1
2
Produção: Departamento Econômico - Associação Comercial e Empresarial de Minas.
Endereço: Av. Afonso Pena 372, Belo Horizonte / Minas Gerais / Brasil – 30130-001.
www.acminas.com.br
Production: Economic Department - Commercial and Entrepreneurial Association of Minas.
Address: Av. Afonso Pena 372, Belo Horizonte / Minas Gerais / Brazil – 30130-001.
www.acminas.com.br
Presidente (ACMinas President)
Roberto Luciano Fortes Fagundes
Superintendência Geral (ACMinas Superintendent)
Gilson Elesbão de Siqueira
Departamento Econômico (ACMinas Economic Analyst)
Leonardo Faria Lima - Economista e Autor (Author)
Revisão Ortográfica (ACMinas Reviser)
Pâmela Danielle Oliveira
Design Capa (Cover Design)
Departamento Econômico ACMinas
Belo Horizonte 2014
3
Apresentação
O Departamento Econômico da Associação Comercial e Empresarial de
Minas - ACMinas - apresenta o “Resumo - Economia Brasileira e Mineira 2013”,
cujo principal objetivo é difundir informações básicas que permitam a visualização
desagregada dos indicadores das duas economias.
4
Presentation
The Economic Department of ACMinas, presents the "Brazilian Economy
and State of the Minas Gerais Summary - 2013". The main objective is to show
basic information, allowing the visualization of disaggregated indicators on the
two economies.
5
Sumário / Table of Contents
1. Focus - Relatório de Mercado (Projeções) – p. 06
1.1. Expectativas de Mercado – 2013 – p. 07
1.2. Expectativas de Mercado – 2014 – p. 08
2. PIB – Mundo e Principais Países – p. 09
3. PIB 2013 – Brasil – p. 10
4. PIB 2013 – Minas Gerais – p. 15
5. Uma breve análise do salário mínimo: 2013 e 2014 – p. 21
6. Taxa Selic – p. 23
6.1. Comportamento - Taxa Selic 2013 – p. 24
7. Concessões de Crédito – p. 27
8. Taxa de Juros Média das Operações de Crédito – p. 29
9. Spread Bancário – p. 30
10. Taxa de Inadimplência – p. 32
11. Política Fiscal 2013 – p. 34
12. Histórico de Metas para a Inflação – p. 39
13. Índices de Inflação 2013 – p. 40
14. IPCA 2013 – p. 42
15. Índices Financeiros 2013 – p. 50
16. Câmbio 2013 – p. 51
16.1. Real x Dólar – p. 51
16.2. Real x Euro – p. 57
17. Investimento Estrangeiro Direto 2013 – p. 60
18. Reservas Internacionais 2013 – p. 64
19. Dívida Externa 2013 – p. 66
20. Dívida Líquida Setor Público – Brasil – p. 67
21. Dívida Líquida Setor Público – Principais Países – p. 68
22. Balança Comercial – Brasil 2013 – p. 69
23. Balança Comercial - Minas Gerais 2013 – p. 75
24. Taxa de Desemprego Brasil 2013 – p. 85
25. Evolução Emprego 2013 – p. 91
25.1. Regiões e Unidades Federativas do Brasil – p. 93
25.2. Minas Gerais – p. 96
25.3. Belo Horizonte e Região Metropolitana – p. 97
26. Produção Industrial 2013 – Brasil – p. 99
27. Produção Industrial 2013 – Regional – p. 100
28. Comércio Varejista 2013 – Brasil – p. 101
29. Comércio Varejista 2013 – Unidades Federativas – p. 103
30. Regiões de Planejamento de Minas Gerais - Quantitativo de Empresas e MEIs – p. 106
31. Summary - Key Macroeconomic Variables- Brazil x Minas Gerais – p. 108
32. Referências – p. 110
6
1. Focus - Relatório de Mercado (Projeções)
O Relatório Focus é concebido pelo Banco Central do Brasil (BC /
BACEN), com o objetivo de captar, junto aos principais agentes econômicos do
país (bancos, corretoras e outras instituições cadastradas no seu sistema), as
perspectivas sobre o desempenho dos principais indicadores da economia
brasileira – índices de inflação, taxa Selic, taxa de câmbio, produto interno
bruto (PIB) dentre outros.
Os resultados observados contribuem para a tomada de decisões, isto é,
para reduzir o grau de incertezas, tendo em vista que o BC considera
elementos importantes do cenário econômico.
obs:
*Periodicidade do Relatório Focus: semanal.
7
1.1. Expectativas de Mercado – 2013
(para simples comparação com dados consolidados no ano)
Fonte: Banco Central do Brasil
8
1.2. Expectativas de Mercado – 2014
Fonte: Banco Central do Brasil
De acordo com as projeções do mercado observadas por meio do
Relatório Focus (10 de janeiro de 2014), o Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo (IPCA) findará o ano com variação de 6,00%, próximo ao
teto da meta inflacionária – centro 4,5%; margem de dois pontos percentuais
para cima ou para baixo, 6,5% e 2,5% respectivamente.
A taxa de câmbio (real / dólar) deverá permanecer em patamares mais
elevados, encerrando o exercício em R$ 2,40. A desvalorização cambial está
sendo influenciada, principalmente, pela possível política de contração
monetária a ser adotada pelo Federal Reserve (FED, banco central norteamericano). Essa ação que visa retirar os estímulos monetários (maior oferta
de moeda) adotados para combater os efeitos nocivos das crises financeiras de
2008 e 2011 sobre a economia estadunidense.
A Selic, taxa de juros básica da economia brasileira, continuará em
ascendência, encerrando 2014 em 10,50% ao ano. Isto é, o governo federal
dará prosseguimento à política de contração monetária implementada no ano
anterior, que visa controlar a inflação doméstica.
Para o mercado, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro apresentará um
crescimento aquém do desejado, expansão de 1,99%. Este fato salienta que o
mercado acredita na estagnação do atual modelo econômico pautado
especialmente na ampliação do consumo interno.
9
2. PIB – Mundo e Principais Países
PIB mundo e principais países - 2011 a 2014
(em %)
Mundo / Países
Mundo
Estados Unidos
Zona do Euro
Japão
Reino Unido
Rússia
China
Argentina
Brasil
México
África do Sul
Índia
2011
4,0
1,8
1,6
-0,5
1,1
4,3
9,3
8,9
2,7
4,0
3,6
6,6
2012
3,2
2,8
-0,7
1,4
0,3
3,4
7,7
1,9
1,0
3,9
2,5
4,7
2013¹
3,3
1,9
-0,3
1,6
0,7
3,4
8,0
2,8
3,0
3,4
2,8
5,7
2013
3,0
1,9
-0,5
1,5
1,8
1,3
7,7
4,3
2,3
1,1
1,9
4,4
2014²
3,6
2,8
1,2
1,4
2,9
1,3
7,5
0,5
1,8
3,0
2,3
5,4
2013¹ - Projeção
2014² - Projeção
Fonte: Fundo Monetário Internacional (FMI)
Panorama Econômico Mundial (World Economic Outlook) Abril 2013 e 2014
PIB mundo e principais países - 2012 a 2014
(em %)
2014*- Projeção
Fonte: Fundo Monetário Internacional (FMI)
Panorama Econômico Mundial (World Economic Outlook) Abril 2014
10
3. PIB 2013 – Brasil
O Produto Interno Bruto (PIB) do país obteve expansão de 2,3% em
2013. Esta alta do indicador foi influenciada, principalmente, pela ótima
produtividade do setor agropecuário que registrou crescimento de 7% no ano
(maior valor observado desde 1996). O PIB Nominal, mensurado em valores
correntes, somou R$ 4,84 trilhões e o PIB per capita atingiu o patamar de R$
24.065, valor que representa um crescimento de 1,4%.
PIB do 4º Trimestre de 2012 ao 4º Trimestre de 2013
(em %)
Fonte: IBGE (Indicadores IBGE: Contas Trimestrais, outubro / dezembro 2013, p. 05)
PIB e PIB per capita
Taxa de crescimento anual (em %)
PIB
PIB per capta
7,5
8,0
7,0
6,1
5,7
6,0
4,9
5,0
4,3
4,4
4,0
2,8
4,0
3,2
2,7
3,0
6,5
5,2
4,0
2,7
2,0
1,3
1,0
1,3
-0,1
1,7
1,1
1,0
2000
2001
2002
2003
1,4
0,1
-0,2
0,0
-1,0
2,3
2,7
1,9
2004
2005
2006
2007
2008
2009
-0,3
2010
2011
2012
2013
-1,4
-2,0
Fonte: IBGE (Indicadores IBGE: Contas Trimestrais, outubro / dezembro 2013, p. 14)
O resultado do desenvolvimento da economia brasileira se alinhou com
as projeções do Banco Central e do mercado financeiro (captadas por meio do
11
relatório Focus). Para a autoridade monetária, a expansão seria de 2,3%
exatamente e para o mercado de 2,28%.
Ótica da Oferta
Agropecuária:
O setor foi destaque em 2013 devido à alta de 7%. De acordo com o
IBGE, o resultado foi ocasionado, especialmente, pelo bom desempenho da
agricultura, silvicultura e exploração florestal. As lavouras que registraram as
maiores expansões foram: trigo (30,4%), soja (24,3%) e cana-de-açúcar
(10,0%).
Indústria:
O segmento apresentou crescimento de 1,3% no ano. O destaque
positivo foi a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana
com crescimento de 2,9%. Já o destaque negativo foi o desempenho da
Extrativa Mineral com contração de 2,8%, mau resultado causado pelo recuo
na extração de minérios.
Serviços:
O setor de serviços cresceu 2%. Todas as atividades que compõem o
segmento obtiveram expansão em 2013 – destaques: Serviços de informação
(5,3%), Transporte, armazenagem e correio (2,9%) e Comércio (2,5%).
(continua)
12
PIB 2013 – Setores e Subsetores
(taxa de crescimento – em %)
Fonte: IBGE (Indicadores IBGE: Contas Trimestrais, outubro / dezembro 2013)
PIB 2013 – Setores e Subsetores
(taxa de crescimento – em %)
7,0
5,3
1,3
1,7
1,9
1,9
2,0
2,1
2,3
2,3
2,5
2,9
2,9
0,6
-2,8
Fonte: IBGE (Indicadores IBGE: Contas Trimestrais, outubro / dezembro 2013)
13
Ótica da Demanda
Consumo das Famílias
O consumo das famílias obteve expansão de 2,3% - décimo ano
consecutivo de alta do indicador. O resulto foi legitimado por meio do aumento
da massa salarial dos trabalhadores (2% - em termos reais) e elevação do
saldo de operações de crédito do sistema financeiro com recursos livres para
as pessoas físicas (8,5% - em termos nominais).
Exportações e Importações
No cenário externo, as Exportações e Importações de Bens e Serviços
obtiveram crescimento – 2,5% e 8,4%. As exportações foram influenciadas
pelo bom desempenho da soja; outros equipamentos de transporte; milho; e
dos veículos automotores. Os destaques no âmbito das importações foram:
petróleo e gás natural; serviços de alojamento e alimentação; e máquinas e
equipamentos.
Formação Bruta de Capital Fixo (Investimentos)
No âmbito da ótica da demanda, a maior expansão foi registrada na
Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), ou melhor, nos investimentos. O
índice teve variação positiva de 6,3%, comportamento impulsionado pelo
crescimento do fabrico de máquinas e equipamentos.
Consumo da Administração Pública
O consumo da administração pública cresceu 1,9% em 2013, recuo de
1,4 pontos percentuais ante 2012 (variação positiva de 3,3%).
14
PIB 2013 – Componentes da Demanda
(taxa de crescimento – em %)
Fonte: IBGE (Indicadores IBGE: Contas Trimestrais, outubro / dezembro 2013)
Taxa de Investimento e Poupança
Em 2013, a taxa de investimento foi quantificada em 18,4% do PIB, valor
um pouco superior ao observado em 2012, 18,2%. A taxa de poupança ficou
em 13,9% do PIB, decréscimo de 0,7 pontos percentuais perante o ano anterior
(14,6%).
Taxa de Investimento e Poupança
(% do PIB)
Fonte: IBGE (Indicadores IBGE: Contas Trimestrais, outubro / dezembro 2013)
15
4. PIB 2013 – Minas Gerais
O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais obteve uma modesta
expansão em 2013, isto é, 0,5%. De acordo com a Fundação João Pinheiro
(FJP), o resultado foi fortemente influenciado pelo mau desempenho
econômico do quarto trimestre de 2012 e do primeiro de 2013, contração de
1,0% e 0,2%, respectivamente. Este efeito foi denominado pela instituição
como “carregamento estatístico negativo”.
O crescimento da economia mineira foi oriundo do arranjo entre a
expansão do setor de serviços (1,6%), da pequena alta da agropecuária (0,5%)
e da contração da indústria (-1,8%).
