A Nobreza Portuguesa Montou Corte na Encantaria Mineira TAISSA TAVERNARD Unversidade do Estado do Pará [email protected] Pensar no ritual de matriz africana mais tradicional no Estado do Pará é inegavelmente remeter a mina. Trata-se da religião afro-brasileira precursora que chegou a Belém em meados do século XIX trazida pelos escravos vindos do Daomé (República Popular do Benim) para os Estados do Maranhão e Pará. O termo mina faz referência ao maior empório de escravos sob domínio português: o Forte São Jorge de El’ Mina, situado na Costa do Ouro, atual Gana, que exportava mão-de-obra negra para diversas partes do Brasil (Vergolino, 2003). Em São Luís do Maranhão estes negros fundaram - em meados do século XIX dois terreiros: a Casa das Minas – de tradição jeje – e a Casa de Nagô – com influência da tradição Nagô. No século XX surgiram nessa capital, outros centros litúrgicos de importância exemplo do Terreiro da Turquia - fundado por mãe Anastácia - e o Terreiro do Egito - criado por Massinokô-Alapong. Outro grande centro exportador da tradição mineira é a cidade de Codó, situada no sudoeste do Estado do Maranhão (Vergolino, 2003) onde se pratica um ritual denominado Tambor da Mata. No final do século XIX vários mineiros maranhenses migraram para Belém, em duas etapas: a primeira composta pelos religiosos maranhenses atraídos pela economia gomífera e a segunda constituída por paraenses que foram para o Maranhão buscar iniciação durante a década de 70 e 80 do século XX. Denominamos esses dois grupos, respectivamente de mineiros de primeira migração e mineiros de segunda migração. Apesar de todos se auto-classificarem como mineiros podemos notar diversas variações simbólicas, litúrgicas e rituais entre os mesmos. 1 Primeiramente não existe um xirê1 comum, e isso vale para mineiros dos dois grupos. A sequência de doutrinas entoadas podem variar de casa para casa. As variações continuam no que se refere os instrumentos musicais, os paramentos2 dos deuses e principalmente, ao ritual iniciático. Se existe um elemento comum a todos os terreiros é a presença das mesmas categorias de entidades. O panteão cultuado é construído a partir de um imaginário comum perpassado por um elemento chave que é a mestiçagem. Para falar do conjunto de entidades que compõem o panteão da mina no Pará, “tanto se cultua os orixás nagôs (...) quanto aos voduns jejes que podem corresponder aos orixás nagôs (...).” (Vergolino, 2003: 22). Esmiuçando essa ideia, o panteão se divide em duas macrocategorias que são as divindades e os encantados. Quadro 1: Categorias de Divindades DIVINDADES: Voduns Orixás Quadro 2: Categorias de Encantados ENCANTADOS: Nobres Gentis Nagôs ou Senhores de Toalha e Cabocos As divindades são tanto os orixás quanto os voduns (Leacock, 1972). Elas representam as forças da natureza, ou são ancestrais negros. Por vezes orixás e voduns são descritos como categorias sinônimas, outras vezes são diferenciadas, embora na maioria das vezes que se pergunta quem é um vodum – a exemplo de Dan – a explicação é dada a partir da mitologia yorubana – no caso Oxumaré. No Pará a mitologia jeje é muito pouco lembrada. Neste sentido ela se recria a partir do referencial dos orixás. Estes deuses são organizados em famílias africanas, geralmente festejadas no dia do santo católico (Ferretti, M, 2000, 2003). 1 Chama-se de Xirê à seqüencia de doutrinas entoadas em um determinado ritual. 2 Roupas litúrgicas usadas pelos médiuns quando incorporados. 2 Os encantados são, por sua vez, personagens não africanos (Ferretti, M, 2000) que pertencem a diversas nacionalidades, são europeus, turcos, índios, brasileiros, etc. Sua característica maior é a não morte (Ferretti, M 2000; Vergolino, 2003; Prandi & Souza, 2001; Shapanan, 2001). A maioria dos encantados é descrita como seres que tiveram vida, mas que não passaram pela experiência da morte. Saíram desse mundo de forma fantástica (Todorov, 2003) e passaram a habitar as encantarias que se localizam em lugares geográficos específicos, como matas, rios, praias, formações rochosas etc... Seth e Ruth Leacock dão a seguinte definição: “Litterally this term can be trastated as “enchanted one” but since this term in english suggest creatures held in some sort of temporary magic spell that might be broken the translation inappropriate. While it is true that some encantados are concived of former men and women, it is believed that their natural destiny was somehow permanently altered and that under no circumstances will they ever revert to the condition. Besides many encantades were born as such and never lived or earth as mortal and the origin of a still other is quite unknown (…) cult members