PALAVRAS DO SECRETÁRIO PRO TEMPORE DA XV EDIÇÃO DO PRÊMIO AMERICANO 2009 EXCELENTÍSSIMO SENHOR JOSÉ LUIS BERNAL, EMBAIXADOR DO MÉXICO REITORIA DA UNIVERSIDADE CAROLINA DE PRAGA, SALA DOS PATRIOTAS 17 DE FEVEREIRO DE 2010 Excelentíssima Senhora Livia Klausová, Primeira Dama da República Tcheca, Sua Magnificência Professor Václav Hampl, Reitor da Universidade Carolina de Praga, Excelentíssimos Senhores Embaixadores dos Países Ibero-Americanos acreditados na República Tcheca e cônjuges aqui presentes, Queridos alunos que participam na XV Edição do Prêmio Ibero-Americano, Senhoras e senhores professores, Amigos: A cerimônia de premiação do Prêmio Ibero-Americano reveste-se este ano de especial significado, por vários motivos. Primeiramente, porque o Prêmio Ibero-Americano completa 15 anos de existência, o que marca a consolidação de uma tradição iniciada em 1994, que une as nações da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal com a República Tcheca, por intermédio de sua juventude estudiosa dos idiomas espanhol e português. Em segundo lugar, desejamos ressaltar o fato de que a décima quinta edição do Prêmio coincide com o início das comemorações do Bicentenário da Independência de vários países da América Latina. Desse modo, este ano celebramos o bicentenário na Argentina, Chile, Colômbia, Venezuela e México e nos próximos anos, acompanharemos outros de nossos países irmãos em celebrações similares. 2010 marca também o Centenário do início do primeiro grande movimento social revolucionário do século XX: a Revolução Mexicana. O Bicentenário da Independência nos oferece a oportunidade de recordar nossas origens, de avaliar o que temos feito como sociedades ao longo de nossa evolução histórica e cultural, de tirar lições da forma na qual temos nos relacionado entre nós mesmos e com os nossos amigos no exterior, a fim de projetar o que queremos ser no futuro, como nações e como região, e o que desejamos fazer em nossos sistemas de amizade e cooperação com o resto do mundo. E este processo de reflexão foi certamente enriquecido com os ensaios deste ano. Os participantes abordaram, com especial dedicação, por exemplo, momentos específicos ou acontecimentos políticos que marcaram a história dos países iberoamericanos. Também foram analisadas várias manifestações literárias, como as de Garcia Márquez, Cabrera Infante, Ribeyro, Borges e Alvaro Mutis, para citar algumas. Em outros trabalhos, foram estabelecidos pontos de contato nas artes, na arquitetura, na ficção, no cinema e em outros aspectos das nossas relações ancestrais com os povos da Boêmia, Morávia e Silésia. Em outros mais, se analisa a importância histórica que as migrações tiveram em nossos respectivos processos civilizatórios e de desenvolvimento, na América e na Europa. Encontramos também capítulos interessantes das nossas relações econômicas com a República Tcheca e vários outros temas. Não exagero ao comentar que para os integrantes da Comissão Julgadora foi difícil ter que escolher apenas três vencedores, pois nos deparamos com trabalhos de excelente qualidade, o que se une ao fato de que tivemos também uma das participações mais elevadas da história do Prêmio: 26 trabalhos, apresentados por estudantes das universidades de todo o país: Plzeň, Olomouc, Hradec Králové, Brno e, claro, Praga, como observou o nosso Decano. E já que estamos fazendo um resumo, é importante reconhecer também que ao escolher o vencedor do primeiro lugar, a recomendação foi unânime; com isso, creio que se criou outro precedente. A qualidade dos trabalhos é apreciada não unicamente pelo admirável conhecimento dos idiomas português e espanhol, mas também pela originalidade e jovialidade dos enfoques e temas selecionados. Com suas investigações e reflexões, os participantes desta XV Edição do Prêmio não só exploraram novas dimensões das nossas realidades culturais, históricas e sociais, mas também permitiram aos integrantes da Comissão Julgadora aprender novas idéias, ao abordarem temas pouco conhecidos, inclusive entre nós, ou brindar-nos com visões inovadoras de temas já conhecidos. Assim, estes jovens estudantes têm contribuído para abrir novas formas de contato entre a República Tcheca e os países ibero-americanos, o qual é justamente um dos objetivos do Prêmio. Em nome de todos os Embaixadores e Encarregado de Negócios que organizamos o concurso, felicito a todos e a cada um dos participantes pelo seu esforço e contribuição valiosa e convido-os a que continuem aprofundando os seus conhecimentos sobre nossas regiões, nossos valores, tradições e o nosso amplo potencial social que sem dúvida existe para seguir desenvolvendo as nossas relações mútuas. Para este objetivo, os distintos Embaixadores aqui presentes seguiremos promovendo o Prêmio e contribuindo permantemente para enriquecer os acervos bibliográficos à sua disposição, a fim de estimular um maior conhecimento das nossas realidades. As coleções Bicentenário do México, que recentemente foi entregue ao Centro de Estudos Ibero-Americanos da Universidade Carolina e ao novo Centro de Estudos Ibero-Americanos, são apenas uma parte desse compromisso. Senhora Primeira Dama, esperamos seguir contando com seus valiosos auspícios, os quais temos na mais alta estima; agradecemos ao Senhor Reitor Hampl pela sempre amável hospitalidade da Universidade Carolina, que desde o ano passado é o depositário permanente dos arquivos do Prêmio Ibero-Americano. O nosso reconhecimento, especialmente, aos professores de espanhol e português em toda a República Tcheca, que fazem um excelente trabalho educativo e de comunicação e cujos esforços em conjunto levaram, no ano passado, à inauguração do novo Centro de Estudos Ibero-Americanos, que tem a sua sede na Universidade de Economia de Praga. Estamos certos que, com o contínuo apoio de todos vocês, o Prêmio IberoAmericano na República Tcheca seguirá transcendendo o tempo e fronteiras, como até agora e, ao contribuir para uma melhor compreensão das nossas realidades, continuará garantindo o campo fértil das nossas promissoras relações de amizade e cooperação. Muito obrigado.