DIN~ICA QA COMBUSTlBlLlDADE NAS COMUNlDADES VECETAIS DA IRESGRVA NATURAL DA SERRA DA MALCATA Paula M. Fernandes'; Luis M. Ruivo2; Paula C.Gonqalves2; Francisco C.ftego3;Sofia C. Da Silveira2 'Sec@o Florestal, UTAD, Quinta de Prados, SO00 VILAREAL; 'Reserva Natural da Serra da Malcata, R. Bombeiros VolunLirios, PENAMACOR;3Centrode Ecologia Aplicada Prof. Baeta Neves, ISA, Tapada da Ajuda, LISBOA. [email protected]; A gestiio racional da ve etacia face ao fog0 requer informaq%o que caracterize a sucesdo de com ustiveis. As comunidades arbustivas da Reserva Natural da Serra da Malcata t6m din3micas do cornbustivel distintas. 0 s ciclos tem orais de combustivel d o relativamente curtos (10-25anos) mas incluern mo fifica56es notitveis na quantidade e qualidade do combustivel, sugerindo que o fogo tern um papel ecol6gico importante. A substitui@o doos matos por comunidades arb6reas autbctones resultaria em f o r m a ~ k svegetais de menor eornbustibilidade, No entanto, a curto prazo, a exclus50 deliberada do fogo nas comunidades arbustivas estudadas conduzir5 a indndios de grande severidade. Palavras-chave: Dinarnica de cornbustiveis; combustibilidade; comportamento do fogo; comunidades arbustivas; Malcata; Portugal. % ABSTRACT Fuel succession knowledge is required to define pro r mana ement strate ies in fire-prone vegetation types. Fuel dynamics are G t i n c t witain the shrub and types of Malcata Natural Reserve. The fuel cycles are relatively short (10 to 25 years) but encompass important changes in fuel quantity and quality, which suggests that fire has an important ecological role. The replacement of shrubland by autochthonous woodland would result in less flammable communities. However, in the short-term, deliberate fire exclusion in the studied shrubland types is conducive to highly severe wildfires. Keywords: Fuel dynamics; flammability;-fire behaviour; shrubland; Malcata; Portugal. f ~ A mrnbustibilidade de uma forma~i5o vegetal classifica o seu potencia] de cornportamento do fogo ((DUPUY, 1991), isto 6, as caracteristicas da frente de p r o p a g a e ~ do fogo (velocidade de avan~o, propriedades da chama, intensidade de libertaszo de energia). 0 estudo da combustibilidade irnplica que as espgcies vegetais sejam caracterizadas em fun~aoda sua faculdade para arder, sendo definida por parametros como a carga de cornbustkl, a sua reparti~iopor classes de tamanho e estado rnorto ou vivo, e o grau de compactag50 (FRANDSEN, 1983). 0 s combustiveis passam por modifica~6estemporais predominantemente regidas por mecanisrnos biol6gicos, em analogia com a sucessao vegetal, e que condicionam o regime de fog0 (SAPSIS & MARTIN, 1993). 0 conhecimento da sucessio do combustivel permite ila~6esacerca do papel do fog0 no funcionamento do ecossistema (RUNDEL & PARSONS, 1979), e possibilita o delincamerito de estrat6gias flexiveis de gest50 do fog0 (ROTHEWEL & PHILPOT, 1973), incluindo a racionaliza~Sodas intewen~6essobre os combustiveis (FENSHAM, 1992). 