto vem sendo reiteradamente invocado em pedidos de indenização descabidos, quando o sofrimento alegado pelo autor da ação, no fundo, não representa mais do que um mero dissabor. Tais pedidos são formulados muitas vezes com o intuito de enriquecimento sem causa por parte daqueles que afirmam possuir direito à reparação de um dano que está limitado ao simples aborrecimento. O mau uso do direito e a facilidade em obter a assistência judiciária têm preocupado os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que se deparam diariamente com pedidos sem propósito e que sobrecarregam uma Justiça em busca de soluções para a crescente quantidade de processos. Continue lendo a matéria em: http://stj.jusbrasil.com.br/noticias/166134263/dano-moral-oesforco-diario-da-justica-para-evitar-a-industria-das-indenizacoes?ref=news_feed FONTE: CORREIO BRAZILIENSE Com a queda do PIB, taxa de desemprego deve cair neste ano Os índices que estão em 4,8% devem encostar em 6,5% O início conturbado do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff deixa claro que a petista terá dificuldades de cumprir duas promessas feitas na campanha à reeleição: proteger o emprego e livrar o país da recessão que o PT atribuía à oposição. A julgar pelos prognósticos para a economia, manter a palavra será tarefa quase impossível. “Nossos problemas são tão grandes que é inevitável que 2015 seja marcado pela contração do Produto Interno Bruto (PIB)”, decreta o economista sênior do Besi Investimentos, Flávio Serrano. As apostas de retração da atividade vão de 0,5% a 2%, a depender da conjugação de fatores que ameaçam o país. Não por acaso, o medo de perder o emprego voltou com tudo a perturbar os brasileiros. Na indústria, os cortes viraram rotinas. A salvação vinha sendo o setor de serviços. Mas, com o faturamento em queda, principalmente por causa da fragilidade do consumo das famílias, as empresas que contrataram mão de obra menos qualificada dão sinais de esgotamento. A perspectiva é de que o desemprego suba sem parar ao longo do ano. Na pior das hipóteses, a taxa, que está em 4,8% nas seis maiores regiões metropolitanas no país, deve encostar em 6,5%. Se isso ocorrer, ruirá o último trunfo que a presidente Dilma tem para ostentar como legado. Nas últimas duas décadas, o Brasil só registrou queda do PIB duas vezes: em 1992, quando Fernando Collor foi deposto por corrupção e a economia encolheu 0,54%; e, em 2009, segundo mandato de Lula, com retração de 0,3% por causa da crise financeira mundial. Caso a pior das estimativas dos especialistas se confirme, o tombo de Dilma será quatro vezes superior ao de Collor. FONTE: CONSULTOR JURIDICO MP que alterou regras do auxílio doença é questionada no Supremo Publicada no Diário Oficial no dia 30 de dezembro do ano passado, a Medida Provisória 664, que alterou as regras da previdência social, foi questionada no Supremo Tribunal Federal. A Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (COBAP) e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU) moveram a Ação Direta de Inconstitucionalidade 5.234 para pedir a suspensão da norma. De acordo com eles, a MP não cumpre o pressuposto de urgência, requisito para que fosse editada. Além disso, o texto afronta o princípio da proibição do retrocesso social. Na ação, os autores pedem a suspensão da medida, por meio da concessão liminar, e a declaração de sua inconstitucionalidade, no julgamento do mérito pelo STF. A MP 664/2014 alterou a Lei de Benefícios do Regime Geral de Previdência Social (Lei 9.123/91) para tentar reduzir os custos do setor. Nesse sentido, estabeleceu uma série de novas regras, a maioria relacionada à concessão da pensão por morte e auxílio doença. A medida foi aprovada em conjunto com a MP 665, que alterou a sistemática do seguro desemprego. Ambas entrarão em vigor em 90 dias, contados a partir da data em que foram publicadas. Segundo a COBAP e o PSTU, a medida provisória teve caráter de minirreforma e violou pelo menos 11 dispositivos da Constituição Federal. Entre eles, o da falta de relevância e urgência para edição de medida provisória (Artigo 62) e o da regulamentação de comando constitucional alterado por emenda aprovada entre 1995 e 2001 (Artigo 246). Com relação às regras para concessão do auxílio-doença e da pensão por morte, os autores afirmam que as mudanças restringiram mais direitos que o necessário. E que essas alterações violam os princípios da dignidade da pessoa humana, da proporcionalidade e da isonomia, resultando em inadmissível retrocesso social. “A MP 664/14 promoveu uma verdadeira supressão ou restrição ao gozo de direitos sociais e não se coaduna com preceitos maiores da Carta Magna, como o bem estar, a Justiça social e a segurança jurídica", diz a ação. "Por qualquer prisma que se analise a malfadada MP, seja pela razoabilidade, legalidade, justiça e moral, não se consegue deixar de vislumbrar que a referida Medida Provisória 664/2014 afronta e atenta