BARRA DA TIJUCA E ATERRO DO FLAMENGO: DOIS PROJETOS, DOIS
PARADIGMAS URBANÍSTICOS 1
Facco, Gabriela Rossato 2; MEZZOMO, Luana Portugues 3; VOLKWEIS, Luiza
Cristina 4; SANSONOWICZ, Nicole da Silva 5; SOUTO, Giselle da Costa6
;FLORES, Anelis Rolão 7
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Trabalho da disciplina de História e Teoria do Urbanismo II _UNIFRA
Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS,
Brasil
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Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS,
Brasil
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Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS,
Brasil
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Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS,
Brasil
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Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS,
Brasil
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Orientadora do trabalho da disciplina, Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário
Franciscano (UNIFRA), Santa Maria, RS, Brasil
E-mail:
[email protected];[email protected];[email protected];nicole_sansonowicz
@hotmail.com;[email protected]; [email protected]
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RESUMO
Neste artigo foi realizado o estudo dos projetos modernistas do “Plano Piloto para Urbanização da
Barra da Tijuca”, de autoria do Arquiteto e Urbanista Lucio Costa, e do “Aterro e Parque do
Flamengo”, de autoria de Arquiteto e Urbanista Affonso Eduardo Reidy. Este estudo será fundamental
na elaboração dos projetos finais propostos na disciplina, detectando diretrizes urbanísticas e as
analisando. Estes projetos cariocas tornaram-se paradigmas do urbanismo modernista brasileiro, o
primeiro descaracterizou-se com o passar dos anos e com a forte especulação imobiliária da área, o
outro se tornou um dos parques mais utilizados da cidade do Rio de Janeiro e sofre com pressões
governamentais que visam readapta-lo para funções turísticas. Os dois projetos urbanísticos auxiliam
na compreensão das relações do espaço público e da necessidade de sociabilidade contemporânea,
necessárias na proposição de novas propostas.
Palavras-chave: Projetos urbanísticos; modernismo; percepção ambiental.
1. INTRODUÇÃO
O objetivo principal deste trabalho, desenvolvido na disciplina História e Teoria do
Urbanismo II do quinto semestre do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro
Universitário Franciscano, é realizar o estudo para a elaboração de repertório dos projetos
modernistas do “Plano Piloto para Urbanização da Barra da Tijuca”, de autoria do Arquiteto
e Urbanista Lucio Costa, e do “Aterro e Parque do Flamengo”, de autoria de Arquiteto e
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Urbanista Affonso Eduardo Reidy. Este estudo será fundamental na elaboração dos projetos
finais propostos na disciplina, detectando diretrizes urbanísticas e as analisando.
Em 1969, foi concebido o Plano Diretor para a área da Barra da Tijuca, no qual o
Lúcio Costa seguiu os princípios modernistas. O planejamento buscava a ocupação da área
com parâmetros construtivos para que não acontecesse um processo intenso de construção
e adensamento como nos outros bairros da cidade do Rio de Janeiro. O plano promoveria a
criação de novos espaços de moradia, juntamente com a preocupação paisagística, um
complexo sistema viário e a implantação da infraestrutura urbana necessária.
No projeto do Aterro e Parque do Flamengo a ideia básica era oportunizar a todos os
cariocas a criação de um parque municipal de lazer e contemplação junto ao mar, devido à
disponibilidade de área livre do então aterro. Na década de 1960, a falta de jardins, praças e
playgrounds na cidade do Rio de Janeiro foram compensados pelos 930.000 m² do aterrado.
Projetando o mínimo de impacto da arquitetura no seu entorno para não retirar o contato
visual com o mar, e não converter os jardins apenas em praças de esporte ou parque de
diversões.
Estes dois projetos apresentam soluções urbanísticas e paisagísticas que os tornam
paradigmas do urbanismo modernista brasileiro.
2. LUCIO COSTA E A BARRA DA TIJUCA1
A urbanização da Barra da Tijuca é uma das etapas mais recentes da produção de
espaços residenciais do Rio de Janeiro. Com o crescimento da população e o esgotamento
imobiliário no centro, em bairros como Leblon, Copacabana e Ipanema, a área da Barra da
Tijuca era vista como um novo espaço para construção civil, e consequentemente expansão
da cidade. Almejando-se preservar o espaço caracterizado pela natureza abundante, de
modo que não deixasse que a área fosse ocupada ao acaso, no governo do prefeito Negrão
de Lima o arquiteto e urbanista Lúcio Costa foi convidado a realizar o planejamento e desta
maneira em 1969 foi concebido o Plano Piloto para a área da Barra da Tijuca que seguiu os
princípios modernistas da época.