0 abandon0 das priticas tradicionais de agricultura ao longo das Cltirnas d6cada traduziu-se nurn aumento gradual da carga de combustivel nas diversas cornunidades vegetais da Reserva Natural da Serra da Malcata (RNSM). O presente estudo tem corno objective a quantificas50 da combustibilidade bem corno a caracteriraGo da sua dindmica temporal nos principais t i p s de vegetaq8o aut6ctones da RNSM. 2 METODOLOCIA Seleccionararn-se 18 esphcies arbustivas, julgadas as mais representativas nas comunidades vegetais da RNSM. A sua amostragern destrutiva permitiu o dlculo dos parsmetros estruturais que caracterizam cada uma das espgcies corno combustivel (RUIVO, 2000),bem corno o desenvolvirnento para cada espcie arbustiva de rnodelos d e predieo da carga de combustivel, da reparti~zopor classe de tamanho, e da percentagern de combustivel morto por classe de tamanho, utilizando a altura ou o volume corno variAveis independentes. Quantificou-se tamb6m a estrutura fisica da folhada originada pelas espkcies arb6reas existentes. A deterrnina@o da cornbustibilidade A escala da comunidade, categorizada por esp6cie dominante, considerou 7 tipos de vegetaco arbustiva (Charnaespartium tridentaturn, Cistus ladanifer, C. ladanifer x Erica australis, Cflisus multiflorus, C. striatus, Erica australis, e Erica umbellata) e 4 tipos de vegeta~zoarMrea IArbutus unedo, Quercus pyrenaica Mesomediterrineo e Supramediterraneo, e Quercus rotundifolia). As equaq6es preditivas aplicaram-se a 67 locais para os quais existia informaf5io estrutural (altura e percentagem de coberto por esp6cie) medida em transectos' de 2 0 ~ 0 ~rn5ou 10x1 m em diversos momentos no tempo. Aquando da ocorrgncia de especies nZo abrangidas pel0 Transectos pennanentes instalados em 1991 no h b i t o dos estudny "Dinhica Natural da VegetaFgo" e "Maneioe Gestiio de Habitats Naturais" I I i i programa de amostragem, utilizaram-se as equac$es morfologicamente mais semelhantes. corr~spondentes as especies A idade da comunidade em cada local (tomada como o tempo decorrido desde a ljltima perturbaq50) determinou-se por contagern dos an&is de crescirnento imediatamente acima do nivel do solo em sec~eesde caules das esp6cies arbustivas dominantes. A modela~Hoda dinsmica temporal do combustivel recorreu a tkcnicas de regress50 n50-linear e foi efeauada com o software IMP (SAS Institute, 1996). A simula@o do comportamento do fog0 em cada tipo de vegetaqiio recorreu ao sistema BEHAVE (ANDREWS, 1986) do U.S. Forest Service, alicer~adono modelo de propaga~50de ROTHERMEL (1972). 3 RESULTADOS E DISCUSS~O ki curvas que descrevem os padrBes temporais do cornbustivel (Quadro 1, Figura 1) correspondem funsdes de um dos tipos 1) y = a t b 2) y = a [l-exp (-b t)] 3' a = (1 + exp ( b + c t)) sendo t a idade da comunidade em anos. Na forma funcional 21,dita monomolecular ou exponencial assimpt6tica, o coeficiente a representa a carga de combustivel no equilibrio ou steady-state, correspondente ao momento temporal 3/b. Da sua aplica~5o2 carga de combustivel fino (a mais relevante para os propbitos deste estudo) 0bti.m-se os valores do Quadro 1. A qualidade do ajustamento dos modelos aos dados foi excelente (Erica australis) ou boa (restantes comunidades), com excepc5o dos giestais, para os quais se verificou urna d i s p e d o bastante acentuada em torno das curvas. A variac;%on%oexplicada pelos rnodelos foi confrontada com as caracteristicas da esta@o (altitude, declive, exposi~80,afloramentos rochosos) e tip0 de perturba$io, mas em nenhum dos casos se encontraram rela~bessignificativas. As comunidades dominadas por Erica australis e C. tridentaturn possuem a dupla possibilidade de se propagarem vegetativa e seminalmente, apesar do primeiro mecanismo dominar (OJEDA et al., 1996; SILVA, 1996; IGLESIA et a/., 1998). Em consequCncia desta elevada capacidade regenerativa o