Universidade Popular de Piracicaba: a vulgarização do ensino Ana Clara Bortoleto Nery – UNESP - [email protected] Cesar Romero Amaral Vieira – UNIMEP - [email protected] Palavras-Chave: Universidade Popular de Piracicaba, Educação Popular, Biblioteca da Escola Normal de Piracicaba Na primeira década do século XX, Piracicaba já se fazia anunciar não somente em suas produções publicitárias locais, mas na admiração dos visitantes que por lá passavam e inscreviam em crônicas, poemas e relatos. Com uma população que já ultrapassava os 30 mil habitantes, Piracicaba sobressaía-se como a segunda cidade paulista em matéria de educação. Proporcionalmente só estava atrás da capital paulista, com 1/6 de suas rendas públicas destinadas à manutenção de seu aparato escolar. Neste período, Piracicaba já apresentava um quadro político bastante complexo, em medida justificado pelo processo de urbanização iniciado em meados do Império brasileiro e que ganhara mais força com a abolição do tráfego de escravos bem como com a hegemonia da produção cafeeira e a intensificação da imigração de origem europeia. Entretanto, essa “elite agrária”, aos poucos vai dando lugar a uma nova classe social, a burguesia paulista, ou no dizer de Nelson Werneck Sodré, a “elite letrada”, que a partir do final do século XIX vai assumindo os destinos da nação. E Piracicaba não ficava para trás Neste cenário destacava-se a Escola Agrícola como um centro florescente de pesquisa científica aplicada à tecnologia e ao ensino; a Escola Complementar, transformada em Escola Normal Primária em 1911; numerosas classes primárias e importantes grupos escolares; além de duas instituições confessionais de alto padrão: Colégio Piracicabano e o Colégio Nossa Senhora de Assunção, construídos no final do século anterior. Piracicaba era uma cidade guiada por uma mentalidade ufanista envolta por um forte controle social estimulado pelo fervor religioso e pela rígida disciplina da herança republicana. A historiadora piracicabana Perecin (2004, p. 24) relata que “o ufanismo piracicabano de fundamento liberal-positivista encontrou a justa medida na avaliação do intelectual italiano, Roberto Capri” que atribuiu a cidade, por sua reputação em matéria de educação, o título de Ateneu Paulista. Foi neste mesmo contexto, a 3 de setembro de 1910, que se deu o início de uma experiência filantrópica pioneira que durou quatro anos e integrou-se ao movimento educacional daquela cidade. A Universidade Popular de Piracicaba – U.P.P., instituição que tinha como propósito levar à população aquilo que se ensinava nos colégios e nas faculdades, possuía forte traço positivista e via na organização social o melhor caminho para o desenvolvimento completo do gênero humano. De acordo com o 2º artigo de seu estatuto, sua finalidade era a vulgarização das matérias que eram objeto do ensino secundário e superior, no que diz respeito às ciências, à literatura, às artes em geral e a todos os ramos da atividade humana; o desenvolvimento físico do homem por meio de exercícios ginásticos e esportivos racionais e pelo conhecimento dos princípios essenciais de higiene; o desenvolvimento do sentimento de amizade entre os homens e a natureza e entre os homens entre si; e a educação da mulher voltada para o gerenciamento da economia doméstica. Universidades Populares Cidade escolhida por Prudente de Moraes para viver e trabalhar, reduto de latifundiários como as famílias Sousa Queirós e Moraes Barros, desde o final do século XIX Piracicaba era espaço de atuação da maçonaria que desenvolvia atividades voltadas à Educação Popular como foi o caso da Sociedade Propagadora da Instrução Pública que havia adquirido o prédio onde fora instalada a Escola Complementar de Piracicaba, em 1896. Este cenário foi propício à criação de uma instituição que havia se propadado em vários países, incluindo o Brasil. A Universidade Popular, criada por George Deherme, na França em 1896, foi um modelo alternativo de educação popular cujo objetivo principal era a vulgarização do ensino. Dirigida inicialmente aos trabalhadores para despertar-lhe interesses intelectuais, terá diferentes características nos demais países onde fora criada. Segundo artigo citado por Ghiraldelli (1987, p. 121), a Universidade Popular criada por Deherme, operário tipógrafo, serviu de protótipo para uma série de experiências na América Latina. Se, por um lado, na França as Universidades Populares eram voltadas à classe