5.ª SÉRIE / Nº 57 / 2014 / Publicação Bimestral / €4,50
Assembleia Geral elege
novos Órgãos Sociais ANO
Os cinco pecados
mortais das vendas
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ESSILOR VARILUX S
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ÓPTICAS ACREDITADAS
Sumário
5.ª Série - N.º 57
Maio/Junho 2014
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www.ano.com.pt
Editorial
5
www.facebook.com/opticos.ano
Em Foco
Assembleia Geral elege novos Órgãos Sociais ANO
6
Notícias
Reportagem
8
“Queremos proteger o Óptico e o canal tradicional”
20
Perspectiva Económica
O sobe e desce do volume de negócios em 2013
24
Os cinco pecados mortais das vendas
26
Pag.6
Entrevista
“Uma feira de referência no mercado da Óptica”
28
Opinião
“Mexa-se, pela sua saúde!”
29
Somos um destino cool
30
“Tem lume?”
31
Armações
Sol
Reportagem
32
Até 20% dos casos de Zona afectam a visão
34
Pag.34
33
Pag.26
Pag.37
Notícias ANO
ANO alerta para assaltos a Ópticas
36
ANO participa nas “Jornadas de Saúde no Parlamento”
37
Breves Saúde
Breves Negócios
40
42
Fotografia de Capa:
Istockphoto
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Ficha Técnica
Director
Rui Correia
[email protected]
Coordenador
Eduardo Silva
[email protected]
Editora
Paula Pinto Gonçalves
[email protected]
Colaborador
Nuno Dias da Silva
4
Publicidade
Fernando Tomaz
[email protected]
Grafismo e Paginação
Carlos Raposo
[email protected]
Produção
Light Ideas, Consultoria de Comunicação
telefone: 912 135 990
Impressão
Fernandes & Terceiro, SA
Propriedade
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ÓPTICOS
Rua Particular à Rua Ventura Abrantes,
Espaço 3 e 4, 1750-323 Lisboa.
Tel.: 217 574 188/191
Fax: 217 594 733
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Periodicidade
Bimestral
Nº de registo no ICS
107048
Depósito legal
294619/09
Tiragem
1500 Exemplares
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Editorial
Um novo triénio, um novo desafio
No passado dia 10 de Maio, a Assembleia
Geral da Associação Nacional dos Ópticos
(ANO) elegeu os novos Órgãos Sociais para
o triénio 2014/16. Com algumas caras
novas e, consequentemente, novas ideias,
assumimos, desta forma, um novo mandato,
sustentados, por um lado, nessa injecção de
novas perspectivas, e, por outro, na ideia
de continuidade de um trabalho que temos
vindo a desenvolver nos últimos anos. Como
tal, continuaremos a promover os valores
pelos quais temos regido o nosso exercício:
rigor, transparência, isenção, credibilidade,
competência, influência e acima de tudo,
compromisso com os Associados e o sector da
Óptica.
Reconhecemos que com as actuais realidades
económica e política nacionais, as estruturas
empresariais, em especial, as Pequenas e
Médias Empresas receiam tanto o investimento
como a aposta na solidificação dos seus quadros,
tanto a nível formativo como contratual.
Sabemos igualmente que a recessão económica,
o aumento da carga fiscal e as dificuldades de
acesso ao crédito fragilizaram os negócios de
muitos Associados. Porém, será sempre uma
estratégia nossa aumentar as valências de
quem representamos ou, no mínimo, tentarmos
minimizar o impacto negativo da crise
económica nas nossas empresas.
Mas, para darmos continuidade ao nosso
projecto e fomentar cada vez mais a estrutura
associativa, necessitamos de uma gestão
global, apoiada, sobretudo, nos Associados.
Acreditamos veementemente numa gestão
partilhada para este triénio, na qual todos os
intervenientes no sector da Óptica nacional
poderão intervir com opiniões, sugestões
e críticas que alimentem o nosso exercício
e ajudem a priorizar as necessidades dos
empresários, de forma a podermos agir em
conformidade e em tempo útil. Ou seja, é nosso
objectivo para este triénio, promover um diálogo
transversal a todo o sector, com o objectivo
de melhor perceber a realidade e assim poder
procurar soluções e desenvolver propostas que
promovam o alavancar dos nossos negócios.
Para tal, é fundamental tornar mais próxima
a relação com os Associados e Delegados
Regionais, em primeiro lugar, e prolongar
esse caminho uno com os restantes players
do mercado. A aposta incidirá na comunicação
interna – mais frequente, agilizada e célere –
através da criação de novas ferramentas online
e na uniformização de uma estratégia comum
a todos os que lutam por um sector da Óptica
mais competitivo e próspero.
Reiteramos a necessidade de termos o vosso
apoio durante este mandato. Acreditamos
fortemente que, juntos, conseguiremos elevar
o sector da Óptica em Portugal. Na rubrica “Em
Foco” desta edição apresentamos todos os
elementos dos Órgãos Sociais ANO eleitos para
os próximos três anos de mandato.
Ainda na presente edição, analisamos o
volume de negócios das Pequenas e Médias
Empresas (PME) em Portugal em 2013, segundo
os dados divulgados pelo “Barómetro PME
Comércio e Serviços” da Confederação do
Comércio e Serviços de Portugal (CCP). Ainda
na rubrica “Perspectiva Económica”, abordamos
igualmente o tema das vendas e, em concreto,
os principais erros cometidos pelos empresários.
A Direcção
5
Em Foco
Assembleia Geral elege novos
Órgãos Sociais ANO
No passado dia 10 de Maio, a Associação Nacional dos Ópticos (ANO) reuniu-se em
Assembleia Geral, em Lisboa, para eleger os Corpos Sociais para o triénio 2014/2016.
Cerca de 70 Associados da Associação Nacional dos Ópticos
50 anos. Deste texto, salienta-se uma definição da actividade
(ANO) – entre presentes e representados – aprovaram o
da Óptica, defendida pela empresária do Norte, que passa
Relatório de Actividades e Contas referentes a 2013 e elegeram
pela “gestão partilhada”. Segundo Paula Pinho, é importante
os novos membros da Mesa da Assembleia Geral, do Conselho
que “todos participem, todos tenham uma opinião e todos
Fiscal e da Direcção para os próximos três anos. Com uma sala
oiçam.” Por “todos” entende-se os principais actores do sector
bem composta, foi com prazer que o Presidente da Direcção,
da Óptica: ópticos, fornecedores, grupos, prescritores, público e
Rui Correia, deu as boas-vindas aos Associados, sublinhando
que todos estes participem de forma activa, exponenciando a
que “o Associativismo está vivo”.
Após a aprovação por unanimidade das Contas do Exercício de
2013, seguiu-se para o segundo ponto da Ordem de Trabalhos:
a eleição dos Corpos Sociais para 2014/2016.
A única lista candidata – designada por Lista A – foi eleita com
62 votos a favor, 5 em branco e 1 nulo. Pelo terceiro mandato
consecutivo à frente da Direcção da ANO, Rui Correia, agradeceu
“a renovação da confiança numa equipa renovada”. Num breve
discurso, sublinhou que desempenha estas funções “por amor
6
marca ANO.
Finda a discussão dos dois pontos da Ordem de Trabalhos, e
a pedido de um Associado e votado em conformidade pela
Assembleia, passou-se a um terceiro ponto de discussão de
temas generalistas relacionados com a actividade da Óptica.
Seguradoras, acordos de facturação, concorrência desleal,
Ópticas Acreditadas e a entrada da Associação Nacional dos
Ópticos nos Órgãos Sociais da Confederação do Comércio
à camisola e para defender os melhores interesses dos Ópticos
e Serviços de Portugal (CCP) foram alguns dos tópicos em
em Portugal”.
discussão. Porém, o tema mais desenvolvido pela Assembleia
Paula Pinho, novo elemento desta “equipa renovada”, dirigiu-se
foi referente à Regulamentação da Profissão de Optometrista e
à Assembleia e, desejando que no próximo ano haja um maior
a participação das associações ANO, UPOOP e APLO no processo.
número de Associados em sala, leu um pequeno excerto do
As dúvidas da Assembleia foram prontamente respondidas
Boletim N.º1 do Grémio Nacional dos Comerciantes de Artigos
pela Direcção da Associação Nacional dos Ópticos, bem como
de Óptica, de 10 de Maio de 1964 – ou seja, precisamente há
pelo Assessor Jurídico, Pedro Abreu Silva.
Conheça os Órgãos Sociais da ANO – Triénio 2014/16
Mesa da Assembleia Geral
José Neto Vaz
Associado 624
Óptica Modelo, Setúbal
José Castanheira
Associado 619
Oculista de Corroios, Corroios
Fernando Valente
Associado 1078
Ópticaloja, Queluz Ocidental
Conselho Fiscal
Elísio Lopes
Associado 1524
Aquaóptica, Marinha Grande
José Alberto Gomes
Associado 254
Óptica de Roma, Lisboa
António Martins
Associado 1539
Zona Óptica, Loures
Luís Bernardo
Associado 1259
Visionwest, Bombarral
Direcção
Rui Correia
Associado 980
Óptica Actual, Algés
António Paulo
Associado 1149
Óptica Alípios, Abrantes
Ana Paula Pinho
Associado 51
Adão Oculista, Porto
Fernando Tomaz
Associado 1322
Olhos nos Olhos, Telheiras
Rodrigo Blanco Velosa
Associado 1041
Óptica 13, Parede
7
Notícias
Avizor e Interlenco criam Avizor
Contact Lenses
A Avizor e a Interlenco juntaram-se para criar a Avizor Contact
Lenses, uma joint-venture que permitirá a sinergia das
experiências de ambas as empresas no sector da contactologia,
com o objectivo de prestar um serviço mais especializado
e completo no mercado, tanto aos usuários de lentes de
contacto, como aos profissionais do sector.