Com a existência de uma área ainda intocada e a necessidade de expansão do Rio
de Janeiro, resultou na elaboração de um planejamento que buscasse a ocupação da área
com parâmetros construtivos para que não acontecesse um processo intenso de construção
e a adensamento como nos outros bairros. “Ao conceber o Plano, o arquiteto se via em um
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Este capítulo utilizou as seguintes referências bibliográficas:
- LEME, Maria Cristina da Silva (org.). Urbanismo no Brasil: 1895-1965.
- COSTA, Lúcio. Lucio Costa, registro de uma vivência. São Paulo: Empresa das Artes, 1995.
- JAULIN, Daniel Delvaux. Barra da Tijuca e o custo do urbanismo moderno, Rio de Janeiro, Brasil. Endereço
eletrônico: www.vitruvius.com.br. Acesso em: 28 de maio de 2012.
- SILVA, Luciana Araujo Gomes da. Barra da Tijuca: O Concebido e o Realizado. Revista geo-paisagem (on line)
Ano 3, nº 6, Julho/dezembro de 2004.
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grande dilema, ao mesmo tempo em que precisava planejar a inevitável ocupação da área,
seu maior desígnio era que ali não se fizesse nada, que toda a área fosse preservada (...)”
(SILVA, 2004).
Cobrindo cerca de 120 quilômetros quadrados o plano tinha como característica
básica as residências coletivas como núcleo, com a previsão de espaços intermediários
para uso unifamiliar. Previa moradias em lotes de tamanhos variados, sempre com reduzida
taxa de ocupação (20% do terreno em 1 pavimento e 10% em 2 pavimentos) procurando um
equilíbrio entre as edificações.
O plano então promoveria a criação de novos espaços de moradia, juntamente com
a preocupação paisagística e ainda um complexo sistema viário (estradas, túneis, vias
elevadas) e implantação da infraestrutura urbana necessária.
As áreas onde estão as lagoas seriam preservadas e transformadas em parques.
Pois o objetivo era expandir a cidade, mas preservar a geografia do lugar.
Mas Lúcio Costa almejava que ali crescesse também um novo Centro Metropolitano,
pois se acreditava que a zona era um eixo de ligação norte/sul da cidade, o que faria
convergir o fluxo para a área. Dessa maneira no plano foi dada atenção para as vias de
circulação, fazendo ligação com toda a cidade, sendo a principal via até hoje a Avenida das
Américas, que já existia antes do plano. Paralela a essa avenida existiria outra que faria a
circulação interna do bairro.
Em relação às áreas destinadas as habitações, a preocupação era fixar onde seria
possível construir com seus respectivos gabaritos. Assim, Lúcio Costa propõe a urbanização
feita em núcleos, intercalando residências multifamiliares com unifamiliares, para melhor
circulação do ar.
O projeto propõe a implantação de núcleos autônomos com afastamentos de um
quilometro entre si, com altura de oito a dez pavimentos, que seriam ocupados também por
escolas e comércio. Estes seriam localizados entre a Avenida das Américas e o Canal de
Marapendi.
Nas áreas com dunas seriam construídas apenas residências unifamiliares, mansões
ou casas menores. Sendo que esses núcleos constituem a característica mais marcante da
Barra da Tijuca, os condomínios fechados.
Quanto à parte Litorânea, a Lagoa e o Canal de Marapendi, a intenção era manter a
paisagem preservada, com exceção das construções especiais para atender a
freqüentadores do local. Lúcio Costa não queria que a Avenida Litorânea fosse avenida de
mão-dupla, com canteiro central e retornos, queria que essa fosse à área que mais se
mantivesse intocada.
As áreas para construção de hotéis não foram indicadas, e sim áreas onde eles não
poderiam ser construídos. Os lugares já habitados deveriam ser arborizados para se
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enquadrarem na paisagem do conjunto. Foram reservadas áreas para construções que
necessitavam de espaços abertos como clubes, campos de golfe e estádios.