operária, em Portugal elas foram criadas com o propósito de integração cultural e social, dirigida ao povo em sentido lato, sem distinção de classes. No Brasil, no caso da UPP, era dirigida ao povo em geral preparando-os para a cidadania e para o trabalho. O início da Universidade Popular em Portugal está atrelado ao conjunto das preocupações daqueles que viam a educação como um fato social capaz de ser utilizado como instrumento privilegiado no processo evolutivo da sociedade, e que daria a sustentabilidade necessária ao jovem regime republicano, consolidado somente em 1910. Para Pintassilgo, mais do que fazer a reforma política “tornava-se necessário, principalmente, fomentar o progresso por via da educação e da cultura e contribuir para a promoção cívica do povo” (2006, p. 1), numa clara ação civilizatória. A difusão da educação e da cultura era considerada necessária para o projeto de regeneração social de Portugal. No final do século XIX e nas primeiras décadas do século XX, Portugal foi marcado por uma crescente intervenção de uma elite republicana no campo da educação com a propositura de projetos, principalmente voltados para a área da educação popular. Segundo Pintassilgo (2011), tal movimento teria sido motivado pela crença de raiz positivista no papel decisivo da educação e da cultura como fonte de progresso e regeneração social, o investimento político republicano, considerado inseparável do combate contra o analfabetismo, além do labor cultural de pendor iluminista da maçonaria foram algumas das condições que favoreceram a afirmação de um discurso que colocava o povo e sua educação no centro do debate político e social. (2011, p. 215) A partir dessas premissas difundiram-se um importante número de instituições que tinham como missão principal a promoção da cultura do povo português. Estas instituições ficaram conhecidas por universidades livres ou universidades populares e foram fundadas tanto pelo “republicanismo oficial”, no dizer de Pintassilgo, quanto pela iniciativa de instituições associativas também preocupadas com a vulgarização científica e cultural do país, como foi o caso do movimento cultural conhecido como Renascença Portuguesa, surgido em 1912, fundador da Universidade Popular de Portugal em 1912. Valente, em artigo sobre o movimento anarquista no Brasil, informa que as Universidades Populares estariam dentre as realizações dos anarquistas. Para ela a preocupação dos anarquistas ou libertários com a educação política não se limitava aos periódicos: fundaram escolas -Escolas Modernas ou Racionalistas - Centros de Estudos, Bibliotecas, Universidades Populares; promoveram reuniões e panfletagens; desenvolveram uma intensa produção teatral e literária. (VALENTE, 1994, p. 264) Segundo a autora, como os anarquistas eram contrários à educação formal promovida pelo Estado, criaram escolas para o operariado. Guardando as devidas proporções com a situação portuguesa, o Brasil também enfrentou problemas semelhantes com a organização e estabelecimento do novo regime. Estava claro aos olhos dos intelectuais republicanos e liberais de que a mudança política, por si só, não garantiria a formação de um espírito cívico. Era necessário se valer da educação tida “como a mais decisiva entre as forças inovadoras da sociedade”, para reverter o quadro de analfabetismo e atraso da sociedade brasileira e incutir no país o espírito da civilização moderna. Era necessário despender maior atenção às modalidades informais de educação a fim de atingir também o contingente populacional dos homens livres e libertos despossuídos. Embora esta consciência já estivesse de certo modo presente nas últimas décadas do regime monárquico, era mais intenso nos discursos e nas iniciativas dos republicanos e liberais preocupados com o direcionamento o futuro da nação. A educação tornara-se indispensável ao desenvolvimento social e econômico do país e sua difusão passou a ser tarefa de todos, como fica evidente nas considerações republicanas feitas nas páginas de A Província de São Paulo (20 out. 1875, p. 2) Instruir o povo! Eis a propaganda oficial que encontramos a cada passo pregada pelos homens do governo. Desde que o imperador compreendeu o plano que os republicanos começaram a executar criando escolas populares e gratuitas, ele tratou de imprimir direção prudente à corrente das novas idéais. A partir desse período surgiram várias instituições beneméritas, com o objetivo de preparar o homem