1º Semestre de 2011 Energia Consumo de energia no Nordeste em 2010 Emprego formal no Nordeste em 2010 e 2011 (jan/abr) O Nordeste fechou 2010 registrando uma expansão de 9,1% no consumo global de energia elétrica em relação a 2009. A maior do país. Essa taxa representou o aumento de 65.243 GWh para 71.190 GWh. Brasil e Regiões - Consumo total de energia elétrica (GWh) - 2010 10,0 9,0 9,1 7,9 8,0 8,4 7,6 7,0 6,1 6,0 5,2 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Fontes: EPE; SUDENE/DPLAN O comportamento das classes de consumo foi o seguinte: residencial, 12,0%; comercial, 9,1%; industrial, 7,6%; e outros, 8,4%. Os incrementos dos consumos residencial e comercial da região foram os segundos maiores do país, depois da região Norte. Na classe residencial, o número de ligações à rede elétrica depende de variáveis demográficas, como população, número de domicílios e número de habitantes por domicílio; o consumo médio por consumidor apresenta correlação com a renda, PIB e PIB per capita. Essas mesmas variáveis explicam, também, outros setores de consumo como a classe comercial. Brasil e Regiões - Consumo residencial de energia elétrica (GWh) 2010 14,0 12,6 12,0 12,0 10,0 8,0 7,0 6,3 6,0 4,3 4,7 Sudeste Sul 4,0 2,0 0,0 Brasil Norte Nordeste Centro-Oeste Fontes: EPE; SUDENE/DPLAN A classe industrial mantém relação com a economia nacional e internacional, em função dos segmentos exportadores. A classe outras agrega o segmento rural, poderes, serviços e iluminação pública, e o consumo próprio das concessionárias do setor. 1º semestre de 2011 Energia O consumo da região, foi alavancado pelos estados do Piauí (17,0%), Paraíba (12,6%), Ceará (12,1%) e Rio Grande do Norte (9,6%). A seguir, ficaram a Bahia (8,5%), Pernambuco (8,4%), Maranhão (7,6%), Sergipe (7,2%) e Alagoas (5,9%). No país, o incremento foi de 7,9%, traduzido pela evolução de 388.687 GWh para 419.215 GWh. O crescimento nacional obedeceu ao seguinte perfil: industrial, 10,7%; residencial, 6,3%; comercial, 5,9%; e outros, 4,5%. A participação no consumo de energia da região em relação ao país manteve-se estável em cerca de 17,0%, nos dois últimos anos. O consumo residencial revelou números expressivos: 22,5% no Piauí; 16,8% no Maranhão, 14,4% na Paraíba e 13,1% no Ceará. Em seguida, ficaram Rio Grande do Norte (11,9%), Bahia (11,3%), Sergipe (9,4%), Alagoas (8,4%) e Pernambuco (8,1%). Brasil e Regiões - Consumo comercial de energia elétrica (GWh) 2010 12,0 10,9 10,0 9,1 8,0 5,9 6,0 5,7 5,5 Sul Centro-Oeste 4,8 4,0 2,0 0,0 Brasil Norte Nordeste Sudeste Fontes: EPE; SUDENE/DPLAN O consumo comercial acompanhou a tendência do residencial, tanto na magnitude dos números, como na ordem dos principais consumidores. Desta forma, tem-se novamente o Piauí, Maranhão, Paraíba e Ceará ocupando os primeiros lugares, com crescimentos de 16,7%, 16,2%, 12,8% e 11,5%, respectivamente. Seguido por Alagoas, com 10,5%, Rio Grande do Norte, com 7,8%; Pernambuco, com 6,9%; Bahia, com 6,2%; e, Sergipe, com 5,6%. O consumo industrial ficou em terceiro, e não apresentou taxas tão relevantes como as dos dois primeiros. Os estados que mais se destacaram neste consumo também seguiram uma ordem diferente. Agora é Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia, Piauí e Sergipe que ocupam os primeiros lugares, com crescimentos de 12,0%, 11,7%, 9,6%, 9,1%, 8,7% e 7,6%, respectivamente. Praça Ministro João Gonçalves de Souza, S/N – Edif. SUDENE Engenho do Meio 50670/900 – Recife – PE Site: www.sudene.gov.br Fone: 81 2102 2785 Energia Brasil e Regiões - Consumo industrial de energia elétrica (GWh) 2010 13,1 14,0 12,0 10,7 9,7 10,0 7,6 8,0 5,7 6,0 3,0 4,0 2,0 0,0 Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Fontes: EPE; SUDENE/DPLAN Os crescimentos registrados nos consumos residencial e comercial do Nordeste, apesar de refletirem o êxito das medidas de estímulo implementadas pelo governo federal, principalmente em relação à renda das famílias, ressaltam as diferenças na estrutura produtiva do Nordeste e do Centro Sul. A situação no Norte é semelhante à do Nordeste. Enquanto no Norte e no Nordeste os dois maiores consumos de energia foram registrados nas classes residencial e comercial: 12,6% e 12,0%, na primeira região, e 11,0% e 8,9%, na segunda região, no Sudeste e Sul foi o