Expediente
Anestesia em revista é
uma publicação da
Sociedade Brasileira de
Anestesiologia
Departamento de
Anestesiologia da
Associação Médica Brasileira
Nesta Edição
Rua Professor Alfredo Gomes, 36
Botafogo - Rio de Janeiro - RJ
CEP: 22.251-080
Tel.: (21) 2537-8100
Fax: (21) 2537-8188
Conselho Editorial:
João Aurílio Rodrigues Estrela
Ismar Lima Cavalcanti
Carlos Eduardo Lopes Nunes
Sergio Luiz do Logar Mattos
Nádia Maria da Conceição Duarte
Jurandir Coan Turazzi
Luiz Antônio Vane
Diretor Responsável:
Nádia Maria da Conceição Duarte
Programação Visual:
Ito Oliveira Lopes - 12516-DRT/RJ
Wellington Luís Rocha Lopes
Equipe Editorial:
Marcelo Marinho
Rodrigo Matos
Mercedes Azevedo
José Bredariol Jr
Marcelo Sperle
Impressão e Acabamento:
MasterGraph
Tiragem:
8.000 exemplares
Distribuição gratuita
IMPORTANTE:
Editorial
Título do Editorial
4
SBA Responde
6
Divulgação
XII JARGS Anestesia: Novos Rumos
CREMERJ adverte: Portaria do Ministéiro faz mal à Saúde
37ª Jornada de Anestesiologia Brasil Central
Normativa para elaboração e avaliação de atividades
Certificado de Atualização Profissional
Resolução da Assembléia Geral Extraordinária da UNIDAS
sobre a 4ª Edição da CBHPM
SBA vence eleição para o Conselho Deliberativo da
Associação Médica Brasileira (AMB)
Anestesia em Oftalmologia
SAEPE - Porto de Galinhas recebe XIV JAEPE em setembro
Aprovados na Prova Oral para Obtenção do
Título Superior em Anestesiologia
9
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25
Cadastre seu e-mail na SBA
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Notícias da AMB
Resolução Normativa CNHM nº 001/2006
18
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Novos Membros
20
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Representações de Veículos Científicos
Revistas e Jornais
Ronaldo Viana
Telefax: (21) 2571-4617 e 2570-6712
Artigo Científico
Príons e anestesia: fato a considerar?
24
Calendário Científic
o
Científico
26
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Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 3
Editorial
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Paulo Carneiro, Curare e RBA
Nas primeiras décadas do século
idealizadores do Instituto do Açúcar e
XX, o Brasil ofereceu ao mundo, mesdo Álcool, criado em 1933. Trabalhava
mo sem percebê-lo, uma enorme conentão no Instituto Nacional de
tribuição na área das Ciências BiolóTecnologia - INT, tendo galgado rapidagicas.
mente cargos de direção. Mal chegara a
Através da inteligência e argúcia
diretor geral do Instituto, foi convidado
científica de um químico brasileiro
pelo governo do Estado de Pernambuco,
chamado Paulo Carneiro, estabeleem 1935, para dirigir a Secretaria de
ceu-se o princípio ativo, o mecanisAgricultura, Indústria e Comércio do
mo geral e o sítio de ação dos
Estado.
bloqueadores neuromusculares, enEntretanto, a Revolta Comunista,
tão conhecidos simplesmente como
eclodida em novembro de 1935, afetou
DR. CARLOS EDUARDO L. NUNES
curare. Aliás, a própria evolução da
diretamente a atuação de Carneiro em
Secretário Geral
nomenclatura destas substâncias é
Pernambuco: suas idéias em relação à
um valioso testemunho de como os
reforma agrária e à cooperativa de conconceitos introduzidos por Carneiro modificaram a
sumo, entre outras, iam de encontro aos interesses da
compreensão do tema.
elite agrária de região. Foi então forçado a voltar ao Rio
Dotado de sólida formação técnica e humanística,
de Janeiro naquele mesmo ano.
Paulo Carneiro ingressou, em 1921, no recém-criado
Os caprichos da História às vezes nos brindam com
Curso de Química Industrial, anexo à Escola Politécnicaminhos tão insólitos que têm o poder de iludir os
ca do Rio de Janeiro. Ali, Carneiro irá encontrar o quícontemporâneos dos fatos. O retorno de Carneiro à sua
mico holandês Carlos Lohmann, radicado no Brasil
cidade natal, de amargo sabor naquele momento pela
havia pouco tempo. Com o incentivo do grande mesruptura que significou, revelou-se o ponto de partida
tre, Carneiro dedicava-se especialmente ao estudo da
de uma seqüência de eventos, que culminariam com o
constituição química de plantas amazônicas que pudesenvolvimento de uma teoria que iria influenciar a
dessem ter algum valor terapêutico, como o guaraná e
Química e a Fisiologia, além de revolucionar uma espeo curare. Sempre com o incentivo de Lohmann e ainda
cialidade médica então florescente: a Anestesiologia.
antes da colação de grau, atuou como docente da DisciAo voltar à sua cidade natal, Carneiro sentiu-se inplina de História Natural da Escola Politécnica e, após
seguro devido à cena política brasileira e tomou a inia formatura, agregou à vida docente suas atividades
ciativa de ausentar-se do país por algum tempo. Seu
como químico pesquisador.
antigo mestre na França, Gabriel Bertrand, facilitou as
Em 1927, beneficiado por uma bolsa de estudos ofecoisas, enviando-lhe um convite formal por intermérecida por Lineu de Paula Machado em decorrência de
dio da Embaixada do Brasil, oferecendo-lhe uma bolsa
seu desempenho como estudante de Química Industride pesquisa. Carneiro licenciou-se então do INT e paral , Carneiro viajou a Paris para estudar com Gabriel
tiu para Paris em outubro de 1936. A boa impressão
Bertrand, um dos mais atuantes pesquisadores em proque havia deixado em sua primeira passagem pelo Serpriedades químicas de plantas como o mate e o café.
viço de Bertrand explica a grande alegria com que foi
Foi nesta oportunidade que desenvolveu seus trabarecebido em seu retorno à França, desta vez num "autolhos iniciais, levados do Brasil, sobre a existência de
exílio" profilático.
cafeína em altas doses no guaraná. Esses estudos foÀ época em que Carneiro começou a estudar a comram transformados em tese que foi apresentada à Faposição química do curare, muitas dúvidas perduraculdade de Ciências de Paris sob o título "Le Guaraná
vam sobre a substância. A classificação, por exemplo,
et Paulínia Cupana H. B.: contribution à l'étude des planera feita de acordo com o recipiente em que se encontes à caféine". Ao regressar ao Brasil em 1931, encontrava: tubos de bambu, potes ou cabaça. Seus trabatrou o país recém-saído de uma revolução, sob um golhos pioneiros renderam resultados surpreendentes
verno provisório e com os estados sob intervenção fepara a época. Por meio de uma série de ensaios, Carneideral. Estudava-se a utilização do álcool etílico como
ro conseguiu isolar dois alcalóides encontrados nos
alternativa combustível ao petróleo, matéria prima
potes, cabaças e casca da Strychno lethalis, denomientão escassa e rara em nosso país e Carneiro teve desnando-os Strichnoetalina e Curaletalina. Os resultatacada atuação nesse momento, tendo sido um dos
dos de sua pesquisa comprovaram que era possível
4 - Anestesia em rre
evista - maio/junho, 2006
obter substâncias curarizantes sem o complexo ritual
indígena a que estavam associadas e que o princípio
ativo do curare não provinha dos animais adicionados
pelos índios durante o preparo do veneno. O trabalho
de Carneiro no Instituto Pasteur foi finalmente levado
à Academia de Ciências de Paris por seu mestre, chefe e
admirador, Gabriel Bertrand, tendo sido publicado em
1938 nos Compes Rendus des Séances da Academia,
com imediata repercussão até na imprensa leiga da
Europa e do Brasil. "Descoberta em Paris por um
scientista brasileiro a composição do 'curare'. Solucionou o importante problema scientífico o sr. Paulo Carneiro", bradou do Rio de Janeiro o Diário de Notícias de
13 de abril de 1938.
Prosseguindo seus estudos sobre o curare, repetiu
a clássica experiência de Claude Bernard em rãs, só
que, pela primeira vez, usando um alcalóide extraído
de uma espécie pré-determinada. Foi a partir de então que Carneiro enfrentou seu maior embate científico. Seus resultados confirmavam a teoria de Claude
Bernard sobre a placa motora, fato contestado por
Louis Lapique, eminente fisiologista da época. Para
Lapique, o efeito curarizante se devia a uma ação da
droga diretamente sobre o nervo, interferindo sobre
sua cronaxia, conceito rudimentar do que hoje conhecemos por período refratário. Para não estender o assunto além do escopo deste editorial, resumiremos que
enquanto Lapique afirmava que a ação do curare
dava-se por interferência na cronaxia do nervo, Carneiro contestava sua teoria e localizava a ação do
curare no sítio que conhecemos hoje por junção
neuromuscular. Ainda mais: acrescentava que esta
ação acontecia provavelmente por intermédio de alguma interferência com a atuação da acetil-colina
nesta região. Bingo! Após quatro séculos de mistério e
fascínio, estava enfim pavimentado o caminho que
levaria ao domínio da síntese e mecanismo de ação do
curare. Daí a ser utilizado na anestesia geral, foi um
pulo de apenas três anos, embora já tivesse sido empregado no tratamento do tétano em 1932.