do povo para a cidadania e para o trabalho. A multiplicação dessas instituições veio na esteira da luta pela desoficialização do ensino proposta pelo Decreto n. 7.247, de 19 de abril de 1879. Joaquim Floriano de Godoy, ao relatar a situação da instrução pública na província de São Paulo, diz que “o movimento da instrução popular sem a tutela do governo já é notável. Ele partiu da capital e irradiou-se até os mais remotos municípios da província”. Prossegue ele: Na província existe a notável associação Propagadora da Instrução Pública, que foi constituída pela nata da sua população. Para a realização de tão fecundo pensamento concorrem os ricos com sua bolsa, o homem da sciencia com seu saber, e até as senhoras com donativos e com a animação de sua palavra. Alli há alimento moral e intellectual para todas as classes: as sciencias sociaes, econômicas e experimentaes são propagadas em methodos fáceis e ao alcance de todas as intelligencias (2007, p. 86) A experiência piracicabana não foi a única. Segundo Ghiraldelli Jr. a primeira Universidade Popular fundada no Brasil foi na cidade do Rio de Janeiro e durou apenas de março a outubro de 1904. De iniciativa de anarquistas, a Universidade Popular do Rio de Janeiro foi alvo de várias notícias publicadas na imprensa libertária, no Rio e em São Paulo. Para Ghiraldelli, o fracasso das Universidades Populares no Brasil poderia estar ligado ao grande desnível entre a “provável erudição dos mestres, em contraste com a vida cultural proletariada” (1987, p.122). Universidade Popular de Piracicaba: objetivos e características A UPP fora idealizada por Jacques Ariéi, professor da antiga Escola Agrícola de Piracicaba, e foi seu primeiro Presidente. Foi ao lado de Sebastião Nogueira de Lima ii, delegado de polícia da cidade, formado pela Faculdade de Direito de São Paulo, que Arié concretizou a idéia. As Universidades Populares já eram uma realidade na França e na Bélgica quando Arié veio ao Brasil o que pode explicar sua ligação direta com a experiência no país de origem. Segundo definição de Arié, a Universidade Popular era uma associação de todos os elementos bons de uma sociedade boa, consagrados por um só fim de solidariedade humana, para o desenvolvimento intellectual de um povo e o aperfeiçoamento pratico de uma raça. Uma Universidade Popular (...) é Sciencia, numa vulgarização eminentemente popular; é arte, numa participação fácil de todos os seus encantos e devaneios; é amor, inspirado pela caridade, que se planta no seio das famílias, que se ensina aos que desconhecem a gardeza de sua pratica e que se administra aos que delle vivem divorciados pelas misérias e agruras da vida. Também é traço de solidariedade intellectual entre os homens e, finalmente, democracia que eleva um povo a perfectibilidade de um civismo sem par.(1910, p. 6) Vemos neste discurso traços positivistas presentes no ideário republicano de educação para regeneração dos homens. Vemos na constituição da UPP também a preocupação com a educação da mulher. Segundo Oliveira “Deherme previu que as universidades populares teriam moralmente a presidência feminina e seriam o ensaio dos salões verdadeiros, dos verdadeiros clubs” (1910, p. 22). Assim, dentre os membros da diretoria da UPP destaque para a presença feminina da professora Quintina Soares. Uma das propostas da UPP era o curso de economia doméstica, destinado às mulheres da localidade. D. Quintina era vice-presidente da instituição ao lado de Juvenal Penteado, professor da Escola Complementar de Piracicaba. A sessão inaugural da Universidade Popular de Piracicaba foi realizada no dia 3 de setembro de 1910, no teatro Santo Estevão. A conferência inaugural foi proferida pelo Professor José Feliciano de Oliveiraiii e teve por título A vulgarização do ensino. Ao contrário da experiência do Rio de Janeiro acima citado, cuja conferência inaugural foi proferida por Fábio Luz, um dos anarquistas de destaque na época, a palestra inaugural da UPP foi proferida por um expoente do positivismo paulista. Em sua exposição, Oliveira, ao falar do papel das Universidades Populares, enfatizou a necessidade de libertar, pela verdadeira educação, o povo da “indifferença e da anarchia corruptora” por meio da disciplina, da ordem e das leis; das mazelas que aprofundam as diferenças sociais, por meio do sentimento de igualdade que não faz distinção entre as classes, mas que fortalece o civismo e a fraternidade entre as pessoas; do