PIB Trimestral ─ Brasil e Minas Gerais ─ 2012 e 2013
(em % - série com ajuste sazonal)
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP)
(continua)
16
PIB ─ Brasil e Minas Gerais ─ 2011 a 2013
(em % - variação anual)
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP)
PIB ─ Brasil e Minas Gerais ─ 2011 a 2013
Atividades Econômicas
(em % - variação anual)
8,0
7,0
7,0
6,0
5,0
4,0
Brasil
3,0
2,0
2,0
1,3
1,6
Minas Gerais
0,5
1,0
0,0
-1,0
Agropecuária
-2,0
Indústria
Serviços
-1,5
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP)
Agropecuária
A expansão de 0,5% registrada no setor em Minas procedeu em parte
da estabilidade da produção cafeeira. No âmbito nacional, a alta de 7% foi
impulsionada, especialmente, pela forte produtividade das lavouras de milho e
soja.
17
Taxa de Crescimento Anual - Agropecuária - 2010 a 2013
Brasil e Minas Gerais (em %)
8,0
7,0
6,5 6,4
6,0
4,4
3,9
4,0
Brasil
2,0
0,5
0,2
Minas Gerais
0,0
2010
2011
2012
2013
-2,0
-2,3
-4,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP)
Indústria
A indústria mineira registrou um comportamento inverso ao do setor em
escala nacional, em outras palavras, contração de 1,5% contra uma alta de
1,3% no país.
Taxa de Crescimento Anual - Indústria - 2010 a 2013
Brasil e Minas Gerais (em %)
18,0
16,0
15,6
14,0
12,0
10,1
10,0
8,0
Brasil
6,0
Minas Gerais
4,0
1,6 1,9
2,0
1,5
1,3
0,0
-2,0
2010
2011
2012
-0,8
2013
-1,5
-4,0
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP)
18
Indústria Subsetores:
Indústria Extrativa Mineral: taxa negativa de 6,1%, recuo gerado principalmente
pela não expansão do segmento de extração de minérios ferrosos.
Indústria de Transformação: a atividade econômica obteve uma pequena
contração de 0,3%. Em âmbito nacional o setor cresceu 1,9%.
Construção Civil: único subsetor da indústria a obter expansão em 2013 –
1,1%. O crescimento da atividade só não foi maior devido à estagnação do
mercado residencial. Esta paralização foi ocasionada pela existência de uma
grande quantidade de unidades concluídas para vender.
Energia e Saneamento: contração de 6,7%, variação legitimada por meio da
desaceleração do consumo de energia elétrica e, especialmente, pela
retratação da sua geração.
Taxa de Crescimento Anual - Indústria Subsetores - 2013
Brasil e Minas Gerais (em %)
4,0
2,9
1,9
1,9
2,0
1,1
0,0
Indústria
Indústria de
Construção Civil
Extrativa Mineral Transformação
-2,0
-4,0
Energia e
Saneamento
-0,3
Brasil
Minas Gerais
-2,8
-6,0
-6,1
-8,0
-6,7
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP)
Serviços
O setor de serviços demonstrou padrão de comportamento equivalente
dentro do cenário econômico nacional e estadual. A expansão registrada no
19
Brasil foi de 2,0% e em Minas 1,6%. Esta foi a primeira vez nos últimos quatro
anos que a expansão mineira ficou abaixo da nacional.
Taxa de Crescimento Anual - Serviços - 2010 a 2013
Brasil e Minas Gerais (em %)
8,0
7,1
7,0
6,0
5,4
5,0
4,0
3,3
2,7
3,0
2,0
Brasil
Minas Gerais
2,3
1,7
2,0
1,6
2012
2013
1,0
0,0
2010
2011
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP)
Serviços Subsetores:
Em Minas, os segmentos que se destacaram no ano foram os
transportes, com alta de 3,2%, aluguéis com 3,0% e comércio com 2,2%. No
anterior o destaque foi a administração pública, com crescimento de 3,5%.
Taxa de Crescimento Anual - Serviços Subsetores - 2013
Brasil e Minas Gerais (em %)
3,5
3,2
3,0
2,5
2,5
3,0
2,9
2,3
2,2
2,1
2,0
Brasil
1,4
1,5
1,1
1,1
1,0
0,5
0,0
Comércio
Transportes
Aluguéis
Adm. Pública
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP)
Outros
Serviços
Minas
20
PIB Nominal Minas Gerais
PIB Nominal Minas Gerais – 2007 a 2011
(a preços correntes – em R$ bilhões)
386,2
351,4
282,5
287,1
2008
2009
241,3
2007
2010
2011
Existe uma defasagem de dois anos na mensuração do PIB Nominal de Minas.
Fonte: Fundação João Pinheiro (FJP)
21
5. Uma breve análise do salário mínimo: 2013 e 2014
2013
Na véspera do natal de 2012, o governo federal anunciou o valor do
salário mínimo de 2013. Ele foi fixado em R$ 678,00, representando um
reajuste (variação nominal) de 9% em relação ao salário anterior, R$ 622,00.
O aumento real (descontado a inflação) foi mensurado em 2,85%.
De acordo com as estimativas do Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos), o incremento de R$ 56 no mínimo
concebeu uma injeção de R$ 32,7 bilhões na economia brasileira.
O reajuste do salário mínino é balizado por meio da fórmula básica que
emprega a combinação entre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC) do ano anterior, mais a expansão da economia do ano retrasado.
2014
Para 2014, o salário mínimo foi quantificado em R$ 724,00, acréscimo
nominal de 6,78% e real de 1,18% ante o mínimo anterior. O Dieese salientou
que o novo valor irá colocar R$ 28,4 milhões na economia.
A atual política de valorização do salário mínimo, adotada em 2006
durante o governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva, ajudou a
incrementar o aumento do poder de compra dos trabalhadores, tornando-se,
assim, um dos pilares do atual e desgastado modelo econômico brasileiro.
Em pouco mais de uma década (onze anos), o mínimo sofreu
valorização nominal de 262% e real de 72,35%. Os R$ 724 permitirão realizar a
compra de 2,23 cestas básicas. Trata-se da maior relação de poder de compra
observada desde 1979. Com o reajuste, os trabalhadores brasileiros irão
recuperar a capacidade de compra que detinham no ano de 1983 (dados
Dieese).
A
valorização
do
salário
mínimo
possui
um
grande
impacto
socioeconômico, pois, atinge aproximadamente 48 milhões de pessoas, entre
aposentados,
trabalhadores
assalariados,
autônomos
e
empregados
22
domésticos. A manutenção da fórmula básica de reajuste do salário está
garantida até 2023.
Série Histórica Salário Mínimo – 2002 a 2014
Ano
Valor (R$)
Variação (R$)
Variação Nominal (%)
INPC (%)
Variação Real (%)
2002
200,00
2003
240,00
40,00
20,00
18,54
1,23
2004
260,00
20,00
8,33
7,06
1,19
2005
300,00
40,00
15,38
6,61
8,23
2006
350,00
50,00
16,67
3,21
13,04
2007
380,00
30,00
8,57
3,30
5,10
2008
415,00
35,00
9,21
4,98
4,03
2009
465,00
50,00
12,05
5,92
5,79
2010
510,00
45,00
9,68
3,45
6,02
2011
545,00
35,00
6,86
6,47
0,07
2012
622,00
77,00
14,13
6,08
7,59
2013
678,00
56,00
9,00
6,10
2,85
2014
724,00
46,00
6,78
5,56
1,18
524
262
Total
Fonte: Dieese
72,35
23
6. Taxa Selic
A taxa de juros básica da economia brasileira é um índice que orienta o
comportamento das demais taxas de juros do mercado. A Selic1 é o principal
instrumento de política monetária e econômica do país, sendo obtida ante o
cálculo da taxa média ponderada dos juros praticados pelas instituições
financeiras.
Ela incide sobre títulos públicos federais, se estiver em um patamar mais
elevado os bancos comerciais irão preferir comprar mais títulos, ao invés de
expandir a atividade creditícia.
Através da Selic, o governo é capaz de controlar a liquidez da economia,
expandindo ou contraindo os meios de pagamentos. Para conter um aumento
sistemático do nível de preços (inflação), o governo federal pode lançar mão da
elevação
da
taxa,
arrefecendo
assim
o
mercado
de
consequentemente, o consumo.
Cálculo Taxa Selic
(taxa média ajustada das mencionadas operações de financiamento)
Fonte: Banco Central do Brasil
1
Selic: Sistema Especial de Liquidação e Custódia.
crédito
e,
24
6.1. Comportamento - Taxa Selic 2013
No ano de 2012, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central visou fortalecer ainda mais o atual modelo econômico brasileiro,
balizado na expansão do consumo doméstico. Para solidificar este objetivo, o
Copom continuou a promover uma política monetária expansionista, realizando
cortes na taxa Selic. A medida objetivou dar sobrevida à demanda interna por
meio de juros reduzidos, do crédito abundante e do estímulo ao consumo das
famílias.
Em outubro do mesmo ano, a Selic chegou ao seu menor patamar
histórico, 7,25% ao ano. Apesar da taxa ter atingido um nível tão baixo, não foi
suficiente para garantir a expansão econômica desejada.
O desenvolvimento do consumo interno observado nos últimos anos
provocou efeitos nocivos sobre o processo inflacionário brasileiro, em outras
palavras, pressão sobre o nível de preços.
Em 2013, foi registrada uma alta mais abrupta da inflação, influenciada
por fatores internos (ex: demanda) e externos (ex: desvalorização cambial).
Para conter a catalisação do processo inflacionário, o governo instrumentalizou
algumas medidas, como o controle dos preços administrados (preços de bens
e serviços controlados pelas instâncias governamentais) e a adoção de uma
política monetária contracionista.
Objetivando conter o consumo por meio da redução do crédito, o Banco
Central deu advento à alta gradual da taxa Selic no mês de abril. Foram
realizados seis aumentos ininterruptos, e em novembro, a taxa retornou ao
nível de dois dígitos, 10% ao ano. As projeções do mercado financeiro indicam
que o governo continuará exercendo esta ação em 2014.
(continua)
25
Meta Taxa Selic
PERÍODO DE
VIGÊNCIA
VALOR (% a.a)
∆
9/6/2011
12,25
0,25
21/7/2011
12,50
0,25
1/9/2011
12,00
(0,50)
20/10/2011
11,50
(0,50)
1/12/2011
11,00
(0,50)
19/1/2012
10,50
(0,50)
8/3/2012
9,75
(0,75)
19/4/2012
9,00
(0,75)
31/5/2012
8,50
(0,50)
12/7/2012
8,00
(0,50)
30/8/2012
7,50
(0,50)
11/10/2012
7,25
(0,25)
29/11/2012
7,25
0,00
17/1/2013
7,25
0,00
7/3/2013
7,25
0,00
18/4/2013
7,50
0,25
30/5/2013
8,00
0,50
11/7/2013
8,50
0,50
29/8/2013
9,00
0,50
10/10/2013
9,50
0,50
28/11/2013
10,00
0,50
Variação em pontos percentuais (p.p.).
Fonte: Banco Central do Brasil / Departamento Econômico ACMinas
Comportamento: Taxa Selic 2011, 2012 e 2013
COMPORTAMENTO
VALOR*
REDUÇÃO 2011
(1,50)
REDUÇÃO 2012
(3,75)
REDUÇÃO 2011 / 2012
(5,25)
AUMENTO 2013
2,75
Variação em pontos percentuais (p.p.).
Fonte: Banco Central do Brasil / Departamento Econômico ACMinas
26
Meta Taxa Selic
(em % ao ano)
14,00
12,25 12,50 12,00
12,00
11,50
11,00
10,50
9,75
10,00
8,00
9,00
8,50
8,00
7,50 7,25 7,25 7,25 7,25 7,50
8,00
6,00
4,00
2,00
0,00
Fonte: Banco Central do Brasil / Departamento Econômico ACMinas
8,50
9,00
9,50
10,00
27
7. Concessões de Crédito
As concessões de crédito encerram o ano de 2013 totalizando R$
357,74 bilhões, crescimento de 12,90% ante 2012 (R$ 316,86 bilhões). 82,62%
desta quantia são oriundos de recursos livres, R$ 295,80 bilhões. Já o restante
das concessões - 17,32% - é proveniente dos recursos direcionados, isto é, R$
61,95 bilhões. Apesar da contração monetária implementada pelo Banco
Central, a concessão de crédito continuou a crescer em ritmo moderado,
porque as resposta das instituições financeiras às diretrizes da autoridade
monetária não ocorrem de maneira imediata, ou melhor, são realizadas de
forma gradual.
Origem dos Recursos de Crédito
Fonte: Departamento Econômico ACMinas
Concessões de Crédito – 2013
(R$ bilhões)
Fonte: Banco Central do Brasil
28
Concessões de Crédito – 2011 a 2013
(R$ bilhões)
Fonte: Banco Central do Brasil
29
8. Taxa de Juros Média das Operações de Crédito
8.1. Pessoa Jurídica e Física
De acordo com os dados estatísticos do Banco Central, as taxas médias
de juros das operações de crédito para pessoas jurídicas e físicas
apresentaram uma gradual elevação durante o ano de 2013, aumento
direcionado por meio da política monetária contracionista governamental.
Para as empresas houve alta de 1,82 pontos percentuais, ou seja, a taxa
média passou de 13,29% ao ano (dez/12) para 15,11% (dez/13). Já para
pessoas físicas, a taxa saiu do patamar de 24,31% ao ano para 25,60% acréscimo de 1,29 pontos percentuais.
