Unidade Auditada: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA Exercício: 2013 Processo: 23075.005520/2014-44 Município: Curitiba - PR Relatório nº: 201407318 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO PARANÁ _______________________________________________ Análise Gerencial Senhor Chefe da CGU-Regional/PR, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201407318, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada pela UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ – UFPR. 1. Introdução Os trabalhos de campo foram realizados no período de 03/Fev/2014 a 30/Mai/2014, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela unidade auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. O Relatório de Auditoria encontra-se dividido em duas partes: Resultados dos Trabalhos, que contempla a síntese dos exames e as conclusões obtidas; e Achados de Auditoria, que contém o detalhamento das análises realizadas. Consistindo, assim, em subsídio ao julgamento das contas apresentadas pela Unidade ao Tribunal de Contas da União – TCU. Registra-se que os Achados de Auditoria apresentados neste relatório foram estruturados, preliminarmente, em Programas e Ações Orçamentárias organizados em títulos e subtítulos, respectivamente, segundo os assuntos com os quais se relacionam Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 1 diretamente. Posteriormente, apresentam-se as informações e as constatações que não estão diretamente relacionadas a Programas/Ações Orçamentários específicos. 2. Resultados dos trabalhos Em acordo com o que estabelece o Anexo IV da DN-TCU-132/2013, e em face dos exames realizados, foram efetuadas as seguintes análises: - avaliação do cumprimento das determinações/recomendações do TCU; - avaliação do CGU/PAD; - avaliação da conformidade das peças; - avaliação da gestão de pessoas; - avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos da gestão de ensino e pesquisa; - avaliação do parecer de auditoria interna; - avaliação do cumprimento das recomendações da CGU; e - avaliação da gestão do patrimônio imobiliário. 2.1 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU A CGU optou por examinar o grau de atendimento da Universidade Federal do Paraná e Hospital de Clínicas da UFPR às determinações efetuadas pelo TCU no exercício de 2013, considerando a seguinte questão de auditoria: caso haja uma determinação específica do TCU à CGU para ser verificada na Auditoria Anual de Contas - AAC junto à Unidade Jurisdicionada, a mesma foi atendida? O escopo dos trabalhos se limitou aos acórdãos com determinação expressa do Tribunal à CGU para monitoramento A metodologia consistiu no levantamento e análise dos acórdãos e de eventuais questionamentos aos gestores, no caso de haver ocorrências para a Unidade Jurisdicionada, para verificar os processos implementados pela Instituição Federal de Ensino (IFE) para o cumprimento das eventuais determinações. Na pesquisa à Jurisprudência realizada no site do Tribunal de Contas da União referente ao exercício de 2013 (Link: http://contas.tcu.gov.br/juris/Web/Juris/ConsultarTextual2), houve a incidência de 50 ocorrências na pesquisa selecionada em “Acórdãos e Decisões”, com o nome da Universidade Federal do Paraná. Também foi consultada a planilha disponibilizada contendo as determinações do TCU do exercício de 2013, ainda pendentes de atendimento, encaminhadas à Secretaria Federal de Controle (SFC) da CGU. Ressalta-se que não houve no exercício em análise acórdãos e decisões efetuadas pelo TCU relacionados à Universidade Federal do Paraná e Hospital de Clínicas da UFPR Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 2 com determinação expressa para que o Controle Interno (CGU/SFC) se pronunciasse quanto à sua aplicação. o#tF a/ 2.2 Avaliação do CGU/PAD Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201404825/023 foi solicitada à UFPR a relação de processos disciplinares instaurados a partir de 2007. Em resposta, data de 09/05/2014, a Gerência de Procedimentos Disciplinares – GDP/PROGEPE relacionou os processos disciplinares instaurados no período de 01/11/2013 a 30/04/2014, não atendendo ao pedido desta Controladoria, que estipulou data mais ampla para análise. Do período apresentado, foram relacionados 33 processos instaurados, entre aqueles em andamento e os já encerrados, sendo que desses, 17 não estavam lançados no CGUPAD, ou seja, 51,52% do total. Os processos disciplinares não inseridos no referido sistema estão a seguir relacionados: Nº do processo 23075.005988/2014-39 23075.007581/2014-46 23075.045343/2013-58 23075.030630/2013-63 23075.010621/2014-37 23075.090287/2011-44 23075.090347/2011-29 23075.090284/2011-19 23075.090231/2011-90 23075.009166/2014-27 23075.090178/2014-51 23075.090222/2011-07 23075.090361/2011-22 23075.090392/2011-83 23075.090449/2011-44 23075.012713/2014-51 23075.045348/2013-81 Status Em andamento Instalação prevista para 15/05/2014 Concluído Aguardando data de instalação dos trabalhos Concluído Concluído Concluído Em andamento Em andamento Em andamento Em andamento Em andamento Em andamento Em andamento Em andamento Em andamento Concluído Em consulta ao Relatório de Procedimentos Instaurados, extraído do sistema CGUPAD, do endereço http://www.cgu.gov.br/cgupad/cgupad_orgaos/index.asp, foi verificado o lançamento de 110 processos, a partir de 02/09/2008, comtemplando 16 processos informados pela Unidade em resposta à Solicitação de Auditoria. Em complemento, a Unidade informou que, devido à ausência de transição da gestão anterior para a atual, ocorrida em 18/03/2009, as informações de 2006 a 2008 restariam prejudicadas, não sendo lançados processos instaurados naquele período. A seguir, transcreve-se a informação disponibilizada: “Em relação aos itens b.2 e b.3 esta Gerência informa primeiramente que assumiu a função para o cargo de confiança de Gerente dos Procedimentos Disciplinares - GPD desta Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas - PROGEPE da UFPR, no início do ano de 2009, sendo nomeado nesta função através da Portaria nº 582/PROGEPE, de 18 de março de 2009 (cópia em anexa). Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 3 Informo que ao assumir a referida função, não houve transição, não sendo passadas as informações na área disciplinar das 02 (duas) últimas Gestões desta PROGEPE/UFPR, referente aos trabalhos realizados anterior a data de 31 de dezembro de 2008 desta Instituição. Isto posto, neste momento esta Gerência fica impossibilitada de fornecer tais dados. Informo que para atender a esta Solicitação de Auditoria de nº 201404825/ 023 da CGU, faz-se necessário em uma 1ª etapa, solicitar da Unidade de Emissão de Portarias e Controle de Funções UPCF do Departamento de Administração de Pessoal DAP/PROGEPE, a relação de todas as portarias emitidas pelo Magnífico Reitor da UFPR e do Pró-Reitor de Gestão de Pessoas, no período de 01 de janeiro de 2006 à 31 de dezembro de 2008. Em uma 2ª etapa, localizar e requisitar todos os processos fisicamente, provavelmente arquivados no Arquivo Geral - ARQGER da UFPR e no Arquivo DAP-SAM (pasta funcional do servidor), para posteriormente em uma 3ª etapa, levantar os dados solicitados pela Auditoria da CGU. Ressalto neste momento, que o tempo previsto para tal levantamento é difícil de ser estimado em razão de outras tarefas desenvolvidas frente a GPD/PROGEPE. Por fim, neste ato, deixo registrado que pelo alto número de processos reabertos, conforme cópias das portarias em anexo, causa retrabalho nesta Unidade Gerencial, gerando em média por processo, um número considerável de emissão de portarias, muitas delas de: a) revogação; b) substituição de Membros; c) ultimação dos trabalhos; d) convalidações dos trabalhos; e) sobrestamentos entre outros. Com isto, esta Unidade Gerencial acaba priorizando as instalações destes processos, para após a emissão do relatório da comissão e da decisão da autoridade competente, registrar todos os dados no Sistema de Correição CGU-PAD. Cada processo tem obviamente data de início dos trabalhos, à partir da data da emissão de uma portaria, no entanto, o lançamento da data de decisão final da autoridade competente no Sistema de Correição CGU-PAD, fica muitas vezes em aberto, em virtude deste retrabalho.” Da análise da manifestação exarada, observa-se que a despeito do fato de a atual gestão assumir suas atribuições a partir do exercício de 2009, sem que a gestão anterior repassasse informações anteriores àquele período, a Gerência de Procedimentos Disciplinares não forneceu os dados solicitados referentes ao período compreendido entre 2009 e 01/11/2013, restando prejudicada a análise nesse ínterim. Ademais, mesmo que a Unidade tenha informado que somente registra os dados no Sistema após a emissão do relatório da comissão e da decisão da autoridade competente, observou-se nos dados disponibilizados que não foram lançados 04 processos já concluídos, dentre os instaurados no período de 01/11/2013 e 30/04/2014. Constata-se que a UFPR não vem observando na íntegra o disposto na Portaria CGU nº 1.043/2007, que estabelece a obrigatoriedade de uso do Sistema de Gestão de Processos Disciplinares (CGU-PAD) para o gerenciamento das informações sobre processos disciplinares no âmbito do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal. o#tF a/ 2.3 Avaliação da Conformidade das Peças Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 4 Considerando a natureza jurídica e o negócio da unidade jurisdicionada, o presente item teve como objetivo avaliar a conformidade de duas peças de que tratam os incisos I e II do art. 13 da IN TCU nº 63/2010, quais sejam: o rol de responsáveis e o relatório de gestão, constantes no Processo nº 23075.005520/2014-44. A metodologia adotada pela equipe consistiu na análise documental das duas peças, comparando-as com entrevistas realizadas e dados extraídos em sistemas informacionais (SIAFI, SIAPE, SIASG, SICONV, entre outros). A partir dos exames concluiu-se que a Instituição apresentou as peças de acordo com normas do Tribunal de Contas da União para o exercício de 2013. Além disso, as peças contemplam os conteúdos e formatos obrigatórios nos termos da DN TCU nº 127/2013, da DN TCU nº 132/2013 e da Portaria-TCU nº 175/2013. o#tF a/ 2.4 Avaliação da Gestão de Pessoas Por meio do Acórdão nº 3.023/2013-Plenário, o TCU entende que uma das principais formas de garantir o sucesso da gestão pública é a otimização do uso do capital humano disponível. Para tanto, entende necessário existir uma nível adequado de Governança de Pessoal da alta administração. Qual seja, a alta administração deve ser capaz de monitorar o desempenho de cada uma das unidades, equipes e do indivíduo, para permitir uma avaliação dos resultados alcançados em relação aos objetivos e metas estipuladas. A UFPR é uma organização complexa, seja em seu tamanho (6.000 servidores, mais de 36.000 alunos presenciais e mais de R$ 1,4 bilhões despendidos em 2013), seja em sua diversidade nos ramos de atuação (114 cursos de graduação, 4.000 artigos de pesquisa publicados e mais de 300 projetos de extensão). Neste contexto, o desafio da Governança em RH consiste em associar os resultados produzidos com a atuação dos servidores, identificando a participação de cada um no processo de geração dos resultados da UFPR. Considerando o tamanho e a diversidade, entende-se que a forma mais adequada para a alta administração monitorar o desempenho de pessoal é por meio de definição de objetivos, metas e indicadores na área de RH (no Acórdão nº 3.023/2013-P, em seu item 9.1.1.1, o TCU emitir recomendação de semelhante teor). A UFPR, por meio da sua Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas – PROGEPE, iniciou um processo de criação de base de dados de pessoal (com informações sócio culturais não contempladas no SIAPE) e ferramentas de avaliação de pessoal (inclusive de ocupantes de cargos em comissão) no intuito de, futuramente, permitir a geração de informações estatísticas e gerenciais para subsidiar tomadas de decisões por parte da alta administração, conforme detalhado em item específico da 2ª Parte do presente relatório. Conforme informado pela UFPR no questionário de autoavaliação, em Abr/2014, a alta administração da UFPR não possui mecanismos para monitorar regularmente o cumprimento das diretrizes relativas à gestão de pessoas. A definição de objetivos, metas e indicadores de RH depende da consolidação da base de dados e das ferramentas de monitoramento e avaliação, referidas no item anterior. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 5 Segue quadro com informações sintéticas sobre governança em RH: Liderança da alta administração A alta administração da unidade: Sim 1-Monitora regularmente o cumprimento das diretrizes relativas à gestão de pessoas? 2-Designou formalmente corpo colegiado (ex.comitê, conselho) responsável por auxiliá-la nas decisões relativas à gestão de pessoas? 3-Monitora regularmente o funcionamento desse corpo colegiado? A unidade, sistematicamente: Alinhamento estratégico Planejamento da gestão de pessoas Prática ainda não adotada Não prevê adotar a prática Pretend e adotar a prática Não X X X Nível de adoção de prática Iniciou ou Adota Adota concluiu o parcialment integralment planejamento e a prática e a prática para adotar a prática 4-Executa processo de X planejamento de gestão de pessoas, aprovando e publicando objetivos, metas e indicadores de desempenho? Unidade de Gestão de Pessoas como parceira estratégica 5-Identifica lacunas de X competência da equipe de RH, com o objetivo de avaliar suas necessidades de capacitação (ex. necessidades de competências na área de gestão estratégica de pessoas, na área de concessão de direitos, etc.)? Gestão da liderança e do conhecimento Gestão da liderança e processo decisório 6-Oferece programas de X treinamento e desenvolvimento de competências de liderança que atendem às necessidades de cada nível de gestão (do operacional ao estratégico), incluindo potenciais líderes? Integridade e comprometimento 7-Verifica a opinião dos X colaboradores quanto ao Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 6 ambiente de trabalho e utiliza os resultados para orientar eventuais mudanças? Aprendizagem contínua 8-Identifica as X necessidades individuais de capacitação quando da avaliação de desempenho dos colaboradores, levandoas em consideração nas avaliações subsequentes? Cultura orientada a resultados Comunicação 9-Identifica e divulga para os profissionais de RH a legislação, jurisprudência e as orientações normativas relativas à gestão de pessoas, orientando acerca de como elas devem ser aplicadas internamente? Avaliação de desempenho 10-Realiza avaliação de X desempenho dos membros da alta administração e demais gestores, vinculada ao alcance dos resultados da unidade/organização? Gestão de talentos Recrutamento, seleção e integração 11-Executa processo X formal, baseado em competências, para seleção de gestores? Resultados e prestação de contas (Accountability) 12-Monitora, por meio de sistema informatizado de gestão de pessoas, algum conjunto de informações relevantes sobre a força de trabalho (ex. índices de absenteísmo, índices de rotatividade, projeções de aposentadoria, etc)? Dinheiro público é da sua conta X X www.portaldatransparencia.gov.br 7 o#tF a/ 2.5 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão Em 2013, a UFPR contou com um quadro de pessoal de cerca de 2.000 docentes e 4.000 técnicos administrativos. Possuía mais de 36.000 alunos entre graduação e pós graduação strictu sensu, nos seus 114 cursos de graduação e 65 programas de pós graduação. Também foram publicados mais de 4.000 artigos de pesquisa e realizados mais de 300 projetos de extensão. Seguem descrições sintéticas dos resultados alcançados pela UFPR: A) Análise comparativa com demais IFESs: No intuito de inserir a UFPR no contexto nacional das Instituições Federais de Ensino Superior - IFES – foi realizada uma análise comparativa dos indicadores gerenciais previstos no Acórdão TCU nº 408/2002, do Índice Geral de Cursos - IGC do MEC e no ranking das Universidades da Folha de São Paulo, tendo como amostra 15 IFES. A análise comparativa demonstrou que: - conforme ranking da Folha de São Paulo, a UFPR apresentou uma posição de destaque nacional, se colocando na 9ª posição entre as 192 universidades em 2013; - conforme ranking IGC/MEC, em 2012, a UFPR ocupou a 31ª posição, tendo um decréscimo comparado a 2009 (24ª posição); - na variação do IGC/MEC 2009 a 2012, o conceito médio da graduação, do mestrado e doutorado tiveram, respectivamente, redução de 5,58%, 3,24% e 1,03% na UFPR. Na média, as IFES da amostra também tiveram redução nos conceitos, sendo a provável causa a ampliação das vagas pelo REUNI; - na análise estática dos indicadores do Acórdão TCU nº 408/2002, referência 2013, os indicadores da UFPR, em termos gerais, ficaram na média, exceto: número de funcionários acima da média; número de alunos da graduação acima da média; e número de alunos da pós graduação abaixo da média; - na análise dinâmica dos indicadores do Acórdão TCU nº 408/2002, variação 2009 a 2013, verificou-se que no período ocorreu um acréscimo de 30% (em índices reais, descontado a inflação) no orçamento das IFES em função do REUNI; - no período – 2009 a 2013, a UFPR ampliou em 15% as vagas da graduação e 10% as vagas da pós graduação, por sua vez, as demais IFES ampliaram em 26% as vagas, tanto da graduação como da pós graduação; - também no período de 2009 a 2013, a UFPR ampliou em 8,62% o número de docentes enquanto que, na média, as demais IFES ampliaram 22,07%; - em relação aos custos, conforme indicadores 13 e 14 do Acórdão nº 408/2002, o custo da UFPR se encontra na média das demais IFES. Por sua vez, os custos das IFES são superiores aos das Universidades Privadas. Entretanto, os desempenhos acadêmicos das IFES são relevantemente superiores aos das Universidades Privadas; e - os custos das Universidades estrangeiras de renome são muito superiores aos das IFES, concluindo assim que, a redução do orçamento ocorrerá em detrimento da qualidade. No macro contexto, entende-se que a UFPR se encontra posicionada adequadamente, considerando o seu orçamento, histórico, capital humano e estrutura, havendo possibilidade de melhorias conforme competência e empenho de seus colaboradores. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 8 B) Resultados gerenciais e estatísticos próprios do UFPR de 2013: Em relação à graduação, seguem informações estatísticas: - Carga Horária Anual média do docente em aula – 192,50 horas; - Número médio de docente por curso – 16,71; - Número médio de disciplinas ministradas por docente – 4,95; - Número médio de alunos matriculados por disciplina – 29,41; - Índice médio de aprovação – 85,21%; - Duração média dos cursos de graduação – 8,41 semestres; - Carga horária média dos cursos de graduação – 3.216 horas; e - Índice de ocupação de vagas – 52,29%. A ausência de informações gerenciais e estatísticas das demais IFES dificulta a análise do desempenho apresentado pela UFPR. Ressalta-se a possibilidade de melhoria no índice de ocupação de vagas. C) Distribuição da Força de Trabalho do Docente: O docente 40 horas/DE da UFPR deve destinar, semanalmente, no mínimo 8 horas e no máximo 12 horas para as atividades de aula. Na média, os docentes da UFPR ministraram 9,89 horas de aula semanal (2º Sem/2013). Em relação à pesquisa e/ou extensão, o docente 40 horas/DE da UFPR deve destinar 8 horas semanais para tais atividades. Os valores médios obtidos indicam alocação de aproximadamente 8,46 horas/semana para tais atividades (2º Sem/2013). Em regra, são previstos 24 horas para ensino (aula, orientação ao aluno e preparo do ensino) e 16 horas para pesquisa e/ou extensão, orientação de alunos da pós graduação e outros assuntos por semana. As médias obtidas demonstram: 9,89 horas para aula; 3,65 horas para orientação dos alunos da graduação; 10,46 horas para preparo do ensino; 7,16 horas para pesquisa; 1,3 horas para extensão; 3,17 horas para orientação dos alunos da pós graduação; e 4,37 horas para outras atividades. Considerando que a PROGRAD/UFPR estima uma proporção de 1=1 entre aula e preparo do ensino (incluindo orientação), entende-se que há sobrecarga na distribuição de horas para orientação de alunos e preparo de aulas da graduação. D) Apontamentos emitidos: Em relação à gestão finalística, foram emitidos os seguintes apontamentos, detalhados em no item 2.1.2.1 deste relatório: - necessidades de informações gerenciais e estatísticas uniformes das IFES para aprimorar a análise da eficiência e eficácia operacional; - necessidade de buscar melhorias no índice de ocupação de vagas; - estudar possibilidade de reestruturar cursos em período integral para período único; e - necessidade de avaliar a sobrecarga em atividade de orientação de aluno e preparo do ensino. E) Boas práticas adotadas pela UFPR: A UFPR adota uma série de boas práticas voltadas para a gestão do ensino e da pesquisa que poderão ser implantadas com êxito em outras IFES, tais como: - aulas de reforço nas disciplinas básicas do 1º ano: em decorrência do diagnóstico de que o índice de reprovação é elevado no 1º ano, especialmente em matérias básicas (sobretudo relacionadas às exatas), a UFPR vem promovendo aulas de reforços nestas disciplinas, obtendo sucesso na redução do índice de reprovação; Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 9 - utilização dos alunos da pós graduação, bolsistas da CAPES, para ministrar aulas de reforço: como contraprestação pelas bolsas recebidas, a UFPR vem aproveitando o talento dos alunos da pós graduação para promover as aulas de reforço; - aproveitamento de alunos matriculados em outras faculdades públicas e privadas: com a finalidade de aproveitar as cadeiras vagas existentes a partir do 2º ano, a UFPR promove programa de transferência de alunos matriculados em faculdades privadas (ou públicas), mediante aproveitamento de disciplinas; e - capacitação dos docentes em técnicas de ensino: em função do reconhecimento de que nem todos os docentes possuem aptidão/vocação para o ensino, a UFPR vem promovendo regularmente capacitações voltadas para o aprimoramento do ensino. F) Considerações finais: As informações gerenciais e estatísticas levantadas demonstram que, no contexto geral, a UFPR possui posição de relevância no ensino superior nacional. Por se tratar de avaliação de resultados operacionais, eventuais pontos negativos apontados não constitui falha ou omissão do gestor, mas sim, pontos que merecem maior observação no sentido de aprimorar a gestão, constituindo mérito para o gestor a adoção de boas práticas que resultam em melhorias. No Acórdão nº 1.089/2014-Planério, em seu item 9.3.3 o TCU descreve: “9.3.3. considerando que as instituições federais de ensino constituem o maior agrupamento de entidades similares da administração pública federal, e que as iniciativas que conduzam a melhorias na gestão podem ter alto impacto decorrente da escala de implementação, que proponha auditoria de boas práticas de gestão nas universidades brasileiras”. O TCU entende que a troca de experiências de sucesso entre as IFES constitui importante meio de aperfeiçoamento da gestão. No caso da UFPR, pode-se destacar a Agência de Inovação, experiência esta que contribuiu para o destaque no quesito “inovação” da UFPR no Ranking da Folha de São Paulo, entre outras iniciativas. o#tF a/ 2.6 Avaliação do Parecer da Auditoria Interna O Parecer da Unidade de Auditoria Interna da UFPR constante do processo de contas contempla todos os itens exigidos no item 1 Anexo III da DN TCU nº 132/2013. Com relação ao seu conteúdo destaca-se o que segue: - No item “controle sobre as transações” em especial, a Auditoria Interna cita o uso dos sistemas corporativos como boa prática para o controle sobre as transações realizadas. Porém, nos trabalhos de auditoria realizados foi observado que o uso dos sistemas corporativos não foi suficiente para obter eficiência nos controles, em especial nas áreas de gestão de pessoas, patrimônio mobiliário e imobiliário e de gestão de contratos; e - A Unidade informa que não existe sistemática ou sistema para o monitoramento dos resultados decorrentes dos trabalhos da auditoria interna, ou são realizados de maneira informal. Para o exercício de 2014, o PAINT prevê ação específica para a elaboração de métodos de rotina para o acompanhamento periódico das ações gerenciais de implementação das recomendações exaradas. o#tF a/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 10 2.7 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU Conforme informações levantadas até Mai/2014, segue situação de atendimento das 114 recomendações emitidas pela CGU em auditorias passadas: ATD – 48 Recomendações Atendidas; CAN – 25 Recomendações Canceladas; PAS – 24 Recomendações parcialmente atendidas sem impacto na gestão - prazo de providência prorrogado; PAC – 5 Recomendações parcialmente atendidas com impacto na gestão - prazo de providência prorrogado; NAS – 5 Recomendações não atendidas sem impacto na gestão – prazo de providência prorrogado; NAC – 5 Recomendações não atendidas com impacto na gestão – prazo de providência prorrogado; e REF – 2 Recomendações reformuladas. As análises demonstram que, as recomendações atendidas e parcialmente atendidas representam 67,54% das recomendações emitidas (desconsiderando as canceladas e reformuladas, este índice se eleva para 88,5%). Ou seja, na maioria das recomendações a UFPR vem desenvolvendo esforços para o seu saneamento. Os detalhes do acompanhamento do atendimento às recomendações estão descritos em item específico (indicado na quinta coluna dos quadros) do presente relatório. A) Relatório de Auditoria nº 201305988/2013 – Auditoria Anual de Contas 2013: Item* 1.1.2.2 1.1.2.2 1.1.2.2 1.1.2.3 1.1.2.3 1.1.2.4 1.1.2.4 1.1.2.5 1.1.2.5 1.1.2.5 1.1.2.5 1.1.2.5 1.1.2.6 2.1.2.2 2.1.2.2 2.1.2.2 2.1.2.3 2.1.2.3 2.1.2.3 2.1.2.3 2.1.2.4 2.1.2.4 2.1.2.4 2.1.2.4 2.1.2.5 2.1.2.5 3.1.2.1 Nº Rec ** 1 2 3 1 2 1 2 1 2 3 4 5 1 1 2 3 1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 1 Descrição sintética da recomendação Situação Atual Detalhes *** Progressão por mérito – reenquadramento de 429 serv. Inativos Progressão por mérito – reenquadramento de 15 serv. Ativos Progressão por mérito – reposição ao erário Verificar viabilidade da interrupção do pagamento Aprimorar os controles sobre rubricas judiciais Revisão cálculo da concessão do Adic. Tempo de Serviço Aprimorar controle do Adic. Tempo de Serviço Propor solução de problemas do SIAPE ao MPOG Ressarcimento de valores de férias pagas indevidamente Solicitar ressarcimento das instituições financeiras Lançar as remunerações de outras fontes Aprimorar os controles internos Ajustar valor dos benefícios do inciso II, art. 192 da Lei 8112 DAP – Aprimorar controles internos DAP – Implantar relatórios gerenciais e indicadores DAP – Promover atualização cadastral CAISS – Implantação de indicadores de saúde CAISS – Busca de dados externos CAISS – Aperfeiçoamento de ferramentas gerenciais CAISS – Capacitação de servidores CDP – Implementar Programa de Avaliação CDP – Introduzir avaliação vertical e horizontal CDP – Usar a avaliação como ferramenta de gestão CDP – Definir metas individuais, por equipe e por setor CPP – Fomentar troca de informações na PROGEPE CPP – Implantar relatórios gerenciais Iniciativas para implantação do ponto eletrônico CAN NAS CAN ATD ATD REF ATD PAS PAS PAS PAS ATD ATD CAN ATD CAN ATD ATD ATD ATD ATD ATD ATD ATD ATD ATD ATD 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 11 3.1.2.1 2 Encaminhar folha de frequência para PROGEPE 3.1.2.1 3 Estudos para reduzir a mão de obra terceirizada 3.1.3.1 1 Melhorias de controle para cumprir o prazo da IN TCU 55/07 3.1.4.1 1 Não conceder gratificação de curso e concurso 3.1.4.2 1 Progressão por Capacitação – Ajustar os Níveis 3.1.4.2 2 Progressão por Capacitação – Reposição Erário 3.1.4.2 3 Progressão por Capacitação – Interrupção da prática 3.1.4.4 1 Cessão – aprimoramento dos controles 3.1.4.4 2 Cessão – não autorização de cessão para inadimplentes 3.1.4.5 1 Cessão – SINDITEST – apuração de responsabilidade 3.1.4.5 2 Cessão – SINDITEST – Retorno de servidores 3.1.4.5 3 Cessão – Alteração resolução CEPE 34/12 3.1.4.6 1 Cessão – aprimoramento dos controles 3.1.4.6 2 Cessão – retorno de servidores de órgãos inadimplentes 3.1.4.6 3 Cessão – Levantar montante total 3.1.4.6 4 Cessão – Atualizar dívidas e inscrever no CADIN 3.1.4.6 5 Cessão – Promover cobrança 3.1.5.1 1 30 HS – Alteração/Aperfeiçoamento da Res. CONUN 56/11 3.1.5.1 2 30 HS – Revogar flexibilizações concedidas 3.1.5.1 3 30 HS – Exigir autorização do Reitor da flexibilização 3.1.5.1 4 30 HS – Implementar ponto eletrônico 3.1.5.2 1 30 HS – Retorno à jornada de 8 horas 4.2.1.1 1 AUDIN – Revisar normativos internos quanto à atribuição 4.2.1.1 2 AUDIN – Ampliar número de servidores 4.2.1.1 3 AUDIN – Não deve executar atividade operacional 4.2.1.2 1 AUDIN – Ampliar número de servidores 4.2.1.2 2 AUDIN – Capacitar servidores da AUDIN 4.2.2.3 1 Implantação da carta de serviço ao cidadão * - item do relatório ** - nº da recomendação no relatório *** - detalhamento no presente relatório CAN CAN ATD REF NAS NAS ATD ATD ATD PAS ATD PAS ATD ATD ATD ATD ATD PAC NAC PAC CAN CAN NAS NAC ATD CAN PAS PAS 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 4.2.2.1 4.2.2.1 4.2.2.1 4.2.2.1 4.2.2.1 1.1.2.2 1.1.2.2 1.1.2.2 1.1.2.2 1.1.2.2 1.1.1.1 B) Relatório de Auditoria nº 2012031111/2012 – Auditoria Anual de Contas 2012 Item* 3.1.2.1 3.1.2.2 4.1.3.2 4.1.3.3 4.1.4.2 4.1.4.3 4.1.4.3 4.1.4.3 4.1.4.4 4.1.5.1 4.1.5.2 4.1.5.4 4.1.5.8 4.1.5.8 4.1.5.8 4.1.5.8 4.1.5.8 4.1.5.8 4.1.6.1 4.1.6.2 4.1.6.3 Nº Rec ** 1 1 1 1 1 1 2 3 1 1 1 1 1 2 3 4 5 6 1 1 1 Descrição sintética da recomendação Situação Atual Detalhes*** Ajustar informações do SICAJ Necessidade de recadastramento anual TI – Padronizar modelo de desenvolvimento de TI TI – Implantar catálogo de serviços de TI Cessão – aprimoramento dos controles Cessão – controle de frequência dos servidores cedidos Cessão – controle da situação do servidor cedido Cessão – apurar responsabilidade dos servidores Cessão – apurar responsabilidade dos servidores Não entrega de autorização de acesso à declaração do IRPF Restituição dos valores da licença capacitação Promover restituição de valor – IQ indevidamente percebido Insalubridade - Pagamentos indevidos Insalubridade - Ausência de laudo ambiental atualizado Insalubridade – Reposição de valores indevidamente pagos Insalubridade – Revisão geral dos laudos Insalubridade – Apurar responsabilidade Insalubridade – Revisão geral dos laudos Apurar responsabilidade por exercício de gerência privada Apurar responsabilidade por acúmulo ilegal de cargo Apura responsabilidade pela multa na entrega da DIRF2006 ATD ATD ATD PAS ATD ATD ATD PAS CAN ATD PAS CAN NAC PAC NAC NAC NAS PAC ATD ATD PAS 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 4.2.3.1 4.2.3.1 4.2.3.1 4.2.3.1 4.2.3.1 4.2.3.1 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 12 4.1.8.1 2 Necessidade registro dos convênios FUNPAR no SIASG 4.1.8.4 1 Rescindir contrato nº 03/2012 – CELIN/FUNPAR 4.1.8.5 1 Rescindir contrato nº 03/2012 – CELIN/FUNPAR 4.1.8.6 1 Aprimorar a elaboração dos orçamentos nos projetos FUNPAR 4.1.8.6 2 Aprimorar avaliação dos custos dos projetos da FUNPAR 4.2.2.1 1 Apuração de responsabilidade 4.2.2.2 1 Apuração de responsabilidade 4.2.2.3 1 Renegociação do valor contratual 4.2.2.3 3 Abertura de TCE 4.2.2.3 4 Apuração de responsabilidade 4.2.2.4 1 Renegociação do valor contratual 4.2.2.4 3 Abertura de TCE 4.2.2.4 4 Apuração de responsabilidade 4.2.2.5 1 Renegociação do valor contratual 4.2.2.5 3 Abertura de TCE 4.2.2.5 4 Apuração de responsabilidade * - item do relatório ** - nº da recomendação no relatório *** - detalhamento no presente relatório PAS CAN CAN ATD ATD PAS PAS CAN CAN CAN CAN CAN CAN CAN CAN CAN 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 C) Relatório de Auditoria nº 201306500/2013 – Acompanhamento de Gestão 2013 Item* Nº Descrição sintética da recomendação Rec ** 1.1.1.1 1 Cessão SINDITEST – Apurar responsabilidade 1.1.1.1 2 Cessão SINDITEST – Promover retorno dos servidores Cessão SINDITEST – Pagamento c/comprovação de frequência 1.1.1.1 3 1.1.1.1 4 Cessão SINDITEST – Aprimorar controle de frequência 1.1.1.1 5 Cessão SINDITEST – Aprimorar controle de frequência 1.1.1.1 6 Cessão SINDITEST – Normatizar controle de frequência 1.1.1.1 7 Cessão SINDITEST – PROGEPE deve controlar frequência 1.1.1.3 1 Revisar/Reformular Resolução CEPE 34/2012 1.1.1.4 1 Revisar/Reformular Resolução CEPE 34/2012 * - item do relatório ** - nº da recomendação no relatório *** - detalhamento no presente relatório Situação Atual Detalhes*** CAN ATD ATD ATD ATD ATD ATD PAS PAS 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 D) Relatório de Auditoria nº 201108940/2011 – Auditoria Anual de Contas 2011 Item* Nº Descrição sintética da recomendação Rec ** 2.1.2.1 2 Reposição de valores indevidamente pagos – Adic. Insalub. 2.1.2.1 3 Reposição de valores indevidamente pagos – Adic. Peric 2.1.2.1 4 Apuração de responsabilidade 4.1.2.2 1 Apurar responsabilidade – acúmulo indevido de cargo * - item do relatório ** - nº da recomendação no relatório *** - detalhamento no presente relatório Situação Atual Detalhes*** PAS PAS PAS PAS 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 E) Relatório de Auditoria nº 253112 – Acompanhamento de Gestão Item* 3.1.1.2 3.1.1.6 3.1.1.6 Nº Rec ** 1 1 5 Descrição sintética da recomendação Situação Atual Detalhes*** Aprimorar controle de concessão de gratificação de concurso Implantar mapas de compensação de horas Aprimorar controle de concessão de gratificação de concurso ATD ATD ATD 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 13 3.1.2.4 1 Promover medidas de redução de risco ambiental * - item do relatório ** - nº da recomendação no relatório *** - detalhamento no presente relatório PAC 1.1.1.5 F) Impropriedades sendo acompanhadas por meio de Nota de Auditoria nº 201108940/002: Item* Nº Descrição sintética da recomendação Rec ** 2.1.1.2 1 Aperfeiçoamento do PDTI 2.1.1.2 2 Aprovação da versão revisada do PDTI pelo Conselho 2.1.1.2 4 Incluir no PDTI o estudo de necessidade de TI por área 2.1.1.2 5 Aprovação da política de desenvolvimento de software 2.1.1.2 6 Aprovação do acorde de nível de serviço * - item do Plano de Providências Permanente 2013 da UFPR ** - nº da recomendação na NA *** - detalhamento no presente relatório Situação Atual Detalhes*** PAS PAS PAS CAN CAN 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 1.1.1.5 o#tF a/ 2.8 Avaliação da Gestão do Patrimônio Imobiliário A gestão do patrimônio imobiliário da UFPR conta com a atuação de três órgãos, com as seguintes atribuições: a) Divisão de Patrimônio (DPA) da Central de Compras, Contratos e Patrimônio (DSG/CECOM), responsável pelos procedimentos de cadastros dos imóveis; b) Departamento de Contabilidade e Finanças (DCF) da Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (PROPLAN), responsável pelo registro contábil do patrimônio imobiliário; e c) Prefeitura da Cidade Universitária (PCU), que realiza a contratação de obras de construção e reforma, bem como, gerencia contratos de manutenção das edificações. Sobre os procedimentos de controles cadastrais referentes ao patrimônio imobiliário de responsabilidade da UFPR, verificou-se que o exercício de 2013 foi encerrado com melhorias, em comparação com os de 2011 (último ano acompanhado pela CGU), tendo o número de imóveis cadastrados no Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Uso Especial da União (Spiunet) aumentado de 21 para 28. No entanto, os registros procedidos no período não foram suficientes para concluir o cadastramento de todos os Imóveis da Universidade. Logo no início de 2014, mais 6 imóveis foram acrescentados, sendo que todos eles haviam sido adquiridos antes de 2013. Também foi constatado que o cadastramento dos imóveis no SPIUnet não é feito de forma individualizada, não havendo, portanto um Registro Imobiliário Patrimonial Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 14 (RIP) próprio para cada edifício construído, procedimento que não permite a identificação do valor contábil de cada um deles. Com base nos dados produzidos pela empresa Aeromapa S/A (contrato nº 291/2009); nas Obras concluídas após o levantamento da empresa; na relação de imóveis elaborada pela Divisão de Patrimônio (DPA) da UFPR (em atenção à Solicitação de Auditoria nº 2014048285/001); e da lista de imóveis cadastrados no SPIUnet até 28/02/2014 (data da extração para OS3), foi elaborado o quadro a seguir que apresenta a quantidade de “Ativos Ocultos”, em função da existência de imóveis não cadastrados no Spiunet e da não individualização de edifícios nesse sistema: Qtde. Real (a) 35 1 Qtde. Avaliada2 (b) 309 Qtde. registrada no SIAFI, mas não no SPIUnet (c)3 - Qtde. sem registro no SPIUnet (d)4 274 Qtde. registrada no SPIUNet/SIAFI mas não existente (e) - 1 Número de imóveis relacionados pela UJ na Informação n° 02/2014 DSG/DPA, cadastrados como de propriedade da União/UFPR. ² Contagem baseada nas fontes mencionadas, sendo que não foram incluídas: a) As edificações localizadas em Matinhos/PR (total de 6), em função do Relatório de Auditoria nº 201209812, onde consta que os imóveis pertencem à municipalidade e ao governo do estado; b) Duas Guaritas, não se incluindo a de Matinhos, já excluída no item acima c) Três Edificações da Associação dos Servidores da UFPR (ASUFEPAR); 3 O quantitativo se refere à diferença entre às contas correntes dos subelementos da conta contábil “142111000 - Bens Imóveis de Uso Especial” e o número de imóveis registrados no SPIUnet. Embora não haja diferença, vale mencionar que o exercício de 2013 foi encerrado com R$ 55.398.508,07 acumulados nos subelementos da conta contábil “142110000 - Bens Imóveis” em decorrência de obras encerradas, cujos valores não foram incorporados aos RIPs dos imóveis cadastrados no Spiunet; 4 Resultado da diferença entre b e a. O cadastro no Spiunet da Universidade possui ainda, outras inconsistências, como a desatualização das avaliações imobiliárias, ausência de informações sobre as benfeitorias e sobre a área construída da maioria dos imóveis da Instituição. Somente em relação a uma amostra de cinco Campi da UFPR (Centro de Estudos do Mar, Campus Botânico, Campus Politécnico, Reitoria e Setor Palotina), constatou-se que essas inconsistências implicaram numa subavaliação do patrimônio de R$ 566.226.299,47, conforme os Laudos produzidos pela empresa Aeromapa S/A, em 2010. Com relação aos registros no SIAFI, embora não tenha sido identificada diferença entre o quantitativo de contas correntes dos subelementos da conta contábil “142111000 Bens Imóveis de Uso Especial” e o número de imóveis registrados no SPIUnet, é oportuno mencionar que o exercício de 2013 foi encerrado com R$ 55.398.508,07 acumulados nos subelementos da conta contábil “142110000 - Bens Imóveis” em decorrência de obras encerradas ao longo dos últimos catorze anos, cujos valores não foram incorporados aos RIPs dos imóveis cadastrados no Spiunet Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 15 Também foram identificados R$ 16.122.138,38 indevidamente registrados em função de impropriedades como: - a contabilização de imóveis em duplicidade; - manutenção saldos de imóveis e de obras pertencentes a outras Instituições Federais de Ensino já desmembradas da Universidade (UNILA e IFPR); e - Contabilização de despesas com projetos do DNIT incorporados ao patrimônio imobiliário da Universidade. Por todos esses motivos, afirma-se que os registros contábeis de 31/12/2013, não refletiram o efetivo valor do patrimônio imobiliário da UFPR. Com relação ao registro da depreciação contábil dos imóveis da UFPR, informa-se que a Portaria STN nº 439, de 12/07/2012 estabeleceu a obrigatoriedade do seu lançamento somente a partir do Exercício de 2014. Nesse trabalho, também foram coletados dados dos últimos cinco anos sobre obras de construção e reforma dos imóveis da Universidade. Com base nos contratos firmados pela UFPR nesse período, foram identificados 15 prédios novos que foram construídos e inaugurados entre 01/01/2009 e 31/12/2013. Nesse período, as obras desses novos edifícios receberam investimentos de R$ 34.328.949,70, sendo R$ 26.344.134,27 em recursos do Reuni. Quanto às reformas dos edifícios já existentes, com base nos valores empenhados a partir de 2009, foram identificados 54 prédios que receberam, ou vem recebendo, algum tipo de reforma, em toda ou em parte da sua estrutura. O montante empenhado para essas obras somou R$ 35.937.029,94, sendo R$ 25.503.143,42 em recursos do REUNI. Afora as reformas contratadas, a Universidade mantém um serviço vinculado a sua Prefeitura para a realização de serviços de alvenaria, hidráulica, elétrica, marcenaria, pintura, serralheria e serviços gerais, a manutenção e a conservação das edificações e instalações em todos os campi UFPR utilizando mão de obra terceirizada. Não foram identificados convênios ou contratos transferindo às fundações de apoio a realização de manutenção dos prédios. Por fim, foram visitadas as instalações da UFPR (listadas a seguir) para se avaliar a infraestrutura das instalações de ensino da UFPR: - Edifício do Setor de Ciências Sociais Aplicadas, onde são lecionados os cursos de Administração, Contabilidade Economia e Gestão da Informação; - Bloco do curso de Engenharia Química do Campus Politécnico. - Bloco Didático II do Setor de Saúde onde são lecionados os cursos de Enfermagem e Terapia Ocupacional; e - Bloco de Laboratórios do Curso de Farmácia. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 16 Em síntese, foram verificados prédios em boas condições, mas necessitando de reparos. No caso do Bloco de Laboratórios do Curso de Farmácia, foi observado que a estrutura do prédio não está adequada ao tipo de atividade ali executada. As salas de aula contam com mesas e cadeiras em boa condição de uso e suficientes. Mas há muitas cujo layout não guarda uma distância mínima de 2,5m entre o Quadro negro e a 1ª carteira. Com relação à acessibilidade dos prédios, verificou-se que o do Curso de Farmácia não está adaptado. Já os demais contam rampas, elevadores e banheiros adaptados, muito embora haja melhorias a serem feitas, em especial no Bloco de Ciências Sociais. o#tF a/ 2.9 Estrutura e Atuação da Auditoria Interna Neste item o objetivo da auditoria consistiu em avaliar a estrutura e atuação da Unidade de Auditoria Interna da UFPR (Audin/UFPR). Em relação à estrutura da Audin, foram considerados os seguintes aspectos: (a) independência e sua posição no organograma da Entidade; (b) existência de regulamento/estatuto/regimento da Entidade com definição de responsabilidades, delimitação da atuação dos trabalhos, bem como do estabelecimento das normas que devem ser seguidas pelos auditores internos; (c) existência de uma política de desenvolvimento de competências para os auditores internos; e (d) estrutura disponível na Auditoria Interna e sua adequação às necessidades. Quanto à atuação da equipe da Audin, avaliaram-se as seguintes ações: (a) aderência das atividades realizadas pela Auditoria Interna no exercício sob análise, constantes no Relatório Anual de Atividades de Auditoria Interna (RAINT), com relação às planejadas; (b) o processo de gerenciamento de riscos, quando realizado pela Audin; (c) adequação do Plano Anual de Atividades de Auditoria Interna (PAINT) às fragilidades apontadas na avaliação de riscos, quando realizada; (d) atuação da Auditoria Interna em submeter o PAINT e possíveis modificações ao Conselho Diretor/Deliberativo da Entidade ou órgão equivalente para aprovação; (e) atuação da Audin no assessoramento à alta administração; (f) aplicação do princípio da segregação de funções, principalmente no que tange à realização de atividades típicas de gestão; e (g) atuação da Auditoria Interna em trabalhos de avaliação dos controles internos administrativos da Unidade Jurisdicionada. Para fundamentar as análises realizadas, foram utilizados os principais normativos que regem as atividades da auditoria interna no âmbito da administração pública federal, entendimentos recentes do Tribunal de Contas sobre a matéria e normas internacionais sobre a prática da auditoria interna no setor público, elaboradas pelo Institute of Internal Auditors (IIA). As técnicas e procedimentos adotados para a obtenção de informações abrangeram a análise dos seguintes documentos: PAINT do exercício avaliado e do exercício seguinte à avaliação; RAINT do exercício avaliado; Regimento Interno em que consta a formalização da política a ser adotada pela Auditoria Interna, a posição da Audin no Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 17 organograma da entidade, a estrutura e a definição de responsabilidades; e a Matriz de Riscos (quando houver). Além disso, foram realizadas entrevistas com a auditora interna e aplicação de questionários fechados. Em relação à estrutura da Unidade de Auditoria Interna (Audin), conclui-se que a Unidade está vinculada ao Conselho de Curadores (CONCUR) e não ao Conselho de Planejamento e Administração (COPLAD), de acordo conforme o artigo 1º da Resolução nº 15/03 – COPLAD. Conforme disposto naquela Resolução a Audin conta com uma política formalizada que (a) define a missão, a responsabilidade e autoridade do auditor-chefe, e (b) delimita a atuação dos trabalhos da Auditoria Interna, evitando que desempenhe tarefas de gestão administrativa, próprias de gestores. Porém, o mesmo normativo não estabeleceu normas que devem ser seguidas pelos auditores internos, como forma de evitar conflitos de interesses, seguindo os mesmos apenas o código profissional adotado pela AUDIBRA (Instituto dos Auditores Internos do Brasil), bem como não estabeleceu normas sobre a atuação dos auditores internos na gestão de riscos e na adequação e efetividade dos controles internos administrativos da Unidade. Conclui-se, ainda, que apesar de os servidores da Audin participarem no decorrer do exercício de eventos de capacitação, não existe na Unidade uma política de capacitação para o desenvolvimento de competências dos mesmos. Ademais, a Audin compõe-se hoje de 5 servidores sendo apenas 1 auditor interno – número insuficiente para o cumprimento das ações previstas no PAINT referente ao atual exercício. Quanto à atuação da equipe da Auditoria Interna, verifica-se que as ações da Audin representaram 75% das previstas no PAINT e se concentraram em atividades de apoio à Administração, bem como às demandas do CGU, TCU e Ministério Público, principalmente, deixando, no entanto, de atuar com maior intensidade nas atividades de fortalecimento dos controles da Entidade. Esse fato revela que o grau de aderência das auditorias realizadas no exercício em relação ao planejado poderia ter sido maior. Destaque-se que algumas ações de relevância do PAINT do exercício não foram executadas pelos motivos já expostos. Considerando o conteúdo dos relatórios produzidos pela Auditoria Interna no exercício sob exame, a Audin exerceu sua função de assessoramento aos gestores da Instituição, não tendo sidos verificados trabalhos em que ela tenha atuado em tarefas de gestão administrativa. Como benefícios obtidos pela atuação da Audin para a melhoria da gestão da IFE, destacam-se: recomendações de melhorias em controles nos contratos de prestação de serviços terceirizados e nos processos de aquisição de materiais para o Hospital de Clínicas; nos controles relacionados à cessão de servidores, sua regularidade e os eventuais reembolsos pelas cessionárias; resultados de apurações demandadas pelo Ministérios Público Federal, entre outras. Como ponto a ser aprimorado, destaca-se a incipiência dos trabalhos desenvolvidos na avaliação dos controles internos da Unidade Jurisdicionada. Diante do exposto, entendem-se necessárias a realização de estudo sobre o dimensionamento da força de trabalho e dos serviços da Audin, bem como a Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 18 estruturação de uma política de capacitação e retenção de seus servidores. Por fim, como já proposto no PAINT para 2014, a Unidade fará a revisão de seu regimento interno e da sua estrutura organizacional. o#tF a/ 2. 10 Ocorrências com dano ou prejuízo Entre as análises realizadas pela equipe, não foi constatada ocorrência de dano ao erário. 3. Conclusão Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando identificadas, foram devidamente tratadas por Nota de Auditoria e as providências corretivas a serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a UJ e monitorado pelo Controle Interno. Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislação aplicável, submetemos o presente relatório à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria. Curitiba/PR, 23 de julho de 2014. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 19 Relatório supervisionado e aprovado por: _____________________________________________________________ Chefe da Controladoria Regional da União no Estado do Paraná _______________________________________________ Achados da Auditoria - nº 201407318 1 CONTROLES DA GESTÃO 1.1 CONTROLES INTERNOS 1.1.1 AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS 1.1.1.1 INFORMAÇÃO Avaliação do gerenciamento do Sistema CGU-PAD. Fato Em consulta ao Relatório de Gestão da UFPR do exercício de 2013, verificou-se que foram inseridas informações, em seu item 3.4, sobre o Sistema de Correição na Unidade. A Universidade informa que a estrutura do sistema de correição está inserida por meio da Gerência dos Procedimentos Disciplinares – GPD, sendo esta subordinada diretamente ao Gabinete da Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas – PROGEPE. A mesma conta com três servidores para o desempenho das atividades, sendo um Coordenador (M. N. M. – Portaria nº 2378/2013/PROGEPE), e duas Administradoras do sistema CGU/PAD (S. M. D. S. F. – Portaria nº 2378/2013/PROGEPE; e E. M. L. C. C. – Portaria nº 4659/2013/PROGEPE). Segundo o Relatório de Gestão, a GPD conta com uma sala de audiências, e uma secretaria dos Processos Administrativos Disciplinares e Sindicâncias, para o desenvolvimento e suporte dos trabalhos desenvolvidos pelas diversas comissões designadas. A instauração e julgamento dos processos disciplinares são de competência do Reitor, Pró-Reitores ou Diretores de Setor. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 20 Em visita à GPD localizada no prédio que sedia a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEPE) da UFPR, observou-se a estrutura física e os recursos tecnológicos à disposição, tanto dos membros da GPD como das comissões formadas para as apurações processuais. A Gerência conta com uma secretaria, possuindo dois computadores, e uma sala de audiência, possuindo uma mesa de audiência e uma de secretariado, contendo três computadores, conforme registros fotográficos a seguir: Registro 1 – Sala de Audiências Registro 2 – Sala de Audiências Em entrevista, os servidores afirmaram que a estrutura física e tecnológica é suficiente para o desempenho das atividades, porém, o espaço físico poderia ser ampliado. Em consulta ao sítio eletrônico da CGU, "http://www.cgu.gov.br/cgupad/ cgupad_orgaos /index.asp", a UFPR não consta do rol de Universidades, dentro da Secretaria de Educação Superior, que designaram seus Coordenador e Administrador do Sistema CGU/PAD. Porém, como já informado, a UFPR nomeou três servidores, um Coordenador e duas Administradoras, sendo observado em visita à GPD que eles têm perfil de acesso para executar as funções de cadastramento dos processos no sistema. Ademais, com base no relatório de Listagem de Usuários do sistema CGU-PAD, verificou-se que, além dos três servidores da GPD, dois servidores da Audin também estão cadastrados, sendo que todos os usuários possuem perfis de “administrador”, “cadastrador”, e de “consulta”. Essa situação não é desejável, uma vez que o acesso ao perfil de “administrador” deveria ser restrito a apenas um servidor (preferencialmente o Coordenador) e os servidores da Audin deveriam ter apenas o acesso de “consulta”. Em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201404825/023, a Unidade informou que não foram elaborados normativos internos que regulamentam o registro de informações no CGU-PAD. o#tF a/ 1.1.1.2 CONSTATAÇÃO Existência de processos administrativos instaurados não registrados no CGU-PAD. Fato Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 21 Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201404825/023 foi solicitada à UFPR a relação de processos disciplinares instaurados a partir de 2007. Em resposta, data de 09/05/2014, a Gerência de Procedimentos Disciplinares – GDP/PROGEPE relacionou os processos disciplinares instaurados no período de 01/11/2013 a 30/04/2014, não atendendo ao pedido desta Controladoria, que estipulou data mais ampla para análise. Do período apresentado, foram relacionados 33 processos instaurados, entre aqueles em andamento e os já encerrados, sendo que desses, 17 não estavam lançados no CGUPAD, ou seja, 51,52% do total. Os processos disciplinares não inseridos no referido sistema estão a seguir relacionados: Nº do processo 23075.005988/2014-39 23075.007581/2014-46 23075.045343/2013-58 23075.030630/2013-63 23075.010621/2014-37 23075.090287/2011-44 23075.090347/2011-29 23075.090284/2011-19 23075.090231/2011-90 23075.009166/2014-27 23075.090178/2014-51 23075.090222/2011-07 23075.090361/2011-22 23075.090392/2011-83 23075.090449/2011-44 23075.012713/2014-51 23075.045348/2013-81 Status Em andamento Instalação prevista para 15/05/2014 Concluído Aguardando data de instalação dos trabalhos Concluído Concluído Concluído Em andamento Em andamento Em andamento Em andamento Em andamento Em andamento Em andamento Em andamento Em andamento Concluído Em consulta ao Relatório de Procedimentos Instaurados, extraído do sistema CGUPAD, do endereço http://www.cgu.gov.br/cgupad/cgupad_orgaos/index.asp, foi verificado o lançamento de 110 processos, a partir de 02/09/2008, comtemplando 16 processos informados pela Unidade em resposta à Solicitação de Auditoria. Em complemento, a Unidade informou que, devido à ausência de transição da gestão anterior para a atual, ocorrida em 18/03/2009, as informações de 2006 a 2008 restariam prejudicadas, não sendo lançados processos instaurados naquele período. A seguir, transcreve-se a informação disponibilizada: “Em relação aos itens b.2 e b.3 esta Gerência informa primeiramente que assumiu a função para o cargo de confiança de Gerente dos Procedimentos Disciplinares - GPD desta Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas - PROGEPE da UFPR, no início do ano de 2009, sendo nomeado nesta função através da Portaria nº 582/PROGEPE, de 18 de março de 2009 (cópia em anexa). Informo que ao assumir a referida função, não houve transição, não sendo passadas as informações na área disciplinar das 02 (duas) últimas Gestões desta PROGEPE/UFPR, referente aos trabalhos realizados anterior a data de 31 de dezembro de 2008 desta Instituição. Isto posto, neste momento esta Gerência fica impossibilitada de fornecer tais dados. Informo que para atender a esta Solicitação de Auditoria de nº 201404825/ 023 da CGU, faz-se necessário em uma 1ª etapa, solicitar da Unidade de Emissão de Portarias e Controle de Funções UPCF do Departamento de Administração de Pessoal Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 22 DAP/PROGEPE, a relação de todas as portarias emitidas pelo Magnífico Reitor da UFPR e do Pró-Reitor de Gestão de Pessoas, no período de 01 de janeiro de 2006 à 31 de dezembro de 2008. Em uma 2ª etapa, localizar e requisitar todos os processos fisicamente, provavelmente arquivados no Arquivo Geral - ARQGER da UFPR e no Arquivo DAP-SAM (pasta funcional do servidor), para posteriormente em uma 3ª etapa, levantar os dados solicitados pela Auditoria da CGU. Ressalto neste momento, que o tempo previsto para tal levantamento é difícil de ser estimado em razão de outras tarefas desenvolvidas frente a GPD/PROGEPE. Por fim, neste ato, deixo registrado que pelo alto número de processos reabertos, conforme cópias das portarias em anexo, causa retrabalho nesta Unidade Gerencial, gerando em média por processo, um número considerável de emissão de portarias, muitas delas de: a) revogação; b) substituição de Membros; c) ultimação dos trabalhos; d) convalidações dos trabalhos; e) sobrestamentos entre outros. Com isto, esta Unidade Gerencial acaba priorizando as instalações destes processos, para após a emissão do relatório da comissão e da decisão da autoridade competente, registrar todos os dados no Sistema de Correição CGU-PAD. Cada processo tem obviamente data de início dos trabalhos, à partir da data da emissão de uma portaria, no entanto, o lançamento da data de decisão final da autoridade competente no Sistema de Correição CGU-PAD, fica muitas vezes em aberto, em virtude deste retrabalho.” Da análise da manifestação exarada, observa-se que a despeito do fato de a atual gestão assumir suas atribuições a partir do exercício de 2009, sem que a gestão anterior repassasse informações anteriores àquele período, a Gerência de Procedimentos Disciplinares não forneceu os dados solicitados referentes ao período compreendido entre 2009 e 01/11/2013, restando prejudicada a análise nesse ínterim. Ademais, mesmo que a Unidade tenha informado que somente registra os dados no Sistema após a emissão do relatório da comissão e da decisão da autoridade competente, observou-se nos dados disponibilizados que não foram lançados 04 processos já concluídos, dentre os instaurados no período de 01/11/2013 e 30/04/2014. Constata-se que a UFPR não vem observando na íntegra o disposto na Portaria CGU nº 1.043/2007, que estabelece a obrigatoriedade de uso do Sistema de Gestão de Processos Disciplinares (CGU-PAD) para o gerenciamento das informações sobre processos disciplinares no âmbito do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal. o#tF a/ Causa Ausência de rotina específica para o registro dos processos no CGU-PAD. u#asC / Manifestação da Unidade Examinada Não houve manifestações complementares às transcritas no campo fato. oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Não houve manifestações complementares às transcritas no campo fato. orInC #estA li/a Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 23 Recomendações: Recomendação 1: Recomenda-se que a Unidade efetue o lançamento de todos os processos disciplinares no sistema CGU-PAD conforme o disposto na Portaria CGU nº 1.043/2007. 1.1.1.3 INFORMAÇÃO Avaliação da Conformidade das Peças contidas nas normas do Tribunal de Contas da União no Processo de Prestação de Contas. Fato Composição do Processo de Contas: Da análise do processo nº 23075.005520/2014-44, relativo à prestação de contas da UFPR do exercício de 2013, foi verificado que o mesmo contém as seguintes peças: - rol de responsáveis; - relatório de auditoria nº 002/2014; - parecer do Conselho de Curadores (CONCUR); - parecer do Conselho de Planejamento e Administração (COPLAD); - relatório de correição (Anexo III); - cópia do recibo de envio do Relatório de Gestão; e - outros documentos complementares. Com relação às peças que compõem o processo de contas, verifica-se que todas aquelas exigidas nos Anexos II e III da Decisão Normativa TCU nº 132/2013 estão presentes no referido processo. Conteúdo das Peças do Processo: O conteúdo do rol de responsáveis será tratado em procedimento específico do presente relatório. Quanto ao relatório de auditoria nº 002/2014, o mesmo relata os conteúdos previstos nos subitens “a” a “g” do item “1” do Anexo III da DN TCU nº 132/2013. Em atendimento ao item “2” da citada DN, ou seja, os “pareceres de conselho que por força de lei, regulamento ou regimento esteja obrigado a se pronunciar sobre as contas da unidade jurisdicionada”, por força das disposições estatutárias, devem emitir parecer o Conselho de Curadores (CONCUR), bem como o Conselho de Planejamento e Administração (COPLAD). Os mesmos se pronunciaram conforme análise das peças. Por fim, em atendimento ao item “6” da DN do TCU, a unidade emitiu o Relatório de Correição, contendo o número dos processos, o tipo de apuração, o tipo, o número e a data do ato instaurador, uma descrição sucinta sobre o fato apurado, a situação do processo, o julgamento, a pena aplicada, a remessa a autoridades externas e a recomendação de instauração de TCE (dos últimos 04 itens, se aplicável). Com relação ao conteúdo das peças, verificou-se sua regularidade. Conteúdo do Relatório de Gestão: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 24 Quanto ao conteúdo do Relatório de Gestão, observou-se que o documento abordou todos os conteúdos previstos na Decisão Normativa TCU nº 127/2013 e Portaria TCU nº 175/2013, sendo feitas as devidas referências aos conteúdos não aplicáveis ou àqueles, ainda que aplicáveis, ausentes de ações no exercício em questão. Apenas ressalva-se o conteúdo inserido no item 2.1.3.6 – Execução do Plano de Metas ou de Ações, relativo às metas constantes no plano de desenvolvimento institucional 2012-2016 da UFPR, conquanto a Unidade não informou em termos quantitativos os resultados alcançados para o exercício de 2013 e anteriores. Uma vez que as metas estão definidas de maneira clara e precisa e que os indicadores de execução são objetivos, os resultados quantitativos deveriam ser apurados, o que não ocorreu. o#tF a/ 1.1.1.4 INFORMAÇÃO Situação de atendimento das recomendações emitidas pela CGU em auditorias anteriores. Fato Segue relação de recomendações emitidas pela CGU em auditorias anteriores, cujos monitoramentos foram encerrados: A) Do Relatório de Auditoria nº 201305988/2013: A.1) Item 1.1.2.2 – Inconsistência na concessão da Progressão por Mérito Funcional: Considerando que as progressões indevidas foram promovidas entre 2006 a 2007, o ato se encontra prescrito, não havendo medidas administrativas e judiciais capazes de reverter a situação equivocada, conforme preconiza o art. 53 da Lei nº 9.784/99. Em relação aos 15 servidores ativos, o processo se encontra em revisão. Devido à imaterialidade, o assunto será objeto de acompanhamento por meio do Plano de Providências Permanente. A.2) Item 1.1.2.3 – Não absorção de benefícios judiciais referentes ao Plano Econômico – URP Fev/1988 e 3,17% dos Docentes: Conforme consulta à folha de Fev/2014, o pagamento de tais rubricas foram interrompidas. Segue quadro ilustrativo: Fev/13 Código Rubrica Descrição Rubrica DECISAO JUDICIAL N TRAN JUG 10288 AT DECISAO JUDICIAL N TRAN JUG 10289 AP Valor (R$) 15277 DECISAO JUDICIAL TRAN JUG AT. DECISAO JUDICIAL TRANS JUG 16171 APO TOTAL * - FONTE - SIAPE Dinheiro público é da sua conta 44.114,51 Mar/14 Qt Serv Valor (R$) 15 Qt Serv 49.769,98 16 154.801,58 63 142.631,25 49 274.120,66 1.601 104.003,23 309 1.175.055 2.659 884.612,04 1.274 1.648.092 4.338 1.648 1.181.016 www.portaldatransparencia.gov.br 25 Conforme Quadro 48 – página 74 – do Relatório de Auditoria nº 201305988/2013, o quantitativo de servidores que estavam percebendo indevidamente os benefícios relacionados com a URP Fev/1988 e 3,17% eram 2.891, no valor mensal (em Fev/2013) de R$ 386.162,00. Conforme ilustrado no quadro, as despesas relacionadas com pagamentos judiciais teve uma redução de R$ 467.076,00 e ocorreu uma redução de 2.690 servidores percebendo benefícios desta natureza. Considerando a informação prestada pela PROGEPE de que as rubricas foram excluídas e considerando os valores levantados no SIAPE, entende-se que as inconsistências foram sanadas. A.3) Item 1.1.2.4 - Inconsistência nas informações cadastrais do SIAPE, gerando divergência quando do cálculo do Adicional de Tempo de Serviço: Sobre o assunto, por meio do Ofício nº 182/2014-PROGEPE, de 12/Mai/2014, a UFPR informou: “Durante os trabalhos de auditoria a equipe da CGU, através de relatório do DW SlAPENET entregou uma relação com 714 servidores inativos e 4 servidores ativos cujos valores pagos a título de Adicional por Tempo de Serviço não se encontravam compatíveis com as informações constantes no cadastro funcional dos servidores. Após a conferência de uma amostra, dado ao curto espaço de tempo disponível, verificou-se que a divergência decorria de não atualização no cadastro dos servidores. Na totalidade da amostra analisada foi constatado que o cálcu lo do valor do a dicional correspondia às informações documentais constantes na pasta funcional e que apenas o tempo de serviço público, decorrente de tempo exercido em outros órgãos, não se encontrava adequadamente atualizado no cadastro do servidor. Aparentemente, não há dano ao erário e sim um problema de registro de dados cadastrais no SIAPE. Conforme acordado em reumao realizada no dia 09/05/20 14, com representantes da PROGEPE e da CGU, no Gabinete do Reitor da UFPR, será realizada um levantamento preliminar por amostragem.” Os exames amostrais efetuados pela CGU-Regional/PR também indicaram ocorrência de erro de cadastro, portanto, não havendo indício de prejuízo financeiro. Considerando a natureza formal da impropriedade, o assunto será objeto de acompanhamento por meio do Plano de Providência Permanente. Considerando o volume de trabalho esperado para a revisão de 714 pastas funcionais e considerando a existência de diversas outras prioridades na PROGEPE, recomenda-se a avaliação da contagem de tempo de forma amostral (sugere-se, avaliar uma amostra aleatória de 25 servidores). A.4) Item 1.1.2.6 - Inconsistência no pagamento da Diferença de Provento do art. 192, I e II, da Lei nº 8 .112/90: Sobre o assunto, por meio do Ofício nº 182/2014-PROGEPE, de 12/Mai/2014, a UFPR informou: “Não ocorreu resposta individual à UFPR, no entanto, o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão, através da Secretaria de Gestão Pública, tem se pronunciado através de inúmeras Notas Técnicas dirigidas a outros Órgãos, acerca do assunto. Assim, o cálculo da vantagem do art. 192, inciso I aos docentes é efetuado utilizando-se todas as parcelas que formam a base dos proventos. Com relação aos integrantes do quadro técnico administrativo, regidos pela Lei n° 11.091/2005, detectamos que o pagamento da citada vantagem vinha sendo efetuado em desacordo com a previsão contida no art.4° da Orientação Normativa MPOG/SRH nº 11/2010. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 26 Informamos que tais inconsistências foram corrigidas a partir da folha de pagamento referente ao mês de março/2014”. Em relação ao critério de cálculo da Diferença de Provento do art. 192, I e II da Lei nº 8.112/90 para docentes, entende-se adequada a utilização de todas as rubricas que constituem benefícios de natureza permanente. Em relação ao assunto, a UFPR efetuou ajustes sobre os servidores técnicoadministrativos não amparados pelos Mandados de Segurança (Mandado de Segurança nº 2000.70.00.028462-4, 2000.70.00.028466-1, 2000.70.00.028461-2, 2000.70.0029692-4, 2000.028437-3, 2000.70.00.028467-3 e 2001.70.00.005145-2). Os ajustes efetuados reduziram a rubrica 00356 – Diferença de Proventos Art. 192 Inciso II, R$ 75.400,00 (referência Fev/2013) para R$ 69.055,00 (referência Abr/2014). A análise do mérito dos Mandados de Segurança não foi objeto de avaliação nas auditorias, assim, considerando as informações disponíveis, entende-se que a recomendação foi atendida. A.5) Item 2.1.2.2 - Necessidade de aperfeiçoamento dos controles internos na Diretoria de Administração de Pessoal - DAP. Sobre o assunto, por meio do Ofício nº 182/2014-PROGEPE, de 12/Mai/2014, a UFPR informou: “Alguns itens apontados já existem, como por exemplo, a existência do Manual de Normas que está disponível na página eletrônica da Pró Reitoria de Gestão de Pessoas; a melhoria de alguns formulários disponíveis (especificamente o formulário referente à cessão de servidores) e atualização de dados cadastrais que ocorre ainda que de forma tímida. O fato do recadastramento de servidores aposentados e de pensionistas ter sido alterada, pela Secretaria de Gestão Pública melhorou sensivelmente a ocorrência do recadastramento no âmbito da Universidade Federal do Paraná. Não conseguimos avançar quanto à implantação de indicadores e emissão de relatórios gerenciais.” Conforme exames de auditoria realizados no âmbito da Auditoria Anual de Contas 2012 (que resultou no Relatório nº 201305988/2013), apesar dos apontamentos quanto à deficiência na segregação de função, não foram identificados erros em volume significativo. Vale salientar que, os apontamentos efetuados naquele relatório foram decorrentes de: equívoco na interpretação da norma; e falta de pessoal para manter o cadastro atualizado (este foi a causa da situação da Gratificação por Tempo de Serviço). Em sua resposta, a PROGEPE/UFPR informou que ocorreram melhoras tímidas. No presente relatório, consta tópico específico sobre o tema “Governança de Gestão de Pessoas”. Todos os assuntos relacionados à política, estratégia e gestão de RH serão consolidados naquele tópico e recomendações serão emitidas, caso necessário. Assim sendo, as recomendações específicas do Relatório nº 201305988/2013 referente ao item ora em análise serão canceladas. A.6) Item 2.1.2.3 - Necessidade de aperfeiçoamento do uso das informações gerenciais e dos indicadores de gestão na CAISS: Sobre o assunto, por meio do Ofício nº 182/2014-PROGEPE, de 12/Mai/2014, a UFPR informou: “Elaborado um plano de trabalho da CAISS para o ano de 2014, que se tornará um Programa de Saúde para UFPR à medida que houver as adequações necessárias durante seu transcorrer. Tal plano de trabalho envolve a estruturação, o compartilhamento e o gerenciamento de projetos/programas e seus respectivos fluxos de trabalho, assim identificados: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 27 I. Programa de Saúde do Trabalhador; II. Programa Profilático de Administração das Pressões no Trabalho – UAS/UCAP/jDEPSI; III. Programa de Pré-Aposentadoria - parceria com o DEPSI; IV . Programa Criando Saúde - parceria com o Núcleo de Qualidade de Vida/CEPEFIS/CECOM/PPGEF; V. Programa Saúde Mental - parceria com Secretaria Municipal de Curitiba; VI. Programa Conversando sobre Saúde. O tratamento dos dados epidemiológico está vinculado ao SIASS e estamos aguardando a autorização do DESAP para firmar o novo Acordo de Cooperação, conforme Ofício n° 19/DESAP/SEGEP/MP de 19 de abril de 2014 (Assunto: Alteração nos procedimentos de celebração dos acordos de cooperação técnica no âmbito do SIASS). Realizado planejamento de Atividades e Competências da CAISS para o ano de 2014, que está sendo executado de forma parcial devido à greve. Foi solicitada a administração da UFPR um imóvel, por falta de estrutura física adequada as peculiaridades da área de saúde, ainda não providenciado. Realizada reformatação da equipe de trabalho da CAISS, com novos servidores e mudança de chefias. Está sendo solicitado um profissional de Tecnologia da Informação para criação de um sistema informatizado exclusivo da área de saúde, voltado para o tratamento dos dados epidemiológicos, a fim de subsidiar as políticas de saúde, dando autonomia a UFPR, uma vez que atualmente todos os dados estão sob o controle do DESAP/MP/SIASS.” As informações apresentadas demonstram avanço nas estratégias/projetos/ações voltadas para a formação do Programa de Saúde da UFPR. Consistia objetivo da recomendação apresentar, em forma de exemplos, situações que poderiam ensejar melhora na política de saúde dos servidores da UFPR. Considerando o posicionamento da UFPR, entende-se que tais objetivos foram atingidos, assim, as recomendações sendo atendidas. No que tange à necessidade de processamento de dados da saúde, a PROGEPE informou que está sendo providenciado um profissional de TI. No presente relatório, consta tópico específico sobre o tema “Governança de Gestão de Pessoas”. Todos os assuntos relacionados à política, estratégia e gestão de RH serão consolidados naquele tópico. A.7) Item 2.1.2.4 - Necessidade de aperfeiçoamento do Programa de Avaliação de Desempenho da UFPR: Sobre o assunto, por meio do Ofício nº 182/2014-PROGEPE, de 12/Mai/2014, a UFPR informou: “5.1) Será implementada a avaliação vertical e horizontal - se avaliação vertical (de chefe para subordinada e vice versa) e a avaliação horizontal (entre pares e entre setores) está ou será implementada? Com o intuito do cumprimento das determinações dos Órgãos de Controle, para aperfeiçoamento do Programa de Avaliação de Desempenho da UFPR para 2015, foram encaminhados expedientes a todas as unidades administrativas solicitando indicação de representante para participação em grupo multidisciplinar, previsto na Resolução, para atuação junto a Comissão Própria de Avaliação, que já realizou reunião na PROGEPE e deu inicio aos procedimentos para 2015, aonde deverão definidos critérios pela Comissão para implantação da avaliação vertical dos servidores, seja chefe avaliando individual e nominalmente os membros da equipe, e chefe sendo avaliado pela equipe. O Grupo se reuniu dia 6 de maio no auditório da PROGEPE, com representantes da PróReitoria de Administração, Pró-Reitoria de Graduação, Hospital de Clinicas, Setor de Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 28 Ciências Biológicas, Setor de Ciências Agrárias, Setor de Comunicação e Design, Setor de Ciências Humanas e Setor de Educação Profissional e Tecnológica, os quais em consenso com a PROGEPE deliberaram pela nomeação por Portaria de Comissão Multidisciplinar entre os representantes presentes para início do segundo passo no aperfeiçoamento da avaliação de desempenho dos servidores técnicos administrativos para 2015. Foi sugerida a necessidade de avançar no cronograma estabelecido na Resolução 21/08 COPLAD, aonde já para 2014 houve a alteração dos pesos, para a composição da nota final da avaliação de desempenho, e a inclusão do resultado da avaliação setorial. A autoavaliação passou a ter um valor máximo de 6 (seis) pontos, a avaliação institucional manterá o valor de 2 (dois) pontos e foi incluída a avaliação setorial com um valor máximo de 2 (dois) pontos. As notas das avaliações institucional e setorial foram calculadas a partir da pesquisa realizada pela Comissão Própria de Avaliação no final de 2013. Outras novidades foram às inclusões de perguntas sobre temas como ambiente de trabalho, planejamento e chefia. Diversas novas sugestões já foram pautadas como experiências vividas por servidores em outras instituições , que agora atuam na UFPR, de aproveitamento das experiências em nosso ambiente organizacional. 