point out are mistery that human cannot understand” (Leacock, 1972). Essa categoria pode ainda ser subdividida em encantados que se aproximam dos voduns e encantados cabocos3. Os primeiros são chamados nobres gentis nagôs ou senhores de toalha, e correspondem à nobreza europeia de países católicos. Os mais comuns são os nobres portugueses que, de alguma forma, tiveram relação com o processo de expansão marítima e colonização do Brasil. Geralmente são apenas equiparados aos voduns e orixás, por vezes até classificados desta forma ou incorporados às famílias. Todos os nobres gentis nagôs são descritos como brancos e formam, junto com os voduns e orixás o patamar mais alto da hierarquia mineira. Organizados em famílias4, eles tematizam, cada um ao seu modo, valores como o cristianismo, lusitanismo, absolutismo, poder centralizado, etc... Os cabocos são entidades mestiças de várias nacionalidades. “São encantados, não são espíritos de índios mortos” (Vergolino, 2003: 22), nem tampouco são todos índios. Existem várias famílias de cabocos como os codoenses, os juremeiro, os 3 Optamos por utilizar o termo caboco e não caboclo pois é desta forma que ele é referido pelos mineiros paraenses. 4 Seth e Ruth Leacok (1972) informam a existência de certos encantados que “vivem sozinhos sem parentes” (tradução nossa). Eles denominaram essas entidades de “solitary spirits”. 3 surrupiras, os turcos (ou mouros5) e os bandeirantes (Ferretti, M, 2000; Vergolino, 2003; Prandi & Souza, 2001) que possuem status bem inferior do que os encantados descritos acima6. Os turcos e bandeirantes são consideradas categorias hierarquicamente intermediárias composta de nobres mestiços, descritos como não brancos. Na maioria das vezes vestem-se com roupas finas e luxuosas confeccionadas de tecidos brilhosos e richelieu colorido. Todavia, por serem personagens ambíguos, podem também trajar roupas de florão que os aproximam dos juremeiros e codoenses. Os turcos são personagens que retomam o episódio histórico das cruzadas e os bandeirantes representam simbolicamente o processo de ocupação do interior brasileiro denominado de Entradas e Bandeiras. Em nível do imaginário percebemos que alguns informantes caracterizam esses nobres através de descrições que os aproximam dos cabocos, o que nos fez pensar que sejam nobres com status um pouco inferior ao dos senhores de toalha. Mundicarmo Ferretti em seu livro “Desceu na Guma” os classifica como gentilheiros e os descreve como “fidalgos, não confundidos com os orixás, as vezes também confundidos com os caboclos (...) que não pertencem a nobreza europeia cristã” (Ferretti, M, 2000; 74). Formam famílias menos herméticas do que as de voduns, orixás ou nobres, podendo ser compostas tanto por nobres e por cabocos. Seus membros podem transitar com mais facilidade entre as categorias de mesmo status, tecendo uma mobilidade horizontal. Existe também um deslocamento vertical, pois as famílias de cabocos agregam também os encantados de origem gentil nagô que saíram, ou foram expulsos da nobreza por não se adequarem às regras, aos padrões ou às convenções desse grupo. Neste caso o trânsito vertical se estabelece invariavelmente de cima para baixo. Um nobre pode 5 6 Há quem descreva os turcos como brancos, no entanto são os brancos não católicos. Seth e Ruth Leacock (1972: 157), alistam os seguintes caboclos: 1. Masculinos: Antônio Luís Corre Beirado, Boiadeiro da Visaura, caboclo Brabo, Caboclo Luar, Caboclo de Olha Dagua, Cidalino, Constantino (Bahiano Grande), Seu Gavião, Jurupari, Marabá, Marinheiro, Mestre Marajó, Pombo do Ar, Ricardino, Seu Risca, Tubian. 2. Femininos: Herondina, Indaê, Iracema, Maria Mineira da Luz, Preta mina. 4 deixar esse status e se agregar aos cabocos - a exemplo de seu Zé Raimundo – todavia parece ser impossível um caboco em ascender à categoria de nobre7. Outro elemento que merece destaque é que, além de mestiços, esses nobres são descritos como não cristãos ou cristãos convertidos. A exemplo, cito os turcos, por alguns definidos como mulçumanos e por outros como neocristãos. O próprio João da Mata, chefe da família de bandeira me foi descrito, em uma das narrativas – muito polêmica – como cristão novo. Os juremeiros e codoenses, por sua vez, são cabocos de baixo status. Os primeiros representam o índio romântico, civilizado quanto à vestimenta, pois usa roupas confeccionadas com tecido de chita e não, trajes de pena. No entanto os juremeiros apresentam uma performance ritual que demonstra sua coragem e valentia. Essa característica pode ser vista na dança, no ato de pular de joelho em toda área do terreiro, no grito quase selvagem e no gestual de mão que, por vezes, reproduz