Taxa de Juros Média 2013 - Pessoa Jurídica e Pessoa Física
Fonte: Banco Central do Brasil
Taxa de Juros Média 2013 - Pessoa Jurídica e Pessoa Física
PJ (% a.a)
24,68
24,94
24,45
24,30
24,03
24,24
14,01
14,00
13,95
13,99
13,49
14,10
PF (% a.a)
25,08
25,22
25,57
26,23
26,14
25,60
14,41
14,71
14,73
14,82
15,15
15,11
jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13
Fonte: Banco Central do Brasil
30
9. Spread Bancário
O spread bancário médio total das operações de crédito apresentou uma
pequena variação no ano de 2013, encerrando o período em 11,06 pontos
percentuais (p.p). Para as pessoas jurídicas o spread médio foi de 6,95 p.p
(dez/13) e para as físicas foi quantificado em 16,38 p.p.
obs.:
Conceito spread bancário: é a diferença entre o quanto os bancos - especialmente os
comerciais - pagam para captar recursos financeiros e o quanto cobram para ofertá-los ao
público, isto é, é a remuneração do risco inerente à atividade creditícia.
Spread Médio das Operações de Crédito – Total, Pessoa Jurídica e Física
(em pontos percentuais)
Fonte: Banco Central do Brasil
(continua)
31
Spread Médio das Operações de Crédito – Total, Pessoa Jurídica e Física
(em pontos percentuais)
Spread (Total)
17,67
11,55
17,96
12,21
7,84
6,96
dez-12
jan-13
17,94
12,08
7,62
17,34
17,27
11,73
11,72
7,42
7,44
16,94
Spread PJ
16,24
Spread PF
16,91
16,62
16,79
17,46
17,02
16,38
11,25
10,94
11,41
11,31
11,32
11,60
11,45
11,06
6,84
6,82
7,12
7,17
7,06
7,04
7,09
6,95
fev-13 mar-13 abr-13 mai-13 jun-13
jul-13
ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13
Fonte: Banco Central do Brasil
32
10. Taxa de Inadimplência
A taxa de inadimplência das operações de crédito com recursos livres,
que mensura os atrasos de pagamentos superiores a 90 dias, apresentou
comportamento de queda durante o ano. De dezembro de 2012 a dezembro
2013, a taxa passou de 5,64% para 4,74%, o que representa uma contração de
0,9 ponto percentual.
Inadimplência das Operações de Crédito com Recursos Livres – Total
(em %)
5,80
5,60
5,64 5,66 5,60
5,46 5,46 5,49
5,40
5,20 5,21
5,10 5,07
5,20
4,97
5,00
4,83
4,74
4,80
4,60
4,40
4,20
*O Banco Central alterou no início de 2013 a metodologia de cálculo da taxa de inadimplência.
Fonte: Banco Central do Brasil
10.1. Taxa de Inadimplência – Pessoa Física e Jurídica
A contração da taxa de inadimplência das pessoas físicas em 2013
legitima que os brasileiros estão pagando as suas contas. A taxa foi mensurada
a 6,71% no final do ano, queda de 1,25 pontos percentuais perante dezembro
de 2012 (7,96%). Em relação às pessoas jurídicas, a inadimplência apresentou
um diminuto declínio, somando 3,10%.
33
Inadimplência das Operações de Crédito com Recursos Livres – Pessoas Físicas
(em %)
8,50
7,96
8,00
7,86
7,69
7,50
7,58
7,48
7,52
7,20
7,18
7,03
6,99
6,76
7,00
6,64
6,71
6,50
6,00
5,50
* O Banco Central alterou no início de 2013 a metodologia de cálculo da taxa de inadimplência.
Fonte: Banco Central do Brasil
Inadimplência das Operações de Crédito com Recursos Livres – Pessoas Jurídicas
(em %)
5,00
3,67 3,72 3,74 3,62 3,68 3,71
3,45 3,48 3,41 3,39 3,40 3,27
3,10
2,50
0,00
* O Banco Central alterou no início de 2013 a metodologia de cálculo da taxa de inadimplência.
Fonte: Banco Central do Brasil
34
11. Política Fiscal 2013
Principais Características
30 de maio de 2013
No dia 30 de maio, o governo federal decidiu manter até o findar de
2013, a redução das alíquotas do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados)
para o setor automobilístico. A prorrogação da contração do tributo foi
anunciada dois dias antes do prazo previsto para o fim da medida (1º de abril).
O ministro da fazenda, Guido Mantega, salientou que a ação visa
fomentar o setor automotivo, como toda a cadeia produtiva do segmento indústrias de autopeças, estofados e acessórios.
Ao lançar mão desta medida, o governo renunciou a uma arrecadação
prevista em R$ 2,2 bilhões.
Aspectos do pacote:
IPI Automóveis
Até 1.000 c.c:
Alíquota normal: 7%.
Alíquota com redução: 2%.
Previsão de aumento (abril a junho): 3,5%.
De 1.000 c.c a 2.000 c.c (flex):
Alíquota normal: 11%.
Alíquota com redução: 7%.
Previsão de aumento (abril a junho): 9%.
De 1.000 c.c a 2.000 c.c (gasolina):
Alíquota normal: 13%.
Alíquota com redução: 8%.
Previsão de aumento (abril a junho): 10%.
35
Utilitários:
Alíquota normal: 8%.
Alíquota com redução: 2%.
Previsão de aumento (abril a junho): 3%.
Caminhões:
Alíquota normal: 5%.
Alíquota com redução: 0%.
Previsão de aumento (abril a junho): 0%.
Fonte: Ministério da Fazenda
27 de junho de 2013
No dia 27 de junho, o governo federal anunciou a prorrogação do corte
do IPI para linha branca e setor moveleiro até o dia 31 de outubro de 2013 –
com uma menor margem de desconto. As alíquotas reduzidas venceriam no
dia 30 do mês.
Ao utilizar essa medida, o governo objetivou dar continuidade aos
estímulos econômicos até então implementados, que visaram tentar garantir
um crescimento mais robusto do Produto Interno (PIB) do país.
Novas alíquotas
Fogão:
Alíquota Normal: 4%.
Alíquota Anterior: 2%.
Nova Alíquota: 3%.
Tanquinho:
Alíquota Normal: 10%.
Alíquota Anterior: 3,5%.
Nova Alíquota: 4,5%.
36
Geladeira:
Alíquota Normal: 15%.
Alíquota Anterior: 7,5%.
Nova Alíquota: 8,5%.
Máquina de Lavar:
(não ocorreu alteração)
Alíquota Normal: 20%.
Alíquota Atual: 10% (definitiva).
Móveis:
Alíquota Normal: 5%.
Alíquota Anterior: 2,5%.
Nova Alíquota: 3%.
Luminárias e Lustres:
Alíquota Normal: 15%.
Alíquota Anterior: 7,5%.
Nova Alíquota: 10%.
Fonte: Ministério da Fazenda
1º de outubro de 2013
A partir do dia primeiro de outubro, os preços dos móveis e
eletrodomésticos (linha branca) deveriam apresentar expansão em todo o
território nacional – alta impulsionada pelo aumento do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) que incide sobre esses bens.
A prática de redução do IPI direcionada ao setor moveleiro e linha
branca vem sendo utilizada ao longo dos últimos anos para atenuar os efeitos
negativos advindos das crises financeiras internacionais de 2008 e 2011. No
ano de 2009, o governo federal lançou mão dessa política fiscal expansionista
(incentivos e isenções tributárias) para alavancar o crescimento econômico
interno, entretanto, o imposto voltou aos níveis originais em 2010. Em 2011,
novamente foi executada a mesma medida.
37
No mês de junho de 2013, o governo federal anunciou o aumento
gradual do IPI para os setores em questão – excluindo o segmento de
máquinas de lavar, no qual a alíquota permaneceu em 10%. O objetivo
governamental foi o de retomar a alíquota cheia do tributo no início de 2014.
IPI – Comportamento do Tributo
Alíquotas - (Alíquota Original) - (até set/13) - (até dez/13)
Linha Branca
Tanquinho - (10%) - (4,5%) - (5%)
Geladeira - (15%) - (8,5%) - (10%)
Fogão - (4%) - (3%) - (4%)
Máquina de Lavar - (20%) - (10%) - (10%)
___________________________________________________
Móveis - (5%) - (3%) - (3,5%)
Painéis de Madeira - (5%) - (5%) - (3,5%)
Fonte: Portal G1 / UOL Economia / Ministério da Fazenda
24 de dezembro de 2013
No final do mês de dezembro, o governo federal legitimou a elevação
gradativa do IPI para o setor automobilístico. O advento da ação estava
previsto para o dia 1º de janeiro de 2014.
A redução do IPI para o setor foi efetivada no início de 2012, com intuito
de impulsionar a sua cadeia produtiva (indústria de autopeças, assessórios e
de estofado) e para evitar possíveis demissões no segmento ocasionadas pela
baixa atividade econômica registrada no período.
(continua)
38
Características da medida governamental
(válida até 30 de junho de 2014)
IPI Automóveis
Até 1.000 c.c:
Alíquota normal: 7%.
Alíquota anterior: 2%
Nova alíquota: 3%
Previsão de aumento 7% (dependerá da análise do governo).
De 1.000 c.c a 2.000 c.c (flex):
Alíquota normal: 11%.
Alíquota anterior: 7%
Nova alíquota: 9%.
Previsão de aumento 11% (dependerá da análise do governo).
De 1.000 c.c a 2.000 c.c (gasolina):
Alíquota normal: 13%.
Alíquota anterior: 8%
Nova alíquota: 10%.
Previsão de aumento 13% (dependerá da análise do governo).
Utilitários:
Alíquota normal: 8%.
Alíquota anterior: 2%
Nova alíquota: 3%.
Previsão de aumento 8% (dependerá da análise do governo).
Caminhões:
Alíquota normal: 5%.
Alíquota
com
redução:
indeterminado).
Fonte: Ministério da Fazenda
0%
(continuará
neste
patamar
por
tempo
39
12. Histórico de Metas para a Inflação
Nos 14 anos de utilização do sistema de metas inflacionárias, o Brasil
conseguiu manter a inflação abaixo ou no centro da meta em quatro
oportunidades, nos anos de 2000, 2006, 2007 e 2009, respectivamente. A
média da inflação durante este período foi de 6,6%.
Para garantir o bom funcionamento do sistema de metas inflacionárias é
necessário que a autoridade monetária do país (o Banco Central) seja
autônomo, com o poder de enxugar o excesso de demanda e/ou pressões
oriundas de um choque de oferta, por meio da instrumentalização cautelosa da
taxa de juros real. Além disso, é relevante estabilizar a expectativa de inflação
dos agentes econômicos (famílias e empresas).
obs.:
Choque de oferta: abrupta e rápida redução na produção, que gera uma alta ou pressão sobre
o nível de preços.
Banco Central autônomo: sem intervenções advindas do ambiente político, isto é, com
capacidade de tomar as diretrizes necessárias e corretas para conservar a boa execução dos
fundamentos econômicos do país.
Histórico de Metas para a Inflação
(IPCA)
40
13. Índices de Inflação 2013
Variação Mensal - Índice de Inflação 2013 (em %)
Fonte: IBGE / FGV / FIPE / Jornal Valor Econômico
Acumulado Anual - Índice de Inflação 2013 (em %)
Fonte: IBGE / FGV / FIPE / Jornal Valor Econômico
41
Acumulado Anual - Índice de Inflação 2013 (em %)
Fonte: IBGE / FGV / FIPE / Jornal Valor Econômico
Legenda
i) Índices:
INPC (IBGE) - Índice Nacional de Preços ao Consumidor.
IGP-M (FGV) - Índice Geral de Preços do Mercado.
IGP-DI (FGV) - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna.
IPC (FIPE) - Índice de Preços ao Consumidor.
ii) Instituições:
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
FGV - Fundação Getulio Vargas.
FIPE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.
42
14. IPCA 2013
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) findou 2013 em
5,91%, aumento de 0,07 ponto percentual ante 2012 (5,84%). O governo
federal conseguiu novamente cumprir a meta inflacionária, ou seja, o índice
permaneceu dentro da margem de tolerância estipulada, meta de 4,5%, com
limite de variação de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo – 2,5% e
6,5%.
O ministro da fazenda, Guido Mantega, comemorou o resultado
afirmando que não existe risco de descontrole da inflação. Entretanto, é
relevante ressaltar que há um forte temor advindo, especialmente, do nosso
passado hiperinflacionário.
Variação Anual IPCA – 2005 a 2013
(em %)
ANO
IPCA ANUAL (%)
2005
5,69
∆
(1,91)
2006
3,14
(2,55)
2007
4,46
1,32
2008
5,90
1,45
2009
4,31
(1,59)
2010
5,91
1,60
2011
6,50
0,59
2012
5,84
(0,66)
2013
5,91
0,07
Fonte: IBGE - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - IPCA INPC Dezembro 2013
(continua)
43
Variação Anual IPCA – 2005 a 2013
(em %)
Fonte: IBGE - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - IPCA INPC Dezembro 2013
Para combater a inflação, o governo lançou mão de uma política
monetária contracionista, realizada por meio da elevação gradual da taxa Selic.