A reação de Lapique foi furiosa. Em comunicado
apresentado à Academia em 20 de março de 1939, denominado, com um certo sarcasmo, "Sur um soi-disant
principe active du curare" (Sobre um suposto princípio ativo do curare), o cientista refuta com veemência
a teoria de Paulo Carneiro. A polêmica ocupou calorosos, ricos e intermináveis debates, refletidos nos célebres Compte Rendus de l'Academie de Sciences de Paris, onde os interessados poderão deleitar-se com a
efervescência científica vigente na França ocupada, em
plena Segunda Guerra Mundial.
As críticas de Lapique não esmoreceram Carneiro,
que se manteve firme diante de toda a turbulência.
Convicto de suas afirmações, sabia que seus experimentos comprovavam efetivamente todas as suas
asserções e que Lapique tinha conhecimento disto, apenas não querendo admitir o fato devido a seu caráter
autoritário.
Em 1942, três anos depois da apresentação original
do trabalho de Carneiro, o curare passou efetivamente
a ser empregado na prática anestésica. Segundo
Griffith, em trabalho de revisão realizado em Montreal e publicado no Anesthesiology, utilizando Intocostrin,
do Laboratório Squibb, "o curare age interrompendo
os impulsos nervosos ao nível da sinapse neuro-muscular, provavelmente devido à neutralização da acetilcolina".
Pelo peso da revista e do laboratório fornecedor
da substância, o trabalho de Griffith acabou por adquirir uma aura de pioneirismo, que superestima sua
real importância nesse tema. Como dissemos, foi um
trabalho retrospectivo e sem explicações fisiológicas sólidas para os resultados clínicos então observados. Sua bibliografia é escassa e remonta a artigos
publicados em revistas de Fisiologia que, aqueles sim,
citam diversas vezes os trabalhos de Carneiro, reconhecendo no cientista brasileiro o real divisor de
águas para a compreensão e posterior uso clínico do
curare.
E por quê citamos a Revista Brasileira de
Anestesiologia no título deste editorial? Somente para
demonstrar a importância de uma publicação
confiável para o estímulo, desenvolvimento e reconhecimento de pesquisadores. Todo o desenvolvimento químico e fisiológico sobre o curare ocorreu na França, tendo sido sua síntese e mecanismo de ação, obras
de um pesquisador brasileiro, certamente desconhecido da imensa maioria dos anestesiologistas, que
usam diariamente este grupo de drogas, entendem
como elas agem, mas não fazem a menor idéia de que
foi um cientista brasileiro o responsável por abrir o
caminho para este conhecimento. Quem levou os louros da vitória, mesmo sem saber explicar exatamente
o que constatou, foi o autor de um trabalho canadense, patrocinado por um laboratório norte-americano
e que publicou os resultados de sua experiência clínica numa revista que, embora jovem àquela época, já
estava consagrada pelos anestesiologistas formadores de opinião no mundo.
Decorre daí a importância de buscarmos sempre
melhorar e profissionalizar a nossa RBA. Precisamos
indexá-la em instituições editoriais com bancos de dados confiáveis e reconhecidos, para que nossos autores
não precisem publicar seus trabalhos em outros periódicos e para que sejamos mais vistos por cada vez mais
leitores. Curiosamente, uma das fontes de pesquisa
usadas neste editorial, e que não é uma publicação
médica, cita em suas referências um editorial de um
número da RBA, de 2003. Como a autora, que não é
médica, nos encontrou? Certamente pelas indexações
que já temos.
É por aí que devemos seguir. Com a mesma persistência com que Paulo Carneiro enfrentou gigantes e
empurrou a Medicina para um grande passo.
Dr. Carlos Eduardo L. Nunes
Secretário Geral da SBA
Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 5
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
SBA Responde
Uso de Agulhas
descartáveis
Venho através deste e-mail fazer uma consulta a CNTSA da
SAEB, sobre agulhas para realização de bloqueios.
Em um hospital está ocorrendo falta de agulhas para raquianestesia, estão sugerindo que
façamos raquianestesia com cateter intravenoso, ou com agulha
intravenosa de comprimento aumentado que chega áté o neuroeixo, gostaria de saber se essa agulhas de punção venosa e cateter
intravenoso são seguros e estão
legalmente respaldados para o uso
em bloqueios do neuroeixo sobretudo subaracnoideos? Estão alegando que são mais baratos que as
agulhas de bloqueio.
SBA responde
Atendendo sua solicitação
anexamos Parecer Técnico da
CNTSA sobre agulhas descartáveis e esperamos que satisfaça
seu objetivo.
Agulhas Descartáveis para
Anestesia Epidural e Subaracnóidea
Não existem determinações
legais para o uso de agulhas descartáveis, de uso único, para a
realização dos bloqueios sobre o
neuro-eixo. Por se tratar de região nobre do corpo humano
onde as conseqüências de uma
falha
no
processo
de
processamento, a reutilização
de um material com deformações e fadiga - de difícil análise
técnica no momento da realização da anestesia - nos levam as
seguintes considerações:
6 - Anestesia em rre
evista - maio/junho, 2006
Tendo o médico o compromisso de:
Sob o ponto de vista do Código de Ética Médica:
Art. 5º - O médico deve aprimorar
continuamente seus conhecimentos
e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente.
Art. 8º - O médico não pode, em
qualquer circunstância ou sob
qualquer pretexto, renunciar à sua
liberdade profissional, devendo
evitar que quaisquer restrições ou
imposições possam prejudicar a
eficácia e correção do seu trabalho;
Sob o ponto de vista da Resolução CFM 1.363/93:
Considerando que é dever do médico guardar absoluto respeito
pela vida humana, não podendo,
seja qual for a circunstância, praticar atos que a afetem ou concorram para prejudicá-la;
Considerando que o alvo de toda
a atenção do médico é a saúde de
ser humano, em benefício da qual
deverá agir com o máximo de zelo
e o melhor de sua capacidade profissional;
Resolve:
Art. 1 - Determinar aos médicos que praticam anestesia que:
V - Todas as conseqüências decorrentes do ato anestésico são da responsabilidade direta e pessoal do
médico anestesista;
Sob o ponto de vista do Código Civil:
Art. 1538 - No caso de
ferimento ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e
dos lucros cessantes até o fim da
convalescença, além de lhe pagar
a importância da multa no grau
médio da pena criminal correspondente.
§ 1º - Esta soma será duplicada,
se do ferimento resultar aleijão ou
deformidade.
§ 2º - Se o ofendido, aleijado ou
deformado, for mulher solteira ou
viúva, ainda capaz de casar, a indenização consistirá em dotá-la,
segundo as posses do ofensor, as
circunstâncias do ofendido e a gravidade do defeito.
Art. 1539 - Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido
não possa exercer o seu ofício ou
profissão, ou se lhe diminua o valor do trabalho, a indenização,
além das despesas do tratamento
e lucros cessantes até o fim da convalescença, incluirá uma pensão
correspondente à importância do
trabalho, para que se inabilitou, ou
da depreciação, que ele sofreu.
O ponto de vista da Divisão
Nacional de Vigilância Sanitária
de Medicamentos - DIMED: Portaria nº 04, de 07 de fevereiro de
1986, sobre artigos descartáveis,
por analogia, podem ser aplicado
as agulhas reutilizáveis:
Entende-se por riscos reais ou
potenciais à saúde do usuário
aqueles que decorrem de:
a) transmissão de agentes infecciosos;
b) toxicidade decorrente de resíduos de produto ou substância
empregados nos usos antecedentes ou no reprocessamento, e de
alterações físico-químicas do material com que é fabricado o
correlato, em decorrência ou dos
usos prévios ou do reprocessamento;
c) alterações das características
físicas, químicas e biológicas originais do produto ou de sua funcionalidade em decorrência da fadiga, dos usos prévios ou de reprocessamento, com implicações para
uso seguro e satisfatório para o
qual foi fabricado.
Apresentamos as seguintes
considerações:
1 - As agulhas utilizadas para
o bloqueio epidural possuem grosso calibre e como todas as agulhas
apresentam a dificuldade da limpeza, principalmente a interna
(lúmem).
2 - A presença de resíduos de
matéria orgânica, fragmentos de
pele, pêlos ou outros materiais, no
lumém - orifício interno - e encaixes podem, durante a realização de
um bloqueio, ser injetados no
“próximo paciente”.
3 - A inativação de endotoxinas
só é alcançada através de calor
seco, a 250 graus Célcius, - por 60
minutos. Este processo não é o convencionalmente adotado nos hospitais, para as agulhas.
4 - As substâncias utilizadas
para a limpeza química podem
acumular no interior das agulhas,
e posteriormente serem injetadas
no espaço epidural e produzir
neurites químicas.
5 - Os agentes de limpeza e /ou
os esterilizantes podem reagir com
os materiais e formar novos resíduos tóxicos.
6 - O etileno-glicol formado
pela reação do óxido de etileno e
resquícios de água (deixados do
enxague) é uma substância neurotóxica.
7 - Qualquer deficiência no
processo de controle do preparo e
esterilização pode levar a conseqüências danosas.
8 - Se todo o hospital - ambulatórios, enfermarias e apartamentos - utiliza agulhas descartáveis para injeções intra-venosas, por que as agulhas que estarão em contato próximo ao nobre Sistema Nervoso não deveriam ser da mesma qualidade?
