MINISTÉRIO DA SAÚDE Manual de Especialidades em Saúde Bucal Brasília - DF 2008 MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Série A. Normas e Manuais Técnicos Brasília - DF 2008 © 2008 Ministério da Saúde. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é de responsabilidade da área técnica. A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada na íntegra na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: http://www.saude.gov.br/bvs Série A. Normas e Manuais Técnicos Tiragem: 1.ª edição – 2008 – 20.000 exemplares Elaboração, distribuição e informações: MINISTÉRIO DA SAÚDE Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Coordenação Nacional de Saúde Bucal Esplanada dos Ministérios, Bloco G, 6º andar, Sala 650 CEP: 70058-900, Brasília – DF Tels.: (61) 3315-2728 / 3315-2583 Homepage: www.saude.gov.br/bucal Impresso no Brasil / Printed in Brazil Ficha Catalográfica Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de especialidades em saúde bucal / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008. 128 p. : il. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos) ISBN 978-85-334-1494-5 1. Saúde bucal. 2. Odontologia 3. Atenção especializada. I. Título. II. Série. CDU 616.31 Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – 2008/0075 Títulos para indexação: Em inglês: Manual of Specialization on Oral Health Em espanhol: Manual de Especialidades en Salud Bucal SUMÁRIO APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 7 1 ESTOMATOLOGIA ...................................................................................... 9 1.1 Manual de Regulação ...................................................................................... 11 1.2 Manual Clínico ............................................................................................... 11 2 PERIODONTIA ............................................................................................31 2.1 Manual de Regulação ...................................................................................... 33 2.2 Manual Clínico ............................................................................................... 33 3 CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIAL ................53 AMBULATORIAL 3.1 Manual de Regulação ...................................................................................... 55 3.2 Manual Clínico ............................................................................................... 56 4 ENDODONTIA .............................................................................................71 4.1 Manual de Regulação ...................................................................................... 73 4.2 Manual Clínico ............................................................................................... 73 5 PRÓTESE DENTÁRIA .................................................................................83 5.1 Manual de Regulação ...................................................................................... 85 5.2 Manual Clínico ............................................................................................... 85 6 ORTODONTIA E ORTOPEDIA .................................................................93 6.1 Manual de Regulação ...................................................................................... 95 6.2 Manual Clínico ............................................................................................... 95 7 IMPLANTODONTIA .................................................................................109 7.1 Manual de Regulação .................................................................................... 111 7.2 Manual Clínico ............................................................................................. 111 REFERÊNCIAS ..............................................................................................119 ANEXOS..........................................................................................................123 Anexo A – Ficha Clínica para os pacientes de Estomatologia do CEO.................. 123 Anexo B – Requisição de exame anátomo-patológico ........................................... 126 EQUIPE TÉCNICA ........................................................................................127 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS APRESENTAÇÃO A priorização da Saúde Bucal na atual gestão do Ministério da Saúde materializou o “BRASIL SORRIDENTE”, que tem promovido a ampliação do acesso aos serviços de Atenção Básica em Saúde Bucal, principalmente por meio das equipes de Saúde Bucal na estratégia Saúde da Família, e de Atenção Especializada em Saúde Bucal, especialmente através da implantação dos Centros de Especialidades Odontológicas (CEO), pautando-se pela busca da efetivação da integralidade na atenção à saúde. Esta publicação visa colaborar no estabelecimento de critérios de referência e contra-referência entre a Atenção Básica/ Saúde da Família (AB/SF) e os CEO, assim como instrumentalizar a prática clínica e de gestão relativas às principais especialidades odontológicas. Dessa forma, procura-se contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços prestados, assim como no aperfeiçoamento da dinâmica da rede de serviços do SUS. A p u b l i c a ç ã o e n g l o b a u m ro l d e especialidades mais amplo do que a relação de especialidades mínimas obrigatórias para os CEO; com exceção da atenção a pacientes com necessidades especiais, que será abordada em um volume específico; e converge no sentido de construir, adequar e aprimorar os instrumentos necessários à efetivação da ampliação do espectro de atuação da Saúde Bucal no âmbito do SUS. Apresenta um conjunto de princípios e recomendações elaborados para facilitar a tomada de decisão apropriada na atenção aos pacientes, em situações específicas, dotando c ada ser viço de um método ordenado nas diferentes especialidades. Não tem a pretensão de se constituir em receitas fechadas, únicas e absolutas, até porque estes não são conceitos compatíveis com a prática clínica na área da saúde, ainda mais quando tratamos de um país com grande diversidade na organização dos serviços e sistemas públicos de saúde. Não bastasse a complexidade da tarefa, o ineditismo de tal iniciativa pela gestão do SUS no âmbito Federal tornou o desafio ainda maior. Para tanto, o Ministério da Saúde, sob a organização da Coordenação Nacional de S aúde Buc al, reuniu um grupo de especialistas, com diferentes experiências de prática profissional clínica e de gestão, para proceder à elaboração desta publicação. Com a sua utilização, espera-se desencadear um processo de aperfeiçoamento dos conceitos e normas aqui contidos. Ministério da Saúde 7 9 1 ESTOMATOLO GIA MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 1.1 Manual de Regulação Especialidade clínica: Estomatologia Motivos mais freqüentes de encaminhamento: a. Manejo clínico e cirúrgico-ambulatorial de lesões da mucosa bucal e dos ossos maxilares. Ex.: processos proliferativos não neoplásicos, neoplasias benignas, doenças infecciosas (bacterianas, fúngicas e virais), doenças mucocutâneas, manifestações bucais de doenças sistêmicas; b. Semiotécnica para diagnóstico de lesões bucais; c. Solicitação de exames complementares pré-operatórios ou de necessidade diagnóstica para manifestações bucais. Ex.: hemograma, sorologia e/ou exames imaginológicos. Responsabilidade por nível de atenção Básica: avaliação do usuár io com queixa de alteração bucal em tecidos moles e/ou duros, identificando as alterações não compatíveis com a normalidade. É de responsabilidade do cirurgião-dentista da equipe da UBS/SF realizar o diagnóstico e tratamento destas lesões, bem como a seleção dos casos que deverão ser encaminhados ao especialista, de acordo com a capacitação deste profissional. Salienta-se que no caso de lesões com suspeita de malignidade, o diagnóstico é também de responsabilidade do cirurgião-dentista, mas o tratamento é realizado por especialistas da oncologia. De maneira geral, os profissionais da UBS/ SF são responsáveis pelos diagnóstico e tratamento de lesões prevalentes da mucosa bucal tais como: hiperplasia fibrosa inflamatória, estomatite protética, herpes recorrente, gengivo-estomatite herpética primária, estomatite aftosa recorrente, candidíase e queilite angular, tratamento e remoção de fatores traumáticos da mucosa bucal tais como próteses mal-adaptadas, dentes ou restaurações fraturadas e raízes residuais, hábitos para-funcionais, triagem de pacientes com mais de 40 anos, fumantes e etilistas ou pacientes de pele clara com histórico de exposição solar excessiva. A biópsia e a citologia esfoliativa assim como demais exames complementares também poderão ser realizados/solicitados na UBS/SF, desde que a equipe sinta-se capacitada para exercer a técnica de coleta e principalmente, a interpretação dos resultados. Caso haja impossibilidade de diagnóstico e/ou tratamento das lesões, o usuário deverá ser encaminhado para a atenção secundária. Ressalta-se que é de extrema importância o acompanhamento pelos profissionais da UBS/SF dos casos encaminhados aos outros níveis de atenção, na perspectiva da continuidade do cuidado. Média: d i a g n ó s t i c o e t r a t a m e n t o das lesões bucais por meio de exames clínicos e complementares, biópsia, terapêutica cirúrgica (nível ambulatorial) e medicamentosa, quando pertinente; e planejamento do atendimento odontológico do paciente oncológico que será submetido à radioterapia ou quimioterapia. Alta: pacientes com diagnóstico de lesão maligna ou diagnóstico de lesões com necessidade de atenção cirúrgica/ ambulatorial complexa na região de cabeça e pescoço. 1.2 Manual Clínico Especialidade clínica: Estomatologia 1.2.1 Observação dos critérios de referência e contra-referência Considerar na situação referenciada, por meio de ver ific ação da ficha de 11 12 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS encaminhamento e exame bucal do usuário, se os critérios estabelecidos no Manual de Regulação de Estomatologia foram respeitados. 1.2.2 Anamnese Todo paciente admitido para avaliação estomatológica deve ser submetido à estratégia rigorosa de anamnese e exame clínico. Um modelo sugerido de ficha clínica simplificada está presente no anexo A. A anamnese deverá ser realizada de forma a se obter o máximo de informações não só pertinentes ao diagnóstico da lesão ou condição bucal específica, mas também à história médica pregressa e à história de doenças/agravos na família, cuja determinação ou influência genética seja importante; verificar medicamentos em uso, no momento da consulta ou pregresso; avaliar o motivo do encaminhamento e aspectos que influenciam o problema; identificar e tentar minimizar as possíveis ansiedades ou medos em relação ao atendimento, esclarecer dúvidas e/ou questões apresentadas pelo usuário, etc., assim como identificar usuários com necessidade de encaminhamento a outras especialidades do campo de saúde como, por exemplo, os pacientes com suspeita de doenças crônicas tais como hipertensos e diabéticos. 1.2.3 Exame físico Anexo A. 1.2.4 Exames complementares Anexo A. 1.2.5 Procedimentos de Estomatologia 1.2.5.1 Radiografia periapical/interproximal Radiografia oclusal Radiografia panorâmica Definição O exame radiográfico é realizado para verificar se a lesão da qual o usuário é portador possui relação com o tecido ósseo subjacente e, neste caso, suas características radiográficas de tamanho, extensão, delimitação, opacidade/ radioluscência, etc. Indicações Algumas lesões que se manifestam na mucosa bucal são na verdade oriundas de processos intra-ósseos que se exteriorizam. Demais lesões ósseas, por outro lado, podem estar presentes sem manifestação aparente na mucosa. Como o CEO trabalha como referência de média complexidade, as indicações de tomadas radiográficas serão mais freqüentes nesta modalidade d e a t e n ç ã o. N ã o h á u m m a n u a l o u consenso definido para solicitação de exames de Raios-X (RX) panorâmico no ‘rastreamento’ de lesões ósseas em pacientes assintomáticos. Entretanto, há evidências de que alguns pacientes assintomáticos apresentam lesões ósseas, restos radiculares ou inclusões dentárias que jamais foram identificadas através do exame físico. Importante que se defina, com os gestores locais, uma quota de realização de tomadas panorâmicas que não tenham indicação determinada exclusivamente pela presença de lesões detectadas clinicamente. O aumento da oferta desta modalidade de diagnóstico é uma necessidade premente nos serviços públicos de Estomatologia e também para a Cirurgia Buco-MaxiloFacial. Seqüência de intervenção Inicia-se a pesquisa radiográfica preferencialmente pela realização de RX periapical. Caso este não seja suficiente para abordar toda extensão ou todas as margens de lesão óssea, procede-se à complementação com RX panorâmico ou outras tomadas que se julgar conveniente, particularmente a tomada oclusal ou RX de tecidos moles (na pesquisa de sialolitos ou doenças que manifestem calcificações da mucosa). Terapia medicamentosa s .âOSEAPLICA MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL Cuidados Usar avental e biombo de chumbo, guardar distância adequada da fonte de radiação ionizante, utilizar proteção para o paciente conforme os manuais universalmente estabelecidos de exposição aos RX. Acompanhar de perto as evoluções destes manuais e realizar periodicamente a dosagem de RX nas Unidades de Atendimento e exposição de profissionais (dosimetria) em conjunto com as autoridades de Vigilância Sanitária. Condutas em caso de urgência/emergência Não se aplica. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Registrar o motivo do encaminhamento, dados clínicos e localização da enfermidade ou lesão em formulário específico de referência e contra-referência;Sensibilizar o usuário quanto à importância de seu comparecimento na Unidade de Referência para a realização do diagnóstico e tratamento adequados; Acompanhar o caso do usuário encaminhado, assegurando-se de que o mesmo esteja sob atenção especializada e dar continuidade aos cuidados necessários, no âmbito da Atenção Básica, após a contra-referência;Antes do encaminhamento e, conforme as condições da lesão que pode exigir ou não urgência de intervenção diagnóstica ou terapêutica, realizar minimamente ações para controle da infecção bucal (adequação de meio bucal com remoção de fatores de retenção do biofilme bacteriano, remoção de restos radiculares, selamento de cavidades, instrução de higiene bucal, profilaxia, etc.). Proservação A proservação de tais lesões deve ser feita sempre na Atenção Secundária e a realização de exames complementares adicionais definidas conforme as hipóteses diagnósticas e as redes de fluxos estabelecidos entre os serviços. Observações s .âOSEAPLICA 1.2.5.2 Biópsias Biópsia incisional de tecidos moles Biópsia excisional de tecidos moles Definição É um procedimento cirúrgico onde uma parte, ou toda a lesão, é removida para posterior estudo de suas características histológicas. No caso de lesões de tecido mole define-se primeiro a lesão fundamental e procede-se a descrição adequada da mesma em ficha clínica (Anexo A). Seguese então para a definição de hipóteses diagnósticas e solicitações de eventuais exames complementares, sejam estes radiográficos, hematológicos, bioquímicos, sorológicos, etc. O exame histológico isoladamente não dá diagnóstico definitivo. A história do usuário, o exame clínico e os dados de outros exames complementares são usados em conjunto para definição do diagnóstico final. A biópsia incisional ou excisional é um procedimento que quase se confunde com a prática estomatológica. A técnica a ser utilizada (excisional ou incisional) depende da natureza de cada lesão, da suspeita ou não de malignidade e também da hipótese diagnóstica definida após a descrição clínica.A realização da biópsia incisional, além de auxiliar na determinação do diagnóstico, é útil para a seleção da técnica cirúrgica excisional quando esta for a indicação, pois a partir do diagnóstico histológico de uma lesão é que se define a técnica cirúrgica mais adequada. Indicações A biópsia incisional é mais indicada para lesões de maiores dimensões. De maneira geral a opção por esta pode (e deve) ser feita sempre que o profissional não conseguir estabelecer clinicamente o diagnóstico, sendo um recurso que permite uma melhor definição terapêutica para cada doença. A biópsia incisional não está contra-indicada para lesões de origem vascular e lesões negras. No caso de lesões de componente majoritariamente 13 14 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS vascular, o especialista deve definir o risco cirúrgico e, se necessário, em conjunto com outras especialidades do campo da saúde. Nas suspeitas de hemangioma, definir o tamanho e grau de invasividade da mesma é imprescindível. Referências e discussão do caso junto a equipes de cirurgia vascular podem ser necessárias (ver item hemangioma). No caso de suspeita de melanoma intrabucal, a biópsia incisional é o único recurso seguro e disponível para definição diagnóstica precisa e instituição do tratamento adequado. Lesões negras, com características de melanoma, devem ser examinadas histologicamente através de biópsia incisional.Já a biópsia excisional é indicada para lesões menores e também pode ser realizada quando o profissional tem convicção de não estar frente a uma lesão maligna ou quando está muito óbvia a natureza localizada e não invasiva da doença. Seqüência de intervenção s !NTISEPSIADOLOCAL s !NESTESIADAÖREA s #OLETADOTECIDO s 3UTURASIMPLESINTERROMPIDA s &IXAÀâO DO MATERIAL COLETADO EM formol 10%; s )DENTIlCAÀâODORECIPIENTEONDEESTÖ contida a peça com nome do paciente, nome do operador, data e local de origem. Terapia medicamentosa O uso de analgésicos não-opiáceos, por um período não superior a 7 (sete) dias é suficiente como medicação pósoperatória, desde que respeitadas as normas de biossegurança e os cuidados descritos abaixo com manipulação cuidadosa dos tecidos. Cuidados s / TAMANHO DA AMOSTRA DEVE SER adequado; s !AMOSTRADEVETERBOAPROFUNDIDADE devendo ser avaliada de acordo com s s s s s s o sítio anatômico a ser incisado. Obviamente biópsias incisionais são mais conservadoras em ventre do que em dorso lingual, por exemplo; %VITARPERFURAROUMACERAROMATERIAL cirúrgico. Dê preferência para pinças mais delicadas e não perfurantes (pinça de Adson-Brown); %VITAR QUE A INFILTRAÀâO ANEST£SICA deforme a área a ser operada; 5SAR PREFERENCIALMENTE ANEST£SICO com vasoconstritor, que possibilita um campo operatório com menor sangramento; %VITARÖREASDENECROSEQUEIMPEÀAM visualização microscópica de células viáveis; %VITARAEXPOSIÀâODETECIDOSSEOEM pacientes irradiados na região a ser incisada; !VALIAR ATRAV£S DE EXAMES PR£ operatórios, todos os pacientes cuja história clínica ou exame clínico indique risco cirúrgico de sangramento ou cicatrização deficiente. Solicitar, nestes casos, os exames de RNI, TP, TTPA, plaquetograma e taxas glicêmicas. Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de hemorragia, verificar a origem da hemorragia e, de acordo com a causa considerar compressão, sutura ou uso de agentes anti-hemorrágicos. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Em casos de lesão promovida por trauma evidente, cuidar da remoção do trauma (desgaste de próteses removíveis, interrupção de uso de próteses, interrupção de hábitos de mordiscamento, desgaste de bordos cortantes de dentes e/ou restaurações fraturadas). Solicitar que o paciente leve ao CEO todos os resultados de exames previamente solicitados e lista de medicamentos em uso. Desmistificar para o paciente a prática de biópsia como MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL procedimento diagnóstico exclusivamente de lesões malignas. Proservação A proservação deve ser feita em conjunto entre a Atenção Primária e Secundária com prioridade para esta última. Observação Por ser um procedimento amostral, quanto mais seca e visível estiver a região operada, melhores serão as possibilidades de obtenção de amostras que facilitem o trabalho do patologista. Imediatamente após obtenção do tecido, o material deverá ser fixado para não sofrer deterioração. O fixador de rotina é o formol a 10%. Normalmente encontra-se no mercado o formol a 40% que deverá ser diluído em água destilada ou filtrado na proporção de 1(uma) parte para 3(três) partes de água. O recipiente de coleta e acondicionamento da peça deve conter um volume de líquido suficiente para que a peça cirúrgica obtida fique completamente submersa, não mais do que isso. 1.2.5.3 Procedimentos para lesões intra-ósseas Punção exploratória Biópsia incisional óssea Definição A punção é um procedimento realizado em lesões ósseas radiolúcidas ou de aspecto misto, para verificação de seu conteúdo (hemorrágico, purulento, cístico e/ou sólido). A punção pode ser um procedimento isolado ou associado à biópsia óssea. Esta última é o procedimento de coleta amostral, prioritariamente incisional, que se realiza para coleta de fragmentos teciduais das lesões maxilo-mandibulares. Indicações As lesões intra-ósseas radiolúcidas podem, muitas vez es, representar um h e m a n g i o m a i n t r a - ó s s e o. D a d a e s t a característica importante, tais lesões sempre deverão ser puncionadas previamente à biópsia. A punção pode resultar em “punção seca” (lesões sólidas ou cavidades vazias), líquido citrino (compatível com cistos) e sangramento leve ou sangramento abundante (com pressão no êmbolo da seringa). Neste último caso, pode-se formular uma hipótese de lesão vascular intra-óssea. Tal hipótese resulta na completa contra-indicação do procedimento de biópsia óssea posterior. O paciente deve ser encaminhado para a alta complexidade para avaliação por Cirurgião de Cabeça e Pescoço ou Cirurgião Vascular. Na presença de líquido citrino, purulento ou “punção seca” indica-se complementação da punção através de coleta tecidual incisional intra-óssea (biópsia óssea incisional). Seqüência de intervenção s !NTISEPSIADOLOCALELEITOPARAPUNÀâO ou biópsia; s !NESTESIADAÖREA s 0UNÀâONAÖREAESCOLHIDADEFORMAA coletar o material para análise visual; s #OLETADEFRAGMENTOSSEOOUDELESâO óssea para envio ao patologista bucal. Terapia medicamentosa s / PACIENTE PODERÖ SER SUBMETIDO AO Manual de profilaxia antibiótica, com o uso de dois gramas de amoxicilina (quatro comprimidos de 500 mg) ou 600 mg de clindamicina uma hora antes do procedimento (na dependência de sua condição geral de saúde e dos Manuals universalmente usados para tal fim). s 0ODESE PRESCREVER ANALGESIA NâO opiácea considerando-se clinicamente o grau de invasividade e morbidade presumida a ser provocada pelo procedimento. Cuidados Como mencionado no item sobre biópsia para tecidos moles, deve-se ter sempre em mente, que o procedimento visa à obtenção de um espécime de tecido vivo (biópsia óssea) que será visualizado microscopic amente. Por tanto, todo o 15 16 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS acesso, coleta, manipulação (manobras estas mais difíceis para obtenção de amostras intra-ósseas) devem ser objeto de cuidados cirúrgicos compatíveis com este objetivo. Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de hemorragia, verificar a origem da hemorragia e, de acordo com a causa, considerar compressão, curetagem, sutura ou uso de agentes hemostáticos. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Solicitar que o paciente leve ao CEO todos os resultados de exames previamente solicitados (inclusive de imagem) e lista de medicamentos em uso. Desmistificar para o paciente a prática de biópsia como procedimento diagnóstico exclusivamente indicado para lesões malignas. Proservação A proservação deve ser feita sempre na Atenção Secundária. Observações s .O CASO DAS PUNÀµES USASE SERINGA de vidro, com agulha hipodérmica ou agulha de grosso calibre, na dependência da espessura da cortical óssea a ser rompida. s 4AMB£MPODERâOSERUSADASSERINGAS plásticas descartáveis. A coleta de líquido da lesão é um procedimento para visualização clínica do mesmo. Não há grande informação diagnóstica que advenha de esfregaços e análise microscópica destas amostras. O Exame Anatomopatológico Um serviço que realiza procedimentos de Estomatologia funciona de forma muito limitada na ausência de referências para encaminhamento das peças cirúrgicas incisionais ou excisionais, bem como de raspados citológicos da mucosa bucal. É necessário que o gestor responsável estabeleça, com a rede municipal/regional de saúde, os fluxos e as referências para laboratórios de anatomopatologia também para os CEO. Preferencialmente, esses laboratórios devem ser aqueles com a presença do especialista em Patologia Bucal, cuja atividade foi incluída na Tabela de Atividades do SIA/SUS pela portaria nº 566 SAS/MS, de 06 de outubro de 2004, Artigo 3 o. Caso esta referência não exista, sugere-se aos gestores a vinculação ao serviço de anatomia patológica já existente na rede. Para acondicionamento das peças cirúrgicas é necessário um frasco plástico com tampa (coletor universal) e formol a 10%. Um modelo de ficha de requisição de exame anatomopatológico segue no Anexo B. Todas as peças operatórias removidas nos CEO devem, obrigatoriamente, seguir para exame anatomopatológico. Deve ser mantido um registro com os resultados dos exames realizados, como mecanismo de avaliação e controle da inclusão da especialidade de Estomatologia nos CEO. 1.2.5.4 Doenças de manejo não-cirúrgico 1.2.5.4.1 Candidíase Definição É a infecção fúngica bucal mais comum. Manifestações clínicas As manifestações clínicas são variáveis, sendo a mais freqüente aquela associada à Estomatite Protética, com formação de área atrófica e eritematosa que sugere a nomenclatura da lesão. Os usuários acometidos são na maioria assintomáticos, mas eventualmente podem se queixar de dor, ardência ou, mais raramente, prurido. Algumas lesões associadas à cândida podem manifestarse de maneira aguda, com formação de pseudomembrana esbranquiçada (candidíase pseudomembranosa). A pseudomembrana pode ser coletada por esfregaço e encaminhada para exame MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL citológico. Pacientes com suspeita de candidíase pseudomembranosa devem ser sempre investigados cuidadosamente com relação à presença de doenças ou fatores locais que levem à imunossupressão tais como o uso de corticóides tópicos ou Aids, onde a lesão com pseudomembrana é uma das manifestações bucais mais freqüentes. Diagnóstico Normalmente o diagnóstico de candidíase é eminentemente clínico, mas pode-se utilizar a citologia esfoliativa como auxiliar – consta de um método simples e nãoinvasivo onde se espalha o material raspado com espátula metálica ou de madeira sobre uma lâmina de vidro. O acondicionamento é feito em coletores plásticos específicos para suporte das lâminas e a fixação pode ser realizada com álcool absoluto ou álcool 70. O teste terapêutico com antifúngicos tais como nistatina suspensão oral ou miconazol em gel pode ser utilizado desde que acompanhado de perto pelo prestador quanto aos seus resultados. Tratamento O tratamento medicamentoso mais acessível das formas crônicas (Candidíase atrófica ou eritematosa) exige, por vezes, Manuals longos e de difícil adesão pelo paciente. Por ser majoritariamente assintomática, a doença pode passar despercebida da atenção profissional. Reforça-se, portanto, a necessidade de um exame clínico cuidadoso e atento. O tratamento medicamentoso é amplamente favorecido por manobras de higiene, desgaste e interrupção de uso das próteses removíveis, já que o biofilme que se forma no interior das mesmas perpetua a agressão tecidual.Os pacientes que utilizam próteses removíveis (parciais ou totais) devem ser orientados sobre a correta higienização destas, inclusive podendo utilizar a medicação antifúngica aplicada à superfície interna das mesmas. As aplicações tópicas de antifúngicos deverão ser mantidas por aproximadamente uma semana após desaparecimento das manifestações clínicas já que muitas formas de candidíase permanecem de maneira subclínica e apresentam significativa predisposição à recidiva. Sugere-se que os usuários portadores da lesão atrófica ou eritematosa sejam avaliados semanalmente até a alta. Já a candidíase do tipo pseudomembranosa, que se manifesta através de formação de pseudomembranas esbranquiçadas, é a forma mais comum nos extremos da velhice e da infância (sapinho). Deve-se ficar atento, contudo, à presença das lesões em pacientes imunossuprimidos, diabéticos, irradiados e submetidos à quimioterapia antineoplásica, onde a decisão terapêutica por vezes exige abordagens um pouco mais agressivas. Sobretudo, a candidíase pseudomembranosa e a candidíase eritematosa (atrófica), devem ser vistas como indicativo de imunossupressão (particularmente Aids) em indivíduos que não estejam dentro dos perfis epidemiológicos descritos acima (recém-natos, idosos e usuários de próteses removíveis). Terapia medicamentosa s .ISTATINA SUSPENSâO ORAL PARA realização de bochecho (10 ml) por dois minutos, de quatro a cinco vezes ao dia, durante 14 dias); s -ICONAZOLMGGELORALQUEDEVERÖ ser aplicado dentro da prótese quatro vezes ao dia, durante 14 dias); s / R I E N T A À â O E A V A L I A À â O S O B R E higienização correta de próteses removíveis. 1.2.5.4.2 Afta Definição É uma das ulcerações bucais mais comuns. A incidência varia de 20 a 60% dos indivíduos, dependendo da população estudada. O fator etiológico não é um consenso. O mais aceito é o fator imunológico, embora se discuta bastante as hipóteses infecciosas, alimentares e também traumáticas (no caso das lesões oriundas das punções anestésicas, por exemplo). 17 18 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS Manifestações clínicas São reconhecidos três tipos de úlceras aftosas: maiores (úlceras com mais de 1 cm que podem durar até 6 semanas deixando cicatriz), menores (úlceras com até de 1 cm e com curso clínico de 7 a 10 dias curando sem deixar cicatriz) e herpetiformes (grupos de pequenas úlceras recorrentes). Todas se apresentam como úlceras doloridas e recidivantes que não são precedidas por vesículas e com predileção de ocorrência em mucosa não ceratinizada. Diagnóstico O diagnóstico é eminentemente clínico dado seu aspecto amplamente reconhecido. Não há indicação de biópsia. Eventualmente, em lesões de maior duração, podem ser solicitados o eritograma, leucograma e contagens séricas de ácido fólico, ferro sérico e vitamina B12. Devem-se descartar doenças imunossupressoras e, mais raramente, a Síndrome de Behcet, que manifesta lesões ulceradas oculares e genitais e a Doença de Crohn que manifesta também lesões e transtornos do trato gastrintestinal. As aftas devem ser cuidadosamente diferenciadas de outras úlceras bucais. Deve-se evitar o uso do termo afta para descrição de outras úlceras que não aquelas que possam ser claramente caracterizadas como aftosas. Tratamento Tratamento medicamentoso. Terapia medicamentosa As aftas menores, maiores e herpetiformes, em usuários com manifestações leves ou moderadas, podem ser tratadas com corticosteróide tópico, como Acetonido de triancinolona 1 mg (em orabase aplicada sobre a lesão 3 a 5 vezes ao dia). Há também a opção da Dexametasona em elixir para uso exclusivamente tópico em bochechos que devem se repetir de 4 a 5 vezes ao dia durante o tempo de manifestação clínica. A última opção é muitas vezes mais prática já que a aplicação de fármacos em orabase tende a ser de difícil realização para o paciente. Medicações em orabase devem ser prescritas para lesões bastante acessíveis à manipulação pelo paciente tais como aquelas localizadas nos lábios, terço anterior da língua e mucosa jugal. Nas aftas maiores, o uso de corticosteróide sistêmico pode estar indicado, desde que haja sintomatologia intensa e tempo de duração prolongado. Esta terapêutica sistêmica pode suceder ou ser utilizada concomitantemente às alternativas de corticoterapia tópica descritas para as aftas menores. Para o controle imediato da estomatite aftosa grave recomenda-se uma dose moderada de prednisona durante um curto período de tempo (20 a 40 mg de prednisona por dia pela manhã durante 1 semana, seguido de metade da dose inicial durante a outra semana). As terapêuticas com fármacos que agridam a base da úlcera, à exemplo o bicarbonato de sódio, nitrato de prata, laser de alta potência ou reepitelizadores tais como policresuleno em gel, não tem evidência científica de redução do tempo de cicatrização das lesões, mas podem resultar em alívio sintomatológico em alguns pacientes. Cuidados O uso de corticoterapia sistêmica deve ser utilizado de maneira criteriosa e com completo controle sobre as interações medicamentosas e efeitos colaterais em caso de uso prolongado da droga. Indica-se controle glicêmico, de creatinina sérica e de níveis de cortisol no caso de uso prolongado de corticosteróides. 