A Avizor Contact Lenses aproveitará o know-how da Interlenco
quanto a fabricação de qualquer tipo de lente, tanto
convencional como a de substituição frequente, sem limitação
de parâmetros. Outro factor a ter em conta é o serviço técnico
de apoio ao profissional, seja no início da adaptação de todo
este tipo de novas lentes, como na resolução dos possíveis
problemas das lentes convencionais. A Interlenco é ainda
o distribuidor oficial da lente Paragon CRT, especialmente
desenhada para usar durante o sono.
A Avizor contribui com a sua extensa experiência no sector
da contactologia, área na qual tem desenvolvido, ao longo
dos anos, um amplo canal de distribuição, graças à sua rede
comercial. O importante trabalho que desenvolve no campo
de I+D permite igualmente dispor de uma extensa gama de
produtos para a limpeza e manutenção de lentes de contacto.
A Avizor Contact Lenses entra no mercado com um vasto e
especializado portfólio de produtos, no qual se destaca a nova
lente de contacto Eyesoft, baseada na qualidade, tecnologia,
conforto e alta definição, igualmente com um limite de
potência negativa de -20.00 (esférica), dando cobertura aos
míopes altos. Também oferece o serviço de personalização da
marca de qualquer das lentes do seu portfólio.
Com esta aliança comercial e estratégica, a Avizor Contact
Lenses pretende dar um serviço completo em contactologia
aos seus clientes.
Mais informações através do 212720729 ou pedidoslentes@
avizor.es
Festa da Ray-Ban anima GrandOptical
do Colombo
A GrandOptical realizou recentemente, na sua loja
do Centro Comercial Colombo, em Lisboa, um dia
exclusivo Ray-Ban Party.
Com uma tatuadora e um barman a distribuir cocktails
entre os convidados, a GrandOptical apresentou
o Mundo Ray-Ban, reflectindo a descontracção
e a liberdade desta marca eyewear num evento
revivalista, com música da década de 80 como banda
sonora.
Houve ainda um desfile e um espaço para fotografias
para animar o evento.
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COMO ELES, VIVA A SILMO
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photographer pierre-anthony allard
SILMO - nova
production
visitantes silmo 2013
setembro
o efeito
A
F E I R A
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WWW.SILMOPARIS.COM
Notícias
Um beijo Valentino
A marca Valentino arrojou recentemente com
o lançamento de um modelo de sol cujo formato
é impossível não reconhecer, pois lembra
um beijo.
Valentino Kiss é um modelo com
contorno curvo sublinhado por uma
linha em metal ao longo da frente.
Duas pequenas tachas encrustadas
conferem a este modelo um toque
especial. O logo Valentino está impresso
a dourado na haste esquerda.
O modelo está disponível em várias cores:
escarlate, rubim, vermelho, preto, preto/vermelho
e vintage havana/preto.
MultiOpticas regressa à cidade do Rock
A MultiOpticas marcou novamente presença no Rock in
Rio Lisboa 2014 – evento que apoia desde a sua primeira
edição em Portugal.
Os manos Guedes, rostos da marca e autores da linha
exclusiva da MultiOpticas PRG (Pedro e Ricardo Guedes),
estiveram no stand da MultiOpticas, no dia 1 de Junho,
onde partilharam a sua boa disposição com o público,
distribuindo autógrafos e promovendo a sua nova colecção
de sol PRG.
Cate Blanchett
escolhe
Lanvin
A actriz recentemente galardoada com
um Óscar para a categoria de Melhor
Actriz, Cate Blanchett, surge num novo
anúncio publicitário a usar um modelo
de sol Lanvin. Estes óculos em acetato,
com uma forma cat-eye, apresenta um
precioso detalhe: uma pérola em cada
uma das hastes. A Lanvin é distribuída
em Portugal pela De Rigo Vision.
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TRANSITIONS – especialista
Notícias
Essilor compra
Transitions Optical
No passado dia 1 de Abril, a Essilor Internacional concluiu
a aquisição dos restantes 51% da Transitions Optical
(pertencentes à empresa PPG Industries) e 100% do capital
social da Intercast, fabricante de lentes de sol.
Em Portugal, o Conselho da Autoridade da Concorrência não
Transitions para acelerar o seu crescimento e permitir que o
se opôs à transacção – a decorrer desde 29 de Julho de 2013
grupo amplie a sua expansão em lentes fotocromáticas, tanto
- “uma vez que a mesma não é susceptível de criar entraves
a nível mundial como em diferentes segmentos de mercado.”
significativos à concorrência efectiva no mercado da produção
A transacção rondou os 1,73 mil milhões de dólares no fecho,
de lentes oftálmicas e no mercado dos serviços de tratamento
sujeito aos habituais ajustes pós-fecho, além de um pagamento
fotocrómico”, lê-se no site desta entidade.
diferido de 125 milhões de dólares em cinco anos.
“A aquisição da Transitions é uma significativa e altamente
Fundada em 1990 e sediada na Flórida, Estados Unidos, a
promissora
em
Transitions Optical reportou vendas de 844 milhões de dólares
comunicado, Hubert Sagnières, Presidente e Chief Executive
em 2013, dos quais 279 milhões dólares com outros fabricantes
Officer da Essilor. “Vamos dar os recursos necessários à
de lentes.
transacção
para
a
Essilor”,
anunciou,
Skechers e Marcolin consolidam parceria
12
O Grupo Marcolin e a Skechers, conhecida marca
de vestuário e calçado, anunciaram recentemente
a renovação do acordo de licenciamento para
o design, produção e distribuição mundial das
armações de óptica e óculos de sol Skechers.
Inicialmente lançado através de uma parceria de
licenciamento com a Viva Internacional em 2010,
este novo acordo de vários anos foi expandido para
incluir o Grupo Marcolin.
“Estamos felizes por anunciar esta renovação”,
afirma, o CEO do Grupo Marcolin, Giovanni Zoppas.
“A parceria sólida com uma marca internacional
como a Skechers reforça a nossa posição no
mercado Americano e dá-nos novas oportunidades
noutros mercados que estamos agora a analisar”.
A colecção – com modelos femininos e masculinos e
para um público mais jovem – tem a sua inspiração
no estilo inovador e desportivo da marca de calçado.
Os óculos incluem hastes soft-touch, com detalhes
esculpidos e colorações de dois tons em acetato e
metal.
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TRANSITIONS – valor negócio
Notícias
Grupo GrandVision instala
fábrica em Portugal
O Grupo GrandVision, que detém as marcas MultiOpticas,
GrandOptical e Solaris no mercado português, irá instalar uma
unidade fabril sediada em Pedroso, no concelho de Vila Nova
de Gaia, em Portugal. Este investimento, com importante
componente tecnológica e de inovação, vai permitir a actividade
industrial de produção de óculos graduados com destino à
exportação (cerca de 80% da produção) e o restante para
abastecer o mercado português. A nova unidade industrial vai
permitir não só abastecer a rede de lojas da MultiOpticas como
ainda vários países da União Europeia através de exportação
com curtos prazos de entrega e envios diários.
A nova unidade industrial vai ser operada por uma nova
empresa recém-criada para o efeito – a GrandVision Supply
Chain Portugal – e pressupõe um investimento de cerca de 7,3
milhões de euros em duas fases distintas (a última com uma
componente logística elevada), criando 90 postos de trabalho.
Silhouette comemora 50
anos com edição especial
No ano em que a Silhouette comemora o seu cinquentenário, a marca lança
uma edição especial do TMA The Icon com oito novas cores e formatos de
lente.
Estas novas combinações de cores do TMA The Icon são marcadas pela
irreverência, dinamismo, alegria e frescura com combinações de preto e cores
fortes - como vermelho vivo, rosa-forte e verde-mar - para quem gosta de
arrojar - ou com tons mais desportivos, como o amarelo, castanho e azul.