feminismo irracional e monstruoso que fomenta a rivalidade no ceio de sua própria casa, por meio de uma educação moral voltada para o lar, para a estética e para o belo. Para Oliveira: Aos trabalhadores é preciso incutir, num largo, espiritual, desinteressado ensino, a vera noção de uma immortalidade pela fama, pelo bem solidário, continuo que se prolonga na espécie, nos filhos, nos porvindouros que não oprimem, que nada reclamam acrimoniosamente. Dar-lhes um ensino que os constitua esclarecidos, cônscios elementos de uma nobre opinião publica. [...] Facilitar-lhes um lar sem vícios e com o modesto conforto que a verdadeira mulher, de si mesma, por sua amável, boa, caridosa assistência, lhes dá em todos os momentos, em qualquer situação, mesmo penosa. (OLIVEIRA, 1910, p. 18) Oliveira reafirma a função salvadora da educação e da ciência como indutoras ao verdadeiro estado positivo. Para ele a Universidade Popular era “uma cooperação de sentimentos idéas e vontades para afugentar os males da ignorancia” e tornar os operários e cidadãos “conscientes operadores da vida cívica, livremente aceita” (p. 20), conduzindo-os à realização de seu próprio destino cívico e “a concorrer desinteressadamente na formação e no exercício de uma bemfazeja opinião publica” (p. 24). Os estatutos da Universidade Popular de Piracicaba foram registrados sob o número de ordem dezessete do livro A, em 12 de novembro de 1910, e o objetivo social encontra-se assim registrado, no 1º Cartório de Registro de Imóveis e anexos de Piracicaba: a) A vulgarização das matérias que são objectos do ensino secundário e superior no que diz respeito ás sciencias, a litteratura, as artes em geral a todos os ramos de actividade humana (sociologia, religião, philosophia, commmercio, industria, agricultura, etc.; b) O desenvolvimento physico do homem pelos exercicios gymnasticos e sportivos racionaes e pelos conhecimentos dos princípios essenciaes da higiene; c) O desenvolvimento dos sentimentos de amizade entre os homens e entre as nações, constituindo e ajudando a constituição de obras de beneficencia, de mutualidade e de qualquer utilidade geral; d) Estabelecer pequenas industrias manuaes para sustentar os enfermos, incapazes de grandes esforços; e) Estabelecer cosinhas economicas onde, mediante um preço módico os trabalhadores possam achar uma alimentação san e substancial; f) ensinar a mocidade de todas as classes, as linguas, dactylographia, a stenographia, a contabilidade e a correspondencia commercial, facilitando-lhes a collocação; g) Estabelecer uma escola pratica domestica para moças de todas as classes onde ellas poderão aprender tudo o que faz uma boa dona de casa. A revista A Escola, do Grêmio de Professores Públicos do Estado do Paraná (1906-1910), publicou o Programa da Universidade Popular de Piracicaba o que pode demonstrar o alcance da iniciativa de intelectuais piracicabanos. O jornal estado de São Paulo estampou em suas páginas várias matérias elogiosas a iniciativa piracicabana pela edificação de tão necessário monumento. “Da cidade de Piracicaba que, em matéria de instrucção publica, já conta excellentes serviços prestados ao Estado, acaba de partir uma bella iniciativa digna de geral imitação.” (ESTADO DE SP, 24 agos. 1910). A Universidade Popular chegou a constituir uma biblioteca aberta ao público e este acervo continuou a existir após a sua extinção. Posteriormente, parte deste acervo foi incorporada à biblioteca da Escola Normal de Piracicabaiv. É bem provável que alguns de seus livros tenham chegado ao acervo da biblioteca da Escola Normal pelas mãos de um de seus membros ligado à Universidade Popular. Parte dos membros da UPP eram professores da Escola Normal de Piracicaba, entre eles Lázaro Lozano, Honorato Faustino e Antonio Firmino de Proença. Dos livros que fizeram parte do acervo da UPP alguns foram encontrados no acervo da biblioteca da Escola Normal de Piracicaba. Dentre eles destaque para o Manual de Sociologia, de Eugênio Maria Hostos. Fonte: Acervo GEPAEFE – Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração da Educação e Formação de Educadores/ UNESP Marília Hostos, nascido em Porto Rico, era filósofo, sociólogo, advogado e educador e defensor dos ideais republicanos. Foi um combativo promotor da educação científica das mulheres. Em artigo recente publicado na Revista Brasileira de Educação, o autor informa que Hostos tem sido considerado por eminentes intelectuais internacionais