Também foram delimitadas zonas industriais e zonas que deveriam ser áreas de
cultura, com sítios, granjas e chácaras.
O Plano então pode ser considerado uma primeira etapa do planejamento para a
Barra da Tijuca, que teve como principal a resolução e a criação de vias de acesso à
“baixada”.
Em uma segunda etapa foi criado um órgão responsável pela implementação do
Plano Piloto, o Grupo de Trabalho da Baixada de Jacarepaguá (G.T.B.J.), que tinha como
objetivo fiscalizar e analisar os projetos de edificações para a região.
2.1 O PLANO NA ATUALIDADE
O Plano Piloto não foi executado em sua totalidade. Segundo Luciana da Silva, a
grande descaracterização do projeto de Lucio Costa foi devido aos conflitos entre os
agentes de produção do espaço (SILVA, 2004):
O Plano como instrumento de ordenação da ocupação urbana na Barra da
Tijuca gerou conflitos entre os agentes responsáveis pela produção do
espaço urbano. A influência desses agentes aliados à inexistência de um
respaldo jurídico em relação à importância e obrigação da preservação dos
ecossistemas foi decisiva para a não realização do projeto de Lúcio Costa,
principalmente sobre esse ponto de vista.
A área destinada para o centro metropolitano não foi apropriada, sendo que boa
parte das quatro hectares se encontram com características rurais. Já os outros dois centros
urbanos sofrem com a permissão de construções de torres residenciais com pouca distância
uma das outras, oferecendo ao mercado imobiliário imóveis reduzidos.
Os shoppings não faziam parte do Plano Piloto, mas foram implantados na Barra da
Tijuca devido à demanda da população.
Várias mudanças foram realizadas desde a sua proposição, muitas de acordo com a
vontade de empreendedores do ramo imobiliário. Sendo uma das quais a alteração nos
gabaritos. O rápido crescimento da área acarretou vários problemas, que na época do
projeto foram desconsiderados ou considerados pouco importantes. Sendo que o plano não
é compatível com o transporte público, desta maneira o morador acaba optando por um
transporte individual. O traçado não dispõe de possibilidade de diferentes trajetos entre dois
pontos. Há multiplicação nos gastos com infraestrutura pelo fato das longas distâncias. E na
área ainda existem vários espaços vazios.
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Figura 1: Plano Piloto para Urbanização da Barra da Tijuca. Fonte: COSTA, Lúcio. Lucio Costa,
registro de uma vivência. São Paulo, Empresa das Artes, 1995.
3 – ATERRO E PARQUE DO FLAMENGO 2
O projeto do Aterro e Parque do Flamengo foi elaborado por uma equipe
interdisciplinar coordenada pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy na década de 1950.
Fizeram parte da equipe: Maria Carlota de Macedo Soares; Roberto Burle Marx, projeto
paisagístico; Luiz Emygdio de Mello Filho, botânica; Jorge Machado Moreira, arquitetura;
Berta Leitchic, engenharia; Hélio Modesto, arquitetura (LEME, 1999, p.323). Segundo
MAGINA e MELLO:
² Este capítulo utilizou as seguintes referências bibliográficas:
- LEME, Maria Cristina da Silva (org.). Urbanismo no Brasil: 1895-1965.
- BONDUKI, Nabil Georges (Org.); Affonso Eduardo Reidy. São Paulo: Instituto Lina Bo P.M. Bardi, Blau, 1999.
- MAGINA, Jeanice de Freitas; MELLO, Fernando Fernandes. A obra de Roberto Burle Marx para a cidade do
Rio de Janeiro – um patrimônio cultural carioca. Endereço eletrônico: www.docomomo.org.br. Acesso em: 28 de
maio de 2012.
- LEME, Maria Cristina da Silva (org.). Urbanismo no Brasil: 1895-1965. São Paulo: Studio Nobel, FAUUSP,
FUPAM, 1999.
- GIRÃO, Claudia. Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, Brasil: o caso da marina – parte 1. Endereço eletrônico:
www.vitruvius.com.br. Acesso em: 28 de maio de 2012.