Abertas
candidaturas
para Mestrado
em Optometria
no Minho
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A primeira fase de candidatura ao Curso de Mestrado em
O mestrado tem por objectivo principal dotar os estudantes
Optometria Avançada na Universidade do Minho decorre
de elevadas competências em áreas profissionais onde
de 2 de Junho a 7 de Julho.
estejam presentes a optometria clínica, a contactologia, a
O curso destina-se a todos os licenciados em Optometria
instrumentação oftalmológica, bem como, a investigação
ou equivalente em áreas da optometria e ciências da
em optometria e ciências da visão.
visão ou áreas afins, com um curriculum reconhecido
As candidaturas são efectuadas online no portal académico
como Excelente.
em http://candidaturas.alunos.uminho.pt.
qualidade
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RIGOR
Conselheiros - nova
responsabilidade social
cooperativismo
integridade
RIGOR
qualidade
RIGOR
rigor
integridade
credibilidade
responsabilidade social
cooperativismo
integridade
RIGOR
ooperativismo
novação
integridade
responsabilidade social
ponsabilidade social
cooperativismo
ualidade
responsabilidade social
credibilidade
qualidade
qualidade
Rua Sousa Lopes, 6B (Loja), 1600-207 | tel. 217 819 123 | fax. 217 993 714
e-mail. [email protected] | www.conselheirosdavisao.pt | http://www.facebook.com/CONSELHEIROS.DA.VISAO
Notícias
G-Star apresenta a sua primeira
colecção de óculos
A G-Star Raw, conhecida empresa de vestuário, lança
agora a sua primeira colecção de óculos de
sol. Criados tanto para homens como para
mulheres, os modelos apresentam um design
inovador e uma aposta no fabrico manual de
grande qualidade, reflectindo a filosofia da
marca: “Apenas o produto”. A paixão da marca
pelo fabrico manual e pela aproximação industrial
traduz-se também no uso visível de detalhes de construção,
já que incluem parafusos visíveis nas armações. A G-Star é
distribuída em Portugal pela Marchon.
Sucesso
português na
Conferência
da Academia
Europeia de
Optometria
Mais de 270 optometristas, ópticos e contactologistas de
português distinguido pela Academia”.
36 países, incluindo Portugal, marcaram presença na 6ª
Para Paul Murphy, presidente da EAOO, as “fellowships” são
Conferência Anual da Academia Europeia de Optometria
uma marca de sucesso a que todos os profissionais dentro
(EAOO), em Varsóvia, Polónia, de 16 a 18 de Maio.
da Optometria e Óptica por toda a Europa aspiram atingir”.
A conferência, que ocorreu juntamente com o Encontro de
Acrescentou que “os ‘fellows’ são verdadeiros embaixadores
Primavera do Conselho Europeu de Óptica e Optometria
(ECOO), incluiu workshops clínicos e palestras sobre variadas
temáticas, como o glaucoma e a degeneração macular.
Cinco especialistas foram distinguidos como “fellows”, uma
distinção de mérito, durante esta Conferência. Entre eles,
professor Helder Bértolo, pelo mérito em pesquisas de
16
de Optometria, Óptica e da Academia (EAOO), tendo em conta
que realizaram uma grande contribuição para a profissão que
representam”.
Ainda presente nesta Conferência esteve Eduardo Teixeira,
representante do ECOO neste encontro. Para o Optometrista
Optometria, educação e desenvolvimento profissional “que
português, esta conferência “foi muito útil e proveitosa, com
tem contribuído significativamente para o desenvolvimento
palestras muito interessantes e discussões abrangentes e
da profissão de optometria e óptica”, lê-se em comunicado
aprofundadas.”
da EAOO. Em exclusivo para a VER, Helder Bértolo afirmou
A sétima conferência anual da EAOO realizar-se-á em
que “foi óptimo o reconhecimento dos pares e, claro, ser um
Budapeste, Hungria, de 14 a 17 Maio de 2015.
Novo tratamento espelhado
Shamir Power Mirrors
A Shamir lançou recentemente uma nova colecção de
tratamentos espelhados: os SHAMIR POWER MIRRORS. Este
novo tratamento apresenta uma nova característica técnica
que proporciona um benefício muito valorizado pelos
portadores de óculos e sol graduados: é Super Hidrofóbico
e Oleofóbico, resistindo mais às manchas inestéticas que os
tratamentos espelhados regulares costumam apresentar. As
principais características do Shamir Power Mirrors são:
• Disponíveis em 6 cores de alto valor estético: Shamir
Power Orange, Blue, Green, Gold, Silver e RED* Mirrors
• Propriedades Hidro-Repelentes
• Repele a água e a gordura sem deixar manchas
• As lentes limpam-se rapidamente e com muita facilidade
Para além de Super Hidrofóbico e Oleófobico, o novo tratamento
espelhado Shamir Power Mirrors apresenta 6 novas cores, que
respondem aos tons de espelhados originais das colecções
de óculos de sol mais em voga no momento, permitindo-lhe
construir uma proposta de venda completa aos clientes, que
terão os seus óculos de sol graduados nas suas cores favoritas
e com os espelhados dos originais. A Shamir tem disponível
toda a informação que precisa para consultar e dar aos seus
clientes, para acrescentar à tabela de preços recomendados de
Venda ao público.
*Shamir Power RED, brevemente disponível.
Optivisão renova
estatuto de PME líder
Pelo sétimo ano consecutivo, o Grupo Optivisão recebe o
profissionais excepcionais, a par da respectiva contribuição
Prémio de PME Líder. Desde 2008 que o IAPMEI distingue o
para o crescimento do mercado português. O renovado voto
grupo nacional pela excelência da sua solidez financeira e de
de confiança serve como um incentivo ao desafio constante
rentabilidade.
para que continuemos a evoluir de forma positiva.”
A administração do Grupo Optivisão mostra satisfação
em manter este título sem nunca desvirtuar o peso da
responsabilidade. A presidente do conselho de administração,
Maria Adelaide Penedo, realça que “é uma enorme honra
O Estatuto de PME Líder foi criado pelo IAPMEI como um selo
de reputação dirigido a empresas que apresentem perfis
de desempenho superiores. Esta plataforma tem por intuito
poder receber a distinção de PME Líder pelo sétimo ano
permitir que as PME de excelência tenham maior acesso ao
consecutivo, sabendo a responsabilidade do seu significado.
financiamento e a condições de desenvolvimento, sendo
Este prémio reconhece o mérito do Grupo Optivisão como
atribuído em parceria com o Turismo de Portugal e o conjunto
uma marca histórica, pautada pelos serviços de qualidade e
dos Bancos Parceiros.
17
Notícias
Conselheiros da Visão
promovem IX Simpósio
18
Foi nas margens do rio Sor, junto à barragem de Montargil,
que a Assembleia Geral do Grupo Conselheiros da Visão se
reuniu, no âmbito do IX Simpósio, de 1 a 4 de Maio.
Após a realização da Assembleia Geral, no primeiro dia do
encontro, no dia 3 arrancaram os trabalhos formativos do
IX Simpósio, marcado pelas apresentações das tendências
da Marchon, empresa que se associou à causa solidária de
combate ao cancro da mama “Olhe por Si”; do Hipergel –
o novo material em lentes de contacto da Bausch+Lomb,
bem como da Essilor, que deu a conhecer a inovação e a
performance das suas lentes. Ainda a cargo da Essilor,
seguiu-se a palestra “Argumentar nos Dias de Hoje”, sobre
a importância de se prestar um serviço extraordinário de
atendimento para a obtenção de sucesso nas vendas.
O especialista em Visual Marketing, Miguel Alemão, da
Marchon, abordou o tema “Valorização do Ponto de Venda”,
no qual expôs as regras sobre vitrinismo dirigidas a um
público-alvo. Segundo este profissional, a montra é o cartão-
de-visita do comerciante e, como tal, a sua organização é
fundamental. No entanto, conforme explicou, é no interior da
loja que o consumidor tem de se sentir à vontade.
No seguimento deste tema, Patrícia Vaz, da Yudigar – empresa
responsável pela imagem do Grupo Conselheiros da Visão reforçou a importância de disseminar a marca Conselheiros
da Visão por todas as lojas dos cooperadores distribuídos pelo
País.
Por fim, Vilma Batista, da Bausch+Lomb, apresentou as lentes
25 velas apagadas
No jantar do evento, após momentos
de convívio e de actuações musicais,
a madrinha da causa humanitária
“Olhe por Si…”, a actriz e cantora Rita
Ribeiro, deu o mote para cantar os
parabéns ao Grupo Conselheiros da
Visão. À sua voz juntaram-se a cerca
de duas centenas de presentes no IX
Simpósio.
de contacto Purevision 2 para Presbiopia, fechando assim o
ciclo das lentes Purevision.
No final do IX Simpósio, o Presidente do Grupo, Rafael
Claro Silva, afirmou estar “extremamente satisfeito com a
pertinência dos temas, a presença maciça dos cooperadores e
a responsabilidade dos Colegas no cumprimento dos horários
do simpósio”, agradecendo igualmente aos patrocinadores do
evento.
19
Reportagem
Sauflon chega ao mercado português com nova lente de contacto
“Queremos proteger
o Óptico e o canal tradicional”
A 19 de Maio, a Sauflon Iberia apresentou a sua estrutura e principais produtos no
Palácio dos Arcos, em Oeiras, com a promessa de mudança para o mercado das lentes
de contacto. Para já, e segundo o Director Geral, Carlos Matos, “há que proteger o
negócio da óptica tradicional” em detrimento do canal online.
20
Carlos Matos não é um rosto desconhecido da Óptica em
Portugal. Após alguns anos de afastamento, afirma ter
regressado a um sector que está a prejudicar o Óptico
tradicional, em especial, o segmento das lentes de contacto
– “muito esmagado pelas margens”. Mas afirma que a
Sauflon irá ajudar o Óptico a ter sucesso nesta área e, claro
está, a ganhar dinheiro. Em exclusivo para a VER apresentou
a Sauflon como “uma empresa que vende exclusivamente
para profissionais da óptica, logo, somos um parceiro que
privilegia este canal.” Para Carlos Matos, a Sauflon tem
uma forma diferente de estar no mercado, sobretudo por
ter esta distribuição selectiva, “que corresponde a uma
necessidade do mercado tem de proteger o negócio da
óptica tradicional.” Por isso, referiu, na sua apresentação
aos cerca de 70 profissionais em sala, que “a Óptica tem
de ser dos Ópticos e na Óptica tem de se ganhar dinheiro”.