contra toda a base das garantias mínimas constitucionais”, pontua. Com informações da assessoria de imprensa do STF. FONTE: TST Cláusula coletiva que previa redução de multa do FGTS é julgada inválida A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho julgou inválida cláusula de convenção coletiva de "incentivo à continuidade" e determinou o pagamento do aviso-prévio e da indenização sobre o FGTS no percentual de 40% a um vigilante da Patrimonial Segurança Integrada Ltda. contratado para prestar serviços à Caixa Econômica Federal em agências de Brasília (DF). A cláusula, comum em contratos de terceirização, prevê a supressão do aviso e a redução da multa em troca da contratação do trabalhador terceirizado pela empresa que sucede a empregadora no contrato de prestação de serviços. O vigilante recorreu ao TST porque o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF/TO) validou a convenção. No recurso, alegou que tanto o aviso-prévio quanto a multa de 40% sobre o FGTS são "direitos consolidados e indisponíveis do trabalhador, não sendo passíveis de negociação coletiva". Na avaliação do ministro Vieira de Mello Filho, relator do recurso, os sindicatos das categorias profissional e econômica, com o pretexto de conferir maior estabilidade aos trabalhadores contratados por empresas fornecedoras de mão de obra, "arvoraram-se em disciplinar, em termos absolutamente distintos do que o faz a lei, o evento da rescisão contratual". E, ao fazêlo, "suprimiram direitos fundamentais dos trabalhadores". Incentivo à continuidade Aplicada na atividade de terceirização de serviços, a cláusula de incentivo à continuidade prevê que as empresas que sucederem outras na prestação do mesmo serviço, devido a nova licitação pública ou novo contrato, contratarão os empregados da anterior, sem descontinuidade quanto ao pagamento dos salários e a prestação dos serviços. Nesse caso, ao rescindir o contrato, o trabalhador abre mão de metade da multa sobre os depósitos do FGTS e do aviso-prévio, sob a justificativa de que a situação "não caracteriza hipótese de despedida e muito menos arbitrária ou sem justa causa". Seria, conforme a cláusula, rescisão do contrato por acordo, "por ter ocorrido culpa recíproca das partes, em relação ao rompimento do contrato de trabalho". Para a Sétima Turma do TST, o Regional, ao declarar válida a cláusula convencional, aplicou mal o artigo 7º, inciso XXVI, da Constituição da República, que trata das convenções e acordos coletivos Segundo o ministro Vieira de Mello, a caracterização da culpa recíproca depende da verificação da prática simultânea, por empregado e empregador, das infrações descritas nos artigos 482 e 483 da CLT. Assim, "a despeito do reconhecimento constitucional da validade dos instrumentos normativos de produção autônoma ou heterônoma, isso não confere ampla e irrestrita liberdade às partes celebrantes para a flexibilização de direitos", concluiu. Processo: RR-362-26.2013.5.10.0007 FONTE: G1 Avaliação negativa do governo Dilma é de 44%, diz Datafolha O governo da presidente Dilma Rousseff é avaliado negativamente por 44% dos entrevistados, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (7). O índice de eleitores que avaliaram o governo da petista como "ótimo" ou "bom" é de 23%. A última pesquisa divulgada pelo instituto, em 3 de dezembro de 2014, apontava que Dilma tinha avaliação positiva de 42% dos entrevistados. Outros 24% disseram no ano passado que o governo da presidente era "ruim" ou "péssimo". O resultado da pesquisa de avaliação do governo de Dilma feita neste mês é: - Ótimo/bom: 23% - Regular: 33% - Ruim/péssimo: 44% - Não sabe/não respondeu: 1% Para 46% dos eleitores ouvidos pelo instituto, Dilma mentiu durante a campanha eleitoral do ano passado. Outros 14% acreditam que a então candidata falou apenas mentiras durante o processo. A pesquisa Datafolha mostra ainda que 47% dos brasileiros consideram a presidente desonesta, 54% a consideram falsa e 50%, indecisa. Outro dado levantado pela pesquisa indica que 26% dos eleitores disseram acreditar que a situação econômica do próprio entrevistado iria piorar neste ano. Outros 38% disseram que a situação deve permanecer da mesma forma como está. Corrupção na Petrobras Ainda segundo o Datafolha, apenas 14% dos eleitores acreditam que Dilma não sabia do esquema de corrupção na Petrobras. Outros 77% dos entrevistados acreditam que a presidente Dilma sabia do esquema. Destes, 52% disseram que ela sabia dos desvios na estatal e deixou que o esquema continuasse. Para 25% dos que disseram que a petista sabia dos desvios, mesmo sabendo, a presidente nada pôde fazer. De acordo com a pesquisa, 21% dos entrevistados apontaram a corrupção como o maior problema do país. O tema só ficou atrás da saúde, que contabilizou 26%. O Datafolha fez a pesquisa entre terça-feira (3) e quinta-feira (5). O instituto ouviu 4 mil eleitores em 188 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.