o movimento do arco e flecha. Os codoenses representam a imagem do negro que vigora no Pensamento Social Brasileiro do século XIX. Trata-se do “preto, preto, preto de cabelo ruim ”8 que realiza trabalhos domésticos dentro do terreiro9. Possui forte ligação com o gado. Suas doutrinas falam da sela, do ato de laçar boi e outras atividades desse gênero. Suas vestes assemelham-se à dos juremeiros, no que se refere ao uso do tecido de chita e se distanciam desse modelo ao incluir no padrão estético o chapéu de couro. Muitos afro-religiosos se referem ao baixo status dessas entidades descritas como “mais terra a terra” que por isso se aproxima dos Exus. Outra categoria de cabocos é composta pelos surrupiras, descritos por Vergolino (2003) como “encantados locais, tendo sua encantaria ou morada na localidade de Arapixi, município de Chaves, Ilha do Marajó”. As narrativas sobre essas entidades são imprecisas. Uns os descrevem de índios não “civilizados”, outros como personagens zoomórficos muito peludos. O fato é que todos concordam com os hábitos selvagens 7 Cabe ressaltar que os senhores de toalha, pessoas de destaque nas famílias nobres, jamais transitam. 8 Descrição feita por uma caboca codoense quando questionada sobre a sua aparência física. 9 Durante toda minha trajetória de pesquisa de campo só pude observar essa categoria de encantados servindo convidados em festas públicas ou fazendo os serviços domésticos do terreiro. 5 que os surrupiras têm, de se embrenhar no meio do mato, se abraçar com as árvores de tucumã, ou até dormir em cama de espinhos10. A maioria das casas também absorveu a imagem de Exu advinda da umbanda que é uma representação do povo da rua e por tal formada por prostitutas, ladrões, ciganas, malandros que são devidamente representados11 Todavia é necessário afirmar que o transe de Exu acontece em separado em festas específicas ocorridas no dia 24 de agosto - ou sessão de desenvolvimento realizada mensalmente ou semanalmente12. É necessário destacar que os cabocos são personagens ambíguos que podes se apresentar de diversas formas. Como já foi dito, os cabocos turcos ou bandeirantes, por exemplo podem ora usar símbolos (roupas, objetos) que os aproximam dos senhores, ora insígnias que os assemelham aos encantados de baixa patente ou ainda se apresentarem como animais, a exemplo de Dona Mariana que aparece na linha de cura como Arara Cantadeira. Outras características das famílias cabocas é a mobilidade e a agregação. É comum se ouvir narrativas de cabocos oriundos de uma família que migra para outra. Geralmente esses personagens são pacificamente incluídos passando a possuir características dos dois grupos (de origem e de destino). Como exemplo, cito o caso de Seu Toquinho, de origem juremeira que migrou para família do Codó. As famílias mestiças são eminentemente hibridas. Esse hibridismo é mais recorrente entre os bandeirantes13 e os codoenses. Se, em linhas gerais, existe, entre os mineiros de Belém, um imaginário comum entre que condensa as mesmas categorias de encantados e divindades, as semelhanças param por ai. A forma como os religiosos as descrevem, classificam sua hierarquia e as 10 O casal Leacock reitera que os encantados são diferentes dos santos, uma vez que, dentre outras coisas estão mais próximo ao homem e moram no fundo enquanto os santos moram no alto – céu. 11 Vale ressaltar que este campo religioso afro-paraense possui essa outra matriz religiosa: a umbanda. Seu culto, também foi importado do Rio de Janeiro na década de 30, por Mãe Maria Aguiar (também mineira). A umbanda é uma religião de muitas matizes, uma vez que ora se aproxima do modelo carioca – embora os religiosos não realizem viagens em busca de “atualização” da tradição, nem possuam tal discurso – ora se aproxima da linha de cura – também conhecida como linha de pena e maracá - ora se fundamenta no espiritismo kardecista – com as famosas sessões de mesa branca - ou se espelham nos rituais de mina, o que é bem mais frequente. 12 Alguns terreiros realizam essas sessões na primeira segunda-feira do mês. Em outros elas ocorrem todas as segundas-feira. 13 Certa vez questionei a um de meus informantes porque a família de bandeira era tão inclusiva e o religiosos me respondeu que os bandeirantes, no processo de Entradas e Bandeiras iam congregando quem encontravam pela frente, como os índios, por exemplo. 