- GIRÃO, Claudia. OLIVEIRA, Ana Rosa de. SOS Parque do Flamengo. Endereço eletrônico:
www.vitruvius.com.br. Acesso em: 28 de maio de 2012.
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O parque foi projetado por uma equipe interdisciplinar de grande prestígio,
incluindo os arquitetos Affonso Eduardo Reidy, Jorge Moreira e o botânico
Luiz Emygidio de Mello Filho. Foi o primeiro parque público no Rio de
Janeiro a oferecer enorme variedade de equipamentos de lazer, entre eles
campos de esporte, uma praia artificial, marina, museus, e outros, trazendo
desta forma inovação quanto ao uso e aos significados dos parques
urbanos na cidade. Várias passarelas para pedestres foram construídas e
entre estas, passagens subterrâneas para pedestres. O Parque do
Flamengo constitui hoje um dos mais belos parques da cidade do Rio de
Janeiro.
Inicialmente o Aterro Glória-Flamengo, obra principiada anteriormente, parecia não
ter outro destino a não ser abrir espaço para pistas de velocidade. O governo pretendia
continuar as obras do aterro, mas acreditava que o projeto poderia ter uma relação na
escala humana e não apenas na escala do automóvel. Infelizmente duas das pistas já
iniciadas tiveram que ser conservadas, seccionando o aterro ao meio, mas na área restante
deveria ser proposto o parque.
A própria configuração do Aterrado, faixa longa e estreita, apresenta dificuldades
para a organização e distribuição das áreas de lazer e divertimento. Também, a ausência de
grandes áreas verdes na cidade no Rio deveria ser compensada pelos novecentos e trinta
mil metros quadrados do Aterrado.
A dificuldade é escolher as prioridades do projeto, fazendo uma mínima intervenção
com os projetos de arquitetura, para não retirar as visuais do mar, ao mesmo tempo em que
deveria contemplar as pré-existências do projeto inacabado do Aterro Glória-Flamengo.
O planejamento urbanístico-paisagístico elaborado constava com os seguintes
projetos: Restaurante do morro da viúva e churrascaria na enseada da Glória; Playgrounds
cercados com pavilhão para educadores; Sala de curativos (enfermaria); Sanitários para
crianças; Áreas para piqueniques com bancos e mesas baixas e cestas para detritos; Teatro
de fantoches e marionetes; Duas pistas de aeromodelismo; Cinco estações e quatro
composições de trenzinhos para passeios, na pista de 4 metros que também servirá para
caminhões, de abastecimento, ambulância; Postos de Socorro, policia e informações sobre
crianças perdidas, telefones.; Piers para Bateau Mouche, pescadores e atracadores de
lanchas; Sinalização e mapas; Estacionamentos nas faixas mais estreitas do lado do
flamengo; Vestiários; Sanitários.
A composição paisagística proposta por Burle Marx gera o mais belo e variado
conjunto de palmeiras da América do Sul, desde o popular Dendê até a Palmeira Laca da
Índia. Os grupos de flores propôs toda a escala cromática da flora tropical brasileira, além de
árvores escolhidas por suas formas esculturais.
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3.1 O PARQUE NA ATUALIDADE
Atualmente o Parque é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico
Nacional (IPHAN), conforme ressalta Cláudia Girão (GIRÃO,2012):
Inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do
IPHAN, o Parque do Flamengo tem hoje seu valor cultural multiplicado pela
própria percepção do sentido desta paisagem material da cidade, tendo em
vista seu significado como paisagem cultural e referência etnográfica
carioca, espaço coletivo simbólico de sua origem, desenvolvimento e
permanência.
A área vem sofrendo mudanças que desrespeitam o tombamento em prol da
adaptação de novos usos relacionados ao turismo, ou seja, adaptação a eventos e
atividades da Prefeitura Municipal. Conforme relato de GIRÃO e OLIVEIRA, no ano de 2006
(GIRÃO;OLIVEIRA;2006):
No dia 13 de maio foi feita uma manifestação dos freqüentadores do parque
e demais pessoas interessadas para protestar contra a obra junto ao que foi
denominado "Muro da Vergonha", na área fechada por tapumes, contígua à
Marina da Glória. Iniciativas como essa podem ajudar de forma efetiva a
resgatar as condições asseguradas ao parque pelo tombamento
Figura 2: Vista da Marina da Glória, Aterro e Parque do Flamengo, Rio de Janeiro. Fonte: GIRÃO,
Claudia. Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, Brasil: o caso da marina – parte 1. Endereço
eletrônico: www.vitruvius.com.br. Acesso em: 28 de maio de 2012.