Outra ação executada foi o controle dos preços administrados, ou seja, custo
de bens e serviços que são conduzidos pelas diretrizes oriundas das
autarquias governamentais. Este controle se deu, especialmente, sobre os
setores de energia elétrica e combustíveis. A medida de condução dos preços
administrados gera uma inflação reprimida que poderá se desencadear em
curto e/ou médio prazo.
44
14.1. IPCA 2013 – Comportamento
IPCA 2013 – Mensal e Acumulado Anual
Fonte: IBGE - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - IPCA INPC Dezembro 2013
IPCA 2013 – Acumulado 12 Meses
Fonte: IBGE - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - IPCA INPC Dezembro 2013
45
14.2. IPCA 2013 - Por Grupo de Produtos e Serviços
Os grupos de produtos e serviços analisados que registram as maiores
variações no período foram, Alimentação e Bebidas (8,48%) e Despesas
Pessoais (8,39%). A menor variação observada foi relativa ao segmento de
Comunicação (1,50%).
Variação IPCA 2013 – por grupo de produtos e serviços
Variação (%)
Impacto (p.p.)¹
Rank.
Grupo
2012
2013
∆ (p.p)²
2012
2013
1º
Alimentação e Bebidas
9,86
8,48
-1,38
2,27
2,03
2º
Despesas Pessoais
10,17
8,39
-1,78
1,01
0,87
3º
Educação
7,78
7,94
0,16
0,34
0,35
4º
Artigos de Residência
0,84
7,12
6,28
0,04
0,31
5º
Saúde e Cuidados Pessoais
5,95
6,95
1,00
0,66
0,77
6º
Vestuário
5,79
5,38
-0,41
0,39
0,36
7º
Habitação
6,79
3,40
-3,39
0,99
0,50
8º
Transportes
0,48
3,29
2,81
0,10
0,64
9º
Comunicação
0,77
1,50
0,73
0,04
0,07
-
IPCA (Inflação Efetiva)
5,84
5,91
0,07
5,84
5,91
¹p.p: pontos percentuais.
²∆
∆ (p.p): diferença entre os índices de 2013 e 2012.
Fonte: IBGE - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - IPCA INPC Dezembro 2013
Variação IPCA 2013 – por grupo de produtos e serviços
(em %)
2013
2012
5,91
5,84
IPCA (Inflação Efetiva)
Comunicação
0,77
Transportes
1,50
3,29
0,48
3,40
Habitação
6,79
5,38
5,79
Vestuário
Saúde e Cuidados Pessoais
5,95
Artigos de Residência
6,95
7,12
0,84
7,94
7,78
8,39
Educação
Despesas Pessoais
8,48
Alimentação e Bebidas
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,17
9,86
10,00
12,00
Fonte: IBGE - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - IPCA INPC Dezembro 2013
46
IPCA 2013 – Impacto (%) dos Grupos no Índice
Alimentação e Bebidas
1,2
10,8
Despesas Pessoais
8,5
34,3
6,1
Educação
Artigos de Residência
13,0
Saúde e Cuidados Pessoais
5,2
5,9
14,7
Vestuário
Habitação
Transportes
Comunicação
Fonte: IBGE - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - IPCA INPC Dezembro 2013
Principais grupos de produtos e serviços
i) Alimentação e Bebidas
IPCA 2013 - Alimentação e Bebidas
Fonte: IBGE - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - IPCA INPC Dezembro 2013
47
IPCA 2013 - Alimentação Fora do Domicílio
Fonte: IBGE - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - IPCA INPC Dezembro 2013 (p.13)
IPCA 2013 - Alimentação no do Domicílio
(principais altas)
Fonte: IBGE - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - IPCA INPC Dezembro 2013 (p.14)
48
IPCA 2013 - Alimentação no Domicílio
(principais contrações)
Fonte: IBGE - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - IPCA INPC Dezembro 2013 (p.14)
ii) Despesas Pessoais
IPCA 2013 – Despesas Pessoais
Fonte: IBGE - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - IPCA INPC Dezembro 2013
49
14.3. IPCA 2013 – Por Região
No ano de 2013, a região metropolitana que obteve a maior variação do
índice foi a de Recife (6,86%) A menor variação foi observada em Belém
(5,33%), queda de 2,98 pontos percentuais ante o valor registrado em 2012
(8,31%) – maior índice do período.
IPCA 2013 – Por Região Metropolitana
∗∆ (p.p): diferença entre os índices de 2013 e 2012, em pontos percentuais.
Fonte: IBGE - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - IPCA INPC Dezembro 2013
IPCA 2013 – Por Região Metropolitana
Fonte: IBGE - Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor - IPCA INPC Dezembro 2013
50
15. Índices Financeiros 2013
Principais Índices Financeiros
Fonte: Jornal Valor Econômico / Banco Central / Departamento Econômico ACMinas
Legenda:
TR – Taxa Referencial.
TJLP – Taxa de Juros de Longo Prazo.
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.
51
16. Câmbio 2013
16.1. Real x Dólar
Em 2013, o dólar obteve valorização de 15% perante o real, encerrando
o período cotado em R$ 2,342. A cotação da moeda norte-americana
apresentou tendência de crescimento, este comportamento foi estimulado pela
ameaça do Banco Central dos Estados Unidos, o FED (Federal Reserve), em
retirar ou contrair os estímulos monetários da economia do país, isso mediante
a melhora dos índices de desempenho macroeconômicos, tais como: queda da
taxa de desemprego.
A possível ação do FED gerou um afluxo de divisas da economia
brasileira, em outras palavras, a retirada de investimentos externos dos setores
produtivo e financeiro. Com o melhora do ambiente econômico dos Estados
Unidos, os investidores estrangeiros tendem a aplicar o seu capital em países
mais desenvolvidos, objetivando buscar uma maior segurança e rentabilidade.
A desvalorização cambial catalisa as exportações brasileiras, pois
aumenta a competitividade externa dos produtos e serviços do país.
Entretanto, a desvalorização tem um impacto nocivo sobre o nível de preços
domésticos, encarecendo as importações e consequentemente impulsionando
ainda mais a inflação (alta sistemática dos preços).
Para evitar uma alta exagerada da taxa de câmbio e mitigar seus efeitos
negativos, o Banco Central do Brasil (BACEN) procurou vender divisas por
meio do mercado futuro (negociação de contratos de swaps cambiais).
Outras Considerações:
i) No findar de 2013, o FED anunciou que realizará uma redução gradual dos
estímulos monetários. Os US$ 85 bilhões injetados mensalmente na economia
dos Estados Unidos serão contraídos para US$ 75 bilhões, até o fim de 2014.
O BACEN comemorou a notícia, porque a medida diminuirá a possibilidade de
ocorrer variações abruptas no mercado cambial.
52
ii) O Banco Central intervém no mercado de câmbio por três motivos: 1º) criar
reservas; 2º) corrigir desequilíbrios localizados e momentâneos de liquidez; 3º)
conter volatilidades excessivas.
iii) Forma de intervenção: mercado à vista e mercado futuro de divisas.
53
Real / Dólar 2013
Estatística Descritiva
Fonte: Valor Econômico / Departamento Econômico ACMinas
i) Cotação média – R$ 2,159;
ii) Desvio padrão – R$ 0,142;
iii) Cotação mínima – R$ 1,952;
iv) Cotação máxima – R$ 2,445;
v) Cotação típica (mediana) – R$ 2,182;
vi) Quartil 1 – em 25% dos dias de 2013 a cotação real / dólar chegou até o nível de R$ 2,013;
vii) Quartil 3 – em 75% dos dias de 2013 a cotação real / dólar chegou até o nível de R$ 2,280;
viii) Cotação mais frequente – R$ 2,205 e R$ 2,264 (sete observações cada );
ix) Coeficiente de variação – 6,58%, indica que a variabilidade da cotação foi baixa;
obs:
¹ Interpretação do Coeficiente de Variação (CV):
CV menor ou igual a 10% - baixa dispersão / variabilidade (dados homogêneos).
CV entre 10 e 25% → dispersão / variabilidade moderada.
CV maior que 25% → alta dispersão / variabilidade (dados heterogêneos).
²
A taxa cambial estatisticamente apresenta uma variação irrisória, no entanto, essa pequena
alteração possui um abrupto impacto sobre o mercado de divisas e o nível de preços
domésticos (inflação).
54
Gráfico Boxplot Real / Dólar 2013
Fonte: Valor Econômico / Departamento Econômico ACMinas
O gráfico Boxplot demonstra que não há outliers, isto é, valores atípicos ou extremos.
Real / Dólar 2013
Fonte: Valor Econômico / Departamento Econômico ACMinas
55
Gráfico Boxplot Real / Dólar – Variação Mensal 2013
Fonte: Valor Econômico / Departamento Econômico ACMinas
i) A série de dados apresenta variação sazonal.
ii) Maior variação entre o mês de maio e setembro, devido ao anúncio de uma
possível retirada dos estímulos monetários da economia norte-americana.
Variabilidade legitimada por meio do não alinhamento das medianas.
Mês com menor variabilidade de dados – Fevereiro:
Cotação Mínima: R$ 1,956.
Cotação Máxima: R$ 1,989.
Amplitude Total (diferença entre o valor máximo e mínimo): R$ 0,033.
Mês com maior variabilidade de dados – Agosto:
Cotação Mínima: R$ 2,272.
Cotação Máxima: R$ 2,445.
Amplitude Total (diferença entre o valor máximo e mínimo): R$ 0,173.
Valores atípicos observados:
Fevereiro: R$ 1,991.
Maio: R$ 2,131.
56
Real / Dólar 2013
Estatística Descritiva Mês a Mês
*Mediana igual Cotação Típica.
Fonte: Valor Econômico / Departamento Econômico ACMinas
57
16.2. Real x Euro
Real / Euro 2013
Estatística Descritiva
Fonte: Valor Econômico / Departamento Econômico ACMinas
i) Cotação média – R$ 2,869;
ii) Desvio padrão – R$ 0,223;
iii) Cotação mínima – R$ 2,534;
iv) Cotação máxima – R$ 3,267;
v) Cotação típica (mediana) – R$ 2,916;
vi) Quartil 1 – em 25% dos dias de 2013 a cotação real / dólar chegou até o nível de R$ 2,629;
vii) Quartil 3 – em 75% dos dias de 2013 a cotação real / dólar chegou até o nível de R$ 3,042;
viii) Cotação mais frequente – R$ 2,615 (seis observações cada );
ix) Coeficiente de variação – 7,76%, indica que a variabilidade da cotação foi baixa;
Gráfico Boxplot Real / Euro 2013
Fonte: Valor Econômico / Departamento Econômico ACMinas
O gráfico Boxplot demonstra que não há outliers, isto é, valores atípicos ou extremos.
58
Gráfico: Real / Euro 2013
Fonte: Valor Econômico / Departamento Econômico ACMinas
Gráfico Boxplot Real / Euro – Variação Mensal 2013
Fonte: Valor Econômico / Departamento Econômico ACMinas
i) A série de dados apresenta variação sazonal.
Mês com menor variabilidade de dados – Abril:
Cotação Mínima: R$ 2,5860.
Cotação Máxima: R$ 2,6354.
Amplitude Total (diferença entre o valor máximo e mínimo): R$ 0,0494.
59
Mês com maior variabilidade de dados – Agosto:
Cotação Mínima: R$ 3,0240.
Cotação Máxima: R$ 3,2669.
Amplitude Total (diferença entre o valor máximo e mínimo): R$ 0,2429.
Valores atípicos observados:
Maio: R$ 2,7033 e R$ 2,7668.
Julho: R$ 3,0452.
Setembro: 3,1450.
60
17. Investimento Estrangeiro Direto 2013
17.2. IED Anual
O fluxo de IED (Investimento Estrangeiro Direto) apresentou recuo de
1,88% ante 2012, sendo quantificado em US$ 64,05 bilhões. A contração foi
impulsionada
especialmente
pela
melhora
do
cenário
econômico
estadunidense, evolução que gerou uma fuga de capitais do país para
economias ditas como mais tradicionais / seguras.
