FORÇAS ARMADAS ANGOLANAS
HOSPITAL MILITAR PRINCIPAL / INSTITUTO SUPERIOR
Departamento de Ortopedia e Traumatologia
Emanuel Lucoqui MD, Interno de Ortopedia
FORÇAS ARMADAS ANGOLANAS
HOSPITAL MILITAR PRINCIPAL / INSTITUTO SUPERIOR
Departamento de Ortopedia e Traumatologia
EQUIPA DE TRABALHO
Tte. Médico Edilson Soares (Pesquisador)
Tte. Médico Rúbem Muhongo (Pesquisador)
Civil Médico Virgílio Paez (Colaborador)
Mjr. Médico João Sá (Tutor)
Tte. Coronel Médica Sandra Pereira (Chefe para Docência e Coordenador Adjunto)
Coronel Médico Torquato Cardoso (Chefe de Departamento e Coordenador)
INTRODUÇÃO
Fractura é a solução de continuidade parcial ou total do
osso; (1,2,3)
A interrupção da continuidade óssea resultante de um
traumatismo violento do aparelho locomotor e órgãos
vizinhos. (1)
O fémur e a tíbia são os dois principais ossos longos dos
membros inferiores; constituem o ponto de inserção
muscular, de suporte do peso corporal e auxílio da marcha
(1,4,5)
INTRODUÇÃO
As fracturas do fémur e da tíbia constituem uma causa
importante de morbilidade e mortalidade em doentes que
sofrem traumatismo de alta energia.(6)
São fracturas típicas de adultos jovens, sexo masculino,
vítimas de acidente de viação automobilístico,
atropelamento ou queda de altura, do tipo fechada e de
morfologia simples (7)
INTRODUÇÃO
Importante problema de saúde no seio das forças
armadas,
• Tempo de inactividade a que se tornam sujeitos,
Discrepância estatística entre os elementos efectivos e
em real efectividade na corporação,
OBJECTIVOS
• Geral:
– Identificar o perfil epidemiológico dos doentes
internados com fracturas do fémur e da tíbia no
serviço de Ortopedia do Hospital Militar
Principal/Instituto Superior no 1º semestre de 2014
OBJECTIVOS
• Específicos:
– Descrever o perfil dos doentes quanto a idade,
sexo, categoria (militar/civil), proveniência, local,
circunstâncias e período de ocorrência, tempo de
evacuação e tempos de estadia;
– Caracterizar as fracturas do fémur e da tíbia
quanto a causa, lado afectado, morfologia do traço
de fractura, exposição e co-morbilidades
associadas.
METODOLOGIA
Tipo de estudo
Observacional descritivo retrolectivo, dos doentes
internados no serviço de ortopedia do Hospital Militar
Principal/Instituto Superior no 1º semestre do ano 2014.
População e Amostra
Todos os doentes internados por fractura diafisária do
fémur e da tíbia no período em estudo (N=108)
Fracturas do fémur (N=62)
Fracturas da tíbia (N=46)
METODOLOGIA
Colheita, Tratamento e Análise dos dados
Formulário previamente elaborado
Livros de registo dos serviços de internamento
Processos clínicos dos doentes no período em estudo
Foram tratados e analisados no programa estatístico
SPSS 20.0 em ambiente Windows7.
APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS
RESULTADOS
GRÁFICO Nº1: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DO FÉMUR NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR FAIXAS ETÁRIAS E SEXO. 1º SEMESTRE/ 2014
N= 62
25,8
GRÁFICO Nº1.1: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DA TÍBIA NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR FAIXAS ETÁRIAS E SEXO. 1º SEMESTRE/ 2014
N= 46
GRÁFICO Nº2: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DO FÉMUR NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR CATEGORIA E PROVENIÊNCIA. 1º SEMESTRE/ 2014
N= 62
63
GRÁFICO Nº2.1: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DA TÍBIA NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR CATEGORIA E PROVENIÊNCIA. 1º SEMESTRE/2014
N= 46
58,1
GRÁFICO Nº3: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DO FÉMUR NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR CAUSAS E ZONA DE OCORRÊNCIA DO TRAUMA.