equilibrio alcanca-se muito rapidamente, respectivamente em 9 e 14 anos. As restantes comunidades nZo s6 requerem mais tempo (2 volta de 20 anos ou mais) para que a sua biomassa fina atinja o mbimo, como esse valor se queda bastante aqu6m [aproximadamente metade) daquele que caracteriza as primeiras forma56es. 0 acr6ximo liquid0 media anual de combustivel fino ate ao momento do equilibrio 6 d e 2 t ha-1 para a E. australis e 1,5 t ha-l para a C. tridentaturn, mas apenas de -- - Quadro 1 - Idade, estrutdra e cargas de c o m t r u ~ t i v ecorrespond~ntes l ao estado de equilibr~odas cornunidades arh~i.-.~ivas. --.- Cornunidadc EAUS CHTR EUMB CILA, ClLA x EAUS CYMU, CYST - t anos 9 14 19 20 26 - ;I c rn % 0,7 113 0,6 91 0,6 12.1 1,0 91 1,6 106 Wc6mm W i b m r n rnorto W r 6 m m rnorto t haml t ha-l t ha-' -A- 18.4 4,3 20,6 10,4 2,2 8,3 12,2 10,CI 0,4 0,8 2,8 3,O -- 0,3 0,6 0,s t = idade nccessaria para alcanqar 95% da c a r p de combustivel fino no estado de equilibrio; h = altura da vegeta~ao;C = colerto arbustivo; W = carga de combustivel. EAUS = Errca australis; CHTR = C h ~ r r ~ ~ e s p a r t iirident.~turn; um EUMR = Eric~clmbellata; CILA = Cistus ladanifer; CYMI.) = Cyt~susmult~florus;CYST = C. striatus. A rapidez de recuperaq20 das cornunidades de f, australis e 6 ainda rnais evidente ao observar a Figura I , que lndira um crescimento na biornassa total de 5 t haw1ano-l durante os quatro prirneiros anos ap6s a perturhacio FERNANDES et a/. (1998) reportam para estas comunidades no Parque Natural de Montesinho urna acurnulaq20 rnkdia de 5,s t ha-1 urn ano ap6s fogo controlado. Trata-se de urna produtividade relativamente elevada, urna vez que as comunidades arbust~vasmediterrineas acumulam tipicamente entre 1 e 4 t ha-1 ano-1 (SPECHT, 1981 j. Nos tipos d e vegetacao de maior porte ocorre urna acumula@o substancial de combustivel > 6 rnrn apos a idade de equilibrio. As comunidades de E. australis atingem as 3 5 t ha-1 de biornassa aerea total por volta dos 16 anos de idade e os estevais ultrapassam 25 t ha-l ap6s 20 anos. N o caso dos giestais os dados disponiveis apontarn para um acr6scirno aproximadamente linear da biomassa total corn o tempo (alrancando 40 t ha-l aos 30 anos de idade), tendo sido impossivel deterrninar urrr limite de acumula@o. Talvez este mkxirno ocorra em idades posteriores aquelas que forarn arnostradas, ou, havendo a evoluqZo gradual para urna forrna~aoflorestal (ou pr6florestal), seja um valor d e dificil A d i d m i c a temporal do combustivel n i o se restringe a acurnulaqiio de biomassa. Ocorrern outras rnodifica@es de cariz estrutural na aloca@o de cornbustivel por classe d e tarnanho e estado morto o u vivo, bem corno no grau de porosidade. A representatividade d o combustivel fino dirninui ao longo do tempo de forma pouco dramatica, rnantendo-se sempre acirna de 40% da carga total. A taxa de dirninuiqlo C identica e m todas as cornunidades, d~stinguindo-sea carqueja pela maior lentid50 e pela manutenG30 de uni valor superior a 80% em todas as fases de desenvolvirnento. A proporqio de combustivel fino morto segue duas tendsncias distintas. Nas comunidades de carqueja e esteva estabiliza por volta dos 8 anos de idade, respectivamente em 50% e 20%, enquanto que nas restantes comunidades vai aumentando continuarnente com o tempo, sem contudo ultrapassar 30%. Finalmente, o desenvolvimento das cornunidades 6 acornpanhado por urna rarefacqso