Fluxo de IED
2000 a 2013
Ano
US$ (bilhões)
∆%
2000
32,78
14,70
∆
(US$ bilhões)
4,20
2001
22,46
-31,49
-10,32
2002
16,59
-26,13
-5,87
2003
10,14
-38,86
-6,45
2004
18,15
78,89
8,00
2005
15,07
-16,97
-3,08
2006
18,82
24,93
3,76
2007
34,58
83,75
15,76
2008
45,06
30,28
10,47
2009
25,95
-42,41
-19,11
2010
48,51
86,93
22,56
2011
66,66
37,43
18,15
2012
65,27
-2,08
-1,39
2013
64,05
-1,88
-1,23
Fonte: Banco Central do Brasil
(continua)
61
Fluxo de IED
2000 a 2013 (US$ bilhões)
66,66
65,27
64,05
48,51
45,06
34,58
32,78
25,95
22,46
18,15
16,59
18,82
15,07
10,14
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Fonte: Banco Central do Brasil
Boxplot - Fluxo de IED Mensal
2000 a 2013 (US$ milhões)
Fonte: Banco Central do Brasil / Departamento Econômico ACMinas
i) Ano com menor variabilidade de dados: 2006;
ii) Ano com maior variabilidade de dados: 2010;
iii) Menor valor registrado: US$ 31,2 milhões (set/2005);
iv) Maior valor registrado: US$ 15.374 milhões (dez/2010);
v) Outliers ou valores atípicos:
US$ 3.659 milhões (dez/2001);
US$ 2.378 milhões (mar/2002);
2013
62
US$ 6.089 milhões (out/2004);
US$ 3.150 milhões (dez/2004);
US$ 3.037 milhões (abr/2005);
US$ 1.038 milhões (jun/2007);
US$ 5.109 milhões (dez/2009);
US$ 15.374 milhões (dez/2010);
US$ 8.440 milhões (jul/2012)
vi) Período com maior variabilidade de fluxo de IED: 2008 a 2011. Variabilidade gerada pelas
incertezas oriundas da crise econômica norte-americana (2008 / 2009) e da crise europeia
(2010 / 2011). Dispersão indicada pelo não alinhamento das medianas;
17.3. IED Mensal
Fluxo de IED
2000 a 2013 (US$ milhões)
8.334
7.171
5.739
6.490
5.719
5.439
5.212
4.770
3.880
3.703
jan/13
3.775
3.814
fev/13
mar/13
abr/13
mai/13
jun/13
jul/13
ago/13
set/13
out/13
nov/13
dez/13
Fonte: Banco Central do Brasil
Estatística Descritiva - IED Mensal
(US$ milhões)
Fonte: Banco Central do Brasil / Departamento Econômico ACMinas
63
i) IED médio – US$ 5.377 milhões;
ii) Desvio padrão – US$ 1.473 milhões;
iii) IED mínimo – US$ 3.703 milhões;
iv) IED máximo – US$ 8.334 milhões;
v) IED típico (mediana) – US$ 5.326 milhões;
vi) Quartil 1 – em 25% dos meses de 2013 o IED chegou até o nível US$ 3.831 milhões;
vii) Quartil 3 – em 75% dos meses de 2013 o IED chegou até o nível de US$ 6.302 milhões;
viii) Coeficiente de variação – 27,61%, indica que a variabilidade do fluxo de IED foi alta;
obs:
Interpretação do Coeficiente de Variação (CV):
CV menor ou igual a 10% - baixa dispersão / variabilidade (dados homogêneos).
CV entre 10 e 25% → dispersão / variabilidade moderada.
CV maior que 25% → alta dispersão / variabilidade (dados heterogêneos).
Gráfico Boxplot – IED 2013 Mensal
Fonte: Banco Central do Brasil / Departamento Econômico ACMinas
64
18. Reservas Internacionais 2013
As reservas internacionais brasileiras encerram 2013 totalizando US$
358,81 bilhões, contração de 3,84% em relação a 2012 (US$ 373,15 bilhões).
Este foi o primeiro recuo registrado desde o ano 2000, período no qual as
reservas apresentaram queda de US$ 3,33 bilhões (9,17%) ante 1999, ou seja,
passaram de US$ 36,34 bilhões para US$ 33,01 bilhões.
O Banco Central justificou que o resultado observado foi gerado pela
escassez de recursos na economia brasileira. Em 2013, o afluxo de divisas
superou o fluxo de capital, e com este cenário a autoridade monetária não
promoveu a compra de dólares no mercado a vista – principal meio utilizado
para o aumento das reservas.
O Brasil possui a sétima posição no ranking das maiores reservas
internacionais do mundo (dados de 2012). Em 2011, o país ocupava a sexta
posição. Ainda não há dados referentes a 2013.
Relevância das reservas internacionais:
Formar reservas é muito importante para construir um seguro contra as
incertezas advindas do ambiente econômico global. Com esta poupança o
governo federal pode mitigar movimentos especulativos com a taxa de câmbio
e auxiliar empresas nacionais com endividamento externo por meio do
empréstimo de divisas.
(continua)
65
Reservas Internacionais Brasil
2000 a 2013
Ano
Reservas
(US$ bilhões)
∆%
∆
(US$ bilhões)
2000
33,01
-9,17
-3,33
2001
35,87
8,65
2,86
2002
37,82
5,46
1,96
2003
49,30
30,33
11,47
2004
52,94
7,38
3,64
2005
53,80
1,63
0,86
2006
85,84
59,56
32,04
2007
180,33
110,08
94,50
2008
193,78
7,46
13,45
2009
238,52
23,09
44,74
2010
288,58
20,99
50,06
2011
352,01
21,98
63,44
2012
373,15
6,00
21,14
2013
358,81
-3,84
-14,34
*Conceito liquidez internacional.
Fonte: Banco Central do Brasil
66
19. Dívida Externa 2013
No ano de 2013, a dívida externa do Brasil apresentou um leve recuou
de 1,37%, sendo quantificada em US$ 308,63 bilhões. Esta é a sexta queda
registrada nos últimos 14 anos.
Dívida Externa Brasil
2000 a 2013
Ano
Dívida
(US$ bilhões)
∆%
∆
(US$ bilhões)
2000
236,16
-2,20
-5,31
2001
209,93
-11,10
-26,22
2002
210,71
0,37
0,78
2003
214,93
2,00
4,22
2004
201,37
-6,31
-13,56
2005
169,45
-15,85
-31,92
2006
172,59
1,85
3,14
2007
193,22
11,95
20,63
2008
198,34
2,65
5,12
2009
198,19
-0,07
-0,15
2010
256,80
29,57
58,61
2011
298,20
16,12
41,40
2012
312,90
4,93
14,69
2013
308,63
-1,37
-4,27
*Dívida externa bruta.
Fonte: Banco Central do Brasil
67
20. Dívida Líquida Setor Público – Brasil
A dívida líquida do setor público brasileiro encerrou o ano de 2013
totalizando US$ 694,42 bilhões, quantia que representa uma queda de 8,48%
ante 2012 (US$ 758,77 milhões). Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a
dívida possui um percentual de 33,6%.
Dívida Líquida do Setor Público, Brasil – 2001 a 2012
Fonte: Banco Central do Brasil
obs.:
Conceito Dívida Pública - é o quanto o governo¹ deve para entidades (especialmente
instituições financeiras) e para a sociedade. O governo toma dinheiro emprestado no mercado
para financiar ou custear o excedente dos seus gastos, ou seja, os dispêndios que ultrapassam
a arrecadação de impostos. A dívida pode ser interna (credores domésticos) ou externa
(credores internacionais).
¹ Federal, estadual, municipal e empresas públicas.
68
21. Dívida Líquida Setor Público - Principais Países
Dívida Líquida do Setor Público, Principais Países – 2006 a 2013*
(% / PIB)
*2014 – Previsão.
Fonte: Fundo Monetário Internacional – Fiscal Monitor Abril 2014
69
22. Balança Comercial – Brasil 2013
Exportação
No ano de 2013, as exportações brasileiras somaram US$ 242,178
bilhões, contração de 0,16% em relação a 2012. Este é o terceiro melhor
resultado da série histórica do MDIC (Ministério do Desenvolvimento e
Comércio Exterior). Entretanto, a queda das exportações registrada em 2012 e
2013 pode ser legitimada por meio do cenário de incertezas ante a
recuperação das economias norte-americana e da zona do euro, e do menor
ritmo de crescimento da China.
Importação
As importações do país totalizaram US$ 239,662 bilhões, acréscimo de
7,37% ante 2012. Maior resultado registrado, recorde anterior: 2011, US$
226,242 bilhões.
Corrente de Comércio
A corrente de comércio findou o ano quantificada em US$ 481,801
bilhões, crescimento de 3,44% em relação a 2012 – segundo maior valor
observado, recorde anterior: 2011, US$ 482,284 bilhões.
Saldo
O saldo da balança comercial brasileira apresentou uma abrupta queda
perante 2012, isto é, decréscimo de 86,81%. No ano anterior, o saldo comercial
foi positivo, sendo mensurado em US$ 19,393 bilhões, enquanto 2013
apresentou superávit de apenas US$ 2,557 bilhões.
70
Cenário para 2014
Características Positivas
i) Desvalorização cambial favorável às exportações perante as taxas de 2013;
ii) Aumento da safra de grãos brasileiras;
iii) Crescimento da produção de petróleo e contração do déficit da conta
petróleo.
Entraves
i) Ambiente de incertezas perante a recuperação das economias americana e
da zona do euro
ii) Nivelamento dos preços das commodities agrícolas abaixo dos patamares
observados em 2013.
iii) Manutenção do cenário de desaceleração do crescimento econômico
chinês.
71
Tabelas e Gráficos - Balança Comercial Brasileira 2013
Exportação Brasil - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
Exportação Brasil - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
72
Importação Brasil - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
Importação Brasil - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
73
Corrente de Comércio Brasil - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
Corrente de Comércio Brasil - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
74
Saldo Comercial Brasil - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
Saldo Comercial - Brasil 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
75
23. Balança Comercial - Minas Gerais 2013
Exportação
As exportações de Minas encerram 2013 com uma leve alta de 0,57%
ante 2012, sendo mensuradas em US$ 33,437 bilhões. No ano anterior, as
exportações do estado declinaram abruptamente em relação a 2011, isto é, em
19,24%. O mau resultado pode
ser justificado, especialmente, pela
desaceleração do ritmo de crescimento da economia chinesa registrados nos
últimos anos.
Importação
As importações cresceram apenas 2,40%, totalizando a quantia de US$
12,334 bilhões.
Corrente de Comércio
A corrente de comércio de Minas somou US$ 45,781 bilhões, acréscimo
de 1,05% em relação a 2012.
Saldo
O saldo da balança comercial obteve uma queda irrisória perante o ano
anterior, contração de 0,48%. O superávit alcançou o patamar de US$ 21,093
bilhões, isto é, US$ 18,536 bilhões maior que o resultado registrado na balança
comercial do país (US$ 2,557).
76
Tabelas e Gráficos - Balança Comercial Mineira 2013
Exportação Minas Gerais - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
Exportação Minas Gerais - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
77
Importação Minas Gerais - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
Importação Minas Gerais - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
78
Corrente de Comércio Minas - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
Corrente de Comércio Minas - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
79
Saldo Comercial Minas Gerais - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
Saldo Comercial Minas Gerais - 2013 x 2012
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
80
Tabelas e Gráficos - Balança Comercial 2013
Brasil x Minas Gerais
Exportação e Importação – Brasil x Minas Gerais 2013
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
Saldo Comercial – Brasil x Minas Gerais 2013
(em US$ milhões FOB)
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
81
Minas Gerais - Exportações 2013 (Países e Blocos Econômicos)
(US$ FOB)
2013
JAN / DEZ
VALOR
Part.%
∆%
CHINA
11.666.017.329
34,89%
10,59
2º
PAISES BAIXOS (HOLANDA)
2.241.724.960
6,70%
7,49
3º
ESTADOS UNIDOS
2.117.405.151
6,33%
(15,78)
4º
ARGENTINA
2.085.751.983
6,24%
2,51
5º
JAPAO
2.068.940.097
6,19%
(9,20)
6º
REINO UNIDO
1.147.878.481
3,43%
(4,06)
7º
ALEMANHA
1.005.619.245
3,01%
(20,06)
8º
ITALIA
945.654.890
2,83%
14,68
9º
OMA
865.027.948
2,59%
20,18
10º
COREIA DO SUL
535.358.706
1,60%
(19,82)
11º
TAIWAN (FORMOSA)
522.936.675
1,56%
9,20
12º
SUICA
476.480.278
1,43%
(11,09)
13º
FILIPINAS
443.433.222
1,33%
92,91
14º
BELGICA
437.187.162
1,31%
(20,49)
15º
FRANCA
420.571.158
1,26%
19,61
16º
RUSSIA
398.304.862
1,19%
15,43
17º
HONG KONG
338.170.010
1,01%
18,63
18º
AFRICA DO SUL
331.170.423
0,99%
64,76
19º
DINAMARCA
317.403.803
0,95%
8,39
20º
CINGAPURA
285.326.217
0,85%
(18,22)
21º
TURQUIA
238.560.195
0,71%
44,05
22º
CANADA
233.994.662
0,70%
(5,01)
23º
ESPANHA
223.356.925
0,67%
(27,10)
24º
MEXICO
218.847.812
0,65%
(27,65)
25º
TAILANDIA
208.792.844
0,62%
11,57
26º
VENEZUELA
204.025.531
0,61%
(34,39)
27º
COLOMBIA
172.166.175
0,51%
(32,45)
28º
EMIRADOS ARABES UNIDOS
169.227.613
0,51%
(17,87)
29º
ARABIA SAUDITA
163.176.235
0,49%
(23,18)
30º
CHILE
RANK.