Reportagem
Conheça a Sauflon
A Sauflon nasceu em 1985, em Inglaterra, com o fabrico de
em Portugal e Espanha. Por cá, conta actualmente com três
soluções para lentes de contacto. Em 2012, iniciou o fabrico de
equipas comerciais (Norte, Centro e Sul), um escritório no
lentes de contacto. Doze anos depois, nasce a Sauflon Iberia,
Porto e um armazém em Lisboa. A entrega dos produtos
que se dedica à distribuição dos bens e serviços da empresa
demora entre dois a três dias.
Para o Director Geral da Sauflon, “as lentes de contacto
E deixou uma mensagem: “se não quiserem respeitar a
trazem valor e diferenciação ao mercado da óptica. Por esse
política de preços recomendada, peço-vos: não comprem
motivo, a Sauflon não fornece farmácias, supermercados
à Sauflon. Mas, se todos respeitarem os preços, todos
e revendedores apenas dedicados ao mercado online.”
ganhamos: o negócio torna-se sustentável e criamos uma
E explicou à VER o porquê dessa estratégia. “Queremos,
parceria duradora.”
sobretudo, proteger o negócio da óptica tradicional, que é
um negócio extremamente técnico, que precisa de oferecer
um serviço diferenciado, só é possível com os produtos
disponíveis, perpetuar a relação de fidelidade entre óptica
e consumidor.” E especificou: “o grande impulsionador do
negócio é o Óptico. Se este não tiver as ferramentas para o
ajudar a fidelizar os clientes à sua loja, e se não sentir que
isso é uma mais-valia para o seu negócio, simplesmente
deixa de o fazer. Ora, se o deixa de fazer, sendo o único,
tecnicamente, capaz de o fazer, a internet, por si só, não vai
gerar novos clientes.”
A mudança no segmento das lentes de
contacto
No mercado das lentes de contacto existe uma oportunidade:
a mudança. Para tal, Carlos Matos propõe a gama alargada
de lentes de contacto e de líquidos Sauflon. “O objectivo
é simples: satisfazer os consumidores, fazendo-os regressar
às Ópticas”, avançou. Aconselhou os Ópticos a adoptarem
Sobre a Clariti 1 Day
Multifocal
“É uma lente destinada aos presbitas
que procuram uma solução de lentes de
contacto. A lente que lançamos hoje não
existe no mercado, pois já é no material
silicone hidrogel. Ou seja, também
para os presbitas já se consegue ter
lentes de alta tecnologia e altamente
desenvolvidas.”
Carlos Matos,
Director Geral da Sauflon Iberia
o modelo de negócio que prima pela lógica da criação de
valor e não de rotação, pois, “só assim se cria sucesso.”
Os números das lentes de contacto
Segundo dados apresentados por Tiago Ferreira, da
Sauflon Iberia, 66% dos utilizadores de lentes de contacto
são mulheres; 38% dos utilizadores optam por diárias
descartáveis; 25% apenas usam as lentes em part-time.
Mas também há quem desista das lentes de contacto.
Quem desistiu queixou-se da falta de conforto (46%), da
baixa acuidade visual (18%) e dos custos (18%). E também
há quem desista pelo tipo de material da lente, em
especial os utilizadores de hidrogel convencional (16%).
As desistências diminuem com outros materiais: silicone
hidrogel (8%) e silicone hidrogel diárias (4%). Para Tiago
Ferreira, é importante conhecer estes números, pois “os
clientes não se devem adaptar aos produtos do mercado…
são os produtos que têm de se adaptar aos clientes.”
21
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Perspectiva Económica
O sobe e desce do volume
de negócios em 2013
Por: Paula Pinto Gonçalves
No último trimestre de 2013, houve mais empresas em Portugal a ver reduzido o seu
volume de negócios. Mas também subiu o número de negócios que verificaram um
aumento do valor total das vendas. Analisaremos este autêntico carrossel através dos
números divulgados pelo “Barómetro PME Comércio e Serviços” da Confederação do
Comércio e Serviços de Portugal (CCP).
24
A evolução do volume de negócios no quarto trimestre do
ano manteve-se, pelo segundo trimestre consecutivo, com um
diferencial negativo (-2,8 p.p.) entre a proporção de empresas
participantes do painel e que cujo volume de negócios se
reduziu (42,5%) e a proporção daquelas cujo volume cresceu
(39,7%).
A variação da procura associada à actual conjuntura económica
foi a principal causa apontada para a evolução registada no
volume de negócios pelas PME que responderam ao Barómetro
da CCP. Cerca de 76% dos inquiridos consideraram, inclusive,
que este factor foi muito ou totalmente influente, acima da
proporção registada no terceiro trimestre de 2013 (64%).
O segundo factor mais mencionado como revelante para
a variação ocorrida voltou a ser a posição competitiva da
empresa face à concorrência, com cerca de 48% das empresas
respondentes a considerarem que a competitividade influencia
muito ou totalmente a evolução registada no respectivo
volume de negócios.
Medidas para 2014
Para o primeiro trimestre do ano, cerca de 33% das empresas
que integraram o Barómetro da CCP consideraram que o seu
volume de negócios aumentará. A maioria, porém, previu
que o seu valor total de vendas estagnará (48,6%). Os mais
pessimistas responderam que o volume de negócios da sua
e apenas 5% no último trimestre de 2012). Por outro lado,
empresa iria diminuir até Março (18,9%).
reduziu-se para 6% a proporção das PME respondentes que
O projecto da CCP inclui uma previsão de medidas de gestão a
prevêem substituir colaboradores. Mantém-se, no entanto,
implementar pelas Pequenas e Médias Empresas a curto prazo.
estável a predominância das PME respondentes (cerca de
Os resultados do 4º trimestre traduzem uma continuidade
nas tendências observadas nos trimestres anteriores, com
evoluções gradualmente mais positivas em especial, no
que diz respeito às intenções de redimensionamento da
62%) que têm intenção de manter inalterado o seu quadro de
colaboradores.
Das intenções assinaladas continua a destacar-se a proporção
actividade e às decisões de investimento em equipamentos e
elevada de respondentes que prevê intervir ao nível da
marcadamente positivas no reforço da visibilidade da empresa
qualificação dos recursos humanos: cerca de 92%, (compara
e numa maior aposta em novos conceitos/produtos.
com 95% no 3º trimestre de 2013 e com 82% no 4º trimestre
Sobre as intenções de redimensionamento da actividade
de 2012). Das empresas que prevêem intervir, cerca de 90%
- embora a tendência dominante continue a ser no sentido
prevêem fazê-lo através de formação interna, cerca de 53%
de manter a dimensão das actividades inalterada (intenção
através de formação externa e pouco mais de 19% através de
expressada por mais de 68% das PME respondentes) - as
novas contratações.
oscilações registadas voltaram a traduzir-se por um ligeiro
aumento (26%) da proporção de PME respondentes que previa
aumentar a capacidade da empresa (era de quase 20% no 3º
Incentivos à formação: check
trimestre de 2013 e de quase 10% no 4º trimestre de 2012).
Da auscultação realizada pela CCP, e no âmbito dos incentivos
Outra medida apontada pelos empresários para potenciar o
que venham a ser criados nos programas do Portugal 2020,
negócio prende-se com a decisão de investir em equipamento.
destaca-se a importância atribuída pelas PME respondentes
A proporção de PME que responderam ao inquérito que prevê
às categorias de investimento em formação profissional (uma
reforçar o nível de investimento em equipamento aumentou
das cinco categorias mais importantes para quase 85% das
para quase 25% (acima dos 23% registados no 3º trimestre
PME respondentes), seguida do investimento em sistemas de
de 2013 e bem acima dos quase 18% registados no último
trimestre de 2012).
Recrutar ou formar?
As intenções acerca da evolução dos recursos humanos foram
menos favoráveis do que no trimestre anterior, já que, não
só a proporção de PME que prevêem reduzir o seu quadro
informação, software, construção de sites/portais (para 78%
das PME respondentes), do investimento em Equipamentos
(para quase 70% das PME que responderam), do investimento
em criação de conceito, imagem e marketing, incluindo
comunicação e publicidade (para 67% das PME respondentes),
do
investimento
em
aquisição/construção/ampliação/
de colaboradores voltou a reforçar-se ligeiramente para
remodelação de instalações (para quase 51% das empresas
aproximadamente 13% das empresas respondentes, como a
respondentes) e do investimento em Organização de visitas
proporção das PME que prevêem reforçá-lo sofreu um aumento
comerciais a feiras internacionais (uma das cinco categorias
muito ligeiro, para cerca de 20% (18% no 3º trimestre de 2013
mais importantes para cerca de 34% das PME respondentes).
Volume de negócios nos serviços acentua queda em Março
A variação negativa do índice de 4,2% em Março compara com
veículos automóveis e motociclos, que passou de uma variação
a queda homóloga de 1,1% em Fevereiro. Mas no primeiro
homóloga de -0,7% em Fevereiro para -5,4% em Março”.
trimestre, a diminuição de 2,2% foi inferior à do mês anterior.
