Boletim Academia Paulista de Psicologia ISSN: 1415-711X [email protected] Academia Paulista de Psicologia Brasil Soares Zoéga, Maria Rita; Bomtempo, Edda Soares, M. R. Z. A preparação da criança hospitalizada para procedimentos médicos Boletim Academia Paulista de Psicologia, vol. XXIII, núm. 3, janeiro-abril, 2003, pp. 28-34 Academia Paulista de Psicologia São Paulo, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=94623308 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe , Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto • Pérez-Ramos, A. M. O. et aI. (1985a) Série mês a mês: crescendo con tu hijo. Caracas: Universidad Central de Venezuela. • Pérez-Ramos, A. M. O. (1985b) Manual de Instrucción - para pósgraduandos. Caracas: Universidade Central de Venezuela. • Pérez-Ramos, A. M. O. 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Hugo Cabral, 1062 ap. 142 - 86020-917 - Londrina-PR. Tel.: (43) 3371-4227. E-mail: [email protected]. 3 Endereço para correspondência: IPUSP - Av. Prot. Mello Moraes, 1721 Bloco F - 05508-900 - São Paulo. Tel.lfax: (11) 30645912 1 mento dos pacientes, facilitando sua adaptação. São propostos procedimentos observacionais e experimentais para descrever e avaliar um programa de atendimento a crianças hospitalizadas, expostas a procedimentos médicos de inalação. Tem-se como objetivo a diminuição da freqüência de comportamentos concorrentes e o aumento da ocorrência de comportamentos de adesão. Emprega-se a Observational Scale of Distress Behavior (OSDB), que possibilita a definição das categorias comportamentais infantis, permitindo o registro desses comportamentos em um grupo de 20 crianças, selecionado em função de critérios apropriados e dividido em 2 sub-grupos: experimental e controle. O Programa de Atividades que se utiliza como procedimentometodológico, inclui estratégias relacionadas à leitura de livros infantis, com conteúdo específico, à simulação lúdica, ao relaxamento e à faptasia, aplicado ao grupo experimental. A análise dos dados demonstra que ~ascrianças deste grupo apresentam um padrão comportamental mais adaptativo, colaborando com a execução dos procedimentos médicos de inalação. Os resultados obtidos pretendem subsidiar o desenvolvimento de programas de preparação psicológica na aplicação de procedimentos médicos em hospitais. Palavras-chave: Psicologia Hospitalar. criança, adesão ao tratamento, Psicologia Pediátrica, 1. Introdução A criança hospitalizada tem necessidades que vão muito além do atendimento estritamente médico. Algumas condições são de relevância tanto no agravamento como no restabelecimento do quadro clínico causante da internação. Para uma intervenção eficaz, é necessário explicitar tais condições a fim de propiciar um atendimento mais efetivo no contexto hospitalar. A proposta do presente estudo procura satisfazer essa necessidade com o respaldo teórico da análise do comportamento, decorrente de um Programa de Atividades (leitura de livros infantis, simulação lúdica, relaxamento e fantasia), como estratégia para preparar a criança a aceitar o procedimento médico de inalação e, indiretamente, como recurso para otimizar a eficácia terapêutica da hospitalização, mediante o desenvolvimento de um repertório comportamental c~vel ao enfrentamento de situações aversivas como esta. A análise efetuada da bibliografia alusiva ao propósito do trabalho serviu para sua fundamentação, especialmente quantc ao manejo comportamental na cooperação da criança aos procedimentos médicos desconfortáveis e, muitas vezes, dolorosos. São apreciadas também nessa direção, contribuições referentes aos recursos utilizados par.a desenvolver na criança comportamentos de adesão, empregando até mesmo recursos utilizados no Programa de Atividades indicado para a pesquisa em referência. Os estudos analisados neste sentido não se mostraram convincentes para os propósitos do trabalho e indicaram a necessidade de sua utilização conjunta, embasada em uma linha teórica, como a comportamental. A presente investigação, ao empregar o Programa de Atividades, o faz integrando tais procedimentos. Tem em vista o aumento na freqüência de comportamentos adaptativos e a diminuição dos concorrentes durante a execução dos procedimentos médicos de inalação. Especificam-se, desta forma, os ohjetivos da investigação. 