1º
ÁREA
157.457.211
0,47%
(5,00)
DEMAIS PAÍSES
2.796.965.257
8,36%
(11,02)
TOTAL
33.436.933.060
100,00%
0,57
TOTAL DOS PRINCIPAIS PAÍSES DE DESTINO
30.639.967.803
91,64%
1,78
16.581.136.324
49,59%
6,30
7.255.297.692
21,70%
(3,11)
2.121.671.743
6,35%
(15,77)
-
1º
2º
3º
4º
-
ASIA (EXCLUSIVE ORIENTE
MEDIO)
UNIAO EUROPEIA - UE
ESTADOS UNIDOS (INCLUSIVE
PORTO RICO)
ORIENTE MEDIO
DEMAIS BLOCOS
TOTAL
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
1.699.522.729
5,08%
0,11
5.779.304.572
17,28%
(2,79)
33.436.933.060
100,00%
0,57
82
Minas Gerais - Importações 2013 (Países e Blocos Econômicos)
(US$ FOB)
2013
JAN / DEZ
ÁREA
ESTADOS UNIDOS
VALOR
Part.%
∆%
2.057.283.355
16,67%
6,27
2º
ARGENTINA
2.035.253.704
16,49%
30,46
3º
CHINA
1.834.467.730
14,86%
14,80
4º
ITALIA
1.190.070.724
9,64%
12,84
5º
ALEMANHA
758.632.369
6,15%
(23,38)
6º
MEXICO
465.836.935
3,77%
(34,80)
7º
RUSSIA
363.639.062
2,95%
(23,67)
8º
FRANCA
292.928.121
2,37%
(7,56)
9º
CANADA
253.441.942
2,05%
(25,24)
10º
JAPAO
213.017.086
1,73%
(15,08)
11º
COLOMBIA
201.408.054
1,63%
113,67
12º
INDIA
194.967.266
1,58%
(2,17)
13º
PERU
187.569.498
1,52%
(8,52)
14º
CHILE
135.600.135
1,10%
(33,42)
15º
REINO UNIDO
134.505.039
1,09%
34,83
16º
ESPANHA
130.680.845
1,06%
4,70
17º
DINAMARCA
114.592.009
0,93%
(12,22)
18º
AUSTRALIA
106.615.596
0,86%
(35,17)
19º
PAISES BAIXOS (HOLANDA)
101.749.407
0,82%
14,66
20º
TAIWAN (FORMOSA)
100.620.719
0,82%
(1,51)
21º
COREIA DO SUL
90.054.710
0,73%
(0,79)
22º
AUSTRIA
88.644.502
0,72%
13,15
23º
TURQUIA
68.145.003
0,55%
2,28
24º
SUICA
65.828.809
0,53%
10,78
25º
URUGUAI
65.225.073
0,53%
4,61
26º
POLONIA
60.251.746
0,49%
18,65
27º
BELARUS
60.012.918
0,49%
(39,57)
28º
TRINIDAD E TOBAGO
58.479.581
0,47%
(15,91)
29º
UCRANIA
54.638.415
0,44%
5,43
30º
ISRAEL
50.518.540
0,41%
47,41
DEMAIS PAÍSES
809.120.139
6,55%
9,01
TOTAL
12.343.799.032
100,00%
2,40
TOTAL DOS PRINCIPAIS PAÍSES DE DESTINO
11.534.678.893
93,45%
1,97
1º
UNIAO EUROPEIA - UE
3.113.697.445
25,22%
(1,42)
2º
ASIA (EXCLUSIVE ORIENTE MEDIO)
2.608.147.150
21,13%
8,09
2.058.204.722
16,67%
6,25
RANK.
1º
-
3º
4º
-
ESTADOS UNIDOS (INCLUSIVE PORTO
RICO)
ALADI (EXCLUSIVE MERCOSUL)
1.019.605.900
8,26%
(16,97)
DEMAIS BLOCOS
3.544.143.815
28,71%
6,82
12.343.799.032
100,00%
2,40
TOTAL
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
83
Minas Gerais - Exportações 2013 (por produto)
(US$ FOB)
2013
RANK.
PRODUTOS EXPORTADOS
JAN / DEZ
VALOR
Part.%
∆%
15.526.389.334
46,43%
10,29
1º
MINERIOS DE FERRO NAO AGLOMERADOS E SEUS CONC
2º
CAFE NAO TORRADO,NAO DESCAFEINADO,EM GRAO
3.094.630.798
9,26%
(17,93)
3º
FERRONIOBIO
1.426.334.352
4,27%
(13,16)
4º
OURO EM BARRAS,FIOS E PERFIS DE SECAO MACICA
1.141.280.060
3,41%
(16,90)
5º
OUTROS ACUCARES DE CANA
1.069.049.059
3,20%
(10,25)
6º
SOJA, MESMO TRITURADA, EXCETO PARA SEMEADURA
869.961.935
2,60%
93,39
7º
PASTA QUIM.MADEIRA DE N/CONIF.A SODA/SULFATO,
619.327.852
1,85%
2,95
8º
MINERIOS DE FERRO AGLOMERADOS E SEUS CONCENTR
607.063.384
1,82%
75,38
9º
MEDICAMENTO CONTENDO INSULINA,EM DOSES
361.659.583
1,08%
15,15
10º
BULHAO DOURADO,PARA USO NAO MONETARIO
360.861.294
1,08%
111,36
11º
FERRO FUNDIDO BRUTO NAO LIGADO,C/PESO<=0.5% D
351.394.841
1,05%
(7,34)
12º
AUTOMOVEIS C/MOTOR EXPLOSAO,1000<CM3<=1500,AT
321.524.294
0,96%
53,22
13º
CARNES DESOSSADAS DE BOVINO,CONGELADAS
284.687.505
0,85%
22,20
14º
OUTROS SILICIOS
275.501.995
0,82%
(32,52)
15º
OUTROS VEICULOS AUTOMOVEIS C/MOTOR EXPLOSAO,C
264.924.445
0,79%
20,62
16º
OUTROS TUBOS LIGAS ACOS,N/REV.S/COST.P/REVEST
247.912.111
0,74%
169,06
17º
CARNES DE GALOS/GALINHAS,N/CORTADAS EM PEDACO
240.734.475
0,72%
14,05
18º
OUTROS PRODS.SEMIMANUF.FERRO/ACO,C<0.25%,SEC.
221.224.585
0,66%
(58,07)
19º
AUTOMOVEIS C/MOTOR EXPLOSAO,1500<CM3<=3000,AT
206.376.626
0,62%
106,05
20º
PRODS.SEMIMANUFAT.DE FERRO/ACO,N/LIGADOS,CARB
168.973.201
0,51%
(22,35)
21º
MATES DE NIQUEL
157.700.281
0,47%
(14,63)
22º
OBRAS DE GALIO,HAFNIO,INDIO,NIOBIO,RENIO E TA
135.041.355
0,40%
(19,96)
23º
OUTRAS CARNES DE SUINO,CONGELADAS
130.148.590
0,39%
25,10
24º
BILLETS DE FERRO/ACO,C<0.25%,SEC.TRANSV.QUAD/
124.692.781
0,37%
(56,39)
25º
OUTRAS PARTES E ACESS.DE CARROCARIAS P/VEIC.A
121.284.334
0,36%
6,89
26º
FERROSSILICIO CONTENDO PESO>55% DE SILICIO
109.986.942
0,33%
(29,23)
27º
OUTS TUBOS OCOS FER/AÇO P/OLEOD./GASODUT.
108.239.155
0,32%
2,43
28º
GRANITO CORTADO EM BLOCOS OU PLACAS
105.676.025
0,32%
19,33
29º
PEDACOS E MIUDEZAS,COMEST.DE GALOS/GALINHAS,C
96.323.933
0,29%
(4,29)
30º
BAUXITA CALCINADA (MINERIO DE ALUMINIO)
96.267.482
0,29%
(11,14)
*DEMAIS PRODUTOS
4.591.760.453
13,73%
(13,30)
TOTAL
33.436.933.060
100,00%
0,57
TOTAL DOS PRINCIPAIS PRODUTOS EXPORTADOS
28.845.172.607
86,27%
3,19
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
84
Minas Gerais - Importações 2013 (por produto)
(US$ FOB)
2013
JAN / DEZ
VALOR
Part.%
∆%
1º
HULHA BETUMINOSA,NAO AGLOMERADA
666.524.971
5,40%
(8,74)
2º
AUTOMOVEIS C/MOTOR EXPLOSAO,CIL<=1000CM3
526.301.562
4,26%
26,58
3º
AUTOMOVEIS C/MOTOR EXPLOSAO,1000<CM3<=1500,AT
508.164.031
4,12%
21,08
4º
OUTROS CLORETOS DE POTASSIO
295.689.024
2,40%
(26,17)
5º
VEICULOS AUTOMOVEIS P/TRANSP>=10 PESSOAS,C/MO
211.388.411
1,71%
123,72
6º
OUTROS VEICULOS AUTOMOVEIS C/MOTOR DIESEL,P/C
197.299.235
1,60%
42,32
7º
OUTRAS PARTES E ACESS.DE CARROCARIAS P/VEIC.A
196.882.826
1,59%
15,75
8º
UREIA COM TEOR DE NITROGENIO>45% EM PESO
191.652.013
1,55%
(8,46)
CLASS
PRODUTOS IMPORTADOS
9º
AUTOMOVEIS C/MOTOR EXPLOSAO,1500<CM3<=3000,AT
176.145.114
1,43%
5,15
10º
SULFETOS DE MINERIOS DE ZINCO
157.094.139
1,27%
(7,02)
11º
DUMPERS P/TRANSP.MERCADORIA>=85T,UTIL.FORA DE
147.160.831
1,19%
42,27
12º
DESODORANTES CORPORAIS E ANTIPERSPIRANTES,LIQ
146.226.355
1,18%
16,07
13º
OUTROS MOTORES DIESEL/SEMIDIESEL,P/VEIC.DO CA
144.452.201
1,17%
157,72
14º
OUTRAS CAIXAS DE MARCHAS
143.428.067
1,16%
43,58
15º
OUTRAS PARTES E ACESS.P/TRATORES E VEICULOS A
143.280.684
1,16%
14,31
16º
ENXOFRE A GRANEL,EXC.SUBLIMADO,PRECIPITADO OU
125.529.931
1,02%
(34,74)
17º
LOCOMOTIVAS DIESEL-ELETRICAS
113.758.274
0,92%
67,31
18º
PARTES DE TURBORREATORES OU DE TURBOPROPULSOR
110.855.395
0,90%
74,64
19º
AUTOMOVEIS C/MOTOR EXPLOSAO,1500<CM3<=3000,SU
106.808.867
0,87%
(57,04)
20º
OUT.TRIGOS E MISTURAS DE TRIGO C/CENTEIO, EXC
99.919.813
0,81%
30,68
21º
INSULINA E SEUS SAIS
95.098.360
0,77%
(2,04)
22º
NITRATO DE AMONIO,MESMO EM SOLUCAO AQUOSA
82.375.873
0,67%
(2,34)
23º
CARREGADORAS/PAS-CARREGADORAS,DE POT.NO VOLAN
65.479.629
0,53%
28,01
24º
DIIDROGENO-ORTOFOSFATO DE AMONIO,INCL.MIST.HI
62.216.126
0,50%
(2,84)
25º
VACINA CONTRA A MENINGITE,EM DOSES
60.263.253
0,49%
(7,79)
26º
AUTOMOVEIS C/MOTOR EXPLOSAO,CM3>3000,SUP.6 PA
58.699.828
0,48%
226,41
27º
OUTS.ESCAVADORAS COM CAPACID.CARGA>=19M3
58.080.171
0,47%
63,03
28º
BIFENTRIN
56.600.567
0,46%
75,15
29º
OUTRAS OBRAS DE PLASTICOS
56.583.457
0,46%
6,13
30º
AUTOMOVEIS C/MOTOR EXPLOSAO,CM3>3000,ATE 6 PA
56.151.779
0,45%
1,63
*DEMAIS PRODUTOS
7.283.688.245
59,01%
(1,88)
TOTAL
12.343.799.032
100,00%
2,40
TOTAL DOS PRINCIPAIS PRODUTOS IMPORTADOS
5.060.110.787
40,99%
9,26
Fonte: MDIC / Departamento Econômico ACMinas
85
24. Taxa de Desemprego Brasil 2013
A taxa de desemprego do país findou 2013 mensurada em 4,3%, menor
valor observado no âmbito da série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística), iniciada em março de 2002. Já na média anual, a
desocupação ficou no nível de 5,4%, que também é o menor valor registrado.
Entre as regiões metropolitanas analisadas pela Pesquisa Mensal de
Emprego (PME), a menor taxa média anual foi observada em Porto Alegre
(3,5%) e a maior em Salvador (8,1%).