progressiva da biomassa <6 mm em r e l a ~ i oao volume ocupado. Ou seja, a quantidade de combustivel aumenta ao longo do tempo corn o aumento da ocupaqgo espacial, mas esse acrescimo n i o e proportional ao acrescirno e m volume. Distinguem-se tr6s situaqbes: a carqueja, que tende para uma rnassa vol~irnicade 3 kg rn-3, a urze E. australis, que tende para 2 kg rn-3, e as restantes especies, que tendern para 1 kg m-3. A progress20 temporal da IenhificaqZio, diminui~aoda representatividade da biomassa viva e da densidade da copa podern ser interpretados como indicadores de senescencia das plantas. As comunidades de carqueja apresentam evidencias claras de senesdncia desde bastante cedo, o que tinha j6 sido observado por FERNANDES & REGO (1998) em Trh-asMontes. Tambrn CALVO et a/. (1998) encontraram evidencias de envelhecimento em matos de Erica australis apenas corn 9 anos de idade em Lean, Espanha. 0 4 8 1216202428 0 4 8 1216202428 Idade, anos Idade, anos CHTR C 0 8 1624 Idade, anos 0 4 8 12 I L 16 20 A , C UAx6 A US 24 28 Idade, anos Figura 1 - Dinirnica do combustfvel nas cornunidades arbustivas da RNSM. As curvas correspondentes a cada comunidade n5o Go extrapoladas para IA das idades obsewadas. Se as comunidades arbustivas da RNSM sofrem altera~besestruturais ao longo do tempo 6 Bbvio que o mesmo sucede com a sua combustibilidade, presumivelmente no sentido da severidade crescente do cornportamento do fogo, uma vez que a TamMrn as formaf6es florestais de medronheiro, carvalho e azinheira teao dindmicas de combustlvel prbprias, mas os dados disponiveis nSo permitem a sua definiFgo. 0 s pardmetros m6dios de cada tip0 de bosque (Quadro 2) permitem, no entanto, desenvolvimento de modelos de combustivel, que assumiremos representarem respectivos tipos de vegeta~5ona maturidade. Seguindo o rnesmo procedimento para a matos, corn base nos dados do Quadro 1, 6 possivel comparar as combustibilidades do, vhrios t i p s de vegeta~%o (Figura 2). Quadro 2 - Estrutura e cargas de cornbustivel rnkdias nas cornunidades arkreas. QwR ParAmetros Folhada, t ha'' h arb., rn C arb., % W arb. c 6 rnrn, t ha-l 5,1 1,2 12 1,49 W arb. <6 mrn morto, t ha-I W arb. >6 mm rnorto, t ha-I C herb., 46 C fetos, % 0~26 011* * QpyR mesomedit. supramedit. 4,3 4,3 qROT 7,6 1,3 40 4,16 03 0,6 60 2,84 38 1,12 0,41 0,16 1,27 0,03 0,34 0,11 4 14 9 0 25 9 5 0 * As duas comunidades de Q. pyrenaica do significativamente diferentes (pc0,05) entre si para todos 05 parimernos, except0 coberto herbiceo. AUNE = Arbutus unedo; QWR = Quercus pyrenaica; QROT = Q. rotundifolia AUNE QPYR supramed. QROT 3 3 U CILA EUMB QPYR meaomsd. EAUS CHTR I Lntensidade ffontal do fogo, MWIm Figura 2 - Cornbustibilidade potencial das comunidades vegetais da RNSM, corn base na simulaGo do comportamento do fogo sob condiqhes extremas de perigo rneteorol6gico (hurnidade do combustivel morto = 6%, humidade do combustivel vivo 70%, velocidade do vento i superficie = - 2 0 km h-1) . A seta indica o lirnite da possibilidade de convolo frontal de urn indndio (HIRSCH, 1996). A Fig. 2 indica que os niveis de comportamento do fogo nos bosques da regiiio (nomeadarnente nos de medronheiro e carvalho negral supra-rnediterrbnico) G o geralmente menores que nas cornunidades arbustivas, especialmente aquelas dominadas por carqueja e giestas. i necesssrio referir que os valores de intensidade do fogo para as comunidades arb6reas esao sobrestimados, urna