O INE acrescenta que os índices de emprego, das remunerações
Em comunicado, o Instituto Nacional de Estatística (INE),
brutas e das horas trabalhadas apresentaram variações
revelou recentemente que o índice de volume de negócios nos
homólogas de -0,3%, 0,1% e 0,0%, respectivamente, contra
serviços apresentou uma variação homóloga nominal negativa
reduções de 0,7%, 2,1% e 0,3% no mês anterior, pela mesma
de 4,2% em Março, contra uma queda de 1,1% em Fevereiro.
ordem.
Segundo a mesma fonte, a “variação mais negativa do índice
Já no primeiro trimestre de 2014 o índice de volume de
agregado resultou, sobretudo, do comportamento do índice da
negócios nos serviços apresentou uma diminuição homóloga
secção de comércio por grosso, manutenção e reparação de
de 2,2%, contra uma variação de -2,3% no trimestre anterior.
25
Perspectiva Económica
Os cinco pecados
mortais das
vendas
Os clientes são fundamentais para o sucesso de um negócio. Apostar num bom
atendimento e investir na formação da equipa de vendas podem fazer a diferença
na relação da sua empresa com os consumidores. Há, no entanto, cinco grandes erros
que podem limitar o sucesso desta relação. A edição online da revista brasileira Exame
enumerou os erros, a VER pediu ao especialista em Marketing e Vendas, António Paraíso,
que os comentasse.
1. Receber muitas reclamações
Lembre-se que a reclamação rima com razão! E ignorar as reclamações dos seus consumidores ou achar sistematicamente que
eles é que estão errados não é a maneira mais adequada para lidar com crises no seu negócio.
António Paraíso (AP): Uma reclamação é um sinal de que
o cliente está descontente consigo, com a sua marca ou a
sua empresa. Umas vezes o cliente tem razão, outras vezes,
não tem. Mas são os clientes que todos os dias colocam
dinheiro na sua empresa e a mantêm viva. Sem clientes,
a sua empresa morre. Por isso, é fundamental dar atenção
imediata a todas as reclamações dos clientes, ouvi-los,
perceber se eles têm ou não razão, explicar os motivos
quando não têm razão, tomar medidas para corrigir
problemas, propor soluções e reconquistar a confiança e o
interesse dos clientes no seu produto, na sua marca ou na
sua empresa. Uma reclamação tratada rapidamente e de
forma adequada é uma excelente oportunidade para tornar
um cliente descontente num cliente satisfeito.
2. Falhar na abordagem
26
O primeiro contacto é crucial na hora de conquistar um novo cliente. Por isso, qualquer tipo de abordagem, seja ela presencial ou
virtual, deve ser impecável. Um deslize é o suficiente para fazer a insatisfação do consumidor chegar muito longe… ou fazê-lo
entrar na loja mais perto.
AP: É costume dizer-se que “não há uma segunda
oportunidade para causar uma boa primeira impressão”. Nos
dias de hoje, existe muita concorrência em qualquer área de
negócio e por isso mesmo, os clientes têm muitas opções.
Todos na empresa devem estar bem preparados para
atender correctamente o cliente quando ele vos contacta
pela primeira vez e proporcionar-lhe uma experiência, de
tal forma surpreendente, que cative de imediato o cliente e
não lhe dê motivos para que consulte a vossa concorrência.
Nos dias de hoje o objectivo não é satisfazer clientes. O
verdadeiro objectivo de qualquer marca ou empresa é
encantar, deliciar e surpreender clientes. E cada vez mais
deverão saber fazê-lo, logo na primeira abordagem.
3. Ter uma equipa mal formada
Equipa que não treina, não ganha jogos. E, nos negócios, a falta de formação da equipa de vendas pode interferir muito mais no
insucesso do seu negócio, que o volume de produtos ou serviços vendidos.
AP: O mercado hoje em dia é muito concorrencial. E as novas
É fundamental que os profissionais das empresas tenham
tecnologias vieram torná-lo também muito transparente.
formação técnica na área de negócio, mas formação em
É fácil saber tudo, rapidamente e em qualquer lugar. Isto
atendimento e vendas para saber lidar adequadamente
teve influência também no comportamento dos clientes,
que são cada vez mais exigentes e “ditadores pouco
tolerantes”. Reclamam e trocam facilmente de fornecedor,
com os clientes. E como o mercado está em mudança
constante, os profissionais devem estar preparados e
ao mínimo sinal de insatisfação. Creio que todos sentimos
disponíveis para fazer formação com regularidade para
isso. Nós próprios, de alguma forma, também o somos,
actualizar conhecimentos e aprender novas formas de
enquanto consumidores. Não há espaço para amadorismo!
resolver problemas.
4. Tratar clientes de forma diferenciada
Se tem amigos e familiares que também são clientes da empresa, siga a regra “todos diferentes, todos iguais”. Não os trate
melhor que outro cliente qualquer.
AP: Concordo que não devemos dar tratamento especial
frequentemente e outros, esporadicamente. Há clientes
a alguns clientes, deixando que outros clientes, que
que são razoavelmente fiéis e outros, não. Por isso,
não receberam esse nível de tratamento, se apercebam
também concordo que haja abordagens diferenciadas
disso. Sentir-se-ão discriminados e ofendidos. A simpatia
aos clientes, de acordo com o seu perfil comportamental
e a preocupação em servir bem devem ser transversais
e de consumo. Mas manda o bom senso que saibamos
a todos os clientes, sem excepção. Mas não há dois
dar tratamento diferenciado aos diferentes clientes, sem
clientes iguais. Todos são diferentes em traços de
que eles se apercebam disso e sem que eles se sintam
personalidade e em perfil de consumo. Há clientes que
discriminados. Aí está a arte de vender, seduzir e fidelizar
compram muito e outros, pouco. Há clientes que compram
clientes.
5. Ignorar o serviço pós-venda
Para cativar um cliente no pós-venda é necessário conhecê-lo e saber o que ele mais gosta no seu produto ou serviço. A
fidelização é uma óptima forma de garantir futuras vendas e estreitar a relação com o seu consumidor.
AP: A venda é uma relação, é um processo contínuo. O
permitam conquistar, manter e, se necessário, reconquistar
cliente normalmente não esgota as suas necessidades
clientes, que são a verdadeira razão de existência do nosso
e desejos, apenas com uma compra. Ele vai precisar
negócio e o suporte da nossa empresa. Se ignorarmos a
de mais e vai querer mais. Se queremos que ele volte
importância do serviço pós-venda, perderemos clientes.
para nós e não vá experimentar um concorrente nosso,
E como desenvolver esses processos? Isso também
então deveremos saber como desenvolver mecanismos
se aprende, com a formação adequada, devidamente
de fidelização, processos de serviço pós-venda, que nos
combinada com a vossa experiência e bom senso.
27
Entrevista
Philippe Lafont,
presidente do Silmo
“Uma feira
de referência
no mercado
da Óptica”
A três meses da 47ª edição do Silmo, falámos com o presidente do certame. Philippe Lafont promete que, de 26 a 29 de Setembro, Paris irá receber “mais que uma simples feira
de exposições.”
Como perspectiva a edição de 2014?
Philippe Lafont (PL): Estamos com uma excelente perspectiva.
O nível de comercialização é bom e empenhamo-nos
para que a feira seja um sucesso. De um ponto de vista
macroeconómico, observamos um crescimento a nível
mundial com diversos indicadores encorajantes; de um ponto
de vista microeconómico, em alguns países europeus, dos
quais a França, a situação é mais delicada. Devemos, pois, ser
prudentes e mantermo-nos vigilantes.
Afirmou recentemente que este ano, o Salão irá focar-se
no produto e no visitante. De que forma?
PL: Em cada edição, efectuamos alguns retoques para
melhorar o conforto dos expositores e dos visitantes e tornar
a feira mais atractiva. Este ano, focámo-nos na segmentação,
com a introdução de novos sectores — Desporto, Luxo, Novas
Tecnologias — com o objectivo de valorizar a oferta específica
de algumas empresas, marcas e, ao mesmo tempo, facilitar
a visita a descoberta aos visitantes, fazê-los ganhar tempo.
O nosso desafio é o de tornar a feira mais eficaz, de forma
a apresentar a riqueza da Indústria da Óptica Internacional.
Teremos ainda o espaço Fashion Style, que realça as marcas
de moda num ambiente espetacular.
Espera ter mais profissionais franceses nesta edição?
PL: Realmente recebemos mais de 50% de visitantes de
todo o mundo. Para o mercado francês, mobilizamo-nos
muito para atrair cada vez mais; na medida em que neste
momento vivemos, em França, mudanças no plano legislativo
e político, contamos que os ópticos aproveitarão o Silmo para
se unirem e descobrirem toda a riqueza de um mercado
criativo e dinâmico que lhes permitirá diferenciar-se, interagir,
agarrar grandes oportunidades de negócios, enriquecer os
seus conhecimentos, etc. Quanto ao número de visitantes
esperados, ainda é cedo para avançar, mas saibam desde já
que o pré-registo começou bem!
Se tivesse de recomendar esta feira a alguém, o que
diria?
PL: Diria que as qualidades do Silmo apoiam-se em elementos
duradouros, perceptíveis e apreciados por todos aqueles que
nos visitam ano após ano: descobertas, negócio, convivialidade.