9 - A deformação e alterações
das características físicas (resistência e corte) podem levar a quebra da agulha ou a produção de
fragmentos desta, provocando
maior lesão tecidual - no caso de
uma punção acidental de duramater, com uma agulha usada, de
corte rombo, a lesão - do orifício
formado, será maior que o provocado pela agulha nova - de corte afiado. As agulhas para o bloqueio subaracnóideo possuem
pontas e estruturas ainda mais
delicadas, principalmente a ponta, que se deforma em contato
com estruturas ósseas e calcificações, tornando a romba e sem
o corte adequado.
10 - O processo de preparo, limpeza e reesterilização não é tão
simples quanto parece e a garantia de suas etapas pode ser duvidosa - Será que compensa a perda
de tempo e o custo do reprocessamento de uma agulha ? Não menos questionável deve ser o risco
de trauma e perfuração dos funcionários envolvidos no processamento da agulha e a transmissão de doenças a estes funcionários.
11 - Caso seja feita a opção pela
reutilização a limpeza deverá ser
física - que pode levar a alteração
da estrutura e formação se resíduos e / ou química - que pode deixar
resíduos. Ambos os resíduos podem ser nocivos para os pacientes, causando até lesões neurológicas irreversíveis como neurites
e paraplegias.
12 - Existe a necessidade da garantia de todas as etapas do “Processo de Reprocessamento” deste
material. Na vigência de uma lesão a um paciente, de quem seria a
responsabilidade? - Hospital?
Funcionário(s) do Reprocessamento? Anestesiologista? Como provar?
13 - O mesmo pensamento é
válido para as agulhas de bloqueio
subaracnóideo, porém com os
agravantes de: maior invasão do
sistema nervoso, maior dificulda-
de de limpeza, menor resistência
mecânica.
14 - O custo da utilização de
uma agulha descartável durante
uma anestesia sobre o neuro-eixo
é desprezível em relação ao benefício e segurança proporcionado
pelo uso de um dispositivo novo e
de uso único. Em situações de lesão e dano a um paciente a economia realizada será de difícil justificativa ou ausente.
15 - Milhares de Reais são desperdiçados, com ou sem planejamento, no sistema de sáude - por
exemplo: os exames desnecessários que custam cenas de vezes o
preço de uma agulha, que tem contato direto e invasivo com o sistema nervoso. Os que se recusam a
pagar esta simples agulha, conhecedores destes riscos, ainda gostariam de ser anestesiados por uma
agulha não-descartável?
CNTSA/2006
Dr. Márcio Augusto Lacerda
Dr. Neuber Martins Fonseca
Dr. Oscar César Pires
Mobiliário do Centro
Cirúrgico
Solicito orientação para informes quanto a normatização de cadeiras e modelos aplicados nos
Hospitais para permanência do
anestesiologista na sala de cirurgia, vez que nosso Hospital Estadual (FUNDHACRE), centro de referência no Acre nos fez esta consulta e a chefia deste também recebe cópia da presente.
SBA Responde
Conforme a Gerência Geral de
Tecnologia em Serviços de Saúde,
unidade de tecnologia da organização dos serviços de saúde da
Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 7
Anvisa, os materiais devem ser de
fácil limpeza e desinfecção, lisos,
sem frestas e rugosidades, preferencialmente resistentes à lavagem e aos produtos de desinfecção. Não devem ser utilizados materiais orgânicos, assim como
qualquer outro que retenha umidade.
Orientações dispondo sobre o
assunto podem ser obtidas no site
da ANVISA: www.anvisa.gov.br,
áreas de atuação, serviços de saúde, na RDC n° 50, de 21 de fevereiro de 2002 – "Regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos
assistenciais de saúde"e; com alterações editadas nas resoluções
RDC n° 307, de 14 de novembro
de 2002 e RDC n° 189, de 18 de julho de 2003.
Os requisitos de limpeza e
sanitização devem seguir as normas contidas no manual "Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde - 2ª edição", Ministério da Saúde / Coordenação de Controle de
Infecção Hospitalar, que pode ser
obtido no site:
www.anvisa.gov.br/servicosaude/
controle/processamento_artigos.pdf
CNTSA/2006
Dr. Márcio Augusto Lacerda
Dr. Neuber Martins Fonseca
Dr. Oscar César Pires
Presença de leigos no
Centro Cirurgico
Venho trabalhando em uma cidade do interior de Minas Gerais
há alguns meses, e é pratica entre
alguns cirurgiões permitir a entrada de leigos (familiares e amigos) do paciente para assistir aos
8 - Anestesia em rre
evista - maio/junho, 2006
atos anetésicos-cirurgicos. Gostaria de frisar de não se tratar de
partos (cesareana e normal), mas
de cirurgias outras (eletivas e urgências).
Dentro desta realidade solicito
parecer para saber se nestes casos é
necessária apenas a autorização do
cirurgião, necessária apenas autorização do anestesiologista, se isso
deve ocorrer de um comum acordo
entre ánestesiologista e cirurgião, ou
ainda se deve ser um acordo entre a
equipe médica e a diretoria clinica/
administração do hospital.
SBA responde
Como não existe legislação específica sobre o assunto, entendemos que a rotina deva ser
estabelecida pelo regimento interno da instituição hospitalar, levando em consideração o código de
ética médica e a opinião dos profissionais médicos envolvidos no
atendimento.
Dr. Jurandir Coan Turazzi
Dir. Depto. Defesa Profissional da
SBA
Acordo para cirurgia
endoscopica
Observando notícias no site
da SBA “ CBHPM: Concluído acordo para cirurgias endoscópicas”
(09/02/2006), gostaríamos de saber se algo similar está sendo encaminhado como taxa de uso de
equipamentos e monitores em
anestesia, quando estes são de
propriedade do anestesista.
Quais os valores e se estes são
cobrados em taxa fixa ou por
hora/uso.
SBA responde
Até o momento não fizemos
nenhuma sugestão quanto a valores para taxa de uso de monitorização, junto à AMB.
Como no momento estamos
ocupando também cargo na Comissão Nacional de Honorários
Médicos da AMB, solicitamos ao
colega que nos envie sugestões pertinentes ao assunto para que possamos dar o devido encaminhamento.
Em relação ao pagamento de
taxas de monitor, as negociações
devem ser feitas junto às operadoras de planos de saúde e instituições hospitalares. O valor
estabelecido pode ser de acordo
com o porte anestésico do procedimento, semelhante ao que é
estabelecido para a taxa de sala
ou valor fixo. Existe uma variabilidade muito grande de valores.
Na UNIMED Joinville, são
pagos os seguintes valores por
procedimento:
Monitor: R$:17,50.
Oxímetro de Pulso: R$:17,50
Quanto à remuneração de honorários médicos para monitorização, somente nos procedimentos de monitorização invasiva,
cabe remuneração de acordo com
o estabelecido na CBHPM. Vide:
Instruções gerais e específicas
para a anestesiologia da CBHPM.
Pág. 119.
Dr. Jurandir Coan Turazzi
Dir. Depto. Defesa Profissional da
SBA
OBITUÁRIO
JOSÉ HEITOR CONY
Matrícula:
00123
Regional:
SAERJ
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Divulgação
XII JARGS
Anestesia: No
vos Rumos
Nov
LIVRAMENTO 8 E 9 DE SETEMBRO DE 2006
JANDAIA TURISMO HOTEL
A XVII volta a Livramento em 2006 sendo esta a
terceira vez que o maior evento científico da SARGS
ocorre na fronteira.
Com uma programação científica variada incluindo revisão de temas importantes e amplo destaque das
novidades em anestesiologia, este é um evento enxuto
de 2 dias de duração, aproveitando o feriado da independência, com três salas de aula funcionando simultaneamente.
Todas as apresentações tem tempo exclusivo destinado a discussão do assunto o que garante a interatividade do evento. Algumas atividades que são de
interesse mais específico de aqueles que se dedicam ao
tema, serão desenvolvidas em salas de acesso restringido e para essas sessões é essencial que quem está interessado faça sua inscrição antecipada como forma
de garantir sua vaga.
A parte associativa não foi descuidada, temas relevantes como a recertificação e a nova tabela de honorários serão discutidas.
A convivência social está garantida por dois eventos maiores, o coquetel inaugural no próprio hotel sede
Dr. Sergio D. Belzarena
Presidente da XVII JARGS
da XVII JARGS e o jantar de confraternização, que será
realizado em um local especial por sua arquitetura,
contando também com as características da culinária
e dos vinhos da região temperados pela forma de receber de Santana do Livramento.
Há muitos motivos para comparecer a XVII JARGS
em Livramento. Procure os seus e venha.
COMISSÃO ORGANIZADORA
Ana Luft - Airton Bagatini - Fernando Nora Ildo Meyer - Luciana Stefani
Luiz Menezes - Marcos Tannhauser Oswaldo Lontra - Silvio Pérez
Dr. Sergio D. Belzarena
Presidente da XVII JARGS
Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 9
Pr
ograma Científico
Pro
JARGS 2006
08/09/2006 - 6ª Feira
SALA A
08:30/12:00 - Curso de Anestesia em Geriatria
• Avaliação pré-operatoria. risco, diferenças, custos?