5.2) Se as avaliações já estão sendo realizadas em plataforma eletrônica (sistema SIG) e se já é possível a emissão de relatórios gerenciais? A avaliação é realizada por plataforma eletrônica operacionalizada pelo Centro de Computação Eletrônica - CCE/UFPR, sendo possível a emissão de relatórios gerenciais. 5.3) Se os resultados do Programa de Avaliação de Desempenho serão utilizados sob enfoque gerencial, para subsidiar tomadas de decisões e fomentar a melhoria da gestão? Sim, a avaliação de desempenho já é utilizada para diagnóstico e elaboração de plano de ações da UFPR conforme a abordagem gerencial, observando os princípios administrativos da eficiência (este explicitamente constitucional), eficácia e efetividade; mas também de acordo com uma administração universitária democrática, plural e participativa. 5.4) Se os resultados do Programa de Avaliação de Desempenho irão permitir a identificação de lacunas /necessidades de capacitação? Sim, a avaliação de desempenho e as ações de capacitação e qualificação devem estar integradas. 5.5) Se os resultados do Programa de Avaliação de Desempenho irão permitir a identificação de situações de conflito, insatisfação e desmotivação, permitindo uma interferência tempestiva e eficaz da PROGEPE para solução de problemas: Sim, um dos objetivos da avaliação é esse. Entretanto é importante frisar que a existência de conflito, insatisfação e desmotivação são inerentes à realidade organizacional, tanto em órgãos e entidades da administração pública direta e indireta como em organizações privadas. Outrossim, é importante frisar que muitas das questões relativas à gestão de pessoas estão diretamente relacionadas aos Ministério da Educação e Planejamento, tendo a UFPR um papel determinado e limitado pela legislação e regulamentação, em que pese a autonomia universitária estabelecida na carta constitucional de 1988. 5.6) Se os resultados do Programa de Avaliação de Desempenho irá permitir uma avaliação do desempenho funcional - seja individual ou do setor: A avaliação setorial já esteve presente na avaliação de desempenho efetuada em março de 2014. A avaliação do servidor por sua chefia será implantada a partir do ano de 2015.” Conforme descrito no Relatório de Auditoria nº 201305988/2013, até 2013 a realidade da “avaliação funcional” na UFPR se limitava tão somente à auto avaliação. As informações Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 29 prestadas demonstram as ações realizadas pela PROGEPE para tornar a avaliação um instrumento de gestão, por meio da coleta de informações de forma vertical e horizontal (no que tange à avaliação). Em Mar/2014 foi introduzida à avaliação setorial e em 2015 será introduzida a avaliação horizontal e vertical. A PROGEPE manifestou que as informações das avaliações serão tratadas para fins estratégicos e gerenciais. Consistia objetivo da recomendação, estimular a implantação/aperfeiçoamento da avaliação funcional na UFPR. Considerando as ações já desenvolvidas e a serem desenvolvidas, entende-se que tais objetivos foram atingidos, assim, as recomendações sendo atendidas. No presente relatório, consta tópico específico sobre o tema “Governança de Gestão de Pessoas”. Todos os assuntos relacionados à política, estratégia e gestão de RH serão consolidados naquele tópico e recomendações serão emitidas, caso necessário. A.8) Item 2.1.2.5 - Necessidade de integração das atividades desenvolvidas pelas Coordenações da PROGEPE: Sobre o assunto, por meio do Ofício nº 182/2014-PROGEPE, de 12/Mai/2014, a UFPR informou: “Como já foi manifestado anteriormente, a PROGEPE já vem promovendo reuniões e estudos no sentido de consolidar o intercâmbio de informações entre as Coordenações, com a finalidade de desenvolver atividades integradas, o que proporcionará maior eficiência e rapidez nas respostas de demandas, para a instituição e servidores. São realizadas desde abril/ 2013 reuniões quinzenais com todas as unidades da PROGEPE, aonde é dada oportunidade de sugestões para melhoria das práticas administrativas da Pró-Reitoria, aonde algumas sugestões inovadoras já estão sendo desenvolvidas, como por exemplo, o perfil sociocultural, educacional e econômico dos servidores da UFPR, que tem o objetivo de acolher as demandas da UFPR e outros órgãos sobre proposições relacionadas aos sistemas de informações de recursos humanos, perfil este essencial para início de práticas de fomento à gestão. Houve também melhoria significativa no fluxo e controle de cessão de servidores, aonde foram implantados novos controles e treinamento de pessoal da para verificação da pontualidade dos pagamentos. Está sendo desenvolvido junto à Coordenação de Planejamento de Pessoal - CPP, com apoio do CCE, de várias unidades da PROGEPE e todos os setores da UFPR, a equalização de todos os sistemas de informática e banco de dados de gestão de pessoas. Esta equalização possibilitará a diminuição, organização e integração dos trabalhos das unidades da PROGEPE. Outro ponto a ser destacado é a implantação do SISTEMA INTEGRA, que visa inovar práticas, com a adoção dos conceitos de sustentabilidade, abolindo gradativamente o uso dos documentos em papel e propiciando aceleração aos atendimentos, integrando as atividades da Unidade de Movimentação de Pessoal - UMAP e da Unidade de Recrutamento de Pessoal - URP, subordinadas à Coordenação de Planejamento de Pessoal, com a Unidade de Registros Funcionais e Cadastrais - URFC, vinculado ao Departamento de Administração de Pessoal, bem como a Unidade de Avaliação - UA, da Coordenação de Desenvolvimento de Pessoal, para o atendimento das demandas dos setores e unidades da UFPR. É importante informar que a lógica de construção do INTEGRA é gradativa e as funcionalidades serão disponibilizadas de forma sequencial. A primeira funcionalidade já disponibilizada é a da solicitação de provimento para os cargos vagos relativos ao Quadro Referência de Servidores Técnicos Administrativos em Educação - QRSTA.” Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 30 As Boas Práticas introduzidas demonstram a pro atividade da PROGEPE em fomentar à gestão. Uma vez que o propósito da recomendação era o de incentivas as boas práticas, entende-se que a mesma se encontra atendida. A.9) Item 3.1.2.1 - Ausência de implementação de políticas capazes de diminuir a deficiência de força de trabalho da Unidade e de mecanismos efetivos e eficazes de controle de ponto e frequência do seu pessoal para suportar os pagamentos da folha. Em relação à recomendação pertinente à implantação do ponto eletrônico, a UFPR informou: “Através do Ofício 549/2013-PROGEPE, processo 039666/2013-11, foi solicitado à Pró-Reitoria de Administração o desenvolvimento de software gerencial para controle de frequência mensal dos servidores da UFPR, junto ao Centro de Computação Eletrônica - CCE. Em resposta, o CCE através do Ofício nº 128/2013, de 22/10/2013, solicita indicação de servidores da PROGEPE para acompanhamento do desenvolvimento do sistema, em trâmite, com a realização da primeira reunião.” Considerando as iniciativas para a implantação do ponto eletrônico, entende-se que a recomendação foi atendida. Em relação à recomendação pertinente à substituição dos terceirizados por efetivos, uma vez que a contratação dos servidores está limitada conforme QRSTA – Quadro Referência de Servidores Técnicos Administrativos em Educação e BPEQ – Banco de Professor Equivalente, a UFPR não possui autonomia para aumentar o número de servidores, no intuito de suprir postos ocupados por terceirizados. Neste contexto, a presente recomendação será cancelada, sendo incluída no contexto da otimização do uso da força de trabalho, referida em item específico deste relatório. Por fim, em relação à recomendação pertinente ao encaminhamento das folhas assinadas pelas chefias à PROGEPE, conforme reunião técnica com o Pró-Reitor da PROGEPE, entendeu-se que esta prática iria trazer maior burocracia A.10) Item 3.1.3.1 - Descumprimento, pela unidade, dos prazos previstos do art. 7º da IN/TCU nº 55/2007. Considerando que o setor de análise de pessoal da CGU-Regional/PR não reportou maiores atrasos na entrega de processos de pessoal em 2013, entende-se que, foram implementadas melhorias gerenciais na UFPR, assim, a recomendação sendo cumprida. A.11) Item 3.1.4.1 - Impropriedade em pagamento referente à Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso a servidores que atuaram no evento XVII Semana do Servidor. Conforme descrito em item 4.2.1.2 – Governança de RH, entende-se que no contexto amplo de gestão de RH, especialmente no tocante à motivação do servidor, constitui um evento de interesse público a realização da Semana do Servidor. O pagamento de Gratificação por Encarga de Curso ou Concurso a servidores que se dispõe a contribuir com o evento constitui um estimulo (e também uma justa remuneração pelos serviços não inerentes ao cargo prestados). Neste contexto, a recomendação será reformulada no sentido de permitir o pagamento da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso a servidores que se dedicarem às atividades voltadas à comunidade universitária, respeitando a proporcionalidade e razoabilidade da concessão de gratificações desta natureza. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 31 A.12) Item 3.1.4.2 - Concessão de Progressão de Capacitação sem a exigência de todas as capacitações previstas na Lei nº 11.091/2005, causando prejuízo financeiro anual estimado de R$ 5.205.081,00 Em relação às recomendações pertinentes à readequação das progressões já concedidas indevidamente e reposição de valores indevidamente pagos, entende-se que ocorreu a prescrição das progressões concedidas até Mai/2009 (considerando Mai/2014). O assunto será objeto de acompanhamento por meio do Plano de Providências Permanente. Conforme informações prestadas pela PROGEPE, o assunto está em análise pela Consultoria Jurídica, com a finalidade de evitar litígios futuros. Em relação à interrupção da prática de progressão direta, o entendimento sobre o assunto na UFPR foi alterado, conforme manifestado em seu Plano de Providencias Permanente 2013 – referentes aos Relatórios 201305988 e 201306500 – página 27 e divulgada no sítio eletrônico da PROGEPE para a comunidade. A.13) Item 3.1.4.4 - Prorrogação de cessão de servidores com inadimplência de reembolsos por parte do órgão cessionário. Com a finalidade de comprovar o reembolso dos valores e o retorno do servidor cedido (e o efetivo exercício na UFPR), foram apresentados cópias dos comprovantes de recebimento (GRU) e folha ponto dos servidores, devidamente assinados pelas chefias imediatas. Em relação ao assunto, em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201313568/005, de 14/Nov/2013, a UFPR informou: A.13.1) Recomendação pertinente ao aprimoramento dos controles referentes à cessão: Por meio do Ofício nº 376/2013-CPP/PROGEPE, de 13Nov/2013, a PROGEPE/UFPR apresentou documentos - manuais de atividades e fluxogramas dos processos de cessão, prorrogação e retorno de servidores e ainda do processo de cobrança de reembolso das cessões. Também foram apresentados modelos de formulários para cada uma das situações. Por meio do Ofício nº 750/2013-PROGEPE/GPR, de 27/Nov/2013, foi informado que a Coordenação de Planejamento de Pessoal – CPP, seria a responsável pelo controle dos servidores cedidos, sendo os servidores responsáveis: - pelas atividades de instrução, tramitação e encaminhamentos de processos de concessão e prorrogação de cessão, bem como, dos processos de comunicação de retorno de servidores cedidos: servidoras matrículas 1203736 e 1752509; - pelas atividades de acompanhamento, recebimento e registro mensal das frequências dos servidores cedidos: servidora matrícula 11701673; e - pelas atividades de acompanhamento dos ressarcimentos, com envio de GRU para os órgãos cessionários, bem como emissão de ofício de cobrança: servidora matrícula 1651713. Conforma análise das rotinas, fluxogramas e modelos de formulários apresentados e considerando a existência de 4 servidoras dedicadas ao processo de cessão, entende-se que a recomendação foi atendida. A.13.2) Recomendação pertinente a não autorização de prorrogação da cessão para servidores cujos órgão cessionários estejam inadimplentes em relação aos reembolsos de ônus das remunerações: Entende-se que, considerando os aprimoramentos dos controles descritos no item anterior, para as futuras situações, haverá melhor acompanhamento. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 32 Em relação às situações pretéritas elencadas individualmente no Relatório de Auditoria nº 201305988/2013, seguem descrições: a) Servidor de matrícula nº 1046886 – M.C – o referido servidor ficou cedido entre Jun/2007 a Fev/2013. Em decorrência da prescrição, foram solicitados comprovantes de reembolso entre Jan/2009 a Jan/2013. Em análise comparativa entre os registros da folha de pagamento no SIAPE e GRU emitidos pelo cessionário (Prefeitura Municipal de Almirante Tamandaré), verificou-se a existência de um saldo em desfavor da UFPR no montante de R$ 51.323,00 (valor sem correção). Em relação ao retorno, os documentos demonstram a ocorrência a partir de Fev/2013. b) Servidor de matrícula nº 0343044 – P.A.B.C – o referido servidor ficou cedido entre Jul/2010 a Fev/2013 (entre outros períodos já prescritos). Apesar de a CGU ter solicitado os comprovantes de reembolso para todo o período, a UFPR somente apresentou para 2012. Em análise comparativa entre os registros da folha de pagamento no SIAPE e GRU emitidos pelo cessionário (Prefeitura Municipal de Curitiba), verificou-se a existência de um saldo em desfavor da UFPR no montante de R$ 67.144,00 (valor sem correção, somente entre Jan/2012 a Jan/2013, os períodos de Jul/2010 a Dez/2011 não foram apurados). Em relação ao retorno, os documentos demonstram a ocorrência a partir de Fev/2013. c) Servidor de matrícula nº 0342371 – S.M.M - o referido servidor ficou cedido entre Jun/2007 a Fev/2013. Em decorrência da prescrição, foram solicitados comprovantes de reembolso entre Jan/2009 a Jan/2013. Em análise comparativa entre os registros da folha de pagamento no SIAPE e GRU emitidos pelo cessionário (Prefeitura Municipal de Almirante Tamandaré), verificou-se a existência de um saldo em desfavor da UFPR no montante de R$ 111.374,00 (valor sem correção). Em relação ao retorno, os documentos demonstram a ocorrência a partir de Fev/2013. d) Servidor de matrícula nº 1046429 – E.F.G – o referido servidor foi cedido a partir de Set/1995 para o Governo do Estado do Paraná – Secretaria do Estado do Ambiente e Recursos Hídricos, estando ainda nesta situação em Abr/2014 (última prorrogação concedida por meio da Portaria nº 715, de 16/Ago/2013). Amostralmente, esta CGU solicitou os comprovantes de reembolsos de 2012 e 2013, não sendo apresentado qualquer tipo de comprovação para o período, totalizando uma dívida de R$ 179.970,00 (o valor subiria para R$ 202.851,00, incluindo os débitos referentes à Jan~Abr/2014). Apesar dos débitos, conforme já descrito, ocorreu prorrogação da cessão e não houve pedido de retorno do servidor. Das situações individualmente elencadas no Relatório de Auditoria nº 201305988/2013, somente um servidor continua cedido apesar da suposta inadimplência do cessionário (Governo do Estado do Paraná). A recomendação teve como objetivo fomentar o aprimoramento dos controles, ou seja, a PROGEPE ter o controle sobre as situações de cada uma das cessões (as documentações apresentadas vêm comprovando a existência do controle). Assim sendo, a situação de existência de cessão para órgãos inadimplentes, tanto descrito neste item (para o Governo do Estado) como para a Prefeitura de Curitiba (descrito no item a seguir) são situações controladas pela PROGEPE, tal controle demonstra o atendimento à recomendação. A.13.3) Demais documentos apresentados pela PROGEPE: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 33 Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201313568/01 – itens 1.1.3, 1.1.4 e 1.1.5 – esta CGU solicitou informações sobre as situações de todos os servidores cedidos (além dos apontados no Relatório nº 201305988/2013) entre 2010 a 2013. Em resposta, por meio do Ofício nº 750/2013-PROGEPE/GPR, de 27/Nov/2013, a UFPR – ANEXO II - apresentou as seguintes informações: Cessionário Nome servidor cedido BRDE Prefeitura de São José dos Pinhais Prefeitura de Almirante Tamandaré TECPAR Governo do Paraná – Secretaria de Meio Ambiente Prefeitura de Ponta Grossa J.M.N P.C I.C.M.C.L M.C S.M.M L.F.O.R E.F.G Período Valor total da dívida por cessionário 2.938,45 59.787,02 2010 2009 a 2010 2011 2011 a 2013 150.297,54 2011 a 2013 2010 a 2011 32.084,29 Ainda está 184.205,86 cedido (Abr/2014) T.C.S.P 2008, 2009 e 105.933,33 2013 Governo do Paraná – M.R.M.S 2009 72.725,00 Secretaria de Educação C.V.A.M 2010 Y.F.S.A.V 2010 M.M.F.F 2010 Prefeitura de Curitiba P.A.B.C 2012 250.223,00 A.M* 2013 R.E.L* 2013 R.O.B.R* 2013 R.I* 2013 A.W.B* 2013 A.C.A* 2013 L.M.O* 2013 Governo do Paraná – L.R.O.S 2008 284.245,29 Secretaria de Ciência e C.G.O 2009 e 2010 Tecnologia G.A.R.S 2010 a 2011 Governo do Paraná – Casa C.A.M.J 2009 31.088,97 Civil N.P.A 2010 Governo do Paraná – L.F.O.R 2008, 2009 e 241.736,82 Secretaria da Saúde 2010 C.M.A 2009 e 2010 C.M 2009, 2010 e 2011 C.A.M.J 2010 TOTAL 1.229.085,54 * - servidores relacionados no ANEXO 10 do Ofício nº 937/2013 – Reitoria, de 20/Dez/2013. Também, no mesmo Ofício a PROGEPE informou que: “ ... informamos ainda que estão sendo encaminhados ofícios ao Departamento de Contabilidade e Finanças – DCF da Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças da UFPR,para inscrição dos órgãos inadimplentes no CADIN; bem como, à Procuradoria Federal da UFPR, para inscrição dos créditos em dívida ativa da União; além de Ofício à Coordenadoria de Planejamento de Pessoal da PROGEPE, para convocação imediata de retorno de todos os servidores cujos órgãos estejam inadimplentes quanto aos ressarcimentos”. Em relação à “cessão de servidores”, o tema foi pauta de reunião entre CGU/TCU/UFPR realizada em 03/Dez/2013, em que, entre outros assuntos, foram Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 34 solicitadas providências junto à UFPR. Em resposta, a UFPR encaminhou para a SECEX/TCU-PR o Ofício nº 937/2013-R, de 20/Dez/2013, juntamente com os anexos, documento este compartilhado pela SECEX/TCU-PR, no intuito de subsidiar os exames de auditoria da CGU. Conforme Ofício referido no parágrafo anterior, verificou-se que: - a Prefeitura Municipal de Curitiba efetuou depósitos na ordem de R$ 349.522,00, perante uma dívida total de R$ 479.385,00. Conforme informações prestadas pela UFPR, está sendo providenciada a cobrança da diferença; - em relação ao Governo do Estado do Paraná, o único servidor ainda cedido é o servidor E.F.G. O débito total do com o Governo totaliza R$ 814.002,00. Conforme informado, a UFPR efetuou consulta ao SIAFI com o código de recolhimento 28824 – ressarcimento de cessão, e identificou depósitos em nome da Secretaria de Estado da Saúde – FUNSAUDE, CNPJ 08.597.121/0001-74, no valor total de R$ 9.469.817,49, entre 2012 a 2013, valor este muito acima dos débitos. Sobre a aplicabilidade da recomendação quanto ao retorno de servidores cedido a órgãos inadimplentes, em Abr/2014 existem servidores cedidos ao Governo do Estado do Paraná e Prefeitura de Curitiba, órgãos estes com dívidas. Considerando as tratativas existentes, entende-se que há negociação em curso para sanar os problemas, demonstrando existência de controle e boa fé nas partes. A interrupção repentina seria prejudicial tanto para os cessionários como para a UFPR, uma vez que, os cedidos estão ocupando posições de relevância (como Secretário, Diretor, etc) nos órgãos cessionários e, no caso da UFPR, a mesma possui muitas parcerias e convênios com a Prefeitura e Estado. E ainda, por meio do Ofício nº 202/2014-PROGEPE/GPR, de 27/Mai/2014, a UFPR apresentou as seguintes informações complementares: - se foi efetuado acordo/negociação com a Prefeitura de Curitiba sobre o débito remanescente, bem como, sobre a manutenção (ou não) da cessão: a PROGEPE irá efetuar cobrança administrativa dos débitos, buscando uma solução amigável. Considerando a existência de inúmeras parcerias entre a UFPR e a Prefeitura de Curitiba e considerando os cargos relevantes (Secretários e Diretores) ocupados pelos servidores da UFPR na gestão municipal, entende-se adequada as tratativas; - identificação do crédito de R$ 9,46 milhões: ficou identificado que se trata de repasse ao HC, logo, medidas administrativas de cobrança serão iniciadas nos mesmos moldes da Prefeitura de Curitiba; e - para os demais devedores, medidas administrativas similares serão realizadas. A.14) Item 3.1.4.5 - Atuação de servidores da UFPR na entidade privada SinditestPR, com ausência aos respectivos locais de lotação, recebendo, integralmente, suas remunerações pela Universidade Federal do Paraná. O apontamento é resultante dos Relatórios de Auditoria nºs 201205854/2012 e 201306500/2013, em que foi identificada a atuação de 9 servidores da UFPR em atividades sindicais (nomeados para as Diretorias do SINDITEST – Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral do Estado do Paraná, para o biênio 2012-2013), em detrimento às respectivas atividades como Técnico Administrativo em Educação. Sobre o assunto, foram recomendados: A.14.1) Retorno imediato dos servidores que atuam no Sinditest-PR aos respectivos locais de trabalho: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 35 Por meio do Ofício nº 750/2010-PROGEPE/GPR, de 27/Nov/2013, a UFPR apresentou as folhas pontos dos seguintes servidores que estavam em atuação sindicais, devidamente assinalados pelas respectivas chefias nos períodos indicados no quadro, comprovando assim o efetivo retorno às atividades públicas: Matrícula Nome Servidor Lotação Retorno Atividade 1516603 1437954 1435870 1323778 B.S.C A.P.C G.M C.P.A HC HC HC HC Nov/2012 Mar/2013 Fev/2013 Ago/2012 1365688 J.C.A HC Jan/2013 1257053 2455857 J.G.S M.P.P.F HC Coorde. Pedagogia Curso S/INF Fev/2013 Período Ponto comprovado Mai a Out/2013 Mar a Set/2013 Fev a Out/2013 Ago/2012 a Set/2013 Jan/2013 a Dez/2013 S/INF Fev a Nov/2013 Considerando que o SINDITEST possui cerca de 5.300 filiados, à luz do art. 92 da Lei nº 8.112/90 é possível a liberação de 2 servidores. Assim, foi solicitado pelo sindicato, em Jul/2013 a liberação das servidoras C.C.B.C, matrícula 1459164 e R.M.R.R, matrícula 1437852. Em atendimento ao pedido, a PROGEPE emitiu as Portarias nºs 2729 e 2730 concedendo a liberação não remunerada das servidoras em questão. Vale complementar que, o SIAPE somente reconhecia a liberação de um servidor para o SINDITEST em decorrência da desatualização cadastral. A UFPR encaminhou o Ofício nº 468/2013-PROGEPE, de 26/Ago/2013, à Coordenação Geral de Manutenção de Cadastro do MPOG, solicitando a avaliar a possibilidade de ajustar o módulo do SIAPE relacionado ao lançamento para mandado classista. Enquanto aguardava a resposta do MPOG, a UFPR notificou a servidora matrícula 1437852, por meio do Processo nº 021034/2013-92, solicitando o seu retorno às atividades. Em consulta ao SIAPE, esta CGU verificou que as servidoras matrículas 1459164 e 1437852 deixaram de receber a remuneração entre Jul~Dez/2013, sendo retomados os pagamentos a partir de Jan/2014. Considerando que a servidora matrícula 1437852 deixou de receber entre Jul~Dez/2013, pode-se entender que a referida servidora não retornou aos serviços quando requerido. Entretanto, considerando ser um fato o SINDITEST possuir mais de 5.000 filiados, entende-se que a liberação para mandato classista da mesma foi legítima. E ainda, por meio do Ofício nº 202/2014-PROGEPE/GPR, de 27/Mai/2014, a UFPR apresentou as seguintes informações complementares: - as servidoras matrículas 1459164 e 1437852 que representaram o sindicato até Dez/2013 retornaram às atividades ordinárias na UFPR após o encerramento do mandato classista. Para o mandato 2014/2015 foram indicados os servidores J.C.A, matrícula 171212 e M.P.P.F, matrícula 2455857; Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 36 - o SINDISTEST solicitou que a folha de pagamento dos servidores fosse mantida, informando que o reembolso iria ocorrer posteriormente. Por se tratar de forma diferente de cessão prevista no inciso XIII, art. 92 da Lei 8.112/90 o assunto foi submetido para a Procuradoria, que, por sua vez, sugeriu a consulta para a Coordenação de Gestão de Pessoas do MEC. Em decorrência da ausência de parecer, as liberações não foram realizadas. A.14.2) Promover a apuração de responsabilidade dos servidores que se ausentaram do serviço sem permissão e sem respaldo legal: Sobre o assunto, por meio do Ofício nº 937/2013-R, de 20/Dez/2013, a UFPR informou que foi instaurada a Comissão de Sindicância por meio da Portaria nº 3105/PROGEPE, de 12/Ago/2013, processo administrativo nº 23075.033913/2012-86. No dia 24/Set/2013, a Comissão forneceu relatório de sindicância sugerindo arquivamento do processo. Após análise deste relatório, por meio do Parecer nº 903/2013/PF/UFPR/PGF/AGU, a Procuradoria Federal Especializada na UFPR concluiu que: “fatos averiguados não restaram claramente esclarecidos, pela não abrangência da análise dos fatos denunciados. Recomenda-se o retorno dos autos à Comissão Sindicante para que sejam esclarecidos os fatos acima apontados”. A Procuradoria apontou as seguintes inconsistências: - a Comissão não se manifestou quanto à legalidade da liberação de 9 servidores para atividade classista; e - a Comissão não se manifestou quanto ao recebimento de adicional de insalubridade pelos servidores em atividade classista. Após o retorno com o Parecer da Procuradoria, foi emitida nova Portaria a fim de convalidar e ultimar todos os atos já praticados, o processo ainda se encontra em andamento (posição Mai/2014). A.14.3) Rever o dispositivo § 4º, do art. 2º, da Resolução nº 34/12 - CEPE por contrariar as Leis nº 8.112/90 e nº 9.394/96 e os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade, moralidade: O referido dispositivo trata da incompatibilidade legal contida no §4 do artigo 2º da Resolução nº 34/12-CEPE, no que se refere à permissão para docente atuar em entidade privada e com redução da jornada aula para 4 horas/semana. Em relação ao assunto, por meio do Ofício nº 750/2013-PROGEPE/GPR – ANEXO VI – a PROGEPE encaminhou o teor da recomendação da CGU para a Secretaria de Órgão Colegiados, solicitando deliberação do Conselho de Ensino e Pesquisa (CEPE) sobre o assunto. No âmbito da PROGEPE, foi solicitada à DAP – Diretoria de Administração de pessoal a normatização de liberação para exercício classista de docentes. E ainda, por meio do Ofício nº 202/2014-PROGEPE/GPR, de 27/Mai/2014, a UFPR informou que não houve avanço na questão, sendo o processo distribuído para a Conselheira A.C.C da 1ª Câmara do CEPE em 16/Mai/2014 A.15) Item 3.1.4.6 - Pagamento a servidores cedidos sem adoção de providências quanto ao retorno ou à suspensão dos salários nos casos de inadimplência de reembolsos por parte dos órgãos cessionários e inobservância da legislação pertinente e das recomendações e determinações dos Órgãos de Controle. As 5 recomendações elencadas são de natureza similar aos dos itens 3.1.4.4 e 3.1.4.5 anterior, quais sejam: Recomendação 1 – aperfeiçoamento dos controles relacionados à cessão - atendido; Recomendação 2 – solicitar retorno dos servidores – atendido parcialmente; Recomendação 3 – promover levantamento de valores - atendido; Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 37 Recomendação 4 – promover registro no CADIN e dívida ativa – em realização; e Recomendação 5 – promover cobrança – atendido. As documentações apresentadas pela PROGEPE demonstram que a mesma possui as informações necessárias para o registro no CADIN e iniciar a execução fiscal por meio de inscrição na dívida ativa. Ficando restando os atos de natureza administrativa – negociação com o devedor – antes de iniciar a execução. O intuito da recomendação consistia em fomentar os controles relacionados à cessão, o que a PROGEPE vem demonstrando possuir competência, logo, entende-se que as recomendações foram atendidas. A.15) Item 3.1.5.1 - Distorção da faculdade conferida pelo art. 3º do Decreto nº 1.590/1995 na redução da jornada de trabalho dos servidores técnicoadministrativos da UFPR de 40 horas para 30 horas semanais. Vide item específico deste relatório. A.16) Item 3.1.5.2 - Aplicação da jornada de trabalho reduzida de 30 horas semanais aos servidores técnico-administrativos nas unidades sem a observância dos requisitos do Decreto nº 1.590/95. Vide item específico deste relatório. A.17) Item 4.2.1.1 - Necessidade de aprimoramento da Estrutura e da Atuação da Unidade de Auditoria Interna da Universidade Federal do Paraná. A.18) Item 4.2.1.2 - Parecer da Auditoria Interna não contemplou de forma completa os elementos exigidos no Anexo III da DN TCU n° 124/2012. A.19) Item 4.2.2.3 - A Unidade é prestadora de serviços ao cidadão, porém não implementou a Carta de Serviços ao Cidadão. B) Do Relatório de Auditoria nº 2012031111/2012: B.1) Item 3.1.2.1 - Inconsistências de dados cadastrais apontadas pelos indicadores de pessoal referente a subsídio com valores informados não oriundos de cálculos automáticos dos Sistemas SIAPE e SICAJ. Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “Foram efetuados os ajustes necessários à atualização dos dados cadastrais referente à sentença registrada no SICAJ sob nº 00021495 realizada (conforme anexo).” Conforme ANEXO – telas do SIAPE, verificou-se a atualização cadastral das informações no SIAPE/SICAJ. B.2) Item 3.1.2.2 - Falhas na atualização cadastral de aposentados e pensionistas da União que receberam proventos ou pensões à conta do Tesouro Nacional e falta de suspensão de benefícios daqueles que não compareceram ao recadastramento anual. Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 38 “Em esclarecimento ao presente item, a gestão anterior informa que com a publicação do Decreto nº 7862/2012, Portaria nº 08-GM/MPO/2013 e Orientação Normativa nº 1SEGEP/MP, o acompanhamento do recadastramento dos servidores aposentados e pensionistas estão sendo realizado via sistema SIAPE e SIAPEnet.” Gradativamente está sendo suspenso o pagamento dos servidores aposentados e pensionistas que não se apresentaram para o recadastramento ou que não solicitam visita técnica com essa finalidade. Somente não foram suspensos pagamentos de servidores constantes do processo nº 23075.026067/2012-48 que se apresentaram para regularizar sua situação (conforme anexo). A partir de 2013, o recadastramento de aposentados e pensionistas da UFPR passou a ser feito em agências do Banco do Brasil ou Caixa Econômica Federal, sendo que neste ano já houve a suspensão do pagamento de 57 (cinquenta e sete) aposentados ou pensionistas, aniversariantes dos meses de março, abril, maio e junho, que não se recadastraram, conforme determinação da Secretaria de Gestão Pública do Ministério do Planejamento, Portaria nº 3612/PROGEPE, de 18 de setembro de 2013, dos quais 24 já regularizaram suas situações.” Considerando que, a partir de 2013, o recadastramento ficou a cargo da instituição financeira, entende-se que as dificuldades relacionadas com a atualização cadastral foram sanadas. B.3) Item 4.1.3.2 - Ausência de metodologia de desenvolvimento de sistemas Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “O PDS-CCE/UFPR conforme consta no processo 23075.006598/2013-03, foi desenvolvido, homologado e publicado o PDS-CCE/UFPR. O documento foi emitido pela Direção do CCE em 09/12/2012, através da Ordem de Serviço 02/2012. A elaboração deste documento foi priorizada por parte da equipe, com base na portaria do Reitor 2147 de 11/06/2012. Em 01/03/2013 este documento foi encaminhado para aprovação do Pró-Reitor de Administração e Assessoria de Governança de TI e retornndo ao CCE com as aprovações em 24/04/2013. O processo está publicado em http://www.intranet.ufpr.br/pds-ufpr/site e http://www.intranet.ufpr.br/pds-ufpr/bpmn e o descritivo em http://www.intranet.ufpr.br/pds-ufpr/PDS-UFPR-Descritivo.pdf. Em 01/11/2013 foi encaminhada informação ao Pró-Reitor de Administração para conclusão das recomendações da CGU-PR, 201103018-Constatação 011 – Recomendação 005.” A recomendação teve com propósito o estímulo ao desenvolvimento de metodologia. Considerando as ações realizadas, entende-se que o objetivo da recomendação foi cumprido. B.4) Item 4.1.3.3 - Inexistência de acordo de nível de serviço formalizado e homologado junto aos demandantes de serviços. Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: O processo do PDTI, por solicitação da relatoria no COPLAD, foi devolvido para revisão e readequações aos respectivos comitês. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 39 “Em 09/07/2012 foi emitida a Ordem de Serviço 01/2012-CCE, definindo equipe para elaboração do catálogo de serviços de TI do CCE. O Coordenador da equipe responsável solicitou prorrogação de prazo devido a greve de 120 dias ocorrida no período que inviabilizou a produção do Catálogo de Serviços; Em 07 de Novembro de 2013 foi entregue o Catálogo de Serviços consolidados à Direção do CCE. O portfólio de serviços, documento que englobará os Acordos de Níveis de Serviço, por ser mais criterioso, amplo e que necessita uma pesquisa mais elaborada, está sendo produzido com previsão de entrega para Março/2014, conforme Memorando 008/2013DSS em anexo. A vinculação dos Acordos de Níveis de Serviços ao PDTI será efetuada assim que o mesmo for concluído. A vinculação dos Acordos de Níveis de Serviços ao PDTI será efetuada assim que o portfólio de serviços for concluído. O portfólio de serviços, documento que englobará os Acordos de Níveis de Serviço necessita de uma pesquisa mais elaborada e está sendo produzido com previsão de entrega para Março/2014, conforme Memorando 008/2013DSS”. Considerando as ações já realizadas, entende-se que a recomendação se encontra na iminência de ser atendida. B.5) Item 4.1.4.2 - Inconsistências nos dados registrados no cadastro do SIAPE e divergências entre esse sistema e o Relatório de Gestão da UFPR 2011 referentes à cessão e a requisição de servidores. B.6) Item 4.1.4.3 - Dispensa de servidores para atuarem em outros órgãos e do cumprimento de jornada de trabalho na Universidade antes do início do processo de cessão e da publicação do ato de cessão no DOU, em inobservância ao art. 93, § 3°, da Lei nº 8.112/90, ou ausências injustificadas ao serviço por parte dos servidores. B.7) Item 4.1.4.4 - Deficiência nos controles internos e nos procedimentos referentes à prorrogação de cessão de servidores, que resultou em prorrogações com inadimplência de reembolsos e a ausência de comprovação da regularidade referente aos servidores de matrículas nºs 1046886 e 0342371. Em relação aos aprimoramentos dos controles internos relacionados à cessão, vide subitem A.13 do presente Item. Em relação à necessidade de apuração de responsabilidade dos servidores, seguem trechos do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013: Para os servidores matrículas 2284724, 104629 e 1544421: “O acompanhamento de cessão é encargo da Unidade Movimentação e Acompanhamento de Pessoas – UMAP. Novamente reitera-se que a frequência é controlada pela chefia imediata dos servidores, até que se implante o ponto eletrônico mencionado na OS 201203111, Constatação 068, Recomendação 001. Sendo assim, a liberação do servidor para ocupar função ou desempenhar atividade em outra instituição precede de autorização de autoridade competente, não havendo dispensa do servidor por parte da PROGEPE em momento diverso. Caso a chefia imediata do servidor não informe as faltas, ao consultar-se os sistemas de controle da UFPR o servidor estará com frequência integral, não restando impedimento para a tramitação do processo. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 40 A PROGEPE promoverá a abertura de processo administrativo para apuração de responsabilidade nos casos em que se constate a liberação, por parte da chefia imediata, de servidores antes de autorização oficial, que é realizada mediante Portaria.” Para os servidores matrículas 1046886 e 03423741: “No caso dos servidores de matrícula 1046886 e 0342371, as prorrogações somente foram encaminhadas após a constatação de reembolso pelo órgão cessionário. Como ambos permaneceram exercendo atividades junto à Prefeitura Municipal de Almirante Tamandaré, esta UFPR solicitou ao Ministério da Educação a convalidação de período de cessão dos servidores, conforme demonstramos na cópia de tramitação dos processos nº 23075.102009/2011-47 e 23075.102008/2011-01, junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, finalmente retornando ao MEC em 01/11/2013, ainda sem resposta definitiva.” Em relação aos servidores matrículas 1046886 e 03423741, considerando que a UFPR reconheceu o mérito da cessão, entende-se não é necessária a apuração de responsabilidade. B.8) Item 4.1.5.1 - Ausência da entrega de cópias das declarações de bens e rendas exigidas pela Lei nº 8.730/93 (ou das autorizações para acesso eletrônico das declarações). Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “O Departamento de Administração de Pessoal - DAP da PROGEPE implementou várias medidas para convocar os servidores detentores de função gratificada ou cargo de direção para apresentarem a declaração de bens e rendas ou autorização de acesso à declaração de ajuste anual do imposto de renda de pessoa física. Várias convocações foram emitidas e a maior parte dos servidores abrangidos pela normativa compareceu para entregar a declaração, restando o número reduzido de 25 (vinte e cinco) servidores ainda devedores (conforme anexo). Lembramos ainda que a UFPR adotou a rotina administrativa sobre a exigência do preenchimento e entrega das autorizações de acesso à declaração de ajuste anual do imposto de renda pessoa física no momento da entrega dos documentos necessários para a nomeação nesta UFPR. A Universidade irá promover, através de ofício a ser encaminhado ao Departamento de Administração de Pessoal – DAP, a reiteração da recomendação, solicitando o envio de expediente aos servidores inadimplentes sobre a exigência de cumprimento da Lei nº 8730/93.” Conforme Ofício-Circular nº 03/2013-DAP/DIR/PROGEPE, de 13/Fev/2013, foi informado à comunidade interna a necessidade de entrega do formulário de Declaração de Bens e Renda ou da Autorização de Acesso à Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física. Considerando que o objetivo da recomendação consistia em fomentar os controles relacionados à declaração de bens e renda, entende-se que o objetivo da mesma foi atendida. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 41 B.9) Item 4.1.5.2 - Morosidade na condução de Processo administrativo disciplinar por faltas injustificadas ao serviço, cuja conclusão do Relatório da Comissão foi pela pena de demissão por abandono de cargo, e com afastamento do servidor do país sem autorização. Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “O processo 055699/2010-57 encontra-se na Divisão de Implantação de Pagamento – DIP, para revisão dos cálculos referente ao período de afastamento do docente, de acordo com o contido no item c da Cláusula 6ª, com posterior encaminhamento à CGU para ciência, bem como encaminhamento para Dívida Ativa da União, no caso de dificuldade de cobrança em virtude do ex-servidor não mais residir no Brasil. O lançamento da demissão já foi realizado no SIAPE e encontram-se em trâmite as medidas adotadas para a cobrança dos valores a serem devolvidos até o prazo estipulado para atendimento desta Recomendação.” Considerando que os trâmites se encontram em andamento, o assunto será objeto de avaliação em auditoria futuras. B.10) Item 4.1.6.1 - Participação de gerência ou administração de sociedade privada por servidor público Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “Em manifesto, a gestão anterior da PROGEPE declara que os servidores constantes da relação apontada pela Controladoria Geral da União foram notificados por meio de processo administrativo para que tomassem conhecimento da irregularidade e procedessem a regularização. A Auditoria Interna da UFPR atuou no sentido de proceder a abertura de processos administrativos, obtenção de manifestações realizadas pelos servidores e encaminhamento do Relatório nº 41/2012 à esta PROGEPE (conforme anexo). Do citado relatório foram abertos os processos administrativos disciplinares nº 23075.041146/2012-89 (P.R.R.N – CPF XXX.979.889-XX) e nº 23075.041144/2012-90 (M.A.G – CPF XXX.373.529-XX), conforme cópias em anexo. Posto isto, a Universidade promoverá as orientações necessárias ao servidor G.P.S, para que conclua o processo de regularização junto à Receita Federal do Brasil, promoverá ainda a abertura de procedimentos administrativos disciplinares para os servidores H.M e J.R.S. Além disso, encontra-se em andamento Processo Administrativo Disciplinar (processo 091325/2011-86) em face de G.R.B, para apuração dos fatos relatados.” Mais do que o resultado do Processo Disciplinar, constitui ação relacionada ao fomento da gestão a identificação e solicitação de providências junto a servidores em exercício de gerência privada (com a aplicação de processo disciplinar em caso de não cumprimento). Assim sendo, entende-se que as medidas adotadas pela UFPR constituíram um importante fator de desestímulo à prática de gerência privada, atendendo assim o propósito da recomendação. B.11) Item 4.1.6.2 - Acumulação de cargo público em desacordo com a Constituição Federal Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “Foi aberto processo administrativo disciplinar 23075.013148/20101-16 em face do servidor matrícula 1218187, J.E.P, para providências. Quanto ao servidor matrícula Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 42 1216878 foi aberto processo 23075.012698/2010-18, onde o servidor comprova que solicitou exoneração da Prefeitura Municipal de Colombo (conforme anexo). A Universidade promoverá os encaminhados devidos para apuração da situação dos servidores E.L.A.T, E.G.H e F.E.M, após a conclusão dos respectivos processos administrativos disciplinares.” De forma semelhante ao item anterior, mais do que o resultado do Processo Disciplinar, constitui ação relacionada ao fomento da gestão a identificação e solicitação de providências junto a servidores em acúmulo indevido de cargo (com a aplicação de processo disciplinar em caso de não cumprimento). Assim sendo, entende-se que as medidas adotadas pela UFPR constituíram um importante fator de desestímulo à prática de acúmulo ilegal de cargos, atendendo assim o propósito da recomendação. B.12) Item 4.1.5.1 - Arquivamento indevido de Processo Administrativo Disciplinar pela PROGEPE com ausência de apuração de responsabilidades referente ao pagamento de Multa por atraso na entrega da Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte – DIRF 2006, ano calendário 2005. Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “A UFPR, conforme recomendação da CGU, vai promover a reabertura de Processo Administrativo Disciplinar, sob nº 23075.045985/2007-17, para apuração de responsabilidade referente ao pagamento de Multa por atraso na entrega da Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte – DIRF 2006, ano calendário 2005.” O resultado da apuração será objeto de análise em auditorias futuras. B.13) Item 4.1.5.4 - Impropriedades apuradas na concessão do Incentivo à Qualificação. Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “Os questionamentos da CGU referentes às concessões de incentivo à qualificação foram inicialmente remetidos à Comissão de Análise de Títulos para manifestação, uma vez que a citada Comissão foi instituída para realizar a avaliação dos certificados apresentados pelos servidores. O citado incentivo foi instituído pela Lei 11091/2005 e regulamentada pelo Decreto nº 5824/2006. Contudo várias dúvidas foram apresentadas à Comissão Nacional de Supervisão estabelecida pelo Ministério da Educação. As respostas aos questionamentos demoraram a ser emitidas havendo até o momento lacunas quanto à interpretação ou regulamentação das normativas. De fato, gradativamente foram emitidos esclarecimentos e, isto posto, paulatinamente os processos foram revistos. A alegação de boa-fé encontrou respaldo pelas dificuldades de pacificar determinados entendimentos legais e por tal atribuição não ser rotineira no âmbito desta PróReitoria, pois avaliações relativas á carreira do servidor eram realizadas pela Comissão Permanente de Pessoal Técnico-Administrativo – CPPTA, instituída pelo Plano Único de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos (Lei nº 7596/87 e Anexo ao Decreto nº 94664/87. Posta a manifestação acima, não aceita a justificativa anterior de boa-fé, a PROGEPE promoverá através de ofício a ser encaminhado ao Departamento de Administração de Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 43 Pessoal – DAP, o ressarcimento, nos termos do art. 46 da Lei nº 8.112/1990, dos valores pagos indevidamente às servidoras, abrangendo o período entre a concessão e a suspensão, a título de Incentivo à Qualificação com base nos certificados apresentados.” Apesar das informações prestadas pela PROGEPE, em consulta ao SIAPE, folha de pagamento, não foi verificada a restituição por meio de desconto em folha para as servidoras matrículas nºs 342045, 342834, 342751 e 340761. Entretanto, em relação à necessidade de reposição ao erário, esta CGU irá cancelar a recomendação, considerando o teor da Súmula 106 do TCU – percepção de boa-fé, uma vez que não há indicativo de participação das servidoras no erro. B.14) Item 4.1.8.1 Ausência de registro e atualização de valores dos Contratos da UFPR no sistema SIASG, em discordância do § 3º, do Art. 19, da Lei nº 12.309/2010. Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “A UFPR a partir de 2012 tem buscado operacionalizar suas avenças com suas fundações de apoio através do SICONV o que, dentre outras questões de ordem administrativa, propicia minimizar as dificuldades encontradas para registro dos valores correspondentes a estes projetos. Como pode ser verificado no quadro abaixo, as avenças com Fundações de apoio, firmadas nos exercícios 2012 e 2013, visando à execução de projeto desenvolvido nos termos da Lei 8958/94 e que demandam a transferência de recursos da UFPR para a Fundação vem sendo, gradativamente, operacionalizadas no SICONV. TIPO DE EXECUÇÃO Execução pelo SICONV Contrato administrativo Total 2012 O N DE PROJETOS 43 11 54 2013 (%) 79,63 20,37 O N DE PROJETOS 40(*) 1 41 Como visto, as situações de registro no SICONV estão entre a maioria das avenças formalizadas entre a UFPR e suas Fundações de Apoio. Assim, portanto, a manifestação apresentada em outubro de 2012 é condizente com as condutas adotadas 'A UFPR visa o atendimento da recomendação feita pela auditoria ao operacionalizar as avenças firmadas com suas Fundações de Apoio através do SICONV. Nos projetos da UFPR com Fundação de Apoio já operacionaliza o SICONV. Com o pleno uso do SICONV, no caso de repasses da UFPR para a Fundação de Apoio, a situação de registro no SIASG somente da parcela correspondente ao valor do custo operacional deixará de ocorrer.” Verifica-se que as medidas corretivas estão sendo realizadas. Considerando a relevância do tema, a efetiva implementação dos controles será objeto de análise em auditorias futuras. B.15) Item 4.1.8.4 - Contratação de Fundação para apoio a projeto que possui duração indeterminada Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “Em manifestação anteriormente apresentada à Recomendações referentes às Constatações 056 e 057 da OS: 201203111 indicou-se que: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 44 ''A gestão e suprimentos de bens e serviços as atividades desenvolvidas no CELIN são realizadas pela UFPR e recebe complementarmente, com o amparo do Decreto 7423/10, suporte administrativo e operacional da FUNPAR. A recomendação de rescisão do Contrato no. 15/2012 é objeto do processo 23075.033135/2012-25 o qual, por competência estatutária, encontra-se sob avaliação do Conselho de Planejamento e Administração - COPLAD. Com a reiteração das recomendações referentes às Constatações 56 e 57 da OS: 201203111 esclarecemos que em consulta à Secretaria de Órgãos Colegiados foi informado, através do oficio 145/2013-SOC (conforme anexo), o teor do parecer a ser submetido a apreciação do COPLAD a realizar-se me 27 de novembro próximo. Conforme se depreende do documento enviado pela SOC, o conselheiro-relator contesta o entendimento da CGU com referência ao “Programa de extensão universitária como Espaço para o ensino e aprendizagem, Pesquisa e formação de professores de línguas e culturas diversas”, objeto do Contrato 015/12-COPLAD, e assim conclui em seu parecer: “O Programa de extensão do CELIN não pode ser uma ação que se enquadre na vedação contida no parágrafo 12 do artigo 6º do Decreto 7.423/10.” “A rescisão do Contrato 12/12, como recomendado pela CGU no relatório 201203111, traria prejuízos incomensuráveis às ações programadas pela Universidade para o período 2012-2016 e aos compromissos assumidos perante os Ministérios de Ciência e Tecnologia e da Educação uma vez que a UFPR, através do CELIN, atua como principal agente dos Programas Ciências sem Fronteiras e Inglês sem Fronteiras no estado do Paraná.” Considerando o posicionamento do COPLAD sobre o interesse institucional do projeto, a recomendação será cancelada. B.16) Item 4.1.8.5 - Contratação desnecessária da FUNPAR para realização de despesas ordinariamente realizadas pela Universidade, bem como, antieconômica, tendo em vista a incidência de taxa sobre essas despesas. Idem item anterior. B.17) Item 4.1.8.6 - Inclusão de despesas inexistentes ou em desacordo com os parâmetros legais no orçamento do programa de “Extensão Universitária como espaço integrado para o ensino e aprendizagem, pesquisa e formação de professores de línguas e culturas diversas”. Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “A análise realizada pelo Controle Interno não acatou a manifestação da Universidade afirmando que os artigos 28 e 29 da Resolução 17/11 - COPLAD diziam respeito ao ressarcimento da UFPR. “Reitera-se a recomendação, tendo em vista que a Resolução nº 17/11-COPLAD é de 1º/11/2011 e a declaração e a ratificação da Dispensa de Licitação nº 651/2011 (processo nº 23075.098049/2011-87) foram realizadas em 28/12/2011, portanto já na vigência da Resolução. Também, porque os artigos 28 e 29 citados se referem ao ressarcimento à UFPR frente aos custos indiretos incorridos na execução dos ajustes, Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 45 decorrentes do uso de instalações e serviços, de qualquer espécie, da UFPR, e aos custos operacionais incorridos pela Fundação no Apoio, respectivamente. Portanto, não atende ao recomendado: “inclusão nos orçamentos dos projetos desenvolvidos com apoio da FUNPAR da demonstração das estimativas que embasam os cálculos das despesas orçadas, de modo a tornar claros os custos envolvidos e parametrizar corretamente a remuneração a ser paga à Fundação”. Cabe destacar que a inclusão de despesas no orçamento do Projeto sem a análise criteriosa para sua aprovação, avaliação efetivas dos custos envolvidos na execução do Projeto, representa um custo de oportunidade ao orçamento geral da UFPR, além de aumentar a base de cálculo da taxa de administração cobrada pela FUNPAR, sem que exista o respectivo custo direto na execução do serviço. ” (SUBLINHAMOS) Como transcreve-se a seguir, além do contido no artigo 29 , com referencia aos custos operacionais incorridos pela Fundação de Apoio, a Resolução 17/11COPLAD ainda prevê no parágrafo único do Artigo 32 a obrigatoriedade de explicitar os valores referentes aos custos operacionais das fundações de Apoio: Art. 29. Os custos operacionais incorridos pela Fundação no Apoio aos projetos de interesse institucional da UFPR, incluindo a gestão administrativa e financeira destes projetos, poderão ser ressarcidos, destinando-se um percentual máximo de até 15 (quinze) por cento da receita bruta gerada na execução de convênios, contratos ou instrumentos correlatos celebrados com Fundação de Apoio. (...) Art. 32. (...) Parágrafo Único. Os valores previstos nos artigos 28 e 29 deverão estar expressamente previstos no plano da aplicação do projeto que acompanhará a proposta de convênio, contrato ou instrumento correlato a ser enviado pela unidade proponente à Administração Superior na forma das normas em vigor. Adicionalmente, informa-se que a Resolução 17/11-COPLAD ainda estabelece que: 1) os valores estimados para os custos operacionais sejam acatados e justificados pelo proponente do projeto com base em informações formalmente apresentados pela Fundação de apoio (art. 19, inciso I, item “e”): Art. 19. O processo administrativo visando a formalização de instrumento legal com a Fundação de Apoio deverá ser instruído com os documentos elencadas no artigo 2º. e por minuta do instrumento legal os quais deverão ser submetidos a apreciação e aprovação das instâncias internas da UFPR, cabendo: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 46 I - A chefia da unidade administrativa proponente do projeto: (...) e. Elaborar a Justificativa de Celebração do Ajuste com a Fundação visando o apoio ao projeto com base em proposta formal por esta apresentada; 2) os custos operacionais propostos pela Fundação de Apoio devem integrar o Plano de aplicação do projeto (art. 2º, inciso III) a ser desenvolvido: Art. 2º Os projetos a serem desenvolvidos nos termos desta Resolução deverão ser individualmente instruídos mediante os seguintes documentos, sem a estes se restringir: (...) III. Plano de Aplicação dos recursos a serem aportados ao projeto: por natureza de despesas, em especial, explicitando os montantes previstos para pagamento de bolsas e os valores referentes aos ressarcimentos à UFPR e à Fundação de Apoio. 3) o processo administrativo que agrega as informações dos itens 1) e 2), relativas ao custo operacional das Fundações de Apoio, é apreciado e aprovado pelas instancias competentes (art. 19, inciso I, item “a”): Art. 19. O processo administrativo visando a formalização de instrumento legal com a Fundação de Apoio deverá ser instruído com os documentos elencadas no artigo 2º. e por minuta do instrumento legal os quais deverão ser submetidos a apreciação e aprovação das instâncias internas da UFPR, cabendo: I - A chefia da unidade administrativa proponente do projeto: a. Submetero Plano de Trabalho do Projeto e a minuta do instrumento legal à aprovação da plenáriada unidade administrativa proponente,do comitê setorialespecializado (em consonância ao projeto proposto)e do conselho setorialem que esteja vinculado (ou pelo titular da unidade no caso de órgão suplementar ou pró-reitorias); Assim sendo entende-se atendida a recomendação da CGU considerando que a Resolução 17/11-COPLAD, em conformidade ao previsto no seu Art. 19, prevê a inclusão nos projetos executados em parceria com fundações de apoio a demonstração dos valores estimados a titulo de custos operacionais das fundações. Mas que a Resolução 17/11-COPLAD, em atendimento ao previsto no Decreto 7423/201, tambémexige que o Projeto a ser desenvolvido em parceria da Fundação de Apoio deva ser instruído em conformidade ao indicado pelo art. 2º. da mencionada Resoluçãoe que seja submetido a apreciação e aprovação das instâncias competentes da UFPR. Ou seja, entende-se que não cabe dizer que nos projetos desenvolvidos com base na Resolução 17/11-COPLAD ocorra a “inclusão de despesas no orçamento do Projeto sem a análise criteriosa para sua aprovação”. A UFPR já analisa e aprova o Plano de Trabalho, o qual contém o orçamento estimativo, de projetos realizados com base na Lei 8958/94. No que tange a proposta Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 47 da Fundação de Apoio, em especial, as despesas previstas a titulo de ressarcimento do custo operacional também são analisas e aprovadas nas instancias competentes da UFPR.” O objetivo primordial da recomendação consistia em fomentar os controles e as boas práticas nos convênios celebrados com a FUNPAR. Conforme ilustrado, entende-se que os termos contidos na Resolução nº 17/11-COPLAD possuem cláusulas suficientes para garantir uma adequada gestão e controle sobre os convênios, neste contexto, entende-se que a recomendação foi atendida. Por sua vez, a efetiva implementação das cláusulas Resolução nº 17/11-COPLAD será objeto de análise quando da auditoria de novos convênios com a FUNPAR. B.18) Item 4.2.2.1 – Orçamento de referência de licitação baseado em pesquisa de preços inválida. Recomendação – apurar responsabilidade dos agentes envolvidos. Em relação ao assunto, por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013-R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “Com o recebimento da Solicitação de Auditoria nº 201313568/002 datada de 24/09/2013, cujo relatório da CGU apontou, em inspeções realizadas com o escopo de avaliar a execução do contrato nº 316/2011 – CFTV, situações não identificadas na avaliação anteriormente relatada. Diante deste novo quadro, a Pró-Reitoria de Administração decidiu por adotar de imediato as seguintes providências: Instituir uma comissão composta por técnicos especializados para proceder uma revisão/inspeção no contrato nº 316/2011 firmado entre esta UFPR e a Fabitec Ltda, cujo objetivo da comissão é fazer aferições mais amplas na execução do contrato. Para isso já foi instaurado o processo administrativo nº 23075.045689/2013-56; Formalizar consulta à Procuradoria Federal na UFPR, por meio do processo nº 23075.045690/2013-81, visando orientações sobre os procedimentos, com relação à conduta da empresa Fabtec, visto que na vistoria “in loco” restaram comprovados os apontamentos da CGU na SA nº 201313568/002; Após o parecer jurídico e se assim couber, será instaurado processo de apuração de responsabilidade.” Considerando as medidas adotadas pela UFPR, a recomendação será objeto de análise em auditorias futuras. B.19) Item 4.2.2.2 – Direcionamento da contratação de empresa de engenharia para ampliação do sistema de Circuito Fechado de Televisão (CFTV), a partir do estabelecimento de cláusulas restritivas à competitividade no Edital do Pregão nº 255/2011. Recomendação – apurar responsabilidade dos agentes envolvidos. Em relação ao assunto, por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013-R, de 18/Nov/2013, a UFPR a mesma providência em relação ao item anterior. B.20) Item 4.2.2.3 - Sobrepreço de125,78% (equivalentes a R$ 287.672,61) no valor cobrado pelo item ''Mão de Obra – Infraestrutura'',referente ao serviço de ampliação do sistema de Circuito Fechado de Televisão - CFTV, contratado através do Pregão nº 255/2011 Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 48 B.21) Item 4.2.2.4 - Sobrepreço de 164,19% (R$ 42.128,49) no valor contratado para o item ''Mão de Obra – Instalação de Câmeras'', do serviço de ampliação do sistema de Circuito Fechado de Televisão - CFTV, contratado através do Pregão nº 255/2011. B.22) Item 4.2.2.5 - Sobrepreço de 13,94% (R$ 204.490,08) nos valores contratados para o fornecimento de materiais, equipamentos e softwares para a ampliação do sistema de Circuito Fechado de Televisão - CFTV, adquiridos através do Pregão nº 255/2011. Para estes três apontamentos foram emitidos três recomendações de semelhante teor: 1 - glosa do valor apontado como sobrepreço, bem como, a renegociação do valor contratado 2 - no caso de fracasso na renegociação e de não haver rescisão contratual, com o pagamento integral do preço cotado pelo fornecedor, recomenda-se a instauração de Tomada de Contas Especial 3 - instauração de procedimento administrativo para apuração de responsabilidades Em relação à recomendação pertinente a: “glosa do valor apontado como sobrepreço, bem como, a renegociação do valor contratado”, como providência, foi verificado que os gestores da UFPR notificaram a contratada para se manifestar sobre os apontamentos da CGU. Os Gestores da UFPR acataram integralmente os argumentos da contratada e realizaram o pagamento integral do valor contratado. Quando da execução da Ordem de Serviço nº 201317000, foi analisada a manifestação da contratada, a qual foi encaminhada à CGU sem nenhuma manifestação por parte dos Gestores da UFPR acerca dos argumentos apresentados. Da análise dos documentos apresentados pela contratada, acatou-se apenas – e parcialmente – os argumentos apresentados para elidir os sobrepreços apontados para o fornecimento de materiais, equipamentos e softwares integrante do serviço de ampliação do sistema de Circuito Fechado de Televisão – CFTV. Com base nisso, e com base em novo entendimento firmado pelo TCU no Acórdão nº 2.784/2012-Plenário, foi reafirmada a ocorrência de sobrepreço, no montante de R$ 350.944,06, já deduzidos os quantitativos apontados como não fornecidos, após inspeção física. Como o contrato decorrente do Pregão nº 255/2011 (Contrato nº 316/2011) foi finalizado e integralmente pago, a recomendação da glosa foi baixada do Plano de Providências Permanente, para inserção de outras decorrentes da execução do Relatório de Auditoria nº 201317000. Em relação à recomendação pertinente a necessidade da UFPR renegociar o valor do contrato, ante os sobrepreços apontados e “no caso de fracasso na renegociação e de não haver rescisão contratual, com o pagamento integral do preço cotado pelo fornecedor, recomenda-se a instauração de Tomada de Contas Especial”. Os gestores da UFPR acataram integralmente a defesa apresentada pela contratada e a recomendação não foi implementada, tendo o Contrato nº 316/2011 sido finalizado e integralmente pago. Novas determinações sobre o assunto foram formuladas em decorrência do Relatório de Auditoria nº 201317000, que reavaliou o caso. Por fim, em relação à recomendação para instauração de procedimento administrativo para apuração de responsabilidades, como os gestores da UFPR acataram integralmente a defesa apresentada pela contratada a recomendação não foi implementada. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 49 Em vista de entendimento diverso exarado por esta CGU/Regional-PR, novas determinações sobre o assunto foram formuladas em decorrência do Relatório de Auditoria nº 201317000. E ainda, conforme Ofício nº 811/2013-R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou a instauração de comissão (conforme subitem B.18). Sendo assim, a comissão deve se nortear no teor contido nos Relatórios de Auditoria nºs 201314330/2013 e 201317000/2013. C) Do Relatório de Auditoria nº 201306500/2013 C.1) Item 1.1.1.1 - Atuação de servidores da UFPR na entidade privada SinditestPR, com ausência aos respectivos locais de lotação, recebendo, integralmente, suas remunerações pela Universidade Federal do Paraná. Em complemento às informações descritas no subitem A.13 do presente item, seguem: Recomendação 1 – em relação à apuração de responsabilidade dos servidores que atuaram na direção do SINDITEST, cancela-se a recomendação considerando o histórico de anuência entre a direção da UFPR e o sindicato. Entende-se não ser proporcional a aplicação de uma eventual punição para servidores que, mesmo sem respaldo legal, estavam sendo amparados administrativamente. Em relação à responsabilização “a quem deu causa”, ou seja, os gestores da UFPR à época, entende-se que está prática vinha sendo realizada antes mesmo de 2008, logo, considerando a posição de Mai/2014, estaria prescrita a possibilidade de ação. Por sua vez, a gestão atual da UFPR (2009-2012 e 2013-2016), logo que foi notificada pela CGU sobre a irregularidade em questão adotou as medidas administrativas para a sua resolução, assim, entende-se não haver motivação para apuração de responsabilidade. C.2) Item 1.1.1.3 - Situações envolvendo servidores da Universidade Federal do Paraná que estão atuando em outras entidades sindicais ou associações com ausência aos respectivos locais de lotação. C.3) Item 1.1.1.4 - Ilegalidade no dispositivo que permite aos docentes em 'exercício' na presidência, secretaria geral e primeira tesouraria da Associação dos Professores da UFPR de exercerem atividade de ensino na carga horas-aula mínima de 04 horas. Basicamente, a recomendação deste item está relacionada com a reformulação/revisão da Resolução CEPE 34/2012, assunto já abordado no subitem 14.3 do presente item. D) Do Relatório de Auditoria nº 201108940/2011 – Auditoria Anual de Contas 2011 D.1) Item 2.1.2.1 - Impropriedades na concessão dos Adicionais de Insalubridade e de Periculosidade e nos pareceres técnicos que amparam os pagamentos. Em relação às recomendações pendentes deste tópico, por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013-R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “Recomendação 2: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 50 A gestão anterior da PROGEPE, com base na documentação judicial que foi apresentada, entendeu que a suspensão dos descontos deveria ser a todos os servidores técnico-administrativos, uma vez que a informação enviada pela Procuradoria Federal não constava nenhum nome de servidor especificamente e não sendo dado conhecimento da petição inicial. A atual gestão da PROGEPE promoverá, através do Departamento de Administração de Pessoal – DAP, a continuidade das reposições ao erário dos servidores não abrangidos pela ação judicial e encaminhará expediente à Procuradoria Federal na UFPR para informações sobre o andamento da Ação Civil Pública nº 503529763.2012.404.7000/PR. Recomendação 3: A PROGEPE vai encaminhar expediente à Procuradoria Federal na UFPR para informações sobre o andamento da Ação Civil Pública nº 503529763.2012.404.7000/PR, com posterior correção do valor a ser ressarcido, bem como instauração de Processo de Sindicância para apuração de responsabilidade pelos pagamentos indevidos. Encaminhamento de expediente à Procuradoria Federal na UFPR para informações sobre o andamento da Ação Civil Pública nº 5035297-63.2012.404.7000/PR, com posterior correção do valor a ser ressarcido, bem como instauração de Processo de Sindicância para apuração de responsabilidade pelos pagamentos indevidos. Recomendação 4: A Universidade pretende contratar empresa para apoio a emissão dos laudos tendo em vista que o trabalho realizado deve ser revisto frente a publicação da IN 06/13. Após concluso os trabalhos de emissão de laudos, com base na IN 06/13, será providenciada a abertura de processo de sindicância para apuração das responsabilidades pela continuação dos pagamentos indevidos a título de adicionais de insalubridade e periculosidade aos servidores que não estejam suportados por laudo de concessão específico.” Considerando que as medidas corretivas se encontram em andamento, o assunto será objeto de análise em auditoria futura. D.2) Item 4.1.1.2 - Contratação e alteração da carga horária de servidor investido em cargo de Professor Titular sem a observância da compatibilidade de horários. Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “Encaminhado em 25/10/2013 o processo 23075.019375/2012-17 à Gerência de Procedimentos Disciplinares para instauração de Processo Administrativo Disciplinar. A PROGEPE aguarda os resultados do Processo Administrativo Disciplinar para demais providencias.” Considerando as providências em andamento, o assunto será objeto de acompanhamento futuro. E) Do Relatório de Auditoria nº 253112 E.1) Item 3.1.1.2 - Ausência de informação que prejudicou a análise da pertinência dos pagamentos realizados a servidores vinculados ao Núcleo de Concursos. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 51 Por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: “Através do Ofício 357/2013-GAF/NC (conforme anexo) o Núcleo de Concursos da UFPR informa que as datas dos concursos, as atividades dos servidores da UFPR e respectiva carga horária, constam na planilha de pagamento encaminhada à PROGEPE, conforme layout indicado pela CGU. As atividades/funções não são desempenhadas durante a jornada de trabalho dos servidores do Núcleo de Concursos e demais profissionais da UFPR, que participam nos Concursos/Processos Seletivos Institucionais, de acordo com a cópia de ofício nº 022/2012-GAF/NC e documentos anexos. O controle de presença dos serviços responsáveis pela aplicação da prova dos Concursos/Processos Seletivos, funções como aplicadores de prova, fiscais, seguranças e outros, é formalizado pela lista de presença que contém dados pessoais, função e horário. O controle das funções de elaboração, estruturação e correção é formalizado através da assinatura do documento Termo de Sigilo e controle do horário de entrega da atividade. Os professores e profissionais da UFPR são convidados a participar de atividades em períodos diferentes da jornada de trabalho, principalmente em finais de semana, por tanto não cabe compensação de horas.” Os documentos anexos demonstram a existência de: - controle de frequência, com hora de entrada e saída e assinatura; - declaração expressa da chefia de que o servidor colaborador não se ausentou em horário de expediente; e - justificativa e pedido de autorização de pagamento ao Reitor da UFPR, de eventuais ocorrências de gratificações que extrapolam 120 horas/ano. Considerando as documentações apresentada, entende-se que a recomendação foi atendida. E.2) Item 3.1.1.6 - Irregularidades nos controles das frequências dos servidores que receberam a Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso. Idem item anterior. Trata-se de recomendações voltadas para o aprimoramento dos controles. F) Da Nota de Auditoria nº 201108940/02 – Gestão de TI Em relação às recomendações de aperfeiçoamento do PDTI, por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013-R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: Recomendações 1, 2 e 4: “Recomendação 1: 1) O PDI da UFPR está em plena vigência (disponível em http://www.proplan.ufpr.br/portal/arquivos-pdi/) contemplando alguns aspectos relacionados à Tecnologia da Informação. 1.1) O PDTI proposto abordará os aspectos recomendados. 1.2) O PDTI está sendo elaborado a partir de pesquisas realizadas junto a todas as unidades administrativas, discutido em três comitês e, ainda, pelos dirigentes da unidades administrativas principais (Direções de Setores e Pró Reitores). Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 52 Elaboração do O PDTI, atendendo a recomendação da CGU, a partir de pesquisas realizadas junto a todas as unidades administrativas, discutido em três comitês e, ainda, pelos dirigentes da unidades administrativas principais (Direções de Setores e Pró Reitores). Recomendação 2: O relator no COPLAD solicitou algumas melhorias na proposta do PDTI e que estão sendo implementadas. O PDTI, a pedido do relator no COPLAD, está em processo de revisão e readequações. Recomendação 4: Embora o PDTI ainda não se encontre aprovado, a Universidade tem mantido uma linha de ação coerente com nosso PDI e demandas apresentadas pelas Unidades. Excepcionalizadas as aquisições realizada pela área de pesquisas da UFPR, já há regulamentação interna que visa manter padrões de equipamentos, principalmente, como computadores e notebooks a fim de que atendam a maior parte das demandas apresentadas. Os desenvolvimentos de sistemas estão sendo priorizados em conformidade às metas propostas no PDI. Atualmente estão em desenvolvimento os sistemas de Gestão e Controle Orçamentário, Gestão de Arrecadação, Controle de Progressões de Pessoal Docente e Gestão de Compras e Empenhos, dentro das limitações de pessoal imposta ao CCE. A capacitação de servidores nas áreas de gestão tem sido priorizada e os resultados efetivos serão sentidos a médio prazo. Apesar deste tempo de maturação do processo de capacitação muitas mudanças já poderem ser percebidas pela UFPR. Algumas ações, como geração de documentação e procedimentos, ainda carecem de reforço no quadro técnico.” Considerando que as medidas de aperfeiçoamento estão em curso, o assunto será objeto de avaliação em auditorias futuras. Recomendações 5 e 6: Assunto já abordado no subitem B.3 e B.4 deste item. o#tF a/ 1.1.2 ATUAÇÃO DA AUDITORIA INTERNA 1.1.2.1 INFORMAÇÃO Verificação da existência e do conteúdo do Parecer de Auditoria Interna. Fato Conteúdo do Parecer de Auditoria: Os conteúdos previstos no Anexo III da Decisão Normativa TCU nº 132/2013 estão dispostos no Parecer de Auditoria anexo ao Processo de Contas da Universidade Federal do Paraná do exercício de 2013, documento intitulado Relatório nº 002/2014, em seu item 1, bem como nos subitens 1.1 a 1.6. Estão assim dispostas as seguintes informações: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 53 - item 1: síntese das avaliações e dos resultados que fundamentaram a opinião da Auditoria Interna sobre a gestão da Unidade Jurisdicionada (UJ); - subitem 1.1: demonstração de como a área de auditoria interna está estruturada, como é feita a escolha do titular e qual o posicionamento da unidade de auditoria na estrutura da UJ; - subitem 1.2: avaliação da capacidade de os controles internos administrativos da UJ identificarem, evitarem e corrigirem falhas e irregularidades, bem como de minimizarem riscos inerentes aos processos relevantes; - subitem 1.3: descrição das rotinas de acompanhamento e de implementação, pela UJ, das recomendações da auditoria interna; - subitem 1.4: informações sobre a existência ou não de sistemática e de sistema para monitoramento dos resultados decorrentes dos trabalhos de auditoria interna; - subitem 1.5: informações sobre como se certifica de que a alta gerência toma conhecimento das recomendações feitas pela auditoria interna e assume, se for o caso, os riscos pela não implementação das recomendações; e - subitem 1.6: descrição da sistemática de comunicação à alta gerência, ao conselho de administração e ao comitê de auditoria sobre riscos considerados elevados decorrentes da não implementação das recomendações da auditoria interna pela alta gerência. Informações do Parecer de Auditoria e Verificações da CGU: Relativamente à vinculação da auditoria interna conforme os ditames do artigo 15 do Decreto nº 3.591/2000, observar-se que na UFPR, ela é vinculada a Conselho distinto do Conselho de Administração, que no caso, é o COPLAD - Conselho de Planejamento e Administração. Por força da Resolução COPLAD nº 15/2003, a Audin está vinculada ao CONCUR – Conselho de Curadores. Cabe à Unidade rever a atual estrutura, principalmente em função das atribuições regimentais dos dois Conselhos: enquanto as atribuições regimentais do COPLAD são mais amplas, a do CONCUR se restringe a “exercer fiscalização econômico-financeira da Universidade”. Sendo que, atualmente as funções de uma Unidade de Auditoria Interna são muito mais amplas do que tão somente a fiscalização econômica e financeira. Quanto às recomendações elencadas pelo Tribunal de Contas da União em seu Acórdão nº 577/2010 – Plenário, que trata do conteúdo a ser normatizado complementarmente às normas exaradas pela Controladoria Geral da União, observa-se que a Resolução nº 15/03 – COPLAD atende à maioria daquelas recomendações. A delimitação da atuação dos trabalhos da Auditoria Interna é trazida nos Capítulos II, III e IV, dos Objetivos, da Organização e da Competência, respectivamente. Quanto à definição da autoridade e da responsabilidade da Auditoria Interna, os aspectos elencados no citado Acórdão estão compreendidos no Capítulo V, das Disposições Finais da Resolução regimental, exceto pelos aspectos a seguir compreendidos. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 54 Os aspectos não compreendidos na Resolução COPLAD nº 15/03 e recomendados pelo Tribunal de Contas são: a natureza de eventuais trabalhos de consultoria interna que a unidade de auditoria interna preste à organização (conforme item 9.2.1.4 do referido Acórdão); a menção da participação dos auditores internos em atividades que possam caracterizar participação na gestão e por isso prejudiquem a independência dos trabalhos de auditoria (conforme item 9.2.1.5); e o estabelecimento de regras de objetividade e confidencialidade exigidas dos auditores internos no desempenho de suas funções (conforme item 9.2.1.6). Para os dois últimos casos, em que pese o artigo 23 da Resolução regimental mencionar a observância às normas de conduta estabelecida no código de ética profissional respectivo, recomenda-se que a norma faça menção expressa aos conteúdos dos itens 9.2.1.5 e 9.2.1.6 do Acórdão TCU nº 577/2010. Relativamente ao conteúdo do Parecer de auditoria, em seu item 1.2, é tratada a avaliação da capacidade de os controles internos administrativos da UJ identificarem, evitarem e corrigirem falhas e irregularidades, bem como de minimizarem riscos inerentes aos processos relevantes. Foram utilizados os seguintes parâmetros para a sua análise: a) b) c) d) e) f) qualificação, treinamento e rodízio dos funcionários; delegação de poderes e definição de responsabilidades; segregação de funções; instruções devidamente formalizadas; controles sobre as transações; e aderência sobre as diretrizes e normas legais. Em sua análise, os fatores abordados não apresentam grandes fragilidades, em dissonância dos apontamentos nos diversos trabalhos de auditoria realizados pelos órgãos de controle, em especial a CGU e o TCU. Como já mencionado anteriormente, constatou-se a existência de falhas nos procedimentos de controle que possibilitaram a ocorrência de impropriedades na gestão e resultaram em ambiente de controle vulnerável a riscos. Em especial, no item “controle sobre as transações”, a Auditoria Interna cita o uso dos sistemas corporativos como boa prática para o controle sobre as transações realizadas. Porém, nos trabalhos de auditoria realizados foi observado que o uso dos sistemas corporativos não foi suficiente para obter eficiência nos controles, em especial nas áreas de gestão de pessoas, patrimônio mobiliário e imobiliário e de gestão de contratos. Com relação à temática tratada nos itens 1.3 e 1.4 do parecer da Audin, ou seja, a existência de rotinas de acompanhamento e de implementação pela UFPR, das recomendações da auditoria interna, bem como, a existência de sistemática ou sistema para o monitoramento dos resultados decorrentes dos trabalhos da auditoria interna, a Audin informou que tais instrumentos não existem, ou são realizados de maneira informal. A Unidade informa que, para o exercício de 2014, o PAINT prevê ação específica para a elaboração de métodos de rotina para o acompanhamento periódico das ações gerenciais de implementação das recomendações exaradas. o#tF a/ 1.1.2.2 INFORMAÇÃO Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 55 Atuação da Auditoria Interna. Fato Acompanhamento do PAINT: Da análise do PAINT para o exercício de 2013, observou-se que as sugestões encaminhadas à Unidade Jurisdicionada pelo Controle Interno foram acatadas, levandose em consideração a estrutura da Unidade de Auditoria Interna (AUDIN/UFPR), principalmente, à limitação do seu quadro operacional. Em relação aos Relatórios de Auditoria elaborados pela Unidade de Auditoria Interna da UFPR, a mesma atendeu às solicitações de encaminhamento daquelas peças a essa CGU Regional. Quanto ao cumprimento do disposto no PAINT, o referido Plano foi parcialmente cumprido, sendo consignado(s) no RAINT o(s) motivo(s) pelo(s) qual (quais) algumas ações não foram realizadas. Reproduzimos a principal justificativa ora apresentada: “em função da rotatividade de servidores ao longo do exercício de 2013 bem como a inserção de auditorias não planejadas demandadas pelo Ministério Público Federal, não foi possível executar a ação”. Ressalte-se que apesar da necessidade de redução no escopo das ações propostas no PAINT, houve a seleção de atividades de menor materialidade e criticidade em detrimento de ações mais críticas e de maior volume de recursos, sendo o presente assunto tratado em item específico. Não foram identificados trabalhos de auditoria em ações vinculadas ao Programa de Aceleração do Crescimento, copa do Mundo de Futebol de 2014 e Olimpíadas de 2016, pelo fato da UFPR não ter executado ações correlatadas ao assunto em 2013. Normatização e organização da Auditoria Interna: O Regimento interno e o organograma da Unidade de Auditoria Interna na Universidade Federal do Paraná são normatizados, principalmente, pela Resolução nº 15/03 – COPLAD. De acordo com o referido normativo, a Auditoria Interna da UFPR está vinculada ao Conselho de Curadores, nos termos do artigo 15, §3º do Decreto nº 3591/00 e Portaria nº 471/GR. Quanto às recomendações elencadas pelo Tribunal de Contas da União em seu Acórdão nº 577/2010 – Plenário, que trata do conteúdo a ser normatizado complementarmente às normas exaradas pela Controladoria Geral da União, observa-se que a Resolução nº 15/03 – COPLAD atende à maioria daquelas recomendações. A delimitação da atuação dos trabalhos da Auditoria Interna é trazida nos Capítulos II, III e IV, dos Objetivos, da Organização e da Competência, respectivamente. Quanto à definição da autoridade e da responsabilidade da Auditoria Interna, os aspectos elencados no citado Acórdão estão compreendidos no Capítulo V, das Disposições Finais da Resolução regimental, exceto pelos aspectos a seguir compreendidos. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 56 Os aspectos não compreendidos na Resolução COPLAD nº 15/03 e recomendados pelo Tribunal de Contas são: a natureza de eventuais trabalhos de consultoria interna que a unidade de auditoria interna preste à organização (conforme item 9.2.1.4 do referido Acórdão); a menção da participação dos auditores internos em atividades que possam caracterizar participação na gestão e por isso prejudiquem a independência dos trabalhos de auditoria (conforme item 9.2.1.5); e o estabelecimento de regras de objetividade e confidencialidade exigidas dos auditores internos no desempenho de suas funções (conforme item 9.2.1.6). Para os dois últimos casos, em que pese o artigo 23 da Resolução regimental mencionar a observância às normas de conduta estabelecidas no código de ética profissional respectivo, recomenda-se que a norma faça menção expressa aos conteúdos dos itens 9.2.1.5 e 9.2.1.6 do Acórdão TCU nº 577/2010. A Auditoria Interna tem normatizado a sua “Missão Institucional” no caput do artigo 8º da Resolução COPLAD nº 15/03. Atuação da Auditoria Interna: Com relação ao volume de recursos auditados vinculados aos respectivos Programas/Ações de governo, seguem as informações registradas no quadro a seguir: Programa/Ação Programação/Módulo-Tipo Funcionamento dos Cursos de Graduação Funcionamento dos Hospitais de Ensino Relatório de Auditoria 005/2013 006/2013 Total do Programa Recursos Auditados (R$) 6.222.000,00 7.801.998,00 14.023.998,00 010/2013 Total do Programa 012/2013 Total do Programa 015/2013 017/2013 018/2013 019/2013 021/2013 024/2013 025/2013 027/2013 Total do Programa 291.420,01 291.420,01 3.623.203,78 3.623.203,78 17.568,50 311.196,72 1.499.715,00 976.080,00 45.000,00 288.378,00 426.000,00 111.600,00 3.675.538,22 Atenção à Saúde nos Serviços Ambulatoriais e Hospitalares prestados pelos HU 016/2013 025/2013 Total do Programa 7.523,82 852.000,00 859.523,82 Pagamento de Pessoal Ativo da União 020/2013 026/2013 034/2013 Total do Programa 8.264.160,70 13.107,44 58.586,75 8.335.854,89 Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais 022/2013 025/2013 Total do Programa 2.900.350,00 426.000,00 3.326.350,00 Manutenção de Trechos Rodoviários no Estado do Mato Grosso do Sul Atenção à Saúde da População p/Procedimentos de Média e Alta Complexidade Auditoria FUNPAR* Auditoria HC** Auditoria Associação Alírio Pfeifer*** Dinheiro público é da sua conta 003/2013 011/2013 038/2013 Total Geral 1.420.523,25 1.287.715,41 2.198.426,00 39.042.553,38 www.portaldatransparencia.gov.br 57 * A auditoria na FUNPAR foi realizada sobre a arrecadação dos valores de matrículas e mensalidades nos cursos realizados pelo CED (Centro de Educação Física e Desportos) por meio do Termo de Cooperação nº 045/99, não sendo os recursos vinculados a nenhum Programa/Ação; ** A auditoria no Hospital de Clínicas envolveu diversas contratações, não sendo possível identificar os Programas/Ações envolvidos; *** A auditoria na Associação Alírio Pfeifer foi realizada sobre a arrecadação em nome do Hospital de Clínicas por meio do Termo de Cooperação nº 009/2007, não sendo os recursos vinculados a nenhum Programa/Ação. Com relação à amplitude dos recursos auditados em relação ao total de dispêndios incorridos pela UFPR, Hospital de Clínicas (HC) e Hospital e Maternidade Vitor Ferreira do Amaral (HMVFA), seguem as informações registradas no quadro a seguir: Volume de recursos auditados (A) R$ 39.042.553,38 Volume de recursos geridos pela UJ (B) R$ 1.388.963.445,00 % de recursos Auditados pela AUDIN (B/A) 2,81% Entretanto, vale salientar que, um significativo volume de recursos é despendido em folha de pagamento de ativos e inativos, conforme quadro a seguir: Unidade Despesa Total em 2013 Despesa com Folha em 2013 UFPR R$ 1.059.285.370,00 R$ 812.057.042,00 HC/UFPR R$ 320.076.231,00 R$ 176.244.936,00 HMVFA R$ 9.601.844,00 TOTAL R$ 1.388.963.445,00 988.301.978,00 * - FONTE – SIAFI – BALANCENTE 2013 – DESPESAS (CONTA GRUPO 3) Conforme ilustrado no quadro, cerca de 71% dos recursos são despendidos em folha. Assim sendo, a representatividade da amostra dos trabalhos da AUDIN foi da ordem de: Folha de Pagamento – 0,84% (R$ 8.335.855,00 / R$ 988.301.978,00) e demais despesas – 7,67% (R$ 30.706.698,00 / R$ 400.661.467,00). Em relação à auditoria da folha, considerando que a CGU, em sua Auditoria Anual de Contas 2012/2013, Relatório nº 201305988/2013, enfatizou os exames sobre a mesma, entende-se que não houve prejuízo à atuação da AUDIN. Em relação às demais despesas, o índice amostral de 7,67% poderia ser suficiente, considerando a limitação de pessoal. Porém, conforme descrito em item específico deste relatório, entende-se que há fragilidade no critério de seleção da amostra. Em comparação com o exercício anterior (2012), a relação aumentou de 2,37% para 2,81%. Em números absolutos também houve um aumento dos recursos auditados de R$ 36.926.939,68 para R$ 39.042.553,38. Relativamente à qualidade da atuação da Auditoria Interna, devido principalmente à utilização do SIAFI Gerencial, houve uma melhoria na qualidade das amostras selecionadas, mais especificamente na área de Gestão de Suprimento de Bens de Serviços, sendo mais bem observados os critérios de materialidade e criticidade na seleção de amostras pela mesma. Em que pese a Unidade de Auditoria Interna ter sistematizado no RAINT do exercício de 2013 as recomendações oriundas da CGU e do TCU ainda não implementadas pela Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 58 Unidade, não foi observada uma rotina de acompanhamento de implementação de medidas corretivas bem como uma atuação efetiva junto às áreas para as quais houve recomendação. Observou-se que alguns dos relatórios da AUDIN/UFPR trataram de modo complementar dos assuntos abordados pela CGU e TCU, a exemplo do escopo dos Relatórios de auditoria nº 020/2013 – Cessão de servidores e nº 026/2013 – Gratificação por encargo de curso e concurso. Com relação às denúncias recebidas pela AUDIN, foram realizados os trabalhos conforme quadro a seguir: Denúncias Recebidas (A) Denúncias apuradas em trabalhos de AUDINT (B) Denúncia MPF/ICP nº 1.25.000.001972/2008-52, ref. a pagamentos efetuados na rubrica a título de gratificações por encargo de curso e concurso. Nota da Procuradoria Federal Especializada junto à UFPR p/apuração de eventual falsificação de orçamentos nos procedimentos de compras do Setor de Ciências Exatas da UFPR. Denúncia MPF/ICP nº 1.25.000.000378/2009-25 ref. ao exercício de cargo de docente com regime de dedicação exclusiva e, ilicitamente, outra atividade impeditiva. Relatório de Auditoria nº 026/2013AUDIN/UFPR. Foram formuladas 03 Constatações consignadas no RAINT/2013. Não foram emitidas recomendações. Relatório de Auditoria nº 028/2013AUDIN/UFPR. Foi formulada 01 Recomendação consignada no RAINT/2013. Denúncia da Presidência da República, STF e MPF/ICP nº 1.25.000.002864/2013-64 ref. a denúncias de irregularidades no Centro de Línguas e Interculturalidade – CELIN. Denúncia interna encaminhada ao e-mail da AUDIN ref. ao descumprimento do regime de trabalho de docentes do Setor de Ciências Biológicas. Denúncia MPF/Procedimento Preparatório nº 1.25.000.002518/2012-03 Totais 06 Taxa de apuração (B/A) X X Relatório de Auditoria nº 034/2013AUDIN/UFPR. Foi apurada a diferença entre o valor recebido pelo servidor em regime de dedicação exclusiva e o valor devido pelo regime de 40 horas X Não apurada - Não apurada - Não apurada - 03 50% (0,5) A Unidade informou no RAINT que as denúncias apontadas como não apuradas seriam objeto de apuração no exercício de 2014. Auditorias Compartilhadas: No exercício de 2013 foi realizada uma auditoria compartilhada CGU/AUDIN-UFPR tendo como objeto a “avaliação da adequação dos controles internos praticados no almoxarifado do Centro de Computação Eletrônica (CCE) da UFPR”, tendo seus resultados consignados no Relatório de auditoria nِº 201317856. Análise dos Papeis de Trabalho: Para a avaliação da qualidade dos papeis de trabalho produzidos pela AUDIN foi selecionada para análise a documentação dos seguintes relatórios de auditoria: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 59 Área de Atuação Auditoria sobre Processos Licitatórios – Aquisição de Bens/Serviços Auditoria sobre Processos Licitatórios – Aquisição de Bens/Serviços Auditoria sobre Processos Licitatórios – Aquisição de Bens/Serviços Auditoria sobre Gestão de Recursos Humanos – Cessão de Servidores Auditoria sobre Processos Administrativos Disciplinares Relatórios Selecionados 005/2013 006/2013 013/2013 020/2013 037/2013 Da análise dos referidos documentos observou-se que os mesmos possuem abrangência e grau de detalhamento suficientes para propiciar o entendimento e suporte aos relatos constantes dos Relatórios, bem como que o sistema de arquivo garante a integridade física dos papeis de trabalho e acesso aos mesmos quando necessário. Quanto à rastreabilidade das evidências que suportam os achados, da forma como os mesmos estão organizados, há dificuldade em rastreá-las. Síntese das Análises: Os quadros a seguir sintetizam as análises realizadas: Quadro 1: Questões de Auditoria Itens 1) Qual a posição da Audin no organograma da entidade? □ Vinculada ao Conselho Diretor / Deliberativo da IFE ou órgão colegiado Equivalente □ Subordinada diretamente ao Reitor da IFE □ Subordinada diretamente ao Decano de Administração □ Outra posição 2) O Conselho Diretor /Deliberativo da IFE: 2.1) Aprova o regulamento da Audin □ Sim □ Não 2.2) Aprova o PAINT? □ Sim □ Não 2.3) Recebe comunicações da Audin □ Sim sobre o cumprimento do PAINT? □ Não 2.4) Aprova as decisões sobre nomeação □ Sim e exoneração do auditor-chefe? □ Não 3) Existe uma política formalizada no regulamento /estatuto /regimento da IFE que (deve se verificar no normativo da IFE se existem os itens a seguir): 3.1) Defina a missão da Audin? □ Sim □ Não 3.2) Defina as responsabilidades do □ Sim auditor-chefe perante o Conselho Diretor □ Não e a Administração? 3.3) Estabeleça que o auditor chefe deva □ Sim opinar sobre a adequação e a efetividade □ Não dos controles internos administrativos da IFE? 3.4) Estabeleça □ Sim que o auditor chefe deva opinar sobre a □ Não gestão de riscos realizada na IFE? 3.5) Estabeleça que o auditor chefe deva □ Sim informar sobre o andamento e os □ Não resultados do PAINT ao Conselho Diretor /Deliberativo e à alta administração? Dinheiro público é da sua conta Evidências (descrição do documento ou do normativo da IFE que corrobora a resposta) que deverão ser juntadas ao processo Vinculado ao CONCUR – artigo 1º da Resolução COPLAD nº 15/2003. 2.1 - Resolução COPLAD nº 15/2003; 2.2 – Resolução COPLAD nº 21/2013; 2.3 – RAINT 2013; 2.4 – artigo 10, I da Resolução COPLAD nº 15/2003. Resolução COPLAD nº 15/2003 www.portaldatransparencia.gov.br 60 3.6) Estabeleça que o auditor chefe deva informar sobre a suficiência dos recursos financeiros, materiais e de pessoal destinados à Audin ao Conselho Diretor /Deliberativo e à alta administração? 3.7) Defina que o auditor-chefe é responsável pelo alinhamento da atuação da Audin com os riscos identificados na gestão? 3.8) Garanta ao auditor-chefe a autoridade necessária para desempenhar suas atribuições? 3.9) Estabeleça que a Audin tenha acesso irrestrito a todos os documentos, registros, bens e servidores da IFE? 3.10) Estabeleça que o auditor chefe tenha livre acesso ao Conselho Diretor /Deliberativo ou órgão colegiado equivalente? 3.11) Garanta ao auditor-chefe a autonomia necessária para determinar o escopo dos trabalhos e aplicar as técnicas necessárias para a consecução dos objetivos de auditoria? 3.12) Determine que a prestação de serviços de consultoria à Administração da IFE seja realizada quando a Audin considerá-los apropriados? 3.13) Delimite a atuação dos trabalhos da Audin, evitando que execute trabalhos próprios de gestores? 3.14) Minimize os conflitos de interesses e favoreçam a imparcialidade dos auditores internos? 4) Existe uma política formalizada de desenvolvimento de competências para os auditores internos da IFE? 5) Quantos auditores internos compõem a Audin? 6) As instalações da Audin na IFE podem ser consideradas como: 7) A Audin possui equipamentos de informática em quantidade /qualidade suficiente para realizar seu trabalho 8) Tomando-se como base o número de trabalhos de auditoria previstos no PAINT, pode-se considerar que o número de auditores internos é: □ Sim □ Não □ Sim □ Não □ Sim □ Não □ Sim □ Não □ Sim □ Não □ Sim □ Não □ Sim □ Não □ Sim □ Não □ Sim □ Não □ Sim □ Não Não tem. □1 □2 a 3 □4 a 5 □6 a 7 □8 a 9 □10 ou mais □ruins □regulares □boas □ótimas □ Sim □ Não Auditora interna: Luciane Mialik Wagnitz Linczuk. □ insuficiente □ suficiente Análisse do PAINT, RAINT e Relatórios de Auditoria. Visita in loco Entrevista e visita in loco Quadro 2: Questões de Auditoria 9) Qual o grau aproximado de aderência das atividades realizadas pela Audin no exercício avaliado, constantes do RAINT, com relação às planejadas? Dinheiro público é da sua conta Itens □ 0% □ 25% □ 50% □ 75% □ 100% Evidências (descrição do documento ou do normativo da IFE que corrobora a resposta) que deverão ser juntadas ao processo RAINT – No RAINT consta que foram realizadas 16 das 22 ações propostas no PAINT/2013. www.portaldatransparencia.gov.br 61 10) Quem realiza a gestão de riscos na IFE? (essa questão pode ter mais de uma resposta, pois mais de uma unidade da IFE pode ter elaborado o documento de gestão de riscos) 11) Caso seja realizada a atividade de gestão de riscos, qual o grau aproximado de aderência do planejamento das atividades da Audin em relação às fragilidades apontadas na avaliação de riscos? □ A Administração □ A Audin □ Outra unidade □ A gestão de riscos não é realizada na IFE □ 0% □ 25% □ 50% □ 75% □ 100% □ A gestão de riscos não é realizada na IFE □ Sim □ Não 12) O PAINT do exercício avaliado foi submetido ao Conselho Diretor /Deliberativo ou órgão colegiado equivalente para aprovação? 13) As eventuais modificações ocorridas durante □ Sim o exercício no PAINT do exercício avaliado □ Não foram submetidas ao Conselho □ Não se aplica Diretor/Deliberativo ou órgão colegiado equivalente para aprovação? 14) A Audin realiza atividade de assessoramento à alta administração: 14.1) Propondo ações corretivas para os desvios □ Sim gerenciais identificados? □ Não 14.2) Objetivando contribuir para a melhoria da □ Sim gestão quanto à economicidade? □ Não 14.3) Objetivando contribuir para a melhoria da □ Sim gestão quanto à eficiência? □ Não 14.4) Objetivando contribuir para a melhoria da □ Sim gestão quanto à eficácia? □ Não 14.5) Nas ocasiões em que haja suspeitas de □ Sim práticas fraudulentas dentro da IFE? □ Não 15) A Audin realiza atividades típicas de gestão, □ Sim tais como elaboração de editais e minutas de □ Não contratos? 16) A Audin já realizou trabalhos que □ Sim envolvessem a avaliação dos controles internos □ Não administrativos da IFE? Ofício nº 2227/2014 – Anexo I , de 05/05/2014 – Matriz de Risco. Conforme item 9. Resolução COPLAD nº 21/2013. Não houve modificações durante o exercício. Relatórios de auditoria. Relatórios de auditoria. o#tF a/ 1.1.2.3 CONSTATAÇÃO Ausência de observância dos critérios de relevância, materialidade, criticidade e vinculação ao exercício na seleção dos processos analisados bem como na supressão de ações propostas no PAINT. Fato Da análise dos relatórios de auditoria elaborados pela AUDIN/UFPR no exercício de 2013, observou-se que, dos 38 relatórios, 17 tem como escopo a análise dos processos de contratação de bens e serviços pela UFPR, Hospital de Clínicas e Hospital e Maternidade Vitor Ferreira do Amaral. Desses 17 relatórios, apenas 01 trata de certames e contratações realizadas no exercício de 2013 (Relatório de Auditoria nº 021/2013). Todos os outros 16 relatórios tratam de certames e contratações realizadas nos exercícios de 2012 e anteriores. Em termos de materialidade, dos R$ 27.087.749,24 em recursos para aquisições de bens e serviços auditados no exercício de 2013, apenas R$ 45.000,00 (PE nº 37/2013 do RA nº 021/2013) se refere ao período em análise, ou seja, apenas 0,17% do volume auditado. O mesmo fato foi observado nos relatórios de auditoria nº 003/2013 e 038/2013. O primeiro teve como escopo a análise da prestação de contas, pela Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 62 FUNPAR, do Termo de Cooperação nº 045/99, dos gastos realizados entre 2005 e 2010. O segundo, a análise da prestação de contas pela Associação Alírio Pfeifer, do Termo de Cooperação nº 009/2007, dos gastos realizados entre 2009 e 2011. Ressalte-se que a presente análise não tem o condão de que se sejam suprimidas análises de exercícios anteriores, mas orientar a Unidade de Auditoria Interna que observe, nas suas seleções de processos licitatórios, a inserção de instrumentos realizados ou em andamento (no caso de certames licitatórios) e em execução (no caso de contratos) do exercício de 2013. Com a atual rotina da Unidade, a quase totalidade dos processos licitatórios e respectivos contratos não são auditados no mesmo exercício em que ocorreram (ou foram executados), mas sim nos exercícios subsequentes, tornando as análises e recomendações menos efetivas, pois muitas vezes, extemporâneas. Com relação às ações propostas no PAINT do exercício de 2013, a AUDIN deixou de realizar parte dessas ações, em grande parte devido ao reduzido número do seu quadro operacional, bem como a novas demandas surgidas no decorrer do exercício. Porém, verificou-se que a Unidade não observou os critérios de materialidade, relevância e criticidade quando da seleção de algumas ações em detrimento de outras. A título exemplificativo, a Unidade deixou de realizar as ações de auditoria no Programa REUNI (ação nº 03), na avaliação dos controles interno administrativos de pagamento de Adicional de Plantão Hospitalar – APH (ação nº 10) e na concessão de adicional de insalubridade e periculosidade (ação nº 17), mas realizou ações de baixa materialidade e relevância (Relatórios de auditoria nº 015/2013, 016/2013, 021/2013 e 026/2013). Ademais, a AUDIN realiza atividades não correlatas à atividade de auditoria, a exemplo da conformidade de registros contábeis e da conformidade de balancetes mensais, objeto de vários Relatórios de Auditoria e típicas atividades de contadoria. O próprio Relatório de Gestão traz responsável diverso da Auditora chefe na peça intitulada “Declaração do contador”. Sobre o assunto, a Unidade se manifestou por meio do Ofício nº 232/2014AUDIN/UFPR: “Com relação ao item 1.1.1.2 CONSTATAÇÃO do relatório, com relação ao texto abaixo descrito cabem alguns esclarecimentos: A título de exemplificação a Unidade deixou de realizar as ações de auditoria no Programa REUNI, na avaliação do controle interno administrativo de pagamento de Adicional de Plantão Hospitalar - APH e na concessão de adicional de insalubridade e periculosidade mas realizou ações de baixa materialidade e relevância (Relatórios n.o 015/2013, 016/2013, 026/2013). Esclarecemos que certas "seleções" efetuadas pela AUDIN não decorrem necessariamente da não observância dos critérios da materialidade, criticidade e relevância e sim de normativos internos por vezes desatualizados ou de ordens supervenientes. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 63 No caso dos Relatórios n.º 015/2013, 016/2013, 021/2013 e 026/2013 não foi diferente. Os três primeiros decorrem da Resolução n.º 3612007 - COPLAD, que determina duas auditorias anuais nos processos licitatórios do Hospital de Clinicas e ainda, no caso destes relatórios especificamente, o COPLAD e CONCUR selecionaram e determinaram as amostras com critério próprio. No caso do relatório n.º 026/2013, foi uma demanda do Ministério Público Federal com prazo para cumprimento. Informamos que, na medida em que nossa capacidade de pessoal e autonomia permite buscamos observar os critérios de materialidade, criticidade e relevância. Ademais, a AUDIN realiza atividades não correlatas com a atividade de auditoria, a exemplo da conformidade de registros contábeis e da conformidade de balancetes mensais, objeto de vários relatórios de auditoria e típicas atividades de contadoria. Neste ponto faz-se necessário retomar que a AUDIN devido a Resolução 015/2003 COPLAD encontra-se subordinada ao Conselho de Curadores - CONCUR. Cabe salientar que o CONCUR é composto por professores doutores titulares, de área de especialidade distinta da contábil: médicos, engenheiros, advogados, etc.. E, ainda, o CONCUR por sua vez, em decorrência de seu regimento possui dentro de sua competência examinar os balancetes mensais da UFPR com auxilio da Auditoria "Financeira". O que nos levou a elaborar 12 (doze) relatórios deste tipo no exercício de 2013. Embora alguns normativos da UFPR estejam desatualizados, são válidos e impelem a AUDIN a executarem para o Conselho certas tarefas, como é o caso do relatório de balancetes mensais. Durante o exercício de 2013 foram efetuadas várias tratativas com o CONCUR a fim de abolir tais relatórios e finalmente foram estabelecidos apenas a verificação de dois anuais que devem coincidir com os períodos em que as ações no SIMEC encontra-se aberto para consulta: janeiro e julho. Durante o exercício de 2014 estamos encaminhando proposta de adequação dos normativos internos a que a AUDIN esta subordinada aos Conselhos Superiores com vistas a adequá-los a realidade presente, liberando a AUDIN das atividades típicas de contadoria. Improcedente a afirmativa de que a AUDIN executa a conformidade de registros contábeis, que já não acontece através da AUDIN desde o exercício de 2012. Assim, no tocante, as recomendações do relatório preliminar CGU n.º 201315655: Item 1.1.1.2 Recomendação 1: Que a AUDIN insira, nas seleções de processos licitatórios, contratos, convênios e outros acordos, instrumentos com realização e/ou execução com escopo no exercício de análise, para que eventuais ações corretivas sejam mais efetivas, realizadas mais próximas do evento que originou o achado (fato apontado). Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 64 Buscaremos efetuar as análises de processos efetuadas dentro do exercício corrente a fim de que as eventuais ações corretivas sejam mais efetivas e realizadas mais próximas do evento que originou o fato apontado. Recomendação 2: Que a AUDIN, quando precisar suprimir de suas atividades do exercício, alguma(s) das ações propostas em seu PAINT por ausência de capacidade operacional, observe os critérios de materialidade, criticidade e relevância em tal seleção. Conforme esclarecido anteriormente devido a normativos internos não possuímos autonomia ampla para que quando da necessidade de supressão de atividades observemos apenas estes critérios. Contudo, assim que sejam devidamente revistos, a autonomia da AUDIN será mais ampla e faremos as supressões observando os critérios de materialidade, criticidade e relevância em tal seleção, levada em conta também, o quadro de pessoal e áreas de conhecimento presentes na equipe da AUDIN no momento da seleção.” Conforme considerações e manifestações em relação às recomendações apresentadas, os apontamentos serão acompanhados no decorrer do presente exercício. o#tF a/ Causa - Insuficiência de capacidade operacional; e - Desconhecimento pelos Conselhos Superiores das técnicas de elaboração de amostra para as ações de controle. u#asC / Manifestação da Unidade Examinada Não houve manifestações complementares às transcritas no campo fato. oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Não houve manifestações complementares às transcritas no campo fato. Recomendações: Recomendação 1: Quando do planejamento das ações de auditoria, atentar para o critério da materialidade e relevância. Em função do seu porte, a UFPR gerencia recursos de grande monta (acima de 8 dígitos ou próximo), sendo necessário um acompanhamento mais próximo por parte da AUDIN. orInC #estA li/a 1.1.2.4 CONSTATAÇÃO Dificuldade na rastreabilidade das evidências que suportaram as constatações/achados de auditorias dos documentos produzidos pela AUDIN. Fato Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 65 Para a avaliação da qualidade dos papeis de trabalho da AUDIN foram selecionados para análise a documentação dos seguintes relatórios de auditoria: de Relatórios Selecionados 005/2013 de 006/2013 de 013/2013 de 020/2013 Área de Atuação Auditoria sobre Processos Licitatórios – Aquisição Bens/Serviços Auditoria sobre Processos Licitatórios – Aquisição Bens/Serviços Auditoria sobre Processos Licitatórios – Aquisição Bens/Serviços Auditoria sobre Gestão de Recursos Humanos – Cessão Servidores Auditoria sobre Processos Administrativos Disciplinares 037/2013 Da análise dos referidos papeis de trabalho, observou-se que a Unidade não sistematizou sua organização de forma a facilitar a localização e identificação das evidências que suportaram os achados de auditoria. Também não há nos mencionados relatórios um “campo evidências”, que indique qual ou quais documento(s)/procedimento(s) deu/deram suporte aos fatos apresentados. Sobre o assunto, a Unidade se manifestou por meio do Ofício nº 232/2014AUDIN/UFPR: “O mesmo assunto é retomado na constatação 1.1.1.3, com o seguinte texto: Da análise dos referidos papéis de trabalho, observou-se que a Unidade não sistematizou sua organização de forma a facilitar a localização e identificação das evidências que suportaram os achados de auditoria. Aqui cabe uma explicação sobre a metodologia de trabalho da AUDIN. Cada vez que uma ação de auditoria é aberta, abre-se um processo especifico para esta ação, onde todas as evidências documentais, interlocução com os gestores, etc ... são devidamente arquivados. Acreditamos que, por desconhecer esta metodologia de trabalho, a Solicitação de auditoria da CGU n.º 20135655/001, que solicitava a disponibilização dedocumentos da AUDIN constava de apenas 3 itens: 1. Disponibilizar os papeis de trabalho, tanto em meio físico como eletrônico dos seguintes relatórios de auditoria: 005/2013, 006/2013, 013/2013, 020/2013 e 037/2013. 2. Informar os valores dos processos licitatórios analisados nos relatórios de auditoria n.º 006/2013 e 025/2013. 3. Informar a quantidade de denúncias recebidas e apuradas no exercício de 2013, e os respectivos relatórios de auditoria e/ou documentos afins. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 66 Estes documentos foram todos entregues a equipe da CGU, por um lapso, a servidora que entregou estes documentos não entregou também os processos administrativos das ações de auditoria, onde as evidências encontram-se arquivadas. Segue anexo um CD contendo a totalidade do processo relativo ao relatório de auditoria n.º 020/2013. Será possível visualizar todas as evidencias adequadamente arquivadas e preservadas com fácil acesso e localização. Neste mesmo exemplo será possível visualizar que utilizamos as evidências e as citamos no relatório como anexos. Aqui ocorreu também uma falha: a entrega para a equipe de auditoria da CGU apenas dos relatórios sem os anexos, pois constituem um volume bastante grande de papéis, conforme o caso. Mais uma vez afirmamos: se tivessem sido verificados os processos das ações de auditoria e não apenas os relatórios constatar-se-ia que as evidências são citadas nos relatórios, talvez não com a nomenclatura correta, vez que as tornamos anexos do relatório. Acreditamos, portanto, que a recomendação citada neste item esta parcialmente atendida e ficará totalmente atendida com a mudança de nomenclatura de anexo para evidência.” E ainda: “Item 1.1.1.3 Recomendação 1: Que a AUDIN cite em seus relatórios de auditoria as evidências que deram suporte aos seus achados, sugerindo-se a criação de um campo evidências nos documentos mencionados e que as mesmas sejam referenciadas nos respectivos papéis de trabalho. As evidências são coletadas e juntadas ao processo de ação de auditoria correspondente. Imediatamente passaremos a usar a nomenclatura evidência ao invés de anexo nos relatórios de auditoria.” Conforme considerações e manifestações em relação à recomendação apresentada, o apontamento será acompanhado no decorrer do presente exercício. o#tF a/ Causa Excesso de trâmites burocráticos no procedimento relativo à formalização de processos. u#asC / Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício nº 331/2014-AUDIN/UFPR, a Unidade assim se manifestou: “A Unidade de Auditoria Interna em atenção ao seu ofício n.º 14509/2014 CGURegional/PR - CGU- PR datado de 06/06/2014, encaminha esclarecimentos adicionais quanto ao item 1.1.2 - Atuação da Auditoria Interna constante do Relatório Preliminar de auditoria n.º 201407318 CGU/PR, especificamente no tocante a constatação 1.1.2.4 Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 67 - Dificuldade na rastreabilidade das evidências que suportaram as constatações/achados de auditoria dos documentos produzidos pela AUDIN. Através do ofício n.º 232/2014 - AUDIN/UFPR a unidade manifestou-se nos seguintes termos; "Aqui cabe uma explicação sobre a metodologia de trabalho da AUDIN. Cada vez que uma ação de auditoria é aberta, abre-se um processo especifico para esta ação, onde todas as evidências documentais, interlocução com os gestores, etc... são devidamente arquivados. Acreditamos que, por desconhecer esta metodologia de Solicitação de auditoria da CGU n.º 201356551001, que solicitava a disponibilização de documentos da AUDIN constava de apenas 3 itens: 1. Disponibilizar os papeis de trabalho, tanto em meio físico como eletrônico dos seguintes relatórios de auditoria: 00512013, 00612013, 01312013, 020/2013 e 03712013. 2. Informar os valores dos processos licitatórios analisados nos relatórios de auditoria n. o 00612013 e 025/2013. 3. Informar a quantidade de denúncias recebidas e apuradas no exercício de 2013, e os respectivos relatórios de auditoria e/ou documentos afins. Estes documentos foram todos entregues a equipe da CGU, por um lapso, a servidora que entregou estes documentos não entregou também os processos administrativos das ações de auditoria, onde as evidências encontram-se arquivadas. Segue anexo um CD contendo a totalidade do processo relativo ao relatório de auditoria n. o 02012013. Será possível visualizar todas as evidencias adequadamente arquivadas e preservadas com fácil acesso e localização. Neste mesmo exemplo será possível visualizar que utilizamos as evidências e as citamos no relatório como anexos. Aqui ocorreu também uma falha: a entrega para a equipe de auditoria da CGU apenas dos relatórios sem os anexos, pois constituem um volume bastante grande de papéis, conforme o caso. Mais uma vez afirmamos: se tivessem sido verificados os processos das ações de auditoria e não apenas os relatórios constatar-se-ia que as evidências são citadas nos relatórios, talvez não com a nomenclatura correta, vez que as tornamos anexos do relatório. Acreditamos, portanto, que a recomendação citada neste item esta parcialmente atendida e ficará totalmente atendida com a mudança de nomenclatura de anexo para evidência" Assim, nos colocamos a disposição para que a equipe de auditoria da CGU verifique todos os processos abertos pela AUDIN para as ações de auditoria executadas no exercício de 2013, a fim de atestar que "inexiste dificuldade na rastreabilidade das evidências que suportaram as constatações/achados de auditorias dos documentos produzidos pela AUDIN", apenas divergência no uso de nomenclatura, uma vez que a AUDIN utilizou o termo anexo em vez de evidência em seus relatórios. E, ainda, a questão da rastreabilidade fica superada completamente ao compreender-se a metodologia de trabalho da AUDIN e verificar-se os processos das ações de auditoria, que como dito anteriormente não foram entregues a equipe por lapso da servidora (nova na unidade) e que entregou apenas o estritamente requisitado através da SA CGU n.º 20135655/001. Desta feita solicitamos que a questão seja dada como solucionada.” oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Com efeito, as considerações trazidas pela Unidade elucidam a ausência dos documentos apontados. Porém, por questões de aperfeiçoamento de gestão e boas Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 68 práticas, mantém-se a recomendação de citar nos relatórios as evidências que suportaram os respectivos achados. orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Recomenda-se o aprimoramento da organização dos papéis de trabalho, atentando especialmente para a identificação das evidências no corpo do relatório. 1.1.2.5 CONSTATAÇÃO Manutenção das situações apontadas nos itens 4.2.1.1 e 4.2.1.2 do Relatório de Auditoria nº 201305988/2012 ? Auditoria Anual de Contas do exercício de 2012. Fato Em relação às recomendações contidas nos itens 4.2.1.1 e 4.2.1.2, respectivamente, do Relatório de Auditoria nº 201305988/2012, por meio do Plano de Providências 2013 encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013-R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: Item 4.2.1.1: Recomendação 1: Promover a revisão dos normativos que regem as competências e atribuições da Auditoria Interna da Universidade Federal do Paraná, visando fortalecer a unidade para que sirva como instância efetiva de apoio à gestão e de articulação com as demais instituições de controle. “A recomendação será acatada.” Recomendação 2: Alocar, na Unidade de Auditoria Interna, servidores em número adequado, de modo a permitir a realização das atividades inerentes a esse Setor. “A PROGEPE, através da Coordenadoria de Planejamento de Pessoal - CPP, vem realizando desde a implantação de Quadro de Referência de Servidores TécnicoAdministrativos – QRSTA a movimentação, reposição e acréscimo de servidores na unidade de Auditoria Interna. No período de julho de 2010 a setembro de 2013 a AUDIN, segundo os registros da CPP, contou com o ingresso de 7 servidores, sendo 4 recém-ingressos e 3 movimentações. Atualmente a AUDIN conta com 6 servidores ativos do quadro e 2 demandas de reposições, sendo que uma das vagas está em fase de nomeação e a outra aguardando autorização do MEC.” Recomendação 3: Em relação à atuação da Unidade de Auditoria Interna, abster-se de emitir parecer técnico de cunho gerencial, por contrariar o principio da segregação de funções e a independência funcional. “Recomendação será acatada.” Item 4.2.1.2: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 69 Recomendação 1: Pleitear junto aos órgãos competentes, concurso público para provimento de cargo de auditor, visando sanar as disfunções estruturais na Auditoria Interna relacionada à inadequação de recursos humanos para atender as demandas dessa Unidade. “Recomendação será acatada.” Recomendação 2: Realizar ações de capacitação voltadas a mitigar as carências técnicas de seus servidores, permitindo, assim, uma análise segura sobre os assuntos inseridos em suas competências. “A UFPR já adota sistemáticos programas de capacitação.” Considerando os fatos descritos, em relação às recomendações do Relatório de Auditoria nº 201305988 conclui-se que: Recomendação 3 (item 4.2.1.1): acatada e solucionada; Recomendações 1 e 2 (item 4.2.1.1) e recomendação 1 (item 4.2.1.2): não atendidas, sendo prevista revisão dos normativos no exercício atual, e ainda sem alteração no quantitativo de servidores que compõem a equipe da Audin; Recomendação 2 (item 4.2.1.2): pela análise dos últimos PAINT d Unidade, observase que os servidores participam rotineiramente de ações de capacitação no decorrer dos exercícios. Porém, como já mencionado, ainda não existe na Unidade uma política de capacitação para o desenvolvimento de competências dos mesmos. o#tF a/ Causa - Ausência de revisão dos normativos da Unidade; - Ausência de uma política de capacitação para o desenvolvimento de competências dos servidores; e - Quadro reduzido de servidores. u#asC / Manifestação da Unidade Examinada Não houve manifestação da Unidade examinada. Análise do Controle Interno oaU c#ndM xm E istfe/ Não houve manifestação da Unidade examinada orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Desenvolver ações para o atendimento das recomendações supra citadas. 2 GESTÃO OPERACIONAL 2.1 AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 70 2.1.1 SISTEMA DE INFORMAÇÕES OPERACIONAIS 2.1.1.1 INFORMAÇÃO Verificação da Conformidade do Rol de Responsáveis no Processo de Contas. Fato Da análise do Processo nº 23075.005520/2014-44, relativo à prestação de contas da UFPR do exercício de 2013, foi verificada a inserção, em seu item 1, o rol de responsáveis. Consta do referido rol, as informações dos seguintes dirigentes: reitor, vice-reitor, pró-reitores e seus substitutos, diretores e vice-diretores de setor, diretores e vice-diretores de campi, diretor e vice-diretor dos Hospitais de Clínicas e Vitor Ferreira do Amaral, e membros dos Conselhos Superiores definidos em estatuto. Apesar de serem consideradas Unidades Administrativas apenas os Conselhos Superiores, o Gabinete do Reitor e as Pró-Reitorias (em http://www.ufpr.br/portalufpr/auniversidade-institucional/unidades-administrativas/), as Diretorias de Setor, Campi e Hospitais também podem ser consideradas Unidades Gestoras, tendo independência administrativa. A referida peça segue ipsis literis o modelo constante do Anexo II da DN TCU nº 132/2013, contendo todas as informações lá elencadas. Com relação aos agentes relacionados na opção “CONAGENTE” do SIAFI, observa-se que este é muito mais amplo do que as naturezas de responsabilidade elencadas no artigo 10 da IN nº 63/2010, contando com 1014 agentes, estes envolvendo, por exemplo, Coordenadores de Departamento, Gestores de Contratos e outros, de níveis hierárquicos inferiores àqueles imediatamente abaixo do Dirigente Máximo – o Reitor. Portanto, o Rol de Responsáveis inserido no Processo de Contas está condizente com o disposto no artigo 10 da IN nº 63/2010. o#tF a/ 2.1.2 EFETIVIDADE DOS RESULTADOS OPERACIONAIS 2.1.2.1 INFORMAÇÃO Avaliação das informações sobre a gestão do ensino e pesquisa na UFPR Fato A avaliação dos resultados do ensino e da pesquisa e da atuação do docente descrito no item 2.1.2.2 deste relatório identificou situações que, por meio de esforço gerencial e adoção de boas práticas administrativas, poderão gerar resultados operacionais favoráveis à UFPR. Como já descrito, não se constitui falha/omissão dos gestores, mas sim, tratativas voltadas para o fomento da gestão. Segue detalhamento das situações identificadas: A) Necessidade de informações gerenciais e estatísticas uniformes entre as IFES: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 71 Conforme descritos nos subitens 2.4.1 e 2.4.2 do item 2.1.2.2, ocorreram diversas situações em que a emissão de uma opinião ficou dificultada em decorrência da ausência de parâmetros comparativos. Os indicadores nacionais existentes, como o do TCU, MEC e do FORPLAD2013, permitem uma análise global e macro gerencial. Entretanto, demonstra ser insuficiente para análise operacional voltada para uma avaliação segmentada por Setor/Departamento visando identificar as causas/fatores de sucesso ou deficiência, bem como, para obter médias e indicadores estatísticos para diversos fatores relacionados com a eficiência e eficácia operacional. Neste contexto, a avaliação da adequação (ou não) de indicadores como: número médio de alunos por setor; carga horária média do docente por setor; índice de ocupação de vagas; nº de docentes por setor/departamento; carga horária média semanal para aulas em graduação e pós-graduação; carga horária média semanal para pesquisa e extensão; carga horária média semanal para orientação de alunos; número médio de alunos orientados; entre outros, ficou prejudicada devido à falta de informações das demais IFES. Considerando que os gestores das IFES possuem canal de comunicação, seja por meio da ANDIFES (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), do FORPLAD (Fórum Nacional de Pró-Reitores de Planejamento e de Administração) e outros, entende-se possível a iniciativa de levantamento/definição de informações gerenciais e estatísticas uniformes sobre ensino, pesquisa e extensão, no intuito de tornar uma ferramenta de uso gerencial e auxílio à tomada de decisões. Vale salientar que as informações levantadas pela CGU no presente relatório são exemplificativas, competindo às IFES a definição das informações que serão mais úteis. B) Estudos e avaliações sobre as causas das distorções individuais: Como já descrito no item anterior, o cenário ideal consiste em possuir os valores médios das demais IFES. Entretanto, entende-se que, de forma isolada no âmbito da UFPR, é possível a realização de estudos e avaliações sobre as causas que geraram as distorções individuais. Ao longo do item 2.1.2.2, pode-se observar diversas situações que ensejam, no mínimo, curiosidade sobre a causa da ocorrência de índices acima ou abaixo da média. Seguem alguns exemplos: Item 1.1 – do Quadro A.1 – indicadores 4, 5, 16, 17, 18 e 19 – ocorrência de quantitativo de técnicos acima da média; Item 1.2.2 – Evolução 2009 a 2013 – evolução dos indicadores 3, 6, 7 e 8 – ampliação do número de docentes e das vagas abaixo da média comparada às demais IFES; Item 2.4.1 – Quadro A.19 – índice baixo de ocupação das vagas no Setor de Ciências Exatas e Humanas; e Item 2.4.1 – Quadro A.19 – índice baixo na relação Docente/Aluno no Setor de Biológicas e Saúde. C) Índice de ocupação de vagas: Na graduação ficou identificado que cerca de 48% das vagas disponíveis estão desocupadas. Apesar da ausência de referências estatísticas das demais IFES, entende-se que o índice de ocupação de 50% deva ser uma média nacional. Entretanto, entende ser possível a realização de ações voltadas para elevar o índice de ocupação de vagas e consequentemente otimizar a eficiência e eficácia da gestão, seja por meio de maior fomento à transferência de alunos já cursando nível superior (a partir Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 72 do 2º ano), seja por meio de reestruturação da grade curricular para minimizar o impacto da dependência, entre outras medidas. D) Ausência de ofertas de cursos noturnos e curso em tempo integral com possibilidade de remanejamento para um único período: Entende-se que a oferta de cursos noturnos bem como em período único constitui uma forma de fomentar a melhora do índice de ocupação de vagas referida no item anterior. Constitui uma das metas (Meta 60) do PDI 2012-2016 da UFPR a promoção de estudos no sentido de avaliar a viabilidade de cursos integrais serem ministrados em período único. Seguem considerações: D.1) Ausência de oferta de cursos noturnos: O parágrafo 4º, art.47 da LDB (Lei nº 9.394/1996) descreve que: “As instituições de educação superior oferecerão, no período noturno, cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade mantidos no período diurno, sendo obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas, garantida a necessária previsão orçamentária.” Conforme análise da planilha “GRADUAÇÃO – Dados Gerenciais – 20140221”, elaborada pela PROGRAD, verificou-se a ocorrência de cursos somente com oferta diurna (não sendo cursos em tempo integral), segue relação: Setor Candidato /Vaga* Turno CH Aula ARTES VISUAIS 7,54 T 2520 DESIGN DE PRODUTO 7,52 M 2880 DESIGN GRÁFICO 17,18 M 2490 Código Setor de Artes, Comunicação e Design 116522 Setor de Artes, Comunicação e Design 35468 Setor de Artes, Comunicação e Design 28375 Curso Setor de Ciências Exatas Setor de Ciências Humanas Setor de Ciências Humanas Setor de Ciências Humanas Setor de Ciências Sociais Aplicadas 1167476 EXPRESSÃO GRÁFICA 3,83 M 2760 12558 CIÊNCIAS SOCIAIS 5,03 M 3140 392256 LETRAS - ESPANHOL 3,45 M 2900 1113240 M 2900 20895 LETRAS - ITALIANO 3,00 GESTÃO DA INFORMAÇÃO 3,46 M 2615 Setor Litoral 115876 AGROECOLOGIA ** M 2500 Setor Litoral 115706 ARTES ** M 3200 Setor Litoral 95162 GESTÃO AMBIENTAL ** M 3435 Setor Litoral 123222 SAÚDE COLETIVA ** M 3360 * - relação candidato vaga vestibular 2013/2014 da UFPR ** - Campus Litoral – sem informação disponível Vale salientar que a UFPR possuiu em 2013, 26 cursos exclusivamente noturnos, o que entende que atende ao art. 47 da LDB, referido anteriormente, no tocante à oferta de curso noturno. D.2) Cursos em tempo integral com carga horária equivalente aos cursos de meio período: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 73 Conforme análise da planilha “GRADUAÇÃO – Dados Gerenciais – 20140221”, elaborada pela PROGRAD, verificou-se que, dos 130 cursos elencados, 42 estão sendo ministrados em período integral (alguma combinação entre Manhã, Tarde e Noite), com carga horária média de 3.865 horas e duração média de 8,95 semestres. Por sua vez, 88 cursos estão sendo ministrados em meio período (Manhã, Tarde ou Noite), com carga horária média de 2.884 horas e duração média de 8,32 semestres. A análise identificou 14 cursos com carga horária compatível com cursos em meio período, porém ministrados em período integral, segue relação: Setor Código Setor de Artes, Comunicação e Design 27649 Setor de Artes, Comunicação e Design 28372 Setor de Artes, Comunicação e Design 31875 Setor de Artes, Comunicação e Design 41134 Setor de Artes, Comunicação e Design 41135 Curso COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO COMUNICAÇÃO SOCIAL - PUBLIC E PROPAGANDA COMUNICAÇÃO SOCIAL RELAÇÕES PÚBLICAS Duração Turno CH Aula CH Estágio 8 MN 2940 0 8 MN 2700 180 8 MN 2940 180 MÚSICA 8 T(+N) 2415 120 MÚSICA 8 T(+N) 2820 405 Setor de Ciências Biológicas 312562 EDUCAÇÃO FÍSICA 8 MT 2870 450 Setor de Ciências Biológicas 12562 EDUCAÇÃO FÍSICA 8 MT 2940 450 Setor de Ciências da Terra 123173 6 MT 2390 120 8 TN 3000 0 Setor de Ciências Exatas AQUICULTURA CIÊNCIA DA 12581 COMPUTAÇÃO INFORMÁTICA 1126727 BIOMÉDICA 8 TN 3000 0 Setor de Ciências Exatas 312555 QUÍMICA 8 MT 3165 270 Setor de Ciências Exatas 12555 Setor de Educação Profissional e Tecnológica 123326 QUÍMICA 8 MT 3090 300 6 MT 1920 0 8 MT 3200 360 Setor de Ciências Exatas Setor Palotina LUTERIA CIÊNCIAS 1113241 BIOLÓGICAS A dispersão das aulas em diversos períodos constitui um fator de dificuldade de permanência do estudante, sendo preferível a concentração em um único período. Vale ainda destacar que alguns cursos possuem estágio obrigatório. O fato de o curso estar sendo ministrado em período integral dificulta a realização do estágio pelo aluno. Sobre o assunto, os Setores da UFPR informaram: - Setor de Artes, Comunicação e Design – SACOD – por meio do Ofício nº 43/2014, de 15/Mai/2014 informou que a principal dificuldade para otimização do horário é a divisão do Setor em três campi – Reitoria, Batel e Cabral. Está em desenvolvimento o projeto arquitetônico para construção do novo edifício do campus Cabral que irá abrigar todas as unidades, o que permitirá a abertura de cursos noturnos. Também está em discussão a oferta de curso de Design em período noturno, porém pendente de aprovação do Conselho Superior; - Setor de Ciências Exatas: 1 - Ciência da Computação – foi informado pelo Coordenador do Curso que as aulas, à medida que avança o curso, se deslocam para o Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 74 final da tarde e início da noite no propósito de atender as necessidades de estágio/trabalho dos alunos; 2 – Informática Biomédico – idem justificativa anterior; e 3 – Química – foi informado pelo Coordenador do Curso que a reforma curricular do curso de Química se encontra em andamento, com proposta para funcionamento em um único turno; - Setor de Ciências Humanas: 1 – Ciências Sociais – foi informado pela Coordenadora do Curso que, diversas turmas se “juntam” em períodos avançados e, mesmo após a “junção” o quantitativo de alunos é reduzido. Caso ofertasse cursos diurnos e noturnos, a eficiência dos cursos se reduziria ainda mais; 2 – Letras – foi informado pelo Coordenador do Curso que a ausência de docentes e a insuficiência de recursos logísticos impossibilita a abertura de turmas noturnas; - Setor de Ciências Sociais e Aplicadas: por meio do Ofício nº 48/2014-SA, de 21/Mai/2014, a Diretora do Setor apresentou as seguintes informações sobre o curso de Gestão da Informação: que não possui docentes suficientes para oferta de cursos em dois períodos; que a relação candidato vaga é relativamente baixa; e que os alunos podem buscar estágios/trabalhos em períodos vespertinos e noturnos; - Setor Litoral (SL): por meio do Ofício nº 081/2014-DSL, de 23/Mai/2014, o Vice Diretor do SL informou que: os cursos com oferta exclusivamente matutina possuem procura relativamente baixa, não justificando a abertura de ofertas noturnas; e dos 15 cursos ofertados no SL, 10 são exclusivamente noturnos, logo, já há uma priorização para os cursos noturnos; - Setor de Ciências Biológicas: por meio do Ofício nº 36/2014, o Coordenador do Curso de Educação Física informou que, em verdade, o Curso de Educação Física não é “um único curso em dois turnos”, mas sim, é composta por “duas turmas”, uma matutina e outra vespertina e que o processo de regularização se encontra em tramite; - Setor de Ciências da Terra: foi informado pelo Coordenador do Curso Tecnológico em Aquicultura que, para o curso Tecnologia em Aquicultura foi enfatizado a vivência prática para os alunos, para que possam atuar no setor produtivo. Foi inserido um “sistema modular” para os cursos, onde as atividades são condensadas em uma ou duas semanas e que os alunos permanecem em tempo integral neste período. Também foi informado que o curso de Tecnologia em Arquitetura está em processo de encerramento, sendo substituído pelo curso de Engenharia de Aquicultura, este sendo desenvolvido para funcionar em turno único; - Setor de Educação Profissional e Tecnológica: foi informado pelo Coordenador do Curso Superior em Luteria que o curso de Luteria (construção de instrumentos musicais) não consegue concentrar as aulas em um único período em decorrência da alta carga em aulas práticas. O curso atualmente possuis 2 ateliês, sendo 1 com 35 bancadas com equipamentos e outra com 15 bancadas sem equipamentos e uma Oficina, com maquinário pesado, porém sem bancadas de trabalho. Também foi informado que o curso conta somente com 3 professores habilitados para as aulas práticas com carga horária anual média de 300 horas (o que equivale a 20 horas/aula por semana). O Coordenador entende que, para a ampliação da oferta é necessário a ampliação do quadro de docentes e a instalação de equipamentos no Ateliê 2; e - Setor Palotina: por meio do Ofício nº 39/2014, de 20/Mai/2014, o Coordenador do Curso de Ciências Biológicas informou que a concentração das aulas em período vespertino e algumas no matutino vêm ocorrendo em decorrência da necessidade de compartilhamento do espaço limitado e da necessidade dos docentes em ministrar aulas em outros cursos do Setor. Também ocorreu a redução da duração do curso de 5 anos para 4 anos. As informações apresentadas pelos Setores demonstram a ocorrência de tratativas para abertura de cursos noturnos e cursos em períodos únicos, bem como, justificativas para Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 75 a não ocorrência. Em muitos casos, pode-se verificar a falta de recursos humanos e logísticos, bem como, a pouca procura das vagas. E) Docentes com registro de aula inferior a 8 horas semanais: Conforme parágrafo 2º, art. 2º da Resolução nº 34/2012 – CEPE, o limite mínimo de horas-aula por docente, em qualquer regime de trabalho, e para as atividades de ensino de que trata o inciso I do art. 2º desta Resolução, é de 8 (oito) horas semanais, em cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação, excluídas as atividades com remuneração complementar. E ainda, o parágrafo 4º do mesmo artigo descreve que docentes ocupantes de cargos de comissão CD1~CD4 estão dispensados das atividades em aula. Por sua vez, os docentes que ocupam funções como Coordenador de Curso, Chefia de Departamento e cargos na Associação dos Professores da UFPR, teriam reduzida a carga em sala de aula para 4 (quatro) horas. Excluindo os docentes ocupantes de cargo de comissão CD1~CD4, Coordenadores e Chefes com carga superior a 4 horas e docentes com indicação de licença (médica, maternidade e de aperfeiçoamento), ainda restaram 202 docentes que em 2013 tiveram carga horária em sala de aula inferior a 8 horas. O assunto foi indagado por meio da Solicitação de Auditoria nº 201404825/009 de 13/Mar/2014. Em resposta, a UFPR encaminhou o Ofício nº 195/2014-AUDIN/UFPR, de 14/Abr/2014, contendo as informações emitidas por cada um dos Setores em que os docentes possuem vínculo. Resumidamente, as principais causas foram: - carga horária superior no 1º Semestre/2013 – os levantamentos iniciais da carga horária semanal tiveram como base o 2º Semestre/2013. Diversos docentes alegaram que, na média da carga horária entre 1º e 2º Semestre/2013, atingiram o patamar mínimo de 8 horas/semana. Exemplificando, um docente que somente lecionou 4 horas/semana no 2º Semestre informou que lecionou 12 horas/semana no 1º Semestre/2013, assim, atingindo a média de 8 horas/semana no ano; - indisponibilidade de turmas suficientes para cumprimento da carga horária mínima – ocorreram situações em que a falta de turmas impossibilitou o cumprimento da carga horária mínima; - fusão de turmas com aumento de tempo necessário para o preparo ao ensino – ocorreram situações em que as turmas se fundiram, resultando em turmas com mais de 100 alunos. Assim, o tempo necessário para o preparo do ensino, como preparação e correção de provas, atendimento aos alunos, etc, aumentou, resultando na redução da carga horária em sala de aula; e - falhas no preenchimento das planilhas iniciais fornecidas à CGU – não foram informadas situações como: carga horária em pós-graduação; licenças; e erros no preenchimento da carga horária. Após os ajustes, verificou-se que a carga horária total em aulas dos docentes com menos de 8 horas totalizou 930 horas das 1.440 horas mínimas, representando uma perda de apenas 510 horas. No contexto total, a CH Total semanal na UFPR foi de 18.010 horas/semana, sendo assim, as perdas representam apenas 2,8% da CH em aulas ministradas pela UFPR no 2º Semestre/2013, estando longe de ser um problema de natureza gerencial da organização, tratando-se de situações pontuais a serem administradas nos Departamentos/Setores. Em relação à possibilidade ou não de validar a carga horária mínima em sala de aula por meio da média anual, uma vez que a Resolução nº 34/2012-CEPE não define claramente o assunto, entende-se válida a definição de tal entendimento. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 76 F) Desenvolvimento de Projetos de Pesquisa: Conforme art. 5º da Resolução nº 34/2012 – CEPE, os docentes em regime de 40 horas ou DE estão obrigados ao cumprimento de no mínimo 8 (oito) horas semanais em atividades de pesquisa e/ou extensão. Cruzando as informações registradas na aba “PESQUISA” das planilhas gerenciais encaminhadas pelos Setores, em atendimento à Solicitação de Auditoria nº 201313568/008, com os docentes com vínculo 40hs/DE em 2013, verificou-se a ocorrência de docentes sem registro de projeto de pesquisa. O assunto foi comunicado à UFPR por meio da Solicitação de Auditoria nº 201404825/024, de 05/Mai/2014. Em resposta, foram apresentadas informações complementares pelos Setores da UFPR, sendo comprovado o desenvolvimento de projetos de pesquisa pela maioria dos docentes. Os reduzidos casos de não desenvolvimento de pesquisa (menos de 1%) ficaram justificados por motivos como: licença médica do docente; desenvolvimento de atividade especial pelo docente; e desenvolvimento de projetos de extensão. G) Distribuição da carga horária entre ensino, pesquisa e extensão: De acordo com as informações prestadas pela PROGRAD (detalhes subitem 2.3.1 do item 2.1.2.2), o tempo estimado para o preparo ao ensino (incluindo orientação ao aluno da graduação) é de 1=1, ou seja, para cada 1 hora de aula é previsto 1 hora para preparo ao ensino. Conforme ilustrado no Quadro A.23 – coluna 4 – do item 2.1.2.2, para uma média de 9,89 horas de aula/semana (coluna 2), o tempo de preparo ao ensino (coluna 3 + coluna 4) também deveria ser de 9,89. Entretanto, conforme ilustrado no Quadro A.23, tal tempo foi de 14,11 horas, representando uma proporção de 1= 1,43, ou seja, há um dispêndio de 43% a mais do que a média esperada para as atividades de orientação e preparo ao ensino. Sem a comparação desta informação com as demais IFES (nos moldes do subitem A deste item) é difícil afirmar se o tempo médio da UFPR se encontra em linha ou não com a média, porém, internamente é possível realizar estudos e propor melhorias no aproveitamento deste tempo, considerando o tempo estimado pela PROGRAD. Também a coluna 8 do Quadro A.23 do item 2.1.2.2 demonstra existir cerca de 10% do tempo semanal do docente sem identificação da atividade, fator este que também pode ser estudado. H) Considerações Finais: As situações descritas nos itens A~G do presente item representam fatores que, por meio de análise gerencial, boas práticas e competência técnica, poderão resultar em melhorias da gestão. Não se trata de apontamentos objetivos que a UFPR deve buscar a sua solução ou justificativa ponto a ponto, mas sim, assuntos que esta CGU entendeu como relevantes para serem estudados. o#tF a/ 2.1.2.2 INFORMAÇÃO Análise Gerencial e Estatística dos indicadores de desempenho e resultados quantitativos e qualitativos apresentados pela UFPR. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 77 Fato O presente item tem como objetivo apresentar a análise gerencial e estatística dos indicadores de desempenho e resultados quantitativos e qualitativos apresentados pela UFPR. 1) Inserção da UFPR no contexto nacional das Universidades Federais: Considerando o volume, a complexidade e as dispersões envolvendo as informações relacionadas às Universidades Federais, entende-se que, para uma avaliação dos “números” da UFPR é necessário o conhecimento dos resultados apresentados pelas demais universidades. Por meio da Decisão TCU nº 408/2002 – Plenário, o TCU estabeleceu 24 indicadores para avaliação das IFES. Considerando a existência de indicadores uniformes baseada em tal decisão, para fim de análise comparativa dos desempenhos, serão utilizados estes valores. Por seleção amostral, foram levantados os indicadores das seguintes Universidades: FUB (Fundação Universidade de Brasília); UFES (Universidade Federal do Espírito Santo); UFF (Universidade Federal Fluminense); UFGO (Universidade Federal de Goiás); UFMA (Universidade Federal do Maranhão); UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais); UFMT (Universidade Federal do Mato Grosso); UFPB (Universidade Federal de Paraíba); UFPE (Universidade Federal do Pernambuco); UFPI (Universidade Federal do Piauí); UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul); UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro); UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina); e UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), além da UFPR. Seguem informações: 1.1) Análise dos resultados alcançados em 2013: Quadro A.1 – Indicadores – Situação 2013 Descrição Indicador UFPR Média Maior valor/ IFES Menor valor/ IFES 1 - Custo Corrente com HU 813.686.515 831.639.381 1.663.752.853 UFRJ 396.368.263 UFPI 2 - Custo Corrente sem HU 3 - Número de professores equivalentes 4 - Número de funcionários equivalentes com HU 5 - Número de funcionários equivalentes sem HU 6 - Total de Alunos regularmente matriculados na graduação (AG) 7 - Total de Alunos na pós graduação strictu sensu (APG) 8 - Alunos da residência médica (AR) 9 - Número de alunos da graduação em tempo integral (AGTI) 10 - Número de alunos equivalentes da graduação (AGE) 699.127.073 756.148.472 1.456.784.352 UFRJ 392.940.296 UFPI 11 - Número de alunos da pós Dinheiro público é da sua conta 2.067 2.198 4.408 UFRJ 7.119 5.364 14.638 UFRJ 2.364 UFMT 5.309 3.917 11.056 UFRJ 1.934 UNIFESP 26.942 24.521 41.563 UFRJ 9.056 UNIFESP 4.137 5.113 11.552 UFRJ 988 UFMA 320 309 16.812 20.507 32.329 UFRGS 32.931 31.231 51.224 UFRJ 8.068 10.209 23.044 UFRJ 1.025 UNIFESP 1.319 UNIFESP 84 UFPI 5.904 UNIFESP 11.019 UNIFESP 1.976 UFMA www.portaldatransparencia.gov.br 78 graduação em tempo integral (APGTI) 12 - Número de alunos em tempo integral de residência médica (ARTI) 13 - Custo corrente com HU/Aluno Equivalente 14 - Custo corrente sem HU/Aluno Equivalente 15 - Aluno Tempo Integral /Professor Equivalente 16 - Aluno Tempo Integral / Funcionário equivalente sem HU 17 - Aluno Tempo Integral /Funcionário equivalente com HU 18 - Funcionário equivalente com HU/Professor Equivalente 19 - Funcionário equivalente sem HU/Professor Equivalente 20 - Grau de Participação do Estudante (GPE) 640 619 2.050 UNIFESP 19.542 19.773 32.128 UNIFESP 11.962 UFPI 16.790 17.974 28.729 UNIFESP 11.859 UFPI 12,35 13,44 3,58 6,06 4,81 8,26 12,61 UFPE 4,81 UFPR 3,44 2,35 3,44 UFPR 1,41 UFMT 2,57 1,71 2,57 UFPR 1,12 UFMT 0,62 0,79 1,16 UNIFESP 0,62 UFPR 0,16 0,28 UNIFESP 0,05 UFMA 4,17 5,22 UFRGS 3,38 UFMA 4,31 4,92 UNIFESP 3,54 UFPI 21 - Pós-Graduação - CEPG 0,13 22 - Conceito CAPES/MEC para a Pós-Graduação 4,2 23 - Índice de Qualificação do Corpo Docente (IQCD) 4,34 24 - Taxa de Sucesso na Graduação (TSG) 48,63 * - FONTE – Relatório de Gestão 2013 das IFES 56,69 19,11 UFPE 8,28 UFRGS 81,61 UFMA 172 UFMT 10,96 UFGO 3,58 UFPR 40 UFPB As informações apresentadas demonstram que: - o custo corrente com HU (Hospital Universitário) médio obtido de R$ 831 milhões se aproxima do custo da UFPR de 813 milhões. Pode-se observar que, na maioria dos indicadores, os resultados alcançados pela UFPR estão bem próximos do valor médio (indicadores 1, 3, 8, 10, 12, 13, 20, 21, 22 e 23); - a UFPR apresentou um desempenho ligeiramente superior à média nos quesitos: 6 – total de alunos regularmente matriculados; e 11 – custo corrente sem HU/Aluno equivalente; - a UFPR apresentou um desempenho ligeiramente inferior à média nos quesitos: 7 – total de alunos na pós graduação strictu sensu; 11 – número de alunos da pós graduação em tempo integral; 15 – alunos Tempo Integral/Professor Equivalente; e 24 – Taxa de Sucesso na Graduação; e - os indicadores da UFPR que destoam da média são àqueles relacionados ao quantitativo de funcionários (indicadores 4, 5, 16, 17, 18 e 19). Em tese, o quantitativo elevado de funcionários (acima da média) para atender a um aluno ou professor consiste em fator de elevação de custo. 