Com as especificidades que se têm mantido, há um verdadeiro
valor acrescentado, tanto para expositores, como visitantes.
As diversas animações e fontes de informação — Atelier
Merchandising, Silmo Academy, Fashion Style, Silmo d’Or, etc.
— oferecemos mais do que uma simples feira de exposições,
28
A maioria dos visitantes do Silmo são estrangeiros.
oferecemos uma feira de referência no mercado da Óptica.
Opinião
“Mexa-se, pela
sua saúde!”
É sempre assim, quando o calor começa a apertar ao final
a sedimentar. A obesidade, fruto do sedentarismo, é uma
da tarde, a procura de personal trainers dispara. Eles e
verdadeira bomba ao retardador. Os ingredientes são os
elas dão o tudo por tudo para apresentar a silhueta mais
mesmos: comer muito, quase sempre mal, sendo o imobilismo
cobiçada. Passadeira, elíptica ou salto à corda, vale tudo
permanente. Diante do computador, da televisão, só os dedos
para debitar litros de suor. Até aqui, nada de extraordinário.
e os olhos se movimentam para mudar o canal ou enviar um
A novidade é que nas ruas ou no “calçadão” das cidades
SMS.
portuguesas começa-se a ver “atletas” de ocasião na prática
Para se perceber cabalmente no que se torna um indivíduo
do seu jogging. Antes, vislumbrar um cidadão de calções,
que comete erros alimentares e não se mexe, é preciso fazer
t-shirt e auricular no ouvido a correr desenfreado era algo
o paralelismo entre calorias e endividamento. Confuso? Não
semelhante ao avistamento de um extraterrestre. Mudam-se
fique: se ingerir mais calorias do que aquelas que queima, é o
os tempos, mudam-se as modas, que, tal como as paixões,
não se explicam, vivem-se. E, como é sabido, as sociedades
modernas alimentam-se de modas e de novas tendências.
A crise também impactou na afluência aos ginásios, o que
ajudou a que os gratuitos ao ar livre tivessem vindo para
ficar. Tal como a agricultura, o gin ou as nutricionistas com um
palminho de cara que recomendam receitas mágicas de como
emagrecer sem dor, correr tornou-se, para muitos, um vício.
De salutar, acrescentamos.
Aproveitando a maré, a literatura relacionada com a temática
tem sido lançada a grande velocidade. Jéssica Augusto,
categorizada fundista e campeã europeia de corta mato em
2010, publicou recentemente um livro que é um sucesso de
vendas. Chama-se “Do primeiro quilómetro à maratona”,
mesmo que despender mais dinheiro do que aquilo que tem
no seu orçamento doméstico.
Apesar de afastado dos ecrãs, Fernando Pádua é uma figura
que os portugueses com mais de 40 anos não esquecem.
Qual visionário, o cardiologista alerta, há décadas, para a
importância da medicina preventiva, aliando uma alimentação
saudável, com menos sal e gorduras, à prática de actividade
física. «Mexa-se, pela sua saúde!» foi um dos lemas que
fez chegar à população, tendo em vista a generalização do
exercício - seja uma caminhada, um passeio a pé ou um
treino físico mais intensivo.
Se a moda do exercício físico, indoor ou ao ar livre, veio para
ficar, que seja bem-vinda. Promove-se saúde, física e mental,
com dicas para treinar ao ar livre, um verdadeiro manual
previnem-se as doenças típicas da civilização ocidental e
para transformar qualquer indivíduo num corredor, mais
muitas vidas poderão ser poupadas. Ah, e já agora, - não
esporádico ou mais assíduo. Como não poderia deixar de ser,
menos importante - o Estado gastará menos em cuidados
as redes sociais são um importante veículo de mobilização
de saúde. Um benefício extraordinário numa altura em que
para as corridas em grupo. Juntar o convívio ao exercício físico
o aumento de antidepressivos e ansiolíticos prescritos bate
é o chamado “2 em 1”. Infelizmente, é ainda uma imensa
todos os recordes.
minoria a que aderiu a este novo estilo de vida.
Já sabe, o importante é mexer-se, seja em que local e de que
Os últimos estudos apontam para que 3 em cada 10 jovens
forma for, pela sua saúde. É que 30 minutos de actividade
portugueses têm peso a mais - precisamente numa faixa
física cumulativa moderada todos os dias não sabe o bem que
etária crucial, onde os hábitos, os bons e os maus, começam
lhe fazia. Já diziam os latinos, mens sana in corpore sano…
29
Opinião
Somos um
destino cool:
O dia 17 de Maio marcou o fim do programa de assistência
ou menos deslocado do seu país de origem, adora receber. Já
financeira a Portugal. Trocado por miúdos, a troika - a convergência
imaginaram algum país que dê um acolhimento deste quilate aos
do Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e
seus visitantes?
Comissão Europeia – foi-se embora, apesar de todos garantirem
Às vozes que acusam os portugueses de serem demasiado
que os nossos credores vão continuar a andar por aí, como uma
subservientes e servilistas, apetece ripostar: os portugueses
vez disse Pedro Santana Lopes. E que país restou do tsunami?
são assim, simpáticos e diligentes, por pura genuinidade. Uma
Para ser franco, não se manteve muita coisa de pé. Intactos
bofetada de luva branca a nuestros hermanos que, não raro,
após três anos de austeridade ficaram a arte de bem receber, as
respondem aos portugueses que demandam paragens espanholas
paisagens e a gastronomia. Até o clima, com preocupantes sinais
com um seco: no te entiendo. Os portugueses são mais ágeis. O
de bipolaridade, já conheceu melhores dias, mas ainda assim
permanece nosso aliado.
Reputados canais televisivos, jornais e revistas tecem loas às
nossas cidades. Estamos literalmente no mapa. O turismo é o
nosso petróleo. Chega? Não. Mas é um activo intangível de valor
incalculável. Não é palpável, mas é nosso e faz parte integrante
do ADN do que agora se chama a «Marca Portugal».
A final da Liga dos Campeões, que decorreu a 24 de Maio, em
Lisboa, foi mais um teste à nossa hospitalidade. E que teste. Fez
lembrar o inesquecível Euro 2004, uma festa muito cara que ainda
hoje estamos a pagar com língua de palmo. Ironia do destino, pela
primeira vez na história da competição, duas equipas da mesma
cidade chegaram à final de um dos eventos mais mediáticos
30
inglês é uma língua que a maior parte dos nossos compatriotas
domina e, mesmo que isso não aconteça, o recurso aos gestos e à
simbologia é a alternativa imediata. O importante é ajudar.
Se, à boa atitude perante os forasteiros, adicionarmos ingredientes
favoráveis como o clima, a gastronomia e as belezas naturais,
então, pouco nos falta. Que o diga a imprensa estrangeira. Portugal
é o melhor destino europeu com uma “larga vantagem de votos”,
de acordo com a votação promovida pelo 10.best, o portal de
viagens do jornal “USA Today”. “Portugal é menos icónico do que
outros países mais bem conhecidos, mas oferece uma abundância
de oportunidades aos viajantes: aldeias encantadoras, comida
fabulosa, música regional fascinante, oportunidades culturais, uma
do Planeta. A amplificação do fenómeno futebol fez com que a
costa belíssima e, até, surf de nível mundial”, resume o portal.
capital portuguesa tivesse estado nas bocas do mundo durante
A CNN não baixa o nível e diz que “o dinamismo e a diversidade
aquele sábado de Maio.
da vida nocturna de Lisboa, a oferta de cozinha experimental e a
Como anfitriões de mão cheia que somos, não podíamos deixar
ironia dos portugueses são três das sete razões para que a capital
os nossos créditos por mãos alheias. Bienvenidos a Lisboa, dizia o
portuguesa possa ser considerada como a cidade mais cool da
outdoor de uma conhecida marca de cervejas. “Por seguridad, no
Europa”. Cool, nós? Uau! Melhor publicidade do que esta, é difícil.
pase la raya amarilla del anden”, lia-se nos placards electrónicos
Com a particularidade de esta não ser enganosa.
do Metro de Lisboa. Não, isto não é a versão espanhola da revista
Vendo bem as coisas a troika pode ter levado a carne da nossa
VER! São apenas pequenos miminhos que qualquer turista, mais
gente, mas não levou a alma. Essa permanece incólume.
“Tem lume?”
Uma declaração prévia de interesses, que eu não estou aqui para
cigarro, sem se conhecerem os efeitos para a saúde.
enganar ninguém, muito menos o leitor que tem a paciência de
Nos Antípodas estão 50 especialistas em saúde de vários países,
me aturar: não fumo e sou tentado a concordar com a célebre frase
os quais consideram que a Organização Mundial de Saúde (OMS)
protagonizado por Macário Correia, um dos primeiros a propor a
deveria encorajar o uso do cigarro electrónico e dos produtos do
existência de legislação contra o tabaco: “Beijar uma rapariga que
tabaco sem combustão, mais do que procurar reprimi-lo, para
fuma é como lamber um cinzeiro.”
reduzir o efeito devastador causado pelo tabaco dito convencional.