• Manejo de alterações perioperatórias: hipotensão,
hipertensão, taquicardia, bradicardia
10:00/10:30 - Intervalo
• Prevenção de alterações cognitivas
• Analgesia pós-operatória, como reduzir o uso de
opióides
14:00/17:30 - Curso anestesia venosa total
15:30/16:00 - Intervalo
SALA B (Inscrição Prévia)
08:30/12:00 - Curso anestesia regional:
bloqueios periféricos
• Bloqueios do MMII
• Bloqueios em pediatria
10:00/10:30 - Intervalo
• Bloqueios do MS supraclavicular
• Bloqueios do MS infraclavicular
12:15/13:30 - Almoço com especialista
Uso perioperatório de A-2 adrenérgicos
14:00/17:30 - Curso dor crônica de tipo neuropático
• Conceitos/mecanismos fisiopatológicos
• Abordagem não farmacológica
15:30/16:00 - Intervalo
• Abordagem farmacológica
• Discussão de casos
SALA C (Inscrição Prévia)
08:30/10:00
• Curso via aérea, com destaque para máscara
laríngea
10:00/10:30 - Intervalo
10 - Anestesia em rre
evista - maio/junho, 2006
10:30/12:00
• Ventilação mecânica em situações especiais
12:15/13:30 - Almoço com especialista
Reposição volémica e de sangue e derivados:
novos conceitos, novas tendências
09/09/2006 - Sábado
SALA A
08:30/12:00
• Prevenção de náusea e vômito no paciente
pediátrico
• O que é melhor para o paciente pediátrico para
analgesia pós-operatória por via sistêmica
• Sedação e analgesia fora do bloco cirúrgico
10:00/10:30 - Intervalo
• Anestésico local e... drogas adjuvantes para
cesárea: quais são realmente úteis
• Analgesia de parto: novidades e controvérsias
• Raqui ou peridural para a gestante com préeclampsia grave.
É a melhor escolha
Devem ser evitadas
14:00/18:45 - Controvérsias - novidades - tabelas marketing
• Ropivacaína e bupivacaína com excesso enatiomérico tem menor toxicidade. Há outras vantagens?
• Uso perioperatório de AINE: estado atual
• Quando e por que são necessários/úteis/supérfluos o bis e a entropia?
15:30/16:00 - Intervalo
16:00/16:45 - Tabelas de remuneração para o
anestesiologista
• A CHBPM é um avanço que devemos apoiar
• Há outros caminhos para melhorar a remuneração do anestesiologista
• Debate
16:50/17:40 - O futuro associativo
• O que podemos esperar da SARGS e o que podemos fazer pela SARGS
• Recertificação e atualização: a realidade e o desejável
• A SBA é de todos: fatos práticos
Debate
17:45/18:45
Como montar e manter sua imagem profissional
14:45/15:30
• Raqui ambulatorial; quando indicar?
artroscopia de joelho/ hemorroidectomia/ hérnia inguinal
18:45/18:50 - Encerramento da XVII JARGS/2006
15:30/16:00 - Intervalo
SALA B (Inscrição Prévia)
16:00/17:00
• Anticoagulantes e anestesia regional: novos conceitos uso crónico/novos anticoagulantes/bloqueios simples VS. Contínuos
08:30/12:00 - Curso anestesia regional:
bloqueios periféricos
• Bloqueios do MMII
• Bloqueios em pediatria
17:00/18:00
• Aspectos práticos no manejo perioperatório do
paciente oncológico avaliação pré-operatória/
analgesia sistêmica e espinhal pós-operatória
10:00/10:30 - Intervalo
• Bloqueios do MS supraclavicular
• Bloqueios do MS infraclavicular
SALA C (Inscrição Prévia)
08:30/10:00
• Ventilação mecânica em situações especiais
12:15/13:30 - Almoço com especialista
Controvérsias em anestesia para cesárea
10:00/10:30 - Intervalo
14:00/17:30 - Discussão de casos
• Aspectos práticos em anestesia ambulatorial
10:30/12:00
• Curso via aérea, com destaque para máscara laríngea
14:00/14:45
• Qual é o agente halogenado de escolha? nódulo de
mama/endoscopia ORL com adenoidectomia/
videotoracocospia
12:15/13:30 - Almoço com especialista
Proteção de órgãos com sevoflurano:
sempre ou só em situações específicas
CREMERJ Adv
er
te:
Adver
erte:
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro CREMERJ vem a público manifestar sua preocupação com a recente
Portaria do Ministério da Saúde no
971. Por esta portaria, leigos, não
médicos, poderão, no SUS, diagnosticar doenças, prescrever e realizar
tratamentos em Homeopatia e
Acupuntura, especialidades médicas reconhecidas que exigem formação especifica.
Portaria
do
Ministério
faz mal
à Saúde
Ressaltamos que prática de atos médicos por pessoas não habilitadas configura exercício ilegal da Medicina, crime tipificado no Código Penal no artigo 282 e que,
quando resulta morte ou lesão corporal, trata-se da forma qualificada
conforme artigo 285 também do Código Penal. Os gestores do SUS também poderão ser responsabilizados
pelos possívies danos provocados ao
bem estar da população.
Repudiamos estas medidas, pois
longe de preservarem os direitos à
saúde do cidadão brasileiro, mostram o desprezo pelos usuários do
SUS, ao lhes fornecer atenção desqualificada e de segunda classe.
Conso Paulo Cesar Geraldes
Presidente
Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 11
Normativa para elaboração e aavaliação
valiação de atividades
Cer tificado de Atualização
Profissional
Composição CNA
Antônio Gonçalves Pinheiro (CFM)
Aldemir Humberto Soares (AMB)
Edmund Chada Baracat (AMB)
Edevard José de Araújo (CFM)
Fabio Biscegli Jatene (AMB)
Genário Alves Barbosa (CFM)
Editores - Câmara Técnica CNA
Flávio Dantas
(Assoc. Med. Bras. Acupuntura)
Henrique Walter Pinotti
(Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva)
João Fernando Monteiro Ferreira
(Soc. Bras. Cardiologia)
Luiz Alberto Susin
(Soc. Bras. Endocrinologia e Metabologia)
Luiz Carlos Calmon Teixeira
(Soc. Bras. Cancerologia)
Roberto Saad Junior
(Colégio Brasileiro de Cirurgiões)
Introdução
O conceito do processo da revalidação do Título de
Especialista baseia-se no interesse em assegurar a educação médica continuada e comprovar a atualização
dos profissionais médicos, processo já existente em
vários países. Reconhecendo a importância do tema, o
Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação
Médica Brasileira (AMB), por intermédio da Resolução
CFM 1.772/2005, formalizaram o Certificado de Atualização Profissional para os portadores de Título de
Especialista e Certificado de Área de Atuação, instituindo a Comissão Nacional de Acreditação (CNA) para
a elaboração de normas e coordenação do processo.
Sugerimos que os colegas acessem a resolução CFM e
seu anexo no site www.cna-cap.org.br para mais esclarecimentos.
Após extensa discussão envolvendo a AMB, o CFM
e as Sociedades de Especialidade, foram traçadas as
normativas que orientam os portadores de Título de
Especialista e Certificado de Área de Atuação a iniciar
o processo de revalidação. Nesta norma, o profissional
14 - Anestesia em rre
evista - maio/junho, 2006
pode obter o Certificado de Atualização Profissional
por meio de prova ou pela somatória de 100 pontos
pela participação em eventos, previamente aprovados
pela CNA, em um período de 5 anos contínuos. A CNA
preparou o protocolo de pontuação de atividades científicas para a revalidação, instituindo normas de
cadastramento para garantir acesso universal, lisura
e isenção ao desenvolvimento deste processo.
Considerando que a organização de eventos é uma
das principais ferramentas para a promoção da atualização técnica, a CNA preparou esta normativa no sentido de auxiliar os organizadores, avaliadores e participantes de atividades.
A - Tipos de eventos
A1 - Eventos presenciais: atividades em tempo real
e com possibilidade de interação entre os participantes e o palestrante, incluídos congressos, simpósios, jornadas, encontros, cursos e teleconferência, entre outros.
• Congresso: evento de caráter técnico ou científico,
com programação direcionada a uma determinada
área do conhecimento, objetivando debater e divulgar informações sobre temas gerais ou específicos
da especialidade. Pode utilizar diversas técnicas de
apresentação como mesas-redondas, conferências,
palestras, etc.
• Simpósio: tipo derivado de mesa-redonda, caracterizado pelo fato de ser de alto nível, com a participação de especialistas de renome, sendo o seu principal objetivo o intercâmbio de informações. Difere
também pelo fato dos expositores não debaterem
entre si os temas apresentados.
• Jornada / Encontro / Fórum / Curso: reuniões de
determinados grupos de profissionais realizadas
periodicamente com o objetivo de discutir um ou
mais assuntos, sendo congressos em miniatura.
A2 - Eventos à distância: atividades de educação
continuada não desenvolvidas em tempo real, por
meio de ferramentas multimídia ou material impresso.
B - Tipos de Apresentação: as técnicas de apresentação descritas a seguir serão todas consideradas na
normativa como referência em termos de pontuação.
• Conferência: apresentação pública de um tema informativo, técnico ou científico, por autoridade em
determinado assunto. É uma atividade com a presença de um presidente e um conferencista, não havendo espaço para discussão.
• Palestra: exposição de um assunto para uma platéia
que já possua algum conhecimento sobre o tema exposto, com possibilidade de perguntas por parte da
platéia.
• Mesa redonda: atividade na qual o assunto base é
apresentado sob diferentes enfoques. Conta com a
presença de um coordenador e palestrantes. Cada
palestrante conta com um tempo para sua apresentação, havendo ao final discussão.
• Colóquio/ Painel: uma sessão do tipo informal, exclusivamente oral, na qual os temas são debatidos
com a platéia. Conta com um coordenador e participantes.
• Controvérsia: atividade com um moderador, um
agonista e um antagonista, os quais disporão de tempo de fala e réplica. O moderador comenta e orienta
os trabalhos.