6 distribuem dentro das famílias varia. Varia também a ênfase dada a cada uma delas durante o culto. Existem casas que em seus toques, enfatizam mais os voduns, aquelas que cantam para vodum e orixás com acento neste último, as que cantam em língua africana, completamente para orixá. Nos terreiros oriundos da segunda migração é dada maior importância à figura do vodum. Vale ressaltar que o caboco se faz presente em todas as casas independente da migração. Quanto à nomenclatura destas entidades, os mineiros de segunda migração raramente utilizam a denominação senhores de toalha, substituindo-a por nobres gentis nagôs. Quanto à posição hierárquica, vale dizer que quase todos os descendentes da primeira diáspora os classificam como equivalentes aos orixás. Se perguntarmos a que categoria pertencem, uns respondem que são voduns, outros, que são orixás. Sendo assim, podemos dizer que para esse grupo existe uma cúpula formada por orixás, voduns e senhores de toalha. Algumas vezes essas classificações são usadas como sinônimas, acrescendo-se a elas um outro adjetivo: os brancos. Abaixo deles encontramos os cabocos. Os membros da segunda migração, no entanto, não só diferenciam orixás de voduns e de nobres gentis nagôs, como estabelecem hierarquia entre eles. Sendo assim tem-se em primeiro plano os voduns e os orixás, de origem negra - deuses diferentes embora equivalentes – e abaixo deles os nobres gentis, europeus brancos. Em seguida encontramos os cabocos. A metáfora usada por pai Brasil para nos fazer entender essa organização é a do quartel, o que demonstra a extrema hierarquização do panteão. Neste sentido afirma que o vodum corresponde ao general, os nobres seriam os coronéis e “assim sucessivamente até chegar no soldado” . Quanto aos instrumentos musicais, entre os membros do primeiro grupo existem casas que possuem três tambores verticais sustentados por cavaletes (rum, rumpi, e lê) acompanhados pelo agogô, cheque e cabaça. Existem os que, além dos três tambores possuem batás (tambores horizontais de duas bocas), tocados raramente. Há ainda 7 aqueles que tocam também os batás, os que usam a sineta na mão do religioso para introduzir a doutrina e aqueles que a substituíram pelo adjá. Os membros do segundo grupo tocam geralmente os batás, acompanhados da cabaça e do agogô. Em alguns deles vê-se ainda outro tipo de tambor vertical, encaixado no meio da perna do músico, que se denomina de tambor da mata . Em se tratando dos paramentos, existem os terreiros em que os voduns e orixás não são paramentados e sim vestidos com richelieu e coberto com alá, os que paramentam os orixás com as indumentárias específicas do candomblé e os que podem ou não paramentar essas entidades, de acordo com a preferência do filho que a veste. É possível constatar em alguns, o uso de tecidos brilhosos acrescendo-se o filá. É comum na, maioria das casas de mina o uso de rosários fios de conta que carregam crucifixo ou medalhas de santo na ponta. Há ainda os que, cotidianamente não se apresentam como religiosos os que se vestem com roupas laicas carregando fios de conta ou outros símbolos rituais e os que costumam ir a eventos usando longas túnicas denominadas abadás. Quanto aos diferentes processos iniciáticos existem os que incorporaram, com algumas alterações, o modelo de feitura do candomblé, recolhendo o filho por 21 dias, raspando-lhe a cabeça, abrindo-lhes incisões, despejando o sangue do sacrifício diretamente em cima do ori do iaô utilizando animais de quatro patas. Outros, no entanto, realizam apenas o tabocã de ori, pequenas retiradas do cabelo do médium e cortes rituais feitos em lugares específicos como centro da cabeça, recolhem por tempo reduzido, não sacrificam animais quadrúpedes e misturam o sangue dos bípedes ao remédio feito com as ervas específicas da entidade que vai ser colocado no ori do iniciante. 8 Quadro 1: Hierarquia do Panteão de Acordo com os Mineiros de Primeira Migração. ALTO Senhores (Brancos) Orixás +Voduns+Senhores de Toalha14 14 Apenas a nomenclatura senhores de toalha é utilizada pelos descendentes dos mineiros de primeira migração e nobres gentis nagôs, pelos mineiros de segunda migração, embora ambas se refiram às mas entidades. 9 Cabocos Turcos + Bandeirantes + Codoenses +Juremeiros+Surrupiras Exus BAIXO Quadro 2: Hierarquia do Panteão de Acordo com os Mineiros de Segunda Migração. ALTO Senhores Voduns e Orixás Senhores (Brancos, Fidalgos, Gentis). Nobres Gentis Nagôs 10 Gentilheiros15: Nobres Turcos e Bandeirantes Cabocos Turcos + Bandeirantes Juremeiros Codoenses + Surrupiras Exus BAIXO Q 15 Nomenclatura retirada do livro Desceu na Guma da professora Mundicarmo Ferretti. 11 Bibliografia ALVARENGA, Oneyda. Babassuê. São Paulo: Discoteca Pública Municipal, 1950. BARRETTO, Maria A. Voduns do Maranhão. São Luís: FUNC, 1977. CARDOSO, João Simões. Uma Rosa a Iemanjá (dissertação de Mestrado). Belém: UFPA, 1999. FERREIRA, Euclides. 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