XIII SIMPÓSIO DE HISTÓRIA MARÍTIMA- (Encerramento pelo Presidente)
(Cumprimentos iniciais) ….
Chegou ao fim o nosso XIII Simpósio de História Marítima e o fim coroou
a obra. Finis coronat opus. É que, a intervenção final do nosso
convidado, Senhor Dr. Jorge Alberto Hagedorn Rangel, foi excelente e
merecedora do nosso reconhecido agradecimento.
O Simpósio encerrou e, relembrando o que aqui referi no início acerca
destes eventos na antiga Grécia, foi como se o ramo de mirto entregue
ao primeiro orador tivesse agora chegado à minha mão, depois de,
sucessivamente, ter passado pelas quase quatro dezenas de oradores.
A sequência das intervenções foi magnífica, sempre interessante, ao
longo das três manhãs e três tardes, motivando permanentemente a
numerosa e atenta assistência.
Na minha apreciação, o evento constituiu um êxito assinalável e sobre
ele gostaria de fazer apenas três breves referências:
- A primeira para justificar a disciplina, talvez rigorosa, a que todos nos
submetemos na gestão do tempo. Faz parte dos hábitos desta casa a
qual, talvez por ser de marinheiros, usa essa regra. É que, no mar,
estamos habituados a ver os astros a deslocarem-se pontualmente no
firmamento, qual organizado conjunto de ponteiros de relógio e se
medirmos a posição de qualquer um, por exemplo apenas com o erro
mínimo de 4 segundos, isso nos pode fazer errar a longitude de uma
milha (quase 2 quilómetros). Mas a navegação do nosso Simpósio
decorreu bem, com presidentes de mesa e oradores a esforçarem-se, e
muito, para terem tempo para serem breves. Muito obrigado pela vossa
compreensão e esforço intelectual, tão bem conseguido. Parabéns.
- O segundo ponto gostaria eu que fosse conclusivo sobre aquilo que
aqui se debateu. Mas sou incapaz de tentar, sequer, fazer qualquer
súmula. Esse é um esforço que remeto, que atribuo, a todos nós que
acompanhámos sempre os trabalhos. Terá de ser um esforço individual
de cada intelecto, que vale a pena ser feito, tendo em conta que todo o
conhecimento resulta de uma análise entre duas sínteses. A primeira
destas tivemo-la à partida com o tema do Simpósio, com os seus
subtemas e com os títulos das comunicações. A análise longa de três
dias que se lhe seguiu permitirá, agora, a cada simposiasta fazer a sua
síntese final. Peço-vos que a consigam.
Por mim, tenciono ponderá-la em torno de dois aspectos, sendo um
passado e outro presente e futuro.
O primeiro procurarei que traduza a visão ampla que nós, os
Portugueses, tivemos no estabelecimento, na implantação na China e no
vasto Oriente e na ambição de desenvolver os interesses nacionais
nessa imensa área do mundo onde, com muito e inteligente saber
técnico e humano, fomos grandes como nenhum povo até essa altura.
Conhecimento, tecnologia, tenacidade, espírito de sacrifício, orgulho
nacional e bom relacionamento humano foram a chave do êxito.
Que brilhante exemplo isso constituiu para o presente e para o futuro. E
esse é o segundo aspecto da minha brevíssima síntese final. Isto é, há
que valorizar o exemplo do passado com a sua enorme mais-valia que
soubemos ir acumulando, ao longo do relacionamento multisecular com
o grande e promissor país que é a China.
-Por fim uma referência que é de elogio e agradecimento aos Senhores
membros das comissões Científica e Organizadora, pelo êxito do
planeamento e da execução, extensiva aos senhores oradores e demais
participantes.
Por dever de justiça, lavro também o meu louvor aos militares e civis em
serviço na Academia, pelo dedicado esforço que levaram a cabo.
Em suma, dirijo a todos as minhas agradecidas felicitações.
Foi um excelente Simpósio!
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Na sua alocução final, o Presidente