como o fundador ou promotor na América de várias disciplinas. É citado, por exemplo, como o iniciador da sociologia, da pedagogia da liberação o, como um dos primeiros ensaístas e como pioneiro da bioética (LABOY, 2011, p. 52). Ele faleceu poucos anos antes da criação da UPP. Considerado o fundador da sociologia latino-americana, a presença deste livro na biblioteca da Universidade Popular se coaduna com os princípios propostos para a instituição. Conforme vemos na figura acima, o livro foi doado por Pedro de Mello, em 9 de outubro de 1910. Traduzido pelo Dr. Ferreira de Araújo, o livro Depois da Morte ou A vida futura segunda a Sciencia, de Louis Figuier, foi publicado no Brasil, em 1877, pela editora Garnier. É uma discussão filosófica sobre a vida e a morte, feita pelo médico francês. O livro é ilustrado por 10 gravuras de astronomia. Configura-se como obra de ciência e cultura geral na biblioteca da UPP. Conforme anotações feitas à mão no interior do livro, ele fora doado por Honorato Faustino em 26/09/1910, ou seja, logo no início da constituição do acervo. Catalogado como do gênero da Ciência Pura, o livro Mineralogia Agrícola, de Antonio de Pádua Dias, também compôs o acervo da biblioteca da UPP. Pádua Dias foi um dos diretores da Escola Prática Agrícola de Piracicaba. O livro foi doado pelo próprio autor em março de 1914, o que demonstra a longevidade da instituição. Este livro foi publicado pela Tipografia do Jornal de Piracicabav, em 1913, e servia como manual de mineralogia para as escolas de agricultura da época. A Universidade Popular de Piracicaba foi uma experiência impar no Brasil. Ao contrário das demais criadas em território nacional ela permaneceu ativa por 4 anos. Teve sede própria, com estatuto registrado em cartório o que demonstra a aposta de seus fundadores no êxito da instituição. REFERÊNCIAS GHIRALDELI JR, Paulo. Educação e Movimento operário no Brasil. São Paulo: Cortez, 1987. GODOY, Joaquim Floriano de. A província de S. Paulo: trabalho estatístico, histórico e noticioso. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: FUNDAP, 2007. LABOY, Roberto Gutiérrez. A filosofia educativa de Eugenio María de Hostos. Revista Brasileira de. Educação. vol.16, n.46, p. 51-67, 2011. PERECIN, Marly T G. Os passos do saber: a Escola Agrícola Prática Luiz de Queiroz. São Paulo: EDUSP, 2004. PINTASSILGO, Joaquim. O debate sobre as universidades populares na imprensa portuguesa de educação e ensino. O exemplo de “A Vida Portuguesa” – 1912-1915. Revista HISTEDBR On-line, 24, 2006, p. 93-101. Disponível em: http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revis.html PINTASSILGO, Joaquim. As universidades populares nas primeiras décadas do século XX em Portugal – o exemplo da Academia de Estudos Livres. CARVALHO, M.M.C. de ; PINTASSILGO, J. (orgs). Modelos Culturais, Saberes Pedagógicos, Instituições Educacionais. São Paulo: EDUSP, 2011, p. 215-43. INAUGURAÇÃO da Universidade Popular de Piracicaba. Folheto de Propaganda. São Paulo: Typographia Brazil de Rothschild & Cia, 1910. VALENTE, S.M.P. O movimento anarquista no Brasil. Semina, Londrina, 15(3), set.1994, p.260-9. i Engenheiro agrônomo francês, contratado para a cadeira de Química da Escola Agrícola Prática Luiz de Queiroz (atual Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/USP) entre 1905 e 1909, organizou o laboratório de Química da instituição. Posteriormente, foi pesquisador do Instituto Biológico de São Paulo. ii Desembargador Sebastião Nogueira de Lima formou-se pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, em 1904. Foi delegado de polícia em Piracicaba, entre 1907 e 1913. Em 1945 foi Interventor Federal do Estado de São Paulo. iii José Feliciano de Oliveira (Jundiaí, SP, 1868 – São Paulo, SP, 1962), professor, abolucionista e republicano, foi um dos defensores do positivismo no Brasil, dedicando-se a sua propaganda. iv A Escola Normal Primária de Piracicaba foi fruto da transformação da Escola Complementar de Piracicaba, em 1911. Atualmente a escola que abriga todo o acervo bibliográfico e documental daquelas escolas chama-se Escola Estadual Sud Mennucci, na cidade de Piracicaba/SP. v O Jornal de Piracicaba é um periódico diário, publicado na cidade de Piracicaba desde 1900. Nos finais da primeira década do século XX a direção do jornal se ocupou em publicar uma série de livros de autores piracicabanos, dentre ele o livro Saudade, de Thales Castanho de Andrade (Nery, p. xx).