1.2.5.4.3 Líquen Plano Definição É uma doença mucocutânea inflamatória crônica. Manifestações clínicas O líquen plano é uma doença que afeta homens e mulheres, com predomínio destas e preferencialmente na meia-idade. As manifestações bucais são extremamente variáveis, sendo o mais comum o reticular MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL plano (numerosas linhas ou estrias brancas que se entrelaçam, produzindo um padrão em forma de rendilhado, que não cede à raspagem). A área mais comumente atingida é a mucosa jugal, mas também pode ser observada na língua, gengiva e nos lábios. A importância desta doença está relacionada com seu grau de freqüência na população, sua multiplicidade de aspectos clínicos e sua possível correlação com malignidade. A forma de placa se assemelha clinicamente à leucoplasia, atingindo principalmente o dorso da língua e a mucosa jugal. A forma atrófica, onde há redução de espessura da mucosa, pode ser encontrada concomitantemente às outras formas clínicas. Um número expressivo de pacientes apresenta a doença com aspecto clínico caracterizada por associação de diferentes lesões fundamentais (reticulares, atróficas, ulceradas e/ou em placa). As formas reticular e erosiva, por exemplo, podem ser vistas nas margens de zonas atróficas e viceversa. Na forma erosiva tem-se uma superfície irregular e acentuadamente eritematosa e uma placa fibrinosa que cobre as áreas onde a erosão é mais pronunciada podendo sangrar devido à manipulação. Há também outra variante mais rara que se apresenta como bolhas ou vesículas, geralmente por um curto período de tempo e, que ao se romperem, deixam uma superfície ulcerada. As lesões de líquen plano podem ainda acometer a borda lateral da língua e menos comumente nas gengivas e face interna dos lábios. Na pele o líquen plano se apresenta como pápulas ou placas acinzentadas e até violáceas, planas e pruriginosas, que envolvem mais freqüentemente as superfícies flexoras dos braços ou das pernas. Na maioria dos casos, a forma cutânea ocorre antes ou simultaneamente às lesões bucais. Muitos pacientes manifestam lesões exclusivamente na mucosa bucal. Diagnóstico O diagnóstico pode ser exclusivamente c línico nos c asos com manifestações reticulares, mas em alguns casos e particularmente nas formas atróficas, ulceradas e em placa, a biópsia incisional está indicada. Sugere-se como conduta aos CEO a realização da biópsia incisional como procedimento padrão e como recurso ao diagnóstico diferencial entre o líquen plano, leucoplasias ou lupus eritematoso, lesões estas de muita semelhança clínica e onde a terapêutica e conduta clínica merecem cuidados distintos. Tratamento Nenhum tratamento provou ser eficaz na eliminação do líquen plano. A freqüência real da transformação maligna parece ser baixa e foi relatada mais freqüentemente nas formas erosiva/atrófica/ulcerada da doença. Nas lesões assintomáticas nenhum tratamento está indicado, mas sugere-se acompanhamento das características clínicas de maneira periódica. Nas lesões com sintomatologia de dor ou ardência provocada pela exposição do tecido conjuntivo a corticoterapia tópica é a primeira escolha. No caso de reações semelhantes ao líquen plano (reações liquenóides) indica-se a substituição de restaurações metálicas de amálgama ou incrustações que possam estar em contato com a mucosa. Terapia medicamentosa Os corticosteróides são os medicamentos mais úteis no controle dos casos sintomáticos (erosões e ulcerações). Podem ser aplicados preferencialmente na forma tópica. O medicamento mais indicado é a Dexametasona, na forma de elixir para bochechos, de 4 a 5 vezes ao dia (uma colher das de sopa) ou nos casos mais graves com uso concomitante de corticoterapia tópica e sistêmica (à exemplo do Manual descrito para os casos mais graves de afta). Cuidados Como o líquen plano é uma condição crônica, os pacientes devem ser examinados periodicamente pela Atenção Secundária e a biópsia incisional deve ser sempre indicada em caso de agravamento das características clínicas (úlceras e erosões). 19 20 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS 1.2.5.4.4 Herpes labial Definição É uma infecção viral, recorrente e contagiosa relacionada à imunossupressão. Manifestações clínicas As lesões mais comuns do herpes labial são caracterizadas pela formação de vesículas, úlceras e crostas recidivantes na região labial. Normalmente são autolimitantes e desaparecem sem que seja necessária qualquer intervenção terapêutica. As lesões do herpes ganham relevância clínica a partir do momento em que o paciente passa a manifestar lesões maiores, com franca extensão pela área peri e intrabucal, com episódios que passam a ocorrer em intervalos cada vez menores de tempo. Tais características podem estar relacionadas à imunossupressão e devem despertar no clínico, a necessidade de exames mais aprofundados e principalmente correlação com demais dados da anamnese. Não raro na Aids, o herpes passa a ser um agente etiológico freqüente de lesões bucais ulceradas duradouras e de sintomatologia intensa. Na clínica odontopediátrica são comuns os episódios de “primo-infecção”, onde a criança, ao primeiro contato com o vírus, manifesta lesões extensas por toda a mucosa bucal e do lábio com quadro sintomatológico típico das demais viroses da infância (Gengivo-estomatite herpética primária). Diagnóstico O aspecto clínico costuma ser suficiente para o diagnóstico da maioria dos casos de herpes labial. História de prurido, incômodo ou dor precedem a ocorrência de vesículas e estas, por sua vez, a ocorrência de úlceras. O paciente costuma procurar ajuda na fase de úlcera e, portanto, a história evolutiva da sintomatologia e das lesões fundamentais tem muita significância diagnóstica. A avaliação do hemograma, com ênfase nas contagens leucocitárias, pode ser reveladora de quadros de imunossupressão não pre viamente diagnosticados. As avaliações séricas de imunoglobulinas IgM e IgG não são recomendadas para os casos mais comuns de lesões labiais recorrentes. Em casos de aspecto e história clínica menos reveladora, a citologia esfoliativa pode ser um recurso de uso na clínica estomatológica. Terapia medicamentosa Infelizmente não há, até hoje, evidências científicas definitivas a respeito de um manual terapêutico que previna a ocorrência ou diminua o curso clínico das lesões, a despeito de inúmeros relatos de casos com as mais distintas possibilidades terapêuticas. Recomenda-se aos pacientes acometidos que procurem identificar o início do ciclo lesional e, neste momento, façam aplicações de aciclovir tópico em pomada. Não se justifica a adoção de terapia sistêmica para os pacientes com manifestações de herpes labial recorrente em estado de higidez imunitária.Na primo-infecção que acomete a criança, a terapêutica é exclusivamente de suporte, mantendo-se uma ingestão alimentar adequada, com repouso, analgesia não-opiácea e, em situações selecionadas, anestésicos tópicos. Nos pacientes com Aids é necessário discutir diagnósticos diferenciais de úlceras bucais e o uso de antivirais sistêmicos em conjunto com a equipe de Infectologia. 1.2.5.4.5 Hemangiomas Definição Os hemangiomas, quanto à sua etiologia, são lesões que podem representar distúrbios de desenvolvimento, estando presentes ao nascimento ou ainda podem surgir tardiamente, comportando-se como uma neoplasia. Os hemangiomas podem, portanto, apresentarem-se como neoplasia verdadeira, de caráter benigno, com estímulos de crescimento ainda desconhecidos e que podem surgir em crianças e adultos. Apesar de o termo hemangioma sugerir neoplasia, parece que tal termo tem sido usado de maneira indiscriminada para as lesões vasculares não necessariamente neoplásicas. MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL Manifestações clínicas O aspecto clínico dos hemangiomas é descrito como bastante característico, pela coloração azulada ou violácea, principalmente os do tipo cavernoso. Quando intra-ósseos, entretanto, o diagnóstico é difícil, mostrando aspecto osteolítico semelhante a outras lesões dos maxilares. São mais comumente detectados na infância sendo muitas vezes congênitos, o que reforçaria a hipótese etiológica de distúrbio de desenvolvimento (hamartomas).Os hemangiomas têm sido relatados como os tumores mais comuns da região de cabeça e pescoço em crianças. Muitas lesões involuem espontaneamente não configurando neoplasmas verdadeiros. Os hemangiomas intra-ósseos representam por volta de 1% dos tumores ósseos, sendo a maioria de localização vertebral e craniana. Outras localizações podem incluir, além das mucosas e face, as glândulas salivares maiores, principalmente a parótida. Diagnóstico A coloração, a textura superficial, a localização da lesão e a idade do paciente são fatores importantes no diagnóstico das lesões mais superficiais. Nas lesões mais profundas, a definição diagnóstica torna-se mais difícil. Uma manobra semiotécnica simples, a diascopia, pode ajudar a distinguir lesões de componente vascular sangüíneo de outras de coloração semelhante. Na diascopia, pressiona-se sobre a lesão, ou parte dela, uma lâmina de vidro (vitropressão). Através da transparência da lâmina, observa-se um esvaziamento do conteúdo da lesão - um achado de valor semiológico importante. Quando há dúvida no diagnóstico e, levandose em conta a localização da lesão, pode-se lançar mão de exames complementares. Em geral, os hemangiomas intra-ósseos são difíceis de serem diferenciados de outras lesões osteolíticas do complexo maxilomandibular. Radiografias panorâmicas, oclusais, tomografia computadorizada, ressonância magnética e angiografia podem ser utilizadas. A ultra-sonografia pode ser um auxiliar diagnóstico não definitivo nas lesões que envolvem as glândulas salivares, mostrando um sinal hipoecóico. A presença de calcificações, conhecidas como flebólitos, pode ser observada nos exames de imagem. Os hemangiomas superficiais podem ser submetidos à punção aspiradora, sendo igualmente passíveis de serem visualizados através da ultra-sonografia. Recomenda-se a punção como conduta prévia a qualquer abordagem cirúrgica. Durante a punção, os hemangiomas do tipo arterial podem empurrar o êmbolo da seringa, dada sua pressão interna. Exames de imagem como a tomografia e a ressonância magnética são eficazes para evidenciar o envolvimento de planos teciduais profundos. Nos casos em a indicação terapêutica seja pela cirurgia, é fundamental definir a completa extensão do hemangioma, pois pode acontecer recidiva após remoção incompleta. A angiografia pode mostrar o tamanho e a distribuição dos vasos sanguíneos e videnciando o caráter vascular das lesões. A variação e a quantidade de exames necessários para um correto diagnóstico tornam desafiadora a conduta do dentista na Atenção de Média Complexidade como a que se propõe o CEO. A terapêutica destas lesões assume, na dependência do seu tamanho, um caráter multiprofissional que exige o estabelecimento de fluxos e envolvimento de equipes de cirurgia vascular, cirurgia de cabeça e pescoço, cirurgia plástica e pediatria. Tratamento Para que a terapêutica dos hemangiomas da mucosa bucal seja bem sucedida é necessário que cada caso seja analisado com relação às suas características particulares. Sugere-se que no CEO seja realizado o tratamento/acompanhamento de lesões pequenas e assintomáticas, sendo possível que muitos pacientes convivam com as mesmas por longo período de tempo sem necessidade de tratamento. Em outras situações tais como comprometimento 21 22 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS estético, hemorragia freqüente e intensa, assimetria facial, interferência funcional em diferentes órgãos, a terapêutica destas lesões passa a ser considerada. Na literatura, há referência a diversas modalidades de tratamento, todas elas com variáveis graus de sucesso e aplicabilidade clínica. Devido a uma tendência de regressão dos hemangiomas, pode-se ter com crianças uma atitude de acompanhamento clínico.A excisão cirúrgica pode ser uma opção nas lesões pequenas e, também, naquelas que apresentam grande comprometimento estético ou funcional. Na Estomatologia, tem-se optado pelo tratamento das primeiras, já que as lesões de maior porte requerem extremo cuidado na avaliação de risco cirúrgico, sendo esta atribuição da Alta Complexidade. A cirurgia dos hemangiomas m a i o re s é d e l i c a d a e p o d e p r o d u z i r resultados estéticos pouco satisfatórios. As seqüelas do tratamento cirúrgico requerem procedimentos reconstrutivos extensos além de apresentarem risco de hemorragia transoperatória grave.No caso de má-formação de vasos sanguíneos de pequeno calibre e baixo fluxo, as lesões podem ser excisadas cirurgicamente, tratadas por crioterapia ou laser de alta potência, que são formas terapêuticas bastante úteis nas lesões superficiais. Ainda nas lesões pequenas da mucosa bucal, é de particular interesse o uso de agentes de esclerose química. Tais agentes podem ser facilmente encontrados no mercado e sua aplicação no tratamento de hemangiomas bucais de tamanho pequeno constitui um procedimento relativamente simples. A esclerose química também pode ser um recurso prévio à cirurgia, diminuindo o tamanho da lesão e permitindo uma abordagem cirúrgica menos agressiva. Terapia medicamentosa É recomendado para uso nos CEO o oleato de monoetanolamina (Ethamolin) aplicado localmente em diversas sessões. A aplicação deve ser feita em lesões com até 1 cm de diâmetro, pois nestes casos os resultados são mais previsíveis. Usa-se uma seringa de insulina com uma quantidade bastante pequena do fármaco (em torno de 0,2 ml). Na maior parte dos pacientes pode ser usado apenas anestésico tópico pois o desconforto provocado pela injeção do oleato de etanolamina é uma sensação de ardência que costuma durar de 10 a 15 minutos no local de aplicação. Não se deve exagerar na quantidade do produto a ser injetado, pois o fármaco pode provocar necrose superficial. O intervalo entre as aplicações deve ser de 1 semana caso não haja complicações tais como úlceras necróticas (nesta situação aguarda-se a completa cicatrização da área ulcerada para que se repita a aplicação). Normalmente são necessár ias de 5 a 10 aplicações para que se obtenha um resultado estético e funcional satisfatório em lesões com até 1 cm de diâmetro na mucosa bucal. O procedimento pode ser realizado em quaisquer das localizações i n t r a b u c a i s e t a m b é m n o l á b i o, u m sítio de expressão bastante comum dos hemangiomas. A prescr ição pósoperatória deve ser definida conforme a abordagem terapêutica utilizada. No caso da esclerose química ou excisão cirúrgica de pequenos hemangiomas bucais pode ser composta exclusivamente de analgesia não-opiácea. 1.2.5.5 Terapêutica de fenômeno de retenção salivar 1.2.5.5.1 Mucoceles Definição Mucoceles são bolhas formadas pelo acúmulo de saliva na mucosa bucal. São lesões bastante freqüentes e considerando as doenças de glândulas salivares, configuramse como o agravo mais freqüente na prática estomatológica. Manifestações clínicas Aumento de volume, em forma de bolha, prioritariamente na mucosa interna do lábio e ventre lingual, de coloração azulada denotando o conteúdo líquido salivar. MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL Diagnóstico O diagnóstico é eminentemente clínico, dada à localização, característica das lesões fundamentais (bolha) e história clínica de remissão e exacerbação. Raramente há sintomatologia dolorosa. O diagnóstico diferencial, por vezes, envolve o fibroma e a hiperplasia fibrosa inflamatória. Isto pode acontecer em virtude da permanência de algumas lesões, por um período de tempo suficiente para que hábitos de mordiscamento e irritação da superfície epitelial provoquem fibrosamento e/ou hiperceratose, complicando a identificação da lesão fundamental (bolha ou nódulo). Tratamento O tratamento mais comum e eficaz é composto de excisão completa da bolha e das glândulas salivares menores próximas e visualizáveis no leito cirúrgico. Alguns a ut ores propõem o p roc ed i m ento d e micromarsupialização que consiste na passagem de um fio de sutura objetivando o esvaziamento do conteúdo salivar da bolha. Este recurso pode ser adotado isoladamente ou como estratégia terapêutica prévia à excisão completa, principalmente nos casos em que as lesões se apresentem mais profundamente no tecido conjuntivo (o que dificulta a exata delimitação das bordas cirúrgicas). Algumas mucoceles têm remissão espontânea e este aspecto deve ser considerado no planejamento terapêutico. Quando localizadas no lábio, deve-se avisar ao paciente sobre um possível fibrosamento pós-operatório na região, característica essa de grande variabilidade individual após os procedimentos cirúrgicos. Nas excisões, o leito cirúrgico deve ser investigado cuidadosamente para a presença de glândulas salivares menores, que, na medida do possível, devem ser removidas. Isto porque é muito difícil determinar qual das inúmeras glândulas salivares do lábio é a responsável pelos fenômenos de retenção salivar. Suturas simples interrompidas e prescrição analgésica, associadas aos cuidados locais comuns às demais cirurgias intrabucais, são suficientes para um pós-operatório sem intercorrências. As mucoceles são fenômenos mais comuns nas crianças, adolescentes e adultos jovens. Nas crianças, pode ser necessária a participação do odontopediatra como ‘consultor’ em situações de manejo mais difíceis ou desafiadoras. Terapia medicamentosa A prescrição pós-operatória é composta exclusivamente de analgesia não-opiácea. Cuidados Recomenda-se, no manejo destas lesões, bastante cuidado com a remoção cirúrgica, visto que o controle do sangramento no lábio, principal sítio de localização das mucoceles, é imprescindível para que haja adequada visualização do campo operatório. No ventre lingual, o manejo cirúrgico também deve ser cauteloso pela presença de vasos calibrosos e de um epitélio de pouca espessura. Dá-se preferência (desde que a identificação da bolha e de seu conteúdo, composto de saliva, seja evidente) à remoção total das mucoceles. 1.2.5.5.2 Rânulas Definição As Rânulas são fenômenos de retenção específicos da glândula sublingual. Como esta glândula apresenta uma produção salivar quantitativamente maior que as glândulas salivares menores, os fenômenos de retenção costumam manifestar bolhas de maior volume. Manifestações clínicas Aumento de volume (bolha) na área sublingual, de coloração azulada denotando o conteúdo líquido salivar. Diagnóstico O diagnóstico é eminentemente clínico, dada à localização, característica das lesões fundamentais (bolha) e história clínica de remissão e exacerbação. Raramente há sintomatologia dolorosa. 23 24 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS Tratamento O tamanho e a localização no assoalho bucal fazem com que estas lesões sejam preferencialmente tratadas através de micromarsupialização. Esta técnica costuma apresentar melhores resultados no manejo das rânulas em relação àqueles obtidos com as mucoceles. Por vezes, a micromarsupialização deve ser repetida por um período razoável de tempo até que haja extravasamento completo do conteúdo salivar da bolha. O paciente deve ser avisado sobre estas características para que possa colaborar efetivamente com o tratamento. Fios de sutura mais espessos costumam gerar melhores resultados e permanecer no local por mais tempo. Os pacientes portadores de rânula devem ser avaliados semanalmente. Na falha da estratégia de micromarsupialização, procede-se à remoção cirúrgica da bolha observandose os cuidados descritos no tratamento das mucoceles. Terapia medicamentosa A prescrição pós-operatória é composta exclusivamente de analgesia não-opiácea. 1.2.5.6 Terapêutica de fenômeno de retenção salivar 1.2.5.6.1 Sialolitíases Definição Nas glândulas salivares maiores que apresentam ductos excretores de trajeto mais longo, podem ocorrer fenômenos de calcificação, denominados sialolitos, que obstruem a excreção da saliva. A retenção da saliva no interior da glândula (parótida e submandibular) provoca aumento de volume local e sintomatologia dolorosa intensa. Manifestações clínicas A retenção da saliva no interior da glândula (parótida e submandibular) provoca aumento de volume local e sintomatologia dolorosa. O aumento de volume pode ser intermitente ou progressivo na depend6encia do grau de obstrução e fluxo salivar de cada indivíduo. As retenções salivares podem ser agravadas por infecção bacteriana, podendo manifestar exsudato purulento com drenagem pelos ductos das glândulas submandibular e parótida. Diagnóstico É obrigatória a realização de exames tais como radiografia oclusal, panorâmica e outras para localização precisa do sialolito. A sialografia, exame radiográfico onde se administra contraste radiopaco no interior dos ductos da glândula, é um recurso importante a ser utilizado. A Ecografia (ultra-sonografia) apresenta-se como método interessante de investigação inicial e para diagnóstico diferencial. Sugere-se que todos estes exames, na dependência da apresentação clínica das sialolitíases, sejam solicitados pela equipe do CEO. Tratamento Quando o sialolito é identificado em porções terminais dos ductos salivares, tais como junto à papila parotídea e junto à carúncula sublingual ou assoalho da boca, e esteja acessível às pequenas cirurgias ambulatoriais, este deve ser o procedimento de escolha. Em todas as demais situações sugere-se avaliação e encaminhamento para profissional da Especialidade de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial ou Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Terapia medicamentosa Analgesia não opiácea, antiinflamatórios não esteroidais, bochechos com clorexidina e antibioticoterapia de amplo espectro caso haja sinais de coleção purulenta. Observações Os aumentos de volume de glândula salivar maior podem ser decorrentes de fenômenos tão díspares quanto doenças-auto-imunes (Síndrome de Sjögren), parotidites epidêmicas (caxumba), parotidites bacterianas, parotidites recorrentes, neoplasias benignas e malignas e em pacientes alcoólatras e HIV positivos. No caso das doenças do colágeno, têm-se notado a importância do Estomatologista para o estabelecimento do diagnóstico da Síndrome de Sjögren Primária ou Secundária. Tal doença pode estar associada ao Lupus Eritematoso, à Artrite Reumatóide e aos sintomas tais como a xeroftalmia, sendo que seu diagnóstico exige, na maioria dos MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL casos, uma interação multiprofissional. Cabe ao Estomatologista desconfiar dos sinais clínicos de xeroftalmia, hipossalivação e dores articulares, realizando biópsia incisional de glândula salivar menor (preferencialmente labial) e solicitação de exames para auto-anticorpos ou alterações celulares provocadas pelos mesmos, tais como pesquisa de células LE, Fator Anti-Nuclear, Anti-SSA, AntiSSB e Fator Reumatóide. O conhecimento acerca da epidemiologia das lesões de glândulas salivares e dos exames complementares caracteristicamente utilizados no diagnóstico diferencial sejam estes de imagem, sorológicos ou hematológicos, deve ser de domínio do profissional habilitado para a prática estomatológica no CEO. Percebe-se que a equipe do CEO deve estabelecer fluxos claros de referência e contra-referência com especialidades tais como a dermatologia, reumatologia, oftalmologia e otorrinolaringologia. Exige-se do atendimento estomatológico do CEO que o dentista não abra mão das prerrogativas inerentes à sua atividade profissional, que envolvem o diagnóstico e o tratamento dos tecidos duros e moles do complexo maxilo-mandibular. Delegar tais procedimentos é na maioria das situações onerar o sistema público de saúde e diminuir a resolutividade do mesmo. As Equipes de Saúde Bucal na Atenção Básica e os Centros de Especialidades Odontológicas e sua importância no controle e diagnóstico precoce do câncer bucal O câncer bucal representa um desafio quanto à sua prevenção, detecção precoce e também quanto à atenção em Saúde Bucal ao paciente portador. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima uma ocorrência de 10.380 novos casos para homens e 3.780 novos casos em mulheres no ano de 2008 (total de 14.160 novos casos). As malignidades bucais configuram-se como o sétimo tipo de neoplasia maligna (excetuando-se os casos de pele não melanoma). Segundo os dados do INCA, pode-se observar que ocorrerão aproximadamente 50% mais casos de neoplasias malignas da boca do que leucemias (n=9540) no país. A histologia das lesões aponta o epitélio como sendo a região de origem da maior parte dos casos. Tal fato representaria uma facilidade em termos diagnósticos, já que as manifestações poderiam ser reconhecidas em estágios iniciais de evolução em numerosas situações. Soma-se a isto o fato da boca ser uma região de fácil acesso ao exame clínico profissional e auto-exame por parte do paciente. Na perspectiva do usuário, a divulgação da doença, bem como de seus principais fatores de risco, poderiam representar uma forma de prevenção, atenção e vigilância bastante barata e acessível a um grande número de cidadãos. A língua, o assoalho de boca e o lábio são os sítios anatômicos responsáveis por 79,6% dos casos em homens e 69,4% dos casos em mulheres na casuística do Hospital Erasto Gaertner, em Curitiba. Um estudo no Hospital Mario Penna, de Belo Horizonte, relatou que 44,8% dos pacientes diagnosticados eram analfabetos. Relatou ainda que 58,9% dos pacientes teriam renda mensal inferior a 1 (um) salário mínimo. Em contraste às peculiaridades descritas para o diagnóstico e o auto-exame, a maior parte dos pacientes apresenta-se para o tratamento em estágios bastante avançados de comprometimento. Além deste diagnóstico tardio, o paciente com câncer de boca ainda sofre uma defasagem importante de tempo entre o diagnóstico e o início do tratamento. Alguns autores já referiram tal lapso de tempo como sendo em média de 84 dias. Tabagismo, etilismo e exposição solar excessiva seriam os fatores de risco mais relevantes para a ocorrência do câncer na boca. Para alguns autores, a prevenção primária do câncer bucal se daria por meio da eliminação/ redução do consumo de álcool e fumo. Para os indivíduos que não conseguem abandonar os hábitos de risco, a detecção e o tratamento precoce seriam as melhores alternativas. Para os casos de câncer de lábio, a orientação quanto à exposição solar parece ser a estratégia de maior impacto na redução da ocorrência de lesões, 25 26 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS aliada à identificação precoce de alterações teciduais com potencial de malignização. As lesões com potencial de malignização podem ser reconhecidas na boca e podem servir ainda como parâmetro de triagem e seleção de pacientes que necessitem de acompanhamentos clínico e laboratorial mais rigorosos. Tal fato torna-se mais relevante quando se verifica em algumas estatísticas que 53,4% dos pacientes com câncer bucal apresentaram estadiamento III ou IV na admissão hospitalar. As taxas de sobrevida para os estádios III e IV foram de 46,3% e 21,6% em 5 anos, em contraste com taxas de 79,5% e 59,7% para os estádios I e II respectivamente no Hospital Erasto Gaertner. As terapias de eleição para o câncer de boca dependem do estágio de evolução e tipo histológico do tumor. Configuram-se, entretanto, a cirurgia e a radioterapia como as manobras mais freqüentes de abordagem nestes pacientes. A quimioterapia vem sendo gradativamente incorporada a alguns manuais terapêuticos. Tais terapias trazem consigo a necessidade de suporte multiprofissional (nutricionistas, fisioterapeutas, auxiliares de enfermagem, dermatologista e/ou otorrinolaringologista), tanto no que concerne à morbidade que podem provocar, quanto à própria complexidade da abordagem cirúrgica e do planejamento oncológico (cirurgiões de cabeça e pescoço, oncologista, radioterapeuta e/ou cirurgião plástico). Justifica-se o envolvimento do CD devido ao seu conhecimento semiológico das estruturas da boca bem como à sua capacidade de atender às demandas dentárias e de morbidade sobre a mucosa bucal nos períodos pré, trans e póstratamento oncológico. Pode-se citar dentre os processos mórbidos da boca, a redução de fluxo salivar, disgeusia, limitação de abertura bucal, mucosite, candidíase, periodontites, cáries de radiação e osteorradionecrose. Todas estas implicam em considerável desconforto e perda da qualidade de vida. Os tratamentos dentários e estomatológicos de paciente com neoplasia maligna da boca justificam-se, ainda, quando notamos que as alterações provocadas pelo câncer bucal podem levar às infecções locais e sistêmicas, que podem aumentar a morbidade da doença. A proliferação de fungos e bactérias anaeróbias é estimulada por procedimentos imunossupressores loc ais e gerais tais como a radio e a quimioterapia. As Equipes de Saúde Bucal da UBS/ SF em parceria com os CEO, portanto, devem centrar esforços em manobras de vigilância e reconhecimento de pacientes que estejam incluídos no perfil epidemiológico descrito acima ou cujo laudo histopatológico descreva a presença de atipias da mucosa bucal. Nem todos os pacientes apresentam os fatores de risco clássicos para o câncer bucal tais como tabagismo, etilismo, exposição solar e idade acima de 40 anos. Estes não devem ser os únicos critérios para suspeita de potencial de malignização embora se saiba que as lesões malignas e potencialmente malignas sejam mais freqüentes naqueles grupos. Pacientes identificados como de “risco” devem receber exames preventivos para o câncer bucal ao menos duas vezes ao ano. Recomenda-se que o CEO funcione como o local de acolhimento (em consonância com a Atenção Básic a nas UBS) dos pacientes que sejam identificados através da estratégia sugerida. Espera-se ainda que o CEO possa ser um espaço onde o planejamento da atenção odontológica reabilitadora aconteça para que todos os indivíduos nas fases de pré e póstratamento oncológico sejam atendidos. 1.2.5.7 Lesões com potencial de malignização 1.2.5.7.1 Leucoplasia Definição P laca esbranquiçada, de superfície rugosa localizada preferencialmente nas áreas de mucosa não ceratinizada. É uma definição clínica e não histológica. MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL Manifestações clínicas Raramente manifesta sintomas. As lesões mais preocupantes são aquelas onde não é possível a identificação de um agente traumático local, tais como os de irritação crônica, provocadas por cúspide aguda, restauração fraturada ou borda irregular de uma prótese ou grampo. Diagnóstico As fontes evidentes de irritação devem ser eliminadas e o usuário reavaliado. Caso a lesão leucoplásica ainda esteja presente ou não tenha manifestado qualquer sinal de redução após um prazo superior a trinta dias, está indicada citologia esfoliativa ou biópsia incisional para pesquisa de eventual ocorrência de atipias celulares 1. Tratamento A d e f i n i r, c o n f o r m e o l a u d o histopatológico da biópsia incisional.A citologia esfoliativa é uma estratégia pouco invasiva e adequada para o acompanhamento de lesões com atipia leve. Pode-se repetir biópsia incisional nos casos onde esteja descrita atipia moderada ou caso haja modificação do aspecto clínico, tais como aumento de tamanho e/ou modificação da superfície. Autores reportaram que a taxa de transformação maligna da leucoplasia aproxima-se de 6% dos casos. Sempre que possível e, na presença de atipia moderada à intensa, sugere-se que as lesões leucoplásicas sejam completamente excisadas. Nas lesões com ausência de atipias descritas pelo exame histológico, pode-se realizar nova biópsia incisional em outras áreas da lesão ou adotar uma conduta de acompanhamento clínico periódico. Alguns sítios anatômicos, tais como ventre lingual e palato mole, podem representar muita dificuldade para excisão cirúrgica completa. Nestes casos e na disponibilidade de referências para tal, podem ser utilizadas as estratégias de crioterapia ou laserterapia cirúrgica. Nos c asos em que a equipe opte por acompanhamento clínico do comportamento das leucoplasias, importante salientar que não há um Manual que indique de maneira precisa em que intervalos o paciente deve ser reavaliado. De maneira genérica indicase que lesões que estejam localizadas em regiões mais classicamente associadas à malignização, tais como ventre e bordo lingual, palato mole, orofaringe e lábio, devam ser reavaliadas em intervalos menores de tempo e que o paciente seja orientado quanto ao potencial de malignização, necessidade de exames preventivos para o câncer bucal (realizados nas UBS/SF ou CEO) e interrupção ou controle dos hábitos de tabagismo e etilismo. 1.2.5.7.2 Queilite actinica Definição Processo degenerativo dos tecidos do lábio onde ocorrem endurecimento e alterações do epitélio que podem assumir diferentes lesões fundamentais (placa, atrofia, úlcera e/ou crosta). Histologicamente a definição da lesão depende de observação do fenômeno definido como elastose. Manifestações Clínicas Atrofia, placas, úlceras e/ou crostas majoritariamente localizadas no lábio inferior. Perda de delimitação entre o vermelhão do lábio e da pele. Muitas vezes erroneamente identificada como parte do processo de envelhecimento. É uma das lesões onde o potencial de malignização tem sido mais negligenciado e, portanto, adota-se como Manual para o CEO uma atenção mais rigorosa com pacientes que manifestem tais alterações ou que tenham histórico de excessiva exposição solar, seja por fatores ocupacionais ou outros. 1 A definição de um limite de tempo para acompanhamento clínico de lesões suspeitas, prévia à realização de biópsia, não tem uma delimitação precisa. O conjunto de informações diagnósticas do exame clínico, anamnese e hábitos é que devem ser ponderados para indicação do momento e da invasividade do exame complementar indicado. 