2. Metodologia Os participantes da pesquisa foram 20 crianças, de 5 a 8 anos de idade, sendo 8 femininas e 12 masculinas, internadas no Setor de Pediatria de um hospital público localizado em uma cidade de grande porte. Em nova seleção, o walker check-Iíst WPBC foi aplicado para se evitar a interferência de problemas de comportamento, considerados como variáveis intervenientes. O total de 20 crianças, foi dividido em 2 grupos: experimental (G. E.) e grupo controle (G. C.), em número de 10 cada um. O G.E. participou do-Programa de Atividades, a seguir especificado. Ao G.C., não foi oferecida esta participação quando eram aplicados os procedimentos médicos de inalação. Como instrumento de coleta de dados, para ambos os grupos, utilizouse a Escala de Categorias Comportamentais - aSOB (Observatíans Scale af BehavíaralDístress) de Jay, azolins, Elliot e Caldwell (1983). Conforme apontaram Peterson, Crowson e Holdridge (1999), a aSOB é a escala comportamental mais utilizada para investigar o comportamento de crianças expostas a procedimentos médicos. O Programa de Atividades, estruturado para as crianças do G. E., constituiu-se das seguintes etapas: A 1ª, intitulada "Livro infantil", teve como objetivo informar à criança sobre o ambiente hospitalar, as funções dos profissionais da saúde e a razão dos procedimentos médicos, como também facilitar-lhe a expressão de sua percepção sobre a doença e a hospitalização, incentivando-a à verbalização de sentimentos e pensamentos a respeito. Shechtman (1999), demonstrou que a literatura deve ser utilizada no contexto hospitalar, com a criança, porque permite que ela lide de uma forma menos aversiva, com a complexidade da situação, além de aumentar sua capacidade de compreensão. Um livreto "Andrezinho no hospital", bem ilustrado e em linguagem coloquial, especialmente elaborado para a pesquisa, compreendendo o conteúdo acima expresso, serviu como recurso didático a esta etapa. Outros livros contendo temas relacionados à saúde, à doença, ao medo, à raiva e à expressão de sentimentos também estiveram disponíveis para a leitura. A 2ª, denominada "Brincar de médico", constou de um conjunto de materiais lúdicos representativos dos utilizados nos procedimentos médicos junto à criança. Através da dramatização, a criança teve oportunidade de familiarizarse com esses procedimentos, de vivenciar s'ítuações e expressar sentimentos em relação a eles, como também de desenvolver comportamentos de adesão e intensificar suas relações com o profissional que a atendia. Bomtempo (1987, 2000) considerou que oferecendo um tempo para o brincar, um ambiente para explorar e materiais que favoreçam a brincadeira de "faz-de-conta", adultos oodem promover a aprendizagem de crianças porque possibilita o treino de habilidades, ensaio de papéis, exploração do ambiente e desenvolvimento do repertório e capacidade de comunicação. A literatura tem demonstrado que a dramatização facilita a aprendizagem de procedimentos, bem como a representação de papéis de outras pessoas no ambiente hospitalar. A encenação de temas médicos pode dar à criança um senso de controle sobre sua situação de passividade perante os procedimentos médicos e a doença (Huerta, 1996). A 3ª fase, chamada de "Relaxamento e fantasia"; teve por objeto aliviar a tensão muscular, produzir imagens relaxantes, analisar funcionalmente o comportamento e identificar variáveis controladoras como também formas de intervenção mais eficazes. O relaxamento com a combinação de fantasia tem sido utilizado como estratégia para a redução da ansiedade, da dor e do medo e para aquisição de habilidades em crianças hospitalizadas (Silva Jr., 2000; Siegel & Hudson, 1992). 