industrial o maior consumo, 13,1% e 9,7%, respectivamente. O incremento apresentado pelo consumo industrial de energia do Sudeste, foi o maior entre todas as classes de consumo do país. A indústria de transformação do Sudeste e Sul, caracterizada por uma maior diversificação e densidade, tem permitido que estas regiões se beneficiem mais da fase atual de crescimento do país do que outras regiões. Segundo o IBGE, as indústrias nordestinas mais dinâmicas são as de refino de petróleo e produção de álcool, e alimentos e bebidas, que respondem por quase 40% do valor da transformação industrial (VTI) (20,3% e 17,7%, respectivamente). Contudo, a participação da região no VTI nacional – 9,7% - a coloca em terceiro lugar, bem abaixo dos primeiro e segundo lugares, Sudeste e Sul, que respondem por mais de 80% do VTI (62,2% e 18,3%). As boas performances observadas nas classes de consumo residencial e comercial do Nordeste são reflexo das medidas de manutenção da dinâmica da economia, repercutindo no comércio e na habitação. A redução do desemprego, o aumento real do salário mínimo, a expansão das transferência de renda, os programas de crédito imobiliário e os programas Minha Casa Minha Vida e Luz para Todos contribuíram para ampliar o tecido social aumentando a classe média e incorporando-a ao mercado consumidor de energia elétrica. Esses fatores têm contribuído para o aumento do número de ligações residenciais. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), nos últimos anos, 35% das novas ligações de consumidores no país se fizeram no Nordeste. Entre 2005 e 2008, somente o Programa Luz para Todos foi responsável por 37,8% das novas ligações na região, o que mostra a importância deste tipo de programa para a inclusão elétrica. A presença de refrigeradores e televisores nos lares nordestinos cresce, em média, 6,5% ao ano contra uma média nacional de cerca de 3,0%. Estes produtos são responsáveis por cerca de 30% do consumo de energia de uma residência. Dados do Banco Central referentes ao financiamento destinado ao ramo imobiliário, permitem concluir o seguinte: em 2010, o crescimento nacional em unidades habitacionais foi de 39,2% e no período de janeiro/maio de 2011, sobre igual período de 2010, de 28,0%. O Nordeste cresceu, nos mesmos períodos, 56,7% e 29,0%, respectivamente. A tabela abaixo informa os dados desagregados segundo as unidades construídas e adquiridas. Brasil e Nordeste Variação % do financiamento imobiliário destinado a habitações construidas e adquiridas Habitações financiadas Brasil 2010/2009 Nordeste 2011/2010 2010/2009 (jan/maio) 2011/2010 (jan/maio) Construidas 45,4 32,9 81,0 34,9 Adquiridas 34,0 23,9 32,0 21,2 Totais 39,2 28,0 56,7 29,0 Fontes: BCB; SUDENE/DPLAN Os conceitos de unidades construídas e adquiridas dizem respeito a imóveis novos e imóveis já prontos, que foram adquiridos através de financiamento do SFH. Os dados mostram que, em 2010, tanto o Brasil como o Nordeste apresentaram um desempenho expressivo na concessão de financiamento imobiliário destinado a unidades construídas e adquiridas. Entretanto, no primeiro semestre de 2011, o cenário inverteu-se, com o país e a região registrando performances bem mais amenas. Ainda assim, apesar do declínio observado em 2011, o Nordeste continua a registrar ganhos de participação em relação ao país, neste tipo de financiamento. Entre 2009 e janeiro/maio de 2011, a participação da região passou de 12,2% para 14,8%. Na aquisição, manteve-se constante, em cerca de 11%. Mas, na construção, passou de 13,4% para 18,9%. Energia Entretanto, constata-se que o consumo residencial continua a ser o responsável pelo comportamento da energia do Nordeste. Segundo a EPE, os consumos residencial e comercial da região, foram fortemente afetados por fatores climáticos tais como a antecipação do período das chuvas e temperaturas médias inferiores às de 2010. De acordo com a entidade, o consumo comercial foi ainda afetado pelos feriados prolongados de Corpus Christi e São João, influenciando o número de dias úteis disponíveis. Participação do Nordeste no Brasil, no total de unidades habitacionais financiadas pelo SFH 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 14,8 13,8 12,2 0,0 2009 2010 Fontes: EPE; SUDENE/DPLAN 2011 (jan/maio) Nordeste/Brasil Brasil e Regiões - Consumo residencial de energia elétrica (GWh) 2011 (jan/jun) Participação do Nordeste no Brasil, nas construções de habitações financiadas pelo SFH 6,0 4,8 5,0 20,0 15,0 4,3 4,1 18,9 3,7 4,0 16,7 13,4 3,0 2,5 2,5 2,0 10,0 1,0 5,0 0,0 0,0 2009 2010 Brasil 2011 (jan/maio) Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Fontes: EPE; SUDENE/DPLAN Fontes: EPE; SUDENE/DPLAN Nordeste/Brasil Primeiro semestre 2011 Neste período, a energia do Nordeste não conseguiu repetir o desempenho de 2010 quando fechou o ano apresentando o maior crescimento do país. Agora, a região apresentou o pior desempenho (-0,2%), em consequência da queda de 35.194 GWh para 35.119 GWh. Por classe de consumidor, o comportamento foi o seguinte: residencial, 3,7%; comercial, 3,4%; industrial, -4,4%; e outros, 0,7%. Fazendo com que as médias regionais ficassem abaixo das correspondentes médias nacionais. Quanto ao desempenho do consumo industrial, a EPE atribui o fato a alterações na malha industrial do Nordeste. O encerramento da empresa Novelis (alumínio) na Bahia, a parada temporária da Braskem (petroquímica) em Alagoas, e a redução da produção da Coteminas (têxtil) na Paraíba, justificam o resultado. Somente a empresa Novelis era responsável por 1/3 do consumo industrial de energia da região. A moderação observada no período, no consumo de energia, deverá manter-se pelo resto do ano devido, ainda, às medidas de ajuste na economia promovidas pelo Governo no início de 2011. Brasil e Regiões - Consumo comercial de energia elétrica (GWh) 2011 (jan/jun) Brasil e Regiões - Consumo total de energia elétrica (GWh) - 2011 (jan/jun) 9,0 6,5 7,0 4,7 5,0 4,0 6,0 4,5 3,2 5,9 5,7 5,0 3,6 6,4 4,1 3,4 4,0 3,0 3,0 2,0 2,0 1,0 1,0 -0,2 0,0 -1,0 7,9 8,0 7,0 6,0 Brasil Norte Fontes: EPE; SUDENE/DPLAN Nordeste 0,0 Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil Norte Fontes: EPE; SUDENE/DPLAN Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Energia Segundo o relatório do Ministério da Fazenda, os ajustes incluem a manutenção de um nível elevado na taxa básica de juros (SELIC), o plano de consolidação fiscal, com cortes de R$ 50 bilhões no orçamento de 2011, além de medidas de monitoramento nos mercados de crédito e de câmbio. Brasil e Regiões - Consumo industrial de energia elétrica (GWh) 2011 (jan/jun) 12,0 10,8 10,0 7,8 8,0 6,0 4,0 4,0 3,0 3,4 2,0 0,0 -2,0 Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste -4,0 -4,4 -6,0 Fontes: EPE; SUDENE/DPLAN O Banco Central, no seu boletim semestral, registra a perda de dinamismo da economia do Nordeste no primeiro trimestre do ano, mas destaca que vem se recuperando, favorecido pela manutenção dos programas sociais, pela expansão do mercado de trabalho, pelos financiamentos imobiliários e pelos investimentos públicos e privados anunciados para a região. Quanto ao Brasil, o consumo de energia cresceu 3,6%, como resultado da evolução de 205.601 GWh para 212.951 GWh, agora não mais puxado pelo consumo industrial, mas pelos consumos comercial (5,7%) e residencial (4,1%). Os consumos industrial e outros cresceram 3,0% e 1,7%, respectivamente. A EPE destaca que as taxas de crescimento do consumo industrial de energia, no país, vêm decaindo sucessivamente desde dezembro de 2010. As posições estaduais, quanto ao consumo total de energia, foram as seguintes: Sergipe (5,5%), Maranhão (4,0%), Pernambuco (3,4%), Piauí (2,1%), Paraíba (1,2%) e o Rio Grande do Norte (0,0%). A seguir situaram-se Ceará (-0,5%), Bahia (-3,3%) e Alagoas (11,7%). As baixas performances registradas nos estados são expressivas e as taxas atuais em nada lembram a pujança observada em 2010. Equipe Técnica Dilma Vana Roussef Presidente da República Publicação da Diretoria de Planejamento e Articulação de Políticas Frederico Augusto de A. Cavalcanti (Coordenador) José Luis Alonso da Silva (Responsável) Lutemberg F. de A. Santana (Estagiário) Fernando Bezerra de Souza Coelho Ministro da Integração Nacional Coordenação de Gestão da Informação Para o Desenvolvimento Designer - Assessoria de Comunicação Social Charlene Vitor de Farias (Estagiária) Paulo Sérgio de Noronha Fontana Superintendente da SUDENE Revisão e Editoração Shirley Dantas Câmara Guilherme Maia Rebouças Diretor de Planejamento e Articulação de Políticas Ministério da Integração Nacional