Não me defino como um fundamentalista anti-tabaco, mas
Para baralhar ainda mais as pessoas, um estudo com origem no
confesso a minha intolerância ao fumo, especialmente nos
Reino Unido, que durante cinco anos acompanhou cerca de 6
restaurantes ou nos bares que ficaram à margem da proibição de
mil pessoas que tentavam parar de fumar por iniciativa própria,
acender o cigarro em espaços fechados. Os pratos podem ser de
garante que os cigarros electrónicos podem ser mais eficazes
primeira água e os chefs de alto coturno, mas se houver fumo a
para ajudar a deixar de fumar do que outros produtos à base de
deambular pelo ar, o incómodo surge.
nicotina, como, por exemplo, os adesivos.
Apesar de resistentes à mudança, a maior parte dos portugueses
Em Portugal, os adeptos dos cigarros electrónicos estão a
fumadores reagiram bem à proibição de fumar em recintos
aumentar. Estatísticas sobre o número de pessoas que deixaram
públicos. Uns desistiram da pausa para o cigarro - empurrados
de fumar não existem. Nem garantias sobre o impacto do e-fumo
também pelo aumento do preço do vício - outros continuaram
na saúde pública. Aos que apontam o cancro do pulmão, as
a fumar, mas menos, enquanto outros enveredaram por novas
doenças respiratórias crónicas e as doenças cardiovasculares como
modalidades, não abandonando por completo a dependência da
consequências imediatas pelo fumo convencional, surgem céleres,
nicotina.
do outro lado da barricada, os que defendem que o “e-cigarro”
É o caso do sofisticado cigarro electrónico ou e-fumo, inventando
causa inflamação nos pulmões, devido ao uso de óleos gordos
na China no ano 2000 e que só quatro anos mais tarde entrou no
para vaporizar a nicotina líquida, e que em nada contribui para a
mercado ocidental, que procura levar a melhor como substituto
cessação tabágica.
da nicotina relativamente aos adesivos, gomas para mascar,
Na penumbra da troca de argumentos sobre os malefícios de uns
pastilhas ou sprays. Na era electrónica, o fumo também aderiu à
e outros, ficam os interesses ocultos que comandam as respectivas
sofisticação tecnológica, com multi-sabores, qual gelataria, desde
indústrias. O consumidor, fica de permeio, indefeso, entregue à
maçã, mojito ou caramelo. A expressão “tem lume?”, começa a
sua sorte e ao completo experimentalismo tabágico que estamos
cair em desuso.
a presenciar, mesmo diante dos nossos olhos. A saúde pública
A comunidade médica e científica é que está dividida relativamente
está na encruzilhada e as autoridades sanitárias entre a espada
aos prós e contras desta novidade. Todos os dias surgem teses
e a parede, a aguardar que o próximo estudo seja divulgado, por
antagónicas que só contribuem para gerar desconfiança e o
entre espessas nuvens de fumo.
alarme social. Os pneumologistas estão contra o uso deste tipo de
Os textos de Opinião são da autoria do jornalista
Nuno Dias da Silva
31
Armações
Adidas
O modelo ambition, na versão 2.0,
da adidas eyewear é indicado para
os mais pequenos. Leve e com
muita cor, esta armação é produzida
na Silhouette International, na
Áustria, com a extraordinária
poliamida de SPX.
Distribuição: Modavisão
Calvin Klein
Inspirados na colecção de vestuário
e acessórios da marca, os modelos
Calvin Klein para a estação
Primavera/Verão revelam tons e
formas audazes.
Distribuição: Marchon
Moss
Modelos oftálmicos com um
design intemporal, mantendo
a elegância e modernidade.
Distribuição: Optivisão
Silhouette
Produzido em materiais de alta
tecnologia (titânio e SPX +), este
modelo conjuga a precisão e o
detalhe do trabalho artesanal com
uma tecnologia inovadora e com
o estilo moderno, através dos
contrastes de cor.
Distribuição: Modavisão
32
Sol
Calvin Klein
Cor e textura são os principais
destaques deste modelo. Óculos
indicados para quem prefere
um estilo desportivo, mas
contemporâneo.
Distribuição: Marchon
Calvin Klein
Uma verdadeira homenagem ao
Verão. Este modelo Calvin Klein
inspira-se nas colecções de roupa
da marca, em especial no uso de
cores vivas.
Distribuição: Marchon
Carolina Herrera
Com um estilo vintage, estes
óculos em acetato transbordam
feminilidade e elegância.
Apresentam uma ponte dupla e o
monograma da marca, em metal,
nas hastes.
Distribuição: De Rigo Vision
Naturalook
Com inspiração nos fantásticos anos
70, este novo modelo resulta da
fusão de conceitos que marcaram
uma época e geração: vintage e
boémio. Feitos à mão com madeiras
de origem sustentável e com lentes
CR39.
Distribuição: Naturalook
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Reportagem
Até 20% dos casos
de Zona afectam a visão
Por: Paula Pinto Gonçalves
Estudo nacional confirma que 60% dos portugueses não sabem que a doença é causada
pela reactivação da varicela.
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Sete em cada dez indivíduos afirmam “já ter ouvido falar” da
pela Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
Zona ou Herpes Zoster, mas revelam grande desconhecimento
(APMGF), no dia 28 de Maio, em Lisboa. Este estudo teve por
em relação à doença. Mais concretamente, 75% não sabem
objectivo perceber o grau de conhecimento dos portugueses
que estão em risco de vir a desenvolver a doença. Cerca
em relação à doença Zona.
de 6 em cada 10 portugueses desconhecem que a Zona é
O presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna,
causada pela reactivação do vírus da varicela e 80% não
Teixeira Veríssimo, explicou na apresentação que a zona
sabem que a Zona pode ser prevenida.
é causada pela reactivação do vírus da varicela, sendo a
Estes são os principais resultados do inquérito “Zona e sua
complicação da doença “a dor difícil de suportar”. “Perturba
prevenção – O que sabem os Portugueses”, apresentado
muito a qualidade de vida das pessoas e, muitas vezes, não
pela Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) e
fica apenas por uns dias ou uns meses. Em muitas situações
Professor Doutor Gorjão Clara, Coordenador da Unidade Universitária de Geriatria da Faculdade de Medicina de Lisboa (esq.)
e Professor Doutor Teixeira Veríssimo, Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (dir.)
dura anos”, disse Teixeira Veríssimo. O especialista avançou
que entre 10 a 20% dos casos de Herpes Zoster afectam
a visão. “O herpes zóster oftálmico é uma forma de Zona
gravíssima”, comenta Teixeira Veríssimo. Além das dores
“insuportáveis”, o especialista explicou a gravidade desta
inflamação quando afecta o olho e/ou a pele da pálpebra.
“Pode causar alterações na visão ou conduzir mesmo à
cegueira, em casos associados à reactivação do vírus no
nervo trigémio”.
O especialista de Medicina Interna sublinhou, porém, que
Mais de metade não sabe como se
trata a doença e o médico de família
é o especialista de eleição a quem
recorreriam num caso de suspeita de
zona, refere o estudo, sendo nenhum dos
inquiridos recorreria a um Oftalmologista.
a Zona pode ser prevenida com a vacina”, aconselhada
a partir dos 50 anos, idade em que “a doença começa a
aparecer com maior prevalência”. De acordo com o estudo,
Relativamente ao impacto que a zona poderá ter na vida
de uma pessoa, 43% desconhece que pode “provocar dor
intensa com profundo impacto em termos de qualidade de
vida”. Quando questionados sobre as causas da doença,
Cerca de 6 em cada 10 portugueses
desconhecem que a Zona é causada pela
reactivação do vírus da varicela e 80% não
sabem que a Zona pode ser prevenida.
45% dos inquiridos disseram desconhecer as razões que dão
origem à zona, mas 37% consegue associar a reactivação
do vírus da varicela como causa da doença e 35% associa a
dor crónica (durante meses ou anos) na área afectada como
a principal complicação da patologia.
Mais de metade não sabe como se trata a doença e o médico
de família é o especialista de eleição a quem recorreriam
num caso de suspeita de zona, refere o estudo, sendo
apenas 11% dos inquiridos disseram saber que uma em
nenhum dos inquiridos recorreria a um Oftalmologista.
cada quatro pessoas irá desenvolver a doença ao longo da
Sobre o interesse na vacinação, apenas 3% afirmou não
vida e 79% não sabem que o risco de um episódio de zona
ter interesse e 65% disse que gostaria de receber mais
mais do que duplica a partir dos 50 anos.
informação.
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Notícias ANO
ANO alerta
para assaltos a Ópticas
À semelhança de anos anteriores, a Associação Nacional dos Ópticos voltou recentemente
a enviar uma Circular Electrónica aos seus Associados, alertando para a crescente ocorrência
de assaltos a estabelecimentos de Óptica.
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O início da época Primavera/Verão coincide, não só com
não esquecendo os aparelhos; ter em atenção o clausulado
uma maior apetência e necessidade de aquisição de óculos
das apólices; se necessário, pedir reunião com o mediador
de sol, como com o lançamento de novas colecções por
ou representante da seguradora para perceber bem as
parte das marcas de artigos ópticos. O tal pode explicar
coberturas e as exclusões; privilegiar ainda a cláusula de
algumas comunicações recebidas por parte de Associados,
substituição por novo.
mencionando terem sido alvos de assaltos nas respectivas
Nas poucas respostas que recebemos até ao fecho desta
lojas.
edição, o valor dos prejuízos já ultrapassa os 435 mil euros.