Taxa de Desemprego 2013 – Mensal e Média Anual (em %)
Período
Brasil
Recife
Salvador
Belo
Horizonte
Rio de Janeiro
São Paulo
Porto
Alegre
dez/12
4,6
5,6
5,7
3,5
4,0
5,2
3,0
jan/13
5,4
6,3
6,3
4,2
4,3
6,4
3,5
fev/13
5,6
6,5
6,2
4,2
4,6
6,5
3,9
mar/13
5,7
6,8
6,9
4,6
4,7
6,3
4,0
abr/13
5,8
6,4
7,7
4,2
4,8
6,7
4,0
mai/13
5,8
6,1
8,4
4,3
5,2
6,3
3,9
jun/13
6,0
6,5
8,8
4,1
5,3
6,6
3,9
jul/13
5,6
7,6
9,3
4,3
4,7
5,8
3,7
ago/13
5,3
6,2
9,4
4,3
4,5
5,4
3,4
set/13
5,4
5,8
9,3
4,5
4,4
5,8
3,4
out/13
5,2
6,1
9,1
4,1
4,1
5,6
3,0
nov/13
4,6
6,5
8,2
3,9
3,8
4,7
2,6
dez/13
4,3
5,9
7,7
3,4
3,7
4,4
2,6
Média
Anual
5,4
6,4
8,1
4,2
4,5
5,9
3,5
Fonte: IBGE (PME)
Taxa de Desemprego Brasil 2013 – Mensal (em %)
8,0
5,4
6,0
5,6
5,7
5,8
5,8
6,0
5,6
4,6
5,3
5,4
5,2
4,6
4,0
2,0
0,0
Fonte: IBGE (PME)
4,3
86
Taxa de Desemprego Brasil 2003 a 2013 – Média Anual (em %)
14,0
12,0
12,4
11,5
9,9
10,0
10,0
9,3
7,9
8,1
8,0
6,7
6,0
5,5
6,0
5,4
4,0
2,0
0,0
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Fonte: IBGE (PME)
Anexo
Taxa de Desemprego Brasil e RMBH 2013 – Mensal por Sexo (em %)
Homens
Mulheres
Período
Brasil
RMBH
Brasil
RMBH
dez/12
3,9
3,2
5,4
3,9
jan/13
4,5
3,4
6,5
5,2
fev/13
4,8
3,6
6,4
4,9
mar/13
4,6
3,9
6,9
5,4
abr/13
4,6
3,6
7,2
4,9
mai/13
4,6
3,2
7,2
5,6
jun/13
4,8
3,3
7,3
4,9
jul/13
4,4
3,5
7,0
5,2
ago/13
4,3
3,7
6,4
4,9
set/13
4,5
4,0
6,5
5,1
out/13
4,2
3,7
6,3
4,6
nov/13
3,8
3,4
5,6
4,6
dez/13
3,5
3,0
5,3
4,0
Média Anual
4,4
3,5
6,6
4,9
RMBH: Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Fonte: IBGE (PME)
87
24.1. População Economicamente Ativa (PEA) – Brasil 2013
i) Dezembro de 2013 – 24,39 milhões de pessoas, queda de 0,74% ante igual
período de 2012 (PEA igual a 24,57 milhões);
ii) Valor mínimo: 24,30 milhões de indivíduos (março/13) ; valor máximo: 24,55
milhões de indivíduos (outubro/13);
iii) Média Anual PEA: 24,43 milhões de pessoas;
População Economicamente Ativa Brasil 2013 – Mensal
(em 1000 pessoas)
24.549
24.572
24.514
24.521 24.522
24.475
24.424
24.435
24.424
24.391
24.330
24.295
24.320
dez/12 jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13
jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13
Fonte: IBGE (PME)
iv) PEA Região Metropolitana de Belo Horizonte: R$ 2,69 milhões de pessoas
(dezembro/2013);
88
24.2. População Ocupada – Brasil 2013
No final de 2013, a população ocupada (PO) totalizou 23,33 milhões de
pessoas - 53,8% homens (12,56 milhões) e 46,2% mulheres (10,77 milhões).
Apesar das mulheres continuarem sendo minoria, a sua participação cresceu
em 3,8 pontos percentuais em relação a março de 2002 (início da série
histórica do IBGE), período no qual a população feminina detinha peso de
42,4% no âmbito da PO.
Na média anual a PO somou 23,14 milhões de indivíduos, acréscimo de
0,8016% perante 2012 ( 22,96 milhões).
População Ocupada – Brasil 2013
(em 1000 pessoas)
Mês
PO
PO (Homens)
%
PO (Mulheres)
%
dez/12
23.437
12.548
53,5%
10.889
46,5%
jan/13
23.144
12.472
53,9%
10.672
46,1%
fev/13
22.974
12.431
54,1%
10.543
45,9%
mar/13
22.922
12.386
54,0%
10.536
46,0%
abr/13
22.906
12.411
54,2%
10.495
45,8%
mai/13
23.007
12.486
54,3%
10.520
45,7%
jun/13
22.980
12.425
54,1%
10.555
45,9%
jul/13
23.136
12.469
53,9%
10.666
46,1%
ago/13
23.225
12.557
54,1%
10.669
45,9%
set/13
23.194
12.521
54,0%
10.673
46,0%
out/13
23.279
12.559
54,0%
10.720
46,0%
nov/13
23.293
12.591
54,1%
10.702
45,9%
dez/13
23.330
12.559
53,8%
10.771
46,2%
Média Anual
23.140
12.494
54,0%
10.647
46,0%
Fonte: IBGE (PME)
89
24.3.. População Desocupada (PD) – Brasil 2013
i) Dezembro de 2013 - 1,06 milhões de pessoas - queda de 6,6% em relação a
dezembro de 2012 (1,14 milhões de pessoas) e de 48,65% perante março de
2002 (2,57 milhões de pessoas).;
ii) Valor mínimo: 1,06 milhões de indivíduos (dezembro/13); valor máximo: 1,46
milhões de indivíduos (junho/13);
iii) Média Anual PD: 1,32 milhões de pessoas.;
População Desocupada Brasil 2013 – Mensal
(em 1000 pessoas)
Fonte: IBGE (PME)
iv) PD Região Metropolitana de Belo Horizonte: 92 mil pessoas (dezembro
2013);
90
24.4. Trabalhadores com Carteira Assinada (Setor Privado) e
Rendimento Médio Real Habitual da População Ocupada
i) De acordo com os dados estatísticos do IBGE, o número de trabalhadores
com carteira assinada no setor privado somou 11,82 milhões em dezembro de
2013, acréscimo de 2% sobre igual período de 2012 (11,59 milhões);
ii) Na média anual, os trabalhadores com carteira assinada no setor privado
somaram 11,63 milhões, crescimento de 3,26% em relação ao ano anterior
(11,26 milhões). Além disso, houve recorde na proporção destes empregados
diante o total da população ocupada – 50,3% perante 49,2% em 2012 e 39,7%
no ano de 2003;
Trabalhadores com Carteira Assinada Setor Privado – Brasil 2013
(em 1000 pessoas)
Período
dez/12
jan/13
fev/13
mar/13
abr/13
mai/13
jun/13
jul/13
ago/13
set/13
out/13
nov/13
dez/13
2013
11.627
Quant.
11.589
11.597
11.496
11.442
11.452
11.436
11.477
11.608
11.707
11.820
11.875
11.788
11.826
∆%
1,3
0,1
-0,9
-0,5
0,1
-0,1
0,4
1,1
0,9
1,0
0,5
-0,7
0,3
Média Anual
2012
∆%
11.260
3,26
Fonte: IBGE (PME)
iii) O rendimento médio real habitual da população ocupada findou 2013
quantificado em R$ 1.966,90, avanço de 3,2% sobre o valor registrado em
dezembro de 2012 (R$ 1.905,68). Na média anual, o salário ficou em R$
1.929,03, acréscimo de 1,8% perante 2012 (R$ 1.894,03). Nos
últimos
dez
anos, a remuneração do trabalhador obteve aumento de 29,6% no seu poder
de compra (2003 – R$ 1.488,48);
91
25. Evolução Emprego 2013 - Brasil
De acordo com os dados estatísticos do CAGED (Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados), no ano de 2013 foram criados 1,117 milhões
de novos postos de trabalho, involução de 15,08% em relação a 2012. Este e o
terceiro recuo consecutivo na geração de empregos com carteira assinada, fato
que ratifica o arrefecimento do crescimento econômico do país.
Evolução Emprego - Brasil 2013
Série Histórica do CAGED (2000 a 2013)
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
Seis dos oito setores analisados obtiveram recuo no número de novos
postos de trabalho, excluindo os segmentos da Indústria de Transformação e
Administração Pública. A atividade que mais edificou novas vagas no ano foi a
de Serviços, com a criação de 547 mil empregos com carteira assinada.
92
Evolução Emprego 2013
Brasil
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
93
25.1 Evolução Emprego 2013 – Regiões e Unidades Federativas
do Brasil
Regiões do Brasil
A região sudeste foi o destaque na criação de empregos no ano de 2013
com 476.465 novas vagas. Quatro das cinco regiões brasileiras apresentaram
recuo na criação de postos de trabalho diante 2012. A exceção ficou a cargo da
região sul, que obteve crescimento 10,01% sobre o ano anterior, ou seja, o
número de empregos com carteira assinada gerados passou de 233.872 para
257.275.
Evolução Emprego 2013
Por Região do Brasil
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
Evolução Emprego 2013
Por Região do Brasil
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
94
Evolução Emprego 2013
Região Sudeste
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
Evolução Emprego 2013
Região Sudeste
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
Unidades Federativas
São Paulo foi o estado que mais gerou empregos com carteira assinada
em 2013, sendo responsável pelo acréscimo de 267.812 postos de trabalhos.
Somente dois estados obtiveram resultado negativo, ou melhor, perdas de
vagas – eles são: Alagoas com perda de 1.484 empregos, e Rondônia com
3.221. 66,7% das unidades federativas brasileiras apresentaram recuo na
edificação de novos postos de trabalho.
Minas Gerais perdeu duas posições no ranking anual, em 2012 era o
terceiro melhor ranqueado, mas devido a involução de 39,24% na geração de
95
novas vagas caiu para a quinta colocação, o número de empregos criados
passou de 145.636 para 88.484.
Evolução Emprego 2013
Unidades Federativas
SALDO/13
%
SALDO/12
∆%
São Paulo
267.812
23,97%
337.295
-20,60
2º
Rio de Janeiro
100.808
9,02%
151.225
-33,34
3º
4º
Paraná
90.349
8,09%
88.426
2,17
4º
5º
Rio Grande do Sul
90.164
8,07%
82.577
9,19
5º
3º
Minas Gerais
88.484
7,92%
145.636
-39,24
6º
7º
Santa Catarina
76.762
6,87%
62.869
22,10
7º
6º
Goiás
60.831
5,45%
67.105
-9,35
8º
10º
Bahia
51.270
4,59%
37.990
34,96
9º
9º
Ceará
50.206
4,49%
40.882
22,81
10º
11º
Pará
29.616
2,65%
37.846
-21,75
11º
8º
Pernambuco
28.062
2,51%
47.695
-41,16
12º
12º
Mato Grosso
26.147
2,34%
37.021
-29,37
13º
21º
Amazonas
24.346
2,18%
9.615
153,21
14º
15º
Mato Grosso do Sul
21.071
1,89%
24.319
-13,36
15º
14º
Distrito Federal
19.718
1,76%
24.411
-19,22
16º
13º
Espírito Santo
19.391
1,74%
25.152
-22,90
17º
17º
Maranhão
14.908
1,33%
13.710
8,74
18º
16º
Paraíba
14.785
1,32%
19.214
-23,05
19º
20º
Sergipe
13.634
1,22%
10.052
35,63
20º
19º
Piauí
11.551
1,03%
11.320
2,04
21º
18º
Rio Grande do Norte
10.384
0,93%
12.582
-17,47
22º
22º
Tocantins
6.547
0,59%
8.590
-23,78
23º
23º
Amapá
3.156
0,28%
6.143
-48,62
24º
27º
Acre
1.833
0,16%
2.159
-15,10
25º
25º
Roraima
41
0,00%
3.541
-98,84
26º
26º
Alagoas
-1.484
-0,13%
2.313
-164,16
27º
24º
Rondônia
RANK/13
RANK/12
1º
1º
2º
UF
Brasil
-3.221
-0,29%
5.889
-154,70
1.117.171
100,00%
1.315.577
-15,08
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
96
25.2 Evolução Emprego 2013 – Minas Gerais
O Estado de Minas Gerais criou 88.484 novos postos de trabalho,
acréscimo oriundo da diferença entre 2,517 milhões de admissões e 2,428
milhões de desligamentos. Entretanto, houve queda de 39,24% na geração de
vagas perante 2012 (145.636).
Os setores de Serviços e Comércio foram os destaques positivos. As
atividades edificaram um total 74.821 novos empregos com carteira assinada.
Evolução Emprego 2013
Minas Gerais
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
97
25.3 Evolução Emprego 2013 – Belo Horizonte e Região
Metropolitana (RMBH)
A cidade de Belo Horizonte obteve perda de 843 empregos – em 2012
foram gerados 38.730 postos de trabalho. O maior destaque negativo foi
registrado no segmento de Construção Civil, com a involução de 3.002 vagas.
Já a RMBH apresentou saldo positivo, isto é, geração de 6.505 novos
postos de trabalho – decréscimo de 87,78% ante 2012 (53.223). O Comércio e
os Serviços foram as atividades com destaque positivo, edificando 7.305 e
7.351 empregos, respectivamente.
Evolução Emprego 2013
Belo Horizonte
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
(continua)
98
Evolução Emprego 2013
RMBH
Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
99
26. Produção Industrial 2013 – Brasil
Segundo os dados estatísticos do IBGE, a produção industrial do país
findou 2013 com alta de 1,2%, após registrar queda de 2,7% no ano anterior
(primeiro resultado negativo observado desde 2009).
Produção Industrial – Brasil
2009 a 2012 (em %)
2013
-2,7
1,2
2012
2011
0,4
2010
2009
-7,4
-10,00
10,5
-5,00
0,00
5,00
10,00
15,00
Fonte: IBGE, Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física
A categoria que obteve o maior destaque positivo foi a de Bens de
Capital, com crescimento acumulado de 13,3%. A alta do setor foi impulsionada
pela produção de bens de capital para equipamentos de transporte
(principalmente caminhões). Apenas um segmento apresentou taxa negativa,
sendo este o de Bens de Consumo Semiduráveis e Não-Duráveis com recuo
de 0,5%.