1.2) Análise da evolução dos resultados entre 2009 a 2013: Considerando que a maioria das IFES da amostra apresentaram os resultados dos mesmos indicadores entre 2009 a 2013, é possível a análise da evolução dos indicadores, inserindo a UFPR no contexto: Quadro A.2 – Variação dos indicadores entre 2009 a 2013 Descrição 2013 Dinheiro público é da sua conta UFPR Média – Universidades Amostradas www.portaldatransparencia.gov.br 79 Evolução 2013 2009 Evolução 2013 2009 1 - Custo Corrente com HU 813.686.515 513.698.480 58,40% 831.639.381 502.939.220 65,36% 2 - Custo Corrente sem HU 3 - Número de professores equivalentes 4 - Número de funcionários equivalentes com HU 5 - Número de funcionários equivalentes sem HU 6 - Total de Alunos regularmente matriculados na graduação (AG) 7 - Total de Alunos na pós graduação strictu sensu (APG) 8 - Alunos da residência médica (AR) 9 - Número de alunos da graduação em tempo integral (AGTI) 10 - Número de alunos equivalentes da graduação (AGE) 11 - Número de alunos da pós graduação em tempo integral (APGTI) 12 - Número de alunos em tempo integral de residência médica (ARTI) 13 - Custo corrente com HU/Aluno Equivalente 14 - Custo corrente sem HU/Aluno Equivalente 15 - Aluno Tempo Integral /Professor Equivalente 16 - Aluno Tempo Integral / Funcionário equivalente com HU 17 - Aluno Tempo Integral /Funcionário equivalente sem HU 18 - Funcionário equivalente com HU/Professor Equivalente 19 - Funcionário equivalente sem HU/Professor Equivalente 20 - Grau de Participação do Estudante (GPE) 699.127.073 441.070.311 58,51% 756.148.472 457.890.511 65,14% 2.067 1.903 8,62% 2.198 1.801 22,07% 7.119 3.092 130,24% 5.364 3.800 41,15% 5.309 2.431 118,39% 3.917 2.549 53,64% 26.942 23.401 15,13% 24.521 19.371 26,58% 4.137 3.748 10,38% 5.113 4.055 26,10% 320 260 23,08% 309 225 37,52% 16.812 18.825 -10,69% 20.507 17.490 17,25% 32.931 35.888 -8,24% 31.231 26.981 15,75% 8.068 7496 7,63% 1.0209 8.104 25,97% 640 520 23,08% 619 450 37,47% 19.542 11.700 67,03% 19.773 15.446 28,02% 16.790 10.046 67,13% 17.974 13.894 29,37% 12,35 14,11 -12,47% 13,44 13,17 2,04% 3,58 8,68 -58,76% 6,06 6,68 -9,19% 4,81 11,04 -56,43% 8,26 9,56 -13,61% 3,44 1,63 111,04% 2,35 2,12 10,63% 2,57 1,28 100,78% 1,71 1,41 21,62% 0,62 0,8 -22,50% 0,79 0,85 -7,01% 21 - Pós-Graduação - CEPG 0,13 22 - Conceito CAPES/MEC para a Pós-Graduação 4,2 23 - Índice de Qualificação do Corpo Docente (IQCD) 4,34 24 - Taxa de Sucesso na Graduação (TSG) 48,63 * - FONTE – Relatório de Gestão das IFES 0,14 -7,14% 0,16 0,17 -2,45% 4,08 2,94% 4,17 4,05 2,83% 4,04 7,43% 4,31 4,08 5,66% 55,8 -12,85% 56,69 61,15 -7,30% As informações do quadro demonstram que: 1.2.1) Análise global da ampliação do investimento – REUNI: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 80 Entre 2008 a 2012 ocorreu um significativo aumento nos investimentos das Universidades Federais em decorrência do REUNI – Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais. Conforme ilustrado no Quadro, nominalmente, as IFES da amostra tiveram uma ampliação dos custos correntes na ordem de 65,36% (e 58,40% na UFPR). Descontada a inflação, que no período de Jan/2009 a Dez/2013 foi na ordem de 30,83% (IGP-M) e 31,89% (IPC-A) – fonte Calculadora do Cidadão – sítio Banco Central do Brasil – tem-se uma ampliação real no investimento na ordem de 34,53% e 33,47% (e 27,57% e 26,51% na UFPR). No contexto geral das IFES, verificou-se que a evolução dos principais indicadores possuem correlação – mesmo que ligeiramente abaixo – dos investimentos realizados (em valores reais). Seguem descrições: - Indicador 3 – número de professores equivalentes – ampliação de 22,07%; - Indicadores 4 e 5 – número de funcionários equivalentes com e sem HU – ampliação de 41,15% e 53,64%; - Indicadores 6 e 7 – ampliação do número de alunos na graduação e pós-graduação – ampliação de 26,58% e 26,10%; - Indicadores 8 e 12 – número de alunos na residência médica – ampliação de 37,52% e 37,47%; e - Indicadores 13 e 14 – custos correntes por aluno com e sem HU – ampliação de 28,02% e 29,37%. Entretanto, no contexto geral, alguns indicadores não se “sensibilizaram” com os investimentos, conforme segue: - Indicador 21 – Pós Graduação – não houve aumento no índice de participação dos alunos em curso de pós-graduação. Ocorreu um aumento do número absoluto de pósgraduandos em decorrência da ampliação das vagas, porém, não o aumento do índice de participação dos graduandos. Entende-se que este movimento é normal; - Indicadores 22 e 23 – Conceito CAPES e Índice de Qualificação do Corpo Docente – entende-se que 5 anos não é um período suficientemente longo para avaliar os reflexos na pesquisa; e - Indicador 24 – Taxa de Sucesso na Graduação – percebe-se que ocorreu uma queda na taxa de sucesso, entretanto, entende-se que a causa consiste no critério de cálculo utilizado. Em decorrência do REUNI, ocorreu uma ampliação no número de ingressantes, gerando um desequilíbrio entre os ingressos e os egressos, prejudicando o indicador (cuja fórmula de cálculo é nº de diplomados/nº total de alunos ingressantes). Assim, entende que este indicador não está refletindo a realidade e, no médio prazo, irá se normalizar. 1.2.2) Análise da evolução dos indicadores na UFPR: Em termos gerais, as mesmas tendências observadas pelas demais IFES foram observadas na UFPR, entretanto, a UFPR apresentou desempenho significativamente inferior às demais IFES em diversos indicadores, como segue: - Indicador 3 – Número de Professores – apesar de os docentes estarem diretamente relacionados com a atividade finalística, somente ocorreu ampliação de 8,62% destes, ante 22,075% da média; - Indicadores 4 e 5 – Número de funcionários (exceto docentes 3º Grau) – os funcionários devem ser contratados para dar apoio aos docentes e aos alunos nas atividades finalísticas da IFES. Na média das IFES ficou demonstrado um elevado investimento em funcionários (ampliação de 41,15% e 53,64%), entretanto, a UFPR ampliou o quadro de funcionários acima da média (130,24% e 118,39%); Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 81 - Indicadores 6, 7, 8 – os indicadores relacionados com a ampliação da vaga de graduação, pós graduação e residência médica tiveram um acréscimo inferior à média; - Indicadores 13 e 14 – custos correntes com e sem HU/Aluno equivalente – a UFPR ampliou em 67% os custos correntes por aluno equivalente, ante a média de 28% das demais IFES, ratificando o entendimento do parágrafo anterior de que a ampliação da oferta de vagas não acompanhou a ampliação do investimento; - Indicadores 9, 10 e 15 – em seu Relatório de Gestão 2013, página 369, a UFPR emite comentário de que tais indicadores sofreram impacto em decorrência da adesão ao REUNI em 2010. Na fórmula de cálculo destes indicadores, consta “Número de Diplomados”, assim, com a adesão ao REUNI ocorreu um desequilíbrio entre ingressos e egressos impactando a confiabilidade/utilidade do indicador. A título de exemplo, a relação AGTI e AG da UFPR é de 0,62 (16.812/26.942), enquanto que a média é 0,84 (20507/24521). Quanto menor o AGTI, o impacto será negativamente maior no indicador 15, uma vez que irá ocorrer uma redução na base de cálculo dos alunos/professores; e - Indicadores 16, 17, 18 e 19 – nestes indicadores, a UFPR apresentou resultados bastante destoantes em relação à média, sendo reflexo direto da não ampliação das matrículas e de docentes e aumento na contratação de funcionários. Por fim, vale salientar o fato de que em 2013 a UFPR apresentou os indicadores 13 e 14 relacionados ao Custo Corrente com e sem HU/Aluno equivalente abaixo da média, apesar dos fatos narrados anteriormente. Tal evento ocorreu em função do fato de que em 2009 a UFPR possuía valores bastante competitivos para estes indicadores (respectivamente R$ 11.700,00 e R$ 10.046,00, ante R$ 15.446,00 e R$ 13.894,00 da média). Na época, a UFPR detinha o segundo menor custo (somente atrás da UFPI, com R$ 9.600,00) entre as IFES da amostra. 1.3) Avaliação qualitativa das Universidades (da amostra): Para a avaliação da qualidade dos serviços prestados pelas universidades – elencadas na amostra – foram utilizados os seguintes indicadores: 1.3.1) IGC – Índice Geral de Cursos Avaliados do MEC: O Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) é um indicador de qualidade de instituições de educação superior, que considera, em sua composição, a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado e doutorado). No que se refere à graduação, é utilizado o CPC (conceito preliminar de curso) e, no que se refere à pósgraduação, é utilizada a Nota Capes. O resultado final está em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5). O CPC é uma média de diferentes medidas da qualidade de um curso. As medidas utilizadas são: o Conceito Enade (que mede o desempenho dos concluintes), o desempenho dos ingressantes no Enade, o Conceito IDD e as variáveis de insumo. O dado “variáveis de insumo” – que considera corpo docente, infra estrutura e programa pedagógico – é formado com informações do Censo da Educação Superior e de respostas ao questionário socioeconômico do Enade. Em relação às Faixas – que variam de 1 a 5 – são classificadas conforme obtenção do seguinte IGC contínuo: Quadro A.3 Faixa IGC Contínuo 1 0,0 a 94 Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 82 2 3 4 5 95 a 194 195 a 294 295 a 394 + 395 * - para a leitura dos IGCs dos quadros a seguir, basta multiplicar o valor descrito por 100 Seguem quadros informativos: Quadro A.4 - IGC 2009 (ß) Númer Número Conceit Conceit (a) (Proporç o de de o médio Conceito o Médio (Proporç ão de IGC Sigla da Cursos Cursos IGC da Médio do do ão de Mestrand (Contí IES 2012 avaliad com (faixa) Gradua Mestrado doutora Graduan os nuo) os no CPC no ção do dos) Equivale triênio triênio nte) UNIFESP 18 3 3,1991 4,516 3,3981 0,1472 0,4699 4,3965 5 UFRGS 48 45 3,7513 4,7278 3,5838 0,5036 0,4778 4,2165 5 UFMG 50 45 3,761 4,6913 3,7346 0,5635 0,4439 4,1696 5 UFRJ 50 47 3,2458 4,7163 3,9451 0,531 0,4333 3,9462 5 UNB 41 41 3,5773 4,1566 2,6496 0,6621 0,5441 3,8598 4 UFSC 41 38 3,3947 4,5336 3,2254 0,6155 0,5202 3,8562 4 UFPE 51 43 2,9879 4,3062 2,6659 0,652 0,5752 3,5037 4 UFPR 46 43 3,0609 4,3104 2,7239 0,6916 0,6025 3,5019 4 UFGO 70 52 3,2332 3,7092 2,3107 0,7804 0,64 3,4596 4 UFF 63 52 3,1509 4,0646 3,052 0,7813 0,5502 3,4352 4 UFPB 49 38 2,8402 3,8548 2,2405 0,7973 0,6033 3,1341 4 UFES 53 39 2,7676 3,6466 2,2236 0,8403 0,7586 3,0064 4 UFMT 69 49 2,7423 3,5133 2,8 0,9048 0,8799 2,8865 3 UFPI 55 35 2,7451 3,3299 2 0,9539 0,8971 2,8098 3 2,4645 3,441 3,2174 0,9277 0,805 2,5941 3 UFMA 42 28 * - www.inep.gov.br/areaigc Quadro A.5 - IGC 2012 ß Númer Número Conceit Conceit a (Proporç o de de o médio Conceito o Médio (Proporç ão de IGC IGC Sigla da Cursos Cursos da Médio do do ão de Mestrand (Contí com IES 2012 avalia (faixa) Gradua Mestrado doutora Graduan os nuo) dos no CPC no ção do dos) Equivale triênio triênio nte) UFRGS 55 52 3,6987 4,7284 3,5109 0,4068 0,4736 4,2775 5 UFMG 55 52 3,4423 4,6437 3,6808 0,4645 0,4229 4,1002 5 UFSC 50 47 3,2524 4,4426 3,1041 0,4805 0,5269 3,9287 4 UNIFESP 26 17 2,6581 4,215 3,4222 0,3262 0,4859 3,9254 4 UNB 45 42 3,358 4,1344 2,5632 0,4985 0,5689 3,8823 4 UFRJ 64 53 2,7935 4,6456 3,7777 0,4517 0,4485 3,8365 4 UFGO 84 71 3,2946 3,6347 2,2389 0,6842 0,6265 3,5896 4 UFPE 59 57 2,9238 4,2027 2,655 0,5935 0,5426 3,5345 4 UFPR 54 45 2,8901 4,1709 2,696 0,5869 0,5589 3,526 4 Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 83 UFPB 56 52 3,0973 3,7772 2,2847 0,7705 0,6342 3,369 4 UFF 75 63 2,8342 3,98 2,8229 0,7048 0,5821 3,2965 4 UFMT 70 57 2,9031 3,3946 2,3973 0,8486 0,7897 3,0969 4 UFES 64 53 2,7739 3,555 2,246 0,7825 0,7229 3,0892 4 UFPI 59 53 2,8049 3,2395 2 0,9269 0,87 2,8999 3 2,6705 3,3064 2,5563 0,8901 0,7563 2,8344 3 UFMA 42 38 * - www.inep.gov.br/areaigc Quadro A.6 - Variação percentual dos indicadores entre 2009 a 2012 ß Númer Número Conceit Conceit a (Proporç o de de o médio Conceito o Médio (Proporç ão de IGC IGC Sigla da Cursos Cursos da Médio do do ão de Mestrand (Contí (faixa) IES 2012 avalia com os nuo) Gradua Mestrado doutora Graduan dos no CPC no ção do dos) Equivale triênio triênio nte) UFES 20,75% 35,90% 0,23% -2,51% 1,01% -6,89% UFF 19,05% 21,15% -10,05% -2,08% -7,51% -9,80% -4,70% 2,76% 0,00% 5,79% 4,04% 0,00% UFGO 20,00% 36,54% 1,90% -2,01% -3,10% -12,34% -2,12% 3,76% 0,00% UFMA 0,00% 35,71% 8,36% -3,91% -20,55% -4,06% UFMG 10,00% 15,56% -8,47% -6,05% 9,26% 0,00% -4,74% 1,66% 0,00% UFMT 1,45% 16,33% UFPB 14,29% UFPE UFPI -1,01% -1,44% -17,56% 5,86% -3,38% -14,38% -6,22% 36,84% 9,05% -2,01% 1,97% -3,36% 5,12% 7,50% 0,00% 15,69% 32,56% -2,15% -2,40% -0,41% -8,97% -5,67% 0,88% 0,00% -10,25% 7,29% 33,33% 7,27% 51,43% 2,18% -2,71% 0,00% -2,83% -3,02% 3,21% 0,00% UFPR 17,39% 4,65% -5,58% -3,24% -1,03% -15,13% -7,24% 0,69% 0,00% UFRGS 14,58% 15,56% -1,40% 0,01% -2,03% -19,22% -0,87% 1,45% 0,00% UFRJ 28,00% 12,77% -13,94% -1,50% -4,24% -14,94% 3,49% -2,78% -20,00% UFSC 21,95% 23,68% -4,19% -2,01% -3,76% -21,93% 1,28% 1,88% 0,00% UNB 9,76% 2,44% -6,13% -0,53% -3,26% -24,71% 4,55% 0,58% 0,00% 44,44% 466,67% -16,91% -6,67% 0,71% 121,58% 3,41% -10,72% -20,00% UNIFESP As informações descritas no Quadro A.6 demonstram que: - em consonância com os indicadores do TCU (item 1.2 anterior), os resultados do IGC demonstram a ampliação das vagas (aumento dos cursos avaliados pelo IGC); - em relação à “Qualidade da Graduação”, 9 IFES tiveram redução no indicador, 1 IFES se manteve estável e 4 IFES tiveram aumento. Entretanto, na média ocorreu uma redução de 2,75%; - em relação à “Qualidade do Mestrado”, 14 IFES tiveram redução e 1 IFES se manteve estável. Em média, ocorreu uma redução de 2,4%; - em relação à “Qualidade do Doutorado”, 10 IFES tiveram redução no indicador, 3 IFES se mantiveram estáveis e 3 tiveram aumento. Em média, ocorreu uma redução de 3,87%; - percebe-se que, o Indicador 22 - Conceito CAPES/MEC para a Pós-Graduação do TCU, descrito no quadro A.2 anterior, demonstra evolução do conceito da Pós Graduação entre 2009 a 2013 (2,83% para a média das IFES e 2,94% para UFPR). O resultado do IGC apresenta movimento contrário; - dentro do contexto geral, a UFPR apresentou movimento consoante com a tendência das demais IFES; e Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 84 - as informações demonstram que a ampliação da oferta de vagas ocorrida entre 2009 a 2013 seria a causa da redução da qualidade (ainda mais da graduação, considerando ser o ENADE o critério de avaliação). 1.3.2) Ranking das Universidades da Folha de São Paulo 2013 - RUF: A Folha de São Paulo realiza também uma avaliação das universidades públicas e privadas, avaliando aspectos não contemplados pelos indicadores do TCU e pelo IGC, como: - qualidade do ensino – peso 32 dos 100 – critérios: pesquisa DATAFOLHA a 464 professores que avaliam os cursos para o INEP/MEC, professores com doutorado, professores em regime de DE e nota do ENADE; - qualidade da pesquisa – peso 40 dos 100- foram avaliados 7 critérios – trabalhos científicos publicados, citação dos trabalhos em outras pesquisas, proporção de citação por publicação, publicações por docente, publicações em revistas científicas nacionais e recursos captados em agência de fomento; - internacionalização – peso 6 dos 100 – critérios: citação dos trabalhos em publicações internacionais, publicações da universidade em coautoria internacional e docentes estrangeiros em relação ao corpo docente total; - inovação nas universidades – peso 4 dos 100 – critérios: pedido de patentes de 2002 a 2011; e - inserção no mercado de trabalho – 18 pontos dos 100 – critérios: pesquisa DATAFOLHA a 1681 profissionais de RH. Percebe-se o uso de critérios distintos pela Folha de São Paulo, especialmente no conceito de inovação e mercado de trabalho. Segue resultado da avaliação 2013: Quadro A.7 – Ranking Folha 2013 – IFES da amostra Posição Nome Pesquisa Internacionalização Inovação Ensino Nota Mercado total 2 UFRJ 4 3 4 4 2 95.64 3 UFMG 6 7 3 2 4 94.9 4 UFRGS 5 21 5 1 11 94.58 7 UFSC 8 8 9 6 16 91.7 8 UNB 11 5 12 5 11 91.65 9 UFPR 10 13 6 10 16 90.1 10 UFPE 14 35 8 8 6 89.21 11 UNIFESP 3 11 20 16 43 88.01 18 UFF 20 9 26 26 26 83.49 24 UFPB 28 28 27 44 33 75.94 25 UFGO 24 40 34 55 22 75.88 34 UFES 36 92 45 43 33 71.26 37 UFMT 31 57 - 47 43 69.47 69 UFPI 56 152 32 99 57 * - nas colunas estão descritas as posições ocupadas conforme cada um dos critérios 50.78 Na pesquisa 2013 foram avaliadas 192 universidades, neste contexto, a UFPR ocupou uma posição de destaque ficando entre as 10 melhores, com uma avaliação de 90,1 dos 100 possíveis, destacando a sua atuação em inovação. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 85 1.3.3) Comparativo IGC X Ranking Folha de São Paulo Quadro A.8 – Comparativo IGC X Folha de São Paulo Ranking IGC 2009 Sigla Ranking IGC 2012 UNIFESP 1 11 UFRGS 2 UFMG 4 UFRJ Variação IGC 2009 a 2012 Folha 2013 Dif RUF/IGC -10 11 0 1 1 4 -3 5 -1 3 2 9 14 -5 2 12 UNB 11 13 -2 8 5 UFSC 12 10 2 7 3 UFPE 23 28 -5 10 18 UFPR 24 31 -7 9 22 UFGO 27 22 5 25 -3 UFF 30 49 -19 18 31 UFPB 46 44 2 24 20 UFES 51 61 -10 34 27 UFMT 61 59 2 37 22 UFPI 65 80 -15 69 11 Conforme ilustrado no Quadro A.8, percebe-se uma grande diferença entre as posições atribuídas pelo IGC e pela Folha de São Paulo. Em média, o ranking da Folha posicionou as IFES da amostra em 12 níveis acima do ranking IGC. No caso específico da UFPR, existe uma diferença de 22 posições entre as classificações. 1.3.4) Análise do desempenho qualitativo da UFPR: As informações ilustradas no presente quadro demonstram que a UFPR ocupa uma posição em conformidade com o seu histórico, orçamento, infraestrutura e qualificação do corpo docente e discente. 1.4) Avaliação dos custos em relação às Universidades Privadas: Seja pela avaliação do IGC/MEC ou pela Folha de São Paulo, as melhores colocações foram ocupadas por universidades públicas (Federal e Estadual). Entre as privadas, as melhores ocupações foram: - Conforme IGC 2012 – PUC/RIO – 16º; PUC/SP - 24 º; PUC/RS - 29 º; Universidade do Vale do Rio dos Sinos - 34 º; e Universidade Paulista - 47 º; e - Conforme Folha de São Paulo – PUC/RIO - 15 º; PUC/RS - 19 º; Universidade Presbiteriana Mackenzie - 27 º; PUC/PR - 33 º; e PUC/MG - 41 º. Neste contexto, será objeto de análise os resultados financeiros e operacionais da PUC/SP e PUC/RIO: 1.4.1) PUC/SP – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP: Conforme Relatório de Administração da PUC/SP, versão 2012, disponível na internet, no mesmo ano a Universidade apresentou os seguintes números: - 15.153 alunos matriculados na graduação; - 3.534 alunos matriculados na pós-graduação strictu sensu; - 4.182 alunos matriculados na especialização; - 3.193 alunos matriculados em extensão, aperfeiçoamento e aprimoramento; Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 86 - contou com 1.552 docentes, 1.012 administrativos e 453 técnicos do Hospital Santa Lucinda; - dos 1.552 docentes, 819 são Doutores e 453 são Mestres; e - a Receita Operacional Líquida foi na ordem de R$ 393.057.000,00 e a Despesa Operacional foi na ordem de R$ 393.062.599,00. De forma bruta, pode-se estimar um custo unitário por aluno na ordem de R$ 15.082,00 (R$ 393.062.599,00/26.062 alunos). Vale ressaltar que, por falta de dados, não foi possível a ponderação dos custos do Hospital. 1.4.2) PUC/RJ – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro: Conforme Relatório de Auditoria Independente, referente às Demonstrações Financeiras 2012, disponível na internet, a Universidade apresentou os seguintes números: - 13.440 alunos matriculados na Graduação; - cerca de 7.000 alunos matriculados na Pós Graduação e especialização; - Receita Operacional Líquida na ordem de R$ 255.263.551,00; e - Superávit do exercício na ordem de R$ 2.495.038,00. Considerando somente as Despesas (Receita Líquida – Superávit), o custo unitário do aluno foi na ordem de R$ 12.366,00 (R$ 252.768.513,00/20.440). Considerando as informações obtidas, entende-se que, as Universidades Privadas operam com um custo estimado de R$ 12.000,00~R$ 15.000,00. 1.4.3) Comparação dos custos com as IFES: Comparativamente com os indicadores do TCU (Quadros A.1 e A.2), entende-se que os indicadores 13 e 14 não são compatíveis para a presente comparação com universidades privadas, uma vez que são realizados ajustes em forma de “aluno equivalente” – indicadores 9, 11 e 12. Tais ajustes, por falta de dados, não será aplicável para as PUCs. Entende-se que, para obter o resultado semelhante, deve-se buscar os indicadores 6 e 7, onde estão demonstrados os quantitativos de alunos matriculados na graduação e na pós-graduação. Considerando a fórmula de cálculo Custo Corrente sem HU / (Total Alunos matriculados na graduação – AG + Total Alunos matriculados na pós graduação – APG), as IFES teriam os seguintes custos unitários: - UFPR – R$ 699.127.073,00 / (26.942+4.137) = R$ 22.495,00 - Média demais IFES – R$ 756.148.472,00 / (24.521 + 5.113) = R$ 25.516,00 Assim, têm-se o seguinte comparativo para custo médio por aluno: Quadro A.9 – Levantamento de custos Custo Médio UFPR 22.495,00 Média PUC 13.724,00 Diferença 63,9% Percebe-se uma diferença relevante entre a UFPR e as Universidades privadas. Entretanto, vale destacar que não se trata de uma situação isolada da UFPR, mas comum a todas as demais IFES. 1.5) Avaliação do Custo X Desempenho: No item 1.4 foi demonstrado que, considerando os exemplos avaliados, os custos das Universidades privadas são menores do que os das Federais. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 87 Em outras palavras, a redução do custo ocorre em detrimento à qualidade. Tal fato pode ser observado verificando os resultados da IGC 2012 e RUF 2013 (detalhes item 1.3). 1.5.1) Conforme IGC 2012: Das 192 Universidades Nacionais que foram avaliadas pelo IGC/MEC 2012, entre as 100 melhores qualificadas, 67 eram públicas e 33 privadas. Para fim de ponderação, foi utilizado o critério de “valoração inversa”, ou seja, para o primeiro colocado foi atribuído 100 pontos, para o segundo 99 pontos e para o último 1 ponto. Conforme este critério, dos 5.050 pontos possíveis, 4.006 foram atribuídos às universidades públicas e 1.044 para as privadas. Os exames demonstram o melhor desempenho das universidades públicas. 1.5.2) Conforme Ranking Folha de São Paulo 2013: Valendo-se dos mesmos critérios do item anterior, tendo como base o resultado da Folha de São Paulo, verificou-se que das 100 melhores universidades 68 foram públicas e 32 privadas. Conforme critério de “valoração inversa”, as públicas obtiveram 4.035 pontos e as privadas 1.015 pontos. 1.6) Considerações sobre o presente tópico: O presente item teve como objetivo inserir a UFPR no contexto geral das Universidades por meio de análises comparativas de informações gerenciais e estatísticas. As informações levantadas demonstram que: Item 1.1 – os resultados apresentados pela UFPR são compatíveis com os resultados alcançados pelas demais IFES de porte similar, excetuando a situação do quantitativo de técnicos; Item 1.2 – a UFPR apresentou a mesma tendência das demais IFES. Entretanto, em termos percentuais, as evoluções foram menores do que as demais IFES da amostra; Item 1.3 – qualitativamente, a UFPR se posiciona entre as 10 melhores universidades do país, conforme Folha de São Paulo. Por sua vez, pelo IGC 2012, a posição da UFPR foi 31. Na média, a posição da UFPR foi a 20ª; Item 1.3 – o Quadro A.6 demonstra redução da qualidade da Graduação e da Pós Graduação ao longo de 2009 a 2012 (conforme IGC), sendo a provável causa a ampliação do número de matrículas. Entretanto, proporcionalmente, entende-se que o benefício da ampliação média de 26,58% das vagas foi superior ao prejuízo da redução do desempenho em 2,4% na Graduação e 3,87% na Pós Graduação; Itens 1.4 e 1.5 – os custos da UFPR, bem como das demais IFES, são superiores às Universidades Privadas. Entretanto, tais investimentos elevados resultaram em desempenhos superiores das Universidades públicas. Neste cenário, pode-se concluir que o desempenho da UFPR está compatível com a sua capacidade operacional e financeira, não havendo, em termos gerais, distorções relevantes em relação à média. Em outras palavras, os gestores da UFPR vêm desenvolvendo as respectivas atribuições de forma a manter a instituição em um patamar elevado dentre as universidades públicas e privadas nacionais. Entretanto, sempre é possível a realização de esforços adicionais com o propósito de aprimorar a gestão, buscando boas práticas de outras IFES, bem como, a UFPR poderá apresentar as suas boas práticas para as demais IFES, como a Agência de Inovação da UFPR. Em relação aos indicadores, entende-se que merece especial atenção: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 88 - Indicadores 16, 17, 18 e 19 do Quadro A.1 – os valores acima da média foram resultantes do quantitativo elevado de funcionários comparados à média. Incialmente, recomenda-se a revisão dos cálculos para validação dos valores e, caso confirme a sua exatidão, deve-se verificar as causas; e - Indicadores 3, 6 e 7 do Quadro A.2 – comparada às demais IFES, entre 2009 a 2013, a UFPR não teve crescimento similar ao das demais em número de docentes e discentes (ao passo que, houve crescimento elevado em funcionários, conforme item anterior). 2) Avaliação dos dados acadêmicos da UFPR: Neste tópico, serão demonstrados os dados acadêmicos da UFPR de forma individualizada, juntamente com as respectivas análises e observações. 2.1) Dados Gerais: A UFPR possui 14 Setores, divididos em 74 Departamentos (estes possuindo 25 docentes e 10 Técnicos Administrativos em média). Em 2013, contou com 114 Cursos de Graduação, 3 cursos de Ensino Técnico Profissional, 65 Programas de PósGraduação Strictu Sensu e 121 Cursos de Especialização Lato Sensu, com 35.236 discentes (entre graduação e pós-graduação strictu e lato sensu). No campo da pesquisa, em 2013, foram: 4.137 alunos matriculados na pós graduação strictu sensu; 4.069 artigos publicados em periódicos; 4.918 trabalhos apresentados em eventos científicos; 64 produtos artísticos e 458 produtos técnicos ligados aos Programas de Pós-Graduação. Também foram registrados 45 pedidos de patentes nas seguintes áreas: 30 – Necessidades humanas; 2 – Operações de processamentotransporte; 11 – Química metalurgia; 1- Física; e 1 – Eletricidade. 2.2) Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) 2012-2016: Por meio da Resolução nº 15/2012-COUN, de 28/Jun/2012, ficou aprovado o PDI 20122016 da UFPR. O referido documento é composto basicamente de duas partes: 1ª Parte – Diagnóstico Institucional – contendo levantamento e análise sobre: perfil institucional; histórico de implantação e desenvolvimento da instituição; projetos pedagógico institucional e implementação da instituição e organização acadêmica; corpo docente e técnico-administrativo; corpo discente; organização administrativa; autoavaliação institucional; infraestrutura física; bibliotecas; acessibilidade; e demonstrativo de capacidade e sustentabilidade financeira; e 2ª Parte – Planejamento Estratégico – com definições da Dimensão Estratégica (Cidadão, Acadêmica, Humana e Profissional) e Dimensão Tática (27 Diretrizes e 105 Metas). Seguem algumas considerações sobre o PDI: 2.2.1) Diretriz da Graduação (páginas 12 a 16 do PDI 2012-2016): Conforme texto do PDI, a UFPR entende a Educação Superior como fator estratégico para o desenvolvimento sustentável, para a promoção da inclusão social e solidária e para a promoção da igualdade de oportunidade, adotando o lema (da Conferência Mundial de Educação Superior): “Educação Superior como direito humano e bem público e social”. Conceitua alguns princípios a serem desenvolvidos pelos discentes, como: desenvolvimento do pensamento crítico; formação de profissionais/cidadãos do “saber fazer” ao “saber ser”; e a avaliação como construção da qualidade social. E pondera 11 propostas: 1 – programa de reforço acadêmico; 2 – oferta de curso em único turno; 3 – reformulação curricular; 4 – incentivo à capacitação docente; 5 – descentralização da atividade de controle acadêmico; 6 - comitês setoriais de ensino; 7 Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 89 política afirmativas e inclusão; 8 - acompanhamento tutorial do fluxo acadêmico; 9 democratização do acesso e flexibilização dos modelos de formação; 10 - elevação da qualidade e avaliação; e 11 - compromisso social e inovação. 2.2.2) Diretrizes da Pós Graduação (página 16): Segue transcrição do trecho do PDI 2012-2016: “Diretrizes Pós-Graduação lato sensu - Estimular a oferta de novos cursos lato sensu, atendendo a demandas sociais e de mercado; - Estimular a criação de novos cursos lato sensu através de convênio e Termos de Cooperação Nacionais e Internacionais; - Agilizar os processos de aberturas de turmas e de criação de novos cursos; - Informatizar todos os tramites processuais para abertura e/ou criação de cursos; - Disponibilizar digitalmente todas as informações referentes ao lato sensu Diretrizes Pos-Graduação stricto sensu - Incentivar a criação de novos cursos de Mestrado e Doutorado nas áreas de excelência da UFPR, buscando o provimento de condições reais de funcionamento junto as direções de setor; - Incremento nas bolsas em numero e valor; - Oferecer melhor infraestrutura as secretarias dos programas de pos-graduação; - Estabelecer programas de apoio a internacionalização e a excelência; - Estabelecer programa geral de apoio à melhoria dos programas de pos-graduação.” 2.2.3) Diretrizes da Pesquisa (página 17 a 19): Conforme descrito no PDI, o desenvolvimento da pesquisa na UFPR está intimamente ligada com os Programas de Pós-Graduação (PPG). Em 2001, a UFPR contava com 36 PPGs , tendo a maioria conceito 3. Entre 2002 a 2010, a UFPR criou 30 novos PPG. Em 2013, o conceito médio dos cursos de PPG da UFPR junto a CAPES foi de 4,2. Seguem diretrizes mais relevantes: - política de qualificação do corpo docente – em 2001, o número de doutores correspondia a 37,9% do corpo docente, enquanto que, em 2010, a UFPR contava com 66,8% do corpo docente com doutorado; - política de estimulo a integração da graduação com a pós-graduação por meio dos Programas de Bolsa de iniciação científica; - instituição da Agência de Inovação da UFPR em 2008 como instrumento de fomentar a pesquisa aplicar e promover a articulação com o mercado; - instituição de políticas de fomento à pesquisa alinhada aos objetivos e missão da UFPR; - estimular as avaliações realizadas por comissões constituídas por docentes externos; - fomentar os auxílios financeiros para participação e realização de congressos; e - aumentar a captação de iniciação científica. No Relatório de Gestão 2013 consta breve síntese sobre os conceitos, diretrizes e metas do PDI 2012-2016 (Item 2.1 – páginas 43 a 69). Percebe-se que no Relatório de Gestão não consta, em valores numéricos, as principais metas relacionadas com ensino, pesquisa e inovação, conforme determina o PDI. Seguem metas sem indicação de valores numéricos: Quadro A.12 - Dimensão Estratégica - CIDADà Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 90 Diretriz Metas III Consolidação do empreendedorismo e da inovação na UFPR 4) Elevar em taxa anual média >10% o número de produtos apresentados pela Comunidade à AGITEC 6) Elevar taxa anual média >10% o número de trabalhos disponibilizados à Comunidade versando sobre temas de interesse direto ao desenvolvimento da C,T&I no Paraná 7) Elevar a taxa anual média em >10% as parcerias da UFPR com instituições paranaenses dos setores produtivos primário e secundário IV Aumento da participação da UFPR em ações para o desenvolvimento da C,T&I no Estado do Paraná 8) Elevar em 10% a.a. o número de egressos UFPR atuando em empresas de C, T & I no PR V Fortalecimento das interações UFPRcomunidade internacional, contando com a participação da FUNPAR 10) Elevar em taxa anual média >10% o número de instrumentos firmados entre UFPR e entidades estrangeiras 11) Elevar em taxa anual média de5% a implantação de mobilidade acadêmica discente internacional 12) Elevar em taxa anual média >5% a implantação de projetos de intercâmbio docente internacional Indicador de Execução Número de produtos apresentados em 2011 Valor 2011 S/I Valor 2012 39 45 Número de trabalhos (periódicos, relatórios, livros, teses, dissertações, monografias) registradas na PRPPG Número de convênios, contratos e termos de cooperações vigentes em 2011 Número de egressos UFPR inserido no mercado em 2011 Número de instrumentos firmados 2011 S/I S/I 3000 S/I S/I 6 S/I S/I S/I S/I S/I 176 Número de estudantes em mobilidade internacional 2011 Número de projetos envolvendo docentes em intercâmbio 2011 S/I S/I S/I S/I 566 envios e 188 recebimentos de estudantes S/I Valor 2013 * - FONTE – PDI 2012 - 2016 Quadro A.13 - Dimensão Estratégica – ACADÊMICA Diretriz Metas VII Fortalecimento das atividades de ensino na UFPR 22) Ampliar em >10% a.a. os ambientes de apoio pedagógico* 25) Elevar em taxa anual média mínima de 5% o valor financeiro total captado para Pesquisa Dinheiro público é da sua conta Indicador de Execução % de aumento relativo a 2011 de laboratório de informática, biblioteca, salas de estudo e EAD Valor financeiro total captado em chamados Valor 2011 S/I Valor 2012 S/I Valor 2013 S/I S/I S/I S/I www.portaldatransparencia.gov.br 91 27) Enriquecer a análise das demandas de pesquisa mediante adoção, em todos os editais PRPPG, de consultores ad hoc externos a UFPR** 29) Ampliar, em taxa anual média >5% o número de novas fontes de financiamento para projetos de pesquisa * - FONTE – PDI 2012 - 2016 de apoio institucional à pesquisa 2011 % de participação de consultores externos S/I S/I 600 S/I S/I 6 Indicador de Execução Número de bolsas concedidas relativo a 2011 Valor 2011 S/I Valor 2012 S/I Valor 2013 5.385 Taxa anual de evasão discente 2009 S/I S/I S/I Número de novas fontes que aprovaram financiamento relativo a 2011 Quadro A.14 - Dimensão Estratégica - HUMANAS Diretriz XIV Consolidação do compromisso social e acadêmico da UFPR no trato com as questões discentes Metas 55) Ampliar em taxa média >5% a.a o número de bolsas permanência, auxílio refeição e auxílio moradia concedidos 59) Reduzir a taxa média de evasão discente em >50%* * - FONTE – PDI 2012 - 2016 Percebe-se somente a existência de informações pertinentes a 2013, não sendo possível a realização da análise evolutiva 2011, 2012 e 2013, com a finalidade de avaliar o cumprimento ou não das metas. O assunto foi objeto de indagação por meio da Solicitação de Auditoria nº 201404825/026, de 08/Mai/2014, não ocorrendo a manifestação da UFPR até a data de 03/Jul/2014. 2.3) Questionário gerencial sobre critérios/metodologias e normativos em vigor sobre a distribuição da força de trabalho dos docentes: Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201313568/08, de 16/Dez/2013, foi solicitada à UFPR informações sobre: OBS – As manifestações da UFPR foram encaminhadas por meio do Ofício nº 142/14R, de 24/Fev/2014, contendo os seguintes processos: Questões 2.3.1, 2.3.2, 2.3.3 e 2.3.5 – Pró-Reitoria de Graduação e Educação Profissional – Processo nº 23075.055158/2013-71; Questões 2.3.6, 2.3.7, 2.3.8 e 2.3.9 – Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação – Processo nº 23075.003801/2014-62; Questão 2.3.10 – Pró-Reitoria de Extensão e Cultura – Processo nº 23075.003955/2014-54; e Questões 2.3.11, 2.3.12, 2.3.13, 2.3.14 e 2.3.15 – Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas – Processo nº 23075.003637/2014-93. 2.3.1) Qual a distribuição da carga horária do docente entre o ensino, a pesquisa e a extensão? Existem parâmetros para avaliação da adequada distribuição? Qual a Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 92 sistemática de acompanhamento? Existe regulamento definindo critérios de distribuição de carga horária? “A distribuição da carga horária docente, realizada pelo departamento de ensino com aprovação da plenária departamental, atende a determinações legais internas e externas. No âmbito da UFPR as resoluções do CEPE estabelecem as diretrizes a serem seguidas pelos departamentos. Na mais recente resolução do CEPE (Resolução nº 34/12-CEPE) o limite de horas/aulas na graduação e pós-graduação é de 12 horas, para os professores 40 h e dedicação exclusiva, a vigorar a partir de 2015. Neste indicador encontra-se previstas as horas para preparo de aula (uma para cada aula ministrada) o que soma 24 horas com atividades de ensino restando 16 horas para atividades de pesquisa e de extensão e as eventuais atividades acadêmicoadministrativas. Para os docentes contratados em 20 horas o limite é de 10 horas/aula. Cabe salientar que os docentes são avaliados e desenvolvem a carreira segundo a resolução de Progressão docente (Resolução nº 27/13-CEPE e 44/13-CEPE) colocada em prática pela CPPD – Comissão Permanente de Progressão Docente, cujos membros são representantes dos diferentes setores do ensino da Universidade”. – o destaque é nosso. 2.3.2) Qual a distribuição da carga horária em sala de aula entre os professores da carreira e os temporários (substitutos e visitantes)? “Não há diferenças significativas na distribuição da carga horária docente, uma vez que tanto o substituto como visitantes são selecionados por meio de processo seletivo público com base no domínio de conhecimento para a área demandadas. As diretrizes do CEPE por meio de suas resoluções orientam a plenária departamental na tomada de decisões (Resolução nº 92/06-CEPE e 19/97-CEPE)”. 2.3.3) Qual a distribuição da carga horária do docente entre a graduação, pósgraduação e mestrado? Existem parâmetros para avaliação da adequada distribuição? Existem regulamentos? “A distribuição da carga horária é fixada com base no limite de horas fixadas para o ensino. Em geral são 8 horas para o ensino de graduação e 4 horas para o ensino de pós-graduação, stricto sensu, podendo variar respeitado o limite máximo por determinação da plenária departamental. Há que se destacar que os professores que atuam na pós-graduação o fazem a partir de critérios definidos pelos programas de pós-graduação. A atuação na pós-graduação lato-sensu (especialização) é normatizada pelos conselhos superiores e não poderá ultrapassar 120 horas/ano. Os docentes da pós-graduação stricto sensu orientam dissertações no mestrado e teses no doutorado podendo atingir um limite de 5 orientações conforme estabelecido pela CAPES. A produção científica, sua publicação e a participação em projetos de pesquisa são exigências da pós-graduação. Os parâmetros são estabelecidos pelo CEPE e pela CAPES”. 2.3.4) A distribuição da carga horária do docente entre ensino, pesquisa e extensão está de acordo com o Planejamento Estratégico da IFE? Não houve manifestação específica sobre esta questão. 2.3.5) Qual a sistemática de seleção dos professores para as grades das matérias? “Os professores são selecionados mediante concurso público em áreas de conhecimento determinadas pelo Departamento e aprovadas pela plenária departamental (Resolução nº 05/05 – COPLAD e 24/13 – CEPE)”. 2.3.6) Como estão regulamentadas as atividades de pesquisa na IFE? Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 93 “Os mecanismos de regulamentação das atividades de pesquisa na UFPR começam primeiramente pelo próprio processo de concurso pelo qual é admitido um novo docente. Este processo está regulamentado pela Resolução 24/13-CEPE, onde o curriculum vitae deverá ser apresentado de acordo com a sequencia da Tabela de Pontuação, conforme Resolução 10/05-CEPE que fixa tabela de pontuação para avaliação de currículo para concurso público para a carreira de Magistério Superior na UFPR. No GRUPO IV desta última deve o candidato discorrer sobre sua pontuação científica, artística, cultural e méritos profissionais na área do conhecimento. Em seguida, o docente admitido deve registrar projeto de pesquisa aprovado pela plenária de seu departamento. Durante o período de estágio probatório, o mesmo é avaliado com relação às atividades de ensino, pesquisa e extensão. O período é regulamentado pela Resolução 002/00-COPLAD, a qual dispõe sobre a avaliação de desempenho em estágio probatório do servidor técnico-administrativo e do docente. Os projetos de pesquisa desenvolvidos por todos os docentes da UFPR são registrados numa base de dados denominada Thales-Lattes, no endereço http://200.17.247.197/fmi/iwp/cgi?-db=Thales-Lattes&-loadframes. A mesma é obtida das informações proprietárias do docente em seu currículo registrado na base Lattes do CNPq, com o qual mantemos convênio para acesso privilegiado. A Base Lattes é acesso público individual. Da mesma forma a PRPPRG mantém controle sobre a homologação dos grupos de pesquisa registrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, através de certificação com acesso institucional através de senha também institucional. Os programas de pós-graduação da UFPR para obterem autorização de funcionamento devem ter sido aprovados pelo Conselho Universitário da UFPR, bem como pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). É no âmbito dos programas de pós-graduação que a maior parte da pesquisa é realizada. Os mesmos são regulamentos pela Resolução 65/09-CEPE. A manutenção da autorização de funcionamento dos programas de pós-graduação está atrelada a certificação do mesmo por avaliações trienais por parte de agência reguladora, no caso CAPES. Cada programa deve atender as condições mínimas de produtividade para continuar formando alunos. Estas condições são determinadas pelos chamados documentos de área, estabelecidos individualmente por cada uma das 48 áreas de avaliação da CAPES, as quais tem a prerrogativa de determinar os parâmetros importantes para esta avaliação entre seus pares. Projetos institucionais são submetidos às agências de fomento somente com a participação na construção do mesmo pela PRPPG e com a anuência da mesma. Estes projetos institucionais são moldados em função do plano institucional de pesquisa, regulamentado pela Resolução 51/04-COUN, alterado pela Resolução 06/06COUN, o qual determina áreas de atuação da UFPR no campo da pesquisa”. 2.3.7) Como a IFE acompanha o atingimento das metas/execução das pesquisas? “A PRPPG mantém um Coordenadoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia, a qual faz o acompanhamento das metas e execuções dos projetos de pesquisa desenvolvidos no âmbito da UFPR. Acompanha também a evolução da instituição no que tange ao número de bolsistas de produtividade de pesquisa, grupos de pesquisa homologados pela instituição, entre outros indicadores. Para tanto lança mão de diversas ferramentas disponíveis nesta UFPR, tais como os próprios banco de dados mantidos pela PRPPG (Thales-Lattes; coleta CAPES; DGP-CNPq, Catálogo de Laboratórios, Catálogo de Equipamentos Multiusuários, entre outros)”. 2.3.8) Há indicadores/metas estabelecidas para a produção de pesquisas? Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 94 “Como a grande maioria das pesquisas são desenvolvidas dentro dos programas de pós-graduação, estes mesmos estão submetidos a metas estabelecidas externamente para autorização de funcionamento. Para o credenciamento de docentes para atuarem nos programas de pós-graduação, as metas são estabelecidas pelos colegiados dos programas de acordo com os documentos de área apresentados pela CAPES. O atingimento destas metas é avaliado a cada triênio pela CAPES. A progressão na carreira docente estabele metas claras a serem atingidas. Os projetos institucionais obedecem a seus cronogramas estabelecidos por ocasião de sua proposição. A participação dos programas de pós-graduação e mesmo de grupos de pesquisa ou pesquisadores individuais nos projetos institucionais preveem metas mínimas de produção destes autores”. 2.3.9) Como ocorre a apropriação da propriedade intelectual decorrente das pesquisas pela IFE? “Ligada a esta Pró-Reitoria existe uma chamada Agência de Inovação, instituída em 2008 pela Resolução nº 16/08-COPLAD. A Agência realiza o registro e a proteção do patrimônio intelectual gerado na instituição, além de promover oportunidades para utilização desse patrimônio em prol do setor produtivo. A Agência reúne três Coordenações: Propriedade Intelectual, Empreendorismo e Incubação de Empresas e Transferência de Tecnologia. A Resolução nº 09/03-COUN regulamenta a proteção de direitos relativos à propriedade industrial e intelectual no âmbito da UFPR, e é complementada pela Resolução nº 14/06-COUN e alterada pela Resolução nº 61/04COUN”. 2.3.10) Quantos projetos/alunos/comunidade são atendidos pelos docentes nas horas dedicadas à extensão? “Informamos que a atividade de extensão abrangem 5 tipos de ações: programas, projetos, cursos, eventos e prestação de serviços extensionistas. Ressaltamos que 1.130 docentes atuam nas diversas atividades extensionistas registradas na Pró-Reitoria de Extensão e Cultura – PROEC. Esclarecemos que os relatórios de programas e projetos executados em 2013 têm o prazo até 14 de fevereiro de 2014 para serem submetidos ao Sistema Integrado de Gestão da Extensão Universitária – SIGEU, portanto as informações dessas ações se referem ao ano de 2012. Quanto às normatizações que orientam as atividades extensionistas referentes às informações solicitadas, encaminhamos as Resoluções nº 72/11-CEPE e 70/12-CEPE e as Instruções Normativas 01 e 02/2013 – PROEC. Abaixo segue o quadro com a síntese das informações do item 2.10. PROEC/EXTENSÃO Alunos Extensionistas Docentes envolvidos Comunidade – Público Atingido Carga Horária Docente Projetos Programas 1.896 582 686 176 190.042 62.009 87.328 19.020 Cursos 39 268 9.982 Eventos 233 * * * Total 2.517 1.130 262.033 523 107.104 * - Informação não consolidada em virtude de relatórios pendentes no SIGEU” 2.3.11) No caso de aprovação do Conselho Superior da IFE para adoção de carga horária de 40 horas semanais, quais os critérios adotados para a tomada de tal decisão? (Decreto n.º 94.664/1987, art. 14, 2º) “A alteração do regime de trabalho de 40 horas semanais sem dedicação exclusiva, no âmbito da UFPR, está regulamentada pela Resolução nº 98/08 do Conselho Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 95 Universitário, que prevê os critérios para a adoção desse regime de trabalho para os docentes. O artigo 20 da Lei nº 12.772/2012, que dispõe sobre a estruturação do Plano de Carreira e Cargos do Magistério Federal, estabele novas normas para a adoção do regime de 40 horas, dessa foram, desde 01/03/2013, está suspensa a alteração de jornada para 40 horas, até que o Egrédio Conselho Universitário estabeleça os novos critérios para a adoção do citado regime”. 2.3.12) Qual a sistemática estabelecida pela IFE para contratação de professores substitutos? “Identificada pelo Departamento de Ensino a necessidade de contratação de professor substituto, naquelas situações previstas no art. 2º parágrafo 1º da Lei nº 8.745/93, incluído pela Lei nº 9.849/99: exoneração ou demissão; falecimento; aposentadoria; afastamento ou licenças conforme disposto no art. 14, incisos I a IV do Decreto nº 7.485/11, a existência de dotação orçamentária específica e ainda a disponibilidade de pontuação no banco de professor equivalente, publica-se edital para realização de processo seletivo para a contratação do professor substituto. Após a realização do teste seletivo, publicada a homologação do resultado, será efetivada a contratação do candidato.” 2.3.13) Está sendo respeitado o limite de 20% do total de docentes efetivos na contratação de professores substitutos? (Lei n.º 8.745/93, art. 2º, parágrafo 2º) “Na UFPR, cumprindo o disposto na legislação vigente, observa o percentual de 20% de contratação de professores substitutos”. 2.3.14) Os professores substitutos estão cumprindo o prazo máximo de permanência de dois anos? (Lei n.º 8.745/93, art. 4º, II) “A permanência dos professores contratados na UFPR não ultrapassa os 24 meses de permanência na instituição. No caso de persistir a necessidade de contratação na mesma vaga, novo processo seletivo é aberto para contratação de um novo professor para suprir a demanda”. 2.3.15) Os professores substitutos estão sendo contratados para atender apenas os afastamentos temporários? (Decreto n.º 94.664/1987, art. 9º, 2º) “A contratação de professores substitutos, ocorrerá quando identificado no processo os motivos para a substituição do professor efetivo e essa justificativa estiver elencada nos critérios previstos na legislação que trata da contratação de professor substituto (Lei nº 8.745/93 com alterações dadas pela Lei nº 9.849/99; Lei nº 12.425/11 e Decreto nº 7.485/11)”. 2.4) Informações gerenciais e estatísticas da UFPR: Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201313568/08, de 16/Dez/2013, foi solicitada à UFPR o levantamento de dados analíticos sobre a atuação dos docentes no ensino e na pesquisa. Os resultados apresentados a seguir são compilações dos dados fornecidos pela UFPR (encaminhados por meio do Ofício UFPR nº 142/14-R, de 24/Fev/2014): 2.4.1) Informações Gerenciais Cursos de Graduação por Setor – 2013: Tendo como fonte de informações as planilhas “Graduação – Dados Gerenciais – 20140221” e “Aproveitamento_2013”, encaminhadas pela PROGRAD/UFPR, e a planilha “Docentes por Setor” encaminhada pela PROGEPE, foram compiladas as Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 96 seguintes informações – as planilhas foram encaminhadas em atendimento à Solicitação de Auditoria nº 201313568/08, de 16/Dez/2013: Quadro A.15 – Cursos de Graduação por Setor - 2013 Nº Cursos Setor Duração média Semestre 8 10 9,14 9,29 8,5 8,09 8,94 10 8,33 10 6 Total CH Aula Arte, Comunicação e Design 9 24570 Ciências Agrárias 6 25290 Ciências Biológicas 5 16680 Ciências da Saúde 7 33651 Ciências da Terra 6 20830 Ciências Exatas 11 31275 Ciências Humanas 16 43690 Ciências Jurídicas 2 7840 Ciências Sociais e Aplicadas 6 17765 Educação 2 6400 Educação Profissional e 9 18320 Tecnológica Tecnologia 10 9,7 40990 Litoral 14 7,43 42955 Palotina 6 8,17 20290 TOTAL 109 8,42 350546 * - FONTE – Planilha Graduação – Dados Gerenciais - 20140221 Total CH Estágio 2130 2085 2310 8860 1145 2175 480 600 1095 840 660 Vagas Mínimas Vagas Máximas 228 407 300 617 221 614 569 200 555 170 425 228 407 300 617 221 614 569 200 555 170 425 800 545 480 6131 800 545 480 6131 CD FG/FUC Doutorado 4 5 4 12 7 4 3 2 8 5 0 10 17 25 29 13 30 23 7 12 10 6 46 135 231 279 94 191 173 63 88 93 15 6 2 2 64 31 12 10 235 191 47 71 1717 4415 1810 2100 34825 Quadro A.16 – Docentes por Setor – 2013 Nº Docentes 64 145 246 422 99 217 202 75 127 109 39 Setor DE/40 20 Arte, Comunicação e Design 51 13 Ciências Agrárias 140 5 Ciências Biológicas 232 14 Ciências da Saúde 284 138 Ciências da Terra 99 0 Ciências Exatas 207 10 Ciências Humanas 194 8 Ciências Jurídicas 43 32 Ciências Sociais e Aplicadas 102 25 Educação 108 1 Educação Profissional e 37 2 Tecnológica Tecnologia 251 192 59 Litoral 77 77 0 Palotina 84 82 2 TOTAL 2157 1848 309 * - FONTE – Planilha Graduação – Dados Gerenciais - 20140221 Quadro A.17 – Índices estatísticos Docentes % Docente % Docente DE/40 h no Setor/Total Setor Setor Arte, Comunicação Design Ciências Agrárias % Docente 20 h no Setor % Docente c/CD no Setor % Docente % Docente c/FG/FUC Doutorado no Setor e 2,97% 79,69% 20,31% 6,25% 15,63% 71,88% 6,72% 96,55% 3,45% 3,45% 11,72% 93,10% Ciências Biológicas 11,40% 94,31% 5,69% 1,63% 10,16% 93,90% Ciências da Saúde 19,56% 67,30% 32,70% 2,84% 6,87% 66,11% Ciências da Terra 4,59% 100,00% 0,00% 7,07% 13,13% 94,95% 10,06% 95,39% 4,61% 1,84% 13,82% 88,02% Ciências Exatas Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 97 Ciências Humanas 9,36% 96,04% 3,96% 1,49% 11,39% 85,64% Ciências Jurídicas Ciências Sociais e Aplicadas Educação Educação Profissional e Tecnológica Tecnologia 3,48% 57,33% 42,67% 2,67% 9,33% 84,00% 5,89% 80,31% 19,69% 6,30% 9,45% 69,29% 5,05% 99,08% 0,92% 4,59% 9,17% 85,32% 1,81% 94,87% 5,13% 0,00% 15,38% 38,46% 11,64% 76,49% 23,51% 2,39% 12,35% 76,10% Litoral 3,57% 100,00% 0,00% 2,60% 15,58% 61,04% Palotina 3,89% 97,62% 2,38% 2,38% 11,90% 84,52% TOTAL 100,00% 85,67% 14,33% * - FONTE – Planilha Graduação – Dados Gerenciais - 20140221 2,97% 10,89% 79,60% Quadro A.18 – Nº de Disciplinas X Alunos Setor Nº Disciplinas Nº Médio Alunos Matriculados por Disciplina 13,37 37,28 26,15 58,20 20,70 19,13 9,84 40,13 66,93 53,86 30,68 Nº Médio de Alunos aprovados por disciplina 12,13 29,51 22,59 55,91 17,17 12,40 8,57 37,29 55,94 41,87 25,69 % Aprovação Arte, Comunicação e Design 733 Ciências Agrárias 583 Ciências Biológicas 500 Ciências da Saúde 639 Ciências da Terra 466 Ciências Exatas 850 Ciências Humanas 2029 Ciências Jurídicas 257 Ciências Sociais e Aplicadas 378 Educação 183 Educação Profissional e 530 Tecnológica Tecnologia 979 49,59 39,74 Litoral 520 26,56 22,45 Palotina 369 36,16 30,43 TOTAL 9016 29,41 25,06 * - FONTE – Planilha Graduação – Dados Gerenciais – 20140221 e Aproveitamento2013 90,73% 79,16% 86,39% 96,07% 82,95% 64,82% 87,09% 92,92% 83,58% 77,74% 83,74% 80,14% 84,53% 84,15% 85,21% Baseado nas informações dos quadros A.15~A.18, segue Quadro com indicadores gerenciais: Quadro A.19 – Indicadores Docente Ajustado (1) Setor Arte, Comunicação e Design Ciências Agrárias CH Média Anual docente Setor (2) Rel Aluno/ Docente (3) Relação Relação Curso Disciplina/ Docente (4) Docente (5) % Ocupação vaga (6) 48,5 506,60 18,80 5,39 15,11 52,78% 129 196,05 15,78 21,50 4,52 54,96% Ciências Biológicas 222,5 74,97 6,16 44,50 2,25 43,58% Ciências da Saúde 326,5 103,07 8,78 46,64 1,96 66,03% Ciências da Terra 85,5 243,63 10,99 14,25 5,45 56,20% Ciências Exatas 193 162,05 12,87 17,55 4,40 34,27% 183,5 238,09 13,86 11,47 11,06 27,67% 53,5 146,54 18,69 26,75 4,80 40,13% 100,5 176,77 23,00 16,75 3,76 72,36% Ciências Humanas Ciências Jurídicas Ciências Sociais Aplicadas e Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 98 Educação Educação Profissional e Tecnológica Tecnologia 98,5 64,97 8,63 49,25 1,86 63,36% 35 523,43 36,43 3,89 15,14 64,97% 20,00 4,90 61,99% 200 204,95 19,40 Litoral 69 622,54 29,34 4,93 7,54 68,23% Palotina 76 266,97 25,80 12,67 4,86 45,20% TOTAL 1821 192,50 14,17 16,71 4,95 52,29% Memória de cálculo: (1) – Número de Docentes Total do Quadro A.16 – ((Número de docentes com CD) – (Número de Docentes 20 h + Número de docentes com FG/FUC)/2)); (2) – (Total CH Aula do Quadro A.15/Docente Ajustado do Quadro A.19); (3) – (Vagas Máximas do Quadro A.15 X (Duração Média Semestre do Quadro A.15/2))/Docente Ajustado do Quadro A.19; (4) – Docente Ajustado do Quadro A.19/Nº de Cursos do Quadro A.15; (5) – Nº de Disciplinas do Quadro A.18/ Docente Ajustado do Quadro A.19; e (6) – (Nº de Cursos do Quadro A.15 X (Nº Médio de Alunos Matriculados por Disciplina do Quadro A.18 X (Duração Média Semestre do Quadro A.15/2)) / (Vagas Máximas do Quadro A.15 X (Duração Média Semestre do Quadro A.15/2)). As informações do Quadro A.15~A.19 demonstram que: - do Quadro A.19 - os Setores de Ciências Exatas e Humanas apresentam o menor índice de ocupação de vagas; - do Quadro A.18 – o índice de aprovação do Setor de Humanas é elevado – 87% - logo, o índice baixo de ocupação de vaga está relacionado com o número elevado de desistentes. Conforme Planilha “Aproveitamento 2013”, o número médio de alunos nas 2.029 disciplinas do Setor de Ciências Humanas foi de 9,84. Por sua vez, conforme planilha “Graduação Dados Gerenciais 20140221”, para o vestibular 2013, as vagas médias ofertadas nos cursos de Ciências Humanas foi de 35,56. Por fim, vale informar que, no vestibular 2013, a relação candidato/vaga do Setor de Ciências Humanas foi de 1 por 5,26; - do Quadro A.19 – percebe-se a existência de Setores com relação Curso/Docente bastante elevada, destacando Biológicas, Saúde e Educação. No que tange à Biológicas e Saúde, cerca de 30% dos docentes da UFPR estão lotados neste Setor; - do Quadro A.19 – os Setores de Biológicas e Saúde, pela sua natureza, requerem maior número de docentes por aluno; - do Quadro A.19 – em relação ao Setor de Educação, que possui somente 2 cursos (Pedagogia Diurno e Noturno), à primeira vista o quantitativo de docentes parece desproporcional à necessidade do Setor. Entretanto, o quantitativo se justifica devido ao fato de 71,6% das disciplinas ministradas pelos docentes do Setor estar sendo ministradas em outros Setores. Logo, a coluna 2 do Quadro A.19 não reflete a realidade para os docentes do Setor; e - do Quadro A.19 – em relação ao valor da Coluna 2 – CH Média do Docente, o valor de referência é 240 horas para docente que possui carga horária média de 8 horas/semana (ou 360 horas para 12 horas/semana). Percebe-se que os docentes do Setor de Artes, Comunicação e Design (SACOD), Educação Profissional e Tecnológica (EPT) e Campus Litoral possuem média entre 500~600 horas. Entende se tratar de situação semelhante à descrita no parágrafo anterior, em que docentes de outros setores ministram aulas nos cursos vinculados ao Setor. As análises das informações do Quadro A.19 – colunas 2, 3, 4 e 5 - de forma isolada não permitem a emissão de uma opinião conclusiva sobre a eficiência ou não da Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 99 distribuição da força de trabalho docente, necessitando o levantamento de indicadores semelhantes nas demais IFES. Em relação à informação do Quadro A.19 – coluna 6 – índice de ocupação de vaga na graduação, entende-se existir mecanismos para fomentar o nível de aproveitamento das vagas, pela média, cerca de 50% das vagas disponíveis estão desocupadas, especialmente a partir do 2º Ano (considerando que, no vestibular 2013, a média de procura das vagas da UFPR foi de 6,74 candidatos/vaga, entende-se não haver relevantes problemas de ocupação no 1º ano). 2.4.2) Informações Gerenciais – Distribuição da Força de Trabalho Docente entre Ensino e Pesquisa: Tendo como fonte de informações as planilhas “Graduação – Dados Gerenciais – 20140221” e “Aproveitamento_2013”, encaminhadas pela PROGRAD/UFPR, a planilha “Docentes por Setor” encaminhada pela PROGEPE e as planilhas de distribuição da força de trabalho docente, preenchidas setorialmente, foram compiladas as seguintes informações - as planilhas foram encaminhadas em atendimento à Solicitação de Auditoria nº 201313568/08, de 16/Dez/2013: Quadro A.20 – Distribuição de Carga Horária em atividade de Ensino Setor Arte, Comunicação e Design Ciências Agrárias Ciências Biológicas Ciências da Saúde Ciências da Terra Ciências Exatas Ciências Humanas Ciências Jurídicas Ciências Sociais e Aplicadas Educação Educação Profissional Tecnológica 48,5 9 436,5 CH Média Pós Strictu Sensu 0 129 8,64 1114,56 1,69 218,01 0,34 43,86 222,5 7,29 1622,03 1,96 436,1 0,1 22,25 326,5 9,9 3232,35 0,85 277,53 1,35 440,78 85,5 9,35 799,425 1,21 103,46 1,05 89,78 193 8,84 1706,12 1,19 229,67 0,04 7,72 183,5 7,85 1440,48 1,88 344,98 0,11 20,19 53,5 6,63 354,71 1,43 76,51 0 0 100,5 7,74 777,87 0,37 37,19 0,06 6,03 98,5 9 886,5 1,2 118,2 0,05 4,93 35 10,41 364,35 0 0 0 0 200 8,29 1658 1,28 256 0,09 18 69 9,66 666,54 0,24 16,56 0 0 76 10,89 827,64 0,69 52,44 0,21 15,96 Docente Ajustado * e Tecnologia Litoral Palotina Dinheiro público é da sua conta CH CH Média Total Gradua Gradua ção ção CH Total Pós Strictu Sensu 0 CH Média Pós Lato Sensu 0 CH Total Pós Lato Sensu 0 www.portaldatransparencia.gov.br 100 TOTAL 1821 8,69 15824,5 1,2 0,43 2185,2 783,03 * - da coluna 1 do Quadro A.19 ** - FONTE – Planilha de Distribuição da Força de Trabalho Docente preenchidas por cada um dos Setores *** - Carga Horária Média e Total representada em HORAS POR SEMANA Quadro A.21 – Distribuição da Carga Horária em atividade de Pesquisa e Extensão Docente Ajustado (1) Setor Pesquisa Média Total Alunos Alunos Arte, Comunicação e Design Ciências Agrárias Ciências Biológicas Ciências da Saúde Ciências da Terra Ciências Exatas Ciências Humanas Ciências Jurídicas Ciências Sociais e Aplicadas Educação Educação Profissional Tecnológica e Tecnologia Litoral Palotina TOTAL Extensão CH Média CH Total Média Total Alunos Alunos CH Média CH Total 48,5 0,22 11 2,11 102 0,11 5 0,17 8 129 1,98 255 8,22 1060 0,39 50 1,84 237 222,5 2 445 11,25 2503 0,27 60 1,7 378 326,5 2 653 5,2 1698 0,38 124 1,23 402 85,5 1,49 127 8,2 701 0,27 23 0,93 80 193 1,36 262 12,32 2378 0,2 39 1,99 384 183,5 1,39 255 9,44 1732 0,37 68 1,81 332 53,5 0,6 32 7,9 423 0,37 20 2,77 148 100,5 1,64 165 0,27 27 0,05 5 0,09 9 98,5 0,95 94 6,76 666 0,42 41 2,16 213 35 0,26 9 1,54 54 0,01 0 0,09 3 200 1,62 324 7,64 1528 0,18 36 0,55 110 69 0 0 0 0 0 0 0 0 76 1,96 149 5,52 420 0,43 33 1,2 91 1821 1,55 2823 7,16 13038 0,29 528 1,3 2367 * - FONTE – Planilha de Distribuição da Força de Trabalho Docente preenchidas por cada um dos Setores ** - Carga Horária Média e Total representada em HORAS POR SEMANA Quadro A.22 – Distribuição da Carga Horária em Atividade de Orientação Setor Docente Ajustado (1) Graduação Média Total Alunos Alunos Arte, Comunicação e Design Ciências Agrárias Dinheiro público é da sua conta Pós Graduação CH Média CH Total Média Total Alunos Alunos CH Média CH Total 48,5 1,06 51 0,94 46 0 0 0 0 129 7,19 928 4,95 639 3,13 404 4,22 544 www.portaldatransparencia.gov.br 101 Ciências Biológicas Ciências da Saúde Ciências da Terra Ciências Exatas Ciências Humanas Ciências Jurídicas Ciências Sociais e Aplicadas Educação Educação Profissional Tecnológica e Tecnologia Litoral Palotina TOTAL 222,5 8,08 1798 4,79 1066 3,07 683 5,93 1319 326,5 12,79 4176 2,93 957 2 653 2,83 924 85,5 2,55 218 4,09 350 2,34 200 4,21 360 193 1,77 342 3,24 625 1,94 374 4,53 874 183,5 3,45 633 3,42 628 2,38 437 3,48 639 53,5 4,26 228 8,51 455 1,72 92 3,44 184 100,5 1,43 144 0,03 3 0,16 16 0,32 32 98,5 3,69 363 2,64 260 2,61 257 3,18 313 35 0 0 0 0 0 0 0 0 200 6,06 1212 4,16 832 1,8 360 2,64 528 69 0 0 0 0 0 0 0 0 76 5,93 451 4,3 327 0,77 59 1,81 138 1821 6,6 12019 3,65 6647 2,2 4006 3,17 5773 * - FONTE – Planilha de Distribuição da Força de Trabalho Docente preenchidas por cada um dos Setores ** - Carga Horária Média e Total representada em HORAS POR SEMANA Quadro A.23 – Distribuição da Carga Horária Semanal entre Aulas, Preparo do Ensino, Pesquisa, Extensão, Orientação de Aluno e Outros em “HORAS”: Setor Arte, Comunicação e Design Ciências Agrárias Ciências Biológicas**** Ciências da Saúde Ciências da Terra Ciências Exatas**** Ciências Humanas Ciências Jurídicas Ciências Sociais e Aplicadas Educação CH Aula (2)* CH Orientaçã o Aluno Graduaçã o (3) CH Preparo Ensino (4)** CH Pesquisa (5) CH Extensão (6) CH Orientaçã o Aluno Pós Graduaçã o (7) Outros (8)*** 48,5 9 0,94 14,06 2,11 0,17 0 13,72 129 10,33 4,95 8,72 8,22 1,84 4,22 1,72 222,5 9,25 4,79 7,08 11,25 1,7 5,93 0,00 326,5 10,75 2,93 10,32 5,2 1,23 2,83 6,74 85,5 10,56 4,09 9,35 8,2 0,93 4,21 2,66 193 10,03 3,24 7,89 12,32 1,99 4,53 0,00 183,5 9,73 3,42 10,85 9,44 1,81 3,48 1,27 53,5 8,06 8,51 7,43 7,9 2,77 3,44 1,89 100,5 8,11 0,03 15,86 0,27 0,09 0,32 15,32 98,5 10,2 2,64 11,16 6,76 2,16 3,18 3,9 Docente Ajustado (1) Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 102 Educação Profissional Tecnológica 35 10,41 0 13,59 1,54 0,09 0 14,37 200 9,57 4,16 10,27 7,64 0,55 2,64 5,17 69 9,9 0 14,1 0 0 0 16 76 11,58 4,3 8,12 5,52 1,2 1,81 7,47 1821 9,89 3,65 10,46 7,16 1,3 3,17 4,37 e Tecnologia Litoral Palotina TOTAL * - Carga Horária em aulas na graduação e pós-graduação strictu sensu ** - conforme informações prestadas pela PROGRAD (subitem 2.3.1 do presente Item), para as atividades de ensino são destinadas 24 horas/semana. Assim, para o cálculo da CH Preparo Ensino (coluna 4), foi utilizada a seguinte fórmula = 24 horas – (CH Aula (coluna 2))+(CH Orientação Aluno Graduação); *** - conforme informações prestadas pela PROGRAD (subitem 2.3.1 do presente Item), para as atividades de pesquisa, extensão e eventuais atividades acadêmico-administrativas são destinadas 16 horas/semana. Assim, para o cálculo da coluna “Outros” – que seriam as eventuais atividades acadêmicoadministrativas – foi utilizada a seguinte fórmula = 16 horas – (CH Pesquisa (coluna 5) + CH Extensão (coluna 6) + CH Orientação de Alunos Pós Graduação (coluna 7)); **** - em decorrência do quantitativo superior a 16 horas em atividades de pesquisa, extensão e orientação à pós-graduandos, o Setor de Biológicas e Exatas apresentaram saldo negativo na coluna outros (respectivamente -2,88 horas e -2,84 horas. Por convenção, estas horas foram descontadas da coluna 4 – CH Preparo Ensino. ***** - Carga Horária Média e Total representada em HORAS POR SEMANA ****** - FONTE – Planilha de Distribuição da Força de Trabalho Docente preenchidas por cada um dos Setores Quadro A.24 – Distribuição da Carga Horária Semanal entre Aulas, Preparo do Ensino, Pesquisa, Extensão, Orientação de Aluno e Outros em PORCENTAGEM: Setor Arte, Comunicação e Design Ciências Agrárias Ciências Biológicas**** Ciências da Saúde Ciências da Terra Ciências Exatas**** Ciências Humanas Ciências Jurídicas Ciências Sociais e Aplicadas Educação Educação Profissional Tecnológica CH Aula (2)* CH Orientaçã o Aluno Graduaçã o (3) CH Preparo Ensino (4)** CH Pesquisa (5) CH Extensão (6) CH Orientaçã o Aluno Pós Graduaçã o (7) Outros (8)*** 48,5 22,50% 2,35% 35,15% 5,28% 0,43% 0,00% 34,30% 129 25,83% 12,38% 21,80% 20,55% 4,60% 10,55% 4,30% 222,5 23,13% 11,98% 17,70% 28,13% 4,25% 14,83% 0,00% 326,5 26,88% 7,33% 25,80% 13,00% 3,08% 7,08% 16,85% 85,5 26,40% 10,23% 23,38% 20,50% 2,33% 10,53% 6,65% 193 25,08% 8,10% 19,73% 30,80% 4,98% 11,33% 0,00% 183,5 24,33% 8,55% 27,13% 23,60% 4,53% 8,70% 3,18% 53,5 20,15% 21,28% 18,58% 19,75% 6,93% 8,60% 4,73% 100,5 20,28% 0,08% 39,65% 0,68% 0,23% 0,80% 38,30% 98,5 25,50% 6,60% 27,90% 16,90% 5,40% 7,95% 9,75% 35 26,03% 0,00% 33,98% 3,85% 0,23% 0,00% 35,93% Docente Ajustado (1) e Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 103 Tecnologia Litoral Palotina TOTAL 200 23,93% 10,40% 25,68% 19,10% 1,38% 6,60% 12,93% 69 24,75% 0,00% 35,25% 0,00% 0,00% 0,00% 40,00% 76 28,95% 10,75% 20,30% 13,80% 3,00% 4,53% 18,68% 1821 24,73% 9,13% 26,15% 17,90% 3,25% 7,93% 10,93% * - FONTE – Planilha de Distribuição da Força de Trabalho Docente preenchidas por cada um dos Setores Em relação às informações contidas nos Quadros A.20~A.24: - Quadro A.20 – as aulas semanais são assim distribuídas na UFPR: 84,2% Graduação; 11,63% Pós Graduação Strictu Sensu e 4,17% Pós Graduação Lato Sensu; - Quadro A.23 – em relação à carga horária mínima para aulas de 8 horas/semana, prevista no parágrafo 2º, art. 2º da Resolução CEPE nº 34/2012, todos os Setores atingiram o limite mínimo; - Quadro A.23 – o art. 5º da Resolução CEPE nº 34/2012 define que os docentes em regime de 40 h ou DE devem dedicar no mínimo 8 horas semanais em atividade de pesquisa e/ou extensão. No Quadro A.23, as colunas 5, 6 e 7 representam as atividades de pesquisa, extensão e orientação aos alunos da pós graduação. Nos Setores de Arte, Comunicação e Design, Sociais Aplicadas, Educação Profissional e Tecnológica e Litoral pode-se observar que a carga horária mínima de 8 horas não foi atingida; - Quadros A.23 e A.24 – colunas 3, 5, 6 e 7 – percebe-se uma grande dispersão nas cargas horárias relacionadas à: orientação de alunos da graduação; pesquisa; extensão; e orientação de alunos da pós graduação. A análise de forma isolada, sem comparação com as demais IFES, não permite uma avaliação da distribuição da carga horária entre estas atividades; - Quadros A.23 e A.24 – colunas 4 e 8 – trata-se de carga horária estimada a partir de critérios descritos na “observação” do Quadro A.23. São valores que representam “saldos” de cargas horárias (descontadas as CH de aulas, pesquisa, extensão e orientação aos discentes); - Quadro A.23 – coluna 4 – conforme informações prestadas pela PROGRAD (detalhes subitem 2.3.1 do presente item), o tempo estimado para o preparo ao ensino (incluindo orientação ao aluno da graduação) é de 1=1, ou seja, para uma média de 9,89 horas de aula/semana (coluna 2), o tempo de preparo ao ensino (coluna 3 + coluna 4) deveria ser de 9,89. Entretanto, conforme ilustrado no Quadro A.23, tal tempo foi de 14,11 horas, representando uma proporção de 1= 1,43, ou seja, há um dispêndio de 43% a mais do que a média esperada para as atividades de orientação e preparo ao ensino. Em termos gerais, também entende-se fundamental a existência de parâmetros similares das demais IFES com a finalidade de obter uma média sobre a distribuição da carga horária do docente nas diversas atividades. Em relação às informações do Quadro A.23, entende-se haver possibilidade de aprimoramento do uso da carga horária indicada nas colunas 3 e 4, uma vez que, conforme já descrito, apresentou uma média superior ao esperado pela PROGRAD. 3) Considerações Finais sobre a Análise Gerencial e Estatística da gestão de ensino e pesquisa na UFPR: As diversas informações descritas ao longo dos subitens 1 e 2 do presente item demonstram que a UFPR possui posição de relevância no ensino superior nacional. Por se tratar de avaliação de resultados operacionais, eventuais pontos negativos apontados no presente item não constitui falha ou omissão do gestor, mas sim, pontos Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 104 que merecem maior observação no sentido de aprimorar a gestão, constituindo mérito para o gestor a adoção de boas práticas que resultam em melhorias. No Acórdão nº 1.089/2014-Plenário, em seu item 9.3.3 o TCU descreve: “9.3.3. considerando que as instituições federais de ensino constituem o maior agrupamento de entidades similares da administração pública federal, e que as iniciativas que conduzam a melhorias na gestão podem ter alto impacto decorrente da escala de implementação, que proponha auditoria de boas práticas de gestão nas universidades brasileiras”. O TCU entende que a troca de experiências de sucesso entre as IFES constitui importante meio de aperfeiçoamento da gestão. No caso da UFPR, pode-se destacar a Agência de Inovação, experiência esta que contribuiu para o destaque no quesito “inovação” da UFPR no Ranking da Folha de São Paulo. o#tF a/ 3 GESTÃO PATRIMONIAL 3.1 INVENTÁRIO FÍSICO E FINANCEIRO 3.1.1 REGISTROS OFICIAIS E FINANCEIROS 3.1.1.1 CONSTATAÇÃO Inventários de Material de Consumo inconsistentes Fato Em 2013, a UFPR administrou R$ 16.593.879,68 em materiais de consumo, considerando-se o montante contabilizado como consumido de R$ 13.899.001,98 e o saldo contábil final em estoque do exercício, no valor de R$ 2.694.877,70. Conforme dispõe o Decreto-lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, os estoques a cargo dos gestores públicos devem ser obrigatoriamente contabilizados e, anualmente, deve-se tomar as contas dos responsáveis pela sua administração. Para avaliar o cumprimento dessa determinação legal, foram solicitados os inventários dos estoques dos almoxarifados mantidos pela UFPR, datados de 31/12/2013. De acordo com a Instrução Normativa nº 205, de 08 de abril de 1988, esse tipo de inventário tem a seguinte finalidade: “8. Inventário físico é o instrumento de controle para a verificação dos saldos de estoques nos almoxarifados e depósitos, e dos equipamentos e materiais permanentes, em uso no órgão ou entidade, que irá permitir, dentre outros: a) o ajuste dos dados escriturais de saldos e movimentações dos estoques com o saldo físico real nas instalações de armazenagem; b) a análise do desempenho das atividades do encarregado do almoxarifado através dos resultados obtidos no levantamento físico; c) o levantamento da situação dos materiais estocados no tocante ao saneamento dos estoques; Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 105 d) o levantamento da situação dos equipamentos e materiais permanentes em uso e das suas necessidades de manutenção e reparos; e e) a constatação de que o bem móvel não é necessário naquela unidade. Em atenção à Solicitação de Auditoria nº 201404825/002, a direção da UFPR disponibilizou os inventários das Unidades Gestoras Responsáveis (UGR), equivalentes aos Setores da Universidade, listados abaixo, cujas Contas foram Tomadas, conforme determinação contida nas Portarias Conjuntas PRA/PROPLAN nºs 1 e 2/2013: 1. Setor de Ciências Agrárias (AG); 2. Hospital Veterinário de Curitiba (HV); 3. Setor de Ciências Biológicas (BL); 4. Setor de Ciências Exatas (ET); 5. Setor de Educação (ED); 6. Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes (HL); 7. Setor de Litoral (SL); 8. Setor de Ciências Jurídicas (JD); 9. Setor de Ciências da Terra (CT); 10. Setor de Ciências da Saúde (SD); 11. Setor de Tecnologia (TC); 12. Setor de Educação Profissional e Tecnológica (SEPT); 13. Setor de Artes, Comunicação e Design (SACOD); 14. Biblioteca Central (BC); 15. Setor de Palotina (CP); 16. Imprensa Universitária (IMP); 17. Prefeitura da Cidade Universitária (PCU); e 18. Restaurante Universitário (RU). Foi observado que, à exceção das Comissões de Inventário do Almoxarifado Central, dos Restaurantes Universitários, da Prefeitura do Campus Universitário e da Imprensa Universitária, todas as demais relataram saldo zero, tanto para os estoques iniciais, como para os estoques finais de 2013. Considerando a improbabilidade dessas informações, entre os dias 7 e 18 de março de 2014, foram visitados depósitos de materiais de consumo no Hospital Veterinário de Curitiba, no Setor de Biológicas e no Setor de Saúde e observados produtos adquiridos em 2013 ainda estocados. No almoxarifado do Hospital Veterinário de Curitiba, por exemplo, foi apurado o seguinte saldo para o estoque de produtos recebidos em 2013, considerando os valores adjudicados/empenhados de 112 produtos com registros de entrada em 2013: Material Material Farmacológico Material Químico Materiais e Medicamentos P/ Uso Veterinário Material Hospitalar Total Geral Dinheiro público é da sua conta Valor R$ 4.471,32 R$ 3.284,96 R$ 109,92 R$ 173.040,71 R$ 180.906,91 www.portaldatransparencia.gov.br 106 Também nesse período, por meio de dados fornecidos pela direção do Setor de Palotina, foi constatada a disponibilidade de estoques físicos de produtos adquiridos ainda em 2013, contrariando os resultados apresentados pelas comissões designadas pela PróReitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (PROPLAN). Pelos dados fornecidos em atenção à Solicitação de Auditoria nº 201404825/010, foi formada uma amostra com 155 produtos armazenados no Hospital Veterinário de Palotina. Com base nas unidades disponíveis, nas unidades consumidas entre 01/01/14 e 17/03/2014 e nos valores indicados para esses produtos, foi estimado o valor dos estoques desses produtos em 31/12/2013: Material Alimentos para Animais Gêneros de Alimentação Material Farmacológico Material Químico Material de Limpeza e Prod. de Higienização Material P/ Manutenção de Bens Móveis Material de Proteção e Segurança Material Laboratorial Material Hospitalar Total Geral Valor R$ 220,00 R$ 10,00 R$ 38.657,22 R$ 13.771,43 R$ 36,00 R$ 14,51 R$ 532,50 R$ 2.810,00 R$ 64.022,13 R$ 120.073,79 Embora nos dados fornecidos não estivessem presentes relatórios de entrada, estima-se que esse valor esteja próximo ao existente em 31/12/2013, tendo em vista que as entradas contabilizadas no SIAFI para o Campus de Palotina somam apenas os seguintes valores para os elementos de despesa mais representativos da tabela acima: Material Material Farmacológico Material Químico Material Hospitalar Total Geral Entradas R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 3.508,69 R$ 3.508,69 Em função dos exames realizados na Amostra de Setores inspecionados e estudados, concluiu-se que não são fidedignos os Relatórios elaborados pelas Comissões de Inventário designadas pelas Portarias Conjuntas nº 01 e 02/2013-PRA/PROPLAN que informaram estoques finais com saldo zero. Em vista disso, concluiu-se que o saldo da conta “113180100 - Material de Consumo” registrado no SIAFI em 31/12/2013 não representava o verdadeiro valor dos produtos em estoque na Universidade. o#tF a/ Causa Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 107 À exceção das UGR cujos relatórios de inventário indicaram saldo, foi verificado que as demais emitiram durante o ano Relatórios de Movimentação de Almoxarifado (RMA) sempre igualando o saldo de entradas e saídas de materiais, de modo a gerar saldo zero em estoque, como se houvesse ocorrido o consumo imediato dos produtos adquiridos. Como esse consumo não ocorreu e em vista dos saldos apurados em estoque, concluiuse que as Comissões de Inventário não procederam a verificação dos saldos de estoques nos almoxarifados e emitiram seus relatórios apenas para ratificar os RMAs emitidos pelas UGR durante o ano. Essa conclusão encontra sua evidência mais expressiva na ausência de registro de deslocamento dos membros da Comissão de Tomada de Contas do Almoxarifado do Setor de Palotina, no período correspondente àquele datado no Relatório de Inventário. Tal qual como ocorre na gestão do patrimônio imobiliário, observou-se que inexiste um órgão que lidere e coordene todo o conjunto de procedimentos relativos à gestão de estoques da Universidade, ficando as Unidades que administram almoxarifados com excessiva liberdade para agir sem supervisão. Em função das competências normativas estabelecidas no Regimento Geral da Universidade, entendeu-se que os Diretores das Unidades inspecionadas poderiam ter atuado para evitar as falhas, tendo em vista que o art. 37, inc. III lhes incumbe atribuição de fiscalizar os serviços da unidade, dentre eles, os de seus almoxarifados. Em função do disposto na Portaria Conjunta nº 1/PRA/PROPLAN, de 14 de novembro de 2013, entendeu-se que as Comissões de Inventário das Unidades inspecionadas deram causa as falhas, tendo em vista que não realizaram a devida apuração dos saldos estocados. Em função do disposto no art. 68 da Resolução CA nº 15/91 (Regimento da Reitoria da UFPR), o Pró-Reitor de Administração poderia ter atuado para evitar a falha, tendo em vista que pelo dispositivo citado incumbe à PRA a atribuição de ser o órgão de coordenação geral dos serviços administrativos da Universidade. Em função do disposto no art. 65 da Resolução CA nº 15/91 (Regimento da Reitoria da UFPR), a Pró-Reitora de Planejamento poderia ter atuado para evitar a falha, tendo em vista que pelo dispositivo citado é atribuição de órgão subordinado à PROPLAN a coordenação, orientação e o acompanhamento dos procedimentos de Prestação de contas da Instituição. u#asC / Manifestação da Unidade Examinada Em atenção à Solicitação de Auditoria nº 201404825/019, a Auditoria Interna da UFPR autuou o Processo nº 23075.016608/2014-91, ao qual foram juntadas as seguintes manifestações: - A. P. de S. (CPF nº XXX.130.019-XX), Pró-Reitor de Administração: Em resposta à SA nº 201404825/019 da CGU, passo a expor o que segue: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 108 Primeiramente é importante esclarecer que a Pró-Reitoria de Administração não exerce o controle da gestão de almoxarifado - Bens de Consumo, dos Setores de Ensino, sendo o exercício essa gestão, de responsabilidade direta desses Setores, conforme o Ato Orçamentário nO 01/14 que estabelece as normas Internas de execução orçamentária, financeira para o exercício. Especificamente essa gestão de estoque está regulamentado no art. 6° do Ato Orçamentário nº 01/14, que assevera: Art. 6° - Os recebimentos, registros, movimentação e controles patrimoniais no exercício de 2014 somente serão processados através dos Almoxarifados pertencentes às seguintes Unidades: 153645 - DSG/CENTRAL DE COMPRAS, CONTRATOS E PATRIMÕNIO; 153651 - HOSPITAL DE CLÍNICAS; 153652 - BIBLIOTECA CENTRAL; 153656 - PREFEITURA DA CIDADE UNIVERSITÁRIA; 153659 - SETOR DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA; 153666 - RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO; 153668 - IMPRENSA UNIVERSITÁRIA; 153559 - SETOR DE CIÊNCIAS DA TERRA; 153675 - SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS; 153688 - SETOR DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS; 153703 - SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES; 153712 - SETOR DE EDUCAÇÃO; 153718 - SETOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS; 153725 - SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE; 153746 - SETOR DE TECNOLOGIA; 153765 - SETOR DE CIÊNCIAS JURÍDICAS; 153807 - SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS; 150116 - SETOR UFPR LITORAL; 153516 - SETOR PALOTlNA; 152999 - SETOR DE ARTES, COMUNICAÇÃO E DESIGN; 150250 - MATERNIDADE VITOR VERREIRA 00 AMARAL; e 153653 - CENTRO DE ESTUDOS DO MAR. Art. 7° - As Sub-Unidades que integram os 14 (quatorze) Setores de Ensino terão seus Atos de Gestão Patrimonial controlados pelo almoxarifado da Unidade Orçamentária a que pertencem. Como visto acima, esta PRA tem a responsabilidade de controlar somente os Almoxarifados das Sub-Unidades a que à esta pertence, não tendo ingerência sobre as demais. De qualquer sorte esta Pra estará desenvolvendo algumas ações conjuntas com vistas a se reunir com os Diretores dos Setores de Ensino, para definir estratégias no sentido de solucionar os problemas ora constatados pela CGU, no que se refere ao RMA mencionado no item 1 e a Gestão de Estoques, referida no item 3 do Relatório (...). Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 109 - J. S. de S. (CPF nº XXX.472.069-XX), Presidente da Comissão de Gestão Patrimonial: Recebi no dia de ontem o processo acima citado onde está sendo solicitado para a Comissão de Gestão Patrimonial de manifestar sobre as questões apontadas pela CGU a respeito da Gestão de Bens de Consumo nos almoxarifados da UFPR. Gostaria de lembrar que em 29/11/2013 foi aprovado no COPLAD a Resolução 28/13 tendo como anexo o Regulamento Gestão de Patrimônio, definindo para a Comissão as seguintes atribuições: - Elaborar calendário de inventario anual, definindo o cronograma para sua execução e divulgar as unidades administrativas; - Propor resoluções, regulamentos e instruções de trabalho; - Propor estrutura organizacional adequada ás necessidades e adequação do sistema SAP; - Acompanhar e avaliar a realização de inventários pelas subcomissões; - Analisar os relatórios das subcomissões, encaminhando-os para apreciação de órgãos superiores; - Analisar as solicitações de baixa patrimonial feitas através de Termos Circunstanciados Administrativos - TCAs, propor as providencias cabíveis e decidir sobre a aceitação das baixas patrimoniais ou, em caso de irregularidades constatadas, pela abertura de sindicância; - A comissão de reunirá mensalmente, podendo ser convocada em caráter excepcional quantas vezes for necessário; - A Divisão de Patrimônio assessorará a Comissão de Gestão Patrimonial. Ainda cabe lembrar as subcomissões de patrimônio mencionadas no regulamento visam a realização dos inventários de bens patrimoniais físicos, orientar os usuários dos bens, avaliar o estado de conservação dos bens e coletar as assinaturas dos responsáveis pelos termos de transferência do tipo inventário dentre outras atribuições. A Comissão de Gestão Patrimonial é um órgão de staff apoio as Unidades Organizacionais da UFPR focado apenas em bens patrimoniais não cabendo a Comissão o papel de avaliar os relatórios relativos aos trabalhos de subcomissões de Bens de Consumo que possam estar em Almoxarifados: Central, CCE, PCU, Clinica Odontológica, Setores de Saúde, Palotina dentre outros nem tão pouco responder por atos praticados pelos responsáveis pelas Unidades Administrativas. Assim sendo, retorno a essa Pró-Reitoria de Administração os documentos do processo uma vez este assunto não ser de responsabilidade da Comissão de Gestão Patrimonial. - E. P. F. (CPF nº XXX.566.880-XX), Diretor do Setor de Palotina: O Relatório de Inventário de 2013 foi informado com saldo zero, em razão de que todos os empenhos feitos de bens de consumo do Setor Palotina e fornecidos pelas empresas no ano, foram entregues as seus respectivos solicitantes (professores, técnicos de laboratórios e etc), não ficando assim fisicamente no estoque do almoxarifado tais Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 110 produtos, uma vez que não possuímos espaço fisico, condições apropriadas para o armazenamento, e também um software adequado para controlar o estoque. Porém como foi identificado através de inspeção no Almoxarifado do Setor Palotina a existência de produtos em estoque, justifica-se que se trata de produtos que são transferidos do Almoxarifado Central de Curitiba, por meio de solicitações via sistema SIE e transferência de recursos, e que não foram incorporados ao inventário do estoque final, uma vez que já foi incorporado no estoque do Almoxarifado Central, o que causaria duplicidade. - I. R. de B. F. (CPF nº XXX.151.948-XX), Diretor do Hospital Veterinário de Curitiba: Em resposta a solicitação ao Magnifico reitor Zaki Akel Sobrinho pela Controladoria Geral da União identificada com o número 201404825/019 de 24/04/2014, tenho a informar que: Item 1 (a). O almoxarifado do HV armazena materiais provenientes do almoxarifado central da UFPR para consumo próprio pelo período aproximado de 30 dias. Trata-se de materiais de consumo como sabão em pó, papel toalha, papel higiênico, produtos de limpeza e materiais de escritório. Outros itens, tais como medicamentos e produtos hospitalares são comprados por licitação pública diretamente para HV. Deste modo estes suprimentos são armazenados em maior quantidade. - H. de O. A. (CPF nºXXX.597.509-XX), Chefe da Seção de Controle e Execução Orçamentária do Setor de Saúde: O Relatório de Inventário elaborado pela Comissão de Inventário do Setor de Ciências da Saúde, Portaria 01/2013 – PRA/PROPLAN, identifica os materiais de expediente, higienização, etc., distribuídos pelo Almoxarifado Central através de requisições prévias; A Comissão de Inventário entende que o estoque existente no Setor de Ciências da Saúde Sede Centro, funciona como uma dispensação (subestoque), não se considera como um Almoxarifado, pois está localizado num ambiente limitado por 4,70m x 3,50m, equivalente a uma área aproximada de 16,45 metros quadrados. Considera ainda, que não haveria necessidade de existir tal estoque e, que, quando for preciso, o pedido pode ser feito ao Almoxarifado Central para consumo semanal; A Comissão entende que o valor financeiro de cada item requisitado já foi contabilizado no relatório daquele Almoxarifado, por isso, consta como zerado na Tomada de Contas anual. No entanto, existe um controle interno, no Setor Sede Centro, que é feito através de anotações prévias para posterior baixa em sistema eletrônico existente. Estas manifestações não foram consideradas suficientes para elidir as falhas apontadas e foram consolidadas no Relatório Preliminar, o qual foi encaminhado à Reitoria da UFPR, através do Ofício n° 14509/2014/CGU-Paraná/CGU-PR, expedido em 06 de junho de 2014. No dia 30/06/2014, a Pró-Reitoria de Administração da UFPR protocolou a seguinte manifestação em atenção ao Relatório Preliminar: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 111 A Universidade. Federal do Paraná estabelece as responsabilidades de gestão de almoxarifados através de Ato Orçamentário. No exercício de 2014, por exemplo, esta informação consta do Ato Orçamentário nº 01/14. Diante dos apontamentos feitos pela CGU/PR a Pró-Reitoria de Administração (PRA) e a Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (PROPLAN) estarão definindo um conjunto de ações com vistas a promover uma gestão de almoxarifado que permita minimizar as falhas apontadas. A proposta prevê a designação de um grupo de trabalho para realizar diagnóstico da situação e desenvolver estudos visando melhorias de procedimentos que resulte em maior controle e redução de riscos. Pretende-se também estabelecer proposta de Resolução a ser encaminhada para apreciação do Conselho de Planejamento e Administração - COPLAD, desta UFPR. A proposta de desenvolvimento de um sistema que integre todas as informações de estoque dos almoxarifados está no contexto a ser estudado mas, no curto prazo, a utilização de controles por planilhas eletrônicas deve ser ainda a pratica nos almoxarifados das unidades. A Universidade. Federal do Paraná estabelece as responsabilidades de gestão de almoxarifados através de Ato Orçamentário. No exercício de 2014, por exemplo, esta informação consta do Ato Orçamentário nº 01/14. Diante dos apontamentos feitos pela CGU/PR a Pró-Reitoria de Administração (PRA) e a Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (PROPLAN) estarão definindo um conjunto de ações com vistas a promover uma gestão de almoxarifado que permita minimizar as falhas apontadas. A proposta prevê a designação de um grupo de trabalho para realizar diagnóstico da situação e desenvolver estudos visando melhorias de procedimentos que resulte em maior controle e redução de riscos. Pretende-se também estabelecer proposta de Resolução a ser encaminhada para apreciação do Conselho de Planejamento e Administração - COPLAD, desta UFPR. A proposta de desenvolvimento de um sistema que integre todas as informações de estoque dos almoxarifados está no contexto a ser estudado mas, no curto prazo, a utilização de controles por planilhas eletrônicas deve ser ainda a pratica nos almoxarifados das unidades. Através do Memorando nº 02/CCE-2014 foi designado um servidor para proceder imediata organização dos estoques, e adoção de um sistema de controle adequado, de acordo com a IN SEDAP nº 205/88. Em atenção à recomendação da CGU, serão adotas providencias no sentido de apurar os fatos relatados na Constatação 3.1.1.4. oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Com relação às manifestações apresentadas, verificou-se que o Pró-Reitor de Administração e o Presidente da Comissão de Gestão Patrimonial declararam não possuir competência para interferir na gestão das Unidades descentralizadas da UFPR, o Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 112 que confirma a inexistência de uma Unidade com competência para supervisionar as demais. As demais foram apresentadas pelos dirigentes da Unidade, não tendo sido apresentadas as manifestações dos membros das Comissões de Tomadas de Contas dos Almoxarifados. Em síntese os Dirigentes se focaram na situação dos materiais distribuídos pelo Almoxarifado Central da UFPR, opinando pela não contabilização dos mesmos, porque os produtos teriam sido baixados da contabilidade por ocasião da remessa. Discorda-se desse entendimento, posto que conforme o item 8 “a” da Instrução Normativa SEDAP nº 205/88, uma das finalidades do Inventário físico é a servir para o ajuste dos dados escriturais de saldos e movimentações dos estoques com o saldo físico real nas instalações de armazenagem. E mais: se há necessidade de montar depósitos para armazená-los e utilizar meios para gerenciar as quantidades existentes, fica evidente a impertinência de mantê-los ocultos aos registros contábeis. Afora a situação dos materiais distribuídos pelo Almoxarifado Central da UFPR, tem-se a questão dos materiais adquiridos pelas próprias Unidades Gestoras desses Setores. Essas compras abastecem as atividades finalísticas por meses, mas o conhecimento do quantitativo disponível fica restrito àqueles a quem foram encarregadas a sua guarda, acarretando a subavaliação contábil dos materiais de consumo estocados e prejudicando a correta avaliação dos servidores encarregados da guarda dos produtos. Em vista disso, não foram acolhidas as justificativas e o apontamento foi consolidado no Relatório Preliminar. Com relação a este, o Gestor demonstrou concordância com o apontamento e informou que a UFPR definirá ações com vistas a elidir as falhas apontadas. orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Recomenda-se conscientizar as comissões nomeadas para a tomada de contas dos almoxarifados, de que o procedimento de inventário visa cotejar o saldo físico real nas instalações de armazenagem, com os dados contábeis, de modo a ajustálos, e não simplesmente referendá-los. Deve-se conscientizá-los, ainda, das possíveis responsabilizações disciplinares cabíveis, em função da emissão de informações que não correspondam à realidade. Recomendação 2: O inventário de bens, especialmente àquele realizado no final do exercício, constitui importante ferramenta para conciliar o saldo financeiro/contábil com o saldo físico. Para um adequado inventário físico, recomenda-se a execução das seguintes etapas: 1. nomeação das comissões inventariante, em quantitativo mínimo de 1 (uma) por almoxarifado. Caso haja disponibilidade de pessoal, é preferível a constituição de duas comissões por almoxarifado; 2. Caso não esteja, organizar os bens em estoque para facilitar o trabalho de contagem; 3. Emissão do relatório de bens em estoque, contendo os saldos dos bens estocados na data de realização do inventário. Para manter a imparcialidade e evitar induções, recomenda-se a entrega do relatório de bens em estoque sem a descrição do saldo para os membros da comissão de inventário; 4. Promover a contagem física de todos os bens. Em regra, não há necessidade de abrir as Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 113 caixas, por exemplo, se a caixa estiver lacrada e indicar a existência de 100 produtos, deve ser considerado os 100. Em caso de caixa aberta, deve ser contado o quantitativo efetivo; 5. Após contagem, comparar saldos registrados no sistema com o saldo físico da contagem. Em caso de divergência, promover recontagem. Caso o índice de divergência seja demasiadamente elevado, em função da ausência de histórico de realização de contagem física, o saldo contado poderá ser diretamente registrado, sem recontagem; 6. Mantida a divergência na contagem, promover a alteração do registro e emitir termo de baixa de bens; e 7. Após os ajustes, emitir relatório descrevendo as principais ocorrências (divergências), assinalar e obter aprovação da instância supervisora. 3.1.1.2 CONSTATAÇÃO Relatórios de Movimentação de Almoxarifado com informações não fidedignas Fato Em vista do que foi identificado em relação aos inventários dos estoques dos almoxarifados (conforme detalhado em item específico deste relatório), foram solicitados os Relatórios de Movimentação de Almoxarifado (RMA) do Setor de Biológicas, Hospital Veterinário de Curitiba, Setor de Saúde, Setor Litoral, Setor Palotina, Ciências Agrárias, Setor de Tecnologia e Almoxarifado Central. Na análise desses Relatórios, verificou-se que, à exceção do Almoxarifado Central, todos foram elaborados com os registros de entradas de materiais igualados aos valores de saída, de modo que o saldo final em estoque fosse zerado, como se houvesse ocorrido o consumo imediato dos produtos adquiridos. Tendo em vista os resultados das inspeções realizadas nos depósitos de materiais de consumo do Hospital Veterinário de Curitiba, do Setor de Biológicas e do Setor de Saúde, bem como, dos dados coletados dos Almoxarifados do Setor de Palotina, podese verificar que, os “bens não foram consumidos de imediato”, existindo estoque físico mesmo após a baixa no RMA. Assim, concluiu-se que os RMAs são inverídicos e que o saldo contábil de produtos em estoque está subavaliado. o#tF a/ Causa Os almoxarifados dos Setores de Ensino da UFPR não controlam os materiais destinados ao uso acadêmico ou laboratorial, adquiridos por suas Unidades Gestoras, distribuindo os produtos comprados a servidores ou subunidades requisitantes, sem se preocupar se a demanda dos materiais é para uso imediato, ou se é para formar estoques para atender o consumo ao longo do tempo. Em vista disso, nas Unidades Gestoras desses setores, o momento da liquidação da despesa também é tratado como evento de saída dos materiais, o que não corresponde à realidade, já que o produto adquirido permanecerá armazenado. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 114 Essa prática, além de estar em desacordo com as Normas Gerias, desobedeceu ainda o próprio normativo interno da UFPR (Ato Orçamentário nº 01/2013), que dispôs que cada Setor é responsável pela gestão patrimonial de suas sub-unidades. E como não há um órgão central encarregado da coordenação, planejamento e controle de todos os estoques na Universidade, inexistiu supervisão, o que permitiu que a prática de zerar os estoques contábeis fosse disseminado pelos Setores da Universidade. Do ponto de vista da personalização das responsabilidades, entendeu-se que os servidores que elaboraram os RMAs dos setores inspecionados deram causa a falha apontada. Em função do art. 89 do Decreto-Lei nº 200/67, do disposto no art. 37, inc. I do Regimento Geral da Universidade e em especial do disposto no art. 27, inc. I, da Resolução nº 34/07-COPLAD e no art. 14, inc. I da Resolução nº 35/08-COPLAD, entendeu-se que os Diretores dos Setores inspecionados poderiam ter atuado para evitar a falha, pois a eles cabe coordenar e fiscalizar as atividades administrativas das Unidades que dirigem. E em função do art. 89 do Decreto-Lei nº 200/67 e de o Departamento de Contabilidade e Finanças (DCF) exercer a coordenação e o registro das operações, dos atos e dos fatos contábeis da Instituição, conforme disposto no art. 65 da Resolução CA nº 15/91 (Regimento da Reitoria da UFPR), avaliou-se que o Diretor do DCF poderia ter atuado para evitar a falha, se o Departamento exercesse uma avaliação crítica dos RMAs encaminhados pelos setores. u#asC / Manifestação da Unidade Examinada Em atenção à Solicitação de Auditoria nº 201404825/019, a Auditoria Interna da UFPR autuou o Processo nº 23075.016608/2014-91, ao qual foram juntadas as manifestações transcritas a seguir: - A. P. de S. (CPF nº XXX.130.019-XX), Pró-Reitor de Administração: Em resposta à SA nº 201404825/019 da CGU, passo a expor o que segue: Primeiramente é importante esclarecer que a Pró-Reitoria de Administração não exerce o controle da gestão de almoxarifado - Bens de Consumo, dos Setores de Ensino, sendo o exercício essa gestão, de responsabilidade direta desses Setores, conforme o Ato Orçamentário nº 01/14 que estabelece as normas Internas de execução orçamentária, financeira para o exercício. Especificamente essa gestão de estoque está regulamentado no art. 6° do Ato Orçamentário nº 01/14, que assevera: Art. 6° - Os recebimentos, registros, movimentação e controles patrimoniais no exercício de 2014 somente serão processados através dos Almoxarifados pertencentes às seguintes Unidades: 153645 - DSG/CENTRAL DE COMPRAS, CONTRATOS E PATRIMÕNIO; Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 115 153651 - HOSPITAL DE CLÍNICAS; 153652 - BIBLIOTECA CENTRAL; 153656 - PREFEITURA DA CIDADE UNIVERSITÁRIA; 153659 - SETOR DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA; 153666 - RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO; 153668 - IMPRENSA UNIVERSITÁRIA; 153559 - SETOR DE CIÊNCIAS DA TERRA; 153675 - SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS; 153688 - SETOR DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS; 153703 - SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES; 153712 - SETOR DE EDUCAÇÃO; 153718 - SETOR DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS; 153725 - SETOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE; 153746 - SETOR DE TECNOLOGIA; 153765 - SETOR DE CIÊNCIAS JURÍDICAS; 153807 - SETOR DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS; 150116 - SETOR UFPR LITORAL; 153516 - SETOR PALOTlNA; 152999 - SETOR DE ARTES, COMUNICAÇÃO E DESIGN; 150250 - MATERNIDADE VITOR VERREIRA 00 AMARAL; e 153653 - CENTRO DE ESTUDOS DO MAR. Art. 7° - As Sub-Unidades que integram os 14 (quatorze) Setores de Ensino terão seus Atos de Gestão Patrimonial controlados pelo almoxarifado da Unidade Orçamentária a que pertencem. Como visto acima, esta PRA tem a responsabilidade de controlar somente os Almoxarifados das Sub-Unidades a que à esta pertence, não tendo ingerência sobre as demais. De qualquer sorte esta PRA estará desenvolvendo algumas ações conjuntas com vistas a se reunir com os Diretores dos Setores de Ensino, para definir estratégias no sentido de solucionar os problemas ora constatados pela CGU, no que se refere ao RMA mencionado no item 1 e a Gestão de Estoques, referida no item 3 do Relatório (...). - E. P. F. (CPF nº XXX.566.880-XX), Diretor do Setor de Palotina: Em relação aos Relatórios de Movimentação de Almoxarifado que são informados mensalmente, também são elaborados com saldo zero de estoque, por conta de que o almoxarifado já procura efetuar a entrega dos produtos as seus respectivos solicitantes, quando da chegada. No entanto foi definido um prazo de no máximo 5(cinco) dias úteis para se seja feito a entrega dos produtos, justificando o envio do relatório sempre com saldo zero. Entretanto salientamos que pode ocorrer um estoque físico provisório na virada de um mês para outro, em razão do beneficiado pelos produtos não vir retirá-lo no prazo determinado. Assim sendo, justifica-se o Inventário dos Estoques de Materiais de Consumo do Setor Palotina, apresentado em 2013, informado com saldo zerado. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 116 Salientamos ainda, que o volume de mercadorias armazenadas no depósito, corresponde ao estoque físico oriundo do Almoxarifado Central, para manutenção do Setor Palotina. - L. C. F. (XXX.277.009-XX), Diretor do Setor de Ciências Biológicas: Referente à resposta à Auditoria da CGU nº 201404825/019 (de 24/04/2014),dos itens 1.a) e 1.b) temos a informar que: Quando da visita dos auditores, nossos servidores foram informados que o procedimento executado historicamente pelo Almoxarifado do Setor de Ciências Biológicas estava equivocado, pois a este não cabia o papel de ser “armazenador” de material permanente ou consumo, e sim de quando fosse o caso, receber o material e imediatamente distribuí-lo. Assim, a primeira medida foi informar os usuários deste Setor sobre os novos procedimentos e solicitar que fosse encaminhado à Seção de Orçamento e Finanças o nome dos servidores que seriam os responsáveis por receber os materiais solicitados pelo Departamento e coletando assinatura do indivíduo atestando o recebimento e imediato encaminhamento da nota fiscal para pagamento. Ainda, quanto ao nosso pessoal do ao nosso pessoal do almoxarifado executar na totalidade a recomendação dos Auditores quanto às informações nos RMA. - I. R. de B. F. (CPF nº XXX.151.948-XX), Diretor do Hospital Veterinário (HV) de Curitiba: Em resposta a solicitação ao Magnifico reitor Zaki Akel Sobrinho pela Controladoria Geral da União identificada com o número 201404825/019 de 24/04/2014, tenho a informar que: Item 1 (a). O almoxarifado do HV armazena materiais provenientes do almoxarifado central da UFPR para consumo próprio pelo período aproximado de 30 dias. Trata-se de materiais de consumo como sabão em pó, papel toalha, papel higiênico, produtos de limpeza e materiais de escritório. Outros itens, tais como medicamentos e produtos hospitalares são comprados por licitação pública diretamente para HV. Deste modo estes suprimentos são armazenados em maior quantidade. - H. de O. A. (CPF nºXXX.597.509-XX), Chefe da Seção de Controle e Execução Orçamentária do Setor de Saúde: O Relatório Mensal de Movimentação de Materiais (reagentes químicos, vidrarias, materiais farmacológicos, descartáveis, odontológicos, etc.), é encaminhado pela Seção de Controle e Execução Orçamentária ao Departamento de Contabilidade e Finanças, para prestação de contas do que foi empenhado e liquidado, por elemento de despesa, não é considerado nesse relatório a quantidade física do material adquirido, visto que, cabe a unidade solicitante o recebimento, armazenamento e meios de controle. Estas manifestações não foram consideradas suficientes para elidir as falhas apontadas e foram consolidadas no Relatório Preliminar, o qual foi encaminhado à Reitoria da UFPR, através do Ofício n° 14509/2014/CGU-Paraná/CGU-PR, expedido em 06 de junho de 2014. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 117 No dia 30/06/2014, a Pró-Reitoria de Administração da UFPR protocolou a seguinte manifestação em atenção ao Relatório Preliminar: A Universidade. Federal do Paraná estabelece as responsabilidades de gestão de almoxarifados através de Ato Orçamentário. No exercício de 2014, por exemplo, esta informação consta do Ato Orçamentário nº 01/14. Diante dos apontamentos feitos pela CGU/PR a Pró-Reitoria de Administração (PRA) e a Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (PROPLAN) estarão definindo um conjunto de ações com vistas a promover uma gestão de almoxarifado que permita minimizar as falhas apontadas. A proposta prevê a designação de um grupo de trabalho para realizar diagnóstico da situação e desenvolver estudos visando melhorias de procedimentos que resulte em maior controle e redução de riscos. Pretende-se também estabelecer proposta de Resolução a ser encaminhada para apreciação do Conselho de Planejamento e Administração - COPLAD, desta UFPR. A proposta de desenvolvimento de um sistema que integre todas as informações de estoque dos almoxarifados está no contexto a ser estudado mas, no curto prazo, a utilização de controles por planilhas eletrônicas deve ser ainda a pratica nos almoxarifados das unidades. Através do Memorando nº 02/CCE-2014 foi designado um servidor para proceder imediata organização dos estoques, e adoção de um sistema de controle adequado, de acordo com a IN SEDAP nº 205/88. Em atenção à recomendação da CGU, serão adotas providencias no sentido de apurar os fatos relatados na Constatação 3.1.1.4. oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Com relação às manifestações apresentadas, verificou-se que a do Pró-Reitor de Administração foi no sentido de declarar sua ausência de autoridade funcional para interferir na gestão das Unidades descentralizadas da UFPR. Sobre a manifestação do Chefe da Seção de Controle e Execução Orçamentária do Setor de Saúde e do Diretor do Setor de Palotina, entendeu-se que elas não podem ser acatadas, tendo em vista que, pelo disposto nos arts. 6º e 7º do Ato Orçamentário nº 01/2013, estabelecido pelo Reitor da UFPR, esses Setores se responsabilizariam pelo controle dos atos de gestão patrimonial das suas Sub-Unidades. Logo, a obrigação dos Setores era a de se estruturem para acompanhar os estoques de suas Sub-Unidades e não simplesmente declarar a saída de estoque de um produto que irá permanecer armazenado. Sobre a manifestação da Direção do Hospital Veterinário, verificou-se que ela não ofereceu argumentos para justificar a emissão de RMA, zerando o saldo do estoque de materiais de consumo. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 118 Quanto à manifestação da Direção do Setor de Ciências Biológicas, nela constou apenas a adoção de procedimentos para se passar a registrar os nomes dos responsáveis por receber os materiais, procedimento que não atende integralmente ao disposto no 7º do Ato Orçamentário nº 01/2013, já que se formarão estoques não controlados, paralelos ao almoxarifado da Unidade. Em vista disso, não foram acolhidas as justificativas e o apontamento foi consolidado no Relatório Preliminar. Com relação a este, o Gestor demonstrou concordância com o apontamento e informou que a UFPR definirá ações com vistas a elidir as falhas apontadas. orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Recomenda-se relatar no RMA apenas as entradas e saídas de mercadorias efetivamente ocorridas no mês de referência, de modo a ficar registrada a efetiva posição do estoque no período. 3.1.1.3 CONSTATAÇÃO Almoxarifado à margem da contabilidade. Fato Durante a execução da Ordem de Serviço nº 201314330, foi identificado que o Centro de Computação Eletrônica (CCE) da UFPR mantém um almoxarifado para armazenar bens de Tecnologia da Informação (TI) e materiais de consumo destinados à montagem e manutenção da infraestrutura da rede de dados da UFPR. O saldo em estoque desse almoxarifado está completamente à margem da contabilidade da UFPR, já que é adotada a rotina de se zerar o saldo contábil da entrada dos materiais de consumo adquiridos pelo CCE, através de lançamentos contábeis em valor igual, porém com saldo inverso, como se houvesse ocorrido o consumo deles. Esse procedimento vem sendo realizado pelo Almoxarifado Central (AC), apesar dos produtos não transitarem por ele. Em 2012, por exemplo, a partir do Relatório Mensal de Almoxarifado (RMA) do AC, foi lançado (2013NL003102) o consumo de todos os R$ 465.809,90 em materiais elétricos adquiridos através da Ata de Registro de Preços nº 137/2012 (Pregão nº 21/2012), gerenciada pelo CCE. Com isso, para efeitos contábeis, o saldo em estoque desses materiais foi zerado. Em 2013, essa prática foi repetida para todos os materiais elétricos adquiridos pelo CCE, só que ao invés de realizada através de um único lançamento anual, foi realizada com a seguinte cronologia: Data Pagamento Empenho Processo Pregão nº Valor (R$) RMA 15/03/2013 2013OB802566 2012NE809009 23075.044422/2012-61 21/2012 108.578,45 dez/13 14/05/2013 2013OB805330 2013NE800847 23075.202615/2013-23 260/2011 26.041,64 mai/13 Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 119 14/05/2013 2013OB805331 2013NE800756 23075.202159/2013-11 260/2011 38.026,24 mai/13 12/07/2013 2013OB808353 2013NE802629 23075.205257/2013-19 21/2012 118.024,88 jul/13 31/10/2013 2013OB814723 2013NE804549 23075.207837/2013-32 21/2012 176.071,74 set/13 30/12/2013 2013OB818118 2013NE804688 23075.208383/2013-17 21/2012 137.665,40 nov/13 Total: R$ 604.408,35. Pelo Quadro acima, em 20/08/2013, data em que a CGU realizou inspeção no almoxarifado do CCE, só existiria em estoque os produtos relacionados na Nota de Empenho nº 2012NE809009 (Ordem Bancária nº 2013OB802566), cuja entrada ainda não havia sido baixada do saldo contábil do estoque, provavelmente por falta de comunicação à época da compra pela Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE), que foi quem emitiu o empenho. De qualquer forma, o que era reconhecido pela contabilidade da UFPR como estoque naquela data eram os seguintes produtos e quantitativos: Qtd. Valor Produto Empenhada Empenhado Cabo de Dados UTP Cat 5e 12.200m 14.396,00 Cabo Óptico SM 36 Fibras – Auto-Sustentável 1.000m 19.000,00 Cabo Óptico SM 6 Fibras Indoor/Outdoor 1.000m 5.500,00 Caixa de Sobrepor para duas Tomadas Rj45 600 pçs. 7.200,00 Conector Rj-45 Femea Cat5e Tipo Keystone 300 pçs. 3.750,00 Conector Rj-45 Macho Cat. 5e 2.000 pçs. 3.360,00 Conector Rj-45, Fêmea Cat. 6 Tipo Keystone 300 pçs. 6.000,00 Cordão de Manobra (Patch Cord) 1,5m Cat. 6 400 pçs. 10.000,00 Cordão Óptico Duplex MM, 2,5m – Lc/Lc 30 pçs. 2.970,00 Cordão Óptico Duplex MM, 2,5m – Sc/Lc 30 pçs. 2.970,00 Patch Cord 4 Pares Rj45/Rj45 Flexível – Cat 5e Padrão cm, 1,5m 1.200 pçs. 9.600,00 Patch Panel Carregado 24 Portas Cat. 6 15 pçs. 9.462,60 Patch Pannel 24 Portas Utp Cat. 5e 15 pçs. 4.575,00 Patch Pannel 48 Portas Utp Cat. 5e 15 pçs. 9.794,85 Porém, por meio dos registros fotográficos da inspeção realizada, foi possível verificar que, ao contrário do saldo contábil existente naquela data, o estoque do CCE continha pelo menos os seguintes produtos adquiridos através da Ata de Registro de Preços nº 137/2012: Produto Valor Qtd. Unitário Observada R$ Cabo De Dados UTP Cat. 6 (LSZH) 6.405m Dinheiro público é da sua conta 2,80 Valor Total R$ Observação 21 caixas com 305m, cuja última aquisição havia sido em dez/12 (2012OB815660/2012NE807270) e cujo saldo fora integralmente baixado 17.934,00 no RMA do AC em dez/12. www.portaldatransparencia.gov.br 120 Cabo De Dados UTP Cat 5e 305m 1,18 Cabo De Dados UTP Cat 5e (CMX) 4.880m 1,24 Cabo Óptico SM 6 Fibras Indoor/Outdoor 1.250m 5,50 Cabo Óptico SM 12 Fibras – Auto-Sustentável 1.000m 10,50 Cabo Óptico SM 24 Fibras – Auto-Sustentável 500m 13,50 Cabo Óptico SM 36 Fibras – Auto-Sustentável 2.291m 19,00 Cabo Óptico SM 48 Fibras – Auto-Sustentável 842m Dio 24 Fibras SM (Completo) com Conectores SC 4 peças Dio 24 Fibras SM (Completo) com Conectores LC 1 peça Cordão de Manobra (Patch Cord) 2,5m Cat. 6 – verde e amarelo 175 peças Patch Cord 4 Pares Rj45/Rj45 Flexível – Cat 5e Padrão Cm, 1,5m – Azul, banco e vermelho 850 peças Patch Panel Carregado 24 Portas Cat. 6 48 peças 8,00 1 caixa com 305m 16 caixas com 305m, cuja aquisição mais recente havia sido em jun/13 (2013OB808353/2013NE802629), integralmente baixada no RMA de 3.782,00 jul/13 Pelo quadro anterior, apenas 1Km de cabos pertencem à 2012NE809009. Outros 250m advieram de compras anteriores, possivelmente da 6.875,00 (2012OB811639/2012NE804365) Cuja aquisição mais recente até então, havia sido em out/2012 (2012OB811639/2012NE804365), integralmente baixado no RMA do AC 10.500,00 em dez/12. Cuja aquisição mais recente até então, havia sido em out/2012 (2012OB811639/2012NE804365), integralmente baixado no RMA do AC 6.750,00 em dez/12. O saldo é composto de 1000m adquiridos em em dez/12 (2012OB815660/2012NE807270), que haviam sido integralmente baixados no no RMA do AC em 43.259,00 dez/12. As aquisições do material ocorreram em out/12 e jun/13 e já estavam integralmente baixadas pelos RMAs 19.812,26 do AC de dez/12 e jul/13. 4 caixas, adquiridas em jun/13 integralmente baixada pelo RMA de 4.800,00 jul/13. 1 caixa com 1 peça, cuja última aquisição ocorreu em jun/11 2.087,93 (2011OB808259/ 2011NE801417). 6 caixas com 25 peças cada, na cor verde; e 1 caixa com 25 peças, na cor amarela. As aquisições do material ocorreram em out/12 e jun/13 e já estavam integralmente baixadas pelos 1.600,00 RMAs do AC de dez/12 e jul/13 6 caixas com 50 peças na cor azul; 8 caixas com 50 peças na cor branca; e 150 peças na cor vermelha. A quantidade observada é mais próxima das 900 peças adquiridas em jun/13 (2013NE802629), do que da compra 2.400,00 não baixada. 630,84 30.280,32 4 caixas com 12 peças. 23,53 1.200,00 2.087,93 32,00 359,90 Total: R$ 161.379,61. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 121 o#tF a/ Causa O CCE/PRA/UFPR foi a 6ª Unidade que mais realizou aquisições, dentre as 40 UGRs da Universidade que compraram materiais de consumo em 2013, atrás apenas do Almoxarifado Central, do RU, da PCU, da Imprensa e da PRPPG. Mesmo a frente da maior parte das UGRs, o Ato Orçamentário nº 01/2013 da Reitoria da UFPR não listou o CCE/PRA/UFPR entre as Unidades cujos Almoxarifados se responsabilizariam pela realização de registros patrimoniais. De acordo com o disposto no art. 10º do Ato Orçamentário nº 01/2013, o DSG/Central de Compras, por intermédio do Almoxarifado Central, realizaria os atos de gestão e controle patrimonial, relativos aos estoques do CCE. Dessa maneira, entendeu-se que a Direção do Almoxarifado Central não cumpriu devidamente a atribuição definida no Ato Orçamentário nº 01/2013, ao emitir RMAs indicando movimentação irreal dos estoques do CCE, dando causa a falha. A Direção do CCE, mais o encarregado pela gestão do almoxarifado do setor, também deram causa a falha, por não realizarem o devido controle e não prestarem informações sobre a posição dos estoques que administraram. Por fim, tendo em vista os setores mencionados serem subordinados à Pró-Reitoria de Administração, entendeu-se que o Pró-Reitor poderia ter atuado para evitar a falha, já que lhe compete supervisionar as atividades da sua respectiva Pró-Reitoria (art. 69 da Resolução 15/91 – CA - Regimento da Reitoria da UFPR). Manifestação da Unidade Examinada u#asC / Em atenção à Solicitação de Auditoria nº 201404825/019, a Auditoria Interna da UFPR autuou o Processo nº 23075.016608/2014-91, pelo qual coletou a seguinte manifestação do Pró-Reitor de Administração: - A. P. de S. (CPF nº XXX.130.019-XX), Pró-Reitor de Administração: O CCE atualmente não possui almoxarifado oficial. Reconhecemos a deficiência apontada pela CGU. No entanto, esta PRA, em conjunto com o CCE estará estudando uma nova organização no sentido de reorganizar os sistema de controle de estoque. Será recomendado ao CCE que nas licitações para a contratação de prestação dos serviços de cabeamento estruturado, entre outros que impliquem em instalação de materiais, serão fornecidos pelas empresas juntamente com a mão de obra, reduzindo, com isso, os estoques no CCE. No caso dos materiais excedentes serão encaminhados ao Almoxarifado Central do DSG que os controlará. Independente disso, através do Memorando Interno nº 02/CCE-2014, conforme anexo, já foram tomadas as ações, com designação de dois servidores do CCE para implantar um sistema de controle e gestão de todo processo de almoxarifado e patrimônio da Unidade. Posteriormente, em atenção ao Relatório Preliminar que consolidou a falha apontada, a Pró-Reitoria de Administração da UFPR protocolou a seguinte manifestação: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 122 A Universidade. Federal do Paraná estabelece as responsabilidades de gestão de almoxarifados através de Ato Orçamentário. No exercício de 2014, por exemplo, esta informação consta do Ato Orçamentário nº 01/14. Diante dos apontamentos feitos pela CGU/PR a Pró-Reitoria de Administração (PRA) e a Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (PROPLAN) estarão definindo um conjunto de ações com vistas a promover uma gestão de almoxarifado que permita minimizar as falhas apontadas. A proposta prevê a designação de um grupo de trabalho para realizar diagnóstico da situação e desenvolver estudos visando melhorias de procedimentos que resulte em maior controle e redução de riscos. Pretende-se também estabelecer proposta de Resolução a ser encaminhada para apreciação do Conselho de Planejamento e Administração - COPLAD, desta UFPR. A proposta de desenvolvimento de um sistema que integre todas as informações de estoque dos almoxarifados está no contexto a ser estudado mas, no curto prazo, a utilização de controles por planilhas eletrônicas deve ser ainda a pratica nos almoxarifados das unidades. Através do Memorando nº 02/CCE-2014 foi designado um servidor para proceder imediata organização dos estoques, e adoção de um sistema de controle adequado, de acordo com a IN SEDAP nº 205/88. Em atenção à recomendação da CGU, serão adotas providencias no sentido de apurar os fatos relatados na Constatação 3.1.1.4. oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno A falha apontada foi reconhecida pelo Gestor, em sua manifestação, que se comprometeu em adotar providências para saná-la. orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Recomenda-se que sejam levantados todos os locais que estejam sendo armazenados um considerável quantitativo de bens de consumo classificáveis como estoque e sejam devidamente classificados como almoxarifado. 3.1.1.4 CONSTATAÇÃO Deficiência no controle de almoxarifado do CCE prejudica verificação do saldo adequado de itens em estoque. Fato O Almoxarifado do CCE/PRA/UFPR (Centro de Computação Eletrônico da Pró Reitoria de Administração) foi objeto de avaliação e inspeção em 20/08/2013, tendo sido constatado que: - Inexistia controle informatizado ou manual através de fichas de prateleira para gestão dos materiais adquiridos e armazenados. Informações, como a posição atual do estoque, Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 123 histórico de entradas e saídas, materiais com estoque baixo/crítico, consumo médio por produto ou sazonalidade do consumo não são passíveis de serem obtidas; - Não existiam mecanismos para gerar informações sobre a origem da compra, ou seja, informações como: nome do fornecedor; número da NF; número do empenho/ordem bancária; data de entrada no almoxarifado; nome do receptor/conferidor dos bens; etc; - De modo similar, informações das saídas como: unidade destinatária; data da saída; quantitativo de bens movimentados; descrição dos bens que deram saída; nome do receptor/conferidor dos bens; etc, também não foram geradas; - Não havia prática de realização de inventário periódico, de forma a avaliar a adequação da situação patrimonial do almoxarifado, seja em termos quantitativos e qualitativos; e - O recebimento das mercadorias, a guarda e a saída dos materiais estocados ficou a cargo do mesmo servidor, no caso, o Chefe da DRD/CCE/PRA/UFPR, reforçando a fragilidade do controle interno, pela inexistência de segregação de funções. Em síntese, extraiu-se que os R$ 805.154,33 em materiais de consumo destinados à montagem e manutenção da infraestrutura da rede de dados da UFPR, adquiridos através da Ata de Registro de Preços nº 137/2012, foram objeto, apenas, de registro contábil na ocasião da liquidação e pagamento da despesa e não foi precedido qualquer mecanismo de controle de estoque que permitisse atender o item 6 da Instrução Normativa SEDAP nº 205, de 08 de abril de 1988 e registrar a movimentação interna e o consumo dos produtos. O objetivo do presente item consiste em, de forma sintética, relatar mais uma situação de inconsistência identificada no controle patrimonial dos bens em almoxarifado – no caso no CCE/PRA, reforçando o entendimento sobre a necessidade de promover aprimoramento dos controles do almoxarifado em toda a UFPR. Em relação a avaliação detalhada do destino dos bens adquiridos por meio da Ata de Registro de Preços nº 137/2012, o assunto está sendo objeto de exame no âmbito do Relatório de Auditoria nº 201315490. o#tF a/ Causa Ausência de controles administrativos adequados no almoxarifado. A Direção do CCE, mais o encarregado pela gestão do almoxarifado do setor, também deram causa a falha, por não realizarem o devido controle e não prestarem informações sobre a posição dos estoques que administraram). u#asC / Manifestação da Unidade Examinada Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 124 Em função dos fatos relatados, foi expedida à UFPR a Solicitação de Auditoria nº 201404825/034, de 29/05/2014, para que os gestores da Universidade se manifestassem sobre o teor dos apontamentos realizados sobre os almoxarifados inspecionados. Até a data limite de 13/06/2014 do prazo consignado na Solicitação de Auditoria, não foi apresentada nenhuma manifestação por parte da UFPR. Posteriormente, em atenção ao Relatório Preliminar que consolidou a falha apontada, a Pró-Reitoria de Administração da UFPR protocolou a seguinte manifestação: A Universidade. Federal do Paraná estabelece as responsabilidades de gestão de almoxarifados através de Ato Orçamentário. No exercício de 2014, por exemplo, esta informação consta do Ato Orçamentário nº 01/14. Diante dos apontamentos feitos pela CGU/PR a Pró-Reitoria de Administração (PRA) e a Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (PROPLAN) estarão definindo um conjunto de ações com vistas a promover uma gestão de almoxarifado que permita minimizar as falhas apontadas. A proposta prevê a designação de um grupo de trabalho para realizar diagnóstico da situação e desenvolver estudos visando melhorias de procedimentos que resulte em maior controle e redução de riscos. Pretende-se também estabelecer proposta de Resolução a ser encaminhada para apreciação do Conselho de Planejamento e Administração - COPLAD, desta UFPR. A proposta de desenvolvimento de um sistema que integre todas as informações de estoque dos almoxarifados está no contexto a ser estudado mas, no curto prazo, a utilização de controles por planilhas eletrônicas deve ser ainda a pratica nos almoxarifados das unidades. Através do Memorando nº 02/CCE-2014 foi designado um servidor para proceder imediata organização dos estoques, e adoção de um sistema de controle adequado, de acordo com a IN SEDAP nº 205/88. Em atenção à recomendação da CGU, serão adotas providencias no sentido de apurar os fatos relatados na Constatação 3.1.1.4. oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Considerando a informação de que o processo de organização dos estoques no CCE se encontra em andamento, o apontamento será mantido. orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Recomenda-se à Pró-Reitoria determinar a estruturação dos devidos procedimentos de controle de estoque e de liquidação de despesas com aquisição de material de consumo no CCE, bem como, exercer de forma adequada a supervisão sobre as atividades do setor. 3.1.1.5 CONSTATAÇÃO Necessidade de aprimoramento dos controles e da organização dos almoxarifados. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 125 Fato Com a finalidade de avaliar a organização física e logística, os controles praticados e a fidedignidade das informações físicas e financeiras dos 18 almoxarifados que a UFPR possuía, de forma amostral, foram realizadas inspeções físicas em 5 almoxarifados, conforme descritos a seguir: 1) Hospital Veterinário da UFPR: No dia 10/03/2014, foi realizada visita ao Hospital Veterinário da UFPR para avaliar a administração de materiais de consumo por esta UGR. Foi verificado que há dois almoxarifados: um destinado ao armazenamento de material de expediente e de limpeza; e outro destinado aos estoques de materiais químicos, farmacológicos e hospitalares. Seguem análises individuais: 1.1) Almoxarifado de Material de Expediente e de Limpeza: A) Inspeção física do ambiente: O almoxarifado está situado em uma sala interna de um dos escritórios da administração do Hospital. O acesso de pessoas é restringível, pois há porta com tranca para impedir o acesso ao local, que é mantido fechado na ausência do encarregado. A chave estava guardada na secretaria do Hospital, em razão da ausência do encarregado. Não há designação formal de almoxarife para administração do material, que está sob a guarda de pessoa sem vínculo funcional Ativo com a Administração: o sr. P.A.L (CPF XXX.345.649-XX, matrícula 339480). O sr. P.A.L foi servidor da UFPR até 1995, quando se aposentou no cargo de Assistente em Administração. Atua no Hospital como Bolsista Sênior. Em relação às condições físicas e organizacionais: - não possui nenhum acesso paralelo; - não foram observadas goteiras ou outros sinais de umidade ou de riscos decorrentes de problemas na estrutura do imóvel; - não foram localizados produtos vencidos; e - os produtos armazenados estão organizados em estantes e possuem ficha de prateleiras. B) Sistema de Controle de Estoque: Só há controle por fichas de prateleiras. Não foi informado o uso de sistema informatizado. Em vista disso, a emissão de relatórios depende de levantamento físico do que está estocado. C) Teste de Avaliação da situação patrimonial – cut off na data da visita: Foram testados os saldos dos produtos a seguir: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 126 (B) (A) Requisições Saldo não Saldo Qtd. Produto Selecionado Informado lançadas A-B Contada Detergente Líquido Desinfetante "Pinho Sol" Sabão em Pó, caixa de 1kg Resultado 30 4 26 26 Correto 100 8 92 15 Incorreto 17 5 12 12 Correto Foi verificado que, apesar do Inventário do Almoxarifado de 31/12/2013 (processo nº 23075 003136/2014-15) registrar que o estoque do Hospital estava integralmente zerado, foi observado pelas fichas de prateleira de produtos como os listados a seguir que a informação não é verdadeira, conforme seguir: Produto Selecionado Detergente Líquido Desinfetante "Pinho Sol" Sabão em Pó "Assim", caixa de 1kg Saldo em Dezembro 2013 72 141 36 D) Controle de Entrada e Saída As entradas de materiais são anotadas apenas em fichas de prateleira. Nelas não constam informações sobre número da nota fiscal; valor; número do empenho; e o nome do fornecedor. Parte da ausência dessas informações se deve porque a maioria dos materiais são adquiridos pelo Almoxarifado Central. As saídas são realizadas mediante requisição preenchidas e numeradas à mão, cujos dados são transpostos nas fichas de prateleira. 1.2. Almoxarifado de Material de Químico, Farmacológico e Hospitalar A) Inspeção física do ambiente: Os estoques de materiais químicos, farmacológicos e hospitalares estão situados em um andar superior do hospital, improvisado em dependências que já foram utilizadas como alojamentos. Os produtos estão armazenados em três dependências distintas, além do ambiente onde funciona o escritório desse almoxarifado. Nessas dependências há portas com fechaduras comuns, as quais estavam trancadas antes de ser franqueado o acesso à equipe de auditoria. As chaves dessas dependências ficam de posse dos encarregados pela armazenagem, os quais não foram formalmente designados. Compõe a equipe desse almoxarifado o servidor J.P.S (CPF nº XXX.242.929-XX, matrícula 1218082), ocupante do cargo de Administrador; e o funcionário terceirizado B.B.E, contratado pela empresa Nossa Serviço Temporário e Gestão de Pessoas Em relação às condições físicas e organizacionais: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 127 - embora estejam no piso superior do Edifício, duas das salas utilizadas como depósito possuem janelas que viabilizariam acesso clandestino, sendo preferível a instalação de grades; - verificou-se a ausência de goteiras, ressaltando-se que o telhado do hospital passou por reforma recente; - não foram observados extintores próximos ao local que armazena produtos inflamáveis, como álcool e algodão; - com relação à disposição dos produtos, verificou-se que estavam separados em pilhas distintas. Não há estantes para abrigar a maioria deles, que são empilhados no chão, porém dentro das embalagens, o que propicia risco de umidade e facilidade de deterioração; - a equipe do almoxarifado não utiliza fichas de prateleiras, mas apenas registros feitos em Planilhas Eletrônicas do software Microsoft Excel; e - não foram localizados produtos com validade vencida nesses depósitos. Cabe destacar que os encarregados procuram monitorar o prazo de validade dos produtos, estabelecendo, inclusive, “alertas automatizados” no controle eletrônico. B) Sistema de Controle de Estoque: Não há sistema informatizado de Gestão de Almoxarifado. A equipe realiza o controle através de Planilhas Eletrônicas criadas no software Microsoft Excel. Nessas Planilhas, há campos indicando a posição atual do estoque, a data de entrada e validade dos produtos. O controle de saídas é feito apenas por quantidades, sem registro dos responsáveis pelas retiradas. O suporte documental das saídas é precário, em papel, preenchido manualmente sem a obtenção de recibo de quem retira os produtos. C) Avaliação da situação patrimonial – cut off na data da visita: Foram testados os saldos dos produtos a seguir, escolhidos aleatoriamente na ocasião da visita: Produto Selecionado Fio Poliglactina, especificação "0" Saldo Requisições Informado não Soma Qtd. (A) lançadas (B) (A-B) Contada Resultado 4 - 4 4 Correto Fio Poliglótico, especificação "0" Fio Polidioxanona, especificação "40" 29 - 29 45 Incorreto 42 - 42 42 Correto Iodo Polividona 15 - 15 17 Incorreto Álcool Gaze 27 8 - 27 30 8 Incorreto Correto Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 128 8 Algodão 70 - 70 70 Correto Equipo Micro 3 1 2 5 Incorreto Equipo Macro 20 - 20 18 Incorreto Ringer 40 - 40 36 Incorreto Ringer Lactato 1 - 1 9 Incorreto Fita Autoclave 1 - 1 9 Incorreto Acurácia = 33%; Divergência = 0%; 55%; 0%; 13%; 11%; 0%; 0%; 150%; -10%; -10%; 800% e 800%. Foi verificado que, apesar do Inventário do Almoxarifado de 31/12/2013 (processo nº 23075 003136/2014-15) registrar que o estoque do Hospital estava integralmente zerado, foi observado pelas planilhas elaboradas pelos encarregados dos estoques que dos 153 produtos listados, 132 haviam sido adquiridos em 2013 e permaneciam com saldo de materiais. D) Controle de Entrada e Saída As entradas de materiais são digitadas nas Planilhas eletrônicas, onde são preenchidos campos com as seguintes informações: • Produto; • Especificação; • Data de recebimento; • Validade do produto; • Alerta de expiração da validade do produto; • Nº caixas recebidas; e • Unidades por caixa. Nessas planilhas não constam informações sobre número da nota fiscal; valor; número do empenho; e o nome do fornecedor. As saídas de materiais não são realizadas mediante requisição. Há apenas anotação manual em formulário das quantidades movimentadas, sem coleta de assinatura de quem retira/recebe os produtos. 2) Prefeitura da Cidade Universitária - PCU No dia 13/03/2014, foi realizada visita ao Almoxarifado da Prefeitura da Cidade Universitária (PCU) da UFPR, para avaliar a administração de materiais de consumo por esta UGR. O Almoxarifado atende à Divisão de Manutenção da PCU, estocando os materiais aplicados em serviços de alvenaria, hidráulica, elétrica, marcenaria, pintura, serralheria e serviços gerais, realizados diretamente pela Universidade, com uso de mão de obra locada. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 129 2.1) Inspeção física do ambiente: O responsável pelo almoxarifado é o servidor José Carlos Cordeiro, ocupante do cargo de Marceneiro (CPF nº XXX.695.389-XX, matrícula nº 1170074), designado para o cargo através da Portaria PROGEPE nº 278/2009. Conta com equipe formada por duas pessoas: - N.A.A (matrícula nº 1047891), servidora ocupante do cargo de Copeira; e - J.L (CPF nº XXX.488.359-XX), eletricista terceirizado, contratado por intermédio da empresa CDN - Limpeza, Conservação e Construção Ltda (CNPJ nº 77.377.257/000191). O depósito está situado em ambiente anexo ao escritório da Central de Manutenção do Campus III – Centro Politécnico. Em relação às condições físicas e organizacionais: - o almoxarifado possui duas entradas sequenciais. A primeira dá acesso a um ambiente interno que antecede o acesso ao escritório do almoxarifado, à sua recepção e ao estoque principal. Nele estavam depositados materiais de construção como cerâmicas e sacos de cimento, além de bobinas de cabos telefônico e elétrico. Durante o expediente, a porta desse ambiente permanece aberta, representando uma vulnerabilidade, amenizada pela ampla visão do local pelas janelas do escritório do almoxarifado e pela dificuldade em movimentar esses materiais, em função do peso deles; - a segunda porta dá acesso ao escritório do almoxarifado e à sua recepção, onde é realizada a dispensação dos materiais armazenados no estoque principal. Não existem outros acessos ao ambiente do estoque principal, mas ele possui vulnerabilidade em função de janelas basculantes na parede lateral do prédio; - com relação às condições de conservação, não foram observadas goteiras ou outros sinais de umidade ou de riscos decorrentes de problemas na estrutura do imóvel; e - foi observado que o espaço disponível não é suficiente para o número de produtos estocados, havendo produtos inapropriadamente armazenados pelos corredores e em contato com o chão do depósito, por falta de prateleiras ou pallets. - o problema do espaço pode ser resolvido com a redução dos níveis de estoque, pois as entradas no ano de produtos avaliados são muito superiores às do consumo, como por exemplo: Produto Selecionado Reator Elétrico SDK 2×32/30W Tinta Acrílico Fosco (latas) Dinheiro público é da sua conta (A) Entradas entre 01/01/2013 e 13/03/2014 (B) Saídas Registradas entre 01/01/2013 e 13/03/2014 6.000 1.588 80 37 www.portaldatransparencia.gov.br 130 2.2) Sistema de Controle de Estoque: O estoque do almoxarifado é controlado através do sistema SIGEOS – Sistema Integrado de Gestão de Estoque e Ordens de Serviço, implantado em 2011 e desenvolvido dentro da própria UFPR, no Centro de Computação eletrônica (CCE). Além de controlar a relação de produtos e unidades estocadas, o sistema permite vincular a movimentação dos materiais com os serviços de manutenção solicitados, os quais são recepcionados e documentados em “Ordens de Serviço” pelas Centrais de Manutenção, que se constitui numa unidade administrativa distinta do Almoxarifado. Conforme explicado na visita, o fluxo do serviço de manutenção é o seguinte: - recepção do pedido na Central (via telefone, e-mail ou pessoalmente); - documentação do pedido numa “Ordem de Serviço” (OS); - distribuição da OS ao técnico para avaliação da demanda; - havendo a necessidade do emprego de materiais, eles são relacionados no formulário da OS; - a retirada do material é realizada mediante a apresentação da OS; e - a referência da OS é indicada na operação de registro de saída do material. Quanto às funcionalidades do SIGEOS, foi verificado que ele permite extrair informações sobre: - posição atual do estoque (geral e individualizada por produto); e - entradas e saídas de materiais, informando a data, o documento da operação e o destinatário, no caso das saídas. O controle de estoques do SIGEOS, porém, não alcança os materiais distribuídos para compor os estoques para manutenção dos demais Campi. Embora haja o registro da saída deles com essa finalidade, não há o acompanhamento posterior do que é armazenado. 2.3. Avaliação da situação patrimonial – cut off na data da visita: Foram testados os saldos dos produtos a seguir: Produto Selecionado (A) Saldo Informado (B) Saldo AQtd. Resultado Requisições B Contada não lançadas Cabo Telefônico APL 50 (metros) 869 0 869 1314 Incorreto Canaletas 50x100x2000mm (peças) 111 0 111 150 Incorreto 67 0 67 45 Incorreto 99 0 99 82 Incorreto Tinta Acrílico Fosco (latas) Tinta Branco Neve Acrílica Brilhante (latas) Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 131 Reator Elétrico SDK 2×32/30W 6.221 0 6.221 4.100 Incorreto Pela quadro acima, verificou-se que há baixa acurácia na gestão dos estoques. 2.4. Controle de Entrada e Saída O recebimento de materiais é realizado pelos próprios almoxarifes, assim como são eles que fazem a dispensação. As entradas de materiais são registradas no sistema SIGEOS – Sistema Integrado de Gestão de Estoque e Ordens de Serviço, com informações sobre: - Fornecedor; - Nota Fiscal; - Nota de Empenho; e - Data de Entrada. A saída de materiais é realizada mediante a apresentação de Ordens de Serviço (OS) expedidas pela Central de Manutenção, listando os materiais necessários para o serviço. No SIGEOS, no campo “registro da saída do material” será indicada a OS que motivou a dispensação do material. Cópia da OS é arquivada no almoxarifado, permitindo a verificação do suporte documental à saída de produtos do estoque. O SIGEOS gera “fichas de prateleiras eletrônicas”, onde é possível checar dados sobre o histórico de entradas e saídas de cada produto. 3) Setor de Ciências Biológicas No dia 07/03/2014, foi realizada visita ao almoxarifado do Setor de Biológicas da UFPR para avaliar a administração de materiais de consumo por esta UGR. 3.1) Inspeção física do ambiente: O depósito está situado dentro do escritório do Almoxarifado, localizado no piso inferior do bloco de Ciências Biológicas do Campus Politécnico da UFPR. O sr. P.C.R, matrícula 1046747, ocupante do cargo de Contínuo, é o Chefe do Almoxarifado, formalmente designado para a função, por meio de Portaria nº 7385/2005-PRHAE. Auxilia-o na função, o sr. J.C.M, matrícula 1213034, ocupante do cargo de Auxiliar de Farmácia. Em relação às condições físicas e organizacionais: - com relação às condições de segurança do local, verificou-se que não há janelas, portas e outras aberturas que permitam o acesso clandestino ao depósito. Para adentrálo, é necessário passar pelo escritório onde estão os funcionários encarregados pela sua gestão. A porta do escritório possui fechadura e tranca para cadeado; - com relação às condições de conservação, não foram observadas goteiras ou outros sinais de umidade ou de riscos decorrentes de problemas na estrutura do imóvel; - não foram localizados produtos vencidos; e Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 132 - os produtos armazenados estão organizados em estantes e possuem ficha de prateleiras desatualizadas, já que os responsáveis optaram apenas pelo registro eletrônico da movimentação. 3.2. Sistema de Controle de Estoque: Para a gestão do estoque, o almoxarifado utiliza um banco de dados próprio criado no programa Microsft Access. Este banco não está integrado a nenhum outro sistema da UFPR, que interligue e realize o controle geral de movimentação de estoques de todos os almoxarifados. O banco de dados gera fichas de prateleira eletrônicas, onde são preenchidos dados como: - data de entrada do Material; - número da Requisição de entrada ou saída do Material; - departamento destinatário; - número da Nota fiscal; e - quantidades recebidas ou dispensadas e o saldo do estoque. Contudo, verificou-se que os controles se restringem a materiais de limpeza e uso em escritório (materiais de expediente, de processamento de dados, café, açúcar e etc), sendo que esses produtos representaram apenas 16% dos produtos lançados nos Relatórios de Movimentação do Almoxarifado (RMA). Não são armazenados e controlados os estoques de produtos classificados como “Alimentos para Animais”, “Material de Coudelaria ou de Uso Zootécnico”, “Material Laboratorial”, “Material Químico” e “Material Biológico”, os quais somaram R$ 320.055,27 dos R$ 380.960,83 lançados no RMA do Almoxarifado do Setor de Biológicas. Estes produtos são recebidos no almoxarifado, mas não são sequer cadastrados no controle informatizado. De acordo com os servidores, todo o material recebido é integralmente repassado aos departamentos requisitantes (tem controle disso, ou seja, termo de entrega e atesto de recebimento do demandante). Em vista disso, os registros contábeis das entradas desses materiais são imediatamente seguidos de lançamentos de saída dos mesmos, ainda que eles permaneçam estocados em outros departamentos do Setor de Biológicas. 3.3. Avaliação da situação patrimonial – cut off na data da visita: Foi verificado que, apesar do Inventário do Almoxarifado de 31/12/2013 (processo nº 23075.055964-2013-40) registrar que o estoque do Setor estava integralmente zerado, foi observado pelos dados históricos do controle eletrônico do Almoxarifado que ainda haviam produtos estocados em 31/12/2013, como papel higiênico e papel toalha interforlhas. Produto Selecionado Dinheiro público é da sua conta Saldo em Dezembro 2013 www.portaldatransparencia.gov.br 133 Papel Toalha Interfolhas 23x27cm 5 pacotes Papel Higiênico Macio, rolo com 40m 543 rolos Outro exemplo de produto recebido no almoxarifado em 2013 e que permaneceu estocado em 2014, foi o álcool absoluto 99%. Das 500 unidades de 1 litro de álcool absoluto 99%, recebidas em novembro de 2013, 480 permaneciam estocadas no almoxarifado, na ocasião da visita. Por ser classificado como material químico destinado ao uso laboratorial, a entrada desse produto não foi registrada no controle eletrônico de estoque. Fornecedor Nota Fiscal 10.807.173/0001-70 - Medpoa Comércio de Material Hospitalar Ltda 1950 Litros Preço do p/ Litro volume Volumes 40 12 R$ 3,99 Total R$ 1.915,20 Na mesma situação foram identificadas luvas cirúrgicas repassadas pelo Almoxarifado Central. Adquiridas em setembro de 2012, março e agosto de 2013, a entrada delas não foi registrada no Banco de Dados. Há ainda três volumes, cada um com dez caixas com 100 luvas de tamanho médio, mais dois volumes com 10 caixas com 50 luvas de tamanho grande, cuja compra não foi identificada: Fornecedor Nota Fisca l Volumes Caixas Preço da Caixa Total 11.011.226/0001-04 - Klima Comercio de Medicamentos LTDA - ME 980 2 10 R$ 13,90 R$ 278,00 11.011.226/0001-04 - Klima Comercio de Medicamentos LTDA – ME 1384 1 10 R$ 14,90 R$ 149,00 1306 4,5 (tam. P) 10 R$ 12,06 R$ 241,20 1306 3 (tam. M) 10 R$ 12,08 R$ 362,40 1306 2 (tam. G) 10 R$ 12,09 R$ 544,05 - 3 (tam. M) 10 *R$ 12,08 10 (50 2 (tam. G) *R$ 6,03 pares) R$ 543,60 04.373.051/0001-10 - Santos e Kioshima LTDA-ME 04.373.051/0001-10 - Santos e Kioshima LTDA-ME 04.373.051/0001-10 - Santos e Kioshima LTDA-ME Não identificado Não identificado - R$ 120,60 Total R$ 2.238,85. Obs: valores baseados nos preços dos itens anteriores. Além dos estoques dos produtos mencionados acima, foram testados os saldos dos produtos a seguir: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 134 (A) Produto Selecionado (B) (C) Requisições Entradas Saldo não não Informado lançadas lançadas Saldo Qtd. AResultado Contada B+C Papel Toalha Interfolhas 23x27cm 26 2 25 49 70 Incorreto Papel Higiênico Macio, rolo com 40m 395 2 0 393 576 Incorreto Avaliou-se que a causa da presença de quantidades acima das registradas é o possível recebimento de mercadorias do Almoxarifado Central, antes da formalização da Requisição. Essa conclusão é corroborada pelo histórico do estoque do produto Papel Toalha Interfolhas 23x27cm, que chegou a apresentar saldo negativo e ao mesmo tempo foi registrado saída deste material, no período entre 6 e 22/01/2014. Esse saldo só foi regularizado, retornando a números positivos em 23/01/2014, com o registro da Requisição de Material nº 42/2012. 