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4 – CONCLUSÃO
O presente trabalho abordou o planejamento da Barra da Tijuca realizado pelo
Arquiteto e Urbanista Lucio Costa, datado de 1969, o qual adotou princípios modernistas. O
projeto pretendia que não ocorresse um processo intenso de construção e adensamento
como nos outros bairros, promovendo a criação de espaços para moradia aliados com a
preocupação paisagística, complexo sistema viário e implantação de infraestrutura urbana
necessária. Porém o que se vê hoje é uma grande área com características rurais e uma
pequena parcela sendo largamente adensada, com torres altas, desrespeitando os ideais do
projetista. Além disso, o transporte público não é adequado na região, incentivando o uso de
automóveis particulares, influenciando negativamente no sistema viário local.
Outro tema tratado foi o Aterro e Parque do Flamengo que teve seu projeto
embasado em querer proporcionar a todos os cariocas passeios ao ar livre. A grande área
de 930.000 m² foi idealizada com o mínimo de arquitetura para permitir a vista do mar e
suprir a carência de jardins, praças e playgrounds que o Rio de Janeiro apresentava.
Portanto os dois planejamentos urbanísticos foram projetados para criar um
ambiente melhor, com áreas verdes e para proporcionar fruição no exercício das atividades
diárias. Apesar de alguns desvios de projeto a execução contribuiu para o desenvolvimento
urbano carioca.
Conclui-se que estes dois paradigmas urbanísticos podem auxiliar os projetos
realizados no final da disciplina, projetos estes localizados em áreas da cidade de Santa
Maria. Os projetos possuem características positivas como a ampliação de áreas públicas
verdes e o controle dos índices urbanísticos, itens que podem ser transformados em
diretrizes para sociabilizar o espaço público. Além de um programa rico em atividades,
Aterro, e desenho urbano, Barra da Tijuca, proporcionando um repertório de ideias na
formação do programa de necessidades. Os aspectos negativos servem para alertar os
cuidados que o urbanista deverá ter para não incorrer no fenômeno da “gentrificação” e da
especulação imobiliária.
Afinal a sociabilidade é um direito de todos e na sociedade contemporânea a sua
retomada é fundamental, seja por projetos de espaços abertos qualificados, seja pelo uso
dos recursos de controle das construções da cidade.
REFERÊNCIAS
COSTA, Lúcio. Lucio Costa, registro de uma vivência. São Paulo: Empresa das Artes, 1995.
JAULIN, Daniel Delvaux. Barra da Tijuca e o custo do urbanismo moderno, Rio de Janeiro, Brasil.
Endereço eletrônico: www.vitruvius.com.br. Acesso em: 28 de maio de 2012.
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GIRÃO, Claudia. Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, Brasil: o caso da marina – parte 1. Endereço
eletrônico: www.vitruvius.com.br. Acesso em: 28 de maio de 2012.
GIRÃO, Claudia. OLIVEIRA, Ana Rosa de. SOS Parque do Flamengo. Endereço eletrônico:
www.vitruvius.com.br. Acesso em: 28 de maio de 2012.
LEME, Maria Cristina da Silva (org.). Urbanismo no Brasil: 1895-1965. São Paulo: Studio Nobel,
FAUUSP, FUPAM, 1999.
MAGINA, Jeanice de Freitas; MELLO, Fernando Fernandes. A obra de Roberto Burle Marx para a
cidade
do
Rio
de
Janeiro
–
um
patrimônio
cultural
carioca.
Endereço
eletrônico:
www.docomomo.org.br. Acesso em: 28 de maio de 2012.
SILVA, Luciana Araujo Gomes da. Barra da Tijuca: O Concebido e o Realizado. Revista geopaisagem (on line) Ano 3, nº 6, Julho/dezembro de 2004.
BONDUKI, Nabil Georges (Org.); Affonso Eduardo Reidy. São Paulo: Instituto Lina Bo P.M. Bardi,
Blau, 1999.
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