1º SEMESTRE/2014
N= 62
48,4
GRÁFICO Nº3.1: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DA TÍBIA NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR CAUSAS E ZONA DE OCORRÊNCIA DO TRAUMA.
1º SEMESTRE/2014
N= 46
47,8
GRÁFICO Nº4: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DO FÉMUR NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR CAUSAS E PERÍODO DE OCORRÊNCIA.
1º SEMESTRE/2014
N= 62
48,3
GRÁFICO Nº4.1: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DA TÍBIA NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR CAUSAS E PERÍODO DE OCORRÊNCIA.
1º SEMESTRE/2014
N= 46
47,9
GRÁFICO Nº5: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DO FÉMUR NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR CAUSAS E CIRCUNSTÂNCIA LABORAL.
1º SEMESTRE/2014
N= 62
48,4
GRÁFICO Nº5.1: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DA TÍBIA NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR CAUSAS E CIRCUNSTÂNCIA LABORAL.
1º SEMESTRE/2014
N= 46
47,8
GRÁFICO Nº6: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DO FÉMUR NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR CAUSAS E EXPOSIÇÃO DA FRACTURA.
1º SEMESTRE/2014
N= 62
48,4
GRÁFICO Nº6.1: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DA TÍBIA NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR CAUSAS E EXPOSIÇÃO FRACTURÁRIA.
1º SEMESTRE/2014
N= 62
47,8
GRÁFICO Nº7: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DO FÉMUR NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR LADO ACOMETIDO E GRAU DE COMINUÇÃO.
1º SEMESTRE/2014
N= 62
51,7
GRÁFICO Nº7.1: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DA TÍBIA NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR LADO ACOMETIDO E GRAU DE COMINUÇÃO.
1º SEMESTRE/2014
N= 46
58,7
GRÁFICO Nº8: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DO FÉMUR NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR REGIÕES DE PROVENIÊNCIA E TEMPO DE
EVACUAÇÃO. 1º SEMESTRE/2014
N= 62
41,9
22,6
GRÁFICO Nº8.1: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DA TÍBIA NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR REGIÕES DE PROVENIÊNCIA E TEMPO DE
EVACUAÇÃO. 1º SEMESTRE/2014
N= 46
32,2
21,7
GRÁFICO Nº9: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DO FÉMUR NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR TEMPO DE ESTADIA PRÉ-OPERATÓRIA.
1º SEMESTRE/2014
N= 62
GRÁFICO Nº9.1: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DA TÍBIA NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR TEMPO DE ESTADIA PRÉ-OPERATÓRIA.
1º SEMESTRE DE/2014
N= 46
GRÁFICO Nº10: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DO FÉMUR NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR TEMPO DE ESTADIA HOSPITALAR PÓSOPERATÓRIA. 1º SEMESTRE DE 2014
N= 62
GRÁFICO Nº10.1: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DA TÍBIA NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR TEMPO DE ESTADIA HOSPITALAR PÓSOPERATÓRIA. 1º SEMESTRE/2014
N= 46
GRÁFICO Nº11: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DO FÉMUR NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR TEMPO DE ESTADIA HOSPITALAR.
1º SEMESTRE/2014
N= 62
GRÁFICO Nº11.1: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DA TÍBIA NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR TEMPO DE ESTADIA HOSPITALAR.