3.4. Controle de Entrada e Saída As entradas de materiais são lançadas no Banco de Dados do Almoxarifado, porém somente daqueles utilizados para uso escritório (materiais de expediente, de processamento de dados, café, açúcar e etc) e para manutenção e limpeza dos ambientes do bloco de Biológicas. Como dito, esses produtos representaram apenas 16% dos produtos lançados nos Relatórios de Movimentação do Almoxarifado (RMA). Não são armazenados e controlados os estoques de produtos classificados como “Alimentos para Animais”, “Material de Coudelaria ou de Uso Zootécnico”, “Material Laboratorial”, “Material Químico” e “Material Biológico”. O registro da passagem desses produtos pelo almoxarifado é feito apenas nos RMAs do Setor de Biológicas, onde os valores dos produtos adquiridos no mês são integralmente baixados, de modo que os saldos remanescentes ficam sempre iguais a zero. Afora isso, o almoxarifado limita-se apenas a coletar na cópia do empenho/Nota Fiscal o recibo de retirada desses materiais, pelos requisitantes dos Departamentos integrantes do Setor. 4) Centro de Computação Eletrônica – CCE: A avaliação do controle no almoxarifado no CCE foi realizada no âmbito do Relatório de Auditoria nº 201317856/2013 - auditoria compartilhada entre a equipe da CGU e a equipe da AUDIN/UFPR. Seguem principais observações: 4.1) Inspeção física do ambiente: Quanto à estrutura física do ambiente, foi observado que o mesmo encontra-se em local improvisado, cuja segurança não é apropriada para a guarda dos materiais que lá se Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 135 encontram, com facilidade de arrombamento, principalmente pelas janelas do local. Também não há controle de entrada e saída de pessoas do almoxarifado, sendo que as chaves estão disponíveis aos servidores que trabalham no CCE. Ademais, não existe um servidor responsável pelo almoxarifado formalmente instituído. O responsável indicado pelo Diretor do CCE possui o cargo de Mestre em Edificações e Infraestrutura e originalmente, não tem como atribuição do cargo aquela que desempenha, estando o mesmo improvisado. Quanto à organização dos bens dentro do almoxarifado, os mesmos estão separados por tipo de material e os permanentes possuem o número de patrimônio. Para os bens de consumo, os mesmos estão dispostos em caixas, muitas delas abertas, inexistindo seu controle por fichas de prateleira ou controle informatizado. O ambiente não é monitorado por câmeras de segurança, tornando ainda mais frágil o controle. 4.2) Sistema de Controle de Estoque: Quanto ao sistema de controle de estoque do almoxarifado do CCE, observa-se a inexistência de uma metodologia padronizada, nos moldes da existente no almoxarifado central da UFPR. Solicitado a apresentar os documentos de controle existentes, o servidor responsável imprimiu um relatório em excel, tomando-se como amostra o equipamento “access point”. O relatório lista na primeira coluna o número do patrimônio, na segunda coluna sua localização e na terceira coluna o modelo do equipamento. Na coluna de localização, observa-se que a maior parte encontra-se no depósito de CCE, sendo que aqueles que já foram instalados têm a sua localização identificada. Questionado se existe, após a instalação dos equipamentos nos setores diversos, um termo de responsabilidade pelo equipamento instalado, ou se haveria um documento de transmissão de responsabilidade, do servidor do CCE para um servidor do setor onde o mesmo foi instalado, a resposta foi negativa. Quanto ao controle dos bens consumíveis– cabos de dados, cabos ópticos, cabos telefônicos, caixas de emenda, conectores, cordões ópticos, distribuidores ópticos (DIO), painéis de interconexão, patch cords, terminadores ópticos, etc. – como já mencionado, inexiste tanto controle informatizado, como manual, por exemplo, através de fichas de prateleira. Informações, como a posição atual do estoque, histórico de entradas e saídas, materiais com estoque baixo/crítico, consumo médio por produto ou sazonalidade do consumo não são passíveis de obtê-las. 4.3) Controles de Entradas e Saídas: Verificou-se que o sistema de controle não é capaz de gerar informações sobre a origem da compra, ou seja, informações como: nome do fornecedor; número da nota fiscal; número do empenho/ordem bancária; data de entrada no almoxarifado; nome do receptor/conferidor dos bens; etc. De modo similar, informações das saídas como: unidade destinatária; data da saída; quantitativo de bens que deram saída; descrição dos bens que deram saída; nome do receptor/conferidor dos bens; etc, também não são geradas. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 136 Vale salientar que, além da deficiência no sistema, foi verificada a ausência de rotinas administrativas que assegurem a integridade do patrimônio, como: modelos de requisição de retirada de material; emissão de atestos de recebimentos (seja na entrada ou saída de materiais); registro manual das entradas e saídas; etc. 4.4) Avaliação da Situação Patrimonial: Não há prática de realização de inventário periódico, de forma a avaliar a adequação da situação patrimonial do almoxarifado – que, pasmem, é virtualmente impossível de aferir, uma vez que não existe sistema de controle – seja em termos quantitativos e qualitativos. Não há prática de avaliação do prazo de validade dos bens em estoque, bem como, seu estado de conservação. Não há política definida para descarte de bens inservíveis. 5) Setor de Ciências Biológicas – Almoxarifado do Departamento de Odontologia Segue relato da visita realizada nos dias 17/Mar e 16/Abr/2014 no almoxarifado do Departamento de Odontologia: 5.1) Inspeção física do ambiente: Nas dependências do curso de Odontologia, foi identificada a existência de almoxarifado onde estão estocados materiais químicos, farmacológicos, odontológicos e hospitalares para uso nos atendimentos prestados à população pelas Clínicas do curso. Esse almoxarifado não possui responsável designado, estando aos cuidados de exservidor da UFPR, S. P. G. (CPF nº ***.265.219-**), já aposentado, que é remunerado por esse serviço através de bolsa do Programa Disseminação de Conhecimento TécnicoSênior na Universidade Federal (Resolução COPLAD nº 17/2012). 5.2) Sistema de Controle de Estoque: O único procedimento de controle adotado sobre os estoques é o de coletar rubricas em recibos de retiradas de material, sem que seja registrada a identificação completa do agente que fez a retirada de produtos, nem sob a ordem de quem. O documento também não vincula a retirada do material, com o procedimento clínico realizado. Em 17/03/2014, foram requisitados os controles formais de entradas dos produtos estocados, tendo a equipe sido informada de que não é utilizada qualquer ferramenta para apuração e controle dos saldos de produtos em estoque, tampouco fichas de prateleiras. A equipe retornou ao local em 16/04/2014 para registrar novas imagens, e nessa ocasião foram entregues dois relatórios intitulados Controle de Material Adquirido e Controle de Saída de Materiais. No primeiro relatório, foram relacionados produtos adquiridos pelo setor, quantidades compradas, valores unitários, data e o nome do fornecedor. Já no segundo relatório, foram relacionados os produtos e as quantidades que teriam sido consumidas por semestre, nos anos de 2010, 2012 e 2013. O ano de 2011 não consta do documento. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 137 A despeito da pré-existência ou não desses controles, antes da primeira visita, o fato é que no setor inexistia instrumento de registro de entradas e saídas atualizado, como previsto nos itens 7.3.1, 7.9 e 12 da Instrução Normativa SEDAP nº 205/88. 6) Considerações da CGU sobre o almoxarifado: 6.1) Conceito sobre bens de consumo: Os bens de consumo, que são manuseados no almoxarifado, possuem certas características que o tornam mais suscetíveis a erros e fraudes, como segue: - volume elevado – usualmente, se manuseia um quantitativo elevado de bens de mesma espécie, dificultando o controle e facilitando a subtração; - dimensão reduzida – as dimensões dos bens de consumo são usualmente pequenas, dificultando o controle e facilitando a subtração/transporte; - liquidez elevada – usualmente, os bens de consumo possuem liquidez elevada no mercado, ou seja, possuem facilidade de serem revendidos, sendo um fator de estímulo à subtração; e - pode possuir valor unitário elevado – não sendo regra, porém existem bens de consumo com valor unitário elevado, como medicamentos e peças de informática. Considerando os riscos descritos e considerando que, somente em 2013 a UFPR adquiriu mais de R$ 16 milhões em produtos desta natureza, entende-se fundamental a existência de controles administrativos adequados para a gestão do almoxarifado. 6.2) Fragilidades gerais identificadas: Conforme observado nos subitens 1~5, onde são relatadas as rotinas nos almoxarifados setoriais, além da PCU e CCE, pode-se verificar, de forma geral, as seguintes fragilidades: - ausência de um sistema de controle uniforme: considerando as facilidades em TI disponíveis atualmente é fundamental a gestão do almoxarifado com auxílio de um software específico. Percebe-se que, cada setor possui seu próprio sistema de controle (sendo todos deficientes) e nenhum deles se comunica, seja entre eles ou ainda, com o sistema do Almoxarifado Central; - concepção de “usuário final”: como visto no Hospital Veterinário, o almoxarifado promove a entrega de todos os bens de “uma só vez” ao destinatário final, não funcionando como instância gerenciadora dos bens em estoque. Tal concepção se reforça quando ocorre a entrega do bem diretamente do fornecedor (sem intermédio do almoxarifado central), neste caso, o almoxarifado atua como receptor e distribuidor do bem para o usuário final. Sendo que, conforme registros, esta recepção-distribuição ocorrem em um mesmo momento; - deficiências de estruturas físicas: foram observados almoxarifados sem prateleiras e pallets, itens estes que proporcionariam condições adequadas de armazenamento e organização; Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 138 - ausência de controles paralelos – além da deficiência no controle principal por meio de sistema informatizado, em alguns almoxarifados não foi verificada a existência de controles paralelos, como ficha de prateleira ou livros de registros de entrada e saída; - ausência de rotinas administrativas uniformes – conforme descrito nos subitens 1~5, cada um dos almoxarifados possui rotina administrativa distinta: um possui ficha de prateleira e outro não; um utiliza ACCESS, outro EXCEL e outro sistema próprio; um mantém registro de saída e outro não; entre outras situações; - nos almoxarifados (1, 2, e 3) em que foram realizados testes de contagem, todos apresentaram divergências. 6.3) Melhorias a serem implementadas: Considerando as fragilidades identificadas, entende-se necessário a implantação das seguintes melhorias nas rotinas de almoxarifado (não somente da amostra, mas em todos). Vale salientar que, conforme já descrito, os procedimentos adotados nos almoxarifados são bastante variados, logo, será transcrito um modelo de organização de almoxarifado geral: 6.3.1) Sistema Informatizado Único: Deve ser implantado um Sistema Informatizado único para todos os almoxarifados, capaz de se comunicar entre os almoxarifados (bem como, com o almoxarifado central). O sistema deve ser capaz de contemplar os controles descritos na sequencia. 6.3.2) Controle de Entrada: A) Do fornecedor para o almoxarifado: - definição do modelo de requisição de bens a ser emitido para o fornecedor (ou setor responsável pelo pedido de entrega), toda vez que o almoxarifado necessitar de reposição de estoque; - definição do modelo de atesto de conferência e recebimento dos bens entregues pelo fornecedor – podendo ser na própria nota fiscal; - definição de rotinas de registro de bens no Sistema, indicando aspectos como: data da entrada; descrição; NF; empenho; quantidade; valor total; valor unitário; além do código de uso interno; - definição de rotinas de organização física, definindo aspectos como: local de armazenagem por bem; forma de disposição; condições especiais de armazenagem; etc; - definição de prazos entre a requisição e entrega; e - rotinas para organização, guarda e conservação das requisições (caso estes não sejam eletrônicos) B) Do almoxarifado central para os almoxarifados setoriais: Além dos aspectos descritos no item anterior, devem ser definidos os critérios de distribuição dos bens do almoxarifado central para os almoxarifados setoriais, tais como: - estoque mínimo e crítico por item/almoxarifado; Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 139 - consumo médio por item/almoxarifado; e - frequência de pedido por item/almoxarifado. Assim, o almoxarifado central deve ser capaz de identificar requisições que destoam da média. Vale ainda dizer que o próprio almoxarifado central deve possuir os dados estatísticos para subsidiar as requisições próprias. 6.3.3) Controle de Saída: - definição de modelo de requisição de bens para retirada de material, com a identificação e assinatura do requisitante e do aprovador (usualmente, o superior imediato do requisitante); - é preferível que no próprio Sistema Informatizado já contenha o cadastro das pessoas autorizadas a requisitar o material (por setor e por tipo de material), bem como, os aprovadores das requisições. Sendo uma situação ainda melhor, caso as requisições sejam feitas por meio de Sistema; - definição de rotinas de entrega dos materiais ao requisitante, como: forma de separação de bens para entrega; formulário de atesto de recebimento a ser assinado pelo receptor; etc; - definição de rotina de registro da saída do bem no sistema, identificando os bens que sofreram baixas, bem como, os destinatários; - definição de prazo entre o pedido e a entrega; e - rotinas para organização, guarda e conservação das requisições (caso estes não sejam eletrônicos) 6.3.4) Controle e manutenção dos bens em estoque: - definição de estoque mínimo e estoque crítico para subsidiar reposição; - definição de controles paralelos – a ficha de prateleira constitui uma ferramenta que permite uma comparação rápida entre o estoque físico e o registro patrimonial; - definição de rotinas de acesso físico, por exemplo: quando da entrada do pessoal da limpeza/manutenção; quando da ausência do almoxarife; etc; - identificação de bens que necessitam de condição de armazenagem especial, como ambiente refrigerado, item com custo unitário elevado e bens perecíveis; - rotinas relacionadas ao controle do prazo de validade; - otimização e organização do espaço físico; e - rotinas para realização de inventário periódico, mesmo que este seja amostral. 6.3.5) Uso gerencial das informações de estoque: Conforme já descrito, o uso de sistemas informatizados é essencial para uma boa gestão do estoque, justamente pelo fato do mesmo permitir a emissão de relatórios gerenciais capazes de levantar informações como: quantidade média de consumo por item/demandante em um determinado período; identificação de consumos acima ou Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 140 abaixo da média; existência ou não de sazonalidade no consumo de um determinado bem; maiores consumidores por tipo de material; entre outras. O uso gerencial das informações de estoque proporciona vantagens como: - definição do estoque ideal – evita a ocorrência de excessos de estoque, gerando ocupação de espaços desnecessários, maior trabalho para a gestão e controle e risco de perda da validade; e - identifica consumos em excesso: o acompanhamento da média de consumo, bem como a frequência de pedido de reposição, permite identificar o quanto cada um dos demandantes está consumindo, no propósito de identificar distorções. Usualmente, “quem pede muito” acaba criando um “estoque próprio”, este indesejável considerando o risco de falta de produto para outros, perda de controle e risco de perda de validade. Conforme observado no Almoxarifado das Biológicas, a maioria dos materiais é distribuída para os departamentos, assim, a administração do almoxarifado perde o controle e o conhecimento sobre os destinatários dos materiais. Informações relevantes como: quanto (por tipo de material) cada departamento recebeu? Qual a média de consumo por departamento (considerando o mesmo material)? Qual a frequência do pedido? São desconhecidas. A prática de monitoramento dos consumos, da forma mais individualizada possível, fomenta a boa prática de gestão no que tange ao uso racional e eficiente do material, evitando a ocorrência de desperdícios. o#tF a/ Causa Deficiências nos controles administrativos do almoxarifado, especialmente no tocante a: ausência de rotinas administrativas uniformes; e ausência de sistema de gestão uniforme. Manifestação da Unidade Examinada u#asC / Em função dos fatos relatados, foi expedida à UFPR a Solicitação de Auditoria nº 201404825/034, de 29/05/2014, para que os gestores da Universidade se manifestassem sobre o teor dos apontamentos realizados sobre os almoxarifados inspecionados. Até a data limite de 13/06/2014 do prazo consignado na Solicitação de Auditoria, não foi apresentada nenhuma manifestação por parte da UFPR. As falhas apontadas foram consolidadas no Relatório Preliminar, o qual foi encaminhado à Reitoria da UFPR, através do Ofício n° 14509/2014/CGU-Paraná/CGUPR, expedido em 06 de junho de 2014. No dia 30/06/2014, a Pró-Reitoria de Administração da UFPR protocolou a seguinte manifestação em atenção ao Relatório Preliminar: A Universidade. Federal do Paraná estabelece as responsabilidades de gestão de almoxarifados através de Ato Orçamentário. No exercício de 2014, por exemplo, esta informação consta do Ato Orçamentário nº 01/14. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 141 Diante dos apontamentos feitos pela CGU/PR a Pró-Reitoria de Administração (PRA) e a Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (PROPLAN) estarão definindo um conjunto de ações com vistas a promover uma gestão de almoxarifado que permita minimizar as falhas apontadas. A proposta prevê a designação de um grupo de trabalho para realizar diagnóstico da situação e desenvolver estudos visando melhorias de procedimentos que resulte em maior controle e redução de riscos. Pretende-se também estabelecer proposta de Resolução a ser encaminhada para apreciação do Conselho de Planejamento e Administração - COPLAD, desta UFPR. A proposta de desenvolvimento de um sistema que integre todas as informações de estoque dos almoxarifados está no contexto a ser estudado mas, no curto prazo, a utilização de controles por planilhas eletrônicas deve ser ainda a pratica nos almoxarifados das unidades. Através do Memorando nº 02/CCE-2014 foi designado um servidor para proceder imediata organização dos estoques, e adoção de um sistema de controle adequado, de acordo com a IN SEDAP nº 205/88. Em atenção à recomendação da CGU, serão adotas providencias no sentido de apurar os fatos relatados na Constatação 3.1.1.4. oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Em função da ausência de manifestação, os apontamentos foram mantidos no Relatório Preliminar. Em atenção ao último, o Pró-Reitor de Administração manifestou a intenção de liderar, junto com a PROPLAN, processos de ajustes nos procedimentos de gestão de almoxarifados da UFPR. orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Recomenda-se a uniformização das rotinas administrativas e do Sistema Informatizado de Gestão de Almoxarifado, considerando os aspectos descritos no presente item. Por mais que os Setores Científicos possuam autonomia, entende-se necessária a padronização das rotinas do almoxarifado, no propósito de otimizar a gestão do almoxarifado. 3.1.1.6 CONSTATAÇÃO Ausência de designação formal do almoxarife. Fato Com relação à responsabilidade pelos estoques inspecionados, foram identificadas as seguintes situações: a) Almoxarifados funcionando sem a designação formal de seu responsável, como: a.1) Almoxarifado da Clínica Odontológica do Setor de Saúde, que se encontra informalmente aos cuidados de ex-servidor aposentado S. P. G. (CPF nº XXX.265.219Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 142 XX), cujo único vínculo ativo com a UFPR é o de ser bolsista do Programa de Disseminação de Conhecimento Técnico-Sênior; a.2) Almoxarifado do Centro de Computação Eletrônica, cujo estoque estava informalmente aos cuidados do servidor E. L. V. (CPF nº XXX.156.929-XX); a.3) Almoxarifado do Hospital Veterinário de Curitiba, cujo responsável indicado, o servidor O. G. J. (CPF nº XXX.849.809-XX), não estava formalmente designado para a atividade. Acrescenta-se que o mesmo não exerce efetivamente a função, que está a cargo do servidor J.P.S e do servidor aposentado (bolsista do Programa de Disseminação de Conhecimento Técnico-Sênior), P. A. L. (CPF nº XXX.345.649-XX); e a.4) Almoxarifado do Hospital Veterinário de Palotina, que está aos cuidados do servidor L. A. C. (CPF nº XXX.869.219-XX), mas que não possui nenhum servidor oficialmente designado para a função; b) Almoxarifados sob a responsabilidade formal de servidores que não atuam efetivamente como almoxarife: b.1) Setor de Saúde, onde de acordo com o Inventário de Materiais de Consumo (processo nº 23075.000204/2014-86), o responsável pelo almoxarifado do Setor seria o sr. E.S.J (CPF nº XXX.835.109-XX). Porém, o servidor atua na área de informática; b.2) Campus Palotina, cuja responsável pelo Almoxarifado indicada no processo de Inventário de Materiais de Consumo (nº 23075.054815/2013-63) seria a servidora C. A. S. (CPF nº XXX.129.389-XX), sendo que os estoques são de fato geridos pelos servidores L. J. G. e L. A. C. (Hospital Veterinário). o#tF a/ Causa A atividade de gestão de materiais não tem recebido a devida atenção, tendo a Direção dos Setores da UFPR deixado de observar formalidades básicas, como a atribuição formal de responsabilidades pela gestão dos estoques administrados nesses Setores. A falta de normativo estabelecendo uma Unidade Central com a responsabilidade de sistematizar, normatizar, padronizar, gerir e exercer o controle sobre a gestão de estoques da UFPR, contribuiu para a não houve supervisão das atividades exercidas por cada Unidade administra, permitindo a ocorrência das falhas apontadas nesse Relatório. Do ponto de vista da personalização das responsabilidades, entendeu-se que os Diretores dos Setores inspecionados poderiam ter atuado para evitar as falhas, pois a eles cabe coordenar as atividades administrativas das Unidades que dirigem. A Direção do CCE poderia ter atuado para evitar as falhas no seu setor, pois lhe coordenar e superintender as atividades do Centro. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 143 A Pró-Reitoria de Administração também poderia ter atuado para evitar as falhas, por ser o órgão supervisor do CCE, além de ter a atribuição de exercer a coordenação geral dos serviços administrativos da Universidade. u#asC / Manifestação da Unidade Examinada Em atenção à Solicitação de Auditoria nº 201404825/019, a Auditoria Interna da UFPR autuou o Processo nº 23075.016608/2014-91, ao qual foram juntadas as manifestações transcritas a seguir (os nomes citados foram editados): - A. P. de S. (CPF nº XXX.130.019-XX), Pró-Reitor de Administração: O CCE atualmente não possui almoxarifado oficial. Reconhecemos a deficiência apontada pela CGU. No entanto, esta PRA, em conjunto com o CCE estará estudando uma nova organização no sentido de reorganizar os sistema de controle de estoque. Será recomendado ao CCE que nas licitações para a contratação de prestação dos serviços de cabeamento estruturado, entre outros que impliquem em instalação de materiais, serão fornecidos pelas empresas juntamente com a mão de obra, reduzindo, com isso, os estoques no CCE. No caso dos materiais excedentes serão encaminhados ao Almoxarifado Central do DSG que os controlará. Independente disso, através do Memorando Interno nº 02/CCE-2014, conforme anexo, já foram tomadas as ações, com designação de dois servidores do CCE para implantar um sistema de controle e gestão de todo processo de almoxarifado e patrimônio da Unidade. Com relação ao apontamento na letra a.2 (Item 2 - responsabilidade pelos Estoques), o servidor E. L. V. (CPF nº XXX.156.929-XX) não é mais o responsável pelos estoques no Almoxarifado do CCE, estando já em início dos estudos conforme Memorando acima citado. - E. P. F. (CPF nº XXX.566.880-XX), Diretor do Setor de Palotina: Segundo Portaria n. 5688, emitida pelo Pró-Reitor de Gestão de Pessoas da UFPR no dia 10/02/2014 e publicada no D.O.U. (nº 030 de 12/02/2014, seção 2, pagina 35) fica exonerada do cargo de confiança de Secretário, FG-03, do Setor Palotina a servidora C. A. S. (XXX.129.389-XX), conforme ANEXO 2. Sendo que através da Portaria n. 5689 pelo Pró-Reitor de Gestão de Pessoas da UFPR no dia 10/02/2014 e publicada no D.O.U. (n° 030 de 12/02/2014, seção 2, pagina 35) fica nomeado o servidor L. J. G. (XXX.055.789-XX) para exercer o cargo de confiança de Secretario, FG-03 do Setor Palotina, conforme ANEXO 2 A partir de tal data o Servidor L. J. G. tornou-se responsável pelo Almoxarifado do Setor Palotina. - F. S. J. (CPF nº XXX.925.929-XX), Diretor do Diretor do Hospital Veterinário de Palotina: Em virtude do questionamento do Hospital Veterinário de Palotina não ter um responsável pelo setor de Almoxarifado, que deveria ser designado por meio de Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 144 portaria, o servidor Luiz Alberto Cavalli, responsável da seção de controle e execução orçamentária, por realizar o controle de produtos para futuras aquisições, foi designado que desempenhasse essa função. Não há no momento um cargo especifico para isso no regimento atual do Hospital Veterinário de Palotina e está sendo feito uma readequação do regimento onde constará tal cargo. Cabe salientar que o referido estabelecimento se tornou uma unidade gestora responsável nesse ano corrente. - I. R. de B. F. (CPF nº XXX.151.948-XX), Diretor do Hospital Veterinário (HV) de Curitiba: O Senhor O. G. J. tem a função de Chefe de Orçamento e Patrimônio do HV designado por uma portaria da Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEPE) a partir do dia 14/04/2014. Solicitaremos à mesma Pró-reitoria, que designe o Servidor Jarbas Pereira dos Santos para que fique responsável pelo almoxarifado do HV. - H. de O. A. (CPF nºXXX.597.509-XX), Chefe da Seção de Controle e Execução Orçamentária do Setor de Saúde: De fato, está sob a responsabilidade do bolsista sênior, Sr. S. G., o controle do estoque de materiais odontológicos do Setor de Ciências da Saúde Sede Botânico. Isto ficou determinado em virtude de anos de experiências que o servidor possui com compras, licitações, recebimento, armazenagem e distribuição dos materiais aos usuários, além do interesse para agilizar e resolver os problemas existentes nas diversas clínicas odontológicas do Curso de Odontologia. De fato, a Função de Almoxarife pertence ao senhor Sr. E. dos S. J. que é responsável pela Seção de Informática. Tal função permaneceu como forma de gratificação pela Chefia da Seção de Informática, visto que, não existe a função para este cargo. Como o "Almoxarifado" está localizado no mesmo espaço da SCEO/SD – Sede Centro e a movimentação de materiais é distribuída apenas para as unidades pertencentes à Administração Geral, quem está fazendo o controle é o servidor P. C. F. lotado na SCEO/SD. Posteriormente, em atenção ao Relatório Preliminar que consolidou a falha apontada, a Pró-Reitoria de Administração da UFPR protocolou a seguinte manifestação: A Universidade. Federal do Paraná estabelece as responsabilidades de gestão de almoxarifados através de Ato Orçamentário. No exercício de 2014, por exemplo, esta informação consta do Ato Orçamentário nº 01/14. Diante dos apontamentos feitos pela CGU/PR a Pró-Reitoria de Administração (PRA) e a Pró-Reitoria de Planejamento, Orçamento e Finanças (PROPLAN) estarão definindo um conjunto de ações com vistas a promover uma gestão de almoxarifado que permita minimizar as falhas apontadas. A proposta prevê a designação de um grupo de trabalho para realizar diagnóstico da situação e desenvolver estudos visando melhorias de procedimentos que resulte em maior controle e redução de riscos. Pretende-se também estabelecer proposta de Resolução a ser encaminhada para apreciação do Conselho de Planejamento e Administração - COPLAD, desta UFPR. A proposta de desenvolvimento de um sistema que integre todas as informações de estoque dos Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 145 almoxarifados está no contexto a ser estudado mas, no curto prazo, a utilização de controles por planilhas eletrônicas deve ser ainda a pratica nos almoxarifados das unidades. Através do Memorando nº 02/CCE-2014 foi designado um servidor para proceder imediata organização dos estoques, e adoção de um sistema de controle adequado, de acordo com a IN SEDAP nº 205/88. oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Com relação às manifestações apresentadas, verificou-se que o Pró-Reitor de Administração, o Diretor do Hospital Veterinário de Curitiba e o Chefe da Seção de Controle e Execução Orçamentária do Setor de Saúde, não divergiram do que foi apontado. Observou-se que o Diretor do Hospital Veterinário de Palotina também confirmou o fato apontado, mas se justificou informando que inexiste cargo especifico no regimento atual do Hospital Veterinário de Palotina. A justificativa não pôde ser acatada, em vista da existência de fato do almoxarifado, estrutura prevista, inclusive no art. 7º, alínea “a”, item 5 da Resolução nº 35/08 do Conselho de Planejamento e Administração da Universidade Federal do Paraná (COPLAD/UFPR). Assim, a inexistência do cargo no regimento, no máximo, compromete a concessão de gratificação, mas não a formalização da atribuição das tarefas inerentes à gestão de estoques do Hospital a um servidor. Já o Diretor do Setor de Palotina procurou afastar o apontamento, com a apresentação das Portarias que redefiniram o servidor ocupante do cargo de confiança de Secretário do Setor Palotina. De fato, ocorreu a substituição e há coincidência entre os nomes designados para o cargo de Secretário e aqueles mencionados como responsáveis pelo Almoxarifado do Setor. Mas pelo disposto no art. 16 da Resolução nº 101/97-COPLAD, a “Secretaria” e o “Almoxarifado” são duas seções distintas da Unidade Administrativa da Administração do Campus Avançado de Palotina. Dessa forma, a atribuição de responsabilidade pelo almoxarifado não está devidamente definida, já que as Portarias mencionadas não explicitam se as atribuições do ocupante do cargo de Secretário incluem a gestão do Almoxarifado. Em vista disso, manteve-se o apontamento no Relatório Preliminar, sobre o qual o PróReitor de Administração não manifestou discordância. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 146 orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Designar formalmente os responsáveis pelos almoxarifados e permitir a atuação efetiva dos servidores designados nas atividades inerentes ao almoxarife. 3.2 BENS IMOBILIÁRIOS 3.2.1 UTILIZAÇÃO DE IMOBILIÁRIOS 3.2.1.1 CONSTATAÇÃO Não atualização das informações dos imóveis no SPIU e no SIAFI Fato Através da Informação nº 2/2014 – DSG/DPA/UFPR, de 19/02/2014, a Divisão de Patrimônio (DPA) relacionou à CGU 45 imóveis sob a responsabilidade da Universidade, sendo 10 de propriedade de terceiros e 35 de propriedade da União e da própria IFES. Corrigidas as informações da listagem fornecida, que estavam incompatíveis com os valores de imóveis registrados no SPIUnet, verificou-se que essa relação correspondia a um total de R$ 55.561.264,42 em imóveis, valor esse que supera em R$ 15.120.955,71 aquele que estava contabilizado em 31/12/2013, na conta 14211.10.00 - Imóveis de Uso Especial. Como não houve aquisições de imóveis no período que justificassem essa diferença, constatou-se que o exercício de 2013 foi fechado com pendências no cadastramento no SPIUnet dos imóveis a seguir (RIP): - Prédio da PROGEPE (7535006015002); - Pólo da Comunicação (7535006035003); - Imóvel da Rede Ferroviária (7535006055004); - “Seminário” em Palotina/PR (7739000115000); - Laboratório de Aquicultura do Centro de Estudos do Mar, em Pontal/PR (870000235000); e - Sede do Dep. de Artes (7535006095006). Essas pendências foram solucionadas no início de 2014, o que gerou a seguinte consolidação contábil, extraída do SIAFI em 24/02/2014: Elemento Contábil – Descrição 00 - Bens Imóveis 01- Edifícios 02-Glebas e Fazendas 03-Terrenos Dinheiro público é da sua conta Saldo Exercícios Movimento Movimento Anteriores Devedor Credor Saldo Final (R$) (R$) (R$) (R$) 197.131.753,55 15.924.278,53 213.056.032,08 51.995.520,95 51.995.520,95 57.717,03 57.717,03 3.343.800,09 3.343.800,09 www.portaldatransparencia.gov.br 147 06-Salas e Escritórios 10 - Imóveis de Uso Especial 80 - Estudos e Projetos 90 - Obras em Andamento 92 - Instalações 1.470,00 - 40.440.308,71 15.210.955,71 15.234.429,48 78.440.125,09 713.322,82 7.618.382,20 - - 1.470,00 - 55.651.264,42 15.234.429,48 79.153.447,91 7.618.382,20 Fonte: SIAFI No Balancete supra, descontando-se os valores dos Elementos Contábeis “80” e “90”, pelos quais são realizados registros transitórios relativos à construção de novas edificações, observou-se que o saldo da conta de “Bens Imóveis de Uso Especial” – que corresponde aos imóveis registrados no SPIUnet - representa apenas 46,90% do total de registros definitivos de bens imóveis contabilizados no patrimônio da UFPR. Apenas por esse dado, já se pôde inferir que os registros do SPIUnet sobre Bens Imóveis de Uso Especial da UFPR não contempla boa parte das edificações e reformas concluídas ao longo desses anos. Esse entendimento se confirmou quando foram analisados os registros cadastrais do SPIUnet, onde se verificou que: - 32 imóveis estavam com sua avaliação vencida há mais de 4 anos; - 26 dos 35 imóveis da União e da UFPR relacionados na Informação nº 2/2014 – DSG/DPA/UFPR não possuem informações sobre as suas benfeitorias; e - 15 dos imóveis mencionados acima estão sem nenhum dado sobre a área construída neles. Essa situação já poderia estar alterada, pois em cumprimento ao contrato nº 291/2009, a empresa Aeromapas S/A – Cartografia, Informática e Projetos realizou em 2010 a avaliação de quase todos os imóveis dos Campi da UFPR, mas os dados produzidos não foram cadastrados. Para se ter uma dimensão da inconsistência, montou-se o Quadro a seguir com os dados produzidos pela referida empresa, que apontam, somente em relação à amostra escolhida, uma subavaliação de meio bilhão de Reais: Imóvel Valor cadastrado no SPIUnet (R$) Avaliação pela Aeromapa (R$) Diferença Centro de Estudos do Mar Campus Botânico Reitoria Setor Palotina Total Politécnico 32.395,00 825.012,63 3.517.888,49 7.250,00 64.331,88 4.446.878,00 7.006.656,85 176.696.178,75 313.434.942,12 38.737.747,65 34.797.652,10 570.673.177,47 6.974.261,85 175.871.166,12 309.917.053,63 38.730.497,65 34.733.320,22 566.226.299,47 Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 148 Área Total Spiunet (m2) Terreno medido pela Aeromapa (m2) Diferença Área construída SPIUnet (m2) Área construída medida pela Aeromapa (m2) Diferença 15.500,00 286.628,01 741.019,00 7.250,00 113.743,48 1.164.140,49 66.650,94 51.150,94 455.184,19 168.556,18 588.156,44 7.255,00 5,00 161.564,52 47.821,04 1.278.811,09 114.670,60 3.232,90 - 152.862,56 4.506,25 - - 7.739,15 3.667,53 52.301,43 126.269,39 27.070,34 11.520,57 220.829,26 - 434,63 -52.301,43 -121.763,14 -27.070,34 -11.520,57 -213.090,11 Em vista do que foi exposto, concluiu-se que o exercício de 2013 foi encerrado com as seguintes falhas no controle do patrimônio imobiliário da UFPR: - Imóveis com avaliação expirada há mais de 4 anos; - Subavaliação contábil do patrimônio imobiliário da UFPR; e - Imóveis pendentes de cadastro no SPIUnet. Causa o#tF a/ A defasagem nos registros contábeis e cadastrais dos imóveis da UFPR é problema que se arrasta há mais de uma década, e que tem sido objeto de apontamentos pela CGU, a exemplo dos Relatórios de Auditoria nº 070342 (Contas de 2000), 116402 (Contas de 2002) e 201114352 (contas de 2010). Para tentar solucionar a questão, contratou em 2009 a empresa Aeromapa S/A para fazer o levantamento, a avaliação e a regularização dos imóveis pertencentes à UFPR, sendo o último serviço, aquele que tem trazido maiores dificuldades de solução e o que tem postergado a conclusão do objeto contratual. Em vista da não conclusão do contrato e da baixa interação entre os três órgãos cujas atribuições tem repercussão na gestão do patrimônio imobiliário da UFPR, a PCU não forneceu os laudos de avaliação dos imóveis à Divisão de Patrimônio, para atualização dos cadastros. Como se tratam de órgãos subordinados à Pró-Reitoria de Administração, esta unidade falhou na supervisão dos subordinados. Foi avaliado, ainda, com relação a não individualização das edificações e dos terrenos cadastrados no SPIUnet, que a Diretoria da Divisão Contábil deveria ter efetuado uma crítica sobre os registros dos imóveis e instado a Divisão de Patrimônio sobre a Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 149 necessidade de se cumprir o disposto no item 3.1.4.3 da Macrofunção SIAFI nº 021107, os “terrenos e os edifícios são ativos distintos e são registrados de forma separada para os fins contábeis, inclusive quando adquiridos prontos...”. u#asC / Manifestação da Unidade Examinada Foram solicitados esclarecimentos para as situações relatadas através das seguintes Solicitações de Auditoria (SA) nº 201404825/016 (de 07/04/2014), 201404825/021 (de 28/04/2014) e 201404825/027 (de 14/05/2014), as quais foram respondidas conforme a seguir: a) Desatualização das Avaliações de Imóveis cadastrados no SPIUnet. Através do Ofício nº 204/204-AUDIN/UFPR, foi encaminhada a Informação nº 05/2014 DSG/DPA, prestada pela Diretora da Divisão de Patrimônio da UFPR, J. P. C. C.(XXX.040.329-XX): “Conforme o exposto no item 1.6, não temos pessoal habilitado a efetuar a avaliação dos imóveis e nem temos acesso a avaliação municipal via IPTU, pois a regularização dos imóveis ainda não foi concluída pela empresa contratada para este fim em 2009 a AEROMAPA”. b) Não utilização das avaliações já produzidas pela empresa Aeromapas para atualizar o valor patrimonial dos imóveis da UFPR. Através da Informação nº 06/2014 DSG/DPA, a Diretora da Divisão de Patrimônio da UFPR informou: “Referente às avaliações dos imóveis, estava havendo a implantação e reavaliação pelo CUB para aqueles imóveis que possuem registro das edificações. A AEROMAPA disponibilizou a documentação, apenas este mês, referente aos imóveis de propriedade da UFPR, com base na qual esta sendo feito o processamento do registro dos mesmos. Pelo grande contingente de informações a serem processadas e adicionadas ainda restam pendências, as quais estão sendo prontamente sanadas com base na avaliação dos laudos por eles disponibilizados. Ressalto ainda que os processos inerentes aos imóveis do Hospital das Clinicas estão sob a responsabilidade da Contabilidade do Hospital para ser efetuado o registro”. c) Ausência de segregação cadastral dos terrenos e das edificações neles erguidas, bem como a ausência de registros sobre benfeitorias e construções nesses imóveis. Através da Informação nº 062/2014/DCF, a Diretora da Divisão Contábil do DCF, D. M. M. W. dos S. (CPF nº XXX.914.599-XX), informou que: “Estamos solicitando da área competente as informações necessárias para posterior regularização visto que o próprio DSG/DPA possui no SPIUNET somente o registro dos terrenos”. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 150 Posteriormente, em atenção ao Relatório Preliminar que consolidou a falha apontada, a Pró-Reitoria de Administração da UFPR protocolou a seguinte manifestação: “Em função da Solicitação de. Auditoria nº 201404825/035, foi instaurado processo nº 23075.022780/2014-84 com vistas a definição das rotinas relativas ao inventario de bens imóveis garantindo a qualidade das informações cadastradas no SPIUnet e nos respectivos registros contábeis”. oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Para as falhas apontadas, não foram oferecidas contestações, razão pela qual foram mantidos os apontamentos. orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Com base nas informações já disponíveis entregues pela empresa contratada promover: - atualização do SPIUnet; - atualização das informações contábeis e financeiras no SIAFI; e - atualizar as informações no cadastro de patrimônio da Divisão de Patrimônio. Dar continuidade ao processo de levantamento, reavaliação e regularização dos imóveis. 3.2.1.2 CONSTATAÇÃO Impropriedades no registro contábil dos imóveis. Fato Foi realizada uma avaliação amostral dos valores dos bens imóveis registrados no SIAFI, até 31/12/2013, sendo identificados R$ 16.122.138,38 inapropriadamente contabilizados: Quadro RC 1 Item Impropriedade R$ 2.537.500,00 – contabilizados em duplicidade Descrição a) R$ 2.100.000,00 contabilizados em duplicidade nas contas 142110100 – Edifícios (“a”) e 142110300 – Terrenos (“c”), relativos aos imóveis adquiridos do CREA-PR, em 2010, sendo que os mesmos foram consolidados no RIP 7535004985004, contabilizado na conta 142111001 - Imóveis Residencial/Comercial; e b) R$ 437.500,00 contabilizados em duplicidade, tendo em vista que o valor é referente ao imóvel situado à rua Padre Camargo, 453, que estava registrado tanto pela Unidade Gestora do Hospital de Clínicas, quanto pela UFPR, sob o RIP 7535005805000. R$ 900.000,00 indevidamente incorporados ao patrimônio da UFPR. c) R$ 900.000,00 em despesas do Projeto de Estudos Ambientais da Rodovia BR 262/MS, foram contabilizadas como acréscimo ao patrimônio imobiliário da UFPR, na conta contábil “142118000 Estudos e Projetos”, sendo que a rodovia é um bem de uso comum, submetido à contabilidade da Unidade A B Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 151 Item Impropriedade Descrição Gestora da Direção Nacional do DNIT (UG 393003). R$ 5.516.723,59 referentes a imóveis de outras UGs. d) R$ 2.000.000,00 de imóvel pertencente à UNILA, contabilizados na conta contábil “142110100 – EDIFICIOS”; e C e) R$ 3.516.723,59 referentes a obras já encerradas do IFPR, contabilizados na conta “142119100 - Obras em Andamento”. R$ 7.167.914,79 referentes a valores de obras da UFPR encerradas, mas não baixadas da conta “142119100 Obras em Andamento”. D f) Saldos não baixados dos seguintes contratos já encerrados: Contratos nº 47/2005, 57/2009, 45/2010, 247/2010, 271/2010, 136/2011, 195/2011, 302/2011, 316/2011, 36/2012, Convite nº 145/2002, Tomadas de Preços nº 21/2008 e Concorrências nº 53 e 96/2008. Posteriormente, foram observados lançamentos realizados em 27/01/2014 e 18/02/2014, os quais, embora não pertençam ao exercício financeiro avaliado, merecem ser mencionados, já que são da mesma natureza. Nessas datas, a Divisão de Patrimônio da UFPR cadastrou no SPIUnet os imóveis a seguir, sem realizar a baixa dos valores originalmente contabilizados nas contas do Elemento “00 – Bens Imóveis”, gerando a duplicidade contábil de R$ 11.692.693,45: Quadro RC 2 Valor em duplicidade R$ Item Imóvel RIP Conta Contábil A Pólo de Comunicação da UFPR. 7535006045009 8.100.000,00 142110100 – Edifícios B Imóvel da PROGEPE. 7535006025008 142110100 – Edifícios; e 1.138.000,00 142110300 – Terrenos C Setor de Palotina, - Seminário 7739000125006 1.965.000,00 142110300 - Terrenos Novamente em relação ao exercício de 2013, foi verificado que dos R$ 19.555.048,23 registrados na conta “Obras em andamento”, R$ 18.048.294,94 foram contabilizados na conta corrente genérica “999”, sendo que essa quantia se refere a quase 30 obras diferentes, espalhadas por 7 campi da UFPR, dificultando a individualização dos investimentos e a obtenção de uma visão clara acerca das benfeitorias realizadas nos imóveis da UFPR. Por fim, foi identificada a ausência de baixa contábil do valor de R$ 51.402,03, registrados em 1996 na conta 142110200 Glebas e Fazendas, referente ao recebimento de imóvel doado pela Prefeitura de Palotina/PR (processo nº 6939/96-52), sendo que o imóvel referente ao Campus da Universidade no Município está contabilizado na conta 142111007 - Imóveis de Uso Educacional, sob o RIP 7739000085004. o#tF a/ Causa Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 152 A PCU ao promover a liquidação e o pagamento das últimas parcelas de obras da UFPR deixou de baixa-las da conta “Obras em Andamento”, ou ainda de notificar o DCF sobre a necessidade de realizar tal procedimento. Com relação aos imóveis contabilizados em duplicidade, observou-se que a DPA realizou cadastramentos no SPIUnet, sem observar que os desdobramentos contábeis do procedimento. Já o DCF não procedeu revisões analíticas nos saldos contábeis registrados no SIAFI para realizar a devida correção dos registros. Concluiu-se, assim, que é falho o fluxo de informações entre os setores envolvidos, provavelmente em decorrência da indefinição de um órgão para liderar e coordenar todo o conjunto de procedimentos relativos ao patrimônio imobiliário da Universidade, posto que as competências funcionais estão dispersas. u#asC / Manifestação da Unidade Examinada Esclarecimentos sobre as situações relatadas foram requisitados através das Solicitações de Auditoria (SA) nº 201404825/016 (de 07/04/2014) e 201404825/021 (de 28/04/2014), as quais foram respondidas conforme a seguir: - Informação encaminhada através do Ofício nº 204/204 da Auditoria Interna da UFPR (AUDIN/UFPR) em 23/04/2014, subscrita pelo Pró-Reitor de Administração em exercício, J. C. P. B. (CPF XXX.173.629-XX), contendo os seguintes esclarecimentos às impropriedade listadas nos Quadros RC1 (itens “A”, “B” e “C”) e RC2, em atenção à SA nº 201404825/016: Procedemos às baixas conforme informado acima e cópias das Notas de Lançamentos em anexo por entendermos serem devidas, e atribuímos a causa da demora nas mesmas tendo em vista os lançamentos automáticos pelo sistema SIAFI no momento da liquidação do empenho nas contas de bens imóveis e à falta de comunicação entre a Divisão de Patrimônio com a Divisão de Contabilidade no que tange ao registro no cartório de imóveis e apropriação no Spiunet. Estamos providenciando processo solicitando à Divisão de Patrimônio uma rotina que possibilite a interação das informações com tempestividade atendendo ao princípio contábil da oportunidade. - Informação nº 062/2014/DCF encaminhada via E-mail pela AUDIN/UFPR em 14/05/2014), contendo os esclarecimentos a seguir, a respeito do item “D” do Quadro RC1 e RC2, do Quadro RC1, em atenção à SA nº 201404825/021: a) Ausência de baixa contábil de Obras concluídas, cujos saldos permanecem contabilizados na Conta provisória “142119100 - Obras em Andamento”: A Divisão de Contabilidade somente efetua as baixas de obras em andamento com base em documentos comprobatórios de conclusão das mesmas emitidas pelos setores competentes PCU e/ou DSG/DPA aos quais estamos solicitando para posterior regularização. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 153 b) Permanência na Conta provisória “142119100 - Obras em Andamento” de valores referentes a contratos já encerrados do Instituto Federal do Paraná: Providenciamos a baixa tendo em vista que todos os contratos foram sub-rogados para o IF-PR em 2009. Efetuamos os documentos: - 2014NL001867; - 2014NL001868; - 2014NL001870; - 2014NL001871; - 2014NL001872; e - 2014NL001873. - Manifestação encaminhada por E-mail pela AUDIN/UFPR, em 23/05/2014, contendo a informação prestada pelo Departamento de Contabilidade e Finanças da UFPR (DCF), a respeito da ausência de baixa contábil da conta 142110200 Glebas e Fazendas, do imóvel onde está situado o Campus de Palotina, atualmente registrado sob o RIP 7739000085004: Efetuamos a baixa através da 2014NL002014 em 20/05/2014 atendendo ao princípio da oportunidade tendo em vista a relevância da informação. Posteriormente, em atenção ao Relatório Preliminar que consolidou a falha apontada, a Pró-Reitoria de Administração da UFPR protocolou a seguinte manifestação: Em função da Solicitação de. Auditoria nº 201404825/035, foi instaurado processo nº 23075.022780/2014-84 com vistas a definição das rotinas relativas ao inventario de bens imóveis garantindo a qualidade das informações cadastradas no SPIUnet e nos respectivos registros contábeis. oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Em que pese as correções das impropriedades, elas só foram procedidas depois de notificadas pela CGU, ficando evidenciado que a escrituração do patrimônio imobiliário da UFPR carece de um fluxo de trabalho mais organizado, de modo que haja integração e coordenação entre a Divisão de Patrimônio, Departamento de Contabilidade e Finanças e Prefeitura da Cidade Universitária, no registro contábil dos eventos relacionados à aquisição e gestão de imóveis, bem como, da adoção de rotinas de revisão desses lançamentos. Com relação à manifestação apresentada em atenção ao Relatório Preliminar, o PróReitor de Administração informou ter iniciado processo para realização de ajustes nos procedimentos de gestão de imóveis da UFPR. orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Recomenda-se a definição e a normatização de uma sequência operacional contendo o fluxo de trabalho de contabilização de obras em andamento, de Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 154 aquisição, registro, cadastramento e reavaliação de imóveis, a qual deve ser divulgada e implementada pelas unidades incumbidas de participar do fluxo de trabalho. Recomendação 2: Recomenda-se que, na normatização proposta, seja definida uma unidade central com a missão de coordenar as atividades de levantamento, reavaliação, registro e regularização imobiliária, realizadas pelo DCF, PCU e DPA. Recomendação 3: Independentemente da normatização recomendada acima, recomenda-se que o DCF adote procedimentos de revisão periódica dos saldos contabilizados nas contas referentes ao patrimônio imobiliário da UFPR. 3.2.1.3 CONSTATAÇÃO Necessidade de melhorias/reparos para adequação do ambiente de aula. Fato Para avaliar a infraestrutura das instalações de ensino da UFPR foram visitados os prédios a seguir: - Edifício do Setor de Ciências Sociais Aplicadas, onde são lecionados os cursos de Administração, Contabilidade Economia e Gestão da Informação; - Bloco do curso de Engenharia Química do Campus Politécnico; - Bloco Didático II do Setor de Saúde onde são lecionados os cursos de Enfermagem e Terapia Ocupacional; e - Bloco de Laboratórios do Curso de Farmácia. Foram superficialmente avaliadas as instalações elétricas e não foram identificados condutores expostos ou desencapados nas salas visitadas. Faz-se ressalva, contudo às instalações do Laboratório de Farmaco Técnica I e II, no Bloco de Farmácia, onde foi observada instalação elétrica montada sobre divisória de madeiras, onde embora haja tubulação isolando a fiação, as tomadas oferecem risco por estarem instaladas sobre material inflamável. Com relação à iluminação das salas, foi considerada suficiente, não tendo sido observadas lâmpadas com defeito. Com relação à estrutura de combate e prevenção de incêndios, foi identificado que a manutenção de dispositivos de combate a incêndio é realizada no âmbito do contrato nº 109/2011, firmado com a empresa Extinorpi Extintores do Norte Pioneiro Ltda EPP – ME. No que diz respeito aos Projetos, a PCU informou que: “todos os imóveis com conclusão das obras após o ano de 2012, inclusive, encontram-se atualizados com Projetos de Prevenção e Combate a Incêndios, estando suas instalações adequadas com a implantação dos sistemas previstos em projeto e executados em obra”. Já os Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 155 imóveis antigos estariam com projetos desatualizados, estando em andamento novos Projetos para: a) Prédio Central; b) Complexo dos Edifícios da Reitoria e DCE; c) Usinas Piloto A e B no Campus Centro Politécnico; d) SEPT – Setor de Educação Profissional e Tecnológica (Centro de Eventos) no Campus Centro Politécnico; e e) Centro de Estudos do Mar. Não foram observadas irregularidades no piso das salas de aula que possam comprometer a locomoção dos alunos, mas é oportuno mencionar que no Laboratório Farmacognosia (Bloco de Farmácia) há fissuras nas paredes, embora o local tenha sido reformado em 2013. No mesmo bloco, também foram observadas rachaduras no corredor e nos azulejos do Laboratório de Farmaco Técnica I e II. Algumas rachaduras também foram observadas no Bloco do curso de Engenharia Química, inaugurado em março de 2012. Rachadura observada na parede da sala da Coordenação do curso de Eng. Química. À dir. o espaço entre a parede e a janela, por onde vazariam ruídos de uma sala para outra. Em relação ao pé direito das salas de aula visitadas, não foram identificadas irregularidades. Foi verificado se nas salas visitadas havia sinais infiltrações, goteiras, vazamentos e observado a existência de manchas no teto do Bloco do curso de Engenharia Química e Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 156 do Laboratório de Farmaco Técnica I e II (Bloco de Farmácia). Nas salas visitadas do Edifício do Setor de Ciências Sociais Aplicadas, foram identificados sinais de umidade sobre o Quadro Negro de uma das salas. Foi identificado, ainda, que o setor é grande demandante de reparos de infiltrações. Sinais de umidade sobre a lousa da sala 017 – Bloco de Ciências Sociais Mancha observada no teto do corredor da Coordenação do curso de Eng. Química Mancha sobre a Capela do Laboratório de Farmaco Técnica I e II (Bloco de Farmácia). Dinheiro público é da sua conta Sinais de umidade o Laboratório de Farmaco Técnica I e II (Bloco de Farmácia). www.portaldatransparencia.gov.br 157 Com relação ao conforto térmico das salas, foi verificado que todas as salas visitadas possuem janelas, equipadas com persianas ou cortina para obstruir a entrada de luz solar em excesso. Quanto à existência de dispositivos para conforto térmico, verificou-se que a maioria das salas não dispõe de equipamentos para fazer face ao frio do inverno curitibano. No Bloco Didático II do Setor de Saúde, as salas contam apenas com ventiladores. No Edifício da Engenharia Química, não há dispositivos de conforto térmico instalados, mas existem ventiladores encaixotados na sala de microcomputadores, aguardando instalação. No Bloco de Ciências Sociais Aplicadas não foram observados dispositivos de conforto térmico nas salas de aula visitadas, mas há outros ambientes com ar-condicionado tipo “splits” instalados. No Bloco de Farmácia, o Laboratório de Farmaco Técnica I e II conta com dois aparelhos de ar-condicionado de janela, sendo que um deles foi adquirido pelos próprios funcionários. Já no laboratório de Farmacognosia não foram observados ventiladores ou aparelhos de ar condicionado instalados. Não foi percebido nível de ruído suficiente para perturbar as atividades na ocasião das visitas, mas no Bloco de Engenharia Química foram relatadas queixas em relação às salas localizadas no lado do prédio voltado para a Usina Piloto, onde as paredes que separam as salas não se unem à parede que delimita a lateral do imóvel, formando um vão pelo qual vaza o ruído produzido na sala vizinha. Sobre a acessibilidade dos edifícios, verificou-se que o Bloco de Farmácia não está adaptado a receber deficientes. Não há banheiros adaptados para pessoas com dificuldades de locomoção, nem sinalização táctil para deficientes visuais. Os professores consultados consideram o curso inviável para pessoas com essa condição. Nos demais prédios foram identificados acessos por meio de rampas, elevadores e banheiros para pessoas com dificuldades de locomoção, mas nenhuma sinalização táctil para deficientes. No Edifício do Setor de Ciências Sociais Aplicadas foi identificado que o acesso externo à cantina é dificultado, pois na calçada há árvores que atrapalham o trânsito de cadeirantes e o acesso é por escada. Também nesse edifício há queixas a respeito da usabilidade dos lavatórios dos banheiros adaptados, por cadeirantes. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 158 Acesso externo à Cantina do Bloco de Ciências Sociais Aplicadas Os equipamentos escolares foram considerados suficientes, pois não foi observada a falta de carteiras e mesas para os alunos. Em geral, elas são novas, na sua maioria constituída de estrutura em ferro, com tampos e assentos em fórmica. No Bloco de Ciências Sociais Aplicadas, elas são mais confortáveis, pois os assentos são almofadados. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 159 Sala 017 – Bloco de Ciências Sociais Aplicadas Sala 08 Bloco Didático II do Setor de Saúde (curso de Enfermagem) No Bloco de Farmácia, o reformado Laboratório de Farmacognosia foi equipado com novos bancos altos em madeira, com assentos forrados em couro. Já o Laboratório de Farmaco Técnica I e II conta com cadeiras, que embora estivessem em condições de uso, apresentavam rasgos. Banco novo do Laboratório de Farmacognosia Cadeiras com rasgo - Laboratório de Farmaco Técnica I e II Os quadros negros, em geral, estavam em bom estado, mas no Laboratório de Farmaco Técnica I e II, as duas peças que o compõem estavam se soltando. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 160 Lousa da sala EQ14 em bom estado Lousa do Laboratório de Farmaco Técnica I e II, com peças se desprendendo Na maioria das salas visitadas, o layout não guardava a distância mínima 2,50m do quadro até a primeira fileira de carteiras. Sala 4 – Engenharia Química. A distância da 1ª carteira até o Quadro Negro é de aproximadamente 1m Dinheiro público é da sua conta Sala 14 – Engenharia Química. Nesta sala, a distância da lousa para a 1ª carteira foi de 2,60m www.portaldatransparencia.gov.br 161 Em geral, as salas não possuem equipamentos individuais de projeção por sala (à exceção do curso de Enfermagem, no Bloco II de Saúde), mas contam com infraestrutura suspensa para instalação de projetores. Sala 7 – Curso de Enfermagem Infraestrutura para equipamento de projeção (Sala 017 – Ciências Sociais Aplicadas) Conforme relatado, em termos gerais, as condições físicas oferecidas pela UFPR são boas, existindo pequenos itens a serem melhorados/reparados, conforme segue: - ocorrência de infiltrações/umidades que aceleram a deterioração do imóvel e podem danificar bens móveis afetados; - acessibilidade para portadores de necessidades especiais no Bloco de Farmácia e na cantina do Setor de Ciências Sociais e Aplicadas; - sinalização táctil para deficientes visuais; e - distância mínima de 2,5 entre a lousa e a primeira fila de carteiras. Causa o#tF a/ Deficiência de ambiente físico inerente ao porte da UFPR (mais de 200 edificações). u#asC / Manifestação da Unidade Examinada Em função dos fatos relatados, foi expedida à UFPR a Solicitação de Auditoria nº 201404825/035, de 29/05/2014, para que os gestores da Universidade se manifestassem sobre o teor dos apontamentos realizados sobre os almoxarifados inspecionados. Até a data limite de 13/06/2014 do prazo consignado na Solicitação de Auditoria, não foi apresentada nenhuma manifestação por parte da UFPR. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 162 Posteriormente, em atenção ao Relatório Preliminar que consolidou as falhas apontadas, a Pró-Reitoria de Administração da UFPR protocolou a seguinte manifestação: Em que pese a CGU não tenha efetuado nenhuma recomendação sobre questões de manutenção e conservação nas edificações existentes é importante registrar que a UFPR possui contrato de manutenção predial regular. As situações que demandam intervenções mais complexas são realizadas em contratos específicos. oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Tendo em vista a ausência de contestações, os apontamentos foram mantidos. orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Recomenda-se a avaliação da necessidade de promover os pequenos reparos indicados no presente item. 3.2.1.4 INFORMAÇÃO Prédios Construídos nos últimos cinco anos. Fato Com base nos contratos firmados pela UFPR nos últimos 5 anos, foram identificados 15 prédios novos construídos e inaugurados nesse período. Essas obras receberam investimentos de R$ 34.328.949,70, sendo R$ 26.344.134,27 em recursos do Reuni. Os prédios identificados foram: Identificação do Prédio Laboratório de Materiais do Departamento de Mecânica. Edificio das Salas de Aulas (Bloco II) Centro de Pesquisa em Pequenos Ruminantes Centro de Convivência do Setor de Ciências Sociais Aplicadas Anexo I - Prédio da Farmacologia Setor de Ciências Biológicas Restaurante Universitário e Cisterna Ginásio da Escola Técnica Novo Bloco com Salas de Aulas e Anfiteatro Bloco 09 (Didático III) de Salas de Aulas de Palotina Dinheiro público é da sua conta Origem dos Recursos Observação REUNI Campus Centro Politécnico REUNI REUNI e Outros Programas Federais REUNI e Outros Programas Federais REUNI e Reestruturação e Expansão de Instituições Federais de Ensino Superior REUNI e Reestruturação e Expansão de Instituições Federais de Ensino Superior REUNI e Reestruturação e Expansão de Instituições Federais de Ensino Superior REUNI e Outros Programas Federais Campus Palotina REUNI Campus Palotina Campus Botânico Campus Centro Politécnico Campus Botânico Setor de Educação Profissional e Tecnológica – SEPT Campus Agrárias Campus Palotina www.portaldatransparencia.gov.br 163 Edifício Administrativo do Curso de Engenharia Química Edifício da Terapia Ocupacional e Enfermagem Edifício do Laboratório de Aquicultura, Pontal do Paraná Bloco de Laboratórios de Aulas Práticas - Bloco 08 Bloco Didático do Setor de Ciências Sociais Aplicadas (ampliação). Anexo "A" Edifício Teixeira Soares (EX-RFFSA) REUNI e Outros Programas Federais REUNI e Outros Programas Federais REUNI e Outros Programas Federais REUNI e Outros Programas Federais REUNI e Outros Programas Federais REUNI e Outros Programas Federais Campus Centro Politécnico Campus Botânico Campus Pontal Campus Palotina Campus Botânico Campus Rebouças o#tF a/ 3.2.1.5 INFORMAÇÃO Prédios que receberam reformas nos últimos cinco anos. Fato Com base nos valores empenhados a partir de 2009 para obras e serviços de engenharia, foram identificados 54 prédios que receberam, ou vem recebendo, algum tipo de reforma, em toda ou em parte da sua estrutura, nos últimos cinco anos, conforme relação a seguir: Identificação do Prédio Prédio Central do Setor de Ciências Agrárias Origem dos Recursos Observação Outros Programas Federais Campus Agrárias REUNI e Outros Programas Federais Campus Agrárias Outros Programas Federais Campus Agrárias Outros Programas Federais REUNI e Outros Programas Federais Campus Agrárias Campus Agrárias REUNI Campus Agrárias REUNI Campus Agrárias Outros Programas Federais Campus Agrárias Outros Programas Federais Campus Agrárias Biblioteca Central da UFPR. Outros Programas Federais Campus Central Capela da Reitoria, Campus Centro Outros Programas Federais Campus Central Ed. D. Pedro II (Farmácia Escola) Outros Programas Federais REUNI e Outros Programas Federais Campus Central Bloco Fitotecnia Agrárias Central de Transporte, Campus Agrárias Departamento de Solos, Campus Agrárias Hospital Veterinário Laboratório de Nutrição do Departamento de Zootecnia, Setor de Ciências Agrárias Laboratório de Patologia de Sementes, Campus Agrárias Laboratório de Usinagem da Madeira no Setor de Agrárias Restaurante Universitário da Agrárias Edifício D. Pedro I, Campus Centro Dinheiro público é da sua conta Campus Central www.portaldatransparencia.gov.br 164 Identificação do Prédio Edifício Teixeira Soares (EXRFFSA), Campus Rebouças, ampliação do Campus Central da UFPR. Edifício Ubaldino do Amaral da UFPR (EX-Polícia Federal). Origem dos Recursos REUNI e Outros Programas Federais Observação Campus Central Prédio Central REUNI REUNI e Outros Programas Federais Campus Central Reitoria - Campus Centro. Outros Programas Federais Campus Central Restaurante Universitário Central Outros Programas Federais Campus Central Setor de Saúde - Campus Centro Outros Programas Federais Campus Central Teatro da Reitoria, Campus Centro Biblioteca dos Setores de Exatas e Tecnologia - Campus Centro Politécnico. Bloco Didático de I - Campus centro Politécnico Bloco Didático de II - Campus centro Politécnico Bloco Didático de III - Campus centro Politécnico Bloco Didático de IV - Campus centro Politécnico Bloco Didático de V - Campus centro Politécnico Bloco Didático de VI - Campus centro Politécnico REUNI Campus Central REUNI e Outros Programas Federais Campus Politécnico REUNI Campus Politécnico REUNI Campus Politécnico REUNI Campus Politécnico REUNI Campus Politécnico REUNI Campus Politécnico REUNI Campus Politécnico Outros Programas Federais REUNI e Outros Programas Federais Campus Politécnico Outros Programas Federais Campus Botânico Outros Programas Federais Campus Botânico REUNI Campus Botânico Outros Programas Federais Campus Botânico Outros Programas Federais Campus Botânico REUNI REUNI e Outros Programas Federais Campus Botânico Bloco PC do Setor de Exatas Prédio da Administração - Campus Politécnico Departamento de Engenharia Florestal, Setor de Ciências da Terra Prédio da Farmácia Campus Botânico Anexo I - Prédio do Setor de biológicas Biblioteca do Setor de Ciências Biológicas Bloco Farmácia - Campus Botânico Bloco Farmácia (Laboratório de Farmacognosia) Campus Botânico Prédio do Setor de biológicas Serviço de Radiologia da Odontologia Setor de Saúde - Campus Botânico Dinheiro público é da sua conta Outros Programas Federais REUNI e Outros Programas Federais Campus Central Campus Politécnico Campus Botânico Campus Botânico Campus Botânico www.portaldatransparencia.gov.br 165 Identificação do Prédio Bloco 4 Campus II da Escola Técnica da UFPR. Origem dos Recursos REUNI Escola Técnica Outros Programas Federais Observação Setor de Educação Profissional e Tecnológica – SEPT Setor de Educação Profissional e Tecnológica – SEPT Bloco Administrativo Outros Programas Federais Campus Matinhos Centro de Artes Outros Programas Federais Campus Matinhos Prédio de Salas de Aulas Outros Programas Federais Centro de Estudos do Mar, Pontal do REUNI e Outros Programas Sul Federais REUNI e Outros Programas Biblioteca Campus Palotina Federais Hospital Veterinário, Centro Cirúrgico de Grandes Animais, Campus Palotina REUNI Prédio de Administração - Campus Palotina. REUNI Restaurante Universitário, Campus REUNI e Outros Programas Palotina Federais Sala de Aquicultura, Campus REUNI e Outros Programas Palotina Federais Campus Matinhos Campus Pontal Campus Palotina Campus Palotina Campus Palotina Campus Palotina Casa Saza Lattes Outros Programas Federais Prédio da Maternidade Outros Programas Federais Campus Palotina Hospital e Maternidade Victor Ferreira do Amaral Hospital e Maternidade Victor Ferreira do Amaral Barracão de Inservíveis REUNI Fazenda Canguiri Galpões Bovinocultura REUNI Fazenda Canguiri Barracão REUNI Fazenda Canguiri O montante empenhado nessas obras soma R$ 35.937.029,94, sendo R$ 25.503.143,42 em recursos do REUNI. o#tF a/ 3.2.1.6 INFORMAÇÃO Prédios não reformados nos últimos cinco anos. Fato Com base nos valores empenhados a partir de 2009 para obras e serviços de engenharia, lista-se a seguir as edificações da Universidade que não tiveram reformas contratadas nos últimos cinco anos: Identificação do Prédio Churrasqueiras / Vestiários Residências - 5 Unidades Dinheiro público é da sua conta Origem dos Recursos - Observação Campus Agrárias Campus Agrárias www.portaldatransparencia.gov.br 166 Identificação do Prédio Origem dos Recursos Centro Acadêmico De Med. Veterinária Diretório / Cantina Insetário Estufa / Casa Da Vegetação Fitopatologia Clínica Fitopatólogia Oficina Casa De Madeira Pré-Fabricada Almoxarifado De Produtos Químicos Manutenção Oficina Didática Sub-Prefeitura Biblioteca Laboratório De Microbiologia E Histologia Laboratóio De Preparo De Amostras De Solo Aquicultura Depto. De Zootecnia - Gabinetes Depto. De Zootecnia - Metabolismo Lab. De Diagnósticos - Prof. Mário Henrietti Assoc. De Professores E Funcionários Churrasqueiras / Vestiários Salão De Festas Depto. De Medicina Veterinária Cantina / Labea Labmor - Grasp Laboratório De Ornitopatologia Bloco De Salas De Aula E Anfiteatro Núcleo De Concursos Gráfica Laboratório De Epidemiologia Depósito De Inservíveis Pólo da Comunicação Imprensa Universitária Estúdio Tv / Comunicação E Gabinetes Sala De Estudos (Laboratório Ass. Imprensa) - Dinheiro público é da sua conta - Observação Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias - Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias - Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Campus Agrárias Pólo da Comunicação Pólo da Comunicação Pólo da Comunicação Pólo da Comunicação www.portaldatransparencia.gov.br 167 Identificação do Prédio Refeitório Cantina Agência Júnior Casa Da Estudante Diretório Central Dos Estudantes Prédio Principal Prédio Anexo Prédio Principal PRÉDIO (Edifício Policlínica Garcez Do Nascimento) Prédio Anexo B Nutrição Áreas Comuns Setor De Ciências Sociais Aplicadas Sub-Prefeitura Refeitório, Manuteção E Churrasqueira Almoxarifado Odontologia Cabine De Força Centro De Pesquisas Em Biomassa E Sequestro De Carbono Construção (Museu Mirim) Casa De Força Almoxarifado Central Casa De Funcionário Depto. De Educação Física Instalações Utilizadas Pela Copel Cabine De Força Biotério Farmacologia (Anexo Antigo) Setor De Ciências Biológicas Estufas Botânicas Laboratório Marcadores Moleculares Astronomia / Meteorologia Guarita Guarita Cepa (Em Construção) Usina Piloto A Usina Piloto B Dinheiro público é da sua conta Origem dos Recursos - Observação Pólo da Comunicação Pólo da Comunicação Pólo da Comunicação Casa do Estudante Casa do Estudante Pró Reitoria de Gestão de Pessoas - PROGEPE Pró Reitoria de Gestão de Pessoas - PROGEPE Departamento de Artes – Deartes - No Centro de Curitiba Campus Rebouças Campus Botânico Campus Botânico Campus Botânico Campus Botânico Campus Botânico Campus Botânico Campus Botânico Campus Botânico Campus Botânico Campus Botânico Campus Botânico Campus Botânico Campus Botânico Campus Botânico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico www.portaldatransparencia.gov.br 168 Identificação do Prédio Origem dos Recursos Novo Restaurante Universitário Centro De Convivência Prefeitura Da Cidade Universitária Salão De Provas Laboratório De Pesquisas Hidrogeológicas Centro De Pesquisas Arqueológicas Química Bloco I Química Bloco Ii Bloco De Sala De Aula Ciências Da Terra Banco Itaú Instalações Usadas Pela Copel Instalações Usadas Pela Copel Almoxarifado De Química Almoxarifado De Química Engenharia Elétrica Casa Iii 35 -Instalações Usadas Pela Copel 35 A - Instalações Usadas Pela Copel Departamento De Hidráulica Departamento De Hidráulica Laboratório De Motores Térmicos Casa De Caldeiras / Máq. Térmicas Lamir Lamir Laboratório De Máquinas Hidráulicas Cesão (Antiga Editora Ufpr) Residência De Funcionário Antigo Restaurante Universitário Instalações Usadas Pela Copel Casa De Força Instalações Usadas Pela Simepar Instalações Usadas Pela Copel Instalações Usadas Pela Copel Depósito De Inservíveis Almoxarifado Pcu Antiga Fundição Laboratório De Máquinas Operatrizes Construções Lame / Cesec - Dinheiro público é da sua conta - Observação Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico www.portaldatransparencia.gov.br 169 Identificação do Prédio Origem dos Recursos Construções Lame / Cesec Lame / Cesec (Copel) Diretório Dos Estudantes Vestiário / Campo De Futebol Secretaria Ced - Lappes Vestiário Ced Musculação / Práticas Esportivas Cancha Coberta Ced Piscina Coberta Ced Escritório Universitário Assufepar (Piscina) Assufepar (Salão De Festas) Assufepar (Ginásio) Associação Dos Professores Associação Dos Professores Residência De Funcionário Cabine De Controle / Pista De Atletismo Escola Técnica Da Ufpr - Bloco Principal Escola Técnica - Bloco 2 Escola Técnica - Bloco 3 Escola Técnica - Bloco 5 Cabine De Força Cetrefa Administração Setor De Vendas Barracão New Holland Centro De Treinamento New Holland/Case Escritórios Anexos Da New Holland Oficina Marcenaria Estacionamento Sala De Campo Olericultura/Almoxarifado Edificação "1" Edificação "2" Edificação "3" Edificação "4" Fábrica De Lacticínios E Anexo Salas De Aula - Montana Plantas Medicinais - Dinheiro público é da sua conta Observação Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico - Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Campus Politécnico Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri www.portaldatransparencia.gov.br 170 Identificação do Prédio Origem dos Recursos Cabana Churrasqueira Aviários Tecnoesse Criatório De Coelhos Pequenos Depósitos Barracão Com Camara Fria Incubadora Abatedouro Depósito Pocilgas Residência "1" Residência "2" Residência "3" Serraria Galpão De Ovinos E Caprinos Barracão (Ovinos E Caprinos) Residência Salas De Ordenha Residência Casa Do Auxiliar Edícula Residência De Madeira Floricultura/Salas De Aula Residência Do Diretor Residência De Funcionário Laboratório De Fruticultura Casa Floresta Silos Metálicos Salas De Aula E Gabinetes - Bloco 2 Laboratório - Bloco 3 Nutrição - Bloco 4 Laboratório De Anatomia - Bloco 5 Laboratórios - Bloco 6 Gabinetes E Salas De Aula - Bloco 7 Gabinetes E Salas De Aula - Bloco 9 Canil Biotério Aviário - Observação Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Fazenda Canguiri Campus em Palotina Campus em Palotina Campus em Palotina Campus em Palotina Campus em Palotina Campus em Palotina Campus em Palotina Campus em Palotina Campus em Palotina Campus em Palotina o#tF a/ 4 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS 4.1 MOVIMENTAÇÃO Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 171 4.1.1 QUANTITATIVO DE PESSOAL 4.1.1.1 INFORMAÇÃO Análise da Gestão de Recursos Humanos. Fato Conforme quadro 76 do Relatório de Gestão 2013 da UFPR, a força de trabalho disponível em 31/Dez/2013 foi de: Descrição Servidores Efetivos Servidores Temporários Servidores s/vínculo permanente TOTAL Lotação Autorizada Efetiva 5.813 6.009 157 3 5.813 6.169 Ingresso exercício no 219 134 353 Egressos no exercício 67 46 113 Em 2013, 160 servidores estavam afastados das atividades em decorrência de: - Cessão para outros órgãos – 25 servidores; - Afastamentos – 85 servidores, sendo que, 40 estão afastados para estudos ou missão no exterior e 43 para participação em Pós-Graduação Strictu Sensu no país; - Removidos – 10 servidores, sendo todos para acompanhamento de cônjuge; - Licença Remunerada – 2 servidores; - Licença Não Remunerada – 30 servidores; e - Outras situações – 8 servidores. Em relação aos cargos em comissão, a UFPR contou em 2013 com 116 Cargos de Direção e Assessoramento Superior (CD) e 533 Funções Gratificadas (FG). Em relação à faixa etária, predominou a faixa entre 41 a 60 anos, representando 62,66% da força de trabalho da UFPR. A faixa até 40 anos representou 30% da força de trabalho. Em relação à qualificação profissional, a UFPR possui um quadro de pessoal bastante competente, sendo: 28,83% Doutores; 9,48% Mestres; e 9,32% Especialistas. Caso limite à análise somente aos docentes, 80% dos docentes possuem a titulação de Doutor e praticamente 100% possuem a titulação de Mestre. Em relação à adequação quantitativa dos servidores, conforme ilustrado nos Quadros do Item 2.1.2.2, subitens 1.1 e 1.2 do presente relatório: - Indicador 15 da Decisão TCU nº 408/2002 – Plenário – Aluno Tempo Integral/Professor Equivalente – em 2013 a UFPR apresentou uma média de 12,35 alunos por docente, enquanto que a média das IFES foi 13,44; - Indicador 17 da Decisão TCU nº 408/2002 – Plenário – Aluno Tempo Integral/Funcionário equivalente sem HU – em 2013 a UFPR apresentou uma média de 4,81 alunos por funcionário, enquanto que a média das IFES foi 8,26; e - Indicador 19 da Decisão TCU nº 408/2002 –Plenário – Funcionário equivalente sem HU/Professor Equivalente – em2013 a UFPR apresentou uma média de 2,57 funcionários por docente, enquanto que a média das IFES foi de 1,71. Os indicadores gerenciais determinados pelo TCU pela Decisão nº 408/2002 demonstram que a UFPR, comparada à média das IFES, possui quantitativo favorável (em relação ao número de discentes matriculados) de docentes e técnicos administrativos. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 172 Em relação ao perfil funcional, outra situação que requer atenção consiste na idade avançada dos servidores do HC, ressaltando a predominância feminina (dos 1.992 servidores, 1.478 são mulheres) e a percepção do adicional de insalubridade de 5%~20%. Ensejando que, o sexo feminino se aposenta 5 anos mais rápido que o masculino e o adicional de insalubridade permite contagem de tempo especial (por mais que a Lei nº 8.112/90 não preveja contagem de tempo especial, por meio de Mandado de Injunção, a categoria dos servidores da UFPR recentemente obteve êxito no requerimento da contagem especial). Neste contexto, consiste em fator de contingência a existência de 855 servidores com mais de 50 anos e mais 385 servidores com faixa etária entre 45~49 anos, podendo, o HC/UFPR perder mais da metade da sua força de trabalho dentro de um intervalo de 5 anos. o#tF a/ 4.2 REMUNERAÇÃO, BENEFÍCIOS E VANTAGENS 4.2.1 CONSISTÊNCIA DOS REGISTROS 4.2.1.1 INFORMAÇÃO Consistência da Folha de Pagamento. Fato A) Avaliação Geral: Conforme consta do item 1.1.2.1 do Relatório de Auditoria nº 201305988/2013, referente à Auditoria Anual de Contas 2012 na UFPR, na referida auditoria cerca de 90% das rubricas salariais (representando 46 das 89 rubricas, no valor mensal de R$ 58.194,272,00 dos R$ 64.501.285,00) foram objeto de avaliação, ou sendo emitidas opiniões sobre a regularidade ou sendo apontados aspectos a serem corrigidos (detalhes, item 1.1.1.5 do presente relatório). Também consta no mesmo item, a indicação de 4 rubricas que vêm sendo acompanhadas pela CGU ao longo das auditorias que se encontra pendente de solução, quais sejam: - Rubrica 82692 – Adicional de Plantão Hospitalar (APH) – pagamento mensal médio de R$ 1 milhão/mês – conforme consubstanciado no Relatório de Auditoria de Acompanhamento nº 201315519/2014 da CGU-Regional/PR, os testes substantivos realizados em Abr/2014 sobre os APHs demonstraram consistências nos pagamentos, não havendo indicativo de pagamentos indevidos em nível crítico, necessitando de pequenas melhorias nas rotinas administrativas e nos controles internos referentes ao pagamento do APH; e - Rubricas 53, 64 e 67 – Adicional de Insalubridade, Gratificação de Raio X e Adicional de Periculosidade – valor mensal médio de R$ 1,2~1,5 milhões. O processo de regularização está pendente de conclusão, conforme detalhado em item específico deste relatório. Em relação às rubricas que não foram objeto de análise (ainda se referindo ao item 1.1.2.1 do Relatório de Auditoria nº 201305988/2013) no valor total de R$ 4,090.901,00 à época (6,3% do valor total), entende-se que os mesmos possuem baixa criticidade, conforme segue (principais rubricas): - Rubrica 82737 – Per Capita Saúde Suplementar – R$ 1.199.252,00 (em Abr/2014) para 5.918 servidores, perfazendo uma média de R$ 202,00 por servidor (assim, Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 173 perfazendo uma média de 3 beneficiários por titular (titular + 2 dependentes), valor este condizendo com o perfil funcional da UFPR); e - Rubrica 951 – Auxílio Transporte – R$ 119.340,00 (em Abr/2014) para 1.375 servidores, perfazendo uma média de R$ 87,00 por servidor (média diária de R$ 3,94), considerando que o valor unitário do transporte público em Curitiba/PR foi R$ 2,70 em Abr/2014, o valor médio se encontra condizente com a realidade. B) Impossibilidade da aceleração da promoção para docentes em estágio probatório: O artigo 13 da Lei nº 12.772/2012 introduziu um inovação no processo de promoção (mudança de classe) dos docentes. Até 28/Fev/2013, os docentes que possuíam titulação em mestrado ou doutorado, ao ingressar na carreira de docente automaticamente eram posicionados no nível B1 (Professor Assistente 1, para detentores de Mestrado) ou nível C1 (Professor Adjunto 1, para detentores de Doutorado). Com o novo normativo, a promoção acelerada conforme titulação somente irá ocorrer após a aprovação do docente no estágio probatório (ou seja, após 3 anos de exercício). Independentemente da titulação, o docente ficará posicionado no nível A1 (sendo promovido para A2 após 24 meses), com a denominação Auxiliar, Assistente-A ou Adjunto-A, conforme titulação. Em consulta ao sistema SIAPE, foi verificada a adequação da cadastral e financeira dos docentes que ingressaram a partir de Mar/2013. o#tF a/ 4.2.1.2 CONSTATAÇÃO Necessidade de continuidade das ações voltadas para a definição de objetivos, metas e indicadores de RH e formação de base de dados estatísticos/gerenciais em RH. Fato A) Considerações da CGU sobre Governança em RH na UFPR: A.1) Aspectos Gerais: No âmbito do Acórdão nº 3.023/13-Plenário, o TCU efetuou um levantamento do nível de Governança em RH no âmbito dos órgãos públicos federais, por meio de questionário de autoavaliação. Conforme parágrafo 7, da Proposta de Deliberação do referido Acórdão, o TCU define a Governança de RH como: “Governança de pessoas pode ser entendida como o conjunto de diretrizes, estruturas organizacionais, processos e mecanismos de controle que visam a assegurar que as decisões e as ações relativas à gestão de pessoas estejam alinhadas às necessidades da organização, contribuindo para o alcance das suas metas. Compreende os sistemas pelos quais a supervisão e a liderança são exercidas, com vistas à aplicação efetiva de estratégias, políticas e práticas de gestão de pessoas na consecução dos objetivos organizacionais. Nessa linha, a boa governança de pessoas contribui para maximizar o valor do capital humano da organização, que, em última análise, determina a capacidade de prestação de serviços à sociedade. Trata-se de governar os agentes públicos, incluindo os membros da alta direção, de modo que os interesses da sociedade sejam atendidos a custos e riscos mínimos razoáveis” Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 174 Em outras palavras, o TCU descreve que constitui uma das principais formas de sucesso organizacional a boa governança de pessoas, ou seja, a otimização do uso do capital humano disponível. Entretanto, o monitoramento e a avaliação da intensidade de uso do capital humano na UFPR não é tarefa fácil, considerando a sua complexidade. A complexidade da UFPR pode ser definida considerando (Fonte – Relatório de Atividades 2013 – PROPLAN/UFPR): - o seu volume em números: 2.300 docentes; 4.000 servidores técnicos administrativos; orçamento anual de R$ 1,4 bilhões; 300 edificações; 11.037.051 m² de terreno; 444.681 m² de área construída; 28.000 alunos na graduação; e 8.000 alunos na pós-graduação (incluindo lato sensu); e - a sua diversidade nas áreas de especialização do conhecimento: 114 cursos de graduação divididos em 14 setores; oferta de cursos técnicos e de EAD; 4.000 artigos de pesquisa publicados em periódicos; 38 programas e 300 projetos de extensão, com participação de 2.500 alunos e 1.100 docentes, atingindo um público de mais de 200.000 pessoas. E ainda, a UFPR conta com o HC que atende mais de 1 milhão de pacientes ao ano. Todas estas atividades são executadas pelos docentes e técnico administrativos (além dos discentes e parceiros que não serão objeto da presente avaliação). No conceito de “Governança em RH”, se avalia a capacidade da alta administração da UFPR em monitorar/avaliar o desempenho (ou ainda, a contribuição) de cada uma das unidades, das equipes e do indivíduo no processo de geração de resultados operacionais da UFPR. Resultados estes que se resumem em medidas como: - produtividade e rendimento: se o servidor está conseguindo realizar as tarefas em volume satisfatório, considerando a complexidade e o tempo estimado; - adequabilidade e satisfação: se as tarefas executadas pelos servidores atendem as expectativas e as necessidades dos demandantes; - tempestividade: se as tarefas são executadas dentro do prazo estipulado; - atendimento às diretrizes, normas e processos internos: além da Lei propriamente dita, se o servidor obedece aos manuais e aos procedimentos internos (caso existam). Os processos internos são formalizados visando a obtenção da qualidade do serviço e agilidade na execução da tarefa; e - criticidade e presteza: inciativa do servidor em propor soluções e disposição para tomar frente dos trabalhos. Considerando o volume e a diversidade já apresentada, entende-se que, é necessária a definição de objetivos, metas e indicadores, bem como, de uma base de dados de RH, para a execução da Governança em RH na UFPR. Destaca-se ainda a existência de dois grandes grupos de servidores na IFES, quais sejam, os docentes e os técnicos administrativos em educação. Considerando que a avaliação de desempenho daqueles é complexo, necessitando de maior aprofundamento sobre a dinâmica de trabalho, o presente item será destinado aos técnicos administrativos. Entretanto, vale relatar a existência de normativos que regulamentam a atuação profissional do docente, como: Resolução nº 34/2012 – CEPE (Regime de Trabalho do Docente); Resolução nº 77/2004-CEPE (Desenvolvimento de Projetos de Pesquisa); Resolução nº 72/11-CEPE (Desenvolvimento de Atividade de Extensão); Resolução nº 44/2013 – CEPE (Critério de Avaliação do Docente para fins de progressão), entre outros. Pela leitura das Resoluções elencadas, percebe-se que, em regra, as Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 175 avaliações/deliberações relacionadas com a atuação do docente sempre são realizadas por colegiados especialmente formados para tal propósito, garantindo imparcialidade e qualidade técnica nas decisões. A.2) Sobre as medidas de Governança de RH em adoção na UFPR: No âmbito da Auditoria Anual de Contas 2012 – consubstanciado no Relatório nº 201305988/2013 – foram recomendados por esta CGU, diversas medidas buscando o aprimoramento da Governança de RH. Por sua vez, a PROGEPE já implementou importantes medidas para aprimorar/fomentar a gestão de pessoal, conforme segue: A.2.1) Apontamento do Item 2.1.2.3 do Relatório nº 201305988/2013 - Necessidade de aperfeiçoamento do uso das informações gerenciais e dos indicadores de gestão na CAISS: Sobre o assunto, por meio do Ofício nº 182/2014-PROGEPE, de 12/Mai/2014, a UFPR informou: “Elaborado um plano de trabalho da CAISS para o ano de 2014, que se tornará um Programa de Saúde para UFPR à medida que houver as adequações necessárias durante seu transcorrer. Tal plano de trabalho envolve a estruturação, o compartilhamento e o gerenciamento de projetos/programas e seus respectivos fluxos de trabalho, assim identificados: I. Programa de Saúde do Trabalhador; II. Programa Profilático de Administração das Pressões no Trabalho – UAS/UCAP/DEPSI; III. Programa de Pré-Aposentadoria - parceria com o DEPSI; IV . Programa Criando Saúde - parceria com o Núcleo de Qualidade de Vida/CEPEFIS/CECOM/PPGEF; V. Programa Saúde Mental - parceria com Secretaria Municipal de Curitiba; VI. Programa Conversando sobre Saúde. O tratamento dos dados epidemiológico está vinculado ao SIASS e estamos aguardando a autorização do DESAP para firmar o novo Acordo de Cooperação, conforme Ofício n° 19/DESAP/SEGEP/MP de 19 de abril de 2014 (Assunto: Alteração nos procedimentos de celebração dos acordos de cooperação técnica no âmbito do SIASS). Realizado planejamento de Atividades e Competências da CAISS para o ano de 2014, que está sendo executado de forma parcial devido à greve. Foi solicitada a administração da UFPR um imóvel, por falta de estrutura física adequada as peculiaridades da área de saúde, ainda não providenciado. Realizada reformatação da equipe de trabalho da CAISS, com novos servidores e mudança de chefias. Está sendo solicitado um profissional de Tecnologia da Informação para criação de um sistema informatizado exclusivo da área de saúde, voltado para o tratamento dos dados epidemiológicos, a fim de subsidiar as políticas de saúde, dando autonomia a UFPR, uma vez que atualmente todos os dados estão sob o controle do DESAP/MP/SIASS.” As informações apresentadas demonstram avanços nas estratégias/projetos/ações voltadas para a formação do Programa de Saúde da UFPR, o que engloba o bem estar tantos dos docentes como dos técnicos. No que tange à necessidade de processamento de dados da saúde, a PROGEPE informou que está sendo providenciado um profissional de TI para permitir a elaboração de relatórios gerenciais da saúde ocupacional e promover políticas voltadas à melhoria da saúde laboral. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 176 A.2.2) Apontamento do Item 2.1.2.4 do Relatório nº 201305988/2013 - Necessidade de aperfeiçoamento do Programa de Avaliação de Desempenho da UFPR: Sobre o assunto, por meio do Ofício nº 182/2014-PROGEPE, de 12/Mai/2014, a UFPR informou: “5.1) Será implementada a avaliação vertical e horizontal - se avaliação vertical (de chefe para subordinada e vice versa) e a avaliação horizontal (entre pares e entre setores) está ou será implementada? Com o intuito do cumprimento das determinações dos Órgãos de Controle, para aperfeiçoamento do Programa de Avaliação de Desempenho da UFPR para 2015, foram encaminhados expedientes a todas as unidades administrativas solicitando indicação de representante para participação em grupo multidisciplinar, previsto na Resolução, para atuação junto a Comissão Própria de Avaliação, que já realizou reunião na PROGEPE e deu inicio aos procedimentos para 2015, aonde deverão definidos critérios pela Comissão para implantação da avaliação vertical dos servidores, seja chefe avaliando individual e nominalmente os membros da equipe, e chefe sendo avaliado pela equipe. O Grupo se reuniu dia 6 de maio no auditório da PROGEPE, com representantes da Pró-Reitoria de Administração, Pró-Reitoria de Graduação, Hospital de Clinicas, Setor de Ciências Biológicas, Setor de Ciências Agrárias, Setor de Comunicação e Design, Setor de Ciências Humanas e Setor de Educação Profissional e Tecnológica, os quais em consenso com a PROGEPE deliberaram pela nomeação por Portaria de Comissão Multidisciplinar entre os representantes presentes para início do segundo passo no aperfeiçoamento da avaliação de desempenho dos servidores técnicos administrativos para 2015. Foi sugerida a necessidade de avançar no cronograma estabelecido na Resolução 21/08 COPLAD, aonde já para 2014 houve a alteração dos pesos, para a composição da nota final da avaliação de desempenho, e a inclusão do resultado da avaliação setorial. A auto-avaliação passou a ter um valor máximo de 6 (seis) pontos, a avaliação institucional manterá o valor de 2 (dois) pontos e foi incluída a avaliação setorial com um valor máximo de 2 (dois) pontos. As notas das avaliações institucional e setorial foram calculadas a partir da pesquisa realizada pela Comissão Própria de Avaliação no final de 2013. Outras novidades foram às inclusões de perguntas sobre temas como ambiente de trabalho, planejamento e chefia. Diversas novas sugestões já foram pautadas como experiências vividas por servidores em outras instituições, que agora atuam na UFPR, de aproveitamento das experiências em nosso ambiente organizacional. 5.2) Se as avaliações já estão sendo realizadas em plataforma eletrônica (sistema SIG) e se já é possível a emissão de relatórios gerenciais? A avaliação é realizada por plataforma eletrônica operacionalizada pelo Centro de Computação Eletrônica - CCE/UFPR, sendo possível a emissão de relatórios gerenciais. 5.3) Se os resultados do Programa de Avaliação de Desempenho serão utilizados sob enfoque gerencial, para subsidiar tomadas de decisões e fomentar a melhoria da gestão? Sim, a avaliação de desempenho já é utilizada para diagnóstico e elaboração de plano de ações da UFPR conforme a abordagem gerencial, observando os princípios administrativos da eficiência (este explicitamente constitucional), eficácia e efetividade; Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 177 mas também de acordo com uma administração universitária democrática, plural e participativa. 5.4) Se os resultados do Programa de Avaliação de Desempenho irão permitir a identificação de lacunas /necessidades de capacitação? Sim, a avaliação de desempenho e as ações de capacitação e qualificação devem estar integradas. 5.5) Se os resultados do Programa de Avaliação de Desempenho irão permitir a identificação de situações de conflito, insatisfação e desmotivação, permitindo uma interferência tempestiva e eficaz da PROGEPE para solução de problemas: Sim, um dos objetivos da avaliação é esse. Entretanto é importante frisar que a existência de conflito, insatisfação e desmotivação são inerentes à realidade organizacional, tanto em órgãos e entidades da administração pública direta e indireta como em organizações privadas. Outrossim, é importante frisar que muitas das questões relativas à gestão de pessoas estão diretamente relacionadas aos Ministério da Educação e Planejamento, tendo a UFPR um papel determinado e limitado pela legislação e regulamentação, em que pese a autonomia universitária estabelecida na carta constitucional de 1988. 5.6) Se os resultados do Programa de Avaliação de Desempenho irá permitir uma avaliação do desempenho funcional - seja individual ou do setor: A avaliação setorial já esteve presente na avaliação de desempenho efetuada em março de 2014. A avaliação do servidor por sua chefia será implantada a partir do ano de 2015.” Conforme descrito no Relatório de Auditoria nº 201305988/2013, até 2013, a realidade da “avaliação funcional” na UFPR se limitava tão somente à autoavaliação. As informações prestadas demonstram as ações realizadas pela PROGEPE para tornar a avaliação um instrumento de gestão, por meio da coleta de informações de forma vertical e horizontal. Em Mar/2014 foi introduzida a avaliação setorial e em 2015 será introduzida a avaliação vertical. A PROGEPE manifestou que as informações das avaliações serão tratadas para fins estratégicos e gerenciais. Entende-se que, os dados coletados das avaliações (especialmente realizadas vertical e horizontalmente) irão fornecer informações estratégicas e gerenciais de utilidade para a UFPR. A vantagem da utilização de dados da avaliação para fim de levantamento de informações sobre quantidade e qualidade dos serviços prestados consiste na facilidade e agilidade na obtenção da resposta. Exemplificando, caso queira medir a produtividade de um determinado serviço, em tese, existem duas formas: a) realizar estudos de tempo e movimento, buscando resposta científica para o assunto; ou b) indagar para um grupo de servidores que executam a mesma tarefa se o tempo estimado pela organização para a atividade é adequada ou não? De certo, pelo segundo método é mais fácil obter a resposta. Numa organização do porte da UFPR, aplicar o 1º método seria demasiadamente demorado e oneroso, sendo viável o segundo. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 178 Assim sendo, entende ser de elevada importância a consolidação do questionário a ser aplicado nas diversas fases de avaliação, no intuito de permitir a geração de informações gerenciais e estatísticas relacionadas com a produção quantitativa e qualitativa dos técnicos administrativos. Sobre a criação de bases estatísticas de RH, no Ofício nº 182/2014-PROGEPE, de 12/Mai/2014, a PROGEPE informou o início do levantamento do perfil sociocultural, educacional e econômico dos servidores da UFPR, constituindo um importante passo para a criação de banco de dados de pessoal. A partir das informações estatísticas, será possível a identificação de pontos fortes e fragilidades, sendo possível a definição de objetivos, metas e indicadores, segmentados por setor, equipe e/ou indivíduo. A.3) Avaliação da Motivação do Servidor: Entende-se que, uma das principais formas de garantir o melhor desempenho funcional é manter o servidor motivado perante as suas tarefas e responsabilidades. No conceito de “motivação” do presente tópico será excluído às relacionadas com o ambiente físico de trabalho e nível de remuneração, atentando para automotivação e conflitos interpessoais. Em termos gerais, a motivação está relacionada com a percepção de utilidade, comprometimento e envolvimento do servidor nos resultados produzidos pela organização. Ou seja, quanto mais o servidor se sentir “útil”, mais motivado para o serviço ele estará (para tanto, as expectativas da organização em relação ao servidor devem estar bem claras, assim, surgindo a necessidade de avaliação da qualidade do serviço (conforme apontado no item anterior)). Neste contexto, é válido o aprimoramento da comunicação interna, especialmente o feedback que o servidor recebe pelos serviços prestados, servindo de estímulo para novas tarefas. B) Considerações sobre o questionário a ser aplicado: Como já descrito, o questionário de avalição consiste em um importante instrumento para obtenção de informações gerenciais e estatísticas para subsidiar a alta administração da UFPR em suas tomadas de decisões e manutenção da Governança em RH. Seguem algumas considerações sobre o assunto, ressaltando que, existem inúmeros artigos sobre o tema, logo, não sendo exaustivo e definitivo, mas sim, uma reflexão. Irá competir à PROGEPE a decisão sobre a melhor metodologia a ser aplicada. B.1) Na autoavaliação: Podem ser avaliados aspectos como: - adequação do volume de serviço em relação ao tempo concedido; - complexidade (ou não) do serviço em relação à formação profissional; - entrega (ou não) dos serviços de forma tempestiva; - avaliação do ambiente físico de trabalho; - autodeclaração quanto à motivação pelo serviço, pela chefia e pelo grupo (se um ou mais destes fatores está sendo motivo de satisfação ou estresse/conflito); - autodeclaração quanto à iniciativa e criatividade; - autodeclaração quanto à qualidade dos serviços prestados; - autodeclaração quanto à receptividade em relação às críticas e interferências sobre os trabalhos realizados; - autodeclaração quanto à capacidade de se adaptar às mudanças na organização; - autodeclaração quanto à autonomia no trabalho (se é possível tomar decisões de forma independente); Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 179 - autodeclaração quanto ao apoio fornecido pela chefia para o trabalho; - autodeclaração quanto ao apoio fornecido pelos pares para o trabalho; - se os trabalhos são rotineiros; - se há oportunidade para criatividade e inovação no trabalho; e - se o material disponível é suficiente. B.2) Avaliação do subordinado pela chefia: Podem ser avaliados aspectos como: - Capacidade Profissional – nível de conhecimento teórico e prático; - Produtividade – adequação quanto ao volume de trabalho realizado; - Qualidade dos serviços – adequação qualitativa dos serviços realizados; - Tempestividade – capacidade de entregar as tarefas no prazo; - Criatividade – capacidade de sugerir novas ideias; - Iniciativa – capacidade de resolver problemas, de tomar a frente e de responder rápido aos pedidos; - Relacionamento Pessoal – nível de facilidade de se relacionar com o chefe e com os pares; - Atenção – avalia o índice de falha dos trabalhos produzidos; - Organização – avalia a forma de organizar tarefas e os materiais de uso individual e coletivo; - Contato com o Público – avalia a forma de tratar as pessoas; - Assiduidade – avalia o comprometimento ao trabalho; - Disciplina – avalia a postura profissional; - Motivação – avalia se o servidor está motivado ou não; - Comportamento perante a crítica – avalia a capacidade de responder positivamente (ou não) à crítica; e - Capacidade de adaptação – avalia a capacidade de se adaptar às mudanças. No caso de avaliação de chefe para chefe, por exemplo, um Diretor avaliando um Coordenador, pode ser incluído aspectos como: - Comunicação – capacidade de dialogar; - Estabilidade emocional – capacidade de se comportar adequadamente diante de conflitos, pressão, etc; - Tomada de decisão – capacidade de tomar decisões; - Planejamento e Organização – capacidade de elaborar programas, distribuir tarefas, etc; - Liderança – capacidade de orientar, motivar e conduzir a equipe; e - Sigilo – atitude perante assuntos confidenciais. B.3) Avaliação da chefia pelos subordinados: Podem ser avaliados aspectos como: - Nível de acessibilidade da chefia; - Nível de confiabilidade da chefia; - Nível de comprometimento da chefia aos objetivos/metas da organização; - Nível de competência técnica da chefia; - Capacidade da chefia emitir ordens claras e precisas; - Capacidade da chefia transmitir conhecimento (treinamento) sobre o trabalho; - Capacidade da chefia em solucionar conflitos; - Percepção quanto à expectativa da chefia em relação ao seu desempenho (se o chefe subestima ou superestima o desempenho a esperar do subordinado); - Percepção quanto à forma da chefia responder aos erros cometidos pelos subordinados; Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 180 - Com que frequência recebe feedback da chefia sobre os trabalhos realizados; - O nível de utilidade dos feedbacks recebidos pela chefia; - Com que frequência a chefia ouve seus funcionários quando da tomada de decisão; - Percepção quanto à capacidade de liderança da chefia; e - Percepção quanto ao comportamento indevido – como prática de assédio moral, excesso de autoritarismo – por parte da chefia. Ressalta-se a necessidade de manter a “AUTOAVALIAÇÃO”, no intuito de conhecer a autopercepção do servidor. Vale ainda dizer que, o cruzamento da mesma pergunta que é respondida em diversos vetores, irá trazer informações valiosas para a gestão. Tomando como exemplo o item “Qualidade do Serviço”, em sua autoavaliação, o servidor pode entender que seu trabalho é suficientemente de boa qualidade, entretanto, a avaliação pela chefia (e entre os pares, quando implantado) poderá revelar uma realidade distinta. Também a compilação de vários dados comuns irá permitir a obtenção de uma “média”. Tomando como exemplo o excesso de autoritarismo de um chefe, a análise coletiva dos subordinados vinculados ao mesmo poderá informar se, na média, tal hipótese se prevalece ou se trata de uma percepção isolada de um determinado subordinado. C) Considerações Finais sobre Governança em RH: Entende-se que, de 2013 para 2014 importantes iniciativas foram tomadas visando à consolidação de uma Política de Governança em RH, por meio do início do processo de criação de banco de dados de pessoal e ferramentas para monitorar/avaliar o desempenho qualitativo/quantitativo e o nível de motivação dos servidores. Os dados coletados por meio dos questionários de avaliação deverão se tornar um instrumento capaz de informar ao gestor aspectos como: - avaliação da produtividade do indivíduo/grupo/setor; - avaliação da qualidade dos serviços prestados pelo indivíduo/grupo/setor; - avaliação do nível de motivação por indivíduo/grupo/setor; - avaliação do nível de desempenho das chefias por indivíduo/grupo/setor; - avaliação do nível de clima organizacional por indivíduo/grupo/setor; - avaliação do nível de tempestividade por indivíduo/grupo/setor; - entre diversos aspectos. Ressalta-se novamente que, as ações em desenvolvimento se destinam, de forma geral, aos técnicos administrativos, sendo que a CGU não realizou análises sobre as atividades dos docentes em profundidade suficiente para emissão de opinião. Em relação à definição de objetivos, metas e indicadores de RH, entende-se constitui etapa posterior à consolidação da base de dados de RH e ferramentas de monitoramento/avaliação do desempenho funcional. o#tF a/ Causa Ausência de prática e cultura de gestão de RH voltada para governança no Serviço Público Federal, com preocupação sobre fatores como: avaliação e fomento a intensidade de uso do capital humano; avaliação do desempenho profissional como ênfase no uso gerencial; diagnóstico e fomento à motivação; estabelecimento de objetivos, metas e cobrança de resultados por indivíduo, equipe, setor; e política de promoção/reconhecimento de profissionais com destaque profissional e punição/reciclagem de profissionais com desempenho insuficiente. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 181 O processo de “profissionalização da gestão de RH” ainda é incipiente no serviço público federal, não existindo preocupação na vinculação do desempenho profissional (indivíduo/equipe/setor) com os resultados organizacionais, tornando indefinido se o investimento em RH está gerando resultados superavitários ou não. u#asC / Manifestação da Unidade Examinada Considerando que o gestor da PROGEPE já havia sido notificado do teor deste item por meio de Solicitações de Auditoria, as informações complementares necessárias já foram encaminhadas, não sendo apresentada informação complementar em relação ao Relatório Preliminar de Auditoria nº 201307318. oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Conforme consta no campo “Fato” deste item, não há divergência de entendimento em relação às providências a serem adotadas, competindo à CGU a avaliação e o monitoramento da evolução da política de RH na UFPR. orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Dar continuidade ao processo de formação/consolidação da base de dados de RH, a exemplo do perfil sociocultural, educacional e econômico e os dados da saúde na CAISS. Recomendação 2: Conforme informado pela PROGEPE, para 2015 está prevista a realização de avaliação vertical em duplo sentido. Recomenda-se, nos questionários de avaliação, a abordagem de assuntos relacionados com o desempenho funcional do servidor e motivação ? nos moldes descritos no item B.2, no intuito de permitir a geração de uma base de dados para fins gerenciais. 4.2.2 SISTEMAS DE CONCESSÕES 4.2.2.1 CONSTATAÇÃO Permanência das inconsistências relacionadas com a flexibilização da jornada de trabalho. Fato Conforme descritos nos itens 3.1.5.1 e 3.1.5.2 do Relatório de Auditoria nº 201305988/2013, referente à Auditoria Anual de Contas 2012 da UFPR, os exames de auditoria realizados por esta CGU identificaram inconsistências na concessão de jornada flexibilizada prevista no art. 3º do Decreto nº 1.590/95. Na época da emissão do Relatório – Jun/2013 – foram emitidas as seguintes recomendações: 1) Necessidade de revogação/alteração da Resolução COUN nº 56/2011 – Recomendação nº 1 do item 3.1.5.1 do Relatório de Auditoria nº 201305988/2013: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 182 Basicamente, esta recomendação se referia ao teor contido no art. 1º da Resolução COUN nº 56/2011 que descrevia: “A jornada de trabalho dos servidores técnico administrativo do quando permanente de pessoal da UFPR, nos termos do Decreto nº 4.836, de 09 de Setembro de 2003, do Decreto nº 1.590 de 10 de agosto de 1995 e da Portaria GR 1.754 de setembro de 2011, será flexibilizada para 6 (seis) horas diárias ...”. O teor do art. 1º poderia ensejar interpretação equivocada no sentido de permitir a flexibilização da jornada de trabalho para 30 horas para todos os casos e não apenas naquelas condições estipuladas pelo arcabouço legal. Após sessão realizada em 12/Dez/2013, por meio da Resolução nº 41/2013-COUN, de 18/Dez/2013, o texto do art. 1º sofreu a seguinte alteração: “A jornada de trabalho dos servidores técnico administrativo do quando permanente de pessoal da UFPR, nos termos do Decreto nº 4.836, de 09 de Setembro de 2003, do Decreto nº 1.590 de 10 de agosto de 1995 e da Portaria GR 1.754 de setembro de 2011, poderá ser flexibilizada para 6 (seis) horas diárias ...”. E ainda, na ata da sessão realizada em 12/Dez/2013, consta informação de que: “... também ficou definido que posteriormente seria marcada reunião específica para a recomposição da comissão de que trata a Resolução nº 56/11-COUN e o encaminhamento dos trabalhos”. Entretanto, no que tange ao caráter abrangente da Resolução, não fixando critérios objetivos e não elencando quais as unidades que poderiam ser aplicada a flexibilização da jornada, a norma não trouxe maiores detalhamentos. Considerando os tramites, entende-se que a recomendação referente à alteração da Resolução nº 56/2011 foi parcialmente atendida. Em específico, esta recomendação do Relatório nº 201305988/2013 será substituída por recomendação de semelhante teor do Relatório de Auditoria 2013. 2) Revogar todas as flexibilizações de jornada de trabalho para 30 horas semanais concedidas em desacordo com o art. 3º do Decreto nº 201305988/2013 Recomendação nº 2 do item 3.1.5.1 e Recomendação nº 1 do item 3.1.5.2 do Relatório de Auditoria nº 201305988/2013: 3) Fazer constar em todos os atos de concessão e revogação da flexibilização da jornada de trabalho a autorização do Reitor da UFPR - Recomendação nº 3 do item 3.1.5.1 Relatório de Auditoria nº 201305988/2013: Por meio do Ofício nº 160/2014-PROGEPE/GPR, de 14/Abr/2014, a Pró-Reitor de Gestão de Pessoas informou o que segue: “Informamos também que até a data de hoje, não houve a nomeação pelo Conselho Universitário da UFPR de comissão para início de novas análises de concessão de jornadas flexibilizadas, não existindo ainda critérios e cronograma estabelecido, tendo em vista o recesso do Conselho Universitário e o início da greve dos servidores técnico-administrativos em 20 de março de 2014”. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 183 Considerando as informações prestadas pelo Pró-Reitor de Gestão de Pessoas, não houve alteração de fatos relacionados à concessão de jornada flexibilizada em relação à situação verificada pela auditoria da CGU em Mar~Abr/2013, assim, conclui-se que as inconsistências apontadas pela CGU, registradas nos itens nºs 3.1.5.1 e 3.1.5.2 do Relatório de Auditoria nº 201305988/2013, permanecem. Em específico, estas recomendações do Relatório nº 201305988/2013 serão substituídas por recomendação de semelhante teor do Relatório de Auditoria 2013. 4) Implementar controle de frequência eletrônico - Recomendação nº 4 do item 3.1.5.1. do Relatório de Auditoria nº 201305988/2013: Considerando que a instância superior da UFPR, qual seja, o Conselho Universitário, determina por meio do art. 5º da Resolução COUN nº 56/2011, o uso de controle eletrônico da frequência, entende-se que compete ao gestor a implementação da determinação do COUN. Uma vez que na UFPR existe determinação para o atendimento da recomendação, a CGU irá encerrar o monitoramento. 5) Situação atual – Abr/2014 – da jornada flexibilizada de 30 horas: Segue situação da concessão da jornada flexibilizada em Abr/2014: Pró Reitoria/Setor Setor de Arte, Comunicação e Design Setor de Ciências Agrárias* Setor de Ciências Biológicas Setor de Ciências da Saúde Setor de Ciências da Terra Setor de Ciências Exatas Setor de Ciências Humanas Setor de Ciências Jurídicas Setor de Ciências Sociais e Aplicadas Setor de Educação Setor de Educação Profissional e Tecnológica Setor de Tecnologia Campus Litoral Campus Palotina Biblioteca Centro de Estudos do Mar Gabinete do Reitor Hospital de Clínicas Hospital Vítor Ferreira do Amaral Campus Jandaia do Sul Pró Reitoria de Administração Pró Reitoria de Assuntos Estudantis Pró Reitoria de Extensão e Cultura Pró Reitoria de Gestão de Pessoas Pró Reitoria de Graduação Pró Reitoria de Planejamento Pró Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação Secretaria de Órgãos Colegiados Dinheiro público é da sua conta Total Servidores 27 132 109 364 69 75 56 25 44 28 21 78 85 48 191 24 60 1977 13 20 168 24 65 216 68 35 24 3 Qt. s/flexib. 27 125 89 266 65 75 48 25 13 18 6 77 37 31 30 24 43 445 6 20 126 5 22 106 29 35 13 3 Qt. c/flexib. 0 7 20 98 4 0 8 0 31 10 15 1 48 17 161 0 17 1532 7 0 42 19 43 110 39 0 11 0 % s/flexib. 100,00% 94,70% 81,65% 73,08% 94,20% 100,00% 85,71% 100,00% 29,55% 64,29% 28,57% 98,72% 43,53% 64,58% 15,71% 100,00% 71,67% 22,51% 46,15% 100,00% 75,00% 20,83% 33,85% 49,07% 42,65% 100,00% 54,17% 100,00% % c/flexib. 0,00% 5,30% 18,35% 26,92% 5,80% 0,00% 14,29% 0,00% 70,45% 35,71% 71,43% 1,28% 56,47% 35,42% 84,29% 0,00% 28,33% 77,49% 53,85% 0,00% 25,00% 79,17% 66,15% 50,93% 57,35% 0,00% 45,83% 0,00% www.portaldatransparencia.gov.br 184 TOTAL 4049 1809 2240 44,68% 55,32% * - Setor de Ciências Agrárias – servidores com jornada flexibilizada lotados no Hospital Veterinário As informações demonstradas no quadro indicam: - 68,4% dos servidores com jornada flexibilizada estão lotados no Hospital de Clínicas (HC); - 22,5% dos servidores do HC não estão com jornada flexibilizada, representando os ocupantes de cargos em comissão e servidores administrativos não vinculados à atividade finalística. Em relação aos 1.532 servidores com jornada flexibilizada, pelo fato de atuarem diretamente no atendimento ao paciente, em turno de 24 horas, entendese que, de forma predominante, a flexibilização está legal; - excluindo os servidores do HC, o índice de flexibilização na UFPR é de 34,17% (708/2.072); - dos 708 servidores restantes (não lotados no HC) com flexibilização de jornada, 194 estão lotados nos Setores e 514 nas demais unidades. A grosso modo, os servidores lotados nos Setores realizam atendimento ao público externo e nas demais unidades, o atendimento é predominantemente para o público interno (sendo atividades de natureza administrativa/técnica); - o índice de servidores flexibilizados nos Setores é de 18,87% (194/1.028), representando a minoria; - entre os Setores, percebe-se uma oscilação elevada entre os servidores com e sem flexibilização. Tomando como exemplo o Setor de Ciências Sociais e Aplicados onde 70,45% dos servidores estão com jornada flexibilizada e o Setor de Ciências Jurídicas onde nenhum servidor está com jornada flexibilizada, entende-se não haver divergência relevante nas atividades realizadas pelos técnicos administrativos, tratando-se de divergência na interpretação da norma. Conforme ilustrado no quadro, as divergências podem ser percebidas em todos os setores; - na Biblioteca existe um elevado índice de flexibilização. Entretanto, considerando a natureza deste serviço, entende-se que é legal; - entre as Pró-Reitorias, onde concentram um quantitativo elevado de servidores, percebe-se que, em termos gerais, há um elevado índice de flexibilização. Nas PróReitorias que há atendimento ao estudante – quais sejam, PROGRAD, PRPPG, PRAE, e PROEC, entende-se haver coerência considerando a necessidade de funcionamento noturno e ininterrupto. Por sua vez, na PRA e na PROGEPE, entende-se haver inconsistências; e - semelhante aos setores, nas Pró-Reitorias também há divergência na interpretação da norma quanto à flexibilização – variando de 0% da PROPLAN a 66,15% da PROGEPE. Estas duas Pró-Reitorias realizam atividades administrativas voltadas para o público interno. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 185 6) Inferência sobre o índice de inconsistência da flexibilização na UFPR: Mesmo sendo inviável a emissão de uma opinião conclusiva sobre o índice de inconsistência da flexibilização sem a realização de inspeções físicas nos ambientes de trabalho, entende ser possível e necessária a inferência sobre o grau de inconsistência, com a finalidade de mensurar a criticidade do assunto. Neste contexto, entende-se razoável a inferência baseada nos seguintes critérios: - HC – dos 1.532 servidores que o HC declarou que realizam jornada flexibilizada, foram identificados 128 servidores cujo cargo é incompatível com a atividade que caracteriza a flexibilização – cargos elencados – administrador, analista técnico de informática, assistente em administração, auxiliar em administração, contador, costureiro, economista, pedagogo, técnico em arquivo, técnico em assuntos educacionais e técnico em contabilidade; - Setores – considerando a média de 18,87% obtida, entende-se que o índice de 20% de flexibilização é condizente com a realidade dos Setores, onde parcela dos servidores precisa se dedicar ao atendimento ao aluno nos três turnos. Assim sendo, o quantitativo máximo de flexibilização seria de 206 (1.028 X 20%), número este superior aos 194 atualmente flexibilizados. Assim sendo, entende-se que, na média, não há ajustes, ressalvando a necessidade de revisão dos Setores com índices elevados (acima de 20%) de flexibilização; e - nos demais setores, o índice de flexibilização é de 49,18% (507/1.031). Considerando o índice de 20% atribuído aos setores, o quantitativo seria de 206 servidores (1.031 X 20%), indicando haver 300 servidores com flexibilização inconsistente. Tendo como base as inferências realizadas, entende-se que, cerca de 428 podem estar com inconsistência na flexibilização, representando 10,58% do total de servidores e 19,11% dos servidores com jornada flexibilizada. Vale enfatizar que, se trata de uma inferência, podendo ocorrer distorções em caso de análise concreta por meio de trabalho de campo. O propósito da análise consiste em verificar se o índice de erro é baixo (0~30%) ou alto (>70%), neste contexto, pode-se afirmar que o índice é baixo, porém, em função do tamanho da UFPR, o quantitativo absoluto (cerca de 400) é relevante. 7) Indicativo de falta de uniformidade quanto à interpretação do art. 3º do Decreto nº 1.590/1995: Conforme descrito no item anterior, existe divergência na concessão da flexibilização conforme Setor/Pró-Reitoria, indicando falta de uniformidade na interpretação das normas relacionadas ao assunto. Já fora recomendado no Relatório nº 201305988/2013 a necessidade de aperfeiçoar a Resolução nº 56/2011 no sentido de definir critérios objetivos para a flexibilização, no intuito de evitar a ocorrência de divergências como as analisadas. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 186 No intuito de auxiliar o entendimento, entende-se válida a transcrição de alguns entendimentos sobre o assunto: 7.1) Advocacia Geral da União – AGU: Em seu Parecer nº 08/2011/MCA/AGU, a AGU descreve o seguinte parecer sobre a aplicação do artigo 3º do Decreto nº 1.590/95: “A exceção prevista no artigo 3º deve ser aplicada apenas em casos bem específicos. É necessário atentar para ilegalidade de eventual estabelecimento de jornada prevista no artigo 3º do Decreto 1.590/95 como regra geral, indistintamente a todos os servidores de um órgão e sem atenção aos requisitos exigidos” 7.2) Controladoria Geral da União – CGU: Conforme consta da “Coletânea de Entendimentos CGU e MEC”, elaborado conjuntamente pelos órgãos, que possui o formato de “perguntas e repostas”, segue parecer sobre o assunto: “Pergunta - É permitida a flexibilização da jornada de trabalho para 6 horas diárias e 30 horas semanais indistintamente a todos os servidores técnicoadministrativos da IFE? Resposta - Não. A exceção prevista no art. 3º do Decreto n° 1.590/95 deve ser aplicada apenas em casos bem específicos. O eventual estabelecimento dessa flexibilização como regra geral constitui-se ilegalidade, pois não é razoável supor-se que todos os servidores da IFE lidem diretamente com o público ou trabalhem em período noturno. O cumprimento de jornada de trabalho em regime de seis horas ininterruptas é permitido, apenas, para os serviços que exijam atividades contínuas de atendimento ao público ou período noturno, em período igual ou superior a doze horas ininterruptas, dispensando-se o intervalo para refeições. Para esses casos específicos é obrigatória a afixação, nas dependências da IFE, em local visível e de grande circulação de usuários dos serviços, de quadro, permanentemente atualizado, com a escala nominal dos servidores que trabalharem com jornada de 6 horas diárias, constando dias e horários dos seus expedientes. Entendese por período noturno aquele que ultrapassar as vinte e uma horas.” Semelhantemente ao entendimento da AGU, a CGU entende que a jornada de 30 horas deve ser uma exceção é não uma regra, 7.3) Tribunal de Contas da União – TCU: 7.3.1) Acórdão nº 5.847/2013 – TCU – 1ª Câmara: No Acórdão nº 5847/2013 – TCU – 1ª Câmara, de 27/08/2013, que reafirma os termos do Acórdão nº 718/2012 – 1ª Câmara, dirigida ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN, há seguintes considerações sobre os critérios para autorização da redução de jornada de trabalho: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 187 (...) 1. “Para análise do presente caso, releva-se que o Decreto 1.590/1995, em seu art. 3º, caput e §§ 1º e 2º, dispôs que a redução de jornada de trabalho só pode ser autorizada se, cumulativamente, foram atendidos os seguintes critérios: 1. Os serviços exijam atividades contínuas; 2. O regime de trabalho ocorra por meio de turnos ou escalas; 3. Haja atividade de atendimento ao público ou trabalho no período noturno, compreendido este último como aquele que ultrapassar às vinte e uma horas. 2. Na seara, ressalto que o atendimento destes requisitos não impõe à redução compulsória da jornada, mas apenas dá respaldo para que a direção da entidade possa decidir por esta redução. Vale dizer: a decisão é discricionária, respeitados os limites vinculados estabelecidos pelo Decreto.” Também no mesmo Acórdão, o TCU transcreve trecho do Acórdão 718/2012-1ª Câmara - item 1.8.1: “1.8 determinar ao IFRN que: 1.8.1. providencie a regularização do cumprimento da carga horária pelos técnicos não pertencentes aos setores Coordenadoria de Atividades Discentes e Segurança Institucional, Coordenadoria de Turno Diurno e Noturno, Diretorias de Ensino, Coordenadoria de Informatização, Laboratório de Informática, Construção Civil, Laboratório de Desenho e Expressão Gráfica e Gerências Educacionais de Tecnologia Industrial e de Recursos Naturais, de modo a que passem a cumprir expediente de 8 horas diárias, em vez das 6 horas atualmente praticadas, nos termos do inciso XIII do art. 7º da Constituição Federal, do art. 19 da Lei 8.112/1990, do Decreto 1.590/1995 e do Decreto 4.836/2003;” Percebe-se que, os setores elencados pelo TCU estão diretamente relacionados com atendimento ao público externo – qual seja, os ALUNOS. E ainda, no mesmo Acórdão – na parte do VOTO, parágrafo 5º, o TCU descreve: “13. A comissão responsável pelo relatório de flexibilização da jornada de trabalho do IFRN entendeu “ser necessária a continuidade do regime de carga horária de 30 horas semanais para todos os setores que preenchiam o quantitativo mínimo de servidores por setor de cada Campus, as imperiosas 12 horas ininterruptas, e a necessidade de padronização dos horários de funcionamento”. Somente os campus de Nova Cruz, São Gonçalo do Amarante e Parnamirim continuam com horário de funcionamento de oito horas diárias, porque não funcionam no período noturno. No caso em tela, a Comissão sugeriu a aplicação da carga horária reduzida de 6 horas a praticamente para todos os servidores de quase todos os campus do IFRN (NatalCentral, Mossoró, Educação à Distância, Apodi, Caicó, Currais Novos, Ipanguaçu, João Câmara, Natal Zona Norte, Pau dos Ferros, Natal Cidade Alta, Santa Cruz e Macau). No caso em tela, não nos parece devida, pois o trabalho realizado em todos os setores administrativos da instituição não necessita ter suas atividades desenvolvidas em turnos ininterruptos, o que torna desnecessária, a aplicação da carga horária reduzida a praticamente a todos os servidores. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 188 14. O relatório da comissão carece de fundamentação técnica e aprofundamento das situações vivenciadas pelos diversos setores, pois todas as atividades desenvolvidas na instituição, direta ou indiretamente, fazem parte de apoio à educação. No entanto, no relatório foram mencionadas as atividades de cada campus e afirmada a necessidade do funcionamento ininterrupto, não sendo conhecido a quantidade de servidores por setor, a função de cada um deles e as atividades específicas realizado por cada um. A implantação do regime de 30 horas (Portaria 149/2003-DG/Cefet, revogada pela Portaria 290/2003- DG/Cefet e posteriormente alterada pelas Portarias 1781/2011 e 1880/2012- Reitoria/IFRN) não fez restrições às atividades no IFRN que não apresentam os requisitos necessários para se adequarem ao Decreto 4.836/2003, mas sim, definiu novos parâmetros para a concessão quase que generalizada da redução da jornada de trabalho.” – o grifo é nosso. 7.3.2) Acórdão nº 5.529/2010 – 2ª Câmara: Segue trecho do Acórdão: “(...) Determinação ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas (IFAM) para que verifique a adequação de seus normativos ao Decreto nº 1.590, de 10.08.1995, alterado pelo de nº 4.836, de 09.09.2003, notadamente quanto ao que estabelece para os servidores da Administração Pública Federal direta, das autarquias e das fundações públicas a jornada de trabalho de oito horas diárias e a carga horária de quarenta horas semanais, alertando que, conforme o art. 3º do aludido Decreto, a jornada de trabalho de seis horas diárias e a carga horária de trinta horas semanais só deverão ser facultadas quando os serviços exigirem atividades contínuas de regime de turnos ou escalas, em período igual ou superior a doze horas ininterruptas, em função de atendimento ao público, devendo-se, neste caso, dispensar o intervalo para refeições.” 7.3.3) Acórdão nº 5.572/2008 – 2ª Câmara: Segue trecho do Acórdão: “(...) Determinar à Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) que adeque a Portaria 215/2008 ao artigo 3º do Decreto 1590/95 (com a redação dada pelo Decreto 4836/2003), de forma que a jornada de seis horas diárias e de 30 horas semanais restrinja-se somente àquelas unidades acadêmicas e administrativas em que os serviços sejam executados em período igual ou superior a 12 horas ininterruptas, em função de atendimento ao público ou trabalho no período noturno; e que publique, juntamente com seu endereço, na sua homepage, na internet, seus horários de funcionamento. Determinar à Secex/RS que encaminhe cópia da presente deliberação, acompanhada de reprodução das fls. 289/302 dos autos, ao interessado, à entidade, e à CGU/RS.” 7.4) Entendimentos jurídicos sobre jornada especial de 6 horas: No Direito do Trabalho, o regime de jornada de 6 horas está relacionado com atividades laborativas especiais ou circunstâncias especiais de trabalho, que, por sua natureza ou ambientação, produzem forte desgaste nas condições físicas do trabalhador envolvido. Assim, a redução na jornada de trabalho constitui um mecanismo eficiente para a redução do desgaste produzido. Neste grupo de trabalhadores se incluem: art. 226 da Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 189 CLT – porteiro, limpeza, telefonista, contínuos e serventes, empregados em bancos e casas bancárias; art.227 da CLT – serviços de telefonia, telegrafia, radiotelegrafia e radiotelefonia; e art. 293 da CLT – trabalhadores em minas de subsolo. A CF88, em seu inciso XIV, art. 7º prevê a jornada de 6 horas para trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento. A redução da jornada prevista na CF88 está relacionada com o desgaste físico e psicológico que a natureza do trabalho em turno ininterrupto provoca. O turno ininterrupto está relacionado com o tipo de serviço a ser executado – ou seja, por que o estabelecimento não pode parar? Basicamente, isto ocorre porque o demanda de serviço dita o ritmo do trabalho e cabe ao trabalhador atender prontamente (ou estar de prontidão) a demanda que poderá surgir a qualquer hora, sob pena de prejudicar a atividade fim. 7.5) Sobre a interpretação dos conceitos que compõem o art. 3º do Decreto nº 1.590/95: Transcrevendo o artigo em questão: “Quando os serviços exigirem atividades contínuas de regime de turnos ou escalas, em período igual ou superior a doze horas ininterruptas, em função de atendimento ao público ou trabalho no período noturno, é facultado ao dirigente máximo do órgão ou da entidade autorizar os servidores a cumprir jornada de trabalho de seis horas diárias e carga horária de trinta horas semanais, devendo-se, neste caso, dispensar o intervalo para refeições” – o grifo é nosso. A norma descreve que, para a redução de jornada de trabalho ser autorizada, devem ser respeitados, cumulativamente, os três critérios definidos na Lei: atividade contínua; regime de trabalho em turnos ou escalas; e atendimento ao público ou atividade noturna (este considerado após as 21 horas). Em relação a estes critérios, entende-se válida uma explanação, considerando os entendimentos já descritos nos 7.1~7.4 anteriores: - Atividades Contínuas: atividade em que o funcionário deve estar de prontidão para o serviço, ou seja, o funcionário não possui prerrogativa de interromper o serviço por sua iniciativa ou desocupar o seu posto, sob risco de causar prejuízo ao andamento do serviço. Exemplificando – Enfermeiro ou Médico de Plantão – o mesmo não pode desocupar o posto em nenhum momento, sob risco de não atender o paciente em situação de emergência; e Bibliotecário – o mesmo deve estar de prontidão para atender os usuários da biblioteca da forma mais ágil e eficiente possível; - Regime de Trabalho em turnos ou escalas: trata-se de uma consequência direta da atividade contínua. Uma vez que o serviço não pode parar, adota-se turnos ou escalas enquanto perdurar o serviço; e - Atendimento ao Público: uma das causas que torna o serviço ininterrupto, necessitando a prontidão do funcionário para o atendimento e resolução da demanda é o atendimento ao público, que nada mais do que é o “cliente do negócio”. Ou seja, para o negócio é importante que o público (entende-se cliente) seja atendido de forma rápida e satisfatória, assim, necessitando que o funcionário esteja integralmente à disposição para solução da demanda do público quando da realização do atendimento. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 190 Vale também dizer que, pessoas vinculadas à organização – como funcionários, aposentados e docentes – não são considerados “público”, pois, conforme constam dos entendimentos da AGU, CGU e TCU, a jornada flexibilizada é para ser aplicada em situações específicas, assim, caso considere tais agentes como “público”, tornará a flexibilização bastante generalizada. E ainda, deve-se considerar que a redução de jornada significa maior custo para organização (em função da necessidade de maior quantitativo de servidores), assim, constitui incoerência aumentar o custo para atender interesses de membros da própria organização, sendo que o objetivo comum de todos os integrantes da organização consiste em consolidar os esforços para proporcionar o melhor resultado. Também exclui-se do conceito de “público”, entes ou pessoas que prestam serviço para a organização, como fornecedor. Não há coerência em estender o horário de atendimento – ou seja, aumentar os custos – para, por exemplo, ampliar o horário de recebimento dos bens e serviços do fornecedor. É do interesse do fornecedor se adaptar ao horário do cliente (que no caso será a UFPR) para garantir os negócios dele e não ao contrário. - Trabalho em período noturno: trata-se de uma consequência do regime de trabalho em turnos ou escalas. Aplicando os conceitos já citados, entende-se que a redução da jornada de trabalho para 6 horas contínuas poderá ser concedida nas seguintes situações: - Atividade contínua de atendimento ao público (entende-se alunos): a necessidade de o funcionário estar de prontidão para solucionar imediatamente as demandas na frente do aluno (cliente) que poderá demandar o serviço a qualquer momento, inclusive em períodos noturnos, caracteriza atividade contínua. No caso do HC, os clientes são os pacientes; - Regime de Trabalho em turnos ou escalas: considerando a realização de aulas nos três períodos, os funcionários que se dedicam ao atendimento ao aluno deverão montar escalas de atendimento para cobrir todos os períodos; e - Interesse da Instituição: mesmo abrindo mão de 2 horas de jornada e necessitando contratar mais 1 funcionário para ocupar um posto de 12 horas, manter o atendimento durante 12 horas (ou mais) de forma contínua é de interesse da UFPR. Em relação ao “atendimento ao aluno”, entende-se que para situações como: - para o servidor lotado no Serviço Geral, responsável pela abertura (de manhã, antes do horário comercial) e fechamento (de noite) das salas de aulas, mesmo não exercendo atendimento ao aluno de forma direta, entende-se possível a flexibilização; - para o servidor lotado no almoxarifado, onde há retirada de materiais didáticos pelo professor para uso nos três turnos de aula, mesmo não exercendo atendimento direto ao aluno, é possível a flexibilização – pois, sem os materiais as aulas não iriam ocorrer; e - para o servidor lotado no setor de informática, responsável pela manutenção do laboratório de informática (que funciona nos três turnos), a flexibilização é possível, uma vez que o mesmo deve estar de prontidão para atender demandas do laboratório que podem ocorrer a qualquer hora, sob risco de interromper a atividade de ensino. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 191 Por fim, a jornada reduzida não deve ser entendida como um “benefício” para os funcionários, mas sim, uma retribuição pelo exercício de um serviço em condições especiais. Conforme descrito no próprio art. 3 do Decreto nº 1.590/95, a concessão é uma faculdade do dirigente. 8) Considerações Finais: Conforme descrito no item 5, excetuando o HC, cerca de 1/3 dos servidores da UFPR estão em jornada flexibilizada, assim, não representando uma “generalização da concessão”. Por sua vez, a inferência realizada no item 6 demonstra que, das flexibilizações concedidas, o índice de inconsistência deva ser em torno de 20%, representando cerca de 400 servidores das 2.000 flexibilizações concedidas. As informações ilustradas no Quadro do item 5 demonstram que, especialmente nos Setores, existem servidores que, mesmo cumprindo os requisitos do art. 3º do Decreto nº 1.590/95 não estão com jornada flexibilizada, ressaltando que, constitui faculdade do dirigente a concessão ou não. Caso o dirigente entenda que a concessão irá gerar prejuízo ao bom andamento do trabalho, a mesma pode ser negada. Em relação ao processo de regularização da concessão, por meio do Ofício nº 203/2014PROGEPE, de 27/Mai/2014, a UFPR informou: “A Ata da sessão ordinária do COUN de 18/12/2013 mostra que ficou deliberado que em reunião temática haveria a recomposição da comissão de que trata a Resolução nº 56/11 - COUN e o encaminhamento dos trabalhos. A próxima sessão do COUN está prevista para o dia 28/05/2014, onde será apresentada proposta de recomposição da comissão, bem como de que sejam revisados todos os processos onde houve a concessão de jornada flexibilizada na universidade e revogados aqueles onde não haja completude de atendimento das condições estipuladas no arcabouço legal. Ainda, a Reitoria determinou ao Pró-Reitor de Gestão de Pessoas que oficie a todas as chefias da Universidade que tomem as providencias necessárias ao retorno imediato a jornada de 40 horas semanais nas unidades da UFPR que não submeteram o processo de flexibilização à Comissão de que trata a Resolução n.o 5611 1 - COUN e não tem portanto autorização da mesma para a jornada especial, sob pena de responsabilização solidária da chefia. Outrossim, foi solicitado que a medida seja tomada tão logo haja o retorno da Greve dos servidores técnicos administrativos”. o#tF a/ Causa - falta de uniformização do entendimento do art. 3º do Decerto nº 1.590/95 e não constituição de comissão específica para avaliar a concessão da jornada flexibilizada. Do ponto de vista da personalização das responsabilidades, entendeu-se que o Pró-Reitor de Gestão de Pessoas poderia ter atuado no sentido de reduzir a impropriedade, pois: - conforme inciso I, art. 77 da Resolução 15/91 – CA – Regimento da Reitoria da UFPR, compete aos Pró Reitores planejar, coordenar, orientar, supervisionar e dirigir as atividades de suas respectivas Pró-Reitorias; e Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 192 - o art. 52 da Resolução 15/91 – CA – Regimento da Reitoria da UFPR, descreve que a Pró-Reitoria de Recursos Humanos e Assuntos Estudantis (atual Pró Reitoria de Gestão de Pessoas (PROGEPE) e Pró Reitoria de Assuntos Estudantis (PRAE)) é órgão de planejamento e gestão administrativa, que tem por finalidade promover o desenvolvimento e a implementação de uma política de promoção dos recursos humanos para a realização dos objetivos institucionais e trabalhará por delegação de poderes do Reitor. u#asC / Manifestação da Unidade Examinada Em relação ao assunto, por meio do Ofício nº 239/2014/PROGEPE/GPR, de 25/Jun/2014, a UFPR informou: “Através da Portaria nº 1091-Reitor, de 28/Mai/2014, foi designado Comissão para análise e deliberação dos pedidos de flexibilização da jornada de trabalho dos servidores técnico-administrativos da UFPR, nos termos do disposto na Resolução nº 56/2011-COUN. Ficou estabelecido para a comissão um prazo de 60 (sessenta) dias para revisão de todas as concessões realizadas no período anteior. Além disso, foi emitido Ofício 334/14-R, de 12 de maio de 2014, solicitando retorno imediato da jornada de 40 horas semanais a todas as unidades da UFPR que não submeteram o devido processo de flexibilização de jornada de trabalho à Comissão instituída pela Portaria 1935, de 06/Jan/2012, cujos pedidos foram autorizados pela mesma, sendo emitidas Portarias 7155 e 7157, para dar publicidade ao ato.” oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Conforme consta do sítio eletrônico da UFPR, efetivamente foi publicada a determinação de retorno à jornada de 40 horas para as unidades com flexibilização sem autorização. Considerando que foram iniciados os trabalhos de revisão da concessão da jornada flexibilizada, resta aguardar a conclusão dos mesmos. A recomendação será mantida, uma vez que a pendência está em processo de resolução. orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Após definição do entendimento, designar comissão específica para analisar e emitir parecer sobre os pedidos de flexibilização de jornada. Após avaliação da comissão o pleito deverá ser aprovado pelo Reitor. Recomendação 2: Seja por meio de aditamento à Resolução nº 56/2011-COUN ou edição de um novo normativo, recomenda-se o detalhamento do entendimento do art. 3 do Decreto nº 1.590/95, especialmente no que tange a definição de: atividade contínua; e definição de público. 4.2.3 ADICIONAIS 4.2.3.1 CONSTATAÇÃO Manutenção das situações apontadas no item 4.1.5.8 do Relatório de Auditoria nº 201203111/2012 - Auditoria Anual de Contas do exercício de 2011. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 193 Fato Em relação às recomendações contidas no item 4.1.5.8 do Relatório de Auditoria nº 201203111/2012, por meio do Plano de Providências 2013, encaminhado por meio do Ofício nº 811/2013-R, de 18/Nov/2013, a UFPR informou que: Recomendação 1: Que os gestores interrompam os pagamentos dos adicionais de insalubridade e/ou periculosidade: i) que não estejam suportados por laudos ambientais, portarias de concessão e de lotação/localização; ii) a servidores em lotação diversas da declarada nos respectivos laudos; iii) a servidores para os quais os pareceres técnicos/laudos concluíram pela não caracterização de insalubridade; iv) a servidores para os quais já houve apontamentos de impropriedades e/ou inconformidades dos pareceres técnicos/laudos. “A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas já vem realizando a revisão de laudos gradativamente para a regularização da concessão de adicionais de insalubridade/periculosidade e gratificação de raio x. Somente no ano de 2012, ao final do 3º trimestre, foram realizados 342 laudos, considerando o quantitativo de profissionais do Serviço de Segurança e Saúde Ocupacional da UFPR, que estão atuando no limite de sua capacidade de execução.” Recomendação 2: Que os gestores promovam o levantamento de todos os servidores da Universidade que estejam recebendo os adicionais e efetuem a conferência da exatidão dos documentos (portarias de localização ou de exercício do servidor, de concessão dos adicionais e os laudos ambientais) antes de autorizar os pagamentos em atendimento ao art. 6º, do Decreto nº 97.458, de 11/01/1989 por ser de sua responsabilidade a verificação prévia do implemento de condição ou condicionalidades. “Levantamento de todos os servidores que recebem adicionais de insalubridade/periculosidade e e gratificação de raio x e conferência de portarias e laudos ocupacionais.” Recomendação 3: Que procedam à reposição dos valores pagos indevidamente aos servidores a título de adicionais de insalubridade e/ou periculosidade que não estejam suportados por laudo de concessão específico, servidores em lotação diversas da declarada nos respectivos laudos, a servidores para os quais os pareceres técnicos/laudos concluíram pela não caracterização de insalubridade, a servidores para os quais já houve apontamentos de impropriedades e/ou inconformidades dos pareceres técnicos/laudos em relatórios anteriores, no valor apurado de R$ 278.189,31. “A Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas vinha promovendo descontos referentes a percepção de adicionais de insalubridade/periculosidade e gratificação de raio x, considerando a data de ciência do servidor quanto a suspensão dos referidos adicionais. Entretanto o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Terceiro Grau Público da Cidade de Curitiba, Região Metropolitana e Litoral ingressou com Ação Cívil Pública nº 5035297-63.2012.404.7000/PR que em decisão liminar foi deferida a antecipação de tutela, para determinar que esta UFPR se abstenha de promover o Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 194 desconto em folha, a título de reposição de valores relativos de adicional de insalubridade/periculosidade pago a maior, até final solução da lide.” Recomendação 4: Levante o total dos valores pagos indevidamente a servidores (não constantes da amostra realizada por meio da Solicitação de Auditoria nº 201203111/009) a título dos adicionais de insalubridade e periculosidade e sem a apresentação da documentação (laudos, portarias de lotação e de concessão) obrigatória exigida pela legislação, a servidores em lotação diversas da declarada nos respectivos laudos, a servidores para os quais os pareceres técnicos/laudos concluíram pela não caracterização de insalubridade, a servidores para os quais já houve apontamentos de impropriedades e/ou inconformidades dos pareceres técnicos/laudos e providencie a restituição de tais valores. “Levantamento de todos os servidores que recebem adicionais de insalubridade/periculosidade e gratificação de raio x e conferência de portarias e laudos ocupacionais.” Recomendação 5: Que a UFPR apure as responsabilidades pela continuação dos pagamentos indevidos a título de adicionais de insalubridade e periculosidade aos servidores que não estejam suportados por laudo de concessão específico, a servidores para os quais os pareceres técnicos/laudos concluíram pela não caracterização de insalubridade, a servidores para os quais já houve apontamentos de impropriedades e/ou inconformidades dos pareceres técnicos/laudos, em atendimento aos arts. 9º e 12 da Orientação Normativa SRH/MPOG nº 02/2010, c/c com os arts. 6º e 9º do Decreto nº 97.458, de 11/01/1989: “Art. 6º A execução do pagamento somente será processada à vista de portaria de localização ou de exercício do servidor e de portaria de concessão do adicional, bem assim de laudo pericial, cabendo à autoridade pagadora conferir a exatidão esses documentos antes de autorizar o pagamento. (...) 9º Incorrem em responsabilidade administrativa, civil e penal os peritos e dirigentes que concederem ou autorizarem o pagamento dos adicionais em desacordo com este Decreto”. “Somente do momento da realização da auditoria o Departamento de Administração de Pessoal teve conhecimento da efetivação dos laudos de insalubridade/periculosidade e a partir deste momento promoveu os devidos acertos administrativos, realizados a partir da ciência do servidor para assegurar o direito ao contraditório e ampla defesa.” Recomendação 6: Que a UFPR providencie a revisão geral de todos os laudos de avaliação ambiental, (principalmente dos laudos antigos, datados de 1990 a 2005) de concessão dos adicionais de insalubridade e de periculosidade de seus servidores que não atendem aos requisitos básicos exigidos no art. 2º, do Decreto nº 97.458, de 11/01/1989 e a Orientação Normativa nº 02/2010, de 19/02/2010, da Secretaria de Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 195 Recursos Humanos do MPOG. Que a UFPR adote mecanismos para que os laudos de avaliação ambiental emitidos pelo setor competente atendam às exigências quanto: i) ao tempo da efetiva exposição dos servidores aos agentes insalubres e da sua intensidade; ii) à identificação do local de exercício do servidor e do tipo de trabalho realizado; iii) à especificação dos produtos químicos e inflamáveis; iv) à delimitação da área envolvida; v) ao índice de contaminação e/ou concentração dos produtos; vi) aos aparelhos utilizados nas medições e a metodologia aplicada nessas; e vii) ao estabelecimento de limites de tolerância por avaliação quantitativa, quando for o caso. “Levantamento de todos os servidores que recebem adicionais de insalubridade/periculosidade e gratificação de raio x e conferência de portarias e laudos ocupacionais.” Em atendimento ao acordado em reunião realizada em 03/12/2013, no auditório da 4ª SECEX do TCU no Paraná, com a presença de representantes da UFPR, do TCU e da CGU, a Unidade emitiu o Ofício UFPR nº 937/2013-R, de 20/12/2013, tratando de diversos assuntos, inclusive a concessão dos Adicionais de Insalubridade e de Periculosidade. Sobre o assunto, reproduz-se a manifestação da Unidade: “A Universidade Federal do Paraná está revendo gradativamente os atos que se referem à concessão de adicionais e reiteramos ainda as informações já apresentadas anteriormente solicitando que sejam consideradas as justificativas apresentadas urna vez que demonstram a realidade vivenciada ao longo dos anos dentro desta Instituição, mostrando que esta IFES nos últimos anos não ficou estática com relação ao assunto abordado e que vem implementando gradativamente e dentro de sua capacidade administrativa as ações no sentido da melhoria da concessão dos adicionais. Necessário se faz para isto contextualizar os fatos. No período que antecede ao exercício de 2010 os adicionais de insalubridade e periculosidade eram pagos com base nos arts. 68 a 70 da Lei n.