27 28 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS Diagnóstico Pode ser definido clinicamente caso as lesões descritas no item anterior sejam suficientes para tal assim como podem ser submetidas à biópsia incisional. A decisão pela biópsia incisional é principalmente influenciada pela presença de um conjunto de alterações epiteliais, principalmente os processos de erosão ou úlcera com endurecimento dos bordos. A citologia esfoliativa costuma não fornecer amostras suficientes para caracterização diagnóstica de atipias epiteliais em virtude da escassez de material que pode ser removida a partir do epitélio labial, diferentemente do seu uso em mucosa da boca. As evidências apontam ainda que nem sempre as características histológicas de atipia mais intensas estão de acordo com um quadro clínico mais grave o que compromete muitas vezes o julgamento por parte do clínico. Sugerese que pacientes com queilite actínica, diagnosticada clínica ou histologicamente, sejam acompanhados e instruídos sobre a necessidade de procedimentos preventivos e exames periódicos sendo que tal periodicidade tem sido preconizada com a realização de dois exames anuais. Tratamento F ic ará sempre sujeito ao grau de comprometimento epitelial definido pela biópsia incisional. Caso não haja presença de atipias, ou as mesmas manifestem-se discretas, sugere-se acompanhamento clínico periódico e uso de pomadas cicatrizantes por períodos não inferiores a trinta dias. A proteção, particularmente do lábio inferior, deve ser fortemente preconizada pelos profissionais com indicação de filtro solar em bastão aplicado na região sempre que o paciente estiver exposto ao sol. Nos casos de identificação histológica de atipias moderada à intensa, os pacientes poderão ser encaminhados para uma equipe de Cirurgia de Cabeça e Pescoço que poderá avaliar a indicação do procedimento de vermelhectomia ou ainda receber atenção por parte do dermatologista ou estomatologista com terapias que provoquem descamação e posterior reepitelização do lábio tais como o uso de pomadas de 5-fluoracil e ácido tricloroacético. A laserterpia cirúrgica e a crioterapia também estão indicadas nestes casos, porém são menos utilizadas em virtude de sua rara disponibilidade nas unidades de referência especializada. A identificação e o tratamento de lesões de queilite actínica são algumas das questões mais desafiadoras na lógica da detecção precoce do câncer bucal em virtude da limitação diagnóstica e da dificuldade de pre visão sobre o potencial de malignização das mesmas. Todo paciente identificado com queilite actínica deve receber atenção mínima de acompanhamento clínico periódico e de estratégias de uso de proteção à exposição solar com uso de chapéu, boné e filtro solar em bastão. Tais medidas podem ser adotadas tanto nas UBS quanto nos CEO. Uma série de doenças hipo-imunitárias pode levar a um aumento da probabilidade do desenvolvimento de câncer. Para as lesões malignas bucais, a Aids tem sido bastante discutida, particularmente em relação à ocorrência de neoplasias malignas de origem no tecido conjuntivo (linfomas e sarcomas de Kaposi). Doenças raras tais como a Anemia de Fanconi, dentre outras, também se caracterizam por aumento na ocorrência de carcinomas intrabucais. Apesar disto, não existe um Manual ou uma conduta específica para estes pacientes. Como as recomendações deste manuscrito envolvem as lesões mais freqüentes, por questões de resolutividade e cobertura assistencial, os casos particulares e as exceções não são objetos de planejamento, embora existam. Recomenda-se ainda à equipe do CEO, para efeito de vigilância ao câncer da boca, manter-se estritamente focada no diagnóstico de lesões nas quais as evidências científicas permitam afirmações sobre risco de malignização (leucoplasia, queilite actínica e líquen plano erosivo/ ulcerado). As lesões traumáticas, provocadas MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL por próteses removíveis, como principal exemplo, não devem ser tratadas como lesões com potencial de transformação maligna. A exclusão das eritroplasias deste documento justifica-se pela tendência da literatura em classificá-la já como carcinoma in situ e não mais como lesão com potencial de malignização. 1.2.6 Material e instrumental necessários s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s !BAIXADORDEL¤NGUAMETAL !FASTADOR-INESOTTA !GULHASDESCARTÖVEISPARAANESTESIA ! G U L H A S ( I P O D £ R M I C A S P A R A punção) "ISTURIDE+IRKLAND "ISTURIDE/RBAN #ABOPARABISTURI #AIXADEREVELAÀâO #AMPOSPARAAMESAAUXILIARREmETOR mangueiras e paciente (fenestrado e não-fenestrado). #AMPOS PARA MESA AUXILIAR E PARA proteção do paciente #ANETA DE ALTA ROTAÀâO E BROCAS PARA osteotomia e osteoplastia #ANETADEBAIXAROTAÀâO #UBAMETÖLICAPEQUENA #URETASDE'RACEYN 13/14) %SCAVADORESDEDENTINA %SPÖTULADECERANOUSIMILAR %SPÖTULASMETÖLICASNmEX¤VEL %SPELHO GRANDE PARA ORIENTAÀâO AO paciente %SPELHOSCL¤NICOS &IOSDESUTURAAGULHADOSDESEDA ou 4-0 &IXADOR &R A S C O P A R A B I P S I A C O L E T O R universal) *OGODEABRIDORESDEBOCAhBITEBLOCKv (adulto e infantil) *OGO DE MICROCINZEL PARA OSSO Oschenbien ,½MINASDEBISTURIN s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s ,½MINASDEBISTURIN -ATERIAL PARA POLIMENTO DO ACR¤LICO (discos de feltro, mandril) 0EÀADEMâORETAEFRESADEMETALPARA desgaste de acrílico) 0EDRADEAlARTIPO!RKANSAS 0EL¤CULARADIOGRÖlCAOCLUSAL 0EL¤CULARADIOGRÖlCAPERIAPICAL 0ERADEBORRACHAPARAIRRIGAÀâO 0INÀAANAT¹MICA 0INÀADE!DDISON"ROWN 0INÀAMICRODENTEDERATO 0INÀASCL¤NICAS 0LACASDEVIDRO 0ORTAAGULHAS PREFERENCIALMENTE DO modelo Castroviejo) 0UNCHEMM 2EVELADOR E FICHAS DE REQUISIÀâO E encaminhamento para os demais tipos de tomadas radiográficas 3ERINGA ,UER OU 3ERINGA 0LÖSTICA Descartável (5) 3ERINGA#ARPULE 3ONDASEXPLORADORASEXPLORADORES 3ONDASPERIODONTAIS 3UGADORESCIR¢RGICOSMETÖLICOSOU caixa de sugadores descartáveis 4ESOURASPARASUTURA 29 31 2 P ERI O D O NT I A MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 2.1 Manual de Regulação Especialidade clínica: Periodontia Motivos mais freqüentes de encaminhamento: a. Tratamento de periodontites: s RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR subgengival; cirurgia de acesso; b. Cirurgia periodontal para dentística restauradora: s GENGIVECTOMIAAUMENTODECOROA clínica por retalho; c. Aumento de volume gengival: s CONTROLEDEPLACAPELOPROlSSIONAL paciente; remoção cirúrgica; d. Lesões de furca: s 'RAU ) RASPAGEM E ALISAMENTO subgengival e cirurgia de acesso; s 'RAU))RASPAGEMEALISAMENTO subgengival, cirurgia de acesso, resseção radicular e tunelização; s 'RAU)))RASPAGEMEALISAMENTO subgengival, ressecção radicular e tunelização. Responsabilidade por nível de atenção Básica: Deve-se intervir nos fatores modificadores da doença periodontal, raspagem e alisamento supragengival e subgengival, remoção de outros fatores de retenção de plac a, or ientações de higiene bucal e demais procedimentos cirúrgicos compatíveis com a capacidade instalada na clínica odontológica da UBS, como gengivectomia, aumento de coroa clínica entre outros procedimentos de baixa complexidade, ou seja, o tratamento p e r i o d o n t a l p o d e r á s e r re a l i z a d o n a Unidade Básica de Saúde - UBS conforme disponibilidade técnica e de equipamento. Ta m b é m d e v e r ã o s e r r e a l i z a d o s o s tratamentos de urgência (GUNA, GEHA e abscessos). Os pacientes encaminhados para o CEO de verão ter obtido na Atenção Básica explicações das causas da doença, bem como ter passado por sessões de motivação, sendo importante que se promova a apropriação destes conhecimentos. O usuário encaminhado deverá apresentar as seguintes situações: s #OMRELAÀâOAODENTEREMOÀâOTOTAL do tecido cariado, selamento com material restaurador provisório e/ou definitivo; s #OM RELAÀâO Ü CAVIDADE BUCAL adequação do meio bucal com remoção dos focos infecciosos, raspagem supra e subgengival, remoção de excesso de restaurações entre outros que se façam necessários; s #OM RELAÀâO AO PACIENTE DEVE ESTAR motivado e demonstrando capacidade em relação ao controle de placa. Média: Principais ações: s 2ASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR subgengival (RASUB) de maior complexidade; s #IRURGIADEACESSO s #IRURGIA DE ACESSO COM PLASTIA DE furca; s 'ENGIVECTOMIA s !UMENTODECOROACL¤NICA s 2ESSECÀâORADICULAR s 4UNELIZAÀâO 2.1.2 Justificativa para encaminhamento Complexidade do procedimento 2.2 Manual Clínico Especialidade clínica: Periodontia 2.2.1 Observação dos critérios de referência e contra-referência Considerar, por meio de verificação da ficha de encaminhamento e exame bucal do 33 34 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS usuário, se a situação referenciada respeitou os critérios estabelecidos no Manual de Regulação de Periodontia. 2.2.2 Anamnese Realizar anamnese detalhada obser vando-se os seguintes aspectos considerados essenciais para a periodontia: s 4ABAGISMO QUANTIDADE DE CIGARROS por dia, há quanto tempo fuma, exfumante e/ou não fumante); s $IABETES SIM NâO TIPO EOU controle); s (ISTRICOFAMILIARDEDOENÀAPERIODONTAL (pais, irmãos e parentes próximos); s (ISTRICODETRATAMENTOSPERIODONTAIS anteriores; s 5SO DE MEDICAMENTOS BLOQUEADORES de canais de cálcio, reguladores neurológicos e imunossupressores; s 0ADRµESDEHIGIENEBUCAL s !UTOPERCEPÀâO DE SINAIS E SINTOMAS das doenças periodontais. 2.2.3 Exame físico 2.2.3.1 Extrabucal É realizado por um conjunto de inspeção, palpação e avaliação funcional da forma facial, pele facial, tecidos faciais, olhos, ouvidos, nariz, glândulas parótidas, pescoço e articulação temporomandibular. 2.2.3.2 Intrabucal Avaliar tecidos moles, exame dental e exame periodontal observando os seguintes aspectos considerados essenciais: s 0REENCHIMENTO DA FICHA PERIODONTAL incluindo índice de placa visível, índice de sangramento gengival, fatores retentivos de placa, profundidade de sondagem, sangramento periodontal, nível de inserção clinica e lesões de furca. 2.2.4 Exames complementares Radiografia periapical. Hemograma, coagulograma, glicemia e outros conforme indicação. 2.2.5 Procedimentos para tratamento das periodontites 2.2.5.1 Raspagem e alisamento radicular subgengival (RASUB) Definição Procedimento eletivo no tratamento das periodontites e consiste em raspagem e alisamento radiculares da área subgengival, sob anestesia, para a remoção de placa bacteriana e cálculo dental, levando a uma superfície radicular lisa. Pode ser executada com instrumentos manuais ou com combinação de ultra-som, complementado por manual. Indicações A remoção da plac a e do cálculo subgengivais, como fatores etiológicos das periodontites é a forma de tratamento reconhecida como mais eficaz. Com esse procedimento, a progressão da doença é sustada e a cicatrização ocorre. A RASUB tem por objetivo tratar periodontite. Os sinais e sintomas das periodontites são: perda de inserção e perda óssea, associadas à sangramento decorrente da sondagem d a á re a s u b g e n g i v a l e / o u s u p u r a ç ã o ; aumento da profundidade de sondagem e/ou recessão gengival. Em estágios mais avançados de perda de inserção e de inflamação, pode-se observar mobilidade d e n t á r i a , d i f i c u l d a d e d e m a s t i g a ç ã o, mudança de posição dentária. Halitose também pode ser verificada. Seqüência de intervenção s !NESTESIA DO DENTE E ESTRUTURAS periodontais; s )SOLAMENTORELATIVO s )DENTIFIC AÀâO DA MOR FOLOGIA E profundidade das bolsas com a sonda periodontal; s 2ASPAGEM COM MOVIMENTOS AMPLOS utilizando limas, curetas e/ou ultrasom; s 3ONDAGEM DA ÖREA PARA VERIFICAR presença de depósitos; MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s s s !LISAMENTORADICULARCOMINSTRUMENTOS manuais, utilizando movimentos curtos, freqüentes e sobrepostos; 3ONDAGEMDAÖREAPARAVERIlCARLISURA superficial; 2ECOMENDAÀµESPSPROCEDIMENTO Terapia medicamentosa s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL 500 mg), em intervalos de 4 horas, na presença de dor. s %M CASOS ONDE HOUVER TRAUMATISMO tecidual pós-procedimento, dificultando o controle mecânico, deve-se considerar a prescrição de solução de gluconato de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas. s .ASCONSULTASSUBSEQÓENTESHAVENDO hipersensibilidade dentinária, deve-se levar em consideração, primariamente, que a hipersensibilidade dentinária é sujeita ao efeito placebo. s !PLICAÀâOPROlSSIONALDEGELACIDULADO a 1,23% [mínimo em 4 (quatro) sessões, de acordo com o caso clínico]; de verniz com 5% de fluoreto de sódio [a cada (2) dois dias, no mínimo em 4 (quatro) sessões, de acordo com o caso] ou de oxalato de potássio (gel) [a cada 2 (dois) dias, sendo no mínimo 4 (quatro) sessões, de acordo com a necessidade do caso clínico]. s 0RESCRIÀâODEBOCHECHOSCOMSOLUÀâO de fluoreto de sódio a 0,2% [manipular 1 (um) litro de solução – 1 litro de água para 2 g de fluoreto de sódio em pó sendo que o uso deste deve ser diário, por um período de 3 (três) minutos] ou de dentifrício com nitrato de potássio ou similar. Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. A raspagem não deve ser excessiva, pois freqüentemente pode gerar hipersensibilidade dentinária, riscos e degraus na superfície radicular. s .A OCORRäNCIA DE TRAUMATISMO com rompimento da integridade da papila interdental, recomenda-se sutura. Condutas em caso de urgência/emergência Não se aplica. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Todo usuário deverá receber procedimentos de controle da placa supra (remoção de fatores retentivos e orientação de higiene bucal) e subgengival (RASUB), sendo que o controle de placa supragengival deve preceder a RASUB. Serão encaminhados ao CEO apenas os pacientes que não demonstrarem redução de profundidade de sondagem das bolsas tratadas na UBS. Proservação s %NTRE E DIAS APS O T£RMINO do tratamento, o paciente deverá ser reavaliado no CEO. s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M adequadamente ao tratamento retornam à Atenção Básica para manutenção. s 0ACIENTES QUE NâO RESPONDERAM ao tratamento de verão receber alternativas adicionais, que incluem nova abordagem com ou sem cir urgia e, eventualmente, antibioticoterapia. Observações Não se aplica Material e instrumental necessários s %SPELHOODONTOLGICO s 3ONDAEXPLORADORA s 3ONDAPERIODONTAL s 3ONDADE.ABERS s 0INÀACL¤NICA s 3ERINGA#ARPULE s ,IMAS PERIODONTAIS (IRSCHFELD 3-7 s ,IMASPERIODONTAIS$UNLOP s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY (sugerem-se no mínimo as de nº: 3-4; 11-12; 13-14) 35 36 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s s s s s s s s s s s 0EDRASDEAlARCURETASELIMAS 0ONTA DIAMANTADA TRIANGULAR PARA afiação de limas !PARELHOEPONTASDEULTRASOMPARA raspagem subgengival 'AZE !NEST£SICOTPICO !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR !GULHADESCARTÖVEL 'UARDANAPOSDEPAPEL 3UGADOR &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL ,UVASDEPROCEDIMENTO 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA 0,12% (para anti-sepsia bucal anterior à intervenção) 2.2.5.2 Cirurgia de acesso Definição Procedimento cirúrgico que objetiva a utilização do instrumento de raspagem no biofilme em áreas de difícil acesso. Indicações A ausência de uma resposta adequada ao procedimento de raspagem e alisamento radicular subgengival pode estar associada à incompleta remoção do biofilme subgengival em á rea s de g ra nde prof u nd id ade de sondagem ou inacessíveis ao instrumental. Faz-se necessário nestas circunstâncias o levantamento de um retalho gengival que exponha a área inacessível. Após o período de observação da R ASUB, a não redução da profundidade de sondagem, aliada ao sangramento na região subgengival e/ou supuração são indicativos da necessidade de tratamento periodontal. Entretanto, a decisão do tratamento deve levar em consideração aspectos gerais do paciente incluindo doenças sistêmicas, tabagismo e locais, como controle inadequado da placa supragengival. A cirurgia de acesso deve ser escolhida como opção preferencial sempre que a ausência de resposta estiver associada a dif iculdades de acesso à área subgengival. Seqüência de intervenção s !NESTESIADAÖREA s )SOLAMENTORELATIVOCOMGAZE s )NCISâO INTRASULCULAR COM EXTENSâO proximal dos dentes envolvidos de forma a permitir o afastamento do retalho; s !FASTAMENTODORETALHO s 2EMOÀâODOTECIDODEGRANULAÀâO s )DENTIlCAÀâO DA CONDIÀâO DAS ÖREAS inacessíveis; s /STEOTOMIA PARA ACESSO SOMENTE se necessário); s 2ASPAGEM UTILIZANDO LIMAS CURETAS e/ou ultra-som, com movimentos amplos; s 3ONDAGEM DA ÖREA PARA VERIFICAR presença de depósitos; s !LISAMENTORADICULARCOMINSTRUMENTOS manuais, utilizando movimentos curtos, freqüentes e sobrepostos; s 3ONDAGEMDAÖREAPARAVERIlCARLISURA superficial; s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOLGICO s 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO compressão da área; s 3UTURA s 2ECOMENDAÀµES PSOPERATRIAS (aplicação de frio nas primeiras 6-8 horas, não mastigar no local, alimentação líquida/pastosa, fria/ gelada, restrição de controle mecânico da área operada, utilização de medicação prescrita). Terapia medicamentosa s !PSREALIZAÀâODEACESSOCIR¢RGICOA prescrição de analgésico (paracetamol 500 mg), em intervalos de 4 horas deve ser realizada nas primeiras 48 horas, prosseguindo-se de acordo com necessidade individual. s $EVESEPRESCREVERSOLUÀâODEGLUCONATO de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas durante o período de 7 (sete) dias em que a sutura estiver em posição. Depois desse período, deve-se considerar de acordo com dificuldades de controle mecânico. MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. s .A EVENTUALIDADE DE EXPOSIÀâO SSEA por não adaptação dos retalhos vestibular e lingual/palatino, deve-se empregar o cimento cirúrgico, com trocas a cada 7 dias até que a exposição óssea inexista. s .A OCORRäNCIA DE INFECÀâO PS operatória, recomenda-se antissepsia da ferida e cobertura antibiótica (amoxicilina 500 mg 8/8 horas, durante 7 dias e, para alérgicos a penicilina, recomendase clindamicina 300 mg, 6/6 horas, durante 7 dias). Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de hemorragia, verificar a origem da hemorragia e, de acordo com a causa, considerar compressão, curetagem, sutura ou anti-hemorrágico. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica To d o u s u á r i o d e v e r á r e c e b e r procedimentos de controle da placa supra (remoção de fatores retentivos e orientação de higiene bucal) e subgengival (RASUB). Proservação s %NTRE E DIAS APS O T£RMINO do tratamento, o paciente deverá ser reavaliado no CEO. s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M adequadamente ao tratamento retornam à UBS para manutenção. s 0ACIENTES QUE NâO RESPONDERAM AO tratamento deverão continuar em proservação no CEO. Observações s "OCHECHO COM CLOREXIDINA £ sugerido antes do início da cirurgia. s $URANTE O PROCEDIMENTO CIR¢RGICO irrigações freqüentes com soro fisiológico são recomendadas. Material e instrumental necessários s %SPELHOODONTOLGICO s 3ONDAEXPLORADORA s 3ONDAPERIODONTAL s 3ONDADE.ABERS s 0INÀACL¤NICA s 3ERINGA#ARPULE s ,IMASPERIODONTAIS(IRSCHFELD 3-7 s ,IMASPERIODONTAIS$UNLOP s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY (sugerem-se no mínimo as de nº: 3-4; 11-12; 13-14) s 0EDRASDEAlARCURETASELIMAS s 0ONTA DIAMANTADA TRIANGULAR PARA afiação de limas s !PARELHOEPONTASDEULTRASOMPARA raspagem subgengival s !FASTADOR-INNESOTA s "ANDEJAPARAINSTRUMENTAL s #ABODEBISTURIN s #ABODEBISTURIN s #ANETADEALTAROTAÀâO s *OGODECINZ£ISDE/CHSENBEIN s *OGODECINZ£IS&EDY s #UBAREDONDADEINOXXCM s 'ENGIVTOMODE+IRKELAND s 'ENGIVTOMODE/RBAN s $ESCOLADORDEPERISTEO-OLT s ,IMASPARAOSSO3CHLUGER s ,IMASPARAOSSO"UCH s 4ESOURAPARAREMOÀâODESUTURA s 0ORTAAGULHA-AYOOU#ASTRO6IEJO s "ROCAPARAOSTEOTOMIA(, s 0LACADEVIDRO s %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO s 'AZE s !NEST£SICOTPICO s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR s !GULHADESCARTÖVEL s 'UARDANAPOSDEPAPEL s 3UGADORCIR¢RGICO s 3OROlSIOLGICO s 3ERINGAPARAIRRIGAÀâO s #AMPOCIR¢RGICOESTERILIZADO s &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL 37 38 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s s s ,UVASCIR¢RGICAS &IODESUTURADESEDAE ,½MINASDEBISTURINSEC #IMENTOCIR¢RGICOPASTAPASTA 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA 0,12% (para antissepssia bucal anterior à intervenção) 2.2.6 Procedimentos de cirurgia periodontal para odontologia restauradora 2.2.6.1 Gengivectomia Definição Procedimento cirúrgico excisional que consiste na redução da gengiva. Indicações Em situações em que haja necessidade de aumento de coroa clínica sem intervenção ós s e a : c av id ade s de c á r ie , f r at u r a s e restaurações cuja parede cer vical esteja subgengival, impossibilitando adequado tratamento restaurador, sem invasão do espaço biológico do periodonto e dentes com coroa clínica curta para procedimentos reabilitadores. Seqüência de intervenção s !NESTESIADAÖREA s )SOLAMENTORELATIVOCOMGAZE s -ARCAÀâO POR PONTOS SANGRANTES NA superfície externa correspondendo a profundidade de sondagem; s 0RIMEIRA )NCISâO COM O GENGIVTOMO DE+IRKLANDPORVESTIBULAREPALATINO lingual, contínua, situada 1-2 mm apical ao ponto sangrante, com inclinação de 45º no sentido ocluso-cervical; s 3EGUNDA)NCISâOCOMOGENGIVTOMO de Orban nos espaços proximais, mantida a angulação de 45º de tal forma a liberar o tecido excisado, preservando a forma papilar; s 2EMOÀâODOCOLARGENGIVALEDOTECIDO de granulação; s 2ASPAGEMEALISAMENTORADICULARES s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOLGICO s s s s s 2ECONFORMAÀâOANAT¹MICADAGENGIVA se necessário; )RRIGAÀâOlNAL (EMOSTASIAPORCOMPRESSâO #OLOCAÀâODECIMENTOCIR¢RGICO 2ECOMENDAÀµES PSOPERATRIAS (aplicação de frio nas primeiras 6-8 horas, não mastigar no local, alimentação líquida/pastosa, fria/gelada, restrição de controle mecânico da área operada, utilizar medicação prescrita). Terapia medicamentosa s !PSREALIZAÀâODEACESSOCIR¢RGICOA prescrição de analgésico (paracetamol 500 mg), em intervalos de 4 horas deve ser realizada nas primeiras 48 horas, prosseguindo-se de acordo com necessidade individual. s $EVESEPRESCREVERSOLUÀâODEGLUCONATO de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas durante o período de 7 dias em que a sutura estiver em posição. Depois desse período, deve-se considerar de acordo com dificuldades de controle mecânico. Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. s !GENGIVECTOMIAESTÖCONTRAINDICADA em áreas onde a sua execução implique na eliminação completa da gengiva ceratinizada. s .A OCORRäNCIA DE INFECÀâO PS operatória, recomenda-se antissepsia da ferida e cobertura antibiótica. Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de hemorragia, verificar a origem e, de acordo com a causa, considerar compressão, curetagem, sutura ou anti-hemorrágico. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Controle da placa supragengival pelo paciente, remoção de tecido cariado e confecção de restauração provisória. MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL Proservação s %NTREEDIASAPSOPROCEDIMENTO o paciente deverá receber tratamento restaurador na UBS que fará a proservação. Observações s "OCHECHO COM CLOREXIDINA £ sugerido antes do início da cirurgia. s $URANTE O PROCEDIMENTO CIR¢RGICO irrigações freqüentes com soro fisiológico são recomendadas. Material e instrumental necessários s %SPELHOODONTOLGICO s 3ONDAEXPLORADORA s 3ONDAPERIODONTAL s 3ONDADE.ABERS s 0INÀACL¤NICA s 3ERINGA#ARPULE s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY (sugerem-se no mínimo as de nº: 3-4; 11-12; 13-14) s 0EDRASDEAlARCURETAS s "ANDEJAPARAINSTRUMENTAL s #UBAREDONDADEINOXXCM s 'ENGIVTOMODE+IRKLAND s 'ENGIVTOMODE/RBAN s #URETAS#OLUMBIA2,2, R-L, 4 R-L) s 0LACADEVIDRO s %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO s !LICATEDECUT¤CULA s 'AZE s !NEST£SICOTPICO s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR s !GULHADESCARTÖVEL s 'UARDANAPOSDEPAPEL s 3UGADORCIR¢RGICO s 3OROlSIOLGICO s 3ERINGAPARAIRRIGAÀâO s #AMPOCIR¢RGICOESTERILIZADO s &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL s ,UVASCIR¢RGICAS s #IMENTOCIR¢RGICOPASTAPASTA s 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA 0,12% (para antissepssia bucal anterior à intervenção) 2.2.6.2 Aumento de coroa clínica por retalho reposicionado apicalmente Definição Procedimento cirúrgico excisional que consiste na reposição apical da gengiva, incluindo ou não recomposição do espaço biológico através de osteotomia. Indicações Em situações em que haja necessidade de aumento de coroa clínica, tais como: cavidades de cárie, fraturas e restaurações cuja parede cervical esteja subgengival, impossibilitando adequado tratamento restaurador, sem invasão do espaço biológico do periodonto e dentes com coroa clínica curta para procedimentos reabilitadores. Seqüência de intervenção s !NESTESIADAÖREA s )SOLAMENTORELATIVOCOMGAZE s 0RIMEIRA INCISâO EM BISEL INTERNO deixando um colar gengival suficiente para a exposição desejada, em direção à crista óssea, por vestibular e palatino/lingual (deve seguir o contorno gengival, preservando a anatomia das papilas interdentais, sua extensão deve permitir afastamento suficiente do retalho e a obtenção de um contorno gengival harmônico e, eventualmente, incisões relaxantes podem ser necessárias); s !FASTAMENTODORETALHO s 3 EGUNDA INCISâO INTRASULCULAR com extensão proximal dos dentes envolvidos; s 4ERCEIRA INCISâO COM GENGIVTOMO de Orban, na altura da crista óssea liberando o colar gengival de sua inserção; s 2EMOÀâO DO COLAR E DO TECIDO DE granulação; s 1UANDO HOUVER A NECESSIDADE DE osteotomia, determinar a quantidade de osso a ser removido (o padrão normal do espaço biológico é de 3 mm; entretanto a medição da distância 39 40 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s s s s entre a junção amelocementária-crista óssea de um dente adjacente deve ser considerada como padrão); 2EALIZAÀâO DE OSTEOTOMIA COM instrumentos manuais e/ou rotatórios, lembrando que o contorno gengival reproduzirá o contorno ósseo; 2ASPAGEMEALISAMENTORADICULAR )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOLGICO 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO compressão da área; 3UTURA 2ECOMENDAÀµES PSOPERATRIAS (aplicação de frio nas primeiras 6-8 horas, não mastigar no local, alimentação líquida/pastosa, fria/gelada, restrição de controle mecânico da área operada, utilizar medicação prescrita). Terapia medicamentosa s !PSREALIZAÀâODEACESSOCIR¢RGICOA prescrição de analgésico (paracetamol 500 mg), em intervalos de 4 horas deve ser realizada nas primeiras 48 horas, prosseguindo-se de acordo com necessidade individual. s %M SITUAÀµES DE PROCEDIMENTOS mais traumáticos ou, quando por alguma razão, suspeitar-se de dor pós-operatória mais intensa, prescrever associação de paracetamol-codeína 30 mg de 6/6 horas durante 48 horas, prosseguindo-se de acordo com necessidade individual. s $EVESEPRESCREVERSOLUÀâODEGLUCONATO de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas durante o período de 7 dias em que a sutura estiver em posição. Depois deste período, deve-se considerar de acordo com dificuldades de controle mecânico. Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. s .A EVENTUALIDADE DE EXPOSIÀâO SSEA por não adaptação dos retalhos s s vestibular e lingual/palatino, deve-se empregar o cimento cirúrgico, com trocas a cada 7 dias até que não haja mais exposição óssea. .A OCORRäNCIA DE INFECÀâO PS operatória, recomenda-se anti-sepsia da ferida e cobertura antibiótica (amoxicilina 500 mg 8/8 horas, durante 7 dias e, para alérgicos a penicilina, recomenda-se clindamicina 300 mg 6/6 horas, durante 7 dias). .OS AUMENTOS DE COROA CL¤NICA QUE comprometam a estética do sorriso, procedimentos de tração ortodôntica devem ser considerados como alternativa aos procedimentos cirúrgicos. Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de hemorragia, verificar sua origem e, de acordo com a causa, considerar compressão, curetagem, sutura ou antihemorrágico. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Controle da placa supragengival pelo paciente, remoção de tecido cariado e confecção de restauração provisória. Proservação Entre 15 a 30 dias após o procedimento, o paciente deverá receber tratamento restaurador na UBS que fará a proservação. Observações s "OCHECHO COM CLOREXIDINA £ sugerido antes do início da cirurgia. s $URANTE O PROCEDIMENTO CIR¢RGICO irrigações freqüentes com soro fisiológico são recomendadas. Material e instrumental necessários s %SPELHO/DONTOLGICO s 3ONDAEXPLORADORA s 3ONDAPERIODONTAL s 3ONDADE.ABERS s 0INÀACL¤NICA s 3ERINGA#ARPULE s ,IMASPERIODONTAIS(IRSCHFELD MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s ,IMASPERIODONTAIS$UNLOP *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY (sugerem-se no mínimo as de nº: 3-4; 11-12; 13-14) 0EDRASDEAlARCURETASELIMAS 0ONTA DIAMANTADA TRIANGULAR PARA afiação de limas !FASTADOR-INNESOTA "ANDEJAPARAINSTRUMENTAL #ABODEBISTURIN #ABODEBISTURIN #ANETADEALTAROTAÀâO *OGODECINZ£ISDE/CHSENBEIN *OGODECINZ£IS&EDY #UBAREDONDADEAÀOINOXXCM 'ENGIVTOMODE+IRKLAND 'ENGIVTOMODE/RBAN $ESCOLADORDEPERISTEO-OLT ,IMASPARAOSSO3CHLUGER ,IMASPARAOSSO"UCH 4ESOURAPARAREMOÀâODESUTURA 4ESOURA'OLDMAN&OX 0ORTAAGULHA-AYOOU#ASTRO6IEJO "ROCAPARAOSTEOTOMIA(, #URETAS#OLUMBIA2,2, R-L, 4 R-L) 0LACADEVIDRO %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO 'AZE !NEST£SICOTPICO !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR !GULHADESCARTÖVEL 'UARDANAPOSDEPAPEL 3UGADORCIR¢RGICO 3OROlSIOLGICO 3ERINGAPARAIRRIGAÀâO #AMPOCIR¢RGICOESTERILIZADO &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL ,UVASCIR¢RGICAS &IODESUTURADESEDAE ,½MINAS DE BISTURI NS E 15c #IMENTOCIR¢RGICOPASTAPASTA 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA 0,12% (para antissepssia bucal anterior à intervenção) 2.2.7 Procedimentos para controle/remoção do aumento de volume gengival 2.2.7.1 Manejo de pacientes com aumento de volume gengival Definição O manejo de pacientes com aumento de volume gengival é um conjunto de procedimentos vinculados às causas e conseqüências do problema. Indicações Pessoas usuárias de bloqueadores de canais de cálcio, ciclosporina, fenitoína podem apresentar aumento de volume gengival como parte da resposta inflamatória à presença da placa supragengival. O aumento de volume gengival gera dificuldades de controle de placa, problemas estéticos, limitação de mastigação, dor, hemorragia, mau hálito, inibição social e modificação de posição dentária. Seqüência de intervenção s 3UBSTITUIÀâO MEDICAMENTOSA QUANDO possível; s )NSTITUIÀâO DE MEDIDAS QU¤MICO mecânicas pelo paciente e pelo profissional; s 2EAVALIAR RESPOSTA DAS ABORDAGENS anteriores; s 1UANDOESSASMEDIDASNâORESULTAREM em redução satisfatória do volume, considerar a correção cirúrgica através de técnicas como a gengivectomia/ gengivoplastia; s !NESTESIADAÖREA s )SOLAMENTORELATIVOCOMGAZE s -ARCAÀâO POR PONTOS SANGRANTES NA superfície externa correspondendo a profundidade de sondagem; s 0RIMEIRA)NCISâOCOMOGENGIVTOMO DE+IRKLANDPORVESTIBULAREPALATINO lingual, contínua, situada 1-2 mm apical ao ponto sangrante, com inclinação de 45º no sentido oclusocervical; 41 42 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s s s s s s s 3EGUNDA)NCISâOCOMOGENGIVTOMO de Orban nos espaços proximais, mantida a angulação de 45º de tal forma a liberar o tecido excisado preservando a forma papilar; 2EMOÀâODOCOLARGENGIVALEDOTECIDO de granulação; 2ASPAGEMEALISAMENTORADICULARES )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOLGICO 2ECONFORMAÀâOANAT¹MICADAGENGIVA se necessário; )RRIGAÀâOlNAL (EMOSTASIAPORCOMPRESSâO #OLOCAÀâODECIMENTOCIR¢RGICO 2ECOMENDAÀµES PSOPERATRIAS (aplicação de frio nas primeiras 6-8 horas, não mastigar no local, alimentação líquida/pastosa, fria/ gelada, restrição de controle mecânico da área operada, utilizar medicação prescrita). Terapia medicamentosa s !PSREALIZAÀâODEACESSOCIR¢RGICOA prescrição de analgésico (paracetamol 500 mg), em intervalos de 4 horas deve ser realizada nas primeiras 48 horas, prosseguindo-se de acordo com a necessidade individual. s $EVESEPRESCREVERSOLUÀâODEGLUCONATO de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas durante o período de 7 dias em que a sutura estiver em posição. Depois desse período, deve-se considerar, de acordo com dificuldades de controle mecânico. Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. s !GENGIVECTOMIAESTÖCONTRAINDICADA em áreas onde a sua execução implique na eliminação completa da gengiva ceratinizada. s .A OCORRäNCIA DE INFECÀâO PS operatória, recomenda-se anti-sepsia da ferida e cobertura antibiótica (amoxicilina 500 mg 8/8 horas, durante 7 dias e, para alérgicos a penicilina, recomenda-se clindamicina 300 mg 6/6 horas, durante 7 dias). Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de hemorragia, verificar sua origem e, de acordo com a causa, considerar compressão, curetagem, sutura ou antihemorrágico. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica O diagnóstico de aumento de volume gengival, em pacientes com modificadores sistêmico-medicamentosos, requer que a Atenção Básica referencie ao ser viço especializado. Proservação Até 90 dias após o procedimento, o paciente deverá ser reavaliado no CEO e encaminhado para a UBS que fará a proservação. Observações s "OCHECHO COM CLOREXIDINA £ sugerido antes do início da cirurgia. Durante o procedimento cirúrgico, irrigações freqüentes com soro fisiológico são recomendadas. Material e instrumental necessários s %SPELHO/DONTOLGICO s 3ONDAEXPLORADORA s 3ONDAPERIODONTAL s 3ONDADE.ABERS s 0INÀACL¤NICA s 3ERINGA#ARPULE s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY (sugerem-se no mínimo as de nº 3-4; 11-12; 13-14) s 0EDRASDEAlARCURETAS s "ANDEJAPARAINSTRUMENTAL s #UBAREDONDADEAÀOINOXXCM s 'ENGIVTOMODE+IRKLAND s 'ENGIVTOMODE/RBAN s #URETAS#OLUMBIA2,2, R-L, 4 R-L) s 0LACADEVIDRO MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s s s s s s s s s s s s s s s s %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO !LICATEDECUT¤CULA 'AZE !NEST£SICOTPICO !