Na Circular Electrónica 16/18, além de alertamos para esta
Chamamos, assim, a atenção de todos os Associados para
tendência, recordamos algumas medidas que, adoptadas,
que comuniquem à ANO todas as ocorrências deste género
poderão minimizar as consequências destas ocorrências, a
que ocorram nas vossas empresas, preenchendo o anexo
saber: instalação de alarmes; câmaras de vigilância; grades
da Circular Electrónica 16/14. O objectivo passa pela
nas portas e montras; ter os seguros em dia, activos e
sensibilização das autoridades para a necessidade de uma
actualizados em relação a stocks, inventário e equipamento,
intervenção direccionada para o sector.
ANO participa nas
“Jornadas de Saúde
no Parlamento”
Novos modelos Carrera
Inspiração vintage, cores contemporâneas
A Associação Nacional dos Ópticos (ANO) foi novamente convidada a participar nas Jornadas
de Saúde no Parlamento. Nos dias 7 e 14 de Maio, a ANO rastreou 60 colaboradores da
Assembleia da República e Divisão dos Recursos Humanos.
A 7 de Maio, a ANO deslocou-se à Divisão dos Recursos
idades entre os 32 e os 63 anos. Deste total, 13 mulheres não
Humanos do Parlamento. Aqui, foram rastreadas apenas 14
precisavam de óculos. As restantes oito não apresentaram boa
pessoas, 11 do sexo feminino e 03 do sexo masculino, com
acuidade visual. Do sexo masculino, a Equipa ANO verificou
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Notícias ANO
Ivo Sousa (Óptica Machado, Lisboa) e João Pedro Correia (Óptica Actual, Algés)
e 21 do sexo masculino. Onze mulheres não precisavam de
A ANO agradece aos Optometristas e
Técnicos de Óptica Ocular que participaram
nestas e outras acções de rastreio
visual pela entrega, responsabilidade e
solidariedade demonstradas durante todas
as iniciativas promovidas pela Associação.
óculos e as restantes 14 não apresentaram boa acuidade
visual. No caso dos homens, 12 tinham uma boa acuidade
visual, sendo que nove apresentaram necessidade de
consultar um especialista da visão.
que dois elementos tinham uma boa acuidade visual, sendo
que apenas um apresentou necessidade de consultar um
especialista da visão.
No dia 14 de Maio, a ANO rumou aos claustros da Assembleia
da República, tendo rastreado 46 pessoas, 25 do sexo feminino
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Isabel Costa (Óptica do Infante, Lisboa)
Luís Bernardo (Visionwest, Bombarral)
Novos Associados
A rede de Associados da ANO está sempre a crescer. Apresentamos 1 novo Associado e 4 novos Estabelecimentos Associados:
Opticenter | Valongo
Novos Estabelecimentos Associados
OutrOlhar Alcanena | Alcanena
MultiOpticas | Barcelos
Multiopticas | Rio de Mouro
MultiOpticas | Senhora da Hora
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Inspiração vintage, cores contemporâneas
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Breves Saúde
Sarcoidose ocular
atinge mais homens
fumadores
O tabagismo é um dos principais factores de risco para
desenvolver sarcoidose ocular, em especial nos homens, de
acordo com um novo estudo apresentado na Conferência
Internacional 2014 American Thoracic Society.
A sarcoidose é uma doença inflamatória que produz pequenos
granulomas nos órgãos do corpo por toda parte, mais
frequentemente nos pulmões, mas também nos olhos, gânglios
linfáticos, ou pele. A sarcoidose ocular, que pode conduzir à
cegueira, afecta 25 a 50% dos doentes com sarcoidose.
Daltonismo afecta
mais rapazes
caucasianos
De acordo com o primeiro grande estudo de daltonismo em
• 5.6 % em meninos caucasianos
grupo multi-étnicos em idade pré-escolar, o daltonismo afecta
• 3,1% em meninos asiáticos
mais crianças caucasianas do sexo masculino. No estudo
• 2,6% em meninos hispânicos
realizado na Califórnia (EUA) e publicado recentemente na edição
• 1,4% em meninos afro-americanos
online da revista da Academia Americana de Oftalmologia, os
pesquisadores afirmam ainda que o daltonismo, ou deficiência
de visão de cores, é mais baixo nos meninos afro-americanos
e confirmaram que as meninas têm uma prevalência muito
menor de daltonismo que os rapazes.
A prevalência de daltonismo em meninas foi medida entre
os 0 e os 0,5% para todas as raças e etnias, confirmando
resultados obtidos em estudos anteriores. No entanto, os
números de daltonismo em meninas foram, globalmente, tão
Os investigadores realizaram testes ao daltonismo em 4.005
baixos que os pesquisadores afirmam não serem comparáveis
crianças de diferentes raças e etnias, dos 3 aos 6 anos em
estatisticamente.
Los Angeles, nos Estados Unidos. Os resultados revelaram as
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seguintes incidências:
Fonte: Ophthalmology
700 transplantes de córnea
por ano em Portugal
Os transplantes são muitas vezes a única solução para reverter
acuidade visual e por vezes cegueira”.
a cegueira provocada pelas doenças da córnea. Segundo a
A cegueira provocada por patologia da córnea pode ser
Sociedade Portuguesa de Oftalmologia (SPO) são feitos cerca
reversível, “desde que as outras estruturas do olho estejam
de 700 transplantes de córnea por ano em Portugal, em cinco
preservadas”, realça o especialista. Para tal, recorre-se aos
grandes centros de especializados neste tipo de procedimento.
Paulo Torres, presidente da SPO, refere que “há muitas doenças
que afectam directamente a córnea, destacando as que induzem
alterações anatómicas com diminuição da sua espessura
e aumento da sua curvatura, infecções e traumatismos que
originam cicatrizes e as que alteram as células mais internas
transplantes de córnea, isto é, “substituição da córnea do
doente ou parte dela por uma córnea total ou por lamelas
corneanas provenientes de cadáver”.
Em Portugal, as principais doenças que motivam a realização
de transplantes de córnea são o queratocone nos seus
da córnea com modificação do estado de relativa desidratação
estados mais avançados, as opacidades da córnea originada
da mesma, originando, consequentemente, edema da córnea.
por infecções e traumatismos, as descompensações celulares
Todas estas situações, se não tratadas ou se a sua progressão
corneanas originadas por doença da própria córnea ou por
não for travada, poderão levar a uma acentuada diminuição da
traumatismo cirúrgico prévio.
Quedas
diminuem após
cirurgia
à catarata
Uma nova pesquisa constata que a cirurgia de catarata diminui
consideravelmente o número de quedas provocadas pela má
visão. Os resultados foram apresentados na Reunião Anual da
Associação de Pesquisa em Visão e Oftalmologia (ARVO) no
final de Maio, em Orlando, na Florida (EUA).
O estudo envolveu 400 pacientes vietnamitas com 50 anos
ou mais, com cataratas em ambos os olhos. Os especialistas
registaram o número de quedas antes e depois de os pacientes
serem submetidos à cirurgia às cataratas.
Os pesquisadores concluíram que há uma diminuição de 78%
no risco de quedas no ano seguinte à remoção da catarata em
apenas um olho.
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Breves Negócios
“Falta de crédito
às PME
é obstáculo
à recuperação
económica”
O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi,
na Alemanha e Áustria para um quarto das empresas em
considerou recentemente que a falta de crédito, em especial
Espanha e um terço em Portugal.
às Pequenas e Médias Empresas (PME), é um obstáculo
Além disso, afirmou, a diferença entre o crédito que
à recuperação da economia nos países em dificuldades,
como é o caso de Portugal.
Durante o Fórum do BCE, que decorreu em Sintra, Draghi
considerou que “as condições de crédito continuam a ser
seria normalmente concedido e o volume efectivamente
concedido apresenta um ‘fosso’ considerável nas economias
em dificuldades.
muito heterogéneas entre países e sectores” na zona euro.
O presidente do BCE disse ainda que “as restrições de crédito
O responsável acrescentou que a percentagem de PME
estão a colocar um travão na recuperação dos países em
com dificuldades financeiras, mas viáveis, varia de 1%
dificuldades”, o que aumenta as pressões desinflacionistas.
Portugal
é o quinto
país menos
competitivo
da zona euro
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Portugal é o quinto país menos competitivo da zona euro,
ficando, ainda assim, à frente da Itália (que desceu duas
posições para o 46º lugar) e da Grécia (que perdeu três
lugares e está agora em 57º). A Alemanha é o país melhor
classificado, no 6º lugar, seguido pelo Luxemburgo, em 11º.
Estes resultados foram publicados no World Competitiveness
Yearbook, o relatório anual elaborado pelo International
Institute for Management Development (IMD), conhecida
escola de negócios suíça, que mede o desempenho de 60
países a nível da competitividade.
“Os resultados de Portugal são comparáveis com os de
Espanha e da Irlanda, países que foram afectados de
forma semelhante pela crise europeia. A boa notícia é
que Portugal se juntou aos países dos PIIGS [Portugal,
Itália, Irlanda, Grécia e Espanha] que registaram melhorias
significativas na sua competitividade, ao contrário da Itália
e da Grécia, que continuam a cair no ranking”, explica
Arturo Bris, director do IMD World Competitiveness Center.
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Edição 57 - Maio/Junho 2014