• Como eu faço: atividade com um coordenador e
palestrantes. Os palestrantes disporão de tempo
de fala e de discussão, sendo orientados pelo coordenador.
• Sessão interativa: atividade na qual a platéia participa emitindo a sua opinião. Um caso clínico é apresentado e debatido pelos participantes da mesa, incentivando a platéia a votar.
C - Organização do Evento
Todo evento deverá ser cadastrado por via eletrônica no site da CNA para posterior avaliação pela Sociedade de Especialidade. Os prazos de encaminhamento de atividades para CNA são: até 30 de setembro para
atividades do 1o semestre do ano seguinte; até 31 de
março para as atividades do 2o semestre do mesmo
ano. Deverá sempre ter um coordenador, que será o
responsável pelo evento frente à CNA. Serão considerados organizadores: sociedades médicas, hospitais,
centros de estudos e demais entidades médicas ou de
ensino. Para solicitar o credenciamento de um evento
no processo de atualização profissional, o médico responsável deverá preencher um cadastro de identificação, criando login e senha que terão de ser utilizados
sempre que quiser credenciar uma nova atividade. Em
seguida, aparecerão na tela as opções de eventos
presencial ou à distância, que dão acesso aos formulá-
rios on-line. Cada formulário preenchido receberá um
número de protocolo e será encaminhado em seguida
pela CNA ao representante das respectivas Sociedades
de Especialidade. Este será responsável por comprovar todos os dados relativos ao evento e avaliar se deve
ser credenciado. No cadastramento das atividades devem ser informados data, local, carga horária e programa científico.
O parecer das Sociedades de Especialidade, que incluirá a pontuação das atividades aprovadas conforme o padrão descrito no Quadro 1, será posteriormente encaminhado à Comissão Nacional de Acreditação,
e, a seguir, para o responsável pela atividade. O prazo
para pontuação será de 15 dias, sendo após este prazo
enviado automaticamente ao suplente. No caso de aprovação, seus dados ficarão disponíveis on-line no calendário de atividades credenciadas. Em situação de recusa, será informada a justificativa pela Sociedade de
Especialidade, e o organizador da atividade poderá
submetê-la mais uma vez, desde que tenha sido
corrigida a falha apontada.
D - Critérios de Avaliação
Normas gerais:
• Carga horária: será pontuado exclusivamente o tempo alocado para apresentação/discussão do tema,
NÃO se creditando pontos para intervalos e tempo
de refeições.
• Os certificados dos eventos somente poderão ser entregues aos participantes no final dos trabalhos, ficando a comprovação de participação sob a responsabilidade das instituições promotoras, com possibilidade de auditoria determinada pela CNA.
• Os organizadores das atividades estão obrigados a
encaminhar a CNA, no prazo de 30 dias após o encerramento dos mesmos, a relação dos participantes com a respectiva carga horária e a dos palestrantes. Para consultas posteriores, os organizadores deverão manter por cinco anos os registros
da atividade.
• As atividades serão pontuadas apenas com valores
inteiros ou fração de meio (0,5).
• Até 100% dos créditos podem ser obtidos com a participação de eventos presenciais ou à distância descritos a seguir no item D1. Até 50% dos créditos podem ser obtidos com atividades científicas ou acadêmicas descritas nos itens D2 e D3.
• As áreas de atuação receberão pontuação idêntica à
indicada para as especialidades.
• A pontuação máxima anual, para efeito de obtenção
do CAP, estará limitada a 40% do total necessário.
• Os casos omissos serão avaliados pela CNA.
Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 15
Quadro 1 - Sistema de créditos para pontuação
ATIVIDADE
Eventos
Nº. DE PONTOS
Congresso nacional da especialidade
20
Congresso da especialidade no exterior
05
Congresso/jornada regional/estadual da especialidade
15
Congresso relacionado à especialidade com apoio da sociedade
nacional da especialidade
10
Outras jornadas, cursos e simpósios
0,5/h
(mín.1 e máx.10)
Programa de educação à distância por ciclo
Atividades
científicas
Artigo publicado em revista médica
05
Capítulo em livro nacional ou internacional
05
Edição completa de livro nacional ou internacional
10
Conferência em evento nacional apoiado pela Sociedade de Especialidade
05
Conferência em evento internacional
05
Conferência em evento regional ou estadual
02
Apresentação de tema livre ou pôster em congresso ou jornada da
especialidade
Atividades
acadêmicas
0,5/h (máx.10)
02 (máx. 10)
Participação em banca examinadora (mestrado, doutorado,
livre-docência, concurso, etc.).
05
Mestrado na especialidade
15
Doutorado ou livre docência na especialidade
20
Coordenação de programa de residência médica
D1 - Eventos
a) Congresso Nacional da Especialidade: atividade
organizada e cadastrada na CNA pela Sociedade
de Especialidade. Não necessita avaliação do programa científico, tendo sua pontuação previamente determinada (20 pontos) para a especialidade
promotora. Se houver na programação científica
alguma atividade de interesse de outra especialidade, a mesma deve ser cadastrada também para
16 - Anestesia em rre
evista - maio/junho, 2006
5/ano
essa especialidade com encaminhamento do programa específico e carga horária para avaliação e
pontuação baseado nos critérios do item e. Não será
possível soma de pontos maior que 20 como participante do evento. Atividades científicas poderão
ter pontuação individualizada.
b) Congresso da Especialidade no Exterior: não são
cadastrados pelos seus organizadores, sendo considerados apenas os eventos selecionados previamente pelas Sociedades de Especialidade.
c) Congresso/jornada regional/estadual da especialidade: atividade organizada pela Sociedade de Especialidade ou por sociedade a esta filiada. Assim como
o congresso nacional, devem ser cadastrados somente pela Sociedade da Especialidade, porém não necessitam avaliação do programa científico, tendo sua
pontuação previamente determinada (15 pontos). Se
houver na programação científica atividade de interesse de outra especialidade, a mesma deve ser cadastrada também para essa especialidade com encaminhamento do programa e carga horária para avaliação e pontuação baseado nos critérios do item e.
d) Congresso relacionado à especialidade com apoio
da sociedade nacional da especialidade: devem ser
cadastrados somente pela Sociedade da Especialidade, necessitando avaliação do programa científico, tendo sua pontuação previamente determinada (10 pontos). Se houver na programação científica atividade de interesse de outra especialidade, a
mesma deve ser cadastrada também para essa especialidade com encaminhamento do programa e
carga horária para avaliação e pontuação baseado
nos critérios do item e.
e) Outras jornadas, cursos e simpósios: serão pontuadas apenas as atividades caracterizadas como
educação continuada na especialidade, ou seja, promotoras de reciclagem e atualização. Somarão 0,5
pontos por hora/atividade, com o mínimo de 1 ponto
e máximo de 10 pontos por atividade.
f) Programa de educação à distância: a aprovação
deste tipo de atividade dependerá de suas características e avaliação feita pela CNA e Sociedade
de Especialidade. A pontuação será baseada na estimativa de hora/aula, somando 0,5 ponto/hora,
com o máximo de 10 pontos por atividade, sendo
obrigatória a realização de avaliação de desempenho por todos participantes. A avaliação de desempenho deve ser organizada pelo coordenador
da atividade, podendo ser na forma escrita ou eletrônica, sendo encaminhada para correção pelo
coordenador. Receberão a pontuação os participantes que obtiverem nota de aproveitamento
igual ou superior a 7 (nota mínima = zero - máxima = 10).
Resolução da Assembléia
Geral Extraordinária
da UNIDAS sobre a
4a Edição da CBHPM
D2 - Atividades científicas
a) Artigo publicado em revista médica: 5 pontos por
artigo para autor e co-autor.
b) Capítulo em livro nacional ou internacional: 5 pontos por capítulo para autor e co-autor.
c) Edição completa de livro nacional ou internacional: 10 pontos por edição de livro.
d) Conferência em evento nacional apoiado pela Sociedade de Especialidade: 5 pontos por participação em
conferência, palestra ou membro de mesa-redonda de
evento previamente cadastrado. Não são pontuadas
participações como presidente de conferência.
e) Conferência em evento internacional: 5 pontos por
participação em conferência, palestra ou membro de
mesa-redonda de evento previamente cadastrado.
Não são pontuadas participações como presidente
de conferência.
f) Conferência em evento regional ou estadual: 2 pontos por participação em conferência, palestra ou
membro de mesa-redonda de evento previamente
cadastrado. Não são pontuadas participações como
presidente de conferência.
g) Apresentação de tema livre ou pôster em congresso ou jornada da especialidade: 2 pontos por trabalho, válido para autor e co-autores, devendo ser
apresentado em congresso/jornada da especialidade de evento previamente cadastrado, estando limitado a cinco trabalhos por evento.
D3 - Atividades acadêmicas
a) Participação em banca examinadora: 5 pontos por
participação em banca de mestrado, doutorado, livre-docência e concurso público na especialidade
por participação.
b) Mestrado na especialidade: 15 pontos por mestrado
reconhecido pela CAPES.
c) Doutorado ou livre-docência na especialidade: 20
pontos por doutorado ou livre-docência reconhecido pela CAPES.
d) Coordenação e preceptoria oficial de programa de
residência médica: 5 pontos por ano completado
do programa.
Ao vigésimo sexto dia do mês de abril de 2006, as entidades filiadas à UNIDAS reunidas durante a Assembléia Geral Extraordinária, decidiram aprovar tecnicamente a 4a Edição da CBHPM, ficando sua implantação a ser definida pelas Superintendência Estaduais, respeitadas as
especificidades regionais.
Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 17
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Notícias da AMB
Resolução Normativa CNHM nº 001/2006
A planilha da Resolução Normativa CNHM nº 001/2006, introduz alterações na 4º edição da CBHPM envolvendo portes,
número de auxiliares de cirurgia, nomenclatura de procedimentos, custos operacionais e definição de nova sistemática,
transitória, para cobrança de taxa de uso de equipamentos de vídeo utilizados em procedimentos cirúrgicos videoassistidos.
Os ajustes contidos nesta Resolução, com vigência a partir de 21.03.2006, serão incorporados à quinta edição da CBHPM.
A íntegra da RN nº 001/2006, e outras informações acerca da CBHPM encontram-se disponíveis no site da AMB
(www.amb.org.br)
São Paulo, 21 de março de 2006
José Luiz Gomes do Amaral (AMB)
Edmund Chada Baracat (AMB)
Antonio Gonçalves Pinheiro (CFM)
Walter Lyrio do Valle (Unidas)
Jurimar Alonso (Unimed do Brasil)
Amílcar Martins Giron (AMB)
Giovanni Guido Cerri (AMB)
Marilia Ehl Barbosa (Unidas)
João Batista Caetano (Unimed do Brasil)
Márcio Costa Bichara (Fenam)
RESOLUÇÃO NORMATIVA CNHM Nº 001/2006
AOS MÉDICOS, HOSPITAIS E ENTIDADES CONTRATANTES
A Comissão Nacional de Honorários Médicos e Sociedades Brasileiras de Especialidade comunicam as seguintes alterações, revisadas e
aprovadas pela Câmara Técnica Permanente da CBHPM, na 4ª edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos:
1 – Quando, para os procedimentos cirúrgicos videoassistidos do capítulo 3, os equipamentos de vídeo utilizados pertencerem à
equipe médica, esta terá direito à taxa de uso de equipamento de vídeo, a ser valorada segundo a seguinte sistemática: até
o porte 9C, 33,80 UCOs; do porte 10A ao 11C, 38,50 UCOs; do porte 12A em diante, 42,90 UCOs.
2 – Outras alterações específicas a seguir listadas:
Código
anatômico
2.01.03.30-1
2.01.03.73-5
2.01.04.03-0
2.02.01.10-9
2.02.01.11-7
2.02.01.12-5
3.01.01.22-0
3.01.01.23-9
3.01.01.24-7
3.01.01.25-5
3.01.01.26-3
3.01.01.29-8
3.02.05.27-1
3.02.05.28-0
3.03.06.05-1
3.05.01.10-5
3.05.01.36-9
3.05.01.47-4
3.05.01.48-2
3.05.01.49-0
3.05.01.50-4
3.05.01.51-2
3.05.01.52-0
3.05.01.53-9
3.05.02.29-2
3.05.02.30-6
3.05.02.31-4
3.05.02.32-2
3.05.02.34-9
3.05.02.35-7
3.06.02.18-1
Procedimento
Alterações
Infiltração de ponto de gatilho (por músculo) ou agulhamento seco (por músculo)
Bloqueio fenólico, alcoólico de pontos motores por segmento
Betaterapia (por sessão)
Avaliação clínica diária enteral
Avaliação clínica diária parenteral
Avaliação clínica diária parenteral e enteral
Curativo de queimaduras - por unidade topográfica (UT) hospitalar
Curativo especial sob anestesia - por unidade topográfica (UT)
Curetagem e eletrocoagulação de CA de pele (por lesão)
Curetagem simples de lesões de pele (por grupo de até 5 lesões)
Dermoabrasão de lesões cutâneas
Eletrocoagulação de lesões de pele e mucosas - com ou sem curetagem
(por grupo de até 5 lesões)
Adenoidectomia por videoendoscopia
Ressecção de nasoangiofibroma por videoendoscopia
Fixação iriana de lente intra-ocular
Correção de alterações patológicas do septo
Septoplastia (qualquer técnica sem vídeo)
Corpos estranhos - retirada sob anestesia geral / hospital (nariz) - por videoendoscopia
Epistaxe - cauterização da artéria esfenopalatina com microscopia unilateral por videoendoscopia
Imperfuração coanal - correção cirúrgica intranasal por videoendoscopia
Ozena - tratamento cirúrgico por videoendoscopia
Perfuração do septo nasal - correção cirúrgica por videoendoscopia
Rinosseptoplastia funcional por videoendoscopia
Septoplastia por videoendoscopia
Antrostomia maxilar intranasal por videoendoscopia
Artéria maxilar interna - ligadura transmaxilar por videoendoscopia
Etmoidectomia intranasal por videoendoscopia
Sinusectomia maxilar - via endonasal por videoendoscopia
Sinusotomia esfenoidal por videoendoscopia
Sinusotomia frontal intranasal por videoendoscopia
Punção ou biópsia percutânea de agulha fina - lesão palpável
Porte alterado de 2A para 3A
Procedimento excluído
Procedimento excluído
Procedimento incluído com porte 2B
Procedimento incluído com porte 3A
Procedimento incluído com porte 3B
Porte AN alterado de 2 para 1
Porte AN alterado de 2 para 1
Porte AN excluído
Porte AN excluído
Porte AN excluído
18 - Anestesia em rre
evista - maio/junho, 2006
Porte AN excluído
Procedimento incluído com porte 6B, auxiliar 0 e porte AN 3
Procedimento incluído com porte 11B, auxiliar 3 e porte AN 6
Incluído 1 auxiliar no procedimento
Procedimento excluído
Porte alterado de 8A para 8B
Procedimento incluído com porte 4A, auxiliar 0 e porte AN 2
Procedimento incluído com porte 10B, auxiliar 1 e porte AN 4
Procedimento incluído com porte 10B, auxiliar 1 e porte AN 5
Procedimento incluído com porte 9C, auxiliar 1 e porte AN 3
Procedimento incluído com porte 10B, auxiliar 1 e porte AN 4
Procedimento incluído com porte 11B, auxiliar 1 e porte AN 6
Procedimento incluído com porte 9A, auxiliar 1 e porte AN 5
Procedimento incluído com porte 7A, auxiliar 1 e porte AN 4
Procedimento incluído com porte 10B, auxiliar 2 e porte AN 5
Procedimento incluído com porte 9B, auxiliar 1 e porte AN 3
Procedimento incluído com porte 9B, auxiliar 1 e porte AN 4
Procedimento incluído com porte 9B, auxiliar 1 e porte AN 3
Procedimento incluído com porte 9B, auxiliar 1 e porte AN 3
Descrição alterada para: Punção ou biópsia percutânea de agulha fina por nódulo (máximo de 3 nódulos por mama)
Código
anatômico
Procedimento
3.07.15.23-7
3.09.04.08-0
3.09.12.08-3
3.09.13.03-9
3.10.01.25-4
3.10.01.30-0
3.10.01.31-9
3.10.01.32-7
3.10.03.62-1
3.10.03.71-0
3.10.04.23-7
3.10.05.57-8
3.10.05.67-5
3.10.07.06-6
3.10.08.02-0
3.10.08.03-8
3.10.09.02-6
3.10.09.04-2
3.10.09.05-0
3.10.09.06-9
3.11.01.52-6
3.11.01.54-2
3.11.01.56-9
3.11.01.58-5
3.11.02.07-7
3.11.02.54-9
3.11.02.55-7
3.11.03.18-9
3.11.04.06-1
3.12.01.14-8
3.12.03.15-9
3.12.05.03-8
3.12.05.05-4
Outras afecções da coluna - redução incruenta
Instalação de marca-passo epimiocárdio temporário
Colocação de cateter intracavitário para monitorização hemodinâmica
Instalação de cateteres intracavitários para monitorização hemodinâmica temporária
Esofagectomia subtotal com linfadenectomia com ou sem toracotomia
Esofagectomia distal com ou sem toracotomia por videolaparoscopia
Reintervenção sobre a transição esôfago-gástrica por videolaparoscopia
Tratamento cirúrgico das varizes esofágicas por videolaparoscopia
Colectomia parcial sem colostomia por videolaparoscopia
Esvaziamento pélvico total por videolaparoscopia
Papilectomia (única ou múltipla)
Desconexão ázigos - portal sem esplenectomia por videolaparoscopia
Biópsia hepática por videolaparoscopia
Esplenectomia total por videolaparoscopia
Diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD) 9 dias - treinamento
Diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD) por mês/paciente
Biópsia de parede abdominal
Cisto sacro-coccígeo - tratamento cirúrgico
Diástase dos retos-abdominais - tratamento cirúrgico
Hérnia inguinal encarcerada em RN ou lactente
Pieloplastia laparoscópica unilateral
Nefroureterectomia com ressecção vesical laparoscópica unilateral
Nefrectomia parcial laparoscópica unilateral
Nefrectomia total unilateral por videolaparoscopia
Colocação ureteroscópica de duplo J unilateral
Reimplante uretero-vesical laparoscópico unilateral
Reimplante ureterointestinal laparoscópico unilateral
Cistostomia com procedimento endoscópico
Eletrocoagulação endoscópica
Prostatavesiculectomia radical laparoscópica
Correção laparoscópica de varicocele unilateral
Recanalização dos ductos deferentes
Vaso-vasostomia microcirúrgica unilateral
3.12.05.06-2
3.13.03.21-8
3.13.03.22-6
3.14.03.37-9
3.15.06.02-0
3.15.06.04-6
3.16.02.18-5
3.16.02.99-1
4.02.01.27-9
4.03.07.96-4
4.03.08.27-8
4.03.12.16-0
Descrição alterada para: Outras afecções da coluna - tratamento incruento
Incluir no item 3 do código de observações 3.09.99.00-6
Porte alterado de 5C para 5A
Procedimento excluído
Porte AN alterado de 5 para 7
Porte alterado de 12B para 12 A e porte AN alterado de 6 para 8
Porte alterado de 12A para 11B
Porte alterado de 10C para 10B
Porte alterado de 11C para 11B
Porte alterado de 12C para 12B
Custo operacional excluído
Porte alterado de 11C para 11B
Porte alterado de 8A para 7B
Porte alterado de 10B para 10A
Custo operacional excluído
Custo operacional excluído
Custo operacional excluído
Custo operacional excluído
Custo operacional excluído
Custo operacional excluído
Porte alterado de 11C para 11B
Porte alterado de 12C para 11B
Porte alterado de 13A para 12C
Procedimento incluído com porte 11B, auxiliares 2 e porte AN 6
Procedimento excluído
Porte alterado de 11C para 11B
Porte alterado de 11C para 11B
Procedimento excluído
Porte alterado de 4C para 3C
Porte alterado de 12C para 12B
Porte alterado de 7C para 7B
Procedimento excluído
Descrição alterada para: Vaso-vasostomia microcirúrgica unilateral
(Recanalização dos ductos deferentes)
Vaso-vasostomia unilateral
Procedimento excluído
Histerectomia total laparoscópica
Porte alterado de 11C para 11B
Histerectomia total laparoscópica ampliada
Porte alterado de 13B para 12C
Simpatectomia por videotoracoscopia
Procedimento incluído com porte 10B, auxiliar 1 e porte AN 6
Transplante renal (doador vivo)
Procedimento excluído
Descrição alterada para: Nefrectomia laparoscópica em doador vivo.