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR !GULHADESCARTÖVEL 'UARDANAPOSDEPAPEL 3UGADORCIR¢RGICO 3OROlSIOLGICO 3ERINGAPARAIRRIGAÀâO #AMPOCIR¢RGICOESTERILIZADO &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL ,UVASCIR¢RGICAS #IMENTOCIR¢RGICOPASTAPASTA 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA 0,12% (para antissepssia bucal anterior à intervenção) 2.2.8 Procedimentos para tratamento das lesões de furca 2.2.8.1 Raspagem e alisamento radicular subgengival (RASUB) em casos de envolvimento de furca Definição Procedimento eletivo no tratamento das periodontites com envolvimento de furca radicular. Consiste na raspagem e alisamento radiculares subgengival da área de furca, sob anestesia, para a remoção de plac a bacter iana e cálculo dental, levando a uma superfície radicular lisa. Pode ser executada com instrumentos manuais ou com combinação de ultra-som complementado por manual. Indicações A remoção da plac a e do cálculo subgengivais, como fatores etiológicos das periodontites é a forma de tratamento reconhecido como mais eficaz. Com esse procedimento, a progressão da doença é sustada e a cicatrização ocorre. A RASUB tem como um de seus objetivos tratar lesões de furca, que são periodontites que se estabelecem na região inter-radicular. De forma geral, essas lesões apresentam as mesmas características das periodontites: perda de inserção e perda óssea, associadas a o s a n g r a me n t o à s o n d a g e m d a á re a subgengival e/ou supuração; aumento da profundidade de sondagem e/ou recessão gengival. Em estágios mais avançados de perda de inserção e de inflamação, pode-se obser var mobilidade dentária, dificuldade de mastigação e mudança de posição dentária. Halitose também pode ser verificada. As lesões de furca são classificadas de acordo com o grau de comprometimento da área da furca em: grau I (perda de suporte horizontal não ultrapassa 1/3 da extensão da área da furc a); grau II (perda de supor te horizontal ultrapassa 1/3 da extensão da área da furca, sem comprometimento completo da furca); grau III (perda de suporte horizontal completo - lado a lado). A RASUB está indicada em todos os graus de envolvimento de furca. Seqüência de intervenção s !NESTESIA DO DENTE E ESTRUTURAS periodontais; s )SOLAMENTORELATIVO s )DENTIFIC AÀâO DA MOR FOLOGIA E profundidade das bolsas com a sonda periodontal; s 2ASPAGEM UTILIZANDO LIMAS CURETAS e/ou ultra-som, com movimentos amplos; s 3ONDAGEM DA ÖREA PARA VERIFICAR presença de depósitos; s !LISAMENTORADICULARCOMINSTRUMENTOS manuais, utilizando movimentos curtos, freqüentes e sobrepostos; s 3ONDAGEMDAÖREAPARAVERIlCARLISURA superficial; s 2ECOMENDAÀµESPSPROCEDIMENTO Terapia medicamentosa s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL 500 mg), em intervalos de 4 horas, na presença de dor. s %MCASOSONDEHOUVERTRAUMATISMOTECIDUAL pós-procedimento, dificultando o controle 43 44 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s mecânico, deve-se considerar a prescrição de solução de gluconato de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas. .ASCONSULTASSUBSEQÓENTESHAVENDO hipersensibilidade dentinária, deve-se levar em consideração, primariamente, que a hipersensibilidade dentinária é sujeita ao efeito placebo. !PLICAÀâOPROlSSIONALDEGELACIDULADOA 1,23% [mínimo em 4 (quatro) sessões, de acordo com o caso clínico]; de verniz com 5% de fluoreto de sódio [a cada (2) dois dias, no mínimo em 4 (quatro) sessões, de acordo com o caso] ou de oxalato de potássio (gel) [a cada 2 (dois) dias, sendo no mínimo 4 (quatro) sessões, de acordo com a necessidade do caso clínico]. 0RESCRIÀâODEBOCHECHOSCOMSOLUÀâO de fluoreto de sódio a 0,2% [manipular 1 (um) litro de solução, sendo que, o uso desse, deve ser realizado diariamente por um período de 3 (três) minutos] ou de dentifrício com nitrato de potássio ou similar. Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. A raspagem não deve ser excessiva, pois freqüentemente pode gerar hipersensibilidade dentinária, riscos e degraus na superfície radicular. s .A OCORRäNCIA DE TRAUMATISMO COM rompimento da integridade da papila interdental, recomenda-se sutura. Condutas em caso de urgência/emergência Não se aplica. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Todo paciente deverá receber procedimentos de controle da placa supra (remoção de fatores retentivos e orientação de higiene bucal) e subgengival (RASUB), sendo que o controle de placa supragengival deve preceder a RASUB. Serão encaminhados ao CEO os pacientes que não demonstrarem redução de profundidade de sondagem das bolsas tratadas na UBS. Proservação s %NTRE E DIAS APS O T£RMINO do tratamento, o paciente deverá ser reavaliado no CEO. s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M adequadamente ao tratamento retornam à Atenção Básica para manutenção. s 0ACIENTES QUE NâO RESPONDERAM ao tratamento de verão receber alternativas adicionais, que incluem nova abordagem com ou sem cir urgia e, eventualmente, antibioticoterapia. Observações s 2ECOMENDASEQUEOPACIENTEUTILIZE gel de clorexidina a 1% uma vez ao dia, localmente associado à escovação da área da furca com escova unitufo ou interdental. Material e instrumental necessários s %SPELHOODONTOLGICO s 3ONDAEXPLORADORA s 3ONDAPERIODONTAL s 3ONDADE.ABERS s 0INÀACL¤NICA s 3ERINGA#ARPULE s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY (sugerem-se no mínimo as de nº 3-4; 11-12; 13-14) s *OGO DE CURETAS #OLUMBIA 2, R-L, 3 R-L, 4 R-L) s *OGODECURETAS0ÖDUA,IMA. 3-4, 5-6) s 0EDRASDEAlARCURETAS s !PARELHOEPONTASDEULTRASOMPARA raspagem subgengival s 'AZE s !NEST£SICOTPICO s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR s !GULHADESCARTÖVEL s 'UARDANAPOSDEPAPEL s 3UGADOR s &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL s ,UVASDEPROCEDIMENTO MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA 0,12% (para antissepssia bucal anterior à intervenção) 2.2.8.2 Cirurgia de acesso com ou sem plastia da furca Definição Procedimento cirúrgico que objetiva o acesso do instrumento de raspagem ao biofilme em áreas de furca, possibilitando também a eliminação do defeito pelo procedimento de plastia radicular. Indicações A ausência de uma resposta adequada ao procedimento de raspagem e alisamento radicular subgengival pode estar associada à incompleta remoção do biofilme subgengival em áreas de furca. Faz-se necessário nestas circunstâncias o levantamento de um retalho gengival que exponha a área da furca para a raspagem e alisamento radicular ou para a eliminação do defeito através da plastia radicular. Após o período de observação da RASUB, a não-redução da profundidade de sondagem, aliada ao sangramento da área subgengival e/ou supuração são indicativos da necessidade de tratamento complementar. Entretanto, a decisão do tratamento deve levar em consideração aspectos gerais do usuário, incluindo doenças sistêmicas, tabagismo e locais, como o controle inadequado da placa supragengival. A cirurgia de acesso deve ser escolhida como opção preferencial sempre que a ausência de resposta estiver associada a dificuldades de acesso à área da furca. Seqüência de intervenção s !NESTESIADAÖREA s )SOLAMENTORELATIVOCOMGAZE s )NCISâO INTRASULCULAR COM EXTENSâO proximal dos dentes envolvidos de forma a permitir o afastamento do retalho; s !FASTAMENTODORETALHO s 2EMOÀâODOTECIDODEGRANULAÀâO s )DENTIlCAÀâODACONDIÀâODAÖREADAFURCA e do grau de comprometimento; s /STEOTOMIASENECESSÖRIOPARAACESSO s s s s s s s s s 2ASPAGEM UTILIZANDO CURETAS EOU ultra-som, com movimentos amplos; 3ONDAGEM DA ÖREA PARA VERIFICAR presença de depósitos; !LISAMENTORADICULARCOMINSTRUMENTOS manuais, utilizando movimentos curtos, freqüentes e sobrepostos 3ONDAGEMDAÖREAPARAVERIlCARLISURA superficial; 0LASTIA RADICULAR COM BROCAS OU instrumentos manuais quando for possível com esse procedimento a eliminação do defeito sem que isso redunde em comprometimento pulpar ou um defeito anatômico impossibilitando o controle de placa pelo paciente; )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOLGICO 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO compressão da área; 3UTURA 2ECOMENDAÀµES PSOPERATRIAS (aplicação de frio nas primeiras 6-8 horas, não mastigar no local, alimentação líquida/pastosa, fria/ gelada, restrição de controle mecânico da área operada, utilização de medicação prescrita). Terapia medicamentosa s !PSREALIZAÀâODEACESSOCIR¢RGICOA prescrição de analgésico (paracetamol 500 mg), em intervalos de 4 horas deve ser realizada nas primeiras 48 horas, prosseguindo-se de acordo com necessidade individual. s $EVESEPRESCREVERSOLUÀâODEGLUCONATO de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas durante o período de 7 dias em que a sutura estiver em posição. Depois desse período, deve-se considerar de acordo com dificuldades de controle mecânico. Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. 45 46 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s .AEVENTUALIDADEDEEXPOSIÀâOSSEAPOR não adaptação dos retalhos vestibular e lingual/palatino, deve-se empregar o cimento cirúrgico, com trocas a cada 7 dias até que a exposição óssea inexista. .A OCORRäNCIA DE INFECÀâO PS operatória, recomenda-se anti-sepsia da ferida e cobertura antibiótica (amoxicilina 500 mg 8/8 horas, durante 7 dias e, para alérgicos a penicilina, recomenda-se clindamicina 300 mg 6/6 horas, durante 7 dias). Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de hemorragia, verificar a origem da hemorragia e, de acordo com a causa, considerar compressão, curetagem, sutura ou anti-hemorrágico. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Todo paciente deverá receber procedimentos de controle da placa supra (remoção de fatores retentivos e orientação de higiene bucal) e subgengival (RASUB). Salienta-se que se trata de um procedimento que segue a outro já realizado no CEO. Proservação s %NTRE E DIAS APS O T£RMINO do tratamento, o paciente deverá ser reavaliado no CEO. s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M adequadamente ao tratamento retornam à UBS para manutenção. s 0ACIENTES QUE NâO RESPONDERAM AO tratamento deverão continuar em proservação no CEO. Observações s "OCHECHO COM CLOREXIDINA £ sugerido antes do início da cirurgia.. s $URANTE O PROCEDIMENTO CIR¢RGICO irrigações freqüentes com soro fisiológico são recomendadas. s 2ECOMENDASEQUEOPACIENTEUTILIZE gel de clorexidina a 1% uma vez ao dia, localmente associado à escovação da área da furca com escova unitufo ou interdental. Material e instrumental necessários s %SPELHO/DONTOLGICO s 3ONDAEXPLORADORA s 3ONDAPERIODONTAL s 3ONDADE.ABERS s 0INÀACL¤NICA s 3ERINGA#ARPULE s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY (sugerem-se no mínimo as de nº 3-4; 11-12; 13-14) s 0EDRASDEAlARCURETAS s !PARELHOEPONTASDEULTRASOMPARA raspagem subgengival s !FASTADOR-INNESOTA s "ANDEJAPARAINSTRUMENTAL s #ABODEBISTURIN s #ABODEBISTURIN s #ANETADEALTAROTAÀâO s *OGODECINZ£ISDE/CHSENBEIN s *OGODECINZ£IS&EDY s #UBAREDONDAEMINOXXCM s 'ENGIVTOMODE+IRKLAND s 'ENGIVTOMODE/RBAN s $ESCOLADORDEPERISTEO-OLT s ,IMASPARAOSSO3CHLUGER s ,IMASPARAOSSO"UCH s 4ESOURAPARAREMOÀâODESUTURA s 4ESOURA'OLDMAN&OX s 0ORTAAGULHA-AYOOU#ASTRO6IEJO s "ROCAPARAOSTEOTOMIA(, s "ROCAMULTILAMINADAPARAPLASTIA s #URETAS#OLUMBIA2,2, R-L, 4 R-L) s #URETAS 0ÖDUA ,IMA . 5-6) s 0LACADEVIDRO s %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO s 'AZE s !NEST£SICOTPICO s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR s !GULHADESCARTÖVEL s 'UARDANAPOSDEPAPEL s 3UGADORCIR¢RGICO s 3OROlSIOLGICO s 3ERINGAPARAIRRIGAÀâO s #AMPOCIR¢RGICOESTERILIZADO MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s s s s s s &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL ,UVASCIR¢RGICAS &IODESUTURADESEDAE ,½MINAS DE BISTURI N E 15c #IMENTOCIR¢RGICOPASTAPASTA 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA 0,12% (para antissepssia bucal anterior à intervenção) s s s 2.2.8.3 Resseção radicular Definição Procedimento cirúrgico que tem por objetivo eliminar defeitos de furca através da separação das raízes complementada pela eventual eliminação de uma ou duas raízes transformando um dente multi-radiculado em unidades radiculares isoladas. Indicações Quando as lesões de furca de Graus II e III não respondem à RASUB e fica evidente que essa ausência de resposta é pelo grau de comprometimento da área, a opção é eliminar o defeito através do procedimento de ressecção radicular. São indicadas para dentes com envolvimentos de furca graus II ou III que mantêm profundidade de sondagem e sinais inflamatórios associados, indicando atividade de doença e risco de progressão da perda de inserção/perda óssea, e dentes com comprometimentos diferenciados, com uma das raízes muito mais comprometida que a(s) outra(s). Seqüência de intervenção s !NESTESIADAÖREA s )SOLAMENTORELATIVOCOMGAZE s 0RIMEIRA INCISâO EM BISEL INTERNO deixando um colar gengival que permita que o retalho se adapte à condição local desejada, em direção à crista óssea, por vestibular e palatino/ lingual (esta incisão deve seguir o contorno gengival, preservando a anatomia das papilas interdentais, sua extensão deve permitir afastamento suficiente do retalho e a obtenção de s s s s s s s s um contorno gengival harmônico e, eventualmente, incisões relaxantes podem ser necessárias); !FASTAMENTODORETALHO 3EGUNDA INCISâO INTRASULCULAR com extensão proximal dos dentes envolvidos; 4ERCEIRA INCISâO COM GENGIVTOMO de Orban, na altura da crista óssea liberando o colar gengival de sua inserção; 2EMOÀâO DO COLAR E DO TECIDO DE granulação; 2ESSECÀâO RADICULAR REALIZADA COM brocas, separando as raízes, avaliando a condição dos elementos radiculares individuais, decidindo pela manutenção ou extração de uma ou mais raízes, baseando-se no grau de inserção remanescente e na viabilidade de controle de placa pelo paciente; 6ERIlCARANECESSIDADEDERECONTORNO ósseo nas unidades radiculares remanescentes; 2ASPAGEMEALISAMENTORADICULAR )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOLGICO 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO compressão da área; 3UTURA 2ECOMENDAÀµES PSOPERATRIAS (aplicação de frio nas primeiras 6-8 horas, não mastigar no local, alimentação líquida/pastosa, fria/gelada, restrição de controle mecânico da área operada, utilização de medicação prescrita). Terapia medicamentosa s !PS REALIZAÀâO DE ACESSO CIR¢RGICO prescrever analgésico (paracetamol 500 mg), em intervalos de 4 horas (deve ser realizado nas primeiras 48 horas), prosseguindo-se de acordo com necessidade individual. s %M SITUAÀµES DE PROCEDIMENTOS mais traumáticos, ou quando, por alguma razão, suspeitar-se de dor pós-operatória mais intensa, prescrever associação de paracetamol-codeína 47 48 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s 30 mg de 6/6 horas durante 48 horas, prosseguindo-se de acordo com necessidade individual. $EVESEPRESCREVERSOLUÀâODEGLUCONATO de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas durante o período de 7 dias em que a sutura estiver em posição. Depois desse período, deve-se considerar, de acordo com dificuldades de controle mecânico. Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. s .A EVENTUALIDADE DE EXPOSIÀâO SSEA por não adaptação dos retalhos vestibular e lingual/palatino, deve-se empregar o cimento cirúrgico, com trocas a cada 7 dias até que a exposição óssea inexista. s .A OCORRäNCIA DE INFECÀâO PS operatória, recomenda-se anti-sepsia da ferida e cobertura antibiótica (amoxicilina 500 mg 8/8 horas, durante 7 dias e, para alérgicos a penicilina, recomenda-se clindamicina 300 mg 6/6 horas, durante 7 dias). Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de hemorragia, verificar a origem da hemorragia e, de acordo com a causa considerar compressão, curetagem, sutura ou anti-hemorrágico. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica C o n t ro l e d a p l a c a s u p r a g e n g i v a l , remoção do tecido cariado e confecção de restauração provisória. Proservação s %NTREEDIASAPSOT£RMINODO tratamento, o paciente deverá receber tratamento restaurador na UBS que ficará responsável pela proservação. Observações s !NTESDEINICIARACIRURGIARECOMENDASE o bochecho com clorexidina 0,12%. s $URANTE O PROCEDIMENTO CIR¢RGICO devem ser realizadas irrigações freqüentes com soro fisiológico. Material e instrumental necessários s %SPELHO/DONTOLGICO s 3ONDAEXPLORADORA s 3ONDAPERIODONTAL s 3ONDADE.ABERS s 0INÀACL¤NICA s 3ERINGA#ARPULE s ,IMAS PERIODONTAIS (IRSCHFELD 3-7 s ,IMASPERIODONTAIS$UNLOP s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY (sugerem-se, no mínimo, as de nº 3-4; 11-12; 13-14) s 0EDRASDEAlARCURETASELIMAS s 0ONTA DIAMANTADA TRIANGULAR PARA afiação de limas s !FASTADOR-INNESOTA s "ANDEJAPARAINSTRUMENTAL s #ABODEBISTURIN s #ABODEBISTURIN s #ANETADEALTAROTAÀâO s *OGODECINZ£ISDE/CHSENBEIN s *OGODECINZ£IS&EDY s #UBAREDONDADEAÀOINOXXCM s 'ENGIVTOMODE+IRKLAND s 'ENGIVTOMODE/RBAN s $ESCOLADORDEPERISTEO-OLT s ,IMASPARAOSSO3CHLUGER s ,IMASPARAOSSO"UCH s 4ESOURAPARAREMOÀâODESUTURA s 4ESOURA'OLDMAN&OX s 0ORTAAGULHA-AYOOU#ASTRO6IEJO s "ROCAPARAOSTEOTOMIA(, s "ROCAS E PONTAS DIAMANTADAS PARA ressecção radicular s #URETAS#OLUMBIA2,2, R-L, 4 R-L) s 0LACADEVIDRO s %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO s 'AZE s !NEST£SICOTPICO s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR s !GULHADESCARTÖVEL MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s s s s s s s s s s s 'UARDANAPOSDEPAPEL 3UGADORCIR¢RGICO 3OROlSIOLGICO 3ERINGAPARAIRRIGAÀâO #AMPOCIR¢RGICOESTERILIZADO &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL ,UVASCIR¢RGICAS &IODESUTURADESEDAE ,½MINASDEBISTURIEC #IMENTOCIR¢RGICOPASTAPASTA 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA 0,12% (para antissepssia bucal anterior à intervenção) 2.2.8.4 Tunelização Definição Procedimento cirúrgico que tem por objetivo a exposição de toda a área da furca, resultando em um espaço interradicular de vestibular a lingual, tipo “túnel”. Indicações Quando as lesões de furca de graus II profundo e III não respondem à RASUB e fica evidente que essa ausência de resposta é pelo grau de comprometimento da área, uma opção é eliminar o defeito através da tunelização. Está indicada para molares inferiores com envolvimento de furca graus II ou III que mantêm profundidade de sondagem e sinais inflamatórios associados indicando atividade de doença e risco de progressão da perda de inserção/perda óssea, tendo um tronco radicular curto que permita a execução técnica. Seqüência de intervenção s !NESTESIADAÖREA s )SOLAMENTORELATIVOCOMGAZE s 0RIMEIRA INCISâO EM BISEL INTERNO deixando um colar gengival que permita que o retalho se adapte à condição local desejada, em direção à crista óssea, por vestibular e palatino/ lingual (esta incisão deve seguir o contorno gengival, preservando a anatomia das papilas interdentais, sua extensão deve permitir afastamento s s s s s s s s s s suficiente do retalho e a obtenção de um contorno gengival harmônico e, eventualmente, incisões relaxantes podem ser necessárias); !FASTAMENTODORETALHO 3 EGUNDA INCISâO INTRASULCULAR com extensão proximal dos dentes envolvidos; 4ERCEIRA INCISâO COM GENGIVTOMO de Orban, na altura da crista óssea liberando o colar gengival de sua inserção; 2EMOÀâO DO COLAR E DO TECIDO DE granulação; 6ERIlCARANECESSIDADEDEOSTEOTOMIA de tal forma que possibilite a passagem de uma escova interdental média após reposição do retalho; 2ASPAGEMEALISAMENTORADICULAR )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOLGICO 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO compressão da área; 3UTURA 2ECOMENDAÀµES PSOPERATRIAS (aplicação de frio nas primeiras 6-8 horas, não mastigar no local, alimentação líquida/pastosa, fria/gelada, restrição de controle mecânico da área operada, utilização de medicação prescrita). Terapia medicamentosa s !PSREALIZAÀâODEACESSOCIR¢RGICOA prescrição de analgésico (paracetamol 500 mg), em intervalos de 4 horas deve ser realizada nas primeiras 48 horas, prosseguindo-se de acordo com necessidade individual. s %M SITUAÀµES DE PROCEDIMENTOS mais traumáticos, ou quando, por alguma razão, suspeitar-se de dor pós-operatória mais intensa, prescrever associação de paracetamol-codeína 30 mg de 6/6 horas durante 48 horas, prosseguindo-se de acordo com necessidade individual. s $EVESEPRESCREVERSOLUÀâODEGLUCONATO de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas durante o período de 7 dias em 49 50 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS que a sutura estiver em posição. Depois desse período, deve-se considerar, de acordo com dificuldades de controle mecânico. Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. s .A EVENTUALIDADE DE EXPOSIÀâO SSEA por não adaptação dos retalhos vestibular e lingual/palatino, deve-se empregar o cimento cirúrgico, com trocas a cada 7 dias até que a exposição óssea inexista. s .A OCORRäNCIA DE INFECÀâO PS operatória, recomenda-se anti-sepsia da ferida e cobertura antibiótica (amoxicilina 500 mg 8/8 horas, durante 7 dias e, para alérgicos a penicilina, recomenda-se clindamicina 300 mg 6/6 horas, durante 7 dias). s %MFUNÀâODAALTAATIVIDADECARIOSANO interior dos túneis, recomenda-se o uso de flúor tópico. Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de hemorragia, verificar a sua origem e, de acordo com a causa, considerar compressão, curetagem, sutura ou antihemorrágico. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica C o n t ro l e d a p l a c a s u p r a g e n g i v a l , remoção do tecido cariado e confecção de restauração provisória, se necessário. Proservação Entre 15 e 30 dias após o término do tratamento, o paciente deverá receber tratamento restaurador na UBS, que ficará responsável pela proservação. Observações s "OCHECHO COM CLOREXIDINA £ sugerido antes do início da cirurgia. s $URANTE O PROCEDIMENTO CIR¢RGICO irrigações freqüentes com soro fisiológico são recomendadas. s 2ECOMENDASEQUEOPACIENTEUTILIZE gel de clorexidina a 1% uma vez ao dia, localmente associado à escovação da área da furca com escova unitufo ou interdental. Material e instrumental necessários s %SPELHO/DONTOLGICO s 3ONDAEXPLORADORA s 3ONDAPERIODONTAL s 3ONDADE.ABERS s 0INÀACL¤NICA s 3ERINGA#ARPULE s ,IMASPERIODONTAIS(IRSCHFELD s ,IMASPERIODONTAIS$UNLOP s *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY (sugerem-se, no mínimo, as de nº 3-4; 11-12; 13-14) s 0EDRASDEAlARCURETASELIMAS s 0ONTA DIAMANTADA TRIANGULAR PARA afiação de limas s !FASTADOR-INNESOTA s "ANDEJAPARAINSTRUMENTAL s #ABODEBISTURIN s #ABODEBISTURIN s #ANETADEALTAROTAÀâO s *OGODECINZ£ISDE/CHSENBEIN s *OGODECINZ£IS&EDY s #UBAREDONDAINOXXCM s 'ENGIVTOMODE+IRKLAND s 'ENGIVTOMODE/RBAN s $ESCOLADORDEPERISTEO-OLT s ,IMASPARAOSSO3CHLUGER s ,IMASPARAOSSO"UCH s 4ESOURAPARAREMOÀâODESUTURA s 4ESOURA'OLDMAN&OX s 0ORTAAGULHA-AYOOU#ASTRO6IEJO s "ROCAPARAOSTEOTOMIA(, s "ROCAS E PONTAS DIAMANTADAS PARA ressecção radicular s #URETAS#OLUMBIA2,2, R-L, 4 R-L) s 0LACADEVIDRO s %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO s 'AZE s !NEST£SICOTPICO s !NEST£SICOCOMVASOCONSTRITOR s !NEST£SICOSEMVASOCONSTRITOR MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s s s s s s s s s s s s s !GULHADESCARTÖVEL 'UARDANAPOSDEPAPEL 3UGADORCIR¢RGICO 3OROlSIOLGICO 3ERINGAPARAIRRIGAÀâO #AMPOCIR¢RGICOESTERILIZADO &ILMERADIOGRÖlCOPERIAPICAL ,UVASCIR¢RGICAS &IODESUTURADESEDAE ,½MINASDEBISTURIEC %SCOVAINTERDENTALM£DIA #IMENTOCIR¢RGICOPASTAPASTA 3OLUÀâODEGLUCONATODECLOREXIDINAA 0,12% (para antissepssia bucal anterior à intervenção) 51 53 3 CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXILO-FACIAL AMBULATORIAL MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 3.1 Manual de Regulação Especialidade clínica: Cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial (Ambulatorial) Motivos mais freqüentes de encaminhamento: a. Cirurgia Buco-Dentária s 2 E T E N À µ E S I N C L U S µ E S O U impactações dentárias; s #IRURGIAS DE TRACIONAMENTOS dentários com finalidade ortodôntica; s 4RANSPLANTESDENTAISAUTGENOS s $ESSINSERÀµESDETECIDOSMOLES s %XODONTIASCOMPLEXAS s #IRURGIAS SSEAS COM lNALIDADE protética; s #IRURGIAS DE TECIDOS MOLES COM finalidade protética; s #IRURGIAS DE LESµES DENTÖRIAS periapicais; s %NXERTOSSSEOSNOSMAXILARES b. Patologia Cirúrgica s 4R A T A M E N T O C I R ¢ R G I C O D O S processos infecciosos dos ossos maxilares; s 4R A T A M E N T O C I R ¢ R G I C O D O S processos infecciosos dos tecidos moles da face; s #IRURGIAS DE PEQUENOS CISTOS e tumores benignos de tecidos moles; s #IRURGIAS DE PEQUENOS CISTOS E tumores benignos intra-ósseos; s 4RATAMENTO DAS SINUSOPATIAS maxilares de origem odontogênica; s 4R A T A M E N T O C I R ¢ R G I C O D O S processos infecciosos/neoplásicos das glândulas salivares; s 4RATAMENTOCL¤NICOAMBULATORIAL das patologias das ATM. c. Cirurgias de Buco-Maxilo-Faciais s #IRURGIAS EST£TICOFUNCIONAIS DE tecidos moles bucais; s #IRURGIAS ESQUEL£TICAS ORTO cirúrgicas ambulatoriais; s / S T E O P L A S T I A S O S T E O T O M I A S maxilares ambulatoriais. d. Reconstruções Faciais s )MPLANTESSSEOINTEGRADOS s %NXERTIAS SSEAS INTRABUCAIS COM sítios doadores intrabucais; s $ISTRAÀµESSSEASALVEOLARES Responsabilidade por nível de atenção Básica: Deverão ser realizados todos os procedimentos clínicos e cirúrgicos básicos. O usuário deverá ser encaminhado depois de realizados os procedimentos de adequação do meio buca l relacionados à pre s enç a de fo cos i n fe cc io sos c uja contaminação possa interferir durante a realização do procedimento cirúrgico especializado. Média: Terão prioridade paciente com as seguintes necessidades: frenectomia; dentes supranumerários ; cirurgias préprotéticas (hiperplasias de tecido mole e rebordos ósseos); dentes retidos, inclusos e impactados; lesões não neoplásicas de glândulas salivares ; remoção de cistos ; t u more s dos ma x i l a re s ; f r at u r a s dos dentes e ossos da face; corpos estranhos e luxação de ATM. A lta : Procedimentos cirúrgicos que necessitem intervenção de um especialista e m Ci r u r g i a e Tr au m atol o g i a b u c o ma xilo-faciais em ambiente hospitalar, pa ra onde o CEO deve referencia r os pacientes com tais necessidades. Justificativa para encaminhamento Complexidade do procedimento ou ausência de condições técnicas para realização do procedimento na Atenção Básica. 55 56 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS 3.2 Manual Clínico Especialidade clínica: Cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial (Ambulatorial) 3.2.1 Observação dos critérios de referência e contra-referência Considerar, por meio de verificação da ficha de encaminhamento e exame bucal do usuário, se a situação referenciada teve respeitados os critérios estabelecidos no Manual de Regulação em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial disponível no Caderno de Atenção Básica nº 17 – Saúde Bucal, Capítulo 5, publicado pelo Ministério da Saúde, em 2006. 3.2.2 Anamnese Deverá ser realizada anamnese, com coleta de dados da situação socioeconômica, história médica e dentária, avaliação das condições locais e sistêmicas do paciente com o objetivo de estabelecer o diagnóstico da doença corretamente, realizar o planejamento cirúrgico e identificar a melhor oportunidade para a intervenção, evitando-se assim, intercorrências durante o trans e o pós-operatório. Considerar os seguintes aspectos essenciais para a cirurgia: s !NGINA s %NFARTODOMIOCÖRDIO s /UTRASCARDIOPATIAS s $ESORDENSSANGU¤NEAS s 5SODEANTICOAGULANTES s $IABETES s 5SO CONTINUADO DE ANTIBITICOS OU corticosteróides; s $ESORDENSCONVULSIVAS s 'RAVIDEZEAMAMENTAÀâO s !SMA s $OENÀAPULMONAR s 4UBERCULOSE s (EPATITE s $OENÀASSEXUALMENTETRANSMISS¤VEIS s $OENÀARENAL s (IPERTENSâO s s s s s s s s s s s 0RTESESIMPLANTADAS ! L E R G I A A M E D I C A M E N T O S E substâncias; 2EVISâODOSISTEMAIMUNOLGICO 0ROBLEMASNOSISTEMADECOAGULAÀâO #ONDIÀµESPATOLGICASHEPÖTICASEOU renais; $EFICIäNCIA NUTR ICIONAL OU DE metabolização; )NFECÀµESPR£VIASRECENTES !VITAMINOSES !LTERAÀµESMETABLICAS )NTERAÀµESMEDICAMENTOSAS (ISTRICODEDElCIäNCIASDOPROCESSO de cicatrização e consolidação óssea. 3.2.3 Exame físico 3.2.3.1 Extrabucal s !VALIAÀâODAMORFOLOGIACR½NIOFACIAL óssea, muscular e tegumentar; s 6ERIFICAÀâO DA OCORRäNCIA DE 0ERFIL esquelético associado à má-oclusão de classe II e III, ou problemas verticais (mordida aberta, por exemplo) ou látero-laterais; s 0ALPAÀâO DOS TECIDOS FACIAIS CADEIAS ganglionares cervico-faciais associadas a lesões evidentes ou não. s !VERIGUAÀâODAOCORRäNCIADEQUEIXAS de sintomas recentes: febre, suor ou sudorese, perda de peso, fadiga, malestar, perda de apetite. - Cabeça: cefaléia, vertigem, desmaio, insônia. - Ouvidos: diminuição da audição, tinido (zumbido), dor. - Olhos: embaçamento, visão dupla, lacrimejamento em excesso, secura, dor. - Nariz e seios paranasais: rinorréia, epistaxe, dificuldade de respirar pelo nariz, dor, alteração do olfato. - ATM: dor, crepitação, limitação de movimento. - Boc a : sensibi l id ade ou dor dentária, úlceras em lábios ou MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL mucosas, problemas de mastigação, problemas de fala, mau hálito, restaurações ausentes, infecções dentárias. 3.2.3.2 Intrabucal Observar alterações na consistência, coloração e/ou sintomatologias associadas às mucosas de revestimento (mucosa jugal, assoalho bucal, ventre da língua, palato mole e lábios), mucosas mastigatórias (gengivas e palato duro), mucosas especializadas (dorso da língua), rebordos ósseos e oclusão dentária. 3.2.4 Exames complementares s s s %XAMESLABORATORIAISEXAMESDESANGUE (hemograma, provas de coagulação, glicemia, etc.). %XAMES MICROBIOLGICOS EXAMES bioquímicos, exames histopatológicos, imuno-histoquímicos, etc. %XAMESIMAGINOLGICOSRADIOGRÖlCOS (periapicais, oclusais, panorâmica, cefalometrias de perfil e frontal, demais radiografias cranio-faciais), tomografias computadorizadas craniofaciais, ressonância magnética craniofaciais, cintilografias ósseas. 3.2.5 Procedimentos de cirurgia buco-dentária 3.2.5.1 Exodontias complexas de retenções, inclusões ou impactações dentárias, cirurgias de tracionamento dentário com finalidade ortodôntica, transplantes dentais autógenos Definição Retenção dentária caracteriza-se pela incapacidade de erupção total de um dente para realizar sua função mastigatória. Tal retenção pode ser óssea, mucosa, impactação em outro dente, etc. Indicações O tratamento será eletivo para remoção e/ou aproveitamento de dentes inclusos, com maior freqüência os terceiros molares superiores e inferiores, por indicação preventiva ortodôntica, periodontal ou patologias associadas a estes. Seqüência de intervenção s !NTISEPSIA%XTRABUCALCOMCLOREXIDINA saponácea a 2% ou 4% ou PVPI tópico; s !NTISEPSIAINTRABUCALCOMBOCHECHO de c lorexidina 0,12% por dois minutos; s !NESTESIA TPICA NAS REGIµES A SEREM puncionadas; s !NESTESIAINlLTRATIVAPORBLOQUEIOE ou terminal infiltrativa do dente e estruturas anexas; s )SOLAMENTO E SECAGEM DO CAMPO operatório com gaze; s )NCISâO COM EXTENSâO PROXIMAL dos dentes envolvidos de forma a permitir o acesso e a exposição do sitio cirúrgico; s !SPIRAÀâO CONT¤NUA DE SANGUE E líquidos utilizados na irrigação e lavagem do campo operatório; s $ESCOLAMENTO E AFASTAMENTO DO retalho fibromucoso; s ) D E N T I F I C A À â O D A C O N D I À â O D E impactação óssea e relação com dentes ou estruturas vizinhas; s /STEOTOMIAPARAACESSOSENECESSÖRIO e odontosecção (se necessário) com brocas cirúrgicas em turbinas de alta rotação, copiosamente irrigadas com água destilada ou soro fisiológico a 0,9%, ou ainda com brocas e micromotores de baixa rotação irrigados, ou cinzéis e martelo cirúrgico; s 0REPARO DO S¤TIO RECEPTOR E REMOÀâO da unidade doadora (em casos de transplantes dentais) a ser transplantada com o mínimo de trauma do ligamento per iodontal e estabiliz ação do transplante com goteira de acrílico, adesivos resinosos colados nos dentes vizinhos ou pelas suturas; s 2EMOÀâODASESTRUTURASDENTÖRIASCOM uso de alavancas ou fórceps ou fixação 57 58 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s s s de artefato colado para tracionamento ortodôntico do dente; ,IMAGEM E ALISAMENTO DAS PAREDES alveolares remanescentes (quando necessário). )RRIGAÀâO COM SORO FISIOLGICO DO campo operatório; 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO compressão da área; 3UTURAS 2ECOMENDAÀµESPSOPERATRIAS - Aplicação de frio nas primeiras 24 horas; - Não mastigar no local durante 10 dias; - Alimentação líquida/pastosa, fria/ gelada durante 10 dias; - Aplicação de calor após as primeiras 48 horas; - Utilização da medicação prescrita. Terapia medicamentosa s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL 500 mg) e ou antiinflamatórios não esteroidais, em intervalos de 6 e 8 horas respectivamente, na presença de dor e inflamação. s $EVESE CONSIDERAR A PRESCRIÀâO DE solução de gluconato de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas durante sete dias. s 0RESCRIÀâO DE DEXAMETASONA MG a 8 mg somente no pré-operatório uma hora antes da cirurgia em procedimentos múltiplos, ou uso de osteotomias. s !NTIBIOTICOTERAPIA SEMPRE QUE houver história de infecção prévia, em pacientes que realizaram mais de dois procedimentos na mesma sessão. O bser var Manuals para antibioticoterapia profilática em pacientes especiais. s #ONSIDERAR A POSSIBILIDADE DE prescrever ansiolíticos via oral no pré-operatório meia hora antes da cirurgia, em pacientes ansiosos. Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. Considerar o risco de fraturas dentárias e/ou ósseas; s ,ESâO DO NERVO DENTÖRIO INFERIOR OU nervo lingual na remoção dos terceiros molares inferiores. Condutas em caso de urgência/emergência Medicação de controle da dor/ inflamação e infecção, se for o caso. Realizar as abordagens possíveis, de acordo com a situação de urgência/emergência e, quando necessário, encaminhar aos outros serviços de referência especializados. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica s 4O D O P A C I E N T E D E V E R Ö RE C E B E R procedimentos de controle da placa supra (remoção de fatores retentivos e orientação de higiene bucal) e subgengival, remoção de focos infecciosos e raízes residuais. s 3EMPREQUEPOSS¤VELENCAMINHARO paciente com exames laboratoriais e imaginológicos disponíveis nas UBS. Proservação s %NTRE E DIAS APS O TRATAMENTO cirúrgico e remoção de suturas, o paciente deverá ser reavaliado no CEO. s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M adequadamente ao tratamento retornam à Atenção Básica para manutenção. s 0ACIENTES QUE APRESENTAREM ALGUMA intercorrência trans ou pós-operatória deverão receber acompanhamento adicional. Observações s 6ERIFICAR SEMPRE A POSSIBILIDADE de reaproveitamento do dente ortodonticamente ou para transplante dental. MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 3.2.5.2 Desinserções de tecidos moles, cirurgias de tecidos moles com finalidade protética, cirurgias estético-funcionais de tecidos moles bucais Definição Cirurgias realizadas em tecidos moles bucais com a finalidade de restabelecer sua função e estética, bem como facilitar a reabilitação protética do paciente. Indicações Em casos de inserções musculares altas que provocam retrações gengivais ou impedem a estabilidade de próteses dentárias nos rebordos alveolares ou em freios labial e lingual que impedem a funcionalidade normal destas estruturas. Seqüência de intervenção s !NTISEPSIA%XTRABUCALCOMCLOREXIDINA saponácea a 2% ou 4% ou PVPI tópico; s !NTISEPSIAINTRABUCALCOMBOCHECHO de c lorexidina 0,12% por dois minutos; s !NESTESIA TPICA NAS REGIµES A SEREM puncionadas; s !NESTESIAINlLTRATIVAPORBLOQUEIOEOU terminal infiltrativa da área e estruturas anexas; s )SOLAMENTO E SECAGEM DO CAMPO operatório com gaze; s )NCISâONOPLANOENAFORMAINDICADACOM uso de bisturi frio ou preferencialmente com uso de eletro-cautério; s !SPIRAÀâO CONT¤NUA DE SANGUE E líquidos utilizados na irrigação e lavagem do campo operatório; s $ESCOLAMENTOEAFASTAMENTODORETALHO fibromucoso (quando indicado); s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOLGICO s 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO compressão da área; s 3UTURAS EM PLANOS DE ACORDO COM A técnica planejada; s 2ECOMENDAÀµESPSOPERATRIAS - Aplicação de frio nas primeiras 24 horas; - Evitar falar em excesso; Não mastigar no local; Alimentação líquida/pastosa, fria/ gelada; Aplicação de calor após as primeiras 48 horas; Utilização de medicação prescrita. Terapia medicamentosa s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL 500 mg) e/ou antiinflamatórios não esteroidais, em intervalos de 6 e 8 horas, respectivamente, na presença de dor e inflamação. s $EVESE CONSIDERAR A PRESCRIÀâO DE solução de gluconato de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas durante dez dias. s !NTIBIOTICOTERAPIA SEMPRE QUE houver história de infecção prévia, em pacientes que realizaram mais de dois procedimentos na mesma sessão. s #ONSIDERARAPOSSIBILIDADEDEPRESCREVER ansiolíticos via oral no pré-operatório meia hora antes da cirurgia, em pacientes ansiosos. Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. s ,ESâODOSNERVOSMENTONIANOSEINFRA orbitários. Condutas em caso de urgência/emergência Medicação de controle da dor/ inflamação e infecção, se for o caso. Realizar as abordagens possíveis, de acordo com a situação de urgência/emergência e, quando necessário, encaminhar aos outros serviços de referência especializados. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica s 4O D O P A C I E N T E D E V E R Ö RE C E B E R procedimentos de controle da placa supra (remoção de fatores retentivos e orientação de higiene bucal) e subgengival, remoção de focos infecciosos e raízes residuais. 59 60 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s 3EMPRE QUE POSS¤VEL ENCAMINHAR O paciente com exames laboratoriais e imaginológicos disponíveis nas UBS. Proservação s %NTRE E DIAS APS O TRATAMENTO cirúrgico e remoção de suturas, o paciente deverá ser reavaliado no CEO. s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R E M adequadamente ao tratamento deverão retornar à Atenção Básica para manutenção. s 0ACIENTES QUE APRESENTAREM ALGUMA intercorrência trans ou pós-operatória deverão receber acompanhamento adicional. s s s s s s Observações Lembrar sempre a possibilidade de indicação dos implantes ósseointegrados em pacientes com reabsorções severas dos maxilares. 3.2.5.3 Cirurgias ósseas alveolares com finalidade protética e ou estético-funcionais Definição Alterações morfológicas dos rebordos ósseos alveolares dos maxilares que impedem a adaptação funcional de próteses e/ou exostoses ósseas dos maxilares. Indicações Tratamento cirúrgico eletivo para remoção e/ou aproveitamento para enxertos ósseos, alterações morfológicas dos alvéolos dos maxilares e/ou exostoses ósseas, por indicação preventiva, protética, ortodôntica, periodontal ou patologias associadas a estas. Seqüência de intervenção s !NTISEPSIA%XTRABUCALCOMCLOREXIDINA saponácea a 2% ou 4% ou PVPI tópico; s !NTISEPSIAINTRABUCALCOMBOCHECHODE clorexidina 0,12% por dois minutos; s !NESTESIA TPICA NAS REGIµES A SEREM puncionadas; s !NESTESIAINlLTRATIVAPORBLOQUEIOEOU terminal infiltrativa da área e estruturas anexas; s s s s s )SOLAMENTO E SECAGEM DO CAMPO operatório com gaze; )NCISâO INTRASULCULAR COM EXTENSâO proximal dos dentes envolvidos de forma a permitir o afastamento do retalho; !SPIRAÀâO CONT¤NUA DE SANGUE E líquidos utilizados na irrigação e lavagem do campo operatório; $ESCOLAMENTO E AFASTAMENTO DO retalho fibromucoso; )DENTIlCAÀâODASESTRUTURASSSEASEO pano ósseo a ser removido bem como respeito às estruturas vizinhas; /STEOTOMIAPARACORREÀâOEREMOÀâO dos excessos com uso de brocas cirúrgicas em turbinas de alta rotação copiosamente irrigadas com água destilada ou soro fisiológico a 0,9% e micro-serras reciprocante ou oscilatória, ou ainda com brocas e micro-motores de baixa rotação irrigados, ou cinzéis e martelo cirúrgico; ,IMAGEMEALISAMENTODASESTRUTURAS ósseas remanescentes; )RRIGAÀâO DO CAMPO OPERATRIO COM soro fisiológico ou água destilada; 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO compressão da área; 3UTURAS 2ECOMENDAÀµESPSOPERATRIAS - Aplicação de frio nas primeiras 24 horas; - Não mastigar no local durante 10 dias; - Alimentação líquida/pastosa, fria/ gelada durante 03 dias; - Aplicação de calor após as primeiras 48 horas; - Utilização da medicação prescrita. Terapia medicamentosa s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL 500 mg) e/ou antiinflamatórios não esteroidais, em intervalos de 6 e 8 horas, respectivamente, na presença de dor e inflamação. s $EVESE CONSIDERAR A PRESCRIÀâO DE solução de gluconato de clorexidina MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s s s a 0,12%, em intervalos de 12 horas durante sete dias. 0RESCRIÀâO DE DEXAMETASONA MG no pré-operatório uma hora antes da cirurgia em procedimentos múltiplos ou uso de osteotomias. !NTIBIOTICOTERAPIA SEMPRE QUE houver história de infecção prévia, em pacientes que realizaram mais de dois procedimentos na mesma sessão ou em cirurgias ósseas. %M PACIENTES ANSIOSOS CONSIDERAR A possibilidade de prescrever ansiolíticos no pré-operatório meia hora antes da cirurgia. Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. s ,ESâO DO NERVO DENTÖRIO INFERIOR OU nervo lingual. Condutas em caso de urgência/emergência Medicação de controle da dor/inflamação e infecção se for o caso. Realizar as abordagens possíveis, de acordo com a situação de urgência/emergência e, quando necessário, encaminhar aos outros serviços de referência especializados. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica s 4O D O P A C I E N T E D E V E R Ö RE C E B E R procedimentos de controle da placa supra (remoção de fatores retentivos e orientação de higiene bucal) e subgengival, remoção de focos infecciosos e raízes residuais. s 3EMPRE QUE POSS¤VEL ENCAMINHAR O paciente com exames laboratoriais e imaginológicos disponíveis nas UBS. Proservação s %NTRE E DIAS APS O TRATAMENTO cirúrgico e remoção de suturas, o paciente deverá ser reavaliado no CEO. s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R E M adequadamente ao tratamento devem s retornar à Atenção Básica para manutenção. 0ACIENTES QUE APRESENTAREM ALGUMA intercorrência trans ou pós-operatória deverão receber acompanhamento adicional. Observações s ,EMBRAR SEMPRE A POSSIBILIDADE DE reaproveitamento da estrutura óssea para a reabilitação, enxertos ósseos e implantes ósseointegrados. 3.2.5.4 Cirurgias de lesões dentárias periapicais Definição Cirurgias com acessos cirúrgicos às raízes ou seus ápices radiculares com a finalidade de removê-las (apicectomia) e /ou retro-obturálas. Indicações Tratamento cirúrgico de dentes com insucesso do tratamento endodôntico convencional e/ou patologias associadas ao periápice dental. Seqüência de intervenção s !NTISEPSIA%XTRABUCALCOMCLOREXIDINA saponácea a 2% ou 4% ou PVPI tópico; s !NTISEPSIAINTRABUCALCOMBOCHECHO de c lorexidina 0,12% por dois minutos; s !NESTESIA TPICA NAS REGIµES A SEREM puncionadas; s !NESTESIAINlLTRATIVAPORBLOQUEIOEOU terminal infiltrativa da área e estruturas anexas; s )SOLAMENTO E SECAGEM DO CAMPO operatório com gaze; s )NCISâO INTRASULCULAR COM EXTENSâO proximal dos dentes adjacentes aos dentes envolvidos de forma a permitir o afastamento do retalho e acesso ao ápice dental; s !SPIRAÀâO CONT¤NUA DE SANGUE E líquidos utilizados na irrigação e lavagem do campo operatório; 61 62 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s s s s s s s $ESCOLAMENTO E AFASTAMENTO DO retalho fibromucoso; )DENTIlCAÀâODASESTRUTURASSSEASEO plano ósseo a ser removido bem como respeito às estruturas vizinhas; /STEOTOMIA PARA ACESSO AO ÖPICE OU foco radicular, apicectomia, preparo cavitário para retro-obturação (quando necessário) com uso de brocas cirúrgicas em turbinas de alta rotação copiosamente irrigadas com água destilada ou soro fisiológico a 0,9% ou ainda com brocas e micro-motores de baixa rotação irrigados, ou cinzéis e martelo cirúrgico; 2ETROOBTURAÀâOCOMCIMENTOSABASE de Mineral Trióxido Agregado (MTA) ou a base de hidróxido de cálcio; ,IMAGEMEALISAMENTODASESTRUTURAS ósseas remanescentes; )RRIGAÀâO DO CAMPO OPERATRIO COM soro fisiológico ou água destilada; 2EADAPTAÀâO DO RETALHO INCLUINDO compressão da área; 3UTURAS 2ECOMENDAÀµESPSOPERATRIAS - Aplicação de frio nas primeiras 24 horas; - Não mastigar no local; - Alimentação líquida/pastosa, fria/ gelada; - Aplicação de calor após as primeiras 48 horas; - Utilização da medicação prescrita. Terapia medicamentosa s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL 500 mg) e/ou anti-inflamatórios não esteroidais, em intervalos de 6 e 8 horas, respectivamente, na presença de dor e inflamação. s $EVESE CONSIDERAR A PRESCRIÀâO DE solução de gluconato de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas durante sete dias. s 0RESCRIÀâODEDEXAMETASONAMGNO pré-operatório, uma hora antes da s s cirurgia, em procedimentos múltiplos ou nos casos em que está indicado o uso de osteotomias. !NTIBIOTICOTERAPIA SEMPRE QUE houver história de infecção prévia, em pacientes que realizaram mais de dois procedimentos na mesma sessão ou em cirurgias ósseas. %M PACIENTES ANSIOSOS CONSIDERAR A possibilidade de prescrever ansiolíticos no pré-operatório meia hora antes da cirurgia. Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. s #ONSIDERAR O RISCO DE TRAUMAS AOS dentes adjacentes; caso ocorra, avaliar a necessidade de encaminhamento para tratamento endodôntico. Condutas em caso de urgência/emergência Medicação de controle da dor/ inflamação e infecção se for o caso. Realizar as abordagens possíveis, de acordo com a situação de urgência/emergência e, quando necessário, encaminhar aos outros serviços de referência especializados. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica s 4O D O P A C I E N T E D E V E R Ö RE C E B E R procedimentos de controle da placa supra (remoção de fatores retentivos e orientação de higiene bucal) e subgengival, remoção de focos infecciosos e raízes residuais. s 3EMPRE QUE POSS¤VEL ENCAMINHAR O paciente com exames laboratoriais e imaginológicos disponíveis nas UBS. Proservação s %NTRE E DIAS APS O TRATAMENTO cirúrgico e remoção de suturas, o paciente deverá ser reavaliado no CEO. s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R E M adequadamente ao tratamento devem MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s retornar à Atenção Básica para manutenção. 0ACIENTES QUE APRESENTAREM ALGUMA intercorrência trans ou pós-operatória deverão receber acompanhamento adicional. 3.2.5.5 Tratamento cirúrgico dos processos infecciosos dos ossos maxilares, Cirurgias de pequenos cistos e tumores benignos intraósseos dos maxilares Definição Tratamento cirúrgico para remoção ou controle dos processos infecciosos, cistos e tumores de ocorrência comum nos maxilares, de origem odontogênica ou não odontogênica. Indicações Tratamento cirúrgico e ou medicamentoso dos processos infecciosos bacterianos, fúngicos ou virais dos maxilares e anexos, dos processos císticos, pseudo-tumorais e tumorais benígnos de ocorrência comum nos maxilares. Seqüência de intervenção s !NTISEPSIA%XTRABUCALCOMCLOREXIDINA saponácea a 2% ou 4% ou iodopovidona – PVPI tópico; s !NTISEPSIAINTRABUCALCOMBOCHECHO de c lorexidina 0,12% por dois minutos; s !NESTESIA TPICA NAS REGIµES A SEREM puncionadas; s !NESTESIAINlLTRATIVAPORBLOQUEIOEOU terminal infiltrativa da área e estruturas anexas; s )SOLAMENTO E SECAGEM DO CAMPO operatório com gaze; s )NCISâO INTRASULCULAR COM EXTENSâO proximal dos dentes adjacentes aos dentes envolvidos de forma a permitir o afastamento do retalho, bem como o acesso e a exposição do sítio cirúrgico; s !SPIRAÀµES CONT¤NUAS DE SANGUE E líquidos, utilizados na irrigação e s s s s s s s s s lavagem do campo operatório; $ESCOLAMENTO E AFASTAMENTO DO retalho fibromucoso; )DENTIlCAÀâODASESTRUTURASSSEASEO plano ósseo a ser removido bem como respeito às estruturas vizinhas; /STEOTOMIA PARA ACESSO AO S¤TIO DA lesão com o uso de brocas cirúrgicas em turbinas de alta rotação copiosamente irrigadas com água destilada ou soro fisiológico a 0,9%, com micro serras reciprocante ou oscilatória ou ainda com brocas e micro-motores de baixa rotação irrigados, ou cinzéis e martelo cirúrgico; %X£RESE DA LESâO OU ACESSO PARA marsupialização quando de lesões císticas; ,IMAGEMEALISAMENTODASESTRUTURAS ósseas remanescentes; )RRIGAÀâO DO CAMPO OPERATRIO COM soro fisiológico ou água destilada; 2EADAPTAÀâODORETALHO 3UTURAS 2ECOMENDAÀµESPSOPERATRIAS - Aplicação de frio nas primeiras 24 horas; - Não mastigar no local; - Alimentação líquida/pastosa, fria/ gelada; - Aplicação de calor após as primeiras 48 horas; - Utilização da medicação prescrita. Terapia medicamentosa s 0 R E S C R I À â O D E A N A L G £ S I C O (paracetamol 500 mg) e ou antiinflamatórios não esteroidais, em intervalos de 6 e 8 horas respectivamente, na presença de dor e inflamação. s $EVESECONSIDERARAPRESCRIÀâODE solução de gluconato de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas durante sete dias. s 0RESCRIÀâODEDEXAMETASONAMG no pré-operatório, uma hora antes da cirurgia, em procedimentos 63 64 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s múltiplos ou nos casos em que está indicado o uso de osteotomias. !NTIBIOTICOTERAPIA SEMPRE QUE houver história de infecção prévia, em pacientes que realizaram mais de dois procedimentos na mesma sessão ou em cirurgias ósseas. %MPACIENTESANSIOSOSCONSIDERAR a possibilidade de prescrever ansiolíticos no pré-operatório meia hora antes da cirurgia. Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTADO procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. Considerar o risco de fraturas ósseas, caso ocorra encaminhar ao centro de referência em nível terciário. s 2ISCOSHEMORRÖGICOS s ,ESâO DO NERVO DENTÖRIO INFERIOR OU nervo lingual nos procedimentos em 3º molares inferiores. Condutas em caso de urgência/emergência Medicação de controle da dor/ inflamação e infecção, se for o caso. Realizar as abordagens possíveis, de acordo com a situação de urgência/emergência e, quando necessário, encaminhar aos outros serviços de referência especializados. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica s 4O D O P A C I E N T E D E V E R Ö RE C E B E R procedimentos de controle da placa supra (remoção de fatores retentivos e orientação de higiene bucal) e subgengival, remoção de focos infecciosos e raízes residuais. s 3EMPRE QUE POSS¤VEL ENCAMINHAR O paciente com exames laboratoriais e imaginológicos disponíveis nas UBS. Proservação s / PACIENTE DEVERÖ SER REAVALIADO NO CEO a cada três meses com radiografia de controle no primeiro ano após a cirurgia. s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M adequadamente ao tratamento deverão s retornar à Atenção Básica para manutenção. 0ACIENTES QUE APRESENTAREM ALGUMA intercorrência trans ou pós-operatória deverão receber acompanhamento adicional. Observações No tratamento destas lesões deve-se levar em consideração a possibilidade de reabilitação do paciente após a cura. 3.2.5.6 Tratamento cirúrgico de defeitos ósseos alveolares dos maxilares Definição Tratamento cirúrgico com objetivo de reconstruir alguma área de osso alveolar que foi perdida por processo patológico anterior, ou defeito de desenvolvimento. Indicações Tratamento cirúrgico para reconstrução de defeitos ósseos intrabucais, utilizando sítios doadores ósseos intrabucais sob anestesia local. Seqüência de intervenção s !NTISEPSIA%XTRABUCALCOMCLOREXIDINA saponácea a 2% ou 4% ou iodopovidona tópico; s !NTISEPSIAINTRABUCALCOMBOCHECHO de c lorexidina 0,12% por dois minutos; s !NESTESIA TPICA NAS REGIµES A SEREM puncionadas; s !NESTESIA INFILTRATIVA POR BLOQUEIO e/ou terminal infiltrativa da área e estruturas anexas do sítio doador e do sítio receptor; s )SOLAMENTO E SECAGEM DO CAMPO operatório com gaze; s )NCISâO DE ACESSO AO S¤TIO DOADOR DE forma a permitir o afastamento do retalho e acesso amplo; s !SPIRAÀâO CONT¤NUA DE SANGUE E líquidos usados na irrigação e lavagem do campo operatório; s $ESCOLAMENTO E AFASTAMENTO DO retalho fibromucoso; MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s s s s s s s s s )DENTIlCAÀâODASESTRUTURASSSEASEO plano ósseo a ser removido bem como respeito às estruturas vizinhas; /STEOTOMIA PARA ACESSO AO S¤TIO COM o uso de brocas cirúrgicas em turbinas de alta rotação copiosamente irrigadas com água destilada ou soro fisiológico a 0,9%, com micro serras reciprocante ou oscilatória ou ainda com brocas e micromotores de baixa rotação irrigados ou cinzéis e martelos cirúrgico; #ONSERVAÀâODOENXERTOSSEOEMSORO fisiológico 0,9%; ,IMAGEMEALISAMENTODASESTRUTURAS ósseas remanescentes; )NCISâODEACESSOAOSITIORECEPTORDE forma a permitir o afastamento do retalho e acesso amplo; &IXAÀâODOENXERTOCOMPARAFUSOSEM titânio de 1,5 mm de espessura; 2EADAPTAÀâODORETALHOSEMTENSâO 3UTURAS 2ECOMENDAÀµESPSOPERATRIAS - Aplicação de frio nas primeiras 24 horas; - Não mastigar no local; - Alimentação líquida/pastosa, fria/ gelada; - Aplicação de calor após as primeiras 48 horas; - Utilização da medicação prescrita. Terapia medicamentosa s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL 500 mg) e/ou antiinflamatórios não esteroidais, em intervalos de 6 e 8 horas, respectivamente, na presença de dor e inflamação. s $EVESE CONSIDERAR A PRESCRIÀâO DE solução de gluconato de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas, durante sete dias. s 0RESCRIÀâO DE DEXAMETASONA MG no pré-operatório uma hora antes da cirurgia em procedimentos múltiplos ou nos casos em que está indicado o uso de osteotomias. s s !NTIBIOTICOTERAPIA SEMPRE QUE HOUVER história de infecção prévia, em pacientes que realizaram mais de dois procedimentos na mesma sessão ou em cirurgias ósseas. %M PACIENTES ANSIOSOS CONSIDERAR A possibilidade de prescrever ansiolíticos no pré-operatório meia hora antes da cirurgia. Cuidados s $EVESE CONSIDERAR A NATUREZA CRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. Considerar o risco de fraturas ósseas; caso ocorra, encaminhar ao centro de referência em nível terciário. s 2ISCODEINFECÀâOEPERDADOENXERTO s 2ISCOSHEMORRÖGICOS s ,ESâO DO NERVO DENTÖRIO INFERIOR OU nervo lingual na remoção do material doador, quando o sitio for o ramo mandibular. Condutas em caso de urgência/emergência Medicação de controle da dor/ inflamação e infecção, se for o caso. Realizar as abordagens possíveis, de acordo com a situação de urgência/emergência e, quando necessário, encaminhar aos outros serviços de referência especializados. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica s 4O D O P A C I E N T E D E V E R Ö RE C E B E R procedimentos de controle da placa supra (remoção de fatores retentivos e orientação de higiene bucal) e subgengival, remoção de focos infecciosos e raízes residuais. s 3EMPRE QUE POSS¤VEL ENCAMINHAR O paciente com exames laboratoriais e imaginológicos disponíveis nas UBS. Proservação s / PACIENTE DEVERÖ SER REAVALIADO NO CEO a cada três meses com radiografia de controle no primeiro ano após a cirurgia. s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M adequadamente ao tratamento 65 66 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s deverão retornar à Atenção Básica para manutenção. 0ACIENTES QUE APRESENTAREM ALGUMA intercorrência trans ou pós-operatória deverão receber acompanhamento adicional. Observações s / 4RATAMENTO PARA RECONSTRUÀâO óssea deve levar em consideração a possibilidade de reabilitação protética do paciente. 3.2.5.7 Tratamento dos processos infecciosos da face e das sinusopatias maxilares de origem odontogênica associadas ou não a comunicações buco-sinusais ou buco-nasais Definição Procedimento cirúrgico que tem por objetivo tratar processos infecciosos de origem odontogênica, fistulosos ou não. Indicações Tratamento cirúrgico de processos infecciosos dos seios maxilares e/ou comunicações bucosinusais de origem odontogênica. Seqüência de intervenção s !NTISEPSIA%XTRABUCALCOMCLOREXIDINA saponácea a 2% ou 4% ou iodopovidona tópico; s !NTISEPSIAINTRABUCALCOMBOCHECHO de c lorexidina 0,12% por dois minutos; s !NESTESIA TPICA NAS REGIµES A SEREM puncionadas; s !NESTESIAINlLTRATIVAPORBLOQUEIOEOU terminal infiltrativa da área e estruturas anexas; s )SOLAMENTO E SECAGEM DO CAMPO operatório com gaze; s )NCISâOEACESSOAOCAMPOCIR¢RGICO s !SPIRAÀâO CONT¤NUA DE SANGUE E líquidos usados na irrigação e lavagem do campo operatório.; s $ESCOLAMENTO E AFASTAMENTO DO retalho fibromucoso; s /STEOTOMIA PARA ACESSO AO S¤TIO DA lesão com o uso de brocas cirúrgicas em s s s s s s turbinas de alta rotação copiosamente irrigadas com água destilada ou soro fisiológico a 0,9%, com micro serras reciprocante ou oscilatória ou ainda com brocas e micro-motores de baixa rotação irrigados, ou cinzéis e martelo cirúrgico; #URETAGEMELAVAGEMDOSEIOMAXILAR em casos de sinusopatias maxilar e crônicas; $ESLOCAMENTODORETALHOPARAOCLUSâO da fístula (se necessário) ou uso do corpo adiposo da bochecha para fechamento da fístula buco-sinusal; ,IMAGEMEALISAMENTODASESTRUTURAS ósseas remanescentes (quando necessário); 2EADAPTAÀâODORETALHOSEMTENSâO 3UTURAS 2ECOMENDAÀµESPSOPERATRIAS - Aplicação de frio nas primeiras 24 horas; - Não mastigar no local; - Alimentação líquida/pastosa, fria/ gelada; - Aplicação de calor após as primeiras 48 horas; - Evitar assoar e/ou prender espirros; - Utilização de medicação prescrita. Terapia medicamentosa s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL 500 mg) e/ou antiinflamatórios não esteroidais, em intervalos de 6 e 8 horas, respectivamente, na presença de dor e inflamação. s $EVESE CONSIDERAR A PRESCRIÀâO DE solução de gluconato de clorexidina a 0,12%, em intervalos de 12 horas durante sete dias. s 0RESCRIÀâO DE DEXAMETASONA MG no pré-operatório uma hora antes da cirurgia em procedimentos múltiplos ou nos casos em que está indicado o uso de osteotomias. s !NTIBIOTICOTERAPIA SEMPRE QUE houver história de infecção prévia, em MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s pacientes que realizaram mais de dois procedimentos na mesma sessão ou em cirurgias ósseas. %M PACIENTES ANSIOSOS CONSIDERAR A possibilidade de prescrever ansiolíticos no pré-operatório meia hora antes da cirurgia. Cuidados s $EVESECONSIDERARANATUREZACRUENTA do procedimento, com capacidade de gerar bacteremia. Considerar o risco de complicações infecciosas dos seios da face; caso ocorra, encaminhar ao serviço de referência especializado em nível terciário. s 2ISCOSHEMORRÖGICOS s ,ESâODONERVOINFRAORBITÖRIO Condutas em caso de urgência/emergência Medicação de controle da dor/ inflamação e infecção, se for o caso. Realizar as abordagens possíveis, de acordo com a situação de urgência/emergência e, quando necessário, encaminhar aos outros serviços de referência especializados. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica s 4O D O P A C I E N T E D E V E R Ö RE C E B E R procedimentos de controle da placa supra (remoção de fatores retentivos e orientação de higiene bucal) e subgengival, remoção de focos infecciosos e raízes residuais. s 3EMPRE QUE POSS¤VEL ENCAMINHAR O paciente com exames laboratoriais e imaginológicos disponíveis nas UBS. Proservação s / PACIENTE DEVERÖ SER REAVALIADO NO CEO a cada três meses com radiografia de controle no primeiro ano após a cirurgia. s 0 A C I E N T E S Q U E R E S P O N D E R A M adequadamente ao tratamento deverão retornar à Atenção Básica para manutenção. s 0ACIENTES QUE APRESENTAREM ALGUMA intercorrência trans ou pós-operatória deverão receber acompanhamento adicional. Observações Considerar sempre a dificuldade técnica do procedimento e a preparação humana e do ambiente necessário para realizar tal procedimento 3.2.6 Material e instrumental necessários s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s !GULHA GENGIVAL DESCARTÖVEL CURTA G30 !GULHA GENGIVAL DESCARTÖVEL LONGA G27 !GULHA HIPOD£RMICA DESCARTÖVEL 30x7 ¬LCOOLET¤LICOA !NEST£SICO LOCAL INJETÖVEL CITOCAINA com felipressina !NEST£SICOLOCALINJETÖVELMEPIVACA¤NA 2% com levonordefrina !NEST£SICOLOCALINJETÖVELMEPIVACAINA 2% com noradrenalina !NEST£SICOLOCALINJETÖVELMEPIVACAINA 2% s/ vasoconstritor !NEST£SICOTPICO !ZULDEMETILENOSOLUÀâOATPICO "ROCA PARA USO ODONTOLGICO !LTA Rotação, carbide esférica – nº 3 "ROCA PARA USO ODONTOLGICO !LTA Rotação, carbide esférica - nº 4 "ROCA PARA USO ODONTOLGICO !LTA Rotação, carbide esférica – nº 8 "ROCA PARA USO ODONTOLGICO !LTA Rotação, carbide esférica – nº 6 "ROCA PARA USO ODONTOLGICO !LTA Rotação, carbide cônica - nº 56 "ROCA PARA USO ODONTOLGICO !LTA Rotação, carbide – nº 701 "ROCA PARA USO ODONTOLGICO !LTA Rotação, carbide – nº 702 "ROCA PARA USO ODONTOLGICO !LTA 2OTAÀâOCARBIDE:EKRYA "ROCA PARA USO ODONTOLGICO !LTA 2OTAÀâOCARBIDE:EKRYA(, #ANETA DE !LTA 2OTAÀâO rpm 67 68 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s #LORETODESDIO ¬GUADESTILADA #LOREXIDINAGLUCONATO #LOREXIDINADIGLUCONATO #LOREXIDINA DIGLUCONATO solução degermante #OMPRESSACIR¢RGICAXEST£RIL #OMPRESSA DE GAZE HIDRFILA EST£RIL 10x10 #OMPRESSADEGAZEHIDRlLAEST£RIL - com 5 unidades $RENODE0ENROSEN &IO DE SUTURA CATGUT CROMADO agulha 2 cm, ½ círc, trian. &IO DE SUTURA CATGUT CROMADO agulha 2 cm, ½ círc, trian. &IO DE SUTURA POLIAMIDA MON agulha 2 cm, ½ círc, trian. &IO DE SUTURA POLIAMIDA MON agulha 2 cm, ½ círc, trian. &IODESUTURAVYCRILRAPIDAGULHA 2 cm, ½ círc, trian. &IODESUTURAVYCRILRAPIDAGULHA 2 cm, ½ círc, trian. &IO DE SUTURA DE SEDA AGULHA cm, ½ círc, trian. &IO DE SUTURA DE SEDA AGULHA cm, ½ círc, trian. &IODESUTURADE.YLONAGULHA cm, ½ círc, trian. &IODEAÀO 2OLODEBARRASMETÖLICASDE%RICH (EMOSTÖTICO LOCAL n ESPONJA DE colágeno liofilizado bovino #ERAPARAHEMOSTASIASSEA + I T C I R ¢ R G I C O O D O N T O L G I C O descartável ,½MINADEBISTURIN ,½MINADEBISTURIN ,½MINADEBISTURIN ,UVACIR¢RGICAEST£RILnA ,UVASDEPROCEDIMENTO 0ONTAPARASUGADORCIR¢RGICOEST£RIL descartável 3ERINGADESCARTÖVELML 3ERINGADESCARTÖVELML -INERAL4RIXIDO!GREGADO-4! s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s +IT DE ATAQUE ÖCIDO ADESIVO E RESINA composta #IMENTO CIR¢RGICO SISTEMA PASTA pasta -ANGUEIRAS DE SILICONE AUTOCLAVÖVEIS para aspiração 0EL¤CULASRADIOGRÖlCASPERIAPICAIS 0EL¤CULASRADIOGRÖlCASOCLUSAIS !BAIXADORDEL¤NGUADE"RUNING !BAIXADORDEL¤NGUADE7EIDEN !FASTADOR&ARABEUF !FASTADOR-EAD !FASTADOR3ENN-UELLER !FASTADOR-INNESOTA !FASTADORDE6OLKMANN !FASTADORES DE LÖBIO 3 PANDEX Plástico !FASTADORDEOBWERGEISERPARABAIXO !FASTADORDEOBWERGEISERPARACIMA !LAVANCAn!PICALRETADE(EIDBRINK !LAVANCA3ELDINRETAN !LAVANCA3ELDINN, !LAVANCA3ELDINN2 !LAVANCASDE0OTTDIREITAEESQUERDA !LVEOLTOMO"LUMENFELD !LVEOLTOMO,UERCURVO !LVEOLTOMO,UERRETO !SPIRADORCOLETORDEOSSO "ANDEJASGRANDESPARACIRURGIA #ABODEBISTURIN #ABOPARAESPELHO %SPELHOBUCALN 3ONDAEXPLORADORA 3ONDAPERIODONTAL 0INÀACL¤NICA 3ERINGA#ARPULE *OGO DE CURETAS DA S£RIE 'RACEY (sugerem-se, no mínimo, as de nº 3-4; 11-12; 13-14) #AIXAPARAINSTRUMENTALCOMFUROS 42x28x12 cm #INZELBISELADO #INZELBIBISELADO #INZELPONTAGOIVAMEIACANA #INZELANGULADODE7AGNER #UBAREDONDAAÀOINOXXCM #URETADE,UCASN MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s #URETADE,UCASN #URETADE,UCASN #URETADE-OLT #ONJUNTO DE SEIS CURETAS PARA SEIOS maxilares $ESCOLADORDEPERISTEO&REER $ESCOLADORDEPERISTEO-OLTN %SlGMOMAN¹METRO %SPÖTULAPARACIMENTOCIR¢RGICO %STETOSCPIO &RCEPSADULTON &RCEPSADULTON, &RCEPSADULTON2 &RCEPSADULTON &RCEPSADULTON &RCEPSADULTON &RCEPSADULTON &RCEPSADULTON &RCEPSINFANTILN &RCEPSINFANTILN ,IMAPARAOSSO3ELDINN ,IMAPARAOSSO3ELDINN ,IMAPARAOSSO3ELDINN -ARTELOCIR¢RGICOMACIÀO 0INÀA!DSONCOMDENTECM 0INÀA!DSONSEMDENTECM 0INÀA!LLIS 0INÀA!NAT¹MICACM 0INÀA"ACKAUSCM 0INÀA"ACKAUSCM 0INÀA#OLLINCM 0INÀA(ALSTEADMOSQUITOCM curva 0INÀA(ALSTEADMOSQUITOCM reta 0INÀA+ELLYCMCURVA 0INÀA+ELLYCMRETA 0INÀAELÖSTICA$IETRICHnCMRETA 0INÀA0EANCM 0LACADEVIDRO 0ONTAPARASUGADORMETÖLICO 0ORTAAGULHA#RILE7OODCOMPONTA de widia -15 cm 3ERINGAPARAANESTESIA#ARPULECOM refluxo 3INDESMTOMO 4ESOURACIR¢RGICAÙRISCURVACM s s s s s s s s 4ESOURACIR¢RGICAÙRISRETACM 4ESOURACIR¢RGICA-ETZENBAUMCM curva 4ESOURACIR¢RGICA-ETZENBAUMCM curva 4ESOURACIR¢RGICA-ETZENBAUMCM reta 4ESOURACIR¢RGICA-ETZENBAUMCM reta 4ESOURAPARAREMOÀâODESUTURA 4ESOURAPARAlODEAÀO 4ESOURA'OLDMAN&OX 69 70 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 4 ENDODONTIA 71 MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 4.1 Manual de Regulação Especialidade clínica: Endodontia Motivos mais freqüentes de encaminhamento: a. Biopulpectomia b. Necrose pulpar c. Retratamento de canal Responsabilidade por nível de atenção Básica: Deve-se resolver a situação de emergência do usuário e monitorá-lo (medicação e troca de curativos) enquanto o mesmo aguarda agendamento no Centro de Especialidades Odontológicas - CEO. O tratamento endodôntico também poderá ser realizado na Unidade Básica de Saúde - UBS, conforme disponibilidade técnica e de equipamento da unidade. As pulpotomias deverão ser realizadas no âmbito da Atenção Básica, inclusive nos casos de rizogênese incompleta com vitalidade pulpar. Antes de encaminhar o usuário ao CEO, o dentista da UBS deverá verificar o p o t e n c i a l d e re v e r s ã o d o p ro c e s s o patológico, realizando proteção pulpar d i re t a o u i n d i re t a e / o u p u l p o t o m i a , aguardando período para acompanhar e avaliar a vitalidade pulpar. O usuário encaminhado deverá apresentar as seguintes situações: s #OMRELAÀâOAODENTEREMOÀâOTOTAL do tecido cariado, curativo de demora e material restaurador provisório, com coroa clínica suficiente para colocação dos grampos de isolamento absoluto, sem mobilidade acentuada e com menos de 2/3 de extrusão por perda do antagonista. s #OM RELAÀâO Ü CAVIDADE BUCAL adequação do meio bucal com remoção dos focos infecciosos. Média: s 4RATAMENTO ENDOD¹NTICO EM DENTE com polpa viva; s 4RATAMENTO ENDOD¹NTICO EM DENTES com polpa sem vitalidade; s 2ETRATAMENTOENDOD¹NTICO s 4R A T A M E N T O D E P E R F U R A À µ E S radiculares; s #ONTRAREFERäNCIAÜ5"3QUEDEMANDOU o atendimento especializado, com orientações pertinentes, se for o caso. Justificativa para encaminhamento Complexidade do procedimento: necessidade de tratamento ou retratamento restaurador endodôntico, tratamento de perfurações radiculares e/ou necessidade de apicectomia. Os pacientes que tiverem dentes reimplantados ou que sofrerem trauma poderão ter prioridade sobre outros. Os critérios e requisitos recomendados para referência e contra-referência aos CEO estão detalhados no Caderno de Atenção Básica nº 17 – Saúde Bucal, Capítulo V. 4.2 Manual Clínico Especialidade clínica: Endodontia 4.2.1 Observação dos critérios de referência e contra-referência Considerar, por meio de verificação da ficha de encaminhamento e exame bucal do usuário, se a situação referenciada teve respeitados os critérios estabelecidos no Manual de Regulação de Endodontia. 4.2.2 Anamnese Realizar anamnese detalhada, com registro de dados pessoais e da situação g e r a l d e s a ú d e, i n c l u i n d o a h i s t ó r i a médica pregressa e a história de doenças/ agravos na familia, cuja determinação ou influência genética é importante; verificar o uso de medicações; avaliar o motivo do 73 74 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS encaminhamento e aspectos que influenciam o problema; identificar e tentar minimizar as possíveis ansiedades ou medos em relação ao atendimento, esclarecer dúvidas e/ou questões apresentadas pelo usuário, etc. Observar a presença ou não de dor. 4.2.3 Exame físico 4.2.3.1 Extrabucal É realizado por um conjunto de inspeção, palpação e avaliação funcional da forma facial, pele facial, tecidos faciais, olhos, ouvidos, nariz, glândulas parótidas, pescoço, articulação temporomandibular. É essencial verificar a presença de nódulos, abscessos ou edemas. 