º 8.112 de 11/12/1990, pelo artigo 12 da Lei n.º 8.270 de 17/12/1991 e Decreto n.º 97.458 DE 15/01/1989 e ainda na Portaria n.º 3214 do Ministério do Trabalho e Emprego que estabelece as Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, mais especificamente nas NR n.º 15 - Insalubridade e NR n.º 16 - Periculosidade. Os Laudos então eram confeccionados por Ambiente de Trabalho, uma vez que a Lei não exigia individualização dos mesmos, o que resulta em dizer que todos os servidores lotados em um ambiente de trabalho insalubre ou perigoso eram alcançados pelo laudo. Apenas em 19/02/2010 a Secretaria de Recursos Humanos no uso de suas atribuições expediu a Orientação Normativa n.º 02/2010 que uniformizar entendimentos no tocante à concessão de adicionais estabelecidos pelos arts. 68 a 70 da Lei n.º 8.112 de 11/12/1990, pelo artigo 12 da Lei n.º 8.270 de 17/12/1991, e pelo Decreto n.º 97.458 de 15/01/1989. A Orientação Normativa n.º 02/2010 estabeleceu a partir dali laudos individualizados. Ocorre que a Universidade contava a época com uma reduzida equipe na área de segurança do trabalho para realizar as visitas técnicas e revisar ou até emitir novos Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 196 laudos de maneira individualizada, onde as avaliações deveriam ser feitas a partir de análises descritivas por posto de trabalho. Neste momento, a primeira providência adotada pela Administração foi a de cortar qualquer tipo de adicional de periculosidade ou insalubridade no momento da movimentação do servidor, que no caso de lotação em outro local deveria abrir processo e requerer novo laudo. Corno inicialmente a Instrução dizia que os laudos eram por ambiente, a movimentação de servidores dentro do HC não tinha como ser monitorada pela PROGEPE. Em termos numéricos o local da Universidade com maior concessão de adicionais é o Hospital de Clinicas. A questão de revisão de laudos para o Hospital foi bastante prejudicada por que, dentro do sistema SIAPE, não constava incluído o organograma do Hospital. As movimentações que ocorriam no âmbito interno eram gerenciadas pela Unidade de Movimentação de Recursos Humanos do próprio hospital. O passo seguinte foi a inserção do organograma do Hospital de Clínicas, com as unidades específicas dentro do Sistema SIAPE, facilitando assim detectar a movimentação dos servidores dentro do Hospital, havendo o corte imediato dos adicionais no caso de remoção também para o Hospital de Clinicas. Na época a CGU, após auditoria específica na área da Universidade responsável pelos laudos (SESAO) sugeriu a abertura de processo licitatório para contratação de empresa especializada para a confecção dos laudos, dada a constatação de que com a equipe disponível o prazo para a execução da tarefa seria bastante longo. A Universidade na época deu inicio aos estudos necessários para redigir o termo de referência que serviria de base ao processo licitatório, que, ao ser encaminhado a Procuradoria Federal na Universidade recebeu parecer desfavorável a contratação, impedindo que o processo fosse adiante. Contudo o problema de adequação de laudos não era apenas da UFPR, de modo que o Governo Federal propôs, já no inicio de 2011, a criação do SIASS - Sistema Integrado de Atendimento a Saúde do Servidor. Um dos aspectos propostos no SIASS era a criação, através de um acordo de cooperação, de um núcleo de saúde e segurança do trabalho único, sediado na UFPR, que receberia vagas de profissionais desta área, que atuariam em conjunto elaborando laudos para a UFPR e UTFPR, e posteriormente passou a atender também o IFPR. Desta forma o Acordo de Cooperação Técnica n.º 03/2011 foi assinado, tendo como participes o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão - MPOG, A Universidade Federal do Paraná - UFPR, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR e o Instituto federal do Paraná-IFPR. (ANEXO 14) Assim, vieram os profissionais para compor o sistema SIASS. Foram lotados na SESAO (Serviço de Saúde Ocupacional/UFPR), 2 Engenheiros de Segurança do Trabalho, em troca a Universidade passa a atender a demanda de 3 instituições distintas: UFPR (com HC), UTFPR e IFPR. Ainda, no exercício de 2012, em cumprimento ao Plano de Providencias Permanente da UFPR, e tendo em vista que o quantitativo de pessoal lotado no SESAO seria insuficiente para, em prazo exíguo rever e elaborar laudos individuais para os servidores com percepção de adicionais a fim de adequá-los a norma, foi designada Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 197 uma "força tarefa" indicando médicos do Hospital de Clinicas, que foram deslocados temporariamente de suas funções e agregados a equipe do SESAO. Nesta ocasião foram emitidos 1827 laudos individualizados, em atendimento a Orientação Normativa n.º 02/2010. Estes laudos foram encaminhados pela SESAO a PROGEPE nos últimos dias do exercício de 2012 para adequação da folha (ANEXO 15). Conforme mostra a rotina de implantação de adicionais (ANEXO 16) há um fluxograma para alteração do sistema SIAPE, que deve ser obedecido para cada processo que vise alteração de folha de pagamento. Ocorre que os 1827 laudos elaborados não foram feitos a pedido dos servidores, de maneira que não havia processo administrativo individual aberto, os laudos foram encaminhados em 3 caixas, necessitando que fossem abertos então, 1827 processos administrativos individuais (que mais tarde seriam arquivados nas pastas funcionais dos servidores) para que então os laudos tramitassem nas vária" unidades da PROGEPE e inclusive voltasse ao servidor para ciência. Cada processo, no caso de adicionais, passa por 12 etapas até que a alteração na folha de pagamento seja concluída, urna delas na Unidade de Registros Funcionais da PROGEPE, requer praticamente a redigitação do laudo dentro do sistema SIAPE, e isto, apenas após a emissão e publicação do laudo no DOU. Ainda, para efetivação das alterações em folha de pagamento decorrentes de laudos, se faz necessário incluir informações do laudo no sistema SIASS - Sistema Integrado de Atendimento a Saúde do Servidor.- que fornecerá um número de laudo sem o qual o SIAPE não altera os lançamentos em folha. Todas estas etapas levam um tempo considerável e ainda, iniciaram-se no período de janeiro e fevereiro de 2013 quando uma boa parte do quantitativo de servidores da PROGEPE encontra-se em período de férias funcionais. Neste momento a Administração enfrentou outra situação, o Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos - SINDITEST, contratou um engenheiro de segurança do trabalho e através de sua assistência jurídica passou a contestar, individualmente, os laudos elaborados sob a égide da Orientação Normativa n.º 02/2100. Os servidores ao receber o processo para ciência do laudo (etapa 3 do fluxograma), recorriam ao sindicato que preparava documento contestando o laudo, o que trazia mais morosidade ao processo. Contudo, antes que fosse possível a abertura e encaminhamento inicial dos aproximadamente 1900 processos administrativos houve a mudança da Orientação Normativa 02/2010, revogada e substituída por outra, a Orientação Normativa n.º 06/2013 de 19 de março de 2013. Assim, passou-se a revisão dos laudos elaborados a luz da Orientação Normativa n.º 02/2010 para que sejam adequados a norma ora vigente, agora sob a égide da Orientação Normativa n.º 06/2013 de 19 de março de 2013. Conforme informação obtida junto a Coordenadoria de Atenção Integral à Saúde do Servidor - CAISS/PROGEPE, durante o exercício de 2013, foram emitidos e implantados 298 laudos normativamente atualizados. (ANEXO 17) Tendo em vista o limitado quantitativo de pessoal disponível para a tarefa, que ainda atende a demanda do IFPR, e, a impossibilidade atual de estabelecer nova força tarefa Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 198 deslocando servidores do HC para auxiliar o SESAO nesta atividade, estimamos que num prazo de 9 (nove) meses será possível o refazimento dos laudos bem como sua correta implantação no sistema SIAPE.” Em consonância com suas manifestações, a UFPR elidiu apenas parcialmente as diversas falhas apontadas, uma vez que a mesma possui mais de 2.500 servidores recebendo adicionais e houve a revisão de apenas 298 laudos até a data de emissão do Ofício 937/2013, ou seja, 20/12/2013. A previsão para o encerramento das revisões de todos os laudos data de 30/09/2014, conforme o citado Ofício, bem como manifestação dos dirigentes da UFPR em reuniões realizadas no ano corrente. Considerando os fatos descritos, em relação às recomendações do Relatório de Auditoria nº 2012031111 conclui-se que: Recomendação 1: não atendida, porquanto não foram cessados os pagamentos dos adicionais de insalubridade e/ou periculosidade: i) que não estejam suportados por laudos ambientais, portarias de concessão e de lotação/localização; ii) a servidores em lotação diversas da declarada nos respectivos laudos; iii) a servidores para os quais os pareceres técnicos/laudos concluíram pela não caracterização de insalubridade; iv) a servidores para os quais já houve apontamentos de impropriedades e/ou inconformidades dos pareceres técnicos/laudos; Recomendações 2 e 6: foram parcialmente atendidas, uma vez que a Unidade iniciou a revisão dos adicionais, porém, como a previsão para a revisão geral encerra-se apenas em 30/09/2014, serão objeto de monitoramento e verificação após a referida data; Recomendações 3 e 4: uma vez que a Unidade não se manifestou sobre a reposição dos valores apontados nessas duas recomendações, faz-se necessário que a mesma elabore ações corretivas e demonstre-as em um plano de providências; e Recomendação 5: uma vez que a Unidade não se manifestou sobre a apuração de responsabilidade a quem deu causa aos fatos apontados, faz-se necessário que a mesma elabore ações corretivas e demonstre-as em um plano de providências. Em relação à situação atual, conforme informações extraídas do SIAPE, em Fev/2014, a UFPR (incluído os servidores do HC), contava com: - 46 servidores percebendo adicional de insalubridade em grau mínimo (5%); - 1.561 servidores percebendo adicional de insalubridade em grau médio (10%); e - 1.009 servidores percebendo adicional de insalubridade em grau máximo (20%). O valor mensal pago em Fev/2014 foi de R$ 1.292.352,00. A análise dos dados cadastrados no SIAPE – descrição do Setor X índice de adicional de insalubridade percebido, demonstrou que, em termos gerais, há adequação na concessão do adicional de insalubridade. Isto é, os servidores que percebem o adicional estão lotados em setores que ensejam adequação no pagamento, tal como: departamentos de física, química, saúde, agrárias, etc. Não ocorrendo pagamento a servidores lotados em setores como: jurídica; ciências sociais; computação, etc. Vale ressaltar que, trata-se de uma análise que indica regularidade em um contexto geral, sendo indispensável a emissão de laudos para a regularização definitiva do assunto. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 199 Entretanto, existe uma situação que merece especial atenção, trata-se dos servidores do HC que percebem adicional de insalubridade em grau máximo. Dos 1.009 servidores que percebem adicional de insalubridade em grau máximo, 925 estão lotados no HC/UFPR, ou seja, cerca de 45% dos servidores lotados no HC estariam sujeitos à exposição em grau máximo. Tanto a ON 06 como a ON 02, bem como o ANEXO 14 – Agentes Biológicos – da NR15, estabelecem critérios bastante restritivos para concessão do adicional em grau máximo (para ambiente hospitalar), qual seja – pacientes em isolamento por doença infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados. Conforme visita técnica realizada pela equipe de Auditoria da CGU nas dependências do HC, em Out/2013, verificou-se que são bastante limitados os ambientes que necessitam de isolamento por doença infecto-contagiosa, assim, entende-se que o índice de servidores percebendo o adicional é incompatível com o número de ambientes com o risco correspondente. o#tF a/ Causa Não conclusão da atividade de emissão de laudos ambientais e emissão da ON MPOG nº 06/2013, em substituição à ON MPOG nº 02/2010. u#asC / Manifestação da Unidade Examinada Por meio do Ofício nº 239/2014-PROGEPE/GPR, de 25/06/2014, a UFPR apresentou a seguinte manifestação: “Em atendimento ao ofício nº 302/2014 – AUDIN/UFPR, referente ao Relatório Preliminar de auditoria n° 201407318, apresentamos as seguintes manifestações: 4.2.2 SISTEMAS DE CONCESSÕES 4.2.2.1 CONSTATAÇÃO Permanência das inconsistências relacionadas com a flexibilização da jornada de trabalho. Recomendações: Recomendação 1: Após definição do entendimento, designar comissão específica para analisar e emitir parecer sobre os pedidos de flexibilização de jornada. Após avaliação da comissão o pleito deverá ser aprovado pelo Reitor. Recomendação 2: Seja por meio de aditamento à Resolução n° 56/2011COUN ou edição de um novo normativo, recomenda-se o detalhamento do entendimento do arte 3 do Decreto n° 1.590/95, especialmente no que tange a definição de: atividade contínua; e definição de público. Através da Portaria n.º 1091-Reitor, de 28/05/2014, foi designada Comissão para análise e deliberação dos pedidos de flexibilização da jornada de trabalho dos servidores técnico-administrativos da UFPR, nos termos do disposto na Resolução n.º 56/2011-COUN. Ficou estabelecido para a comissão um prazo de 60 (sessenta) dias para a revisão de todas as concessões realizadas no período anterior. Além disso, foi emitido Ofício 334/14-R, de 12 de maio de 2014, solicitando retorno Imediato da jornada de 40 horas semanais a todas as Unidades da UFPR que não Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 200 submeteram o devido processo de flexibilização de jornada de trabalho à Comissão instituída pela Portaria 1935, de 06/01/2012, cujos pedidos foram autorizados pela mesma, sendo emitidas Portarias 7155 e 7157, para dar publicidade ao ato. 4.2.3 ADICIONAIS 4.2.3.1 CONSTATAÇÃO Manutenção das situações apontadas no item 4.1.5.8 do Relatório de Auditoria n° 201203111/2012 - Auditoria Anual de Contas do exercício de 2011. Recomendações: Recomendação 1: não atendida, porquanto não foram cessados os pagamentos dos adicionais de insalubridade e/ou periculosidade: i) que não estejam suportados por laudos ambientais, portarias de concessão e de lotação/localização; ii) a servidores em lotação diversas da declarada nos respectivos laudos; iii) a servidores para os quais os pareceres técnicos/laudos concluíram pela não caracterização de insalubridade; iv) a servidores para os quais já houve apontamentos de impropriedades e/ou inconformidades dos pareceres técnicos/laudos; Recomendações 2 e 6: foram parcialmente atendidas, uma vez que a Unidade iniciou a revisão dos adicionais, porém, como a previsão para a revisão geral encerra-se apenas em 30/09/2014, serão objeto de monitoramento e verificação após a referida data; Recomendações 3 e 4: uma vez que a Unidade não se manifestou sobre a reposição dos valores apontados nessas duas recomendações, faz-se necessário que a mesma elabore ações corretivas e demonstre-as em um plano de providências; e Recomendação 5: uma vez que a Unidade não se manifestou sobre a apuração de responsabilidade a quem deu causa aos fatos apontados, faz-se necessário que a mesma elabore ações corretivas e demonstre-as em um plano de providências. Recomendação 1: Verificar o atendimento das recomendações 1-6 do Relatório de Auditoria n° 201203111/2012, ressaltando a necessidade de priorizar a avaliação dos servidores lotados no HC que percebem grau máximo de insalubridade. Conforme informado anteriormente ao Tribunal de Contas da União - TCU, decorrente de reunião realizada em dezembro/2013, entre representantes do TCU, da CGU e da UFPR: "A UFPR está revendo gradativamente os atos que se referem a concessão de adicionais e reiteramos ainda as informações já apresentadas anteriormente solicitando que sejam consideradas as justificativas apresentadas uma vez que demonstram a realidade vivenciada ao longo dos anos dentro desta Instituição, mostrando que esta IFES nos últimos anos não ficou estática com relação ao assunto abordado e que vem implementando gradativamente e dentro de sua capacidade administrativa as ações no sentido da melhoria da concessão dos adicionais. Necessário se faz para isto contextualizar os fatos. No período que antecede ao exercício de 2010 os adicionais de insalubridade e periculosidade eran1 pagos com base nos arts. 68 a 70 da Lei n.º 8.112 de 11/12/1990, pelo artigo 12 da Lei n.º 8.270 de 17/12/1991 e Decreto n.º 97.458 DE 15/01/1989 e ainda na Portaria n.º 3214 do Ministério do Trabalho e Emprego que estabelece as Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, mais especificamente nas NR n.º 15 - Insalubridade e NR n.º 16 - Periculosidade. Os Laudos então eram confeccionados por Ambiente de Trabalho, uma vez que a Lei não exigia individualização dos mesmos, o que resulta em dizer que todos os servidores lotados em um ambiente de trabalho insalubre ou perigoso eram alcançados pelo laudo. Apenas em 19/02/2010 a Secretaria de Recursos Humanos no uso de suas atribuições expediu a Orientação Normativa n.º 02/2010 que uniformizar entendimentos no tocante à concessão de adicionais estabelecidos pelos arts. 68 a 70 da Lei n.º 8.112 de Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 201 11112/1990, pelo artigo 12 da Lei n.º 8.270 de 17/12/1991, e pelo Decreto n.º 97.458 de 15/0111989. A Orientação Normativa n.º 02/2010 estabeleceu a partir dali laudos individualizados. Ocorre que a Universidade contava a época com uma reduzida equipe na área de segurança do trabalho para realizar as visitas técnicas e revisar ou até emitir novos laudos de maneira individualizada, onde as avaliações deveriam ser feitas a partir de análises descritivas por posto de trabalho. Neste momento, a primeira providência adotada pela Administração foi a de cortar qualquer tipo de adicional de periculosidade ou insalubridade no momento da movimentação do servidor, que no caso de lotação en1 outro local deveria abrir processo e requerer novo laudo. Como inicialmente a Instrução dizia que os laudos eram por ambiente, a movimentação de servidores dentro do HC não tinha como ser monitorada pela PROGEPE. Em termos numéricos o local da Universidade com maior concessão de adicionais é o Hospital de Clinicas. A questão de revisão de laudos para o Hospital foi bastante prejudicada por que, dentro do sistema SIAPE, não constava incluído o organograma do Hospital. As movimentações que ocorriam no âmbito interno eram gerenciadas pela Unidade de Movimentação de Recursos Humanos do próprio hospital. O passo seguinte foi a inserção do organograma do Hospital de Clínicas, com as unidades específicas dentro do Sistema SIAPE, facilitando assim detectar a movimentação dos servidores dentro do Hospital, havendo o corte imediato dos adicionais no caso de remoção também para o Hospital de Clinicas. Na época a CGU, após auditoria específica na área da Universidade responsável pelos laudos (SESAO) sugeriu a abertura de processo licitatório para contratação de empresa especializada para a confecção dos laudos, dada a constatação de que com a equipe disponível o prazo para a execução da tarefa seria bastante longo. A Universidade na época deu inicio aos estudos necessários para redigir o termo de referência que serviria de base ao processo licitatório, que, ao ser encaminhado a Procuradoria Federal na Universidade recebeu parecer desfavorável a contratação, impedindo que o processo fosse adiante. Contudo o problema de adequação de laudos não era apenas da UFPR, de modo que o Governo Federal propôs, já no inicio de 2011, a criação do SIASS - Sistema Integrado de Atendimento a Saúde do Servidor. Um dos aspectos propostos no SIASS era a criação, através de um acordo de cooperação, de um núcleo de saúde e segurança do trabalho único, sediado na UFPR, que receberia vagas de profissionais desta área, que atuariam em conjunto elaborando laudos para a UFPR e UTFPR, e posteriormente passou a atender também o IFPR. Desta forma o Acordo de Cooperação Técnica n.º 03/2011 foi assinado, tendo como participes o Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão - MPOG, A Universidade Federal do Paraná - UFPR, Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR e o Instituto federal do Paraná - IFPR. Assim, vieram os profissionais para compor o sistema SIASS. Foram lotados na SESAO (Serviço de Saúde Ocupacional/UFPR), 2 Engenheiros de Segurança do Trabalho, em troca a Universidade passa a atender a demanda de 3 instituições distintas: UFPR (com HC), UTFPR e IFPR. Ainda, no exercício de 2012, em cumprimento ao Plano de Providencias Permanente da UFPR, e tendo em vista que o quantitativo de pessoal lotado no SESAO seria insuficiente para, em prazo exíguo rever e elaborar laudos individuais para os servidores com percepção de adicionais a fim de adequá-los a norma, foi designada uma "força tarefa" indicando médicos do Hospital de Clinicas, que foram deslocados temporariamente de suas funções e agregados a equipe do SESAO. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 202 Nesta ocasião foram emitidos 1827 laudos individualizados, em atendimento a Orientação Normativa n.º 02/2010. Estes laudos foram encaminhados pela SESAO a PROGEPE nos últimos dias do exercício de 2012 para adequação da folha. Conforme mostra a rotina de implantação de adicionais há um fluxograma para alteração do sistema SIAPE, que deve ser obedecido para cada processo que vise alteração de folha de pagamento. Ocorre que os 1827 laudos elaborados não foram feitos a pedido dos servidores, de maneira que não havia processo administrativo individual aberto, os laudos foram encaminhados em 3 caixas, necessitando que fossem abertos então, 1827 processos administrativos individuais (que mais tarde seriam arquivados nas pastas funcionais dos servidores) para que então os laudos tramitassem nas várias unidades da PROGEPE e inclusive voltasse ao servidor para ciência. Cada processo, no caso de adicionais, passa por 12 etapas até que a alteração na folha de pagamento seja concluída, uma delas na Unidade de Registros Funcionais da PROGEPE, requer praticamente a redigitação do laudo dentro do sistema SIAPE, e isto, apenas após a emissão e publicação do laudo no DOU. Ainda, para efetivação das alterações em folha de pagamento decorrentes de laudos, se faz necessário incluir informações do laudo no sistema SIASS - Sistema Integrado de Atendimento a Saúde do Servidor.- que fornecerá um número de laudo sem o qual o SIAPE não altera os lançamentos em folha. Todas estas etapas levam um tempo considerável e ainda, iniciaram-se no período de janeiro e fevereiro de 2013 quando Ulna boa parte do quantitativo de servidores da PROGEPE encontra-se em período de férias funcionais. Neste momento a Administração enfrentou outra situação, o Sindicato dos Servidores Técnicos Adn1inistrativos - SINDITEST, contratou um engenheiro de segurança do trabalho e através de sua assistência jurídica passou a contestar, individualmente, os laudos elaborados sob a égide da Orientação Normativa n.º 02/2100. Os servidores ao receber o processo para ciência do laudo (etapa 3 do fluxograma), recorriam ao sindicato que preparava documento contestando o laudo, o que trazia mais morosidade ao processo. Contudo, antes que fosse possível a abertura e encaminhamento inicial dos aproximadamente 1900 processos administrativos houve a mudança da Orientação Normativa 02/2010, revogada e substituída por outra, a Orientação Normativa n.º 06/2013 de 19 de março de 2013. Assim, passou-se a revisão dos laudos elaborados a luz da Orientação Normativa n.º 02/2010 para que sejam adequados a norma ora vigente, agora sob a égide da Orientação Normativa n.º 06/2013 de 19 de março de 2013. Conforme informação obtida junto a Coordenadoria de Atenção Integral à Saúde do Servidor - CAISS/PROGEPE, durante o exercício de 2013, foram emitidos e implantados 298 laudos norn1ativamente atualizados. Tendo em vista o limitado quantitativo de pessoal disponível para a tarefa, que ainda atende a demanda do IFPR, e, a impossibilidade atual de estabelecer nova força tarefa deslocando servidores do HC para auxiliar o SESAO nesta atividade, estimamos que num prazo de 9 (nove) meses será possível o refazimento dos laudos bem como sua correta implantação no sistema SIAPE".” oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Conforme informado pela Unidade, estão sendo tomadas ações para o saneamento das ocorrências apontadas, porém, ainda em nenhuma das ocorrências existe uma solução / ação definitiva. Com relação à jornada reduzida, houve um grande avanço com a determinação exarada pelo Reitor por meio do Ofício 334/14-R. Porém, ainda há que se Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 203 considerar, mesmo nos locais em que seja possível a flexibilização, quais os servidores que efetivamente prestam serviços diretamente ao público e aqueles que trabalham em serviços internos. Quanto aos adicionais de insalubridade e periculosidade, os trabalhos de remissão de laudos estão incipientes, e principalmente devido à recorrência em diversos exercícios da situação apontada, faz-se necessário uma solução definitiva, em que todos os pagamentos sejam suportados por laudos individuais em conformidade com a legislação correlata. Destaque-se a importância de se priorizar o Hospital de Clínicas, que concentra o maior número de ocorrências. orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Verificar o atendimento das recomendações 1~6 do Relatório de Auditoria nº 201203111/2012, ressaltando a necessidade de priorizar a avaliação dos servidores lotados no HC que percebem grau máximo de insalubridade. 5 GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS/SERVIÇOS 5.1 CONTRATOS DE OBRAS, COMPRAS E SERVIÇOS 5.1.1 FISCALIZAÇÃO INTERNA 5.1.1.1 CONSTATAÇÃO Deficiências na fiscalização/acompanhamento do Contrato Fato Por meio das auditorias de acompanhamento realizadas ao longo de 2013 sobre contratos em execução na UFPR, esta CGU-Regional/PR identificou diversas situações de deficiências na fiscalização de contratos. Os detalhes pormenorizados serão tratados nos Relatórios específicos, entretanto, entende-se relevante expor na presente Auditoria de Gestão 2013, uma síntese das deficiências nas fiscalizações de contratos identificadas, no propósito de fomentar melhorias gerenciais relacionados ao assunto “fiscalização/acompanhamento de contratos”. Vale ressaltar que, a CGU analisou uma pequena amostra dos contratos, podendo as deficiências descritas no presente item estarem ocorrendo nos demais contratos. Seguem descrições das situações: A) Contrato nº 316/2011 – Relatório de Auditoria nº 201317000/2013 - PCU: Foram registradas as seguintes ocorrências decorrentes de fiscalização deficiente do contrato: - Pagamento antecipado de 83% dos serviços contratados, faturados pela contratada, sob a justificativa de remunerar a disponibilização de bens de natureza permanente, não incorporados ao patrimônio contábil da Universidade; - Pagamento indevido por serviços e materiais que não chegaram ser instalados no Departamento de História; Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 204 - Pagamento indevido de R$ 146.764,55, por materiais não empregados na execução do serviço de engenharia do Contrato nº 316/2011, em função de supressões que não foram objeto de reequilíbrio financeiro; e - Pagamento indevido de R$ 38.362,98, por equipamentos não localizados durante a inspeção. B) Contrato nº 101/2012 – Relatório de Auditoria nº 201314330/2013 - CCE: Foram relatadas as seguintes deficiências de fiscalização do contrato: - Descumprimento do Termo de Referência pela contratada, que emitiu Relatórios de Execução dos serviços em desacordo com o disposto no 9.1.3 do Termo de Referência da Licitação, ou seja, sem relacionar as Ordens de Serviço (OS) fechadas no mês, às respectivas datas de abertura e conclusão acordada e efetiva, nem a totalização das OS concluídas, de modo a viabilizar a aferição dos níveis de serviço contratados; - Não cobrança pela fiscalização da contratante quanto ao cumprimento do exposto no parágrafo anterior; - A gestão do contrato se deu de modo informal, sem que fossem documentadas ações prévias referentes à orçamentação e autorização dos serviços pagos; - A instrução dos processos de liquidação e pagamento das faturas emitidas foi precária, pois nos processos não foram incluídos registros e documentos de comprovação nos moldes previstos no Termo de Referência da licitação, não havendo qualquer relatório de medição e apuração dos níveis de serviço acordados. C) Ata de Registro de Preços (ARP) nº 59/2012 de equipamentos para montagem de rede wireless – Relatório de Auditoria nº 201314330/2013: Também dentro do escopo do Relatório de Auditoria nº 201314330 foi registrada a ocorrência de pagamento irregular no valor de R$ 160.332,40, no âmbito das aquisições realizadas a partir da Ata de Registro de Preços (ARP) nº 59/2012. Conforme foi verificado na auditoria, a empresa contratada concluiu a entrega de equipamentos objeto de Empenhos emitidos em novembro de 2012, somente em junho de 2013, o que representou três vezes o prazo máximo de 60 dias, acordado na Ata de Registro de Preços. Para não se submeter às sanções decorrentes do atraso e da inexecução parcial do contratado na Ata, a contratada firmou com a UFPR novo pacto, denominado “Memorando de Entendimentos”, pelo qual se comprometeu, dentre outras coisas, a: a) a realizar a Configuração da solução contratada sem custos à UFPR. b) Além de fornecer gratuitamente APs (access point) 1042 (com dois rádios) no lugar dos APs 1310 (com apenas um rádio).Despesa irregular de R$ em função de pagamentos indevidos e sobrepreço. Além de não haver registro que o novo pacto tenha sido submetido à Procuradoria Jurídica, na forma do art. 38, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93 c/c art. 11, incs. V e VI, alínea "a", da Lei Complementar 73/93, verificou-se que ele não foi devidamente cumprido, pois: - A contratada cobrou pelos AP 1042 fornecidos em substituição aos AP 1310; e Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 205 - Incluiu na Nota Fiscal acessórios com valores diferentes daqueles registrados na ARP nº 59/2012 para os mesmos produtos, bem como, outros itens com valores acima do mercado, de modo que o valor cobrado pelos AP 1042 fosse igual aos do AP 1310. Em novembro de 2013, após terem sidos instados a se manifestar, os gestores declararam que parte dos acessórios pagos em junho de 2013 haviam sido indevidamente cobrados pela contratada, que em janeiro de 2014 ressarciu o pagamento indevido. Com relação ao pagamento pelos AP 1042 fornecidos em substituição aos AP 1310, os gestores insistem que o fornecimento gratuito deles não estava ajustado no Memorando de Entendimentos, muito embora esse entendimento não coadune com o que está textualmente expresso no documento. D) Contrato nº 58/2013 – Terceirização de Mão de Obra nos Restaurantes Universitários – Nota de Auditoria nº 201404825/003 No âmbito do Contrato nº 58/2013, referente à terceirização de mão de obra nos restaurantes universitários, foram verificadas as seguintes deficiências de fiscalização de contrato: 1) Pagamento indevido de provisão de férias – conforme planilha de custos e formação de preços do contrato, mensalmente estava sendo cobrada provisão para reposição do profissional ausente em decorrência de férias. Reposição esta que efetivamente não aconteceu, uma vez que os restaurantes universitários não funcionam em período de recesso escolar (consequentemente, neste período, os funcionários estavam de férias coletivas). As provisões indevidamente pagas totalizam R$203.381,06; 2) Alíquota de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, constante da Planilha de Custos e Formação de Preços, superior à alíquota recolhida nas Notas Fiscais – conforme notas fiscais, a alíquota do ISSQN que a contratada vem recolhendo é de 2%, por sua vez, conforme planilha de custos e formação de preços, o valor previsto para o tributo (e consequentemente cobrado da UFPR) é de 5%. O ISSQN indevidamente pagos totalizam R$181.447,13; 3) Desconformidade entre os montantes constantes das faturas apresentadas pela empresa, indicados nas planilhas de custos e formação de preços, e os valores efetivamente pagos aos empregados a título de adicionais de insalubridade, assiduidade, intervalo intrajornada e descanso semanal remunerado. Os valores dos adicionais pagos aos empregados eram inferiores aos valores efetivamente cobrados pela empresa. O montante apurado no período de junho/2013 a fevereiro/2014 totalizou R$ 103.173,47 pagos pela Universidade Federal do Paraná. Resumidamente, o prestador de serviço efetuava a cobrança do valor integral, independência do repasse do benefício ao funcionário – exemplo: o adicional de assiduidade somente é devido ao funcionário que não tiver falta injustificada no mês, a empresa cobrava o adicional de todos os funcionários da UFPR, porém somente efetuava o pagamento para os funcionários que efetivamente foram assíduos, caracterizando apropriação indébita; 5) Ausência de retenção e recolhimento de R$32.685,06, referente ao PIS, COFINS e CSLL não discriminados na Nota Fiscal nº 4707, de 13/08/2013 – competência junho/2014. 6) Inconsistências nas informações relativas às coberturas de faltas: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 206 6.1) Substitutos com valor de fatura cobrado pela empresa substituindo empregados sem faltas - com 30 dias trabalhados; 6.2) Substitutos com valor de fatura cobrado pela empresa substituindo empregados que não constam nas planilhas mensais de terceirizados e na folha de pagamento analítica. 6.3) Ausência de controle sobre as ocorrências de reposição de postos faltantes e de migração postos para cargas horárias distintas. Empregados sem lotação nos restaurantes universitários, indicados no “APOIO” nas planilhas mensais de terceirizados. 7) Ausência de documentos de comprovação de regularidade fiscal e trabalhista da empresa. Não foram apresentados os comprovantes de recolhimento do INSS, parte do empregador, correspondente aos meses de julho/2013 e janeiro/2014 e também do FGTS dos meses de dezembro/2013 e fevereiro/2014; 8) O fiscal do contrato não aplicou as multas cabíveis pelos postos faltantes sem reposição. Em resposta ao item 7 da Solicitação de Auditoria nº 201404825/008, de 13/03/2014, nos termos do item 2 do Ofício nº 25/2014, de 17/03/2014, o fiscal do contrato declarou que “Em um primeiro momento, optou-se por ser mais maleável quanto às penalidades, mas glosando todas as diferenças constatadas, enquanto a empresa adaptava-se ao funcionamento dos RU’s, suas demandas e particularidades do mercado de profissionais de cozinha de Curitiba, visto que a empresa é de São Paulo, o pregão é obrigatoriamente a nível nacional, e a contratada encontrou com dificuldades iniciais para recrutar e manter profissionais em quantias que atendam às demandas dos RU’s. Reconhecemos que, atualmente, já houve tempo hábil para que a empresa se adapte ao mercado local e demandas da instituição e, portanto, a partir de abril de 2014 passarão a serem aplicadas todas as sanções administrativas previstas em contrato.” 9) Ausência de controle prévio dos efetivos postos em execução. O fiscal do contrato não dispõe de informações atualizadas acerca dos empregados que atuam no mês sob fiscalização. Em resposta ao item 4 da Solicitação de Auditoria nº 201404825/003, de 17/02/2014, onde se pretendeu obter a planilha contendo a relação atual dos empregados de fevereiro/2014, foi solicitada a prorrogação do prazo para que o pessoal da Unidade pudesse levantar em campo as informações demandas. Entende-se que este controle, qual seja, a definição prévia de quantos funcionários a prestadora de serviço deve disponibilizar no mês é de fundamental importância para adequada execução do contrato, pois, a não definição do quantitativo exata implica, no primeiro momento, na obrigação da contratada disponibilizar o quantitativo previsto no contrato. O histórico de execução do contrato demonstra a disponibilização de 40 a 60 postos a menos (mensalmente) ao longo da execução. Apesar da inexistência de qualquer tipo de documentação formal estabelecendo o quantitativo de funcionários necessários, em decorrência da relevante diferença entre o previsto contratualmente (269) e o executado, enseja existência de acordo informal entre a UFPR e a empresa. A ausência de tal definição implica na impossibilidade da UFPR aplicar qualquer tipo de punição pela não reposição de postos vagos, pois, uma vez que “não está definido o Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 207 quantitativo de postos que a empresa deve disponibilizar no mês, não há o que se falar de reposição de posto que se quer foi determinada a sua disponibilização”. Apesar de juridicamente ser possível a cobrança de postos não repostos considerando o quantitativo do contrato, considerando o histórico de relevante diferença (já citado), entendese que a empresa irá contestar a decisão da UFPR, com boas chances de êxito em litígio judicial. E) Proposição para aperfeiçoamento da fiscalização do contrato: Os contratos analisados foram executados pela PCU (Prefeitura da Cidade Universitária), CCE (Centro de Computação Eletrônica) e RU (Restaurante Universitário). Apesara da análise amostral, entende-se que as deficiências identificadas podem estar ocorrendo nos contratos das demais unidades. No intuito de aperfeiçoar os controles, entende-se válido a elaboração/aperfeiçoamento das rotinas de controle de fiscalização de contrato no que tange a: a) verificação da adequação física do objeto entregue, atentando para a efetiva entrega na quantidade e qualidade prevista; b) atentar para alterações/supressões realizadas no contrato; c) atentar para a forma de execução prevista no contrato, no que tange a elaboração de orçamentos, ordens de serviços (pedido e aprovação), emissão de relatórios pela prestadora de serviço, etc; d) evitar tramites informais com a prestadora de serviço, formalizando especialmente as situações que resultam em alteração do contrato; e) aplicar as sanções previstas em contrato, ressaltando a necessidade de garantir ampla defesa e contraditório; f) submeter à Procuradoria Especializada alterações significativas nas condições contratuais; g) em contratos de custo unitário, atentar para pagamentos de despesas que somente se tornam devidos quando da efetiva ocorrência, como adicional de assiduidade, horas extras, adicional noturno, provisão de férias. Tais despesas somente podem ser pagas se efetivamente ocorrer o repasse destes valores, sendo vedada a cobrança de forma global; h) atentar para as alíquotas tributárias utilizadas pela empresa, comparativamente com as alíquotas previstas na planilha de formação de preço; i) em contratos de terceirização de mão de obra, quando ocorrer alteração no quantitativo de postos, tal alteração deve ser formalizada; e j) em contratos de terceirização de mão de obra, exigir da empresa a apresentação de planilha de faltas, férias e de reposição, no intuito de verificar o fiel cumprimento das cláusulas contratuais. Também entende ser relevante a existência de um canal de comunicação entre o gestor e o fiscal do contrato, evitando a ocorrência de situações em que o gestor do contrato realiza ajuste no contrato (criando e suprimindo obrigações), sem o conhecimento do fiscal do contrato. o#tF a/ Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 208 Causa - Inobservância das obrigações contratuais da empresa, não exigindo o fiel cumprimento do contrato; e - Ocorrência de ajustes informais, dificultando a efetiva avaliação da execução do contrato. u#asC / Manifestação da Unidade Examinada As falhas apontadas e foram consolidadas no Relatório Preliminar, o qual foi encaminhado à Reitoria da UFPR, através do Ofício n° 14509/2014/CGU-Paraná/CGUPR, expedido em 06 de junho de 2014. No dia 30/06/2014, a Pró-Reitoria de Administração da UFPR protocolou a seguinte manifestação em atenção ao Relatório Preliminar: As recomendações elencadas no Relatório Preliminar com referência a Constatação em comento já fazem parte do Manual existente na PRA, elaborado pela Central de Comparas - CECOM, já institucionalizado e publicado na página da PRA, conforme é do conhecimento da GCU, inclusive a existência da Unidade revisora que é uma Divisão da Central de Compras. Importante esclarecer que a CECOM realiza de forma centralizadas todas as aquisições de bens e serviços da UFPR. E considerando o grande volume de processos, a diversidade e complexidade de itens licitados as falhas são bastante pontuais. Embora a baixa significância das falhas, sempre que estas ocorrem a Universidade imediatamente adota medidas corretivas. Os servidores que atuam nos fluxos e rotinas de compras são regularmente submetidos a processos de capacitação o de tal forma a ompanhar as constantes alterações da legislação. (...) A Universidade, de forma sistemática, vem procedendo todos os esforços no sentido de qualificar e capacitar melhor seus servidores para cada área específica, com foco, principalmente, nas questões de contratações e fiscalização de contratos. oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Em sua manifestação, o Gestor não refutou as situações relatadas. Procurou apenas contextualizá-las como falhas isoladas e ressaltar que adota medidas corretivas informadas em atenção aos Relatórios e Notas de Auditoria mencionadas. Neste item foi ressaltada a necessidade de aprimoramento dos controles sobre os contratos em execução, em função do índice elevado de impropriedades detectadas nos contratos analisados. No âmbito das Auditorias de Acompanhamento nºs 201317000, 201314330, 201315484 e 201315486 (estas duas últimas ainda em fase de execução) foram analisados 13 licitações (e os contratos resultantes destas), sendo que, em 10 foram identificados algum tipo de problema. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 209 Vale enfatizar que, o índice de erros identificados na amostra foi elevado, ensejando necessidade de melhorias de caráter geral e estrutural sobre o processo como um todo. E ainda, considerando a afirmação da Pró Reitoria de Administração de que, em termos normativos e processuais, não há maiores deficiências, enseja-se que, os agentes envolvidos nas atividades necessitam de maior comprometimento e capacitação. Por fim, vale enfatizar que, os apontamentos elencados no campo “Fato” do presente item estão sendo tratados de forma individualizada em Relatórios de Auditorias de Acompanhamento específicos (os mesmos 4 já descritos anteriormente). A UFPR já foi notificada (ou ainda será notificada) sobre as situações que merecem resolução de forma pontual e individualizada e o processo de regularização/esclarecimento se encontra em andamento. Em regra, a UFPR vem demonstrando concordância com os apontamentos e providenciando as soluções necessárias. orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Com a finalidade de aprimorar o processo de fiscalização/acompanhamento dos contratos, recomenda-se: 1 elaboração/aperfeiçoamento de rotinas, procedimentos, manuais e check lists sobre o assunto, válidos para toda UFPR, considerando os apontamentos do subitem E; 2 considerando que cada tido de contrato como obra, terceirização de mão de obra, serviço de TI, produtos de TI, bens de consumo imediato, etc, possui peculiaridades, entende-se que a participação de pessoas com conhecimentos especializados será fundamental para elaboração/aperfeiçoamento de rotinas, procedimentos, manuais e checklists. Neste contexto, é preferível a elaboração de manuais próprios para cada grupo de contrato; e 3 baseado nos documentos produzidos, promover capacitação dos gestores e fiscais de contratos. 5.2 PROCESSOS LICITATÓRIOS 5.2.1 LIMITES À COMPETITIVIDADE 5.2.1.1 CONSTATAÇÃO Deficiências na condução do certame licitatório Fato Por meio das auditorias de acompanhamento realizadas ao longo de 2013 sobre licitações realizadas na UFPR, esta CGU-Regional/PR identificou diversas situações de deficiências na condução do certame licitatório. Os detalhes pormenorizados serão tratados nos Relatórios específicos, entretanto, entende-se relevante expor na presente Auditoria de Gestão 2013, uma síntese das deficiências identificadas, no propósito de fomentar melhorias gerenciais relacionados ao assunto “condução do certame licitatório”. Vale ressaltar que, a CGU analisou uma pequena amostra das licitações, podendo as deficiências descritas no presente item estarem ocorrendo nos demais certames. Seguem descrições das situações: A) Pregão nº 255/2011 – Relatório de Auditoria nº 201317000/2013 e 201203111/2012: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 210 Conforme constou do Relatório de Auditoria nº 201203111, o orçamento de referência que subsidiou a contratação do serviço (Pregão nº 255/2011) foi baseado em pesquisa de preços inválida, constituída por cotação de preços junto a empresas de ramo diverso do objeto licitado e junto a empresas não qualificadas para o objeto licitado e que por isso não serviram para balizar corretamente o preço de referência da licitação. Também constou nesse Relatório o apontamento de ocorrência de sobrepreço na proposta adjudicada no referido Pregão (potencialmente em decorrência do orçamento deficiente e pela baixa competitividade do certame, decorrente de cláusulas restritivas do Edital). Já no Relatório de Auditoria nº 201317000 consta análise da CGU-Regional/PR apontando sobrepreço no valor de R$ 350.944,06. Entende-se que, a elaboração de um orçamento adequado constitui relevante etapa para garantir uma boa compra. B) Pregões nºs 22 e 81/2012 – Relatório de Auditoria nº 201314330/2013: Dentro do escopo do Relatório de Auditoria nº 201314330, foi analisado o Processo nº 23075.072862/2011-27, referente aos Pregões nº 22 e 81/2012, que constituíram o procedimento de contratação dos serviços de elaboração e execução de projeto de cabeamento estruturado e serviços de engenharia de rede local, objeto do Contrato nº 101/2012. Constatou-se que da elaboração do Termo de Referência participou a empresa posteriormente contratada. Posteriormente, verificou-se que a licitação preliminarmente realizada, o Pregão nº 22/2012, foi indevidamente anulada, com base em fundamento inconsistente, o que favoreceu a licitante posteriormente contratada, já que pelas regras do Edital, a empresa teria de ser inabilitada. Após a anulação do Pregão nº 22/2012, para dar continuidade ao processo de compra, foi realizado o Pregão nº 81/2012. Entende-se que ocorreram os seguintes vícios neste Pregão: - Do seu Edital foi suprimida exigência habilitatória contida no art. 30, inc. II, § 1º da Lei nº 8.666/93 – a qual eliminaria a empresa contratada – sem que o instrumento convocatório fosse submetido a avaliação pela Procuradoria Jurídica, conforme dispõem o art. 38, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93 c/c art. 11, incs. V e VI, alínea "a", da Lei Complementar 73/93; e - Não houve divulgação do novo Edital em jornal de grande circulação regional ou nacional, conforme prevê o art. 17, inc. III, alínea “c” do Decreto nº 5.450/2005. Entende-se que, contribui para a ocorrência das impropriedades descritas a ausência de segregação de função entre o elaborador do Termo de Referência/Orçamento e o requisitante/fiscal do produto/serviço: usualmente, o requisitante do bem/serviço elabora o termo de referência e coleta os orçamentos previamente ao preparo da licitação. Após a contratação, esta mesma pessoa acompanha a execução do serviço e/ou recebimento do produto. Este modelo traz vantagem no que se refere à agilidade de compra, uma vez que, na Universidade são realizadas as mais diversas compras (e ainda, de especificações bastante peculiares conforme ramo da ciência), a centralização do processo iria dificultar o processo de compra. Entretanto, a falta de instância revisora/criticadora dos orçamentos e termos de referência torna o processo frágil no que tange à segregação de função e revisão dos atos. Neste contexto, entende-se adequada a criação de rotina voltada para revisão dos Termos de Referência e Orçamentos. Não adentrando no mérito, tal instância revisora poderá verificar aspectos como: Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 211 A) Em relação ao Termo de Referência; - verificar existência de cláusulas restritivas, especialmente no que tange às especificações técnicas que poderão restringir a oferta a um único fornecedor; e - verificar se o demandante se manifestou a cerca da existência de bens/serviços similares (especialmente em relação ao motivo da inservibilidade dos similares) e a consistência da justificativa. B) Em relação ao orçamento: - verificar a existência de pelo menos 3 orçamentos. Em caso negativo, avaliar a justificativa; - verificar se os orçamentos foram emitidos por empresas ativas, regularmente funcionando no mercado; e - caso seja viável, coletar outros orçamentos. E ainda, entende-se que todos os documentos do certame licitatório (inclusive as alterações) devem ser submetidos à Procuradoria Especializada, especialmente os atos relacionados à alteração, anulação e cancelamento de certame licitatório. C) Pregão nº 84/2013 Da análise do processo nº 23075.017376/2013-16, relativo ao Pregão Eletrônico nº 84/2013, cujo objeto foi a aquisição de materiais cirúrgicos para o Hospital Veterinário por meio do sistema de registro de preço, verificou-se que a UFPR realizou cotação com as seguintes empresas: - Starmed Artigos Médicos e Hospitalares – CNPJ: 02.223.342/0001-04; - Joãomed Comércio de Materiais Cirúrgicos Ltda. – CNPJ: 78.742.491/0001-33; e - Masif Artigos Médicos e Hospitalares Ltda. – CNPJ: 03.968.926/0001-63. Foram observados os seguintes fatos: 1. Que as 03 empresas são correlacionadas, pois possuem os mesmos sócios (no caso nas duas primeiras) ou sócios com grau de parentesco (a terceira em relação ás duas primeiras); 2. Que os orçamentos possuem, em todos os seus itens individuais uma correlação percentual de valores entre as três propostas (os valores de todos os itens da segunda proposta representam 90,91% dos valores da primeira proposta e os valores de todos os itens da terceira proposta representam 92,73% dos valores da primeira proposta); e 3. Que para 10 itens licitados (itens 27 ao 36), o valor orçado é imensamente superior ao valor da oferta vencedora (convencionemos aqui como o valor de mercado), conforme quadro abaixo: Valor total aquisição (R$) Item Material Qtde. Valor Orçado (R$) Valor Total Orçado (R$) Valor de aquisição (R$) 27 Fio Nylon 0 45cm ag ½ ct 3,0cm 6000 27,40 164.400,00 0,95 5.700,00 28 Fio Nylon 2-0 45cm ag ½ ct 2,5cm 2500 27,40 68.500,00 1,99 4.975,00 29 Fio Nylon 2-0 45cm ag ½ ct 3,0cm 6000 27,40 164.400,00 1,00 6.000,00 2500 27,40 68.500,00 0,95 2.375,00 30 de Fio Nylon 3-0 45cm Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 212 ag ½ ct 2,5cm 31 Fio Nylon 4-0 45cm ag 3/8 ct 2,0cm 4000 27,40 109.600,00 1,20 4.800,00 32 Fio Nylon 5-0 45cm ag ½ ct 2,5cm 2500 27,40 68.500,00 0,95 2.375,00 33 Fio Polip 4-0 75cm ag ½ cc 2cm 2500 49,39 123.475,00 5,18 12.950,00 34 Fio VI 0 70cm ag ½ c 3,5cm 6000 152,85 917.100,00 3,59 21.540,00 35 Fio VI 0 70cm ag ½ c 4,0cm 4000 192,29 769.160,00 3,12 12.480,00 36 Fio VI 3-0 70cm ag ½ c 3,5cm 4000 152,85 611.400,00 3,79 15.160,00 3.065.035,00 Total 88.355,00 Total Em resposta à indagação dessa CGU Regional, a Unidade informou, por meio do Ofício SCA/DM/HV nº 106-14, que uma das responsáveis pela pesquisa de preços seria uma “orçamentista, funcionária de empresa terceirizada que não mais presta serviços a UFPR” e também que “o setor tem menos de um ano funcionando e não tem ainda a experiência necessária e desejada”. Devido aos fatos constatados, faz-se necessário um aprimoramento nos controles relativos à elaboração dos orçamentos para as contratações de aquisições e serviços no Hospital Veterinário, uma vez que foi detectado risco inerente de potencial prejuízo na realização do processo licitatório em análise. D) Pregão Eletrônico nº 182/2013 – Terceirização de mão de obra no RU: A UFPR realizou licitação - modalidade Pregão Eletrônico nº 182/2013, em 19/02/2013, objetivando a contratação de mão de obra para prestação de serviços de copa e cozinha visando atender as necessidades dos Restaurantes Universitários dos Campus Central, Politécnico, Botânico, Agrárias e Rebouças, com o preenchimento de 296 postos de trabalho, conforme consta do processo de licitação nº 23075031021/2012-41. Os 296 postos compreendem 8 (oito) categorias com cargas horárias distintas a saber: Cozinheiro Industrial (44h e12x36h), Auxiliar de Cozinha Industrial (44h e 12x36h), Açougueiro Industrial(44h), Chefe de Cozinha Industrial(44h e 12x36h), Copeira (44h), Encarregado de Cozinha (44h e 12x36h), Operador de Caixa (36h, 40h, 44h e 12x36h) e Supervisor Operacional e Administrativo. Em relação ao certame em questão, foram identificadas as seguintes inconsistências: 1) Falhas no processo de planejamento do quantitativo de postos para atender aos Restaurantes Universitários: O quantitativo dos postos de trabalho necessários ao funcionamento dos restaurantes universitários foi oficialmente definido pela Diretora do Departamento de Serviços Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 213 Gerais - DSG da Central de Compras, Contratos e Patrimônio - CECOM, que iniciou o processo de licitação por meio do Ofício Circular nº 184/2012-DSG/CECOM, de 09/08/2012, de sua lavra. Em resposta ao item 4 da Solicitação de Auditoria nº 201313568/009, de 06/02/2014, por meio da Informação 055/2014-DSG/CECOM, de 06/02/2014 - processo 23075.004522/2014-1, a diretora do DSG/CECOM, declarou a inexistência de solicitação formal do diretor da unidade demandante e também de que a abertura do processo “se deu em função de solicitação verbal do diretor.” Não há notícias no processo, da existência de estudo/planejamento prévio para fundamentar o quantitativo de postos necessários ao funcionamento eficiente dos restaurantes universitários. Da mesma forma, a diretora do setor de compras não possui conhecimentos técnicos para determinar o quantitativo de postos a serem licitados. O procedimento adotado pela direção do DSG/CECOM contrariou as rotinas do “fluxo dos processos de compra” da Unidade (http://www.pra.ufpr.br/portal/dsg/files/2012/11/FLUXO-DOS-PROCESSOSCOMPRAS.pdf). A primeira etapa do fluxograma da atividade de compras tem início com o recebimento dos processos administrativos autuados pelas Unidades/Setores demandantes dos serviços a serem contratados, instruídos com justificativa, orçamentos e demais elementos, devidamente fundamentados, necessários à preparação da licitação. No caso em questão os procedimentos adotados não seguiram essa rotina, o que demonstra a ausência de planejamento/estudo prévio para quantificação do objeto da contratação. Inobstante a justificativa constante de fls.699 do processo nº 23075031021/2012-41Volume III, de que o a supressão dos postos ocorreu em face da necessidade de redução de gastos, observou-se que a falta deles não afetou o andamento das atividades dos restaurantes, o que restou demonstrado pela argumentação do assessor da Pró-Reitoria de Administração - PRA, no mesmo expediente, que os postos suprimidos de copeira não eram prioridade, haja vista que “haviam sido programados para atender todos os Setores e Pró-Reitorias”, e que, em relação aos 11 postos de operadores de caixa, que seriam alocados no restaurante universitário do Campus Rebouças, “...doravante esta PRA fará estudo mais aprofundado, de forma que futuramente, quando da implantação do novo campus “Rebouças”, onde está previsto um novo RU...” 2) Redução do objeto sem justificativa: Tão logo concluída a licitação foram suprimidos todos os 11 postos de Operador de Caixa (36h) e 27 dos 36 postos de Copeira. Não foi apresentada justificativa técnica sobre as supressões. o#tF a/ Causa - Inobservância das obrigações contratuais da empresa, não exigindo o fiel cumprimento do contrato; e - Ocorrência de ajustes informais, dificultando a efetiva avaliação da execução do contrato. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 214 Do ponto de vista da personalização das responsabilidades, entendeu-se que o Pró-Reitor de Administração poderia ter atuado para evitar a falha, pois: - conforme inciso I, art. 77 da Resolução 15/91 – CA – Regimento da Reitoria da UFPR, compete aos Pró Reitores planejar, coordenar, orientar, supervisionar e dirigir as atividades de suas respectivas Pró-Reitorias; - o art. 68 da Resolução 15/91 – CA – Regimento da Reitoria da UFPR, descreve que a Pró-Reitoria de Administração (PRA), órgão de coordenação geral dos serviços administrativos da Universidade, trabalhará por delegação de poderes do Reitor; e - o inciso I, art. 72 da Resolução 15/91 – CA – Regimento da Reitoria da UFPR, descreve que a Pró-Reitoria de Administração, por intermédio do Departamento de Serviços Gerais, é o responsável pela compra e importação de materiais necessários às atividades da UFPR. u#asC / Manifestação da Unidade Examinada As falhas apontadas e foram consolidadas no Relatório Preliminar, o qual foi encaminhado à Reitoria da UFPR, através do Ofício n° 14509/2014/CGU-Paraná/CGUPR, expedido em 06 de junho de 2014. No dia 30/06/2014, a Pró-Reitoria de Administração da UFPR protocolou a seguinte manifestação em atenção ao Relatório Preliminar: As recomendações elencadas no Relatório Preliminar com referência a Constatação em comento já fazem parte do Manual existente na PRA, elaborado pela Central de Comparas - CECOM, já institucionalizado e publicado na página da PRA, conforme é do conhecimento da GCU, inclusive a existência da Unidade revisora que é uma Divisão da Central de Compras. Importante esclarecer que a CECOM realiza de forma centralizadas todas as aquisições de bens e serviços da UFPR. E considerando o grande volume de processos, a diversidade e complexidade de itens licitados as falhas são bastante pontuais. Embora a baixa significância das falhas, sempre que estas ocorrem a Universidade imediatamente adota medidas corretivas. Os servidores que atuam nos fluxos e rotinas de compras são regularmente submetidos a processos de capacitação o de tal forma a ompanhar as constantes alterações da legislação. (...) A Universidade, de forma sistemática, vem procedendo todos os esforços no sentido de qualificar e capacitar melhor seus servidores para cada área específica, com foco, principalmente, nas questões de contratações e fiscalização de contratos. oaU c#ndM xm E istfe/ Análise do Controle Interno Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 215 Em sua manifestação, o Gestor não refutou as situações relatadas. Procurou apenas contextualizá-las como falhas isoladas e ressaltar que adota medidas corretivas informadas em atenção aos Relatórios e Notas de Auditoria mencionadas. Neste item foi ressaltada a necessidade de aprimoramento dos controles sobre os contratos em execução, em função do índice elevado de impropriedades detectadas nos contratos analisados. No âmbito das Auditorias de Acompanhamento nºs 201317000, 201314330, 201315484 e 201315486 (estas duas últimas ainda em fase de execução) foram analisados 13 licitações (e os contratos resultantes destas), sendo que, em 10 forma identificados algum tipo de problema. Vale enfatizar que, o índice de erros identificados na amostra foi elevado, ensejando necessidade de melhorias de caráter geral e estrutural sobre o processo como um todo. E ainda, considerando a afirmação da Pró Reitoria de Administração de que, em termos normativos e processuais, não há maiores deficiências, enseja-se que, os agentes envolvidos nas atividades necessitam de maior comprometimento e capacitação. Por fim, vale enfatizar que, os apontamentos elencados no campo “Fato” do presente item estão sendo tratados de forma individualizada em Relatórios de Auditorias de Acompanhamento específicos (os mesmos 4 já descritos anteriormente). A UFPR já foi notificada (ou ainda será notificada) sobre as situações que merecem resolução de forma pontual e individualizada e o processo de regularização/esclarecimento se encontra em andamento. Em regra, a UFPR vem demonstrando concordância com os apontamento e providenciando as soluções necessárias. orInC #estA li/a Recomendações: Recomendação 1: Considerando os fatos narrados, recomenda-se: 1 Elaboração de rotina/norma para coleta de orçamentos; 2 Elaboração de rotina/norma para elaboração de Termo de Referência, especialmente no que tange à existência de cláusulas restritivas e inservibilidade de produtos/serviços similares; 3 Criação de instância revisora dos Termos de Referências e Orçamentos; e 4 Submeter os atos relacionados à alteração, cancelamento e anulação do certame licitatório para Procuradoria Especializada. Dinheiro público é da sua conta www.portaldatransparencia.gov.br 216 Certificado de Auditoria Anual de Contas Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno Certificado: 201407318 Processo: 23075.005520/2014-44 Unidade(s) auditada(s): Universidade Federal do Paraná Ministério supervisor: Ministério da Educação Município (UF): Curitiba (PR) Exercício: 2013 1. Foram examinados os atos de gestão praticados entre 01/01 a 31/12/2013 pelos responsáveis pelas áreas auditadas, especialmente aqueles listados no artigo 10 da Instrução Normativa TCU nº 63/2010. 2. Os exames foram efetuados por seleção de itens, conforme escopo do trabalho informado no Relatório de Auditoria Anual de Contas inserido neste processo, em atendimento à legislação federal aplicável às áreas selecionadas e atividades examinadas, e incluíram os resultados das ações de controle, realizadas ao longo do exercício objeto de exame, sobre a gestão da unidade auditada. 3. Foram registradas as seguintes constatações relevantes para as quais, considerando as análises realizadas, não foi identificado nexo de causalidade com atos de gestão de agentes do Rol de Responsáveis e impropriedades que resultaram em risco de dano ao erário: - Existência de processos administrativos instaurados não registrados no CGU-PAD (Item 1.1.1.2 do Relatório de Auditoria nº 201407318); - Ausência de observância dos critérios de relevância, materialidade, criticidade e vinculação ao exercício na seleção dos processos analisados bem como na supressão de ações propostas no PAINT (Item 1.1.2.3); - Dificuldade na rastreabilidade das evidências que suportaram as constatações/achados de auditorias dos documentos (Item 1.1.2.4); - Manutenção das situações apontadas nos itens 4.2.1.1 e 4.2.1.2 do Relatório de Auditoria nº 201305988/2012 - Auditoria Anual de Contas do exercício de 2012 (Item 1.1.2.5); - Deficiência no controle de almoxarifado do CCE prejudica verificação do saldo adequado de itens em estoque (Item 3.1.1.4); - Necessidade de aprimoramento dos controles e da organização dos almoxarifados (Item 3.1.1.5); - Não atualização das informações dos imóveis no SPIU e no SIAFI (Item 3.2.1.1); - Impropriedades no registro contábil dos imóveis (Item 3.2.1.2); - Necessidade de melhorias/reparos para adequação do ambiente de aula (Item 3.2.1.3); - Necessidade de continuidade das ações voltadas para a definição de objetivos, metas e indicadores de RH e formação de base de dados estatísticos/gerenciais em RH (Item 4.2.1.2); e - Deficiências na fiscalização/acompanhamento do Contrato (Item 5.1.1.1). 4. Nestes casos, conforme consta no Relatório de Auditoria, foram recomendadas medidas visando melhorias operacionais e maior eficiência e eficácia na gestão. 5. As seguintes constatações, detalhadas no Relatório de Auditoria nº 201407335, subsidiaram a certificação dos agentes do Rol de Responsáveis: - Inventários de Material de Consumo inconsistentes (Item 3.1.1.1); - Relatórios de Movimentação de Almoxarifado com informações não fidedignas (Item 3.1.1.2); - Almoxarifado à margem da contabilidade (Item 3.1.1.3); - Ausência de designação formal do almoxarife (Item 3.1.1.6); - Permanência das inconsistências relacionadas com a flexibilização da jornada de trabalho (Item 4.2.2.1); - Manutenção das situações apontadas no item 4.1.5.8 do Relatório de Auditoria nº 201203111/2012 - Auditoria Anual de Contas do exercício de 2011 (Item 4.2.3.1); e - Deficiências na condução do certame licitatório (Item 5.2.1.1). 6. Diante dos exames realizados e da identificação de nexo de causalidade entre os atos de gestão de cada agente e as constatações mencionadas, e considerando o risco de dano ao erário, proponho que o encaminhamento das contas dos integrantes do Rol de Responsáveis, disponível nas folhas 02 a 43 do processo, seja conforme indicado a seguir: CPF do agente Cargo público função ou Avaliação do Fundamentação da avaliação do órgão de Controle Controle Interno Interno Regular ressalvas xxx.063.759-xx Reitor xxx.567.629-xx Pró-Reitora de Gestão de Regular Pessoas – ressalvas 01/01 a 31/03/2013 xxx.346.599-xx Pró-Reitor de Gestão de Regular Pessoas – ressalvas 01/04 a 31/12/2013 xxx.859.949-xx Pró-Reitor de Administração Regular – 01/01 a ressalvas 31/03/2013 xxx.130.019-xx Pró-Reitor de Administração Regular – 01/04 a ressalvas 31/12/2013 Demais integrantes do Rol de Responsáveis Regularidade com com com com com Itens 4.2.2.1 e 4.2.3.1 do Relatório de Auditoria nº 201407318 Itens 4.2.2.1 e 4.2.3.1 do Relatório de Auditoria nº 201407318 Itens 4.2.2.1 e 4.2.3.1 do Relatório de Auditoria nº 201407318 Itens 3.1.1.1, 3.1.1.2, 3.1.1.3, 3.1.1.6 e 5.2.1.1 do Relatório de Auditoria nº 201407318 Itens 3.1.1.1, 3.1.1.2, 3.1.1.3, 3.1.1.6 e 5.2.1.1 do Relatório de Auditoria nº 201407318 Considerando o escopo do Relatório de auditoria, não foram identificadas irregularidades com participação determinante destes agentes. Curitiba, 23 de julho de 2014. Chefe da Controladoria Regional da União no Estado do Paraná Parecer de Dirigente do Controle Interno Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno Parecer: 201407318 Processo: 23075.005520/2014-44 Unidade Auditada: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANA Ministério Supervisor: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Município/UF: Curitiba - PR Exercício: 2013 Autoridade Supervisora: José Henrique Paim – Ministro de Estado da Educação 1. Em conclusão aos encaminhamentos sob a responsabilidade da CGU quanto ao processo de contas do exercício da Unidade acima referida, expresso opinião acerca dos atos de gestão referente ao exercício de 2013, a partir dos principais registros e recomendações formulados pela equipe de auditoria. 2. Os resultados dos trabalhos de auditoria identificaram, por meio de constatações, impropriedades que impactaram a gestão da Unidade relacionadas à área de pessoal, tendo sido verificadas situações, tais como a necessidade de continuidade das ações voltadas para a definição de objetivos, metas e indicadores de RH e formação de base de dados estatísticos/gerenciais em recursos humanos; a permanência de inconsistências relacionadas à flexibilização da jornada de trabalho; e a manutenção de situações apontadas em auditorias anteriores referente a pagamentos sem o suporte de documentação comprobatória. Também constou do relatório de auditoria impropriedades relacionadas à gestão de estoque de materiais e de gestão de bens imóveis, situações que afetam diretamente as demonstrações contábeis da Unidade. 3. Dentre as causas relacionadas às constatações na área de pessoal, cita-se a não conclusão da atividade de emissão de laudos; ausência de uma cultura de gestão de recursos humanos voltada para governança; processo de “profissionalização da gestão de RH” ainda incipiente, não existindo preocupação na vinculação do desempenho profissional com os resultados organizacionais; a falta de uniformização da aplicação dos normativos que regem a jornada de trabalho dos servidores. Em relação às demais constatações, citam-se a existência de controles internos administrativos deficientes; falha na disseminação de informações referentes à posição dos estoques da Unidade; falta de identificação clara em atos normativos internos sobre os responsáveis pela realização de registros patrimoniais, bem como falhas procedimentais no lançamento dos registros contábeis. 4. Assim, em relação à gestão de pessoal, recomendou-se a continuidade do processo de formação e consolidação da base de dados de recursos humanos; abordar, quando da realização de avaliação vertical, assuntos relacionados com o desempenho funcional do servidor e com a motivação, no intuito de permitir a geração de uma base de dados para fins gerenciais; e o detalhamento, por meio de ato normativo interno, do entendimento do que venha a ser atividade contínua, bem como a definição de público, para fins de aplicação das normas que regem a jornada de trabalho dos servidores. Em relação às demais constatações, recomendou-se, entre outras, a nomeação de comissão para inventariar os bens visando à fidedignidade das informações contábeis da Unidade, especialmente para o inventário realizado no final do exercício; e a estruturação dos procedimentos de controle de estoque e de liquidação de despesas com aquisição de material, bem como, exercer de forma adequada a supervisão sobre as atividades. 5. Em relação às recomendações do Plano de Providências Permanente formuladas por esta Controladoria-Geral da União, verificou-se que as recomendações atendidas e parcialmente atendidas representam 74% das emitidas. Ou seja, na maioria das recomendações a Unidade vem desenvolvendo esforços para o seu saneamento. Em relação às não atendidas (26%), a implementação continuará sendo acompanhada por esta CGU. 6. Com relação a práticas administrativas que possam apresentar impactos positivos sobre as operações da Universidade, cita-se a implantação de aulas de reforço nas disciplinas básicas do primeiro ano, o que vem reduzindo o índice de reprovação, principalmente nas matérias básicas dos cursos; a utilização de alunos da pós graduação – bolsistas da CAPES – para ministrar as citadas aulas de reforço, ocasionando ganhos para ambas as partes; o aproveitamento de alunos matriculados em outras faculdades públicas e privadas, com a finalidade de aproveitar as vagas existentes a partir do segundo ano; e a capacitação dos docentes em técnicas de ensino (aprimoramento do ensino), em função do reconhecimento de que nem todos eles possuem aptidão/vocação para o ensino. 7. Assim, em atendimento às determinações contidas no inciso III, art. 9º da Lei n.º 8.443/92, combinado com o disposto no art. 151 do Decreto n.º 93.872/86 e inciso VI, art. 13 da IN/TCU/N.º 63/2010 e fundamentado no Relatório de Auditoria, acolho a conclusão expressa no Certificado de Auditoria. Desse modo, o processo deve ser encaminhado ao Ministro de Estado supervisor, com vistas à obtenção do Pronunciamento Ministerial de que trata o art. 52, da Lei n.º 8.443/92, e posterior remessa ao Tribunal de Contas da União. Brasília/DF, 25 de julho de 2014. Diretor de Auditoria da Área Social