Nefrectomia laparoscópica em doador
Porte alterado de 13A para 12C
Estimulação elétrica transcutânea
Incluído porte 3A
Observação: Por serem excludentes, remunera-se apenas um dos portes do procedimento 3.16.02.18-5
Ureteroscopia flexível unilateral
Custo operacional alterado de 105,610 para 42,90
Chagas
Descrição alterada para: Chagas, hemoaglutinação
Schistosomose
Descrição alterada para: Schistosomose, pesquisa de
Teste do pezinho básico (TSH neonatal + fenilalanina + eletroforese de Hb
Procedimento incluído com porte 0,01 de 1A e UCO 5,09
para triagem de hemopatias)
4.03.12.17-8
Teste do pezinho ampliado (TSH neonatal + 17 OH progesterona + fenilalanina +
tripsina imuno-reativa + eletroforese de Hb para triagem de hemopatias)
4.04.01.01-4
Transfusão (ato médico hospitalar de responsabilidade)
ambulatorial ou hospitalar) Porte alterado de 2A para 1A
Transfusão (ato médico ambulatorial de responsabilidade)
Coleta de biópsia de medula óssea por agulha
Coleta de medula óssea para transplante
Procedimento diagnóstico em grupos de linfonodos, estruturas vizinhas e margens de
peças anatômicas simples ou complexas (por margem)
4.04.01.03-0
4.04.03.06-8
4.04.03.07-6
4.06.01.22-6
Alterações
Procedimento incluído com porte 0,01 de 1A e UCO 9,50
Descrição alterada para: Transfusão (ato médico de responsabilidade Procedimento excluído
Porte AN alterado de 5 para 2
Porte AN alterado de 5 para 3
Descrição alterada para: Procedimento diagnóstico em grupos de
linfonodos, estruturas vizinhas e margens de peças anatômicas
simples ou complexas (por margem) - máximo de três margens
Descrição alterada para: Marcação pré-cirúrgica por estereotaxia
orientada por imagem - por mama (já inclui exame de base)
Descrição alterada para: Punção ou biópsia mamária percutânea por
4.08.08.06-8
Marcação pré-cirúrgica por estereotaxia, orientada por mamografia, US ou TC (por mama)
4.08.08.08-4
Punção ou biópsia mamária percutânea por agulha fina
agulha fina orientada por imagem (já inclui o exame de base)
4.08.09.09-9
Punção aspirativa orientada por RX (acrescentar o exame de base)
US ou CT (acrescentar o exame de base)
Descrição alterada para: Punção biópsia/aspirativa orientada por RX,
4.12.01.05-1
Betaterapia de contato (placa de estrôncio)
Descrição alterada para: Betaterapia por sessão
Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 19
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
v os Membr
os
Nov
Membros
No
ADJUNTO
Aurora Solange Domingues
Cloderico Clênio Mascena Cordeiro
Henrique Wadih Arbex
Luiz Antonio Monteiro Escobar
Maria José Moura Morotó
Marília de Castro e Silva
Rita de Cassia Menezes Honorio
Ronaldo Alves de Souto
Rubens Bezerra de Albuquerque Júnior
Sandra Cecília Soares da Costa
ASPIRANTE
Adriana Lima Valério
Alessandra Gonçalves de A. da Costa
Alexandre Lopes Maddarena
Alfredo Yukio Ando
Alysson Bruno Oliveira Santos
Ana Paula Faustino
Ana Paula Thomé Silva
André Peres e Serra
Andresa de Melo Meira Bastos Brivio
Armando Guilherme M. A. e Mendes
Ary de Carvalho Mesquita
Augusto Marques de Almeida
Beatriz Maciel Maegawa
Bernardo Rafael Skorek
Bruna Mendes Carmona
Carlos Alexandre de Moraes Leme
Carlos Eduardo Barbosa Moreira da Silva
Carolina Orselli Comparato
Charles Alexandre Cardoso
Cínthia Duarte da Costa
Cláudia Daniela Santos Amoedo
Cristina Carvalho Rolim Guimarães
Cynthia Cristina Zambom Bastia
Cynthia Duailibi
Daniel Cordovani
Daniel Kishi
Daniel Moser Queiroz
Danielle Dourado Magalhães
Diogo Cunha Loula
Donátila Helene Cazarotto
Edinei Fabiano Rebonatto
Eduardo Guimarães Tavares Júnior
Eduardo Sakai
Eliana Seleri Fontes
Elieti Ferreira Neves
Elton Lúcio Silva de Souza
Emerson Xavier Serra Pinto
Erica Cristina dos Santos
Fabiana Mara Scarpelli L. A. Caldeira
Felippe Duarte Mantiolhe
Fernanda Leite
Fernanda Salomão Turazzi
Fernando Nardy Bellicieri
Fernando Rocha Miranda de Oliveira
Flávia Nakagawa
Gabriel Bacila de Sousa
Gisela Brasil Fortunato
Guilherme Nogueira de Almeida
Gustavo da Silva Machado
Gustavo Orrico Carneiro
Hariane Maeda Sgarbi
Hector Leal Nuevo
Humberto Righetto Neto
Ilana Esquenazi Najman
Ilana Sebbag
João Paulo Miarelli Duarte
João Rodrigo Baptista e Costa
Juliano Antonio Aragão Bozza
Lana Faria Almeida
Larissa Falcão Gomes
Leonardo Alvarez Justi e Silva
Leopoldo Muniz da Silva
Lianara Maria Beal Martins
Lilian Kakumu Kayano
Luiz Gustavo Tavares Barbosa
Madalena Juliana da Silva Freitas
Maira Pizarro Loureiro
Manuela Freire Caetano de Almeida
Manuella Rangel Larrúbia
Marcela Arantes Fernandes
Marcelo Grisólia Gonçalo
Marcelo Keiti Watanabe
Marcelo Urquidi Furtado
Marco Antonio Pinto de Figueiredo
Marco Aurelio Cicero Pinto
Mariana Limeira Teixeira
Mariana Mafra de Oliveira
Mariana Pinheiro Hoefel
Mariana Pires do Amaral Marques
Mariana Rego de Carvalho
Mary Yumi Takei Torniziello
Melissa Nespeca
Michele de Pina Bastos
Mileda Nascimento Rachid
Rafael Dias de Almeida
Rafael Rodolfo Serafim
Renata Neri da Silva
Renieri Augusto Jones da Silva
Roberta Souza Nicolau
Rômulo Ostmann Oliveira
Rosana de Souza Monteiro
Silvia Katlauskas Murano
Tadeu Ferreira de Morais Carvalho
Thaís da Silva Apolinário
Thais Watanuki
Thassio Cunha de Santana
Thonya Cruz Braga
Tiago Costa Furtado
Virgílio Valadares Nogueira
Vitor Borges Palau
Vitor Montez Vianna
Wanderley Pimenta de Queiroz Júnior
Wild Penteado Neto
ATIVO
Alcebiades Raymundo da Silva Junior
Alírio Alex Alves Rosa
Ana Cristina da Costa Gomes
André Augusto de Araujo
20 - Anestesia em rre
evista - maio/junho, 2006
André Maia Lambert Gomes
Atsuko Nakagami
Bruno Lami Pereira
Daniela Costa Martins
Dennis Brandão Tavares
Diná Mie Hatanaka
Ellen da Encarnação Onety de Souza
Érica Reis
Evandro Garcia Martins Júnior
Fabiana Faloppa
Fabiano Soares Carneiro
Fábio Guidi Junior
Fernando Leopoldo de Siqueira
Gabriel Gilberto Santos
Gabriela Monteiro Salomão
Gilblainer da Silva Ancelmé
Irlanda Portela Lima Albuquerque
Jaider Batista Alves Silva
Jayme Bueno de Castilho
Jefferson Yoshinari Ferreira da Cruz
José Carlos Rodrigues Nascimento
Karina Rabelo de Albuquerque de Arnez
Kércio Aragão Matos
Leandro Ramalho Costa
Leonard Coelho Rossi
Leonardo Henrique L. de Lima e Silva
Leonardo Leite Moraes
Lilian Rodrigues da Cunha
Luciana Venturini
Luiz Barone Junior
Luiz Felipe Menna Barreto N. de Souza
Marcelo Sepeda Martins
Marcelo Spicacci Barbosa
Mariana Blasi Cunha
Marta Bernardez Gandara Colaço
Maruja Landauro Rojas
Maurício Pedrini Júnior
Mauro César Passos Cardoso
Michel Moura Fernandes
Mirella Ferrari
Natasha Pinheiro Blanco
Oscar Luiz Fighera Junior
Paula Regina Gusson Bianchin
Plínio Vasconcelos Maia
Priscilla Patto Abreu
Renata da Cunha Ribeiro
Renato Ferreira de Oliveira
Ricardo Scandian de Melo
Rogério Ferreira França
Rosana Cardoso Magalhães
Rosane Miranda Charneski
Rosyanne Barreira L. de França Antunes
Tatiane Mury Hannisdal
Thiago de Brito Carvalho
Verleia Teixeira de Mendonça
Washington Aspilicueta Pinto Filho
REMIDO
José Ribamar Miranda Tavares da Silva
Marcus Vinicius Guedes Werneck
Provas da SBA 2006
Último
Aviso
Como efetuar a inscrição:
Redigir requerimento solicitando a inscrição, identificando a prova e o nome do requerente. (vide modelo portal SBA)
Informações importantes:
1. Efetuar depósito bancário no valor da inscrição, encaminhando à Secretaria da SBA pelo correio, comprovante de depósito, juntamente com o requerimento de inscrição.