4.2.3.2 Intrabucal (além dos exames de rotina) Avaliar tecidos moles, exame dental e exame periodontal observando os seguintes aspectos considerados essenciais: s 0RESENÀADEMOBILIDADEDENTÖRIA s #ONDIÀµESDACOROACL¤NICA s 3E HOUVE APLICAÀâO DE CURATIVO DE demora s 3EHOUVEREMOÀâODACÖRIEDENTÖRIA s 0RESENÀADEABAULAMENTOPERIAPICAL 4.2.4 Exames complementares Radiografia periapical 4.2.5 Procedimentos endodônticos convencionais 4.2.5.1 Tratamento endodôntico em dentes com polpa viva Definição Tratamento endodôntico em dentes permanentes que sofreram extirpação da polpa dental que apresentava vitalidade. Indicações Para o fechamento hermético do canal radicular, impedindo a instalação de processo infeccioso, possibilitando o selamento biológico apical e contribuindo para a manutenção do elemento dentário na arcada. Seqüência de intervenção s 4OMADA RADIOGRÖFICA PERIAPICAL inicial; s !NESTESIA s )SOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO operatório; s !SSEPSIA s !CESSOÜC½MARAPULPARESTABELECENDO uma forma de conveniência; s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE de realizar a odontometria; s /DONTOMETRIA ESTABELECENDO O comprimento real de trabalho (CRT) de 0,5 a 1,0 mm aquém do ápice; s 0REPARO BIOMEC½NICO DO C ANAL radicular estabelecendo a conicidade do conduto; s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE de ‘prova do cone principal’; s /BTURAÀâORADICULAR s 4OMADARADIOGRÖlCAPERIAPICALlNAL s 3ELAMENTOCORONÖRIO Terapia medicamentosa s 5SO TPICO ASSOCIAÀâO CORTICIDE antibiótico, por exemplo: hidrocortisona + neomicina + polimixina B, como medicação intracanal (curativo de demora). s 5SOSISTäMICO s 0 R E S C R I À â O D E A N A L G £ S I C O (paracetamol 500-750 mg) em intervalos de 4 horas e ou antiinflamatórios não esteroidais, em intervalos de 6 e 8 horas respectivamente, na presença de dor e inflamação. s !NTIBIOTICOTERAPIA s )NDICAÀµES INElCÖCIA DA CONDUTA cirúrgica para solução do processo; acometimento de tecidos moles vizinhos; comprometimento sistêmico (hiperemia, linfoadenopatia regional, leucocitose e neutrocitose); presença de imunodepressão. Esquemas de administração: penicilina V (500.000 UI), VO, em intervalos de 6 horas por 7 dias ou amoxicilina (500 mg), MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL VO, em intervalos de 8 horas por 7 dias ou eritromicina (250 mg), VO, em intervalos de 6 horas por 7 dias ou claritomicina (250 mg), VO, em intervalos de 12 horas por 7 dias. Cuidados s #ONTAMINAÀâO POR ROMPIMENTO do lençol de borracha ou perda do selamento coronário. s 0ERICEMENTITE Condutas em caso de urgência/emergência s 2ETIRADADOSELAMENTOCORONÖRIOPARA descompressão; s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOLGICOOUÖGUA de cal; s 2ENOVAÀâO DO CURATIVO DE DEMORA (associação corticóide-antibiótico); s !PLICAÀâODENOVOSELAMENTOCORONÖRIO s -EDICAÀâOSISTäMICASENECESSÖRIO Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica s 2EMOÀâODETECIDOCARIADO s %XTIRPAÀâOPULPAR s !PLICAÀâODECURATIVODEDEMORA s 3ELAMENTOCORONÖRIO s -EDICAÀâOSISTäMICASENECESSÖRIO Proservação s 0O R D O I S A N O S C O M A V A L I A À â O semestral, através de exame clínico e radiográfico. s $EVERÖSERFEITANOPRPRIO#%/OU na UBS, conforme a pactuação local. Observações s $ENTES INICIALMENTE TRATADOS COMO vitais e que sofreram contaminação por perda do selamento coronário ou rompimento do lençol de borracha deverão ser tratados como “dentes sem vitalidade pulpar”. s $ENTES COM RIZOGäNESE INCOMPLETA deverão ser submetidos à pulpotomia na UBS. Material e instrumental necessários s 0EL¤CULASRADIOGRÖFICASPERIAPICAIS s "ROCASPARAALTAROTAÀâO s s s s s s s s s s s s s s s "ROCASPARABAIXAROTAÀâO !MPLIADORESDEORIF¤CIO 2£GUAMILIMETRADA ,IMASENDOD¹NTICAS %SPAÀADORESDIGITAIS $IQUEDEBORRACHA 3ERINGALUERLOKPARAIRRIGAÀâO #½NULASPARAASPIRAÀâO 'RAMPOS 0ERFURADORDEBORRACHA 0INÀAPORTAGRAMPOS 3ERINGACARPULE 3OLUÀâOIRRIGADORASOROlSIOLGICOOU água de cal) #ONESDEPAPELABSORVENTE #ONES DE GUTAPERCHA PRINCIPAL E secundário 4.2.5.2 Tratamento endodôntico em dentes com polpa sem vitalidade Definição Tratamento endodôntico em dentes permanentes que não apresentam mais vitalidade devido à necrose do tecido pulpar. Indicações Para o saneamento do sistema de canais radiculares e posterior fechamento hermético do canal radicular, impedindo a reinstalação de processo infeccioso, possibilitando o selamento biológico apical e contribuindo para a manutenção do elemento dentário na arcada. Seqüência de intervenção s 4OMADA RADIOGRÖFICA PERIAPICAL inicial; s !NESTESIA s )SOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO operatório; s !SSEPSIA s !CESSOÜC½MARAPULPARESTABELECENDO uma forma de conveniência; s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE de realizar a odontometria; s /DONTOMETRIA ESTABELECENDO O comprimento real de trabalho (CRT) de 0,5 a 1,0 mm aquém do ápice; 75 76 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s s s 0REPARO BIOMEC½NICO DO C ANAL radicular estabelecendo a conicidade do conduto; 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE de ’prova do cone principal’; /BTURAÀâORADICULAR 4OMADARADIOGRÖlCAPERIAPICALlNAL 3ELAMENTOCORONÖRIO Terapia medicamentosa s 5SO TPICO TRICRESOL FORMALINA paramonoclorofenol com nitrofurazona (2 mg)/pasta de hidróxido de cálcio (curativo de demora) => de acordo com a técnica empregada pelo profissional; s 5SOSISTäMICO0RESCRIÀâODEANALG£SICO (paracetamol 500-750 mg) em intervalos de 4 horas e/ou antiinflamatórios não esteroidais, em intervalos de 6 e 8 horas respectivamente, na presença de dor e inflamação. Antibioticoterapia: Indicações: ineficácia da conduta cirúrgica para solução do processo; acometimento de tecidos moles vizinhos; comprometimento sistêmico (hiperemia, linfoadenopatia regional, leucocitose e neutrocitose); presença de imunodepressão. Esquemas de administração: penicilina V (500.000 UI), VO, em intervalos de 6 horas por 7 dias ou amoxicilina (500 mg), VO, em intervalos de 8 horas por 7 dias ou eritromicina (250 mg), VO, em intervalos de 6 horas por 7 dias ou claritomicina (250 mg), VO, em intervalos de 12 horas por 7 dias. Cuidados s #ONTAMINAÀâO POR ROMPIMENTO do lençol de borracha ou perda do selamento coronário. s 0ERICEMENTITE s 2EAGUDIZAÀâODOPROCESSOCR¹NICO Condutas em caso de urgência/emergência s 2ETIRADADOSELAMENTOCORONÖRIOPARA descompressão; s )RRIGAÀâOCOMSOLUÀâODE,ABARRAQUE s 2ENOVAÀâO DO CURATIVO DE DEMORA s s (tricresol formalina/paramonoclorofenol com nitrofurazona (2 mg)/pasta de hidróxido de cálcio); !P L I C A À â O D E N OV O S E L A M E N T O coronário; -EDICAÀâOSISTäMICASENECESSÖRIO Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica s 2EMOÀâODETECIDOCARIADO s %XTIRPAÀâOPULPAR s !PLICAÀâODECURATIVODEDEMORA s 3ELAMENTOCORONÖRIO s -EDICAÀâOSISTäMICASENECESSÖRIO Proservação s 0ORDOISANOSCOMAVALIAÀâOSEMESTRAL através de exames clínico e radiográfico. s $EVERÖSERFEITANOPRPRIO#%/OU na UBS, conforme a pactuação local. Observações s $ENTES CUJA LESâO APS ANOS DO tratamento, não sofreu regressão e apresentando-se com mais de 1 mm de diâmetro constatado no exame radiográfico deverão ser submetidos ao retratamento. Material e instrumental necessários s 0EL¤CULASRADIOGRÖlCASPERIAPICAIS s "ROCASPARAALTAROTAÀâO s "ROCASPARABAIXAROTAÀâO s !MPLIADORESDEORIF¤CIO s 2£GUAMILIMETRADA s ,IMASENDOD¹NTICAS s %SPAÀADORESDIGITAIS s $IQUEDEBORRACHA s 3ERINGALUERLOKPARAIRRIGAÀâO s #½NULASPARAASPIRAÀâO s 'RAMPOS s 0ERFURADORDEBORRACHA s 0INÀAPORTAGRAMPOS s 3ERINGACARPULE s 3OLUÀâO IRRIGADORA DESINFETANTE hipoclorito de sódio a 2,5% - solução de Labarraque s #ONESDEPAPELABSORVENTE s #ONES DE GUTAPERCHA PRINCIPAL E secundário MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 4.2.5.3 Retratamento endodôntico em dentes permanentes Definição Novo tratamento endodôntico decorrente do insucesso do tratamento anterior. Indicações Para correção de causas de insucesso no tratamento anterior, objetivando o fechamento hermético do canal radicular, impedindo a reinstalação de processo infeccioso, possibilitando o selamento biológico apical e contribuindo para a manutenção do elemento dentário na arcada. Seqüência de intervenção s 4OMADA RADIOGRÖFICA PERIAPICAL inicial; s !NESTESIA s )SOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO operatório; s !SSEPSIA s !CESSOÜC½MARAPULPARESTABELECENDO uma forma de conveniência; s 2EMOÀâODOMATERIALOBTURADOR s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE de realizar a odontometria; s /DONTOMETRIA ESTABELECENDO O comprimento real de trabalho (CRT) de 0,5 a 1,0 mm aquém do ápice; s 0REPARO BIOMEC½NICO DO C ANAL radicular estabelecendo a conicidade do conduto; s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE de ’prova do cone principal’; s /BTURAÀâORADICULAR s 4OMADARADIOGRÖlCAPERIAPICALlNAL s 3ELAMENTOCORONÖRIO Terapia medicamentosa s 5SO TPICO TRICRESOL FORMALINA paramonoclorofenol com nitrofurazona (2 mg)/ pasta de hidróxido de cálcio (curativo de demora) => de acordo com a técnica empregada pelo profissional. s 5SOSISTäMICO s 0RESCRIÀâODEANALG£SICOPARACETAMOL 500-750 mg) em intervalos de 4 horas e ou antiinflamatórios não esteroidais, em intervalos de 6 e 8 s horas respectivamente, na presença de dor e inflamação. !NTIBIOTICOTERAPIA)NDICAÀµES ineficácia da conduta cirúrgica para solução do processo; acometimento de tecidos moles vizinhos; comprometimento sistêmico (hiperemia, linfoadenopatia regional, leucocitose e neutrocitose); presença de imunodepressão. Esquemas de administração: penicilina V (500.000 UI), VO, em intervalos de 6 horas por 7 dias ou amoxicilina (500 mg), VO, em intervalos de 8 horas por 7 dias ou eritromicina (250 mg), VO, em intervalos de 6 horas por 7 dias ou claritomicina (250 mg), VO, em intervalos de 12 horas por 7 dias. Cuidados s #ONTAMINAÀâO POR ROMPIMENTO do lençol de borracha ou perda do selamento coronário. s 0ERICEMENTITE s 2EAGUDIZAÀâODOPROCESSOCR¹NICO Condutas em caso de urgência/emergência s 2ETIRADADOSELAMENTOCORONÖRIOPARA descompressão; s 2EMOÀâO DO MATERIAL RESTAURADOR endodôntico; s )RRIGAÀâOCOMSOLUÀâODE,ABARRAQUE s !PLICAÀâODOCURATIVODEDEMORATRICRESOL formalina/paramonoclorofenol com furacin/pasta de hidróxido de cálcio); s !PLICAÀâO DE NOVO SELAMENTO coronário; s -EDICAÀâOSISTäMICASENECESSÖRIO Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica s %XAMECL¤NICOERADIOGRÖlCO s %NCAMINHAMENTODASNECESSIDADESDE retratamento para o CEO. Proservação s 0ORDOISANOSCOMAVALIAÀâOSEMESTRAL através de exame clínico e radiográfico. s $EVERÖSERFEITANOPRPRIO#%/ 77 78 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS Observações s 4ODO RETRATAMENTO DE V ERÖ SER considerado como um tratamento de “dente sem vitalidade”. s % M C A S O D E I N S U C E S S O D E V E R Ö ser encaminhado para cir urgia paraendodôntica. Material e instrumental necessários s 0EL¤CULASRADIOGRÖlCASPERIAPICAIS s "ROCASPARAALTAROTAÀâO s "ROCASPARABAIXAROTAÀâO s !MPLIADORESDEORIF¤CIO s 2£GUAMILIMETRADA s ,IMASENDOD¹NTICAS s %SPAÀADORESDIGITAIS s $IQUEDEBORRACHA s 3ERINGALUERLOKPARAIRRIGAÀâO s #½NULAPARAASPIRAÀâO s 'RAMPOS s 0ERFURADORDEBORRACHA s 0INÀAPORTAGRAMPOS s 3ERINGACARPULE s 3OLUÀâO IRRIGADORA DESINFETANTE (hipoclorito de sódio a 2,5% - solução de Labarraque) s #ONESDEPAPELABSORVENTE s #ONES DE GUTAPERCHA PRINCIPAL E secundário s 3OLVENTES DE GUTAPERCHA EUCALIPTOL ou óleo de laranjeira) s %$4! 4.2.5.4 Tratamento de perfurações radiculares Definição Tratamento que visa reparar perfurações na raiz dentária. Indicações Para reparo da perfuração e prevenção do aparecimento de lesão endo-periodontal que acarretaria a perda dentária. Seqüência de intervenção s 4OMADA RADIOGRÖFICA PERIAPICAL inicial; s !NESTESIA s )SOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO operatório; s s s s s s s s s s s !SSEPSIA !CESSOÜC½MARAPULPARESTABELECENDO uma forma de conveniência; 2EMOÀâO DO MATERIAL OBTURADOR quando houver; 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE de realizar a odontometria; /DONTOMETRIA ESTABELECENDO O comprimento real de trabalho (CRT) de 0,5 a 1,0 mm aquém do ápice; 0REPARO BIOMEC½NICO DO C ANAL radicular estabelecendo a conicidade do conduto; !PLICAÀâO DO -INERAL 4RIXIDO Agregado (MTA); 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADEDE “prova do cone principal” e constatação do fechamento da perfuração; /BTURAÀâORADICULAR 4OMADARADIOGRÖlCAPERIAPICALlNAL 3ELAMENTOCORONÖRIO Terapia medicamentosa s 5SO TPICO tricresol formalina / paramonoclorofenol com nitrofurazona (2 mg)/ pasta de hidróxido de cálcio (curativo de demora) => de acordo com a técnica empregada pelo profissional. s 5SOSISTäMICO s 0 R E S C R I À â O D E A N A L G £ S I C O (paracetamol 500-750 mg) em intervalos de 4 horas e ou antiinflamatórios não esteroidais, em intervalos de 6 e 8 horas respectivamente, na presença de dor e inflamação. s ! N T I B I O T I C O T E R A P I A )N D I C A À µ E S ineficácia da conduta cirúrgica para solução do processo; acometimento de tecidos moles vizinhos; comprometimento sistêmico (hiperemia, linfoadenopatia regional, leucocitose e neutrocitose); presença de imunodepressão. Esquemas de administração: penicilina V (500.000 UI), VO, em intervalos de 6 horas por 7 dias ou amoxicilina (500 mg), VO, em intervalos de 8 horas por 7 dias ou eritromicina MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL (250 mg), VO, em intervalos de 6 horas por 7 dias ou claritomicina (250 mg), VO, em intervalos de 12 horas por 7 dias. Cuidados s 0ERDADENTÖRIADEPENDENDODOGRAUDE severidade e região da perfuração. Condutas em caso de urgência/emergência s 2ETIRADADOSELAMENTOCORONÖRIOPARA descompressão; s )RRIGAÀâOCOMSOLUÀâOINDICADAPARAO caso; s 2ENOVAÀâO DO CURATIVO DE DEMORA indicado para o caso; s ! P L I C A À â O D E N O V O S E L A M E N T O coronário; s -EDICAÀâOSISTäMICASENECESSÖRIO Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica s %XAMECL¤NICOERADIOGRÖlCO s %NCAMINHAMENTO DIRETO PARA O CEO Proservação s 0O R D O I S A N O S C O M A V A L I A À â O semestral, através de exame clínico e radiográfico. s $EVERÖSERFEITANOPRPRIO#%/ Observações Não se aplica. Material e instrumental necessários s 0EL¤CULASRADIOGRÖlCASPERIAPICAIS s "ROCASPARAALTAROTAÀâO s "ROCASPARABAIXAROTAÀâO s !MPLIADORESDEORIF¤CIO s 2£GUAMILIMETRADA s ,IMASENDOD¹NTICAS s %SPAÀADORESDIGITAIS s $IQUEDEBORRACHA s 3ERINGALUERLOKPARAIRRIGAÀâO s #½NULASPARAASPIRAÀâO s 'RAMPOS s 0ERFURADORDEBORRACHA s 0INÀAPORTAGRAMPOS s 3ERINGACARPULE s 3OLUÀâOIRRIGADORASOROlSIOLGICOOU s s s água de cal, nos casos de polpa viva; ou hipoclorito de sódio a 2,5% - solução de Labarraque, nos casos de polpa sem vitalidade) #ONESDEPAPELABSORVENTE #ONES DE GUTAPERCHA PRINCIPAL E secundário -INERAL4RIXIDO!GREGADO-4! 4.2.6 Procedimentos endodônticos com utilização de instrumentos rotatórios de níquel titânio O tratamento endodôntico tem como meta solucionar os problemas e alterações pulpares e periapicais causadas por agentes agressores externos, fatores estes que podem ocasionar diferentes alterações, a depender da intensidade e freqüência. Dentre as fases que compõem a terapia endodôntica, destaca-se o preparo químicocirúrgico do sistema de canais radiculares, que tem como objetivos pr incipais a sanific ação e a modelagem do c anal. A sanificação está relacionada com as alterações patológicas, sujidades, resíduos, microorganismos e endotoxinas bacterianas, presentes no sistema de canais radiculares. Assim sendo, para que se atinja esse objetivo, é fundamental a associação da utilização de instrumentos mecânicos e de substâncias químicas auxiliares. Além de uma boa limpeza, outro ponto fundamental no preparo do sistema de canais radiculares é a modelagem. Essa condição é obtida por meio da ação dos instrumentos endodônticos nas paredes dos c anais radiculares, com a proposta de produzir uma forma geométrica cilíndrico-cônica, ideal à adaptação dos cones de guta-percha durante os procedimentos de obturação do canal radicular. Todos estes objetivos devem ser atingidos, mesmo levando em consideração as dificuldades decorrentes das variáveis anatômicas, tais como diâmetro e curvatura dos canais, as quais podem ocasionar problemas como perfurações radiculares e fraturas dos instrumentos. 79 80 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS Quanto ao aspecto evolutivo desse preparo químico cirúrgico, vale citar o avanço em sua realização, desde o uso de limas manuais de aço (associadas a técnicas seriadas convencionais), passando por técnicas escalonadas ápico-cervicais e, em seguida, às técnicas cérvico-apicais associadas às brocas de Gates-Glidden ou Peeso. A evolução no preparo químico cirúrgico continuou com as tentativas de mecanização da instrumentação, inicialmente por meio do ultrasom, que não trouxe melhoria considerável com relação aos resultados alcançados pelas técnicas manuais. Um significativo avanço ocorreu a partir do desenvolvimento de instrumentos endodônticos com a liga de níquel-titânio. Sua grande flexibilidade e baixa força de deflexão facilitaram os preparos de canais curvos, diminuindo os acidentes operatórios. Todavia, o surgimento dos rotatórios à base de níqueltitânio apresentou ganhos ainda maiores no preparo químico-cirúrgico. A mecanização da instrumentação já vinha sendo testada com instrumentos de aço, como uso de brocas, Canal Master, aparelhos de ultra-som e, finalmente, os rotatórios de níquel-titânio (NITI). Mesmo necessitando de um investimento financeiro mais elevado, a instrumentação com rotatórios de NITI apresenta vantagens, à medida que reduz o número de consultas e possibilita a ampliação da capacidade de atendimentos. Existem diferentes fabricantes de instrumentos rotatórios e distintas técnicas associadas à utilização desses instrumentos. A seguir são apresentadas orientações que levam em consideração a associação da instrumentação com rotatórios de níquel-titânio e a obturação do canal com a técnica de cone único. 4.2.6.1 Tratamento endodôntico em dentes com polpa viva/morta com instrumentos rotatórios de níquel-titânio e cone único Definição Tratamento endodôntico em dentes permanentes que sofreram extirpação da polpa dental que apresentava vitalidade ou em dentes com polpa morta. Indicações Para o fechamento hermético, limpeza e desinfecção do canal radicular, possibilitando o selamento biológico apical e contribuindo para a manutenção do elemento dentário na arcada. Seqüência de intervenção s 4OMADA RADIOGRÖFICA PERIAPICAL inicial; s !NESTESIA s )SOLAMENTO ABSOLUTO DO CAMPO operatório; s !SSEPSIA s !CESSOÜC½MARAPULPARESTABELECENDO uma forma de conveniência; s 0REPARO DOS TERÀOS CERVICAL E M£DIO com brocas de gates-gliden nº 1, 2 e 3 e instrumentos rotatórios de NITI de grande conicidade; s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE de realizar a odontometria; s /DONTOMETRIA ESTABELECENDO O comprimento real de trabalho (CRT) de 0,5 a 1,0 mm aquém do ápice; s 0REPARO DO TERÀO APICAL COM OS instrumentos rotatórios de NITI de, no mínimo, conicidade 06, primeiro manualmente até o CRT, por medida de segurança, e depois acionados pelo micromotor elétrico; s 4OMADARADIOGRÖlCACOMAlNALIDADE de ’prova do cone único’; s /BTURAÀâORADICULARCOMCONE¢NICO de no mínimo conicidade 06; s 4OMADARADIOGRÖlCAPERIAPICALlNAL s 3ELAMENTOCORONÖRIO Terapia medicamentosa s 5SO TPICO ASSOCIAÀâO CORTICIDE antibiótico, por exemplo: hidrocortisona + neomicina + polimixina B, como medicação intracanal (curativo de demora). s 5SOSISTäMICO0RESCRIÀâODEANALG£SICO (paracetamol 500-750 mg) em intervalos de 4 horas e ou antiinflamatórios não esteroidais, em intervalos de 6 e 8 horas respectivamente, na presença de MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL dor e inflamação. Antibioticoterapia: Indicações: ineficácia da conduta cirúrgica para solução do processo; acometimento de tecidos moles vizinhos; comprometimento sistêmico (hiperemia, linfoadenopatia regional, leucocitose e neutrocitose); presença de imunodepressão. Esquemas de administração: penicilina V (500.000 UI), VO, em intervalos de 6 horas por 7 dias ou amoxicilina (500 mg), VO, em intervalos de 8 horas por 7 dias ou eritromicina (250 mg), VO, em intervalos de 6 horas por 7 dias ou claritomicina (250 mg), VO, em intervalos de 12 horas por 7 dias. Cuidados s #ONTAMINAÀâO POR ROMPIMENTO do lençol de borracha ou perda do selamento coronário. s 0ERICEMENTITE s 2EAGUDIZAÀâO Condutas em caso de urgência/emergência s 2ETIRADADOSELAMENTOCORONÖRIOPARA descompressão; s )RRIGAÀâOCOMSOROlSIOLGICOOUÖGUA de cal; s 2ENOVAÀâO DO CURATIVO DE DEMORA (associação corticóide-antibiótico); s !P L I C A À â O D E N OV O S E L A M E N T O coronário; s -EDICAÀâOSISTäMICASENECESSÖRIO Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica s 2EMOÀâODETECIDOCARIADO s %XTIRPAÀâOPULPAR s !PLICAÀâODECURATIVODEDEMORA s 3ELAMENTOCORONÖRIO s -EDICAÀâOSISTäMICASENECESSÖRIO Proservação s 0OR DOIS ANOS COM AVALIAÀâO semestral, através de exames clínico e radiográfico. s $EVERÖ SER NO #%/ OU NA 5"3 conforme a pactuação local. Observações s $ENTES INICIALMENTE TRATADOS COMO vitais e que sofreram contaminação por perda do selamento coronário ou rompimento do lençol de borracha deverão ser tratados como “dentes sem vitalidade pulpar”. s $ENTES COM RIZOGäNESE INCOMPLETA deverão ser submetidos à pulpotomia na UBS. Material e instrumental necessários s 0EL¤CULASRADIOGRÖlCASPERIAPICAIS s "ROCASPARAALTAROTAÀâO s "ROCASDE'ATES'LIDDEN s 2£GUAMILIMETRADA s ,IMASENDOD¹NTICAS s -ICROMOTOREL£TRICOCOMCONTROLEDE torque e velocidade s )NSTRUMENTOSROTATRIOS.)4) s $IQUEDEBORRACHA s 3ERINGALUERLOKPARAIRRIGAÀâO s #½NULAPARAASPIRAÀâO s 'RAMPOS s 0ERFURADORDEBORRACHA s 0INÀAPORTAGRAMPOS s 3ERINGACARPULE s 3OLUÀâO IRRIGADORA (IPOCLORITO DE sódio a 1% - Solução de Milton, Endo PTC e EDTA-T) s #ONESDEPAPELABSORVENTE s #ONESDEGUTAPERCHAESPEC¤lCOSPARA a técnica do cone único 81 82 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 5 PRÓTESE DENTÁRIA 83 MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 5.1 Manual de Regulação Especialidade clínica: Prótese dentária Motivos mais freqüentes de encaminhamento: a. Desdentados totais; b. Desdentados parciais; c. Perda unitária de elemento dental; d. Perda de estrutura dentária em mais de três faces. Responsabilidade por nível de atenção Básica: Deverão ser realizados todos os procedimentos clínicos básicos e, após, realizase na Atenção Básica a reabilitação por próteses totais e/ou parciais removíveis superiores, inferiores ou ambas. Em municípios cuja Atenção Básica não provê reabilitação protética, os usuários deverão ser encaminhados à atenção especializada com as necessidades de dentística, cirurgia ou periodontia básicas sanadas. Média: Reabilitação por próteses parciais fixas e fixas unitárias; instalação de retentores intra-radiculares indiretos; reabilitação por próteses totais e parciais removíveis superiores, inferiores ou ambas, em municípios onde não há cobertura deste serviço na Atenção Básica. Justificativa para encaminhamento Pacientes que necessitem de reabilitação protética parcial ou total em municípios cuja Atenção Básica não provê estes tipos de procedimentos. 5.2 Manual Clínico Especialidade clínica: Prótese dentária 5.2.1 Observação dos critérios de referência e contra-referência Considerar, por meio de verificação da ficha de encaminhamento e exame bucal do usuário, se a situação referenciada teve respeitados os critérios estabelecidos no Manual de Regulação de Prótese. 5.2.2 Anamnese Registro de dados pessoais e da situação g e r a l d e s a ú d e, i n c l u i n d o a h i s t ó r i a médica pregressa e a história de doenças/ agravos na familia, cuja determinação ou influência genética é importante; verificar o uso de medicações; avaliar o motivo do encaminhamento e aspectos que influenciam o problema; identificar e tentar minimizar as possíveis ansiedades ou medos em relação ao atendimento, esclarecer dúvidas e/ou questões apresentadas pelo usuário, etc. 5.2.3 Exame físico 5.2.3.1 Extrabucal É re a l i z a d o p o r u m c o n j u n t o d e inspeção, palpação e avaliação funcional da forma facial, pele facial, tecidos faciais, olhos, ouvidos, nariz, glândulas parótidas, pescoço, articulação temporomandibular. Alguns fatores auxiliam no planejamento, na execução e no prognóstico: s !SSIMETRIAFACIALCORDAPELEALTURADE sorriso, entre outros. 5.2.3.2 Intrabucal Avaliar tecidos moles, exame dental e exame periodontal observando os seguintes aspectos considerados essenciais: s 0REENCHIMENTODEODONTOGRAMAEXAME para verificar a presença de lesões de mucosa, lábios e língua que inviabilizem o tratamento ou priorizem indicações para outras especialidades. 5.2.4 Exames complementares É recomendado exame radiográfico para análise da presença de lesões no tecido ósseo de suporte, bem como para busca de restos radiculares e elementos inclusos em áreas edêntulas. 85 86 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS 5.2.5 Procedimentos a serem realizados no CEO ou na Atenção Básica s 5.2.5.1 Prótese total maxilar Prótese total mandibular Moldagem, adaptação e acompanhamento da prótese Definição Conjunto de métodos e técnicas para construção de próteses totais mucossuportadas. É recomendado que estes procedimentos sejam divididos em 6 sessões, conforme descrito a seguir, podendo, excepcionalmente, estar sujeitos a redução ou prorrogação conforme a necessidade do caso. 1ª sessão – exame clínico e moldagem anatômica; 2ª sessão – moldagem funcional; 3ª sessão – registros estéticos e interoclusais; 4ª sessão – prova de dentes; 5ª sessão – instalação 6ª sessão – proservação Indicações Reabilitação estética e funcional de pacientes desdentados totais Seqüência de intervenção s -OLDAGEMANAT¹MICA Feitas em moldeira de estoque para desdentados utilizando alginato ou godiva Todos os moldes devem ser desinfetados antes de seguir para a fase laboratorial. s -OLDAGEMFUNCIONAL Feita com moldeira individual, previamente construída em resina acrílica transparente (evitar o uso de placa base de godiva), ajustada para que não haja zonas de compressão nem sobre-extensão no selado periférico. Esta moldagem deve atender os seguintes passos: ajuste da moldeira com fresas e instrumento rotatório de baixa rotação, programação de bordas com godiva, moldagem de toda a área chapeável e selamento posterior com cera.Todos os moldes devem ser desinfetados antes de seguir para a fase laboratorial. s s 2EGISTROSEST£TICOSEINTEROCLUSAIS Feitos a partir de correções volumétricas e marcações de linhas de referências no rolete de cera sobre chapas de prova, conforme indicação, devendo contemplar registro de dimensão vertical e relação central.Em seguida, deve-se registrar com arco facial a posição do arco superior em relação à articulação temporomandibular e ao PLANODE&RANKFURTPARATRANSFERäNCIADO registro interoclusal para montagem de modelos em Articulador Semi-Ajustável (ASA). 0ROVADEDENTES Prova estética, fonética e de relação de intercuspidação dos dentes. Freqüentemente são necessários ajustes que podem ser realizados na própria sessão. Eventualmente, e em casos de grandes ajustes, poderá ser tomado novo registro interoclusal, a partir da própria chapa de prova dentada e enviá-los para ajuste em laboratório. )NSTALAÀâO Nesta sessão serão feitos ajustes de contorno necessários para aliviar áreas que provoquem dor ou ferimento. Também é fundamental o ajuste oclusal para conferir estabilidade á prótese. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Os usuários desdentados totais, em um ou ambos os arcos, deverão ser encaminhados ao serviço especializado sem presença de restos radiculares, dentes inclusos ou lesões que contra-indiquem a reabilitação ou necessitem de indicação prioritária. Proservação A proservação imediata da prótese deve ser feita até que a prótese esteja adaptada e sem causar máculas. Posteriormente, a proservação deve ser feita preferencialmente na Atenção Básica com retornos semestrais para verificar a presença de lesões, falta de retenção, desadaptação da base, desgastes oclusais e indicação de substituição. MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL Material e instrumental necessários s ¬GUA s ¬LCOOL s ¬LCOOL s !LGINATO s !RCOFACIAL s "ORRIFADORPLÖSTICO s #AMPODEPAPELTIPOBABADORCONECTOR tipo jacaré s #ERA s #ERAUTILIDADE s %SCALADECORDEDENTESDEESTOQUE s %SCALA DE COR DE RESINA PARA BASE DE dentadura s %SPÖTULA s %SPÖTULA,E#RON s %SPÖTULAPLÖSTICAPARAALGINATO s %STILETE s $ISCODEFELTROCOMMANDRIL s &RESAPARADESGASTEDERESINA s 'ARFODE!3!PARADESDENTADO s 'AZE s 'ODIVADEBAIXAFUSâOEMBASTâO s 'RALDEBORRACHAGRANDE s 'RAMPOSDEGRAMPEADORs3OLUÀâO DE hipoclorito de sódio a 1% s ,AMPARINA s ,AMPARINATIPO(ANAU s ,IXASEPONTASDEPOLIMENTO s -ICROMOTOREPEÀADEMâORETA s -OLDEIRASDEESTOQUEPARADESDENTADO s -OLDEIRASINDIVIDUAIS s 0APELARTICULAÀâO s 0ASTADEPOLIMENTO s 0ASTAZINCOENLICA s 0EÀADEMâORETA s 0INÀADE-ULLER s 0LACADEVIDROGROSSA s 2£GUADE7ILLIS s 2£GUADE&OX s 2£GUAmEX¤VEL s 3ACOPLÖSTICOCM8CM s 6ASELINASLIDA 5.2.5.2 Prótese parcial removível maxilar e mandibular Definição Conjunto de métodos e técnicas para construção de prótese parcial removível. É recomendado que estes procedimentos sejam divididos em 6 sessões, conforme descrito a seguir, podendo, excepcionalmente, estar sujeitas a redução ou a prorrogação conforme a necessidade do caso. 1ª sessão – exame clínico, moldagem anatômica, planejamento; 2ª sessão – preparo e moldagem; 3ª sessão – prova da estrutura metálica; 4ª sessão – prova de dentes; 5ª sessão – instalação; 6ª sessão – proservação. Indicações Reabilitação estética e funcional de pacientes desdentados parciais. Seqüência de intervenção s -OLDAGEMANAT¹MICA Feita em moldeira de estoque para dentados utilizando alginato. O modelo anatômico serve para planejamento da posição e dos tipos de retentores utilizados. Nesta fase é importante o uso de delineadores para determinar áreas de retenção e áreas de correção que podem ser preparadas na sessão seguinte.Todos os moldes devem ser desinfetados antes de seguir para a fase laboratorial. s 0REPAROEMOLDAGEM Esta etapa constitui-se no preparo dos nichos para apoios oclusais e linguais conforme o planejamento e conseqüente desenho da prótese. A moldagem de trabalho pode ser feita em silicona de condensação. Contudo, o uso de alginato nesta fase também pode atingir o resultado desejado promovendo economia de custo e de processo. O alginato e a silicona devem ser vazados imediatamente pa ra preser va r as propr iedades dimensionais. Todos os moldes devem ser desinfetados antes de seguir para 87 88 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s s a fase laboratorial.Uma moldagem funcional pode ser importante para estabilização de próteses removíveis com extremidade livre. 2EGISTROINTEROCLUSAL O registro interoclusal deve ser feito de acordo com a complexidade do caso. Em casos de arcos com relação interoclusal estável pode ser feito com lâmina de cera. Em casos de arcos instáveis é necessário o uso de chapas de provas parciais. O registro de arco facial é fundamental para montagem em Articulador SemiAjustável (ASA). Entretanto, casos menos extensos podem ser montados em articuladores não-ajustáveis.Os tratamentos realizados em ASA seguirão os parâmetros ajustáveis segundo as médias populacionais (30o para inclinação da guia condilar e 15o para ângulo de Benett). 0ROVA DA ESTR UTURA METÖLIC A E relações Feita para conferir e ajustar, se necessário, a adaptação da estrutura metálica fundida. Uma nova relação intermaxilar para confirmação pode ser registrada com a colocação de roletes de cera. Nesta sessão deve-se registrar a cor dos dentes e da base da prótese. 0ROVADEDENTES Prova estética, fonética (quando couber) e de relação de intercuspidação dos dentes.Freqüentemente são necessários ajustes que podem ser realizados na própria sessão. Eventualmente, e em casos de grandes ajustes, poderá ser tomado novo registro interoclusal, a partir da própria estrutura dentada e enviá-los para ajuste em laboratório. )NSTALAÀâO Nesta sessão serão feitos ajustes de contorno necessários para aliviar áreas que provoquem dor ou ferimento. Também é fundamental o ajuste oclusal para conferir estabilidade à prótese. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Os usuários desdentados parciais em um ou ambos os arcos deverão ser encaminhados ao serviço especializado sem presença de restos radiculares, dentes inclusos ou lesões que contra-indiquem a reabilitação ou necessitem de indicação prioritária. Proservação A proser vação imediata da prótese deve ser feita pelo CEO ou pela UBS, conforme pactuação local, até que a prótese esteja adaptada e sem causar máculas. Posteriormente, a proser vação deve ser feita preferencialmente na Atenção Básica com retornos semestrais para verificar a presença de lesões, perda de retenção, ajuste de grampos, desadaptação da sela, desgastes oclusais e indicação de substituição. Material e instrumental necessários s ¬GUA s ¬LCOOL s ¬LCOOL s !LGINATO s !RCOFACIAL s "ORRIFADORPLÖSTICO s #AMPODEPAPELTIPOBABADORCONECTOR tipo jacaré s #ERA s #ERAUTILIDADE s %SCALADECORDEDENTESDEESTOQUE s %SCALA DE COR DE RESINA PARA BASE DE dentadura s %SPÖTULA,E#RON s %SPÖTULAN s %SPÖTULAPLÖSTICAPARAALGINATO s %STILETE s $ISCODEFELTROCOMMANDRIL s &RESA s 'ARFODE!3!PARADESDENTADO s 'AZE s 'ODIVADEBAIXAFUSâOEMBASTâO s 'RALCOMÖGUAMORNA s 'RALDEBORRACHAGRANDE s 'RAMPOSDEGRAMPEADORs3OLUÀâO DE hipoclorito de sódio a 1% s *ATODEAR MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s s s s s s s s s s s s s s s s s ,AMPARINA ,AMPARINATIPO(ANAU ,IXASEPONTASDEPOLIMENTO -ICROMOTOREPEÀADEMâORETA -OLDEIRASDEESTOQUEPARADENTADOS -OLDEIRASINDIVIDUAIS 0APELARTICULAÀâO 0ASTADEPOLIMENTO 0ASTAZINCOENLICA 0EÀADEMâORETA 0EDRADEXIDODEALUM¤NIOPARAPEÀA reta 0INÀADE-ULLER 0LACADEVIDROGROSSA 2£GUADE7ILLIS 2£GUAmEX¤VEL 3ACOPLÖSTICOCM8CM 6ASELINASLIDA 5.2.5.3 Prótese parcial temporária Definição Conjunto de métodos e técnicas para construção de próteses parciais temporárias com base acrílica, dentes de estoque e grampos de fios de aço. É recomendado que estes procedimentos sejam divididos em 2 sessões, conforme descrito a seguir, podendo, excepcionalmente, estar sujeitos a redução ou prorrogação conforme a necessidade do caso. 1ª sessão – exame clínico, moldagem anatômica, planejamento. 