1º SEMESTRE/2014
N= 46
GRÁFICO Nº12: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DO FÉMUR NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR CO-MORBILIDADE E TEMPO DE ESTADIA
HOSPITALAR. 1º SEMESTRE DE 2014
N= 62
GRÁFICO Nº12.1: DISTRIBUIÇÃO DOS DOENTES INTERNADOS COM FRACTURA DA TÍBIA NO
SERVIÇO DE ORTOPEDIA DO HMP/IS POR CO-MORBILIDADE E TEMPO DE ESTADIA
HOSPITALAR. 1º SEMESTRE/2014
N= 46
CONCLUSÕES
• As fracturas foram frequentes em indivíduos do sexo
masculino e faixa dos 35-44 anos;
• Maior parte da população foi militar e da RM-Luanda;
• Predominaram os acidentes com automóveis em zona
urbana, no período da tarde, de tipo simples e fechadas;
• O lado mais afectado foi o direito para o fémur e
esquerdo para a tíbia;
• A maioria não apresentava co-morbilidades, e o tempo
de estadia foi entre 3-4 semanas.
RECOMENDAÇÕES
• Campanhas de sensibilização nas unidades;
• Que se estabeleçam protocolos de evacuação nas
distintas regiões militares;
• Que se operacionalize os níveis de atendimento primário
e secundário nas unidades para cuidados continuados.
• Continuidade do estudo
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. WHITTLE AP & WOOD II GW, Diáfisis tibial & Diáfisis de fémur; in “Fracturas de
las extremidades inferiores”, Campbell – CIRURGIA ORTOPÉDICA. Cap. 51, págs.
2754-2782; 2825-2854. Vol.3, 10ª edição-Menphis. Tennessee
2. PACCOLA CAJ, Fraturas Diafisárias e Distais do Fémur; Ortopedia e Traumatologia
– Princípios e Práticas. Cap. 43, pág. 659. 2ª edição – ARTEMED editora.
3. MALTA MC & BARRETO JM, Fracturas da Perna; Ortopedia e Traumatologia –
Princípios e Práticas. Cap. 43, pág. 700. 2ª edição – ARTEMED editora.
4.
Manual de ortopedia y traumatologia, tercera seccion (infecciones osseas y
articulares). Págs. 385-396, Pontificia Universidade Católica do Chile;
5. SEELEY at al CINTURA PÉLVICA E MEMBRO INFERIOR in Anatomia & Fisiologia;
cap. 7- Sistema Esqueléctico: Anatomia Macroscópica, pág. 238-242. 6ª edição
6. DRAKE RL at al. Huesos in Anatomia regional, GRAY Anatomia para estudiantes. Cap.
6, Pág. 513. 1ª edição – ELSEVIER editora. Espanha 2005
7. STARR AJ & BUCHOLZ RW, Fracturas de la diáfise del fémur; Rockwood & Green´s –
Fracturas en el Adulto, TOMO 3. 5ª edição, Cap. 41, pág. 1683.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
8. KOJIMA KE, Fratura da Diáfise do Fêmur; CLÍNICA ORTOPÉDICA Parte 5. Trauma
do Adulto. Cap. 193, Pág.1378. Manole editora. São Paulo-Brasil. 2012;
9. PIRES RES, Fraturas diafisárias do fêmur; MANUAL DE TRAUMA ORTOPÉDICO
da SBOT, Pág. 169. Editorial CEC. São Paulo 2011
10. FALAVINHA RS, FRATURA DA DIÁFISE DO FÉMUR in Fraturas e Luxações em
Quadril, Coxa e Joelho; TRATADO DE ORTOPEDIA da COMISSÃO DE
EDUCAÇÃO CONTINUADA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E
TRAUMATOLOGIA. Cap. 53, pág. 707. ROCCA editora. São Paulo 2007
11. LIVRO DE REGISTOS DOS SERVIÇOS DE INTERNAMENTO DO HMP/IS
12. VALADEZ LRG et al EPIDEMIOLOGIA DE LAS FRACTURAS EN EL SERVICIO DE
URGÊNCIAS DEL HOSPITAL CENTRAL MILITAR, Artigo de investigação: Revista
Sanidad Militar nº67, Vol. 4, págs. 147-151. Julho-Agosto 2013 – México.
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Fracturas do fémur