3. Resultados e Discussão Os resultados da pesquisa foram analisados estatisticamente e descritivamente. Considerou-se que as informações coletadas sobre a criança, permitiram uma descrição e operacionalização do seu repertório comportamental, o que constituiu parte importante da avaliação e intervenção proposta pela pesquisa, possibilitando identificar a variação do padrão comportamental. Concluiu-se que o GE, após tratado, teve melhora expressiva (aumento significativo no número da ocorrência de comportamentos de adesão e diminuição na ocorrência de comportamentos concorrentes). Tal condição demonstra a eficácia do procedimento da pesquisa, no sentido de ampliar o repertório de comportamentos adaptativos à situação de procedimentos médicos. Os resultados obtidos parecem confirmar as observações de Christiano e Russ (1998), referentes à inclusão de programas de atendimento a crianças hospitalizadas, como alternativa eficiente para a redução do caráter aversivo dos procedimentos médicos utilizados no contexto hospitalar. Na pesquisa, a utilização desses procedi~entos junto à criança internada configurou-se como um contexto aversivo, com probabilidade de que ela desenvolvesse comportamentos concorrentes. A utilização da análise funcional possibilitou a avaliação do comportamento das crianças submetidas à intervenção médica, através do estabelecimento da relação com o contexto do procedimento empregado. Para melhor compreensão do comportamento da criança, foi necessário explicitar elementos relacionados à condição antecedente, fatores disposicionais, repertório comportamental e eventos conseqüentes presentes na situação. Os procedimentos utilizados nas etapas do Programa de Atividades mostraram-se benéficos para a adesão ao tratamento de inalação. Na referente à do "Livro infantil" (1ª fase) evidenciou-se que a criança bem informada, participou mais ativamente no processo de adesão ao tratamento. Como Amaral (2001) descreveu, ao analisar com a criança o contexto hospitalar, permite-se que ela compreenda as relações funcionais presentes, promovendo condutas mais eficazes de adesão ao tratamento e de enfrentamento dos procedimentos médicos. Em relação à 2ª fase, "O brincar de médico", as crianças demonstraram bastante interesse por brinquedos e brincadeiras relacionados a temas hospitalares. A simulação possibilitou maior compreensão da sua condição (doença e hospitalização) e também maior contato com experiências negativas de forma menos aversiva (dessensibilização). O envolvimento da criança com a atividade de simulação esteve relacionado também com sua maturidade, habilidade e condição física para lidar com esses estímulos. Constatou-se que a utilização do brinquedo no hospital, proporcionou à criança, aprendizagem mais rápida de conceitos relacionados à saúde. Bomtempo (1997) descreveu tal condição, acrescentando que a atividade lúdica devEYSertambém valorizada por possibilitar a generalização para diferentes situações. Durante a dramatização, os participantes da pesquisa tiveram oportunidade de expressar seus sentimentos e sanar dúvidas relacionadas aos procedimentos médicos como Huerta (1996) e Summers (1991) também descreveram em seus estudos. Quanto à 3ª fase, relativa ao relaxamento e fantasia, segundo o que Siegel e Hudson (1992) consideraram, inferiu-se que tal estratégia possibilitou aumento na freqüência da emissão de comportamentos cooperativos além das interações verbais pertinentes a situações imaginadas. Com relação ao nível de aproveitamento, apesar da diferença não ter sido significativa (teste t de student), constatou-se que as meninas se beneficiaram mais da intervenção psicológica, apresentando maior diferença na freqüência da emissão de comportamentos concorrentes por ocasião do pré e do pós-teste. A diferença no desempenho entre crianças do sexo masculino e feminino deve ser melhor explicitada em estudos posteriores, considerando os materiais lúdicos utilizados e as atividades propostas. Quanto à idade dos participantes, as crianças