2ª sessão – Instalação e ajustes da prótese Indicações Reabilitação estética e funcional de usuários desdentados parciais que não tenham condições de receber uma prótese definitiva. Seqüência de intervenção s -OLDAGEMANAT¹MICA Feitas em moldeira de estoque para dentados, utilizando alginato. Todos os moldes devem ser desinfetados antes de seguir para a fase laboratorial.Em casos de oclusão em arcos instáveis é necessário registro interoclusal com chapas de provas parciais, fato que gera uma sessão clínica adicional. s )NSTALAÀâOEAJUSTES A partir da moldagem o laboratório envia a prótese pronta. São necessários ajustes da base da prótese com o objetivo de conseguir uma melhor adaptação, estabilidade e engrenamento oclusal. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Os pacientes desdentados parciais em um ou ambos os arcos deverão ser encaminhados ao ser viço especializado sem presença de restos radiculares, dentes inclusos ou lesões que contra-indiquem a reabilitação ou necessitem de indicação prioritária. Proservação A proservação imediata da prótese deve ser feita pelo CEO ou pela UBS, conforme pactuação local, até que a prótese esteja adaptada e sem causar máculas. Posteriormente, a proservação deve ser feita preferencialmente na Atenção Básica com retornos semestrais, para verificar a presença de lesões, perda de retenção, ajuste de grampos, desadaptação da sela, desgastes oclusais e indicação de substituição. Material e instrumental necessários s #AMPODEPAPELTIPOBABADORCONECTOR tipo jacaré s %SCALADECORDEDENTESDEESTOQUE s %SCALA DE COR DE RESINA PARA BASE DE dentadura s %SPÖTULAPLÖSTICAPARAALGINATO s $ISCODEFELTROCOMMANDRIL s &RESA s 'AZE s 'RALDEBORRACHAGRANDE s (IPOCLORITODESDIOA s *ATODEAR s ,IXASEPONTASDEPOLIMENTO s -ICROMOTOREPEÀADEMâORETA s -OLDEIRASDEESTOQUEPARADENTADOS s 0APELARTICULAÀâO s 0ASTADEPOLIMENTO s 0EÀADEMâORETA s 0INÀADE-ULLER 89 90 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s s 2£GUADE7ILLIS 2£GUAmEX¤VEL 3ACOPLÖSTICOCMXCM 6ASELINASLIDA 5.2.5.4 Reembasamento de prótese Definição Conjunto de métodos e técnicas que visam readaptar a base acrílica de próteses totais e parciais removíveis, inc lusive provisórias que perderam adaptação por remodelamento da área de suporte. Indicações Portadores de próteses totais ou parciais, inc lusive provisór ias, cuja retenção e estabilidade estejam comprometidas pelo remodelamento da área basal de suporte, devido à reabsorção óssea. Seqüência de intervenção Este procedimento pode ser feito de maneira direta com resina acrílica autopolimerizável, nos casos de utilização temporária da prótese. Naqueles em que há previsão de uso prolongado da prótese é sugerido o reembasamento com resina acrílica autopolimerizável prensada em laboratório. s 4£CNICADIRETA s !SPERIZAÀâO DA SUPERF¤CIE INTERNA DA base da prótese. s # O L O C A À â O D E R E S I N A A C R ¤ L I C A autopolimerizável na fase plástica na superfície interna da prótese. s 0OSICIONAMENTODAPRTESENABOCA s !GUARDAR A POLIMERIZAÀâO DA RESINA na boca resfriando a base da prótese com jato de ar e água para minimizar o efeito da exotermia da polimerização do acrílico. s !CABAMENTOEPOLIMENTO s 4£CNICAINDIRETA s -OLDAGEM COM PASTA ZINCOENLICA utilizando como moldeira individual a própria prótese a ser reembasada. s %NVIAR PARA O LABORATRIO PARA prensagem. s .ASESSâOSEGUINTEPROCEDERAAJUSTES de adaptação.Todos os moldes devem ser desinfetados antes de seguir para a fase laboratorial. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Avaliar a necessidade de reembasamento da prótese ou se é indicado confeccionar uma nova prótese. Proservação s ! PROSERVAÀâO IMEDIATA DA PRTESE deve ser feita no CEO ou pela UBS, conforme pactuação local, até que a prótese esteja adaptada e sem causar máculas. Posteriormente, a proservação deve ser feita preferencialmente na Atenção Básica com retornos semestrais para verificar a presença de lesões, perda de retenção, ajuste de grampos, desadaptação da sela, desgastes oclusais e indicação de substituição. Material e instrumental necessários s ¬GUA s ¬LCOOL s ¬LCOOL s "ORRIFADORPLÖSTICO s #AMPODEPAPELTIPOBABADORCONECTOR tipo jacaré s %SCALA DE COR DE RESINA PARA BASE DE dentadura s %SPÖTULA s $ISCODEFELTROCOMMANDRIL s &RESA s 'AZE s 'ODIVADEBAIXAFUSâOEMBASTâO s 'RALCOMÖGUAMORNA s 'RALDEBORRACHAGRANDE s 3OLUÀâODEHIPOCLORITODESDIOA s *ATODEAR s ,AMPARINA s ,AMPARINATIPO(ANAU s ,IXASEPONTASDEPOLIMENTO s -ICROMOTOREPEÀADEMâORETA s - O L D E I R A S D E E S T O Q U E P A R A desdentado s -OLDEIRASINDIVIDUAIS MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s s s s s s s s s 0APELARTICULAÀâO 0ASTADEPOLIMENTO 0ASTAZINCOENLICA 0EÀADEMâORETA 0INÀADE-ULLER 0LACADEVIDROGROSSA 2ESINAACR¤LICAAUTOPOLIMERIZÖVEL 3ACOPLÖSTICOCM8CM 6ASELINASLIDA 5.2.5.5 Coroas provisórias Definição Conjunto de métodos e técnicas que visam construir próteses fixas acrílicas parciais ou unitárias em resina acrílica para uso provisório durante a reabilitação dentária. Indicações Pacientes submetidos a tratamento endodôntico e com urgência de reabilitação para manutenção do vedamento do canal; pacientes com necessidade de restauração completa e imediata da coroa dentária. Seqüência de intervenção Técnica direta: Construídas diretamente na boca com resina acrílica esculpida após a presa com fresas e brocas. Para melhorar a estética podem ser utilizadas facetas de dentes de estoque para reconstituir a face vestibular.Outra técnica que pode ser empregada é a que usa matriz de alginato ou silicona obtida da moldagem do dente integro, ou seja, antes do preparo, que servirá como conformadora do novo provisório (vide a literatura recomendada). Sempre devemos proceder reembasamento da prótese para selamento das bordas do preparo e ajuste oclusal. Técnica indireta: Moldagem total ou parcial com alginato dos dentes ainda sem preparo. Enviar para o laboratório para prensagem de uma prótese provisória. Na sessão seguinte proceder ao reembasamento da prótese para selamento das bordas do preparo e ajuste oclusal.Todos os moldes devem ser desinfetados antes de seguir para a fase laboratorial. Proservação A proservação deve ser feita preferencialmente na Atenção Básica juntamente com o acompanhamento clínico do paciente. Material e instrumental necessários s ¬GUA s ¬LCOOL s ¬LCOOL s !LGINATO s "ORRIFADORPLÖSTICO s #AMPODEPAPELTIPOBABADORCONECTOR tipo jacaré s %SCALADECORDEDENTESARTIlCIAIS s $ISCODEFELTROCOMMANDRIL s &RESA s 'AZE s 'RALDEBORRACHAGRANDE s 3OLUÀâODEHIPOCLORITODESDIOA s *ATODEAR s ,IXASEPONTASDEPOLIMENTO s -ICROMOTOREPEÀADEMâORETA s -OLDEIRASDEESTOQUEPARADENTADOS s 0APELARTICULAÀâO s 0ASTADEPOLIMENTO s 0EÀADEMâORETA s 0INÀADE-ULLER s 0LACADEVIDROGROSSA s 2ESINAACR¤LICAAUTOPOLIMERIZÖVEL s 3ACOPLÖSTICOCMXCM s 3ILICONADECONDENSAÀâOPESADA s 6ASELINASLIDA 91 6 ORTODONTIA E ORTOPEDIA 94 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 6.1 Manual de Regulação Especialidade clínica: Ortodontia e ortopedia Motivos mais freqüentes de encaminhamento: a. Má-oclusões Classes I, II ou III com as possíveis situações: s 6ARIAÀµES TRANSVERSAIS MORDIDA cruzada anterior e/ou posterior uni ou bilateral); s 6ARIAÀµESVERTICAISMORDIDAABERTA anterior e/ou posterior uni ou bilateral, mordida profunda); s 6ARIAÀµES ½NTEROPOSTERIORES (desarmonia de bases ósseas, trespasse dental hor iz ontal acentuado); s !NOMALIAS DENTAIS INDIVIDUAIS (número, forma, tamanho, posição, processo de erupção, perdas precoces dentais); s $ I S C RE P ½ N C I A S T E O D E N T A L alterações funcionais orofaciais. Responsabilidade por nível de atenção Básica: a Equipe de Saúde Bucal, em conjunto com outros profissionais da UBS, planejará e realizará ações preventivas e educativas (orientações sobre: amamentação, dieta, higiene oral, aspectos gerais sobre er upção dos dentes, hábitos nocivos, importância da manutenção e higidez dos dentes e funções orofaciais) e ainda, realizará procedimentos clínicos simples que evitem ou agravem a má-oc lusão (realização de restaurações adequadas, exodontias somente quando necessárias e ulectomia quando indicada; eliminação de interferências oclusais; manutenção de dentes decíduos até esfoliação natural; remoção de hábitos; obser vação da cronologia, seqüência eruptiva e anomalias dento-esqueletais; encaminhamento para otorrinolaringologista e fonoaudiólogo diante de problemas funcionais e/ou musculares, entre outros). Média: tratamento ortodôntico para usuários de 6 anos completos a 12 anos (11 anos, 11 meses e 29 dias) que apresentem as alterações acima descritas e sem necessidade de cirurgia ortognática e os indicados por outras especialidades do CEO para pequenos movimentos ortodônticos com finalidades específicas em que a estética e/ ou função esteja comprometida. Critério clínico para encaminhamento Usuários com idade de 6 a 12 anos (11 anos, 11 meses e 29 dias) com condição oclusal inadequada que não tenha possibilidade de ser resolvida na Atenção Básica. Deverão ser encaminhados com tratamento básico realizado (restaurações, exodontias, raspagem, profilaxia, aplicação tópica de flúor, etc.), higiene bucal controlada e conhecimento da duração prolongada do tratamento por parte do responsável. 6.2 Manual Clinico Especialidade clínica: Ortodontia e ortopedia 6.2.1 Observação dos critérios de referência e contra-referência A v a l i a r, p o r m e i o d a f i c h a d e encaminhamento e exame bucal do usuário, se os critérios estabelecidos no Manual de Regulação de Ortodontia estão sendo respeitados na situação referenciada. 6.2.2 Anamnese Realizar anamnese detalhada observandose os seguintes aspectos considerados essenciais para a ortodontia e ortopedia: s !VALIAÀâO DAS CONDIÀµES F¤SICAS DO paciente (altura, peso, postura e dicção); 95 96 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s s %STÖGIO DE DESENVOLVIMENTO E maturação; (ISTRIAM£DICATIPODEPARTOALTERAÀµES congênitas, doenças da infância, alergias, antecedentes familiares, tratamento médico, uso de medicamentos e intervenções cirúrgicas); (ÖBITOSALIMENTARES (ISTRIA DENTAL CÖRIES RESTAURAÀµES cirurgias e traumas prévios). 6.2.3 Exame físico 6.2.3.1 Extrabucal É realizado por um conjunto de inspeção, palpação e avaliação funcional da forma facial, pele facial, tecidos faciais, olhos, ouvidos, nariz, glândulas parótidas, pescoço e articulação temporomandibular. É essencial verificar: s 0ADRâOFACIAL s 4IPODEPERlLFACIAL s !LTURAEEQUIL¤BRIODETERÀOSFACIAIS s !SSIMETRIA s !NÖLISEFUNCIONALRESPIRAÀâOFONAÀâO deglutição, mastigação, postura, movimentos mandibulares e ATM); s !VALIAÀâOMUSCULARFACIALPERIORALE língua); s DETECÀâODEHÖBITOS 6.2.3.2 Intrabucal Avaliar tecidos moles, exame dental e exame periodontal observando os seguintes aspectos considerados essenciais: s #ONDIÀµESDEHIGIENEBUCAL s 4ECIDOSMOLESINTRABUCAIS s &REIOSLABIALELINGUAL s &ASE E DESENVOLVIMENTO DA DENTIÀâO (seqüência e cronologia eruptiva); s #ONDIÀµESANAT¹MICASANOMALIASDE número, forma e tamanho); s -ÖSPOSIÀµESDENTAISINDIVIDUAIS s #ONDIÀµESCL¤NICASCÖRIESRESTAURAÀµES fraturas e manchas); s !RCOSDENTAISERELAÀâOENTREELESTIPO de má-oclusão, linha média, trespasse horizontal e vertical dos incisivos e Curva de Spee). 6.2.4 Exames complementares 1. Fotografias: s %XTRABUCAISFRENTEPERlLDIREITOE sorriso; s )NTRABUCAISOCLUSALLINGUALFRONTAL e lateral direita e esquerda. 2. Radiografias: s 0ANOR½MICA s 4ELERRADIOGRAlAEMNORMALATERAL e frontal; s 0ERIAPICAIS s -âOEPUNHO 3. Modelos de estudo (superior e inferior) 4. A v a l i a ç ã o f o n o a u d i o l ó g i c a diante de alterações musculares e funcionais. 6.2.5 Procedimentos para tratamento ortodôntico 6.2.5.1 Mantenedor de espaço Definição Dispositivo ortodôntico construído com a finalidade de manutenção das dimensões dos arcos dentais e da normalidade das funções orais evitando conseqüências deletérias ao sistema estomatognático. Indicações Preservar o espaço e manter a normalidade das funções nos casos de: perdas precoces dos dentes decíduos com a presença do sucessor permanente, agenesias, desvio de erupção do dente permanente e aspectos estéticopsicológicos. Seqüência de intervenção Mantenedores removíveis s -OLDAGEM s #ONSTRUÀâODOMODELODETRABALHO s 0LANEJAMENTODOMANTENEDORCONFORME região anterior ou posterior (funcional, anterior e posterior); s %NVIOAOLABORATRIO s )NSTALAÀâODOAPARELHO s /RIENTAÀµES SOBRE USO ADEQUADO cuidados e higienização. MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL Mantenedores Fixos s "ANDAGEM DOS ELEMENTOS DE APOIO ou seleção de coroas dos elementos envolvidos; s -OLDAGEMPARACONSTRUÀâODOMODELO de trabalho; s %LEIÀâODOTIPODEMANTENEDOR"ARRA transpalatina, Arco lingual de Nance, Botão de Nance, Botão de Nance modificado, Banda-alça, Banda-alça com tubo, Coroa-alça, Guia de erupção, AMEC, Sistema Tubo-barra, etc.); s %NVIOAOLABORATRIODEPRTESE s #IMENTAÀâO OU COLAGEM DIRETA DO dispositivo; s /RIENTAÀµES SOBRE USO ADEQUADO cuidados e higienização Terapia medicamentosa Não se aplica. Vantagens s .âOINTERFERENOCRESCIMENTOSSEO s 0ERMITEFUNÀµESCORRETAS s %VITA A INSTALAÀâO DE HÖBITOS BUCAIS deletérios s 0ERMITEUMACORRETAOCLUSâO s &ÖCILCONSTRUÀâO s %ST£TICO s #OMPAT¤VELCOMOSTECIDOSMOLES s &ACILMENTEHIGIENIZÖVEL s 2ESISTENTE Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de problemas com o aparelho, orientar o paciente a não utilizar o mesmo e procurar o serviço para ajuste ou reconstrução. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica s !VALIAÀâODASITUAÀâODOARCODENTAL s 4RATAMENTO BÖSICO RESTAURAÀµES exodontias, raspagem, profilaxia, aplicação tópica de flúor, etc.) e orientações para uma higiene bucal adequada. Proservação Po r m e i o d e a v a l i a ç õ e s e a j u s t e s clínicos ortodônticos no CEO uma vez ao mês ou conforme necessidade durante o desenvolvimento do tratamento. Observações Não se aplica 6.2.5.2 Aparelho fixo bilateral para fechamento de diastema Definição Dispositivo ortodôntico fixo constituído por braquetes colados aos dentes adjacentes ao diastema. Indicações Promover o fechamento de espaço, mantendo contatos justos entre os dentes envolvidos favorecendo a correta dimensão mésio-distal do arco dental e a estética. A abertura de espaço pode ser conseqüência de: divergência das coroas e/ou convergência das raízes dos incisivos centrais; discrepância de Bolton; inserção ampla do freio labial; discrepância ósteo-dental; cistos; tumores; anomalias de número, forma e/ou tamanho dental. Seqüência de intervenção s 0ROFILAXIA DAS SUPERF¤CIES DENTAIS envolvidas; s #ONDICIONAMENTOÖCIDO s !PLICAÀâODOAGENTEDEUNIâO s #OLOCAÀâO DA RESINA NA BASE DO braquete; s #OLAGEMDOSBRAQUETESNASSUPERF¤CIES dentais; s 2EMOÀâO DO EXCESSO DE RESINA EM torno dos braquetes; s 0OLIMERIZAÀâO s )NSERÀâO DE lO ORTOD¹NTICO NOS braquetes para servir como orientador ou nivelador; s ,IGAÀâO DO SISTEMA POR MEIO DE ligadura metálica ou elástica; s !TIVAÀâOPERIDICAAT£OFECHAMENTO desejado; s / R I E N T A À µ E S S O B RE C U I D A D O S E higienização. Terapia medicamentosa Não se aplica. 97 98 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS Vantagens s 0ERMITEUMACORRETAOCLUSâO s &ÖCILCONSTRUÀâO s #OMPAT¤VELCOMOSTECIDOSMOLES s 2ESISTENTE s .âO DEPENDE DA COLABORAÀâO DO paciente a normalidade das funções orais favorecendo o sistema estomatognático em casos onde há necessidade de correção de problemas transversais, verticais, ântero-posteriores, funcionais, de posições individuais ou de grupos de dentes, manutenção de ancoragem e contenção de resultados obtidos. Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de problemas com o aparelho, orientar o paciente a não remover o sistema, fazer uso de cerinhas de proteção e procurar o serviço para ajuste. Seqüência de intervenção s -OLDAGEM s #ONSTRUÀâODOMODELODETRABALHO s 0LANEJAMENTO DO APARELHO REMOV¤VEL conforme finalidade clínica (removíveis com molas digitais, expansores, disjuntores, placas desoclusoras, placas reeducadoras, impedidoras, "IONATOR "IMLER +LAMMT &RANKEL placa dupla de avanço, placa de Cetlin, "IOAJUSTADOR-$PLACASDE(AWLEY placas de contenção, placa com arco extrabucal, placa de ocupação lingual, entre outros); s %NVIOAOLABORATRIO s )NSTALAÀâODOAPARELHO s !JUSTES EOU CONTROLES PERIDICOS conforme indicação; s /RIENTAÀµES SOBRE USO ADEQUADO cuidados e higienização. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Detecção do diastema e dos fatores etiológicos do mesmo. Tratamento básico (restaurações, exodontias, raspagem, profilaxia, aplicação tópica de flúor, etc.) e orientações para uma higiene bucal adequada. Proservação Por meio de avaliações e ajustes clínicos ortodônticos no CEO a cada 21 dias. Observações Diastemas em dentes anteriores durante a dentição mista não devem ser fechados. 6.2.5.3 Aparelhos removíveis Definição Dispositivos ortodônticos removíveis mecânicos ou funcionais que podem ser construídos em resina acrílica e/ou fios ortodônticos e sofrer inclusão, quando indicado, de acessórios como: parafusos, molas e outros, com forças mecânicas que incidem sobre dentes, periodonto, osso alveolar, ossos maxilares, suturas e ATM, ou exercem seus efeitos sobre o sistema neuromuscular de maneira a ocorrer a adaptação estrutural (capacidade biológica de uma estrutura para modificar a sua forma em conseqüência de uma alteração ou normalização funcional). Indicações Promover situações dentais, esqueletais ou dento-esqueletais mais adequadas e auxiliar Terapia medicamentosa Não se aplica. Características s .âOINTERFERIRNANORMALIDADE s ! T U A R C O N F O R M E I N D I C A À â O E finalidade s &ÖCILCONSTRUÀâO s #OMPAT¤VELCOMOSTECIDOSBUCAIS s $EPENDEDACOLABORAÀâODOPACIENTE Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de problemas com o aparelho, orientar o paciente a não utilizar o mesmo e procurar o serviço para ajuste ou reconstrução. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Tr at a mento bá sico (re s t au r açõ e s , exodontias, raspagem, profilaxia, aplicação tópica de f lúor, etc.) e orientações para MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL uma higiene bucal adequada.Para realizar opor t unamente o encaminhamento, o profissional da Atenção Básica deve conhecer aspectos gerais de má-oclusão e estar atento às possíveis anomalias apresentadas. Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de problemas com o aparelho, orientar o usuário a não utilizar o mesmo e procurar o serviço para ajuste ou reconstrução. 6.2.5.4 Placa de mordida Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Tr a t a m e n t o b á s i c o ( re s t a u r a ç õ e s , exodontias, raspagem, profilaxia, aplicação tópica de flúor, etc.) e orientações para uma higiene bucal adequada. Para realizar oportunamente o encaminhamento, o profissional da Atenção Básica deve conhecer aspectos gerais de má-oclusão e estar atento às possíveis anomalias apresentadas. Definição Dispositivo removível construído em resina acrílica ou policarbonato utilizado com finalidade de estabelecimento oclusal adequado ou miorrelaxante. Proservação Por meio de avaliações e/ou ajustes clínicos ortodônticos periódicos no CEO, com a freqüência de acordo com o tipo e indicação do aparelho. Indicações Promover ajustes dentais e relaxamento muscular auxiliando a normalidade das funções. Facilitar o diagnóstico de possíveis alterações oclusais buscando: melhora de sintomatologia dolorosa; correção de problemas funcionais, de posições individuais de dentes e/ou contenção de resultados obtidos. Observações Não se aplica. Proservação Por meio de avaliações e/ou ajustes clínicos ortodônticos periódicos no CEO com freqüência determinada de acordo com o tipo e a finalidade do aparelho removível. Observações Não se aplica. Seqüência de intervenção s #ONSTRUÀâODOMODELODETRABALHO s 0LANEJAMENTO DA PLACA CONFORME material eleito; s %NVIOAOLABORATRIO s )NSTALAÀâODOAPARELHO s !JUSTESEOUCONTROLESPERIDICOS s /RIENTAÀµES SOBRE USO ADEQUADO cuidados e higienização. Terapia medicamentosa Não se aplica. Características s .âODEVEINTERFERIRNANORMALIDADE s ! T U A R C O N F O R M E I N D I C A À â O E finalidade s &ÖCILCONSTRUÀâO s #OMPAT¤VELCOMOSTECIDOSBUCAIS s $EPENDEDACOLABORAÀâODOPACIENTE 6.2.5.5 Plano inclinado Definição D i s p o s i t i v o re mov í v e l c o n s t r u í d o em resina acrílica ou resina composta fotopolimerizável diretamente nos elementos dentais afetados. Indicações Correção de problemas ânteroposteriores (desarmonia de bases ósseas) e dentais transversais (mordida cruzada). Seqüência de intervenção Removível s -OLDAGEM s #ONSTRUÀâODOMODELODETRABALHO s %NVIOAOLABORATRIO s )NSTALAÀâODOAPARELHO s !JUSTESEOUCONTROLESPERIDICOS s /RIENTAÀµES SOBRE USO ADEQUADO cuidados e higienização. Fixo (Plano inclinado em resina acrílica ou fotopolimerizável) – em resina acrílica: s #ONSTRUÀâODOMODELODETRABALHO s %NVIOAOLABORATRIO 99 100 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s )NSTALAÀâODOAPARELHO !JUSTESEOUCONTROLESPERIDICOS /RIENTAÀµES SOBRE USO ADEQUADO cuidados e higienização; s -ANUTENÀâO DO PLANO POR TEMPO necessário à resolução do problema; s 2EMOÀâODOPLANO Em resina fotopolimerizável: s %M DENTES DEC¤DUOS COM MORDIDA cruzada posterior funcional; s )NDICADOQUANDOOSAJUSTESOCLUSAIS (desgates) não são suficientes para equilibrar a função oclusal; s 0O S S U I I N C L I N A À â O V E S T ¤ B U L O lingual (maior altura na vestibular dos superiores e l ing ua l dos inferiores); s !PL ICASE RESINA NOS DENTES DA maxila, face oclusal e vestibular, depois nos inferiores com inclinação contrária buscando o paralelismo com o Plano de Camper; s 0ODESERAPLICADOUNIOUBILATERALMENTE s $ URANTE OS MOVIMENTOS LÖTERO protrusivos, devem existir contatos em todos os dentes; s !SPISTASSâOELIMINADASJUNTOCOMA esfoliação dos dentes; s $EVE EXISTIR COMPATIBILIDADE ENTRE O tamanho da mandíbula e da maxila. Se não houver, está recomendado o aparelho de expansão; s /CONJUNTODEVESEGUIROPARALELISMO das arcadas, porém mantendo-se a individualidade dos dentes; s -£TODOSIMPLESEDEBAIXOCUSTO s / R I E N T A À µ E S S O B RE C U I D A D O S E higienização Terapia medicamentosa Não se aplica. Características s .âOINTERFERENANORMALIDADE s $EVE ATUAR CONFORME INDICAÀâO E finalidade s &ÖCILCONSTRUÀâO s #OMPAT¤VELCOMOSTECIDOSBUCAIS s $EPENDEDACOLABORAÀâODOPACIENTE (quando removível) Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de problemas com o aparelho, orientar o paciente a não utilizar o mesmo (no caso de ser removível) e procurar o serviço para ajuste ou reconstrução. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica Tr a t a m e n t o b á s i c o ( re s t a u r a ç õ e s , exodontias, raspagem, profilaxia, aplicação tópica de flúor, etc.) e orientações para uma higiene bucal adequada. Para realizar opor tunamente o encaminhamento, o profissional da Atenção Básic a de ve reconhecer problemas transversais (mordida cruzada) e desarmonia de bases apicais. Proservação Por meio de avaliações e/ou ajustes clínicos ortodônticos periódicos no CEO cuja freqüência será mensal ou conforme necessidade do caso. Observações Não se aplica. 6.2.5.6 Manutenção/conserto de aparelhos ortodônticos (removíveis) Definição Consulta ortodôntica em períodos programados conforme necessidade de desenvolvimento das etapas inerentes ao tratamento. Indicações Avaliação, controle, ajuste, conserto, ativação, inclusão e/ou remoção de dispositivos no sistema de tratamento objetivando metas de correção da má-oclusão apresentada. Seqüência de intervenção Controle de rotina s 2EMOVEROAPARELHODOPACIENTE s 0ROMOVER HIGIENIZAÀâO BUCAL E DO aparelho; s /BSERVAR TECIDOS OROFACIAIS PARA detecção de anormalidades; s !VALIAROCLUSâOPARAVERIlCAREVOLUÀâO do caso; MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s 0ROMOVER A AVALIAÀâO CONTROLE ajuste, conserto, ativação, inclusão e/ou remoção de dispositivos no aparelho conforme a finalidade do dispositivo; s 2EINSERIROAPARELHO s 2EFORÀARORIENTAÀµESDEUSOADEQUADO cuidados e higienização. Diante da necessidade de substituição do aparelho s -OLDAGEM s 3ELEÀâODONOVOAPARELHO s #ONSTRUÀâODOMODELODETRABALHO s %NVIOAOLABORATRIO s )NSTALAÀâODOAPARELHO s . O V O S A J U S T E S E O U C O N T R O L E S periódicos; s /RIENTAÀµES SOBRE USO ADEQUADO cuidados, higienização e armazenamento do aparelho quando não estiver em uso. Terapia medicamentosa Não se aplica. Cuidados s 6ERIlCAREVOLUÀâODOCASO s /BSERVAROSTECIDOSOROFACIAIS s -ONITORAR GRAU DE COLABORAÀâO DO paciente no tocante ao uso, cuidados e higienização do aparelho; s 2EALIZAROSPROCEDIMENTOSNECESSÖRIOS para a evolução do tratamento. Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de problemas com o aparelho, orientar o usuário a não utilizar o mesmo e procurar o serviço para avaliação e intervenções necessárias. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica S e n e c e s s á r i o, t r a t a m e n t o b á s i c o ( re s t a u r a ç õ e s , e xo d o n t i a s , r a s p a g e m , profilaxia, aplicação tópica de flúor, etc.) e orientações para uma higiene bucal adequada. Uma vez iniciado o tratamento ortodôntico, as consultas de retorno serão agendadas pelo próprio CEO. Proservação Por meio de avaliações e/ou ajustes clínicos ortodônticos periódicos no CEO com a periodicidade de uma vez ao mês ou conforme necessidade do caso, podendo ser mais de uma vez. Observações Não se aplica. 6.2.5.7 Tratamento ortodôntico das anomalias craniofaciais (instalação) Definição Tratamento ortodôntico para correção das más-oclusões. Consiste na aplicação e controle de recursos e dispositivos que exercem forças diretamente nos arcos dentais para interceptar ou corrigir as alterações que afetam os dentes, ossos, músculos e nervos, os quais não desempenham suas funções normais. Incluem-se neste procedimento, os recursos de aparatologia fixa e de outros sistemas como: AEB, PLA, quadrihélice, disjuntor, expansor, máscara de protração maxilar, entre outros. Indicações A função principal é reestabelecer a oclusão dental (perfeito engrenamento dos dentes superiores e inferiores em relação correta nos aspectos proximais e antagônicos, em harmonia com os ossos basais da face e do crânio, em equilíbrio com os órgãos e tecidos circundantes), sendo isto importante para a correta mastigação e conseqüentemente, adequada nutrição e saúde bucal. Com isto, evitam-se problemas de respiração, deglutição, fonação e na articulação têmporo-mandibular, além de proporcionar uma estética mais agradável, aumentando a auto-estima e o bom relacionamento com as pessoas. Indicado para: más-oclusões Classes I, II ou III com as possíveis situações: problemas transversais (mordida cruzada anterior e/ou posterior uni ou bilateral), problemas verticais (mordida aberta anterior e/ou posterior uni ou bilateral, mordida profunda), problemas ântero-posteriores (desarmonia de bases ósseas e trespasse dental horizontal acentuado), anomalias dentais 101 102 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS individuais (número, forma, tamanho, posição e processo de erupção), discrepância ósteo-dental e alterações miofuncionais orofaciais. Procedimentos clínicos - Considerações Gerais s 1 U A N D O I N D I C A D A A M E C ½ N I C A ortodôntica fixa deve ser utilizada de maneira racional, praticando-se técnicas cujos materiais e acessórios empregados tenham valores acessíveis. Sugerimos o emprego de técnicas e práticas simples e de resolutividade conforme os conceitos e formação de cada profissional, mantendo-se sempre os princípios biológicos. Com as prioridades definidas individualmente, deverão ser seguidas estratégias de tratamento para os vários tipos de problemas. Para as alterações dentais e/ou esqueletais, são sugeridas condutas com uso de aparatologia fixa e outros sistemas, cuja seleção dependerá de vários fatores, tais como: tipo de má-oclusão, padrão e perfil facial, fator(es) etiológico(s) envolvido(s), fase em que se encontra o paciente, formação e experiência do profissional, entre outros. Seqüência de intervenção Fase de instalação do aparelho fixo s %SCOLHADAT£CNICAASEREMPREGADA s )NICIAR PREFERENCIALMENTE PELOS elementos de ancoragem ou pelos dentes posteriores; s 3EPARAÀâODOSELEMENTOSDENTAIS s !GUARDARPELOMENOSDIAS s 3ENECESSÖRIOADMINISTRARANALG£SICO s 2EMOÀâODOSEPARADOR s !DAPTAÀâO E CIMENTAÀâO DAS BANDAS com ionômero de vidro; s 3E NECESSÖRIO ETAPA LABORATORIAL n moldagem; s #ONTROLEDOSISTEMADEANCORAGEM s 0OSICIONAMENTO E COLAGEM DOS braquetes; s )NSERÀâODElOSORTOD¹NTICOS s $ESENVOLVIMENTODET£CNICACOMPLETA Q uando necessário, instalação de acessórios para resolução de alguns problemas: s $ESCRUZADORES DE MORDIDA PLACAS expansoras com diferentes acessórios conforme finalidade, aparelho de Crozat, quadrihélice, BTP, disjuntores (Haas, Hirax, Mcnamara), entre outros; s $ISTALIZADORESDISTALJET!%"0,! Jones Jig, Placa de Cetlin, Jasper jump, molas elásticas de Niti, magnetos minituarizados, pendulum e pendex; s !CESSRIOS DE ANCORAGEM BOTâO DE Nance, arco lingual, BTP simples ou dupla, AEB e PLA; s 2ECURSOS ORTOP£DICOS MÖSCARA FACIAL ortopédica e aparelhos funcionais removíveis; s %LÖSTICOSINTERMAXILARES s #URSORES s -OLAS s /UTROS Alguns recursos auxiliares na ortodontia fixa: quadrihélice s -OLDAGEMECONSTRUÀâODOMODELODE trabalho; s !DAPTAÀâO DAS BANDAS AOS PRIMEIROS molares permanentes ou segundos molares decíduos de acordo com a fase de desenvolvimento; s 3OLDAGEM DO ARCO EM FORMA DE 7 com molas helicoidais em seus quatro vértices; s !TIVAÀâO DO APARELHO CONFORME necessidade; s )SOLAMENTORELATIVO s #IMENTAÀâODOAPARELHOSOBPRESSâO s !VALIAÀâOECONTROLEMENSALOBJETIVO sobrecorreção com as cúspides palatinas superiores situadas além do sulco central dos inferiores); s 2EMOÀâODESATIVAÀâOEREINSTALAÀâODO aparelho para contenção por três meses; s #ONSTRUÀâO DE APARELHO REMOV¤VEL de contenção, por três meses, ou instalação de aparelho fixo. MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL Alguns recursos auxiliares na ortodontia fixa - aparelho extrabucal: s 0ROlLAXIADASSUPERF¤CIESDOSDENTESDE apoio; s 3ELEÀâOOUFABRICAÀâODABANDAPARAOS elementos de apoio; s 3OLDAGEMDOSTUBOS s )SOLAMENTORELATIVO s #IMENTAÀâODASBANDAS s !DAPTAÀâODOARCOINTRABUCALEDOARCO facial; s )NSTALAÀâODOAPARELHOCOMELEIÀâODOS elementos de força (intensidade, sentido de tração, tempo de uso, considerandose: tendência de crescimento facial, padrão facial, má-oclusão e idade do paciente; Alguns recursos auxiliares na ortodontia fixa - placa lábio-ativa: s 0ROlLAXIADASSUPERF¤CIESDOSDENTESDE apoio; s 3ELEÀâOOUCONSTRUÀâODABANDAPARA os elementos de apoio; s 3OLDAGEMDOSTUBOS s )SOLAMENTORELATIVO s #IMENTAÀâODASBANDAS s !DAPTAÀâODAPLACACOMESCUDOLABIAL bem localizado; s /RIENTAÀµESSOBREUSOADEQUADO Alguns recursos auxiliares na ortodontia fixa: máscara de protração ou máscara facial ortopédica (MFO): s )NSTALAÀâODEDISJUNTORCOMGANCHOS na altura dos caninos; s 3ENECESSÖRIOPROCEDERADISJUNÀâO s $EPOISDEOBTIDAADISJUNÀâONECESSÖRIA instalar a MFO; s 3ELECIONARAFORÀAAPLICADA s #ONTROLES PERIDICOS COM AUMENTO de força progressiva até correção do trespasse anterior positivo; s 2EMOÀâODOAPARELHO s #ONTENÀâO POR MEIO DE APARELHO removível com indicação precisa ao tipo de má-oclusão ou instalação imediata de outros dispositivos de aparelho fixo, quando indicado. Casos com necessidade de instalação parcial do aparelho s $ E N T E S A C E N T U A D A M E N T E M A L posicionados; s -ORDIDAPROFUNDA s 2EDUÀâOINTERPROXIMALDEESMALTE s #URSORESDEDESLIZE s 4RATAMENTONADENTIÀâOMISTA Fase final do tratamento ortodôntico: s !CABAMENTO s )NTERCUSPIDAÀâO s #ONTENÀâO Terapia medicamentosa Não se aplica. Cuidados s 2EALIZAROSPROCEDIMENTOSNECESSÖRIOS para a evolução do tratamento; s 6ERIlCAROSTECIDOSOROFACIAIS s -ONITORAR O GRAU DE COLABORAÀâO DO paciente no tocante ao uso, cuidados e higienização do aparelho; s 0ROCEDERÜMOTIVAÀâODOPACIENTE s !LER TAR PARA A IMPOR T½NCIA DA assiduidade nas manutenções. Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de problemas com o aparelho, orientar o paciente a não intervir no sistema, utilizar cerinhas de proteção e procurar o serviço para avaliação e intervenções necessárias. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica S e n e c e s s á r i o, t r a t a m e n t o b á s i c o (restaurações, exodontias, raspagem, profilaxia, aplicação tópica de flúor, etc.) e orientações para uma higiene bucal adequada. O profissional da Atenção Básica deve conhecer aspectos gerais de má-oclusão e estar atento às possíveis anomalias apresentadas. Proservação Por meio de avaliações e/ou ajustes clínicos no CEO cuja freqüência será determinada pelo tipo de acessório utilizado. Observações Não se aplica. 103 104 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS 6.2.5.8 Manutenção de aparelho para anomalias craniofaciais (fixos) Definição Consulta ortodôntica em períodos programados conforme necessidade de desenvolvimento das etapas inerentes do tratamento. Indicações Avaliação, controle, ajuste, evolução das etapas, ativação, inclusão, remoção ou reposicionamento de acessórios e conserto no sistema de tratamento, objetivando metas de correção da má-oclusão apresentada. Seqüência de intervenção s (IGIENIZAÀâODABOCADOPACIENTE s 2EMOÀâODASLIGADURAS s 2EMOÀâODOSARCOSORTOD¹NTICOSPARA substituição, quando necessário; s (IGIENIZAÀâODOSBRAQUETESEBANDAS s 2EINSERÀâO DE ARCOS ORTOD¹NTICOS de nivelamento e alinhamento conforme seqüência de fios da técnica utilizada; s #OLOCAÀâO DE LIGADURAS METÖLICAS OU elásticas a fim de unir o fio ortodôntico aos tubos e braquetes; s 2EPOSICIONAMENTO DE POSS¤VEIS acessórios como: elásticos, AEB, barras, PLA, arcos seccionais, entre outros. Terapia medicamentosa Não se aplica. Cuidados s 6ERIlCAREVOLUÀâODOCASO s /BSERVAROSTECIDOSOROFACIAIS s -ONITORAR GRAU DE COLABORAÀâO DO paciente no tocante ao uso, cuidados e higienização do aparelho; s 2EALIZAROSPROCEDIMENTOSNECESSÖRIOS para a evolução do tratamento. Condutas em caso de urgência/emergência Em casos de problemas com o aparelho, orientar o paciente a não intervir no sistema, utilizar “cerinhas” de proteção e procurar o serviço para avaliação e intervenções necessárias. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica S e n e c e s s á r i o, t r a t a m e n t o b á s i c o ( re s t a u r a ç õ e s , e xo d o n t i a s , r a s p a g e m , profilaxia, aplicação tópica de flúor, etc.) e orientações para uma higiene bucal adequada. Uma vez iniciado o tratamento ortodôntico, as consultas de retorno serão agendadas pelo próprio CEO. Proservação Por meio de avaliações e/ou ajustes clínicos no CEO. Observações Não se aplica. 6.2.6 Material e instrumental necessários s ¬CIDOCONDICIONADORGEL s !FASTADORDEBOCHECHASELÖBIOSPARA colagem Metal s !FASTADOR DE LÖBIOS PARA FOTOGRAlAS plástico s !GENTEDEUNIâOPARARESINA s !LGODâOHIDRlLOnPACOTEEROLETE s !LICATEORTOD¹NTICO!NGLE s !LICATE ORTOD¹NTICO !NGLE PARA torque s !LICATE ORTOD¹NTICO #ORTE DE lO DE amarrilho s !LICATE ORTOD¹NTICO #ORTE DE FIO duro s !LICATEORTOD¹NTICO#ORTEDISTAL s !LICATEORTOD¹NTICO$E,A2OSA s !LICATE ORTOD¹NTICO &ORMADOR DE bandas posterior s !LICATEORTOD¹NTICO&ORMADORDELIGA metálica 158 s !LICATEORTOD¹NTICO(OWRETO s !LICATEORTOD¹NTICO(OWCURVO s !LICATEORTOD¹NTICO*ONHSON s !LICATEORTOD¹NTICO.ANCE s !LICATE ORTOD¹NTICO 2EMOVEDOR DE bandas 347 s !LICATE ORTOD¹NTICO 2EMOVEDOR DE braquetes 346 s !LICATEORTOD¹NTICO4RIDENT MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s !LICATE ORTOD¹NTICO 4WEED PARA ômegas 350 !LICATEORTOD¹NTICO5NIVERSAL !LICATEORTOD¹NTICO7EINGART% !PARELHOFOTOPOLIMERIZADOR !PLICADORDELIGADURAELÖSTICA !RCOEXTRABUCAL !VENTALDEMANGALONGA "ANDA OR TOD¹NTIC A METAL PR£ fabricada "ANDEJA PEQUENA SEM SEPARAÀâO 1x9,2x22,5mm "OTâO ORTOD¹NTICO LINGUAL PARA colagem "OTâO ORTOD¹NTICO LINGUAL PARA soldagem "RANCODE%SPANHA "RAQUETE ORTOD¹NTICO 3EGUNDO A técnica utilizada "ROCA ALTA ROTAÀâO DIAMANTADA acabamento fino nº 3118F "ROCA ALTA ROTAÀâO DIAMANTADA acabamento fino nº 3168 "ROCA ALTA ROTAÀâO PARA REMOÀâO DE resina "ROCABAIXAROTAÀâOPARAREMOÀâODE resina "ROCAS PARA ACABAMENTO DE RESINA composta "RUNIDORDEBANDA #ABOPARAESPELHOBUCAL #AIXAPARABANDAS #AIXAPARABRAQUETES #ALCADORDEBANDATRIANGULAR #½MARAESCURA #½MERAFOTOGRÖlCA #ARBONOPARAODONTOLOGIA #ERINHASDEPROTEÀâO #OMPASSO DE PONTA SECA #OM parafuso de regulagem #OMPRESSADEGAZEHIDRlLAEST£RIL #UBAREDONDA!ÀOINOXCMXCM $ENTESDEESTOQUE $ETERGENTEENZIMÖTICO $OBRADORPARAARCOEXTRABUCAL %LÖSTICO EM CORRENTE !LASTIK n LEVE médio e pesado s s s s s s s s s s %LÖSTICOINTRABUCAL LEVE %LÖSTICOINTRABUCAL M£DIO %LÖSTICOINTRABUCAL PESADO %LÖSTICOINTRABUCAL %LÖSTICOINTRABUCAL %LÖSTICOINTRABUCAL %LÖSTICOINTRABUCALLEVE %LÖSTICOINTRABUCALM£DIO %LÖSTICOINTRABUCALPESADO %LÖSTICOPARALIGADURATIPOBENGALINHA ou similar s %SCOVAPARAPROlLAXIA2OBSON s %SCULPIDOR(OLLEMBACK s %SCULPIDOR(OLLEMBACK3 s %SCULPIDOR,ECRON s %SPÖTULADEMOLDAGEM s %SPÖTULAPARACERA s %SPÖTULAPARACERA s %SPÖTULAPARACIMENTODUPLA s %SPÖTULAPARACIMENTODUPLA s %SPÖTULAPARACIMENTODUPLA s %SPÖTULAPARACIMENTODUPLA s %SPÖTULAPARAINSERÀâODERESINA s %SPELHOBUCALPLANO s %STOJOPARAINSTRUMENTALXXCM s %STOJOPARAINSTRUMENTALXXCM s %STOJOPARAINSTRUMENTALXXCM s %STOJOPARAINSTRUMENTALXXCM s %XPLORADORDUPLO s &ILMEPARARADIOGRAlAPERIAPICAL s &IODELATâOv s &IODENTAL s &IOORTOD¹NTICOREDONDO#R.Iv s &IOORTOD¹NTICOREDONDO#R.Iv s &IOORTOD¹NTICOREDONDO#R.Iv s &IOORTOD¹NTICOREDONDO#R.Iv s &IOORTOD¹NTICOREDONDO#R.Iv s &IOORTOD¹NTICOREDONDOMM s & IO ORTOD¹NTICO REDONDO v (0,80mm) s &IO ORTOD¹NTICO RETANGULAR #R.I .018x.025” s &IOORTOD¹NTICOTWISTmEX#R.Iv s &IO ORTOD¹NTICO TWISTFLEX #R.I .018” s &IOPARALIGADURAMETÖLICAv s &IOPARALIGADURAMETÖLICAv 105 106 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s &ITADEBANDAXv &ITADEBANDAXv & ITA DE BANDA PR£CONTORNADA 4090001 &IXADOR &LUXODESOLDA 'ESSOCOMUM 'OBAYASH 'RALDEBORRACHAPARAESPATULAÀâO )ON¹MERODEVIDROPCIMENTAÀâO * O G O P A R A I N S E R À â O D E R E S I N A composta ,AMPARINADEÖLCOOL ,ÖPISDERMATOGRÖlCO ,UVADEPROCEDIMENTO -AÀARICOORTOD¹NTICO -ANDRILROSQUEÖVELPARADISCOS -ÖQUINADESOLDA -ÖSCARACIR¢RGICA -ICROMOTOREPONTARETA -OLA #R.I HELICOIDAL n ABERTA E fechada -OLADERETRAÀâO -OLDEIRAS ÊCULOSDEPROTEÀâO 0ASSAlOPLÖSTICODESCARTÖVEL 0ASTAPARAPROlLAXIADENTALCOMm¢OR 0EDRAMISSYOUPERAPEQUENAGRANULAÀâO grossa 0EDRA PARA POLIMENTO DE RESINA composta 0EDRAPOMES 0INÀACL¤NICA 0INÀA ORTOD¹NTICA PARA COLAGEM DE braquetes 0INÀAPARAAPREENSâODEMATERIAL 0INÀAPARAALGODâOE 0LACADEVIDROlNAEGROSSA 0LACALÖBIOATIVA 0ORTAAGULHA-ATHIEUCMRETA 0ORTAALGODâOPARAALGODâOLIMPO 0ORTAALGODâOPARAALGODâOSERVIDO 0ORTAALGODâO PARA ROLETES DE algodão) 0OTEDAPPEN 0RENDEDORDEGUARDANAPO 2ESINAFOTOPOLIMERIZÖVEL s s s s s s s s s s s s s s s s s s s 2ESINAACR¤LICA 2EVELADOR 2ISCADOR PARA BANDA OU ESTRELA DE Boone 3ACABROCAS 3AQUINHOSPLÖSTICOSDEGELADINHO 3OLDAPRATA 3PUTNIK 3UGADORDESALIVA 3UPORTEPARAALICATES 4AÀADEBORRACHAPARAPROlLAXIA 4AMBORPARAGAZES 4ENSI¹METRO 4ESOURAPARAOUROnRETAECURVA 4IRADELIXADEACABAMENTOEPOLIMENTO dental 4 mm x 170 mm 4IRADELIXADEAÀOMMEMM 4ORREDECONTORNEAMENTODElO 4OUCASANFONADA 4UBOORTOD¹NTICOSEGUNDOAT£CNICA utilizada 6IBRADORDEGESSO 6.2.7 Observações Na impossibilidade de tratar todos os indivíduos acometidos por problemas oclusais, recomendamos a priorização por faixa etária e por tipo de atuação: preventiva, interceptiva e/ou corretiva. Portanto, para otimização do serviço, sugerimos, na etapa de avaliação inicial dos pacientes, que sejam determinados critérios de seleção, em que cada um dos problemas oclusais poderá receber uma pontuação de acordo com o grau de complexidade do caso (tipo de má-oclusão, tipo de perfil e padrão facial, presença de mordida cruzada, mordida aberta, desarmonias ântero-posteriores, grau de apinhamento, anomalias dentais, idade, etc.). Esta pontuação, considerando-se a situação de cada paciente, facilitará a seleção de casos prioritários para o tratamento. Estes critérios devem ser conhecidos pela população. O tratamento ortodôntico, por ser um tratamento longo e complexo, exige muita dedicação do paciente e do prof issional. MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL Portanto, algumas considerações devem ser feitas, principalmente no que diz respeito aos requisitos básicos profissionais, que são: s #ONHECERANORMALIDADEEMCADAETAPA do desenvolvimento facial; s 0OSSUIR AMPLO CONHECIMENTO SOBRE desenvolvimento e maturação da dentição e da oclusão; crescimento facial e maturidade esquelética e reações teciduais frente às forças ortodônticas; s )DENTIlCAROSTIPOSFACIAISEPREVERAS influências hereditárias; s #ONHECER OS CONCEITOS BÖSICOS DE terapêutica e aparatologia a ser utilizada; s 0OSSUIRDESTREZAMANUAL s 3ABERDIFERENCIARM£TODOOBJETIVO s 4E N T A R A L C A N À A R O S O B J E T I V O S estipulados; s #ONHECERASVANTAGENSDESVANTAGENSE limitações dos métodos terapêuticos; s &ORNECER EXPLICAÀµES SEGURAS SOBRE tratamento em geral; s / B T E R C O N S E N T I M E N T O D O S responsáveis; s 3ELECIONAROSPACIENTESPRIORIZANDOA complexidade do caso. 107 7 IMPLANTODONTIA MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 7.1 Manual de Regulação para a recepção dos implantes, antes do encaminhamento ao serviço de Implantodontia propriamente dito. Especialidade clínica: Implantodontia Justificativa para encaminhamento Motivos mais freqüentes de encaminhamento: Pa c i e n t e s e d ê n t u l o s , p o r t a d o r e s de rebordo remanescente insuficiente para adaptação de próteses totais convencionais. Responsabilidade por nível de atenção Atenção Básica: o profissional da Atenção Básica poderá avaliar e diagnosticar a insuficiência de rebordo para retenção de uma prótese total convencional em maxila e/ou mandíbula e encaminhar o usuário ao CEO ou outros serviços odontológicos, caso estes ofertem atenção na especialidade de Implantodontia. Média: Terapia com sobredentadura implanto-suportada em maxila e/ ou mandíbula. O usuário atendido em outras especialidades no CEO, como: estomatologia, cirurgia ou odontologia para pacientes com necessidades especiais, deverá receber atenção do ser viço de implantodontia, após avaliação e diagnóstico de rebordo insuficiente para retenção de prótese total convencional em maxila e/ou mandíbula. Será ainda aceito paciente com remanescentes dentários que possibilitem sua exodontia e instalação imediata de implantes ósseointegrados, simultaneamente. Os profissionais da especialidade de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial e de Estomatologia deverão atuar de forma integrada aos profissionais da Implantodontia, nos casos de lesões ósseas e/ ou mucosas na região receptora de implantes e nos casos de estrutura óssea insuficiente para suportar implantes ósseointegrados, dentre outras situações, preparando os usuários Pacientes que não foram reabilitados por próteses totais convencionais por falta de condições anatômicas para retenção das mesmas. 7.2 Manual Clínico Especialidade clínica: Implantodontia 7.2.1 Observação dos critérios de referência e contra-referência Considerar, por meio de verificação da ficha de encaminhamento e exame bucal do usuário, se a situação referenciada teve respeitados os critérios estabelecidos no Manual de Regulação de Implantodontia. 7.2.2 Anamnese Realizar anamnese detalhada considerando os seguintes aspectos essenciais para a implantodontia: s (ISTRIAM£DICADOUSUÖRIO s (ISTRIAFAMILIAR s #ONDIÀâOSISTäMICA s #APACIDADE COLABORADORA DO USUÖRIO para uma reabilitação através de implantes ósseointegrados; s . E C E S S I D A D E D E T E R A P I A C O M sobredentadura implanto-suportada, onde o usuário será submetido à cirurgia ambulatorial sob anestesia local; s -ELHORMOMENTOPARAQUEOUSUÖRIO sofra a inter venção cirúrgica de acordo com o plano de tratamento com implantes ósseointegrados e sua condição sistêmica. 7.2.3 Exame físico 7.2.3.1 Extrabucal 111 112 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS É realizado por um conjunto de inspeção, palpação e avaliação funcional da forma facial, pele facial, tecidos faciais, olhos, ouvidos, nariz, glândulas parótidas, pescoço, articulação temporomandibular. É essencial verificar o formato do rosto do usuário, perfil e suporte labial. 7.2.3.2 Intrabucal Observar: s 2EBORDOSALVEOLARES s 0 R E S E N À A O U N â O D E D E N T E S remanescentes; s 4IPODEOCLUSâO s $IMENSâOVERTICAL s $ENTIÀâOANTAGONISTA s 0RESENÀA DE LESµES SSEAS OU MUCO gengivais na região a ser implantada. 7.2.3.3 Outros aspectos Fonação, deglutição, função mastigatória e possíveis para-funções. 7.2.4 Exames complementares a) Radiografia intrabucal periapical: tanto em maxila como em mandíbula, permite avaliar altura óssea por seguimentos limitados, bem como dentes remanescentes condenados e restos radiculares. b) Radiografia extrabucal panorâmica: objetiva avaliar, em maxila, os seios maxilares e fossas nasais para identificar altura de rebordo remanescente e, em mandíbula, o posicionamento dos forames mentonianos e a distância entre eles, assim como a altura do rebordo remanescente. Este tipo de radiografia permite também identificar, tanto na maxila quanto na mandíbula, possíveis lesões ósseas pré-existentes que possam contra-indicar o tratamento, assim como dentes remanescentes condenados e restos radiculares. c) Tomografia computadorizada: objetiva todas as imagens relatadas anteriormente, permitindo ainda esclarecer a densidade e espessura óssea dos rebordos remanescentes, tanto em maxila como em mandíbula, além de evidenciar acidentes anatômicos importantes. d) Hemog rama completo: p e r m i t e avaliar as condições gerais do paciente, sistema imunitário, condição hepática e renal, presença de infecções ocasionais, avitaminoses e outros distúr bios que possam vir a comprometer a cicatrização dos implantes ósseointegrados. e) Coagulograma completo: permite avaliar cascata de coagulação, possíveis distúr bios e uso continuado de anticoagulantes. f ) Glicemia em jejum: permite avaliar dosagem glicêmica esporádica do paciente que no caso de diagnóstico de diabetes melitos descompensada ser ia contraindicado o tratamento com implantes ósseointegrados. 7.2.5 Procedimentos de implantodontia 7.2.5.1 Rebordos totalmente edentados sem uso anterior de prótese total Definição Instalação de, no mínimo, 2 e, no máximo, 4 implantes com tratamento de superfície. Indicações Rebordos que não apresentem possibilidade de adaptação de prótese total convencional por falta de retenção mecânica, onde a função imediata ou tardia dos implantes será reavaliada. Seqüência de intervenção 1 a consulta: anamnese, exame clínico, requisição de exames complementares e orientação do usuário sobre: terapia com implantes óssseointegrados; uso da sobredentadura implanto-suportada, sua higienização e manutenção dos tecidos periimplantares; 2 a consulta: moldagem anatômica e confecção de modelos de estudo e funcional para tomada de registro oclusal e montagem em Articulador Semi-Ajustável (ASA); bases experimentais (rolete de cera); tomada dos planos de orientação, registro de dimensão vertical (Compasso DE 7ILLIS VERIFICAÀâO DO PLANO OCLUSAL MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL (régua de Fox); registro da relação maxilomandibular (desgaste de Paterson) através da montagem do arco facial; seleção de formato e cor dos dentes; escolha do sistema de retenção da sobredentadura e decisão se esta será submetida à função imediata ou tardia; produção do guia cirúrgico multifuncional; 3 a consulta: cirurgia para instalação de, no mínimo, 2 e, no máximo, 4 implantes com tratamento de superfície; confirmação da escolha do sistema de retenção da sobredentadura previamente planejado na 2ª consulta de acordo com o posicionamento definitivo dos implantes; indexação e tomada de registros para função imediata através da instalação dos pilares intermediários (“abutments”) do sistema de botões tipo bola (sistema “O’ring”) ou tipo barra-clip. (Obs.: A prótese deve ser enviada ao laboratório onde estes registros serão capturados em seu interior de acrílico e retornará à boca do paciente para pequenos ajustes, constituindo um encaixe machofêmea, ou ainda nos casos de função tardia, apenas colocação de tapa-implantes e realização de sutura. Neste caso, o usuário deverá retornar num prazo de 4 a 6 meses para confecção da prótese definitiva); 4 a consulta: retorno do usuário para remoção de sutura e avaliação de possíveis ajustes na sobredentadura. 7.2.5.2 Rebordos totalmente edentados de indivíduos que utilizaram anteriormente prótese total Definição Instalação de, no mínimo, 2 e, no máximo, 4 implantes com tratamento de superfície. Indicações Rebordos que não apresentem possibilidade de adaptação de prótese total convencional por falta de retenção mecânica onde a função imediata ou tardia dos implantes será reavaliada. A prótese total já existente pode ser utilizada como referência, desde que respeite os princípios básicos de relação cêntrica, máxima intercuspidação coincidentes e adequadas estética, dimensão vertical e fonação. Seqüência de intervenção 1a consulta: anamnese; exame clínico; requisição de exames complementares; o r i e n t a ç ã o d o u s u á r i o s o b re : t e r a p i a com implantes óssseointegrados; uso da sobredentadura implanto-suportada, sua higienização e manutenção dos tecidos periimplantares; 2 a consulta: moldagem anatômica e confecção de modelos de estudo e funcional para tomada de registro oclusal e montagem em Articulador Semi-Ajustável (ASA); estabilização da prótese; criação de 2, 3 ou 4 aberturas na própria prótese pela face lingual (servirão de guia para a instalação dos implantes ósseointegrados que a suportarão em forma de sobredentadura); uso da própria prótese como guia cirúrgico (após esterilização ou desinfecção com solução de clorexidina a 0,2%); 3a consulta: cirurgia para instalação de, no mínimo, 2 e, no máximo, 4 implantes; indexação e tomada de registros para função imediata através da instalação dos pilares intermediários (“abutments”) do sistema de botões tipo bola (sistema “O’ring”) ou tipo barra-clip. (Obs.: A prótese deve ser enviada ao laboratório onde estes registros serão capturados em seu interior de acrílico e retornará à boca da pessoa para pequenos ajustes, constituindo um encaixe macho-fêmea, ou ainda nos casos de função tardia, apenas colocação de tapa-implantes e realização de sutura. Neste caso, a pessoa deverá retornar num prazo de 4 a 6 meses para confecção da prótese definitiva); 4 a consulta: retorno da pessoa para remoção de sutura e avaliação de possíveis ajustes na sobredentadura. 7.2.5.3 Rebordos parcialmente edentados Definição Instalação de, no mínimo, 2 e, no máximo, 4 implantes com tratamento de superfície. 113 114 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS Indicações Presença de dentes remanescentes que tenham sido condenados pela Periodontia, seja por doença periodontal avançada ou pela falta de função dos mesmos. Seqüência de intervenção 1a consulta: anamnese; exame clínico; requisição de exames complementares; o r i e n t a ç ã o d o u s u á r i o s o b re : t e r a p i a com implantes óssseointegrados; uso da sobredentadura implanto-suportada, sua higienização e manutenção dos tecidos periimplantares; 2 a consulta: moldagem anatômica e confecção de modelos de estudo e funcional para tomada de registro oclusal e montagem em Articulador Semi-Ajustável (ASA); estabilização da prótese; caso o usuário utilize prótese parcial removível ou total provisória, criação de 2, 3 ou 4 aberturas na própria prótese pela face lingual (servirão de guia para a instalação dos implantes ósseointegrados que a suportarão em forma de sobredentadura); uso da própria prótese como guia cirúrgico (após esterilização ou desinfecção com solução de clorexidina a 0,2%); 3a consulta: exodontia, instalação de, no mínimo, 2 e, no máximo, 4 implantes; indexação e tomada de registros para função imediata através da instalação dos pilares intermediários (“abutments”) do sistema de botões tipo bola (sistema “O’ring”) ou tipo barra-clip. (Obs.: No caso da prótese estar adaptada devido à presença de rebordo remanescente suficiente para receber os implantes, deve ser enviada ao laboratório onde estes registros serão capturados em seu interior de acrílico e retornará à boca do paciente para pequenos ajustes, constituindo um encaixe macho-fêmea. Caso a prótese não esteja adequada, deve ser repetida e a cirurgia de instalação dos implantes deve ser prorrogada para uma 4 a consulta); 4a ou 5 a consulta: retorno do usuário para remoção de sutura e avaliação de possíveis ajustes na sobredentadura no caso de adaptação da prótese ou cirurgia de instalação dos implantes no caso de não adaptação da prótese; 6 a consulta: retorno do usuário para remoção de sutura e avaliação de possíveis ajustes na sobredentadura no caso de não adaptação da prótese na 3a consulta. 7.2.6 Implantes ósseointegrados com função imediata Técnica cirúrgica para instalação 1. O usuário deverá ser submetido à profilaxia com antibiótico com a utiliz ação de 2,0 gramas de amoxicilina administrada via oral 1 hora antes do procedimento. No c aso de alergia, a segunda escolha é a Clindamicina 600 mg ou Azitromicina/Claritromicina 500 mg, VO, 1 hora antes do procedimento. Deverá ainda realizar bochecho com solução de clorexidina a 0,12% por 3 minutos como meio de assepsia intrabucal. O usuário deverá ser encaminhado ao equipo, previamente paramentado para que não haja risco de contaminação do campo cirúrgico; 2. Após acomodação do paciente no equipo, degermação e assepsia extrabucal e colocação de campo fenestrado, segue anestesia infiltrativa ou troncular dependendo da região intrabucal a ser abordada com uso de mepivacaína 2% com noradrenalina; 3. Posicionamento do guia cirúrgico para instalação dos implantes. Incisão supra-crestal respeitando os limites de gengiva inserida/queratinizada quando presente no rebordo remanescente. Quando da presença de dentes e restos radiculares, os mesmos deverão ser extraídos através do uso de periótomos. Um retalho mucoperiosteal deverá ser rebatido e deslocado com uso de descolador de periósteo Molt. Quando o guia cirúrgico coincidir com um alvéolo fresco, este rabatimento de tecidos não será necessário; MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 4. S e q ü ê n c i a d e o s t e o t o m i a s o b irrigação: s "ROCA LANÀA OU ESF£RICA PARA perfuração de cortical óssea girando a 1200 rpm; s "ROCA HELICOIDAL DE MM DE diâmetro, de forma que se atinja a profundidade necessária para receber o comprimento planejado previamente para o implante girando a 1500 rpm; s "ROCA PILOTO PARA AUMENTAR O diâmetro do alvéolo para a próxima broca; s "ROCAHELICOIDALDEMMnBROCA piloto-broca helicoidal 3,5 mm girando a 1200 rpm e assim por diante até que se atinja o diâmetro necessário para instalação do implante planejado; s " R O C A hC O U N T E R S I N Kv P A R A perfuração do módulo da crista óssea a 800 rpm; s "ROCA MACHO DE ROSCA A RPM quando necessário em densidades ósseas maiores; s ) N S E R À â O D O I M P L A N T E C O M tratamento de superfície planejado inicialmente com contra-ângulo e torque manual final através de torquímetro específico; s #OAPTAÀâODOSBORDOSATRAV£SDESUTURA a ser realizada preferencialmente COM FIO REABSORV¤VEL VYCRIL agulha 2,0 cm; 5. Eleição do sistema de retenção para a sobredentadura (Barra – clipe ou O’ring) de acordo com o posicionamento ideal dos implantes alcançado e considerando o planejamento descrito previamente: s 3ELEÀâODOSPILARESINTERMEDIÖRIOS (“abutment”) que serão diretamente conectados aos implantes. Estes passarão a serem chamados de macho. Posiciona-se um espaçador sobre o macho e acopla-se a fêmea. Esta será capturada pela prótese pré-fabricada ou préexistente que já foi desgastada para tal. Coloca-se resina autopolimerizável na fase plástica no interior da sobredentadura (nos espaços deixados pelo desgaste), aplica-se resina adicional sobre as cápsulas (fêmeas) e assenta-se a prótese na boca. O paciente deve manter a boca fechada em oclusão leve até que o acrílico polimerize. A prótese deverá ser removida da boca e levada ao laboratório para os acabamentos e ajustes finais; 6. Reinstalação da sobredentadura ao retornar do laboratório e, se necessário, ajuste à boca do paciente, podendo o mesmo ser liberado no tempo necessário para que o procedimento 5 seja finalizado. 7.2.7 Implantes ósseointegrados com função tardia Técnica cirúrgica Os itens 1, 2, 3 e 4 apresentados para a técnica cirúrgica para instalação dos implantes ósseointegrados com função imediata de verão ser seguidos, sendo que após a instalação dos implantes, os mesmos deverão ser cobertos com parafusos tapa-implantes e os tecidos coaptados de maneira que seja aguardado um período de cicatrização que poderá variar entre 4 e 6 meses para confecção da sobredentadura, como descrito nos itens 5 e 6. Terapia medicamentosa s !CIRURGIAPARAINSTALAÀâODEIMPLANTES ósseointegrados envolve osteotomia com brocas ativadas por motor elétrico que poderão ser refrigeradas automaticamente ou manualmente, dependendo do equipamento a ser utilizado, onde poderão ser usados soro fisiológico ou água destilada estéril. Este procedimento exige que o usuário receba profilaxia antibiótica a ser realizada via oral com uso de 115 116 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s amoxicilina como primeira escolha ou outro quimioterápico de escolha adequada à pessoa caso a primeira seja contra-indicada. Pode ainda ser endovenosa caso o procedimento ocorra em ambiente hospitalar. / USUÖRIO DEVERÖ RECEBER GRAMAS de amoxicilina administrada via oral 1 hora antes do procedimento. No caso de alergia, a segunda escolha seria Clindamicina 600 mg ou Azitromicina/ Claritromicina 500 mg, VO, 1 hora antes do procedimento. Deverá ainda realizar bochecho com solução de clorexidina a 0,12% por 3 minutos como meio de assepsia intrabucal. ! CONTINUAÀâO DE ANTIBIOTICOTERAPIA (amoxicilina 500 mg de 8/8 horas) por 7 dias e antiinflamatório (nimesulida 100 mg de 12/12 horas por até 5 dias) dependerá do tempo cirúrgico para instalação dos implantes ósseointegrados, presença de edema, dor, etc. 3 ENDO RE A L I Z AD A EM A MBIENTE ambulatorial, a cirurgia para instalação de implantes osseointegrados deverá ser realizada sob sedação via oral através do uso de benzodiazepínico e anestesia local. A mesma também poderá ser realizada em ambiente hospitalar sob sedação endovenosa ou anestesia geral caso o usuário requeira este cuidado, mas vale ressaltar a necessidade de consciência e participação do mesmo durante a instalação da sobredentadura em função imediata. Cuidados s ! S N O R M A S D E B I O S S E G U R A N À A preconizadas para cirurgia ambulatorial devem ser rigorosamente seguidas, considerando-se em especial o trato com os implantes que serão instalados na cavidade bucal, atendendo às normas do fabricante. s /SPRINC¤PIOSBIOMEC½NICOSEANATOMIA deverão ser respeitados para que não ocorram lesões irreversíveis. Condutas em caso de urgência/emergência Medicação de controle da dor/ inflamação e, se for o caso, infecção. Realizar as abordagens possíveis, de acordo com a situação de urgência/emergência e, quando necessário, encaminhar aos outros serviços de referência especializados. Preparo prévio a ser realizado na Atenção Básica O usuário deverá ter sido avaliado previamente e, se necessário, recebido tratamento básico (restaurações, exodontias, raspagem, profilaxia, aplicação tópica de flúor, etc.) e orientações para uma higiene bucal adequada. Proservação s / USUÖRIO DEVERÖ SER INSTRU¤DO sobre sua nova prótese retida por implantes e or ientado sobre a importância de sua participação no sentido de preservá-la em função, prolongando sua durabilidade, assim como também nos cuidados póscirúrgicos sobre repouso, alimentação e higienização. s / USUÖRIO DEVERÖ RETORNAR AO #%/ anualmente para revisão, profilaxia (sobredentadura e implantes) e ajustes na sobredentadura implanto-suportada. Observações Os códigos relativos à implantodontia c o n s t a n t e s n a Ta b e l a d o S i s t e m a d e Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde – SIA/SUS contemplam, atualmente, os seguintes códigos da décima edição da CID - Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde: Q35 Fenda palatina, Q36 Fenda labial, Q37 Fenda labial com fenda palatina e Q38 Outras malformações congênitas da língua, da boca e da faringe. Material e instrumental necessários s !FASTADOR&ARABEUF s !FASTADOR-EAD s !FASTADOR-INNESOTA MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s !LAVANCAAPICALMEIACANAN !LAVANCA3ELDINRETAN !LAVANCA3ELDINN, !LAVANCA3ELDINN2 !LVEOLTOMO"LUMENFELD !LVEOLTOMO,UERCURVO !LVEOLTOMO,UERRETO #ABODEBISTURIN #ABOPARAESPELHO #AIXAPARAINSTRUMENTALCOMFUROS x 28 x 12 cm #ONTRA½NGULOPARAMOTORDEIMPLANTES com redução 21:1, resfriamento interno e externo #UBAREDONDADEAÀOINOXXCM #URETADE,UCASN #URETADE,UCASN #URETADE,UCASN $ESCOLADORDEPERISTEO-OLT %SlGMOMAN¹METRO %SPELHOBUCALN %STETOSCPIO &RCEPSADULTON &RCEPSADULTON, &RCEPSADULTON2 &RCEPSADULTON &RCEPSADULTON! &RCEPSADULTON &RCEPSADULTON &RCEPSADULTON 'LICOS¤METRO +IT#IR¢RGICOCOMPLETOPARAINSTALAÀâO de implantes ósseointegrados +IT 0ROT£TICO BÖSICO PARA INSTALAÀâO de componentes protéticos sobre implantes osseointegrados ,IMAPARAOSSO3ELDINN ,IMAPARAOSSO3ELDINN ,IMAPARAOSSO3ELDINN -ARTELOCIR¢RGICOMACIÀO -ICROMOTORDEBAIXAROTAÀâO -OTOR PARA IMPLANTES QUE ATINJA AT£ 1600 rpm e que necessite de apenas um contra-ângulo para perfuração e inserção de implantes, com irrigação acoplada 0EÀADEMâOPONTAnRETAPARABAIXA rotação s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s s 0EÀA DE CONTRA½NGULO PARA MOTOR de implantes com redução 21:1, resfriamento interno e externo 0ERITOMORETO 0ERITOMOANGULADO 0INÀA!DSONCOMDENTECM 0INÀA!DSONSEMDENTECM 0INÀA!LLIS 0INÀA!NAT¹MICACM 0INÀA"ACKAUSCM 0INÀA"ACKAUSCM 0INÀA#OLLINCM 0INÀA(ALSTEADMOSQUITOCMCURVA 0INÀA(ALSTEADMOSQUITOCMRETA 0INÀAPARADISSECÀâOCMRETA 0ONTAPARASUGADORMETÖLICO 0ORTAAGULHAn#ASTRO6IEJOCM 3ERINGAPARAANESTESIAn #ARPULE COM refluxo 4ESOURACIR¢RGICAÙRISCURVACM 4ESOURACIR¢RGICAÙRISRETACM !GULHAGENGIVALDESCARTÖVELCURTA !GULHAGENGIVALDESCARTÖVELLONGA !GULHA HIPOD£RMICA DESCARTÖVEL 30x7 ¬LCOOLET¤LICOA !NEST£SICOLOCALINJETÖVELMEPIVACA¤NA 2% com levonordef. !NEST£SICOLOCALINJETÖVELMEPIVACA¤NA 2% com noradrenal. !NEST£SICOTPICOnGEL !RTICULADOR3EMI!JUSTÖVEL!3! "ARRAPLÖSTICAPARAFUNDIÀâODOSISTEMA barra-clipe "ROCAPARAUSOODONTOLGICOn-AXCUT – formato de pêra para baixa rotação #LORETODESDIO #LOREXIDINAGLUCONATO #LOREXIDINADIGLUCONATO #LOREXIDINA DIGLUCONATO SOL degermante #OLETOR SSEO CIR¢RGICO EST£RIL descartável #OMPRESSADEGAZEHIDRlLAEST£RIL 10x10 #OMPRESSADEGAZEHIDRlLAEST£RIL - com 5 unidades 117 118 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS s s s s s s s s s s s s s s s s s s s #OMPONENTESPROT£TICOSPARAPRTESE sobre implantes: pilares intermediários (“abutments”) retos e angulados em estoque para os diâmetros 3,75 mm, 4,0 mm e 5,0 mm #OMPONENTESPROT£TICOSPARAPRTESE sobre implantes específicos para sobredentaduras (fêmeas) sistema bola O’ring e Barra-clipe #OMPONENTESPROT£TICOSPARAPRTESE sobre implantes para captura das fêmeas (machos) dos sistemas O’ring e Barra-clipe &IODESUTURAVYCRILAGULHACM ½ círc, trian. &IODESUTURAVYCRILAGULHACM ½ círc, trian. &IO DE SUTURA DE SEDA AGULHA cm, ½ círc, trian. &IO DE SUTURA DE SEDA AGULHA cm, ½ círc, trian. (EMOSTÖTICOLOCALESPONJACOLLIOF bovino )MPLANTES SSEOINTEGRADOS COM tratamento de superfície conexões externas (hexágono externo), cônicos e cilíndricos, em estoque suficiente para instalação dos diâmetros 3,75 mm, 4,0 mm (plataforma regular) e 5,0 mm (plataforma larga) +ITCIR¢RGICOODONTOLGICODESCARTÖVEL para paramentação do cirurgião, auxiliar e paciente ,½MINADEBISTURIN ,½MINADEBISTURIN# ,UVACIR¢RGICAEST£RILnTAMANHOSDEA -OLDEIRASPLÖSTICASESTERILIZÖVEISTODOS tamanhos para adultos 0ONTAPARASUGADORCIR¢RGICOEST£RIL e descartável 0LACAPARAARTICULARMODELOSEM!3! 2ESINAACR¤LICAAUTOPOLIMERIZÖVELCOR rosa 2ESINA ACR¤LICA AUTOPOLIMERIZÖVEL DURALAY 2ESINA ACR¤LICA AUTOPOLIMERIZÖVEL incolor s s s 3ERINGADESCARTÖVELML 3ERINGADESCARTÖVELML 6ASELINASLIDA MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL REFERÊNCIAS ABDO, E. N. et al. Perfil do paciente portador de carcinoma da cavidade bucal, em tratamento no Hospital Mario Penna em Belo Horizonte. Rev. Bras. 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( ) Anti-hipertensivo ( ( ) Antiinflamatório ( ( ) Imunossupressores ( ) Hipoglicemiante ) Antibiótico ) Hormonais ( ( ( ) Analgésico ( ) Corticóides ) Antidepressivo ) Anticoncepcional ( ) Reposição Hormonal marcar com X 123 124 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL 125 126 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS Anexo B – Requisição de exame anátomo-patológico MANUAL DE ESPECIALIDADES EM SAÚDE BUCAL EQUIPE TÉCNICA Supervisão geral: Claunara Schilling Mendonça - DAB/SAS Coordenação geral: Gilberto Alfredo Pucca Junior - CNSB/DAB/SAS Elaboração Técnica: !NT¹NIO$ERCY3ILVEIRA&ILHO$!"3!3 Gilberto Alfredo Pucca Junior - CNSB/DAB/SAS Organização: Doralice Severo da Cruz Teixeira - Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo/SP Idiana Luvison - Grupo Hospitalar Conceição - Porto Alegre/RS Janaina Rodrigues Cardoso - CNSB/DAB/SAS José Felipe Riani Costa - CNSB/DAB/SAS Tânia Izabel B. Forni - Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo Equipe de elaboração: Estomatologia Andréa dos Santos Lusvarghi - Centro de Especialidades Odontológicas da Lapa, São Paulo/SP - Fundação USP Cassius C. Torres Pereira - Universidade Federal do Paraná Periodontia Cassiano K. Rosing - Universidade Federal do Rio Grande do Sul Rui Oppermann - Universidade Federal do Rio Grande do Sul Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial Dalva Maria Pereira Padilha - Universidade Federal do Rio Grande do Sul Leógenes Maia Santiago - Faculdade de Odontologia de Caruaru/PE Renato Maia - Universidade Federal do Ceará Endodontia Cleber Ronald Inácio dos Santos - Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco/AC Egídio Antonio Demarco- Grupo Hospitalar Conceição - Porto Alegre/RS Endodontia - Instrumentação com rotatórios Anderson de Oliveira Paulo Prótese Dentária Eduardo Kurihara - Universidade Federal do Paraná Sávio Marcelo L. M. da Silva - Universidade Federal do Paraná Ortodontia Izabel Cristina de Mendonça C. F. Falcão - Secretaria Municipal de Saúde de Brejo da Madre de Deus/PE -ARY2OSEDA3ILVA-IRANDA:APATA3ECRETARIA-UNICIPALDE3A¢DEDE0OÖ30 Implantodontia Luciana Diaz Colaboração: Christian Mendez Alcântara - Secretaria de Estado de Saúde do Paraná Fernanda Franco - Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul 127 128 SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE/MS (ELENITA#ORRäA%LY0ONTIF¤CIA5NIVERSIDADE#ATLICADO2IO'RANDEDO3UL José Carrijo Brom Marco Antônio Manfredini - Assessoria Parlamentar da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo Marco Aurélio Peres - Universidade Federal de Santa Catarina -ARCOS!ZEREDO&URQUIM7ERNECK5NIVERSIDADE&EDERALDE-INAS'ERAIS Maria Lucia Zarvos Varellis Moacir Tavares Martins Filho - Conselho Regional de Odontologia do Ceará Paulo Capel Narvai - Universidade de São Paulo Petrônio Martelli - Faculdade de Odontologia de Caruaru/PE Rosângela Camapum - Secretaria de Estado da Saúde do Governo do Distrito Federal Revisão técnica: Adriana Moufarrege - CNSB/DAB/SAS Alexandre Raphael Deitos - CNSB/DAB/SAS Andréia Gimenez Nonato - CNSB/DAB/SAS Cinthia Sampaio Cristo - DERAC/SAS Elisandrea Sguario - CGAB/DAB/SAS Francisco Edilberto Gomes Bonfim - CNSB/DAB/SAS Izabeth Cristina Campos da Silva Farias - CGAB/DAB/SAS Lívia Maria Benevides de Almeida - CNSB/DAB/SAS Márcio Ribeiro Guimarães - CNSB/DAB/SAS Maria Cláudia Rodrigues - Coordenadora do Centro de Especialidades Odontológicas do #ONSRCIO)NTERMUNICIPALDE3A¢DEDO#IRCUITODAS¬GUAS¬GUASDE,INDIA30 .ARDY-ARIA-ORAES.OVAES3ECRETARIA-UNICIPALDE3A¢DEDE3âO*OS£DOS#AMPOS30 Renato Taqueo Placeres Ishigame - CNSB/DAB/SAS