Produção Industrial – Brasil
Por Categoria (em %)
Fonte: IBGE, Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física
100
27. Produção Industrial 2013 – Regional
No ano de 2013, onze dos quatorze locais analisados apresentaram taxas
positivas, os destaques foram: Rio Grande do Sul (5,6%), Paraná (5,6%) e Goiás
(5,0%). Apenas Minas Gerais, Pará e Espírito Santo apontaram recuo no indicador –
decréscimo de 1,3%, 4,9% e 6,7%, respectivamente. É relevante ressaltar que no ano
anterior Minas obteve alta de 1,4%.
Produção Industrial 2013 – Regional
Rio Grande do Sul
Paraná
Goiás
Bahia
Ceará
Santa Catarina
Brasil
Nordeste
Amazonas
São Paulo
Pernambuco
Rio de Janeiro
Minas Gerais
Pará
Espírito Santo
-4,9
-6,7
-8,0
-6,0
-4,0
-2,0
6,8
5,6
5,0
3,8
3,3
1,5
1,2
0,8
0,7
0,7
0,7
0,1
-1,3
0,0
2,0
4,0
Fonte: IBGE, Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física
6,0
8,0
101
28. Comércio Varejista 2013 – Brasil
Comércio Varejista
No ano de 2013, as vendas do comércio varejista aumentaram em 4,3%,
valor aquém do registrado em 2012 - 8,4%.
Em relação às atividades pesquisadas, todas apresentaram alta no
indicador. Entretanto, a principal expansão aconteceu em Outros artigos de uso
pessoal e doméstico (10,3%). A atividade em questão respondeu por 23,3% do
índice anual.
Vendas Comércio Varejista – Variação Anual
2002 a 2013
(em %)
12
10,9
9,7
9,3
10
8
9,1
6,2
6
8,4
5,9
6,7
4,8
4,3
4
2
0
-2
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
-0,7
-4
-3,7
-6
Fonte: IBGE, Pesquisa Mensal de Comércio
Vendas Comércio Varejista 2013 - Variação Anual
(em %)
Fonte: IBGE, Pesquisa Mensal de Comércio
102
Comércio Varejista Ampliado
O comércio varejista ampliado, que abrange os segmentos de veículos e
motos (parte de peças) e material de construção, obteve crescimento de 3,6%,
ou seja, 4,4 pontos percentuais abaixo da alta de 2012 (8%).
Vendas Comércio Varejista Ampliado – Variação Anual
2004 a 2013
(em %)
16
13,6
14
12
12,2
11,1
9,9
10
8,0
8
6,8
6,4
6,6
6
3,6
3,1
4
2
0
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Fonte: IBGE, Pesquisa Mensal de Comércio
2013
103
29. Comércio Varejista 2013 – Unidades Federativas
Comércio Varejista
Comércio Varejista 2013 - Unidades Federativas
Taxa de Variação (%)
Unidade da Federação
2012
2013
∆
Brasil
8,4
4,3
-4,1
Mato Grosso do Sul
16,9
10,9
-6,0
2º
Rondônia
5,7
9,3
3,6
3º
Rio G. do Norte
7,0
9,3
2,3
9º
4º
Paraíba
9,9
9,2
-0,7
6º
5º
Maranhão
11,8
8,6
-3,2
17º
6º
Alagoas
8,3
7,0
-1,3
10º
7º
Paraná
9,9
6,3
-3,6
7º
8º
Pernambuco
10,8
6,2
-4,6
22º
9º
Mato Grosso
6,6
6,1
-0,5
16º
10º
Pará
8,3
5,9
-2,4
4º
11º
Tocantins
15,5
5,0
-10,5
27º
12º
Rio de Janeiro
4,1
5,0
0,9
15º
13º
Goiás
8,8
4,7
-4,1
12º
14º
São Paulo
9,7
4,3
-5,4
5º
15º
Acre
12,8
4,0
-8,8
26º
16º
Amazonas
4,3
3,9
-0,4
19º
17º
Piauí
7,1
3,8
-3,3
14º
18º
Rio Grande do Sul
9,0
3,8
-5,2
13º
19º
Ceará
9,6
3,7
-5,9
1º
20º
Roraima
26,7
3,3
-23,4
2º
21º
Amapá
17,7
3,0
-14,7
24º
22º
Sergipe
5,4
2,8
-2,6
25º
23º
Distrito Federal
4,4
2,8
-1,6
11º
24º
Bahia
9,7
2,7
-7,0
18º
25º
Santa Catarina
7,4
2,6
-4,8
8º
26º
Espírito Santo
10,6
1,5
-9,1
21º
27º
Minas Gerais
6,7
0,9
-5,8
Rank/12
Rank/13
-
-
3º
1º
23º
20º
Variação (∆
∆): em pontos percentuais.
Fonte: IBGE, Pesquisa Mensal de Comércio
104
Comércio Varejista Ampliado
Comércio Varejista Ampliado 2013 - Unidades Federativas
Taxa de Variação (%)
Unidade da Federação
2012
2013
∆
Brasil
8,0
3,6
-4,4
1º
Acre
9,4
11,0
1,6
19º
2º
Rio G. do Norte
7,6
8,8
1,2
18º
3º
Paraíba
7,7
8,4
0,7
10º
4º
Mato Grosso do Sul
9,6
7,7
-1,9
17º
5º
Paraná
8,5
7,0
-1,5
15º
6º
Rio Grande do Sul
8,8
6,4
-2,4
25º
7º
Rio de Janeiro
4,1
6,1
2,0
12º
8º
Piauí
9,1
5,9
-3,2
7º
9º
Maranhão
11,6
5,3
-6,3
16º
10º
Goiás
8,6
5,3
-3,3
13º
11º
Pernambuco
9,1
5,1
-4,0
4º
12º
Alagoas
12,9
5,1
-7,8
3º
13º
Mato Grosso
14,3
4,8
-9,5
27º
14º
Amazonas
1,6
4,6
3,0
24º
15º
Santa Catarina
4,3
3,7
-0,6
1º
16º
Roraima
17,9
3,1
-14,8
9º
17º
São Paulo
9,7
3,0
-6,7
5º
18º
Pará
12,1
2,6
-9,5
2º
19º
Tocantins
15,7
2,4
-13,3
20º
20º
Sergipe
7,4
2,0
-5,4
8º
21º
Bahia
11,0
1,8
-9,2
6º
22º
Amapá
11,8
1,3
-10,5
22º
23º
Rondônia
5,9
1,0
-4,9
14º
24º
Ceará
9,0
-0,1
-9,1
21º
25º
Distrito Federal
6,8
-0,3
-7,1
23º
26º
Minas Gerais
5,7
-0,5
-6,2
26º
27º
Espírito Santo
2,9
-4,3
-7,2
Rank/12
Rank/13
-
-
11º
Variação (∆
∆): em pontos percentuais.
Fonte: IBGE, Pesquisa Mensal de Comércio
105
Considerações
Vendas Comércio Varejista:
Todos os estados apresentaram resultados positivos em 2013.
Entretanto, apenas três obtiveram crescimento do indicador perante 2012 –
Rondônia (de 5,7% para 9,3%), Rio Grande do Norte (de 7,0% para 9,3%) e
Rio de Janeiro (de 4,1% para 5,0%).
O destaque positivo foi o Mato Grosso do Sul com taxa de 10,9% e o
negativo foi Minas Gerais com expansão modesta de 0,9% - involução de 5,8
pontos percentuais ante 2012 (6,7%). Em 2013, Minas ficou ranqueado na
última posição, isto é, na 27ª colocação.
Vendas Comércio Varejista Ampliado:
No âmbito do comércio varejista ampliado quatro unidades federativas
obtiveram taxas negativas: Ceará (-0,1%), Distrito Federal (-0,3%), Minas
Gerais (-0,5%) e Espírito Santo (-4,3%). O destaque positivo foi o Acre, com
variação de 11%.
Somente cinco estados apresentaram expansão do indicador diante
2012: Acre (de 9,4% para 11,0%), Rio Grande do Norte (de 7,6% para 8,8%),
Paraíba (de 7,7% para 8,4%), Rio de Janeiro (de 4,1% para 6,1%) e Amazonas
(de 1,6% para 4,6%).
106
30. Regiões de Planejamento de Minas Gerais - Quantitativo de
Empresas e MEIs
Regiões de Planejamento de Minas Gerais
(Quantidade de Empresas e MEIs)
Regiões de Planejamento de Minas Gerais – Municípios Destaques
(Quantidade de Empresas e MEIs)
107
Características – Número de Empresas e MEIs por Município
(Minas Gerais)
Número de Empresas
*Média: A média de empresas por município é de 896 empresas;
*Desvio Padrão (distância em relação à média): 5.270 empresas;
*O número mínimo de empresas: 19;
*O número máximo de empresas: 139.638;
*A mediana ou valor típico: 190 empresas por município;
*Quartil 1: 25% dos municípios possuem até 90 empresas, ou seja, de 19 a 90
empresas;
*Quartil 3: 75% dos municípios possuem até 515 empresas, ou seja, de 19 a 515
empresas;
Número de Microempreendedores Individuais
*Média: A média de microempreendedores individuais por município é de 480;
*Desvio Padrão (distância em relação à média): 2.825 microempreendedores
individuais;
*Número mínimo de microempreendedores individuais: 6;
*Número máximo de microempreendedores individuais: 74.927;
*A mediana ou valor típico: 115 microempreendedores individuais por município;
*Quartil 1: 25% dos municípios possuem até 55 microempreendedores individuais, ou
seja, de 6 a 55 microempreendedores individuais;
*Quartil 3: 75% dos municípios possuem até 283 microempreendedores individuais,
ou seja, de 6 a 283 microempreendedores individuais;
*Quantidade total de empreendimentos de Minas Gerais: 1,174 milhões, valor referente a soma entre o
total de empresas e microempreendedores individuais do estado.
Fonte: JUCEMG / Departamento Econômico ACMinas
108
31. Summary - Key Macroeconomic Variables
Brazil x Minas Gerais
Brazil
Index
2013
Real GDP (in %)
Nominal GDP (US$ trillion)
2,3
2,2
GDP per capita (US$)
11.276
Agricultural (Annual Growth Rate – in %)
7,0
Industry (Annual Growth Rate – in %)
1,3
Services (Annual Growth Rate – in %)
Rate of Inflation (IPCA – in %)
2,0
5,91
Unemployment Rate (in %)
5,4
Exports - goods and service (in US$ billion FOB)
242,18
Imports - goods and services (in US$ billion FOB)
239,62
Net Exports (in US$ billion FOB)
2,56
Source: IBGE / João Pinheiro Foundation / Ministry of Development, Industry and Foreign Trade (MDIC)
Minas Gerais
Index
2013
Real GDP
0,5
Agricultural (Annual Growth Rate – in %)
0,5
Industry (Annual Growth Rate – in %)
-1,5
Services (Annual Growth Rate - %)
Rate of Inflation (IPCA – in %) - BHMA²
1,6
5,75
Unemployment Rate (in %)³ - BHMA
4,2
Exports - goods and service (in US$ billion FOB)
33,43
Imports - goods and services (in US$ billion FOB)
12,34
Net Exports (in US$ billion FOB)
21,09
1 - Belo Horizonte - Capital of Minas Gerais.
2 - BHMA - Belo Horizonte Metropolitan Area.
3 - Unemployment Rate (BHMA) - Arithmetical Average.
Source: IBGE / João Pinheiro Foundation / Ministry of Development, Industry and Foreign Trade (MDIC)
109
Real GDP - Brazil and Minas Gerais - 2011-2013
(annual growth rate in %)
Source: IBGE / João Pinheiro Foundation / Minas Gerais Business Guide 2014 (page 45)
Annual Growth - Brazil and Minas Gerais – 2013
by Sectors
(rate in %)
8,0
7,0
7,0
6,0
5,0
4,0
Brazil
3,0
2,0
2,0
1,0
1,3
1,6
0,5
0,0
-1,0
-2,0
Agricultural
Industry
Services
-1,5
Source: IBGE / João Pinheiro Foundation
Minas Gerais
110
32. Referências
Banco Central (BACEN)
www.bcb.gov.br
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED)
www.caged.gov.br
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(DIEESE)
www.dieese.org.br
Fundação João Pinheiro (FJP)
www.fjp.gov.br
Fundação
Instituto
de
Pesquisas
Econômicas,
Contábeis de Minas Gerais (IPEAD)
www.ipead.face.ufmg.br
Fundo Monetário Internacional (FMI)
http://www.imf.org
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
www.ibge.gov.br
Administrativas
e
111
Jornal Valor Econômico
www.valor.com.br
Jornal Diário do Comércio
www.diariodocomercio.com.br
Junta Comercial de Minas Gerais (JUCEMG)
www.jucemg.mg.gov.br
Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)
www.mdic.gov.br
Portal G1
g1.globo.com
Portal UOL
www.uol.com.br
112
Leonardo Faria Lima
+55 (31) 3048 9544
[email protected]
113
Download

Resumo Economia Brasileira e Mineira 2013