vet que as condisdes ambientais de simula@o foram identicas aquelas utilizadas para os matos; na verdade os teores de humidade do combustivel morto e vivo ser%o superiores sob coberto arMreo, e a velocidade do vento grandernente reduzida 0 contraste entre o comportamento potencial do fog0 numa comunidade arbustiva e num bosque seri mbirno se o combustivel florestal se resumir b folhada; nesta situa~goextrema um incCndio que entre num carvalhal ver6 a sua intensidade reduzida para niveis pr6prios de urn fogo controlado, enquanto que num medronhal ou azinhal o fogo se extinguir6. Assumindo que na ausbncia de perturba~besas comunidades de matos podergo dar origern a forrnaq6es arMreas, 6 entio possivel estabelecer um paralelo entre a sucess=io vegetal e a sucess%oda combustibilidade. A complexidade, diversidade e heterogeneidade acrescidas das forrnas6es arb6reas corresponderi uma menor combustibilidade em rela~Ho b hipoteticas anteriores etapas da sucessZo. No entanto, a informa~iioexistente n l o permite dexrever corno 6 que a combustibilidade evoluir6 na transif50 do matagal para o bosque, nem ao longo do ciclo de vida deste. Os resultados obtidos neste estudo permitem aplicaqks 6teis no arnbito da cartografia do perigo de inckndio, do planearnento da gest5o de combustiveis, ou at6 na deriva~sode estimativas da forragem disponivel para herbivoros. As cornunidades estudadas apresentarn dinPmicas do combustivel distintas, cujo conhecirnento permite programar racionaimente as acq5es de gesao do combustivel. As comunidades arbustivas da Malcata exibem ciclos temporais de combustivel relativamente curtos, que grosso rnodo variam no interval0 10-25 anos. Durante este periodo de tempo ocorrern modifica~besnoaveis na quantidade e qualidade do combustivel: um aurnento riipido da carga de combustivel, especialmente nos matos de C. tridentaturn e E. australis; uma proporqCo crescente do combustivel fino inclui-se na categoria de material morto, podendo variar, no final do ciclo, de 20 a 50% da carga total; o grau de porosidade do complexo-combustivel aumenta com a idade da formaqgo. Os padrks temporais detectados neste estudo sugerem que o fogo desempenha urn papel importante no funcionamento do ecossistema (MINICH, 1983; CHRISTENSEN 1987). lndependentemente da existtincia ou n%o de uma fonte de igniqgo, 6 a sucessiio da combustibilidade que determina o periodo de tempo minimo possivel entre dois fogos sucessivos. Assim o parecern indicar (apesar de se desconhecer a idade mkdia de cada comunidade na regi5o) as idades mbimas observadas para cada tip0 de comunidade: os t i p s de vegeta~gocorn ciclos de combustivel mais ripidos tendern a ter menores idades, portanto frequgncias de fog0 maiores. 0 s resultados indicam que uma eventual substitui@o dos matos por comunidades arb6reas resulta em forrnaqks vegetais menos susceptiveis aos indndios: na ausCncia (por ao fogo (MUTCH 1970). No entanto, a curto prazo, a exclusb deliberada do comunidades arbustivas estudadas condur a aumentos progressives da combustihi consequentemente a indndios potencialmente cada vez mais severos, partanto ds difrcil supresGo e mais extensos. Por sua vez, este aumento na emla espa perturba~iiooriginar6 uma paisagem crescentemente homoggnea, corn perda do a padriio em mosalco, e corn todas as implicacSles negativas dai decorrentes. ANDREWS, P.L. 1986. 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