menores (de 5 a 6 anos) apresentaram uma sensível diminuição da ocorrência de comportamentos concorrentes após a aplicação do programa. Quanto maior a faixa etária da criança, menor foi seu aproveitamento da intervenção, evidenciando correlação negativa entre idade e o total de ocorrências de comportamentos concorrentes. Outros autores corroboram tais dados, considerando que as crianças mais velhas, possuem um repertório comportamental mais elaborado e mais recursos para o enfrentamento de situações difíceis e desconhecidas (Araujo & Arraes, 2000; Siegel, Smith & Wood, 1991). Entende-se que o sexo e a idade da criança são variáveis que devem ser consideradas e que os dados obtidos no presente estudo podem oferecer contribuição para a compreensão da variabilidade de seu desempenho comportamental, constituindo um critério de possível predição do comportamento das crianças. Há necessidade de que pesquisas futuras investiguem mais detalhadamente tais variáveis que se relacionam com contexto de proce- dimentos médicos e o repertório comportamental de indivíduos expostos a estas contingências. Verificou-se que, ao divulgar os resultados da pesquisa, profissionais da saúde do hospital em estudo passaram a reiterar a inclusão de brincadeiras ou permitiram sua utilização durante intervenções médicas. Muitos deles asseguraram que tal prática facilitou suas atribuições porque, geralmente, obtinham maior colaboração dos pacientes para a execução desses procedimentos. 4. Considerações Gerais A utilização da análise do comportamento permitiu a alteração das contingências que controlavam determinados padrões comportamentais, identificando reforçadores que mantinham comportamentos concorrentes, considerados inadequados para a realização ou prosseguimento da execução do procedimento médico, e apresentando reforçadores contingentes aos comportamentos de adesão. Espera-se que o trabalho contribua para a produção científica da área, no sentido não só de diminuir a insuficiência metodológica, relacionada ao fornecimento de informações precisas acerca dos efeitos da intervenção psicológica sobre o repertório comportamental da criança hospitalizada, como também de subsidiar intervenções nesse contexto, auxiliando profissionais que atuam no campo da Psicologia da Saúde, a descrever e analisar comportamentos de crianças expostas a procedimentos médicos. 5. Referências Bibliográficas Amaral, V. L. A. R. (2001). 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Conceitos, pesquisa e aplicação, a ênfase no ensinar, na emoção e no questionamento clínicojpp. 133-138). São Paulo: SET. Wishon, P. M., & Brown, M. H. (1991). Play and the young hospitalized patient. Early Child Development and Care (72), 39-46 . • MILANI, D. A representação lúdica e gráfica em crianças com síndrome de Down1 Vera Maria Barros de Oliveira2 C. n 35, "Elza Bárra" Q Universidade Metodista de São Paulo Denise Milani3 Instituto Metodista de São Paulo e APAE de São Caetano do Sul Resumo: Investiga a forma como a criança com síndrome de Down organiza sua brincadeira e seu desenho em situação não estruturada. Inicia por breve relato da história, etiologia e características da síndrome em questão, salientando a relevância do diagnóstico, aconselhamento genético e orientação aos pais, inclusive sobre a estimulação precoce. Faz, a seguir, levantamento da literatura psicológica específica ao tema, identificando linhas de pesquisa, como a que enfoca a relação mãe e criança com esta síndrome, no Contribuição derivada da dissertação tiA brincadeira simbólica e o desenho da criança portadora da síndrome de Down", defendida pela segunda autora e orientada pela primeira. 2 Professor Titular do programa de Pós-graduação em Psicologia da Saúde. Livre-docente pelo /PUSP. Endereço para correspondência: R. Haddock Lobo, 281 ap.102 01407-200 São Paulo-SP. E-mail: veraboliveira @ao/.com.br. 3 Docente dos grupos alternativos do Instituto e psicóloga da APAE. Endereço para correspondência: [email protected] 1