2. Esclarecemos que somente serão aceitas as inscrições cujos requerentes estejam devidamente regularizados
com a SBA e Regional.
3. Não serão efetuadas inscrições com pendências de documentos.
4. Observar os documentos necessários no Regulamento das provas e exigências para casa tipo de prova no
Portal da SBA.
5. NÃO SERÃO ACEITAS INSCRIÇÕES VIA FAX OU E-MAIL.
Dados para depósito:
Favorecido: Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Depositante: Não esquecer de mencionar seu nome
Banco Real – Agência: 0826 – Conta-Corrente: 7805109-6
Tel: (21) 2537-8100
(maiores esclarecimentos anotar o nome do atendente)
Segundo Semestre – Rio de Janeiro / RJ
Provas: Novembro/2006 - durante 53º CBA
Data limite para inscrições:
21 de agosto de 2006 – segunda-feira
Valor inscrição: R$ 420,00 (quatrocentos e vinte reais)
Prova Nacional para Médicos em Especialização
09/12/2006 – sábado – horário de Brasília
ME1 – 10:00 / 12:00 H
ME2 – 14:00 / 16:00 H
ME3 – 17:00 / 19:00 H
Local: Consulte sua Regional
SBA vence eleição para o
Conselho Deliberativo da Associação
Médica Brasileira (AMB)
Dia 29 de junho, na AMB, Dr
Ismar Lima Cavalcanti (Vice-Presidente) e Dr Luiz Antonio Vane (Diretor do Departamento Científico)
defenderam a candidatura da SBA,
durante o processo eleitoral para o
Conselho Deliberativo da AMB, logrando êxito com a escolha da SBA
para integrar esse egrégio conselho.
O Conselho Deliberativo da
AMB é composto por 14 sociedades
de especialidade. As mais de 50 sociedades científicas que fazem parte da AMB elegem, entre seus pares, 14 que as representarão nas principais decisões deliberativas, tanto
científicas quanto profissionais, da
Associação Médica Brasileira.
A Diretoria da SBA agradece os votos recebidos e a confiança depositada pelas demais sociedades de especialidade e afirma que cumprirá, com a
competência tradicional, a função de
representá-las no referido Conselho.
Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 21
CENTRO DE ENSINO E TREINAMENTO EM
ANESTESIOLOGIA (SBA) DA SANTA CASA DE
MISERICÓRDIA DE RIBEIRÃO PRETO-SP
Simpósio*
gia
Oftalmologia
Anestesia em Oftalmolo
Coordenador:
Dr. José Roberto Nociti - TSA-SBA (Ribeirão Preto)
1. Requisitos da Anestesia para Cirurgia Oftalmológica:
O Que o Cirurgião Necessita da Anestesia
Dr. Nilton Tokunaga - SBII - SBRV - Ribeirão Preto
2. Bloqueios Oftálmicos: Tipo e Indicações
Dr. Daniel Spada Lahoz - TSA-SBA - SP
3. Anestesia Geral: Quando Indicá-la e Como Realizá-la
Dra. Lucia Maria Mélega - TSA-SBA - SP
4. Complicações dos Bloqueios Oftálmicos e Sua Prevenção
Dr. Luiz Fernando Alencar Vanetti - TSA-SBA - Campinas
5. Drogas Adjuvantes Oculares: Indicações e Riscos
Dr. Eduardo Helfenstein - TSA-SBA - Ribeirão Preto
Dia: 4 de Agosto de 2006
Horário: 20:00h às 22:30h
Local: Centro de Convenções do Hotel "Stream Palace" - Ribeirão Preto-SP
Social: Jantar Restaurante "Athenas" - Hotel Stream Palace - às 22:30h - (para os médicos inscritos**)
Informações: CARP (Clínica de Anestesiologia Ribeirão Preto)
Inscrições: Rua Padre Euclides, 740 - Fone/Fax: (16) 3635-1500 - e-mail: [email protected]
*
Aprovado para Certificação de Atualização Profissional pela Comissão Nacional de Acreditação (CNA),
contando 1,0 ponto em Anestesiologia e 0,5 em Oftalmologia
** Os médicos inscritos que desejarem levar acompanhantes, deverão confirmar previamente com o pagamento
da taxa de adesão ao jantar. (R$ 45,00)
Apoio:
22 - Anestesia em rre
evista - maio/junho, 2006
s s
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L
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Artigo Científico
Príons e anestesia:
fato a considerar?
Mário J. da Conceição*
M
esmo que algumas pessoas possam desconhecer o que são os príons, seguro que já ouviram falar da doença da vaca louca que dizimou rebanhos ingleses há alguns anos e fez aumentar, de forma vertiginosa, o vegetarianismo e o consumo de peixes. A doença é uma forma de encefalite conhecida como encefalite esponjosa bovina. O nome esponjosa deriva do aspecto resultante de cavidades
encefálicas, geradas pela destruição tecidual no cérebro, guardando semelhança com esponjas. Acreditase na existência de forma humana da doença,que poderia ser adquirida pela ingestão da carne dos animais
infectados conhecida como doença de Creutzfeldt-Jakob
descrita em 1994. Essas doenças são letais desconhecendo-se seu agente causal ou tratamento. Nenhum
vírus, bactéria ou fungo foi isolado que de alguma forma pudesse ter uma ligação com o mal. Surgiu, para
explicá-lo,uma estranha teoria, nominando novo tipo
de agente infeccioso: uma proteína anômala (PrPSc).
Alguns autores sugerem a hipótese de fragmentos
proteicos anômalos(PrP) capazes também de causar a
enfermidade, e até mesmo reporduzir-se. A isso denominou-se “prion”.
O que são príons?
A palavra “prion” deriva da abreviatura da expressão em língua inglesa: “proteinaceous infectious particle” .
Eles são estruturas proteicas que se auto-reproduzem.
Ainda que os mecanismos de ação e reprodução sejam
desconhecidos, aceita-se que os prions são reponsáveis
por um número de doenças envolvendo o sistema nervoso central, há muito conhecidas, porém pouco compreendidas e genericamente classificadas como:
encefalopatias espongiformes transmissiveis. Algumas
dessas encefalopatias tem nomes estranhos como
“kuru” diagnosticada em tibos canibais da Papua Nova
Guiné que comiam os cérebros de seus inimigos, ou
nomes herdados de seus pesquisadores: doença de
Creutzfeldt-Jakob, Síndrome de Gerstmann-SträusslerScheinker, ou ainda nomes inespecíficos: Insônia Fatal
Familiar, doença da vaca louca. Todas afetam o cérebro
dos pacientes (ou animais) e são fatais. Como toda teoria, ainda carece de comprovação consistente, porém
existem bem mais do que evidências e isso torna-se
preocupante. Até então, os agentes infectantes conhe24 - Anestesia em rre
evista - maio/junho, 2006
cidos dependiam de genes para sua reprodução e como
se sabe proteínas são produtos e não genes. Encontrase na literatura, entretanto, artigos reconhecendo as
doenças, todavia contestando a teoria dos príons a qual
denominam “ junk science” (pseudociência em tradução
livre e educada). Para esses autores a explicação estaria na infecção pelo que se denomina espiroplasmas.
Espiroplasmas são similares aos micoplasmas, sem
parede cellular e possuem um dos menores genomas
entre os organismos vivos. Os espiroplasmas só foram
descobertos em 1976 na hemolinfa de insetos. Registre-se que para esses autores seria impensável a existência de proteínas, ou mesmo frações proteicas, se reproduzindo e causando doenças. Recentemente a produção de ratos transgênicos, produtores de prions, colocou mais lenha na fogueira., fazendo a balança pender para o lado da existência dos prions.
As evidências
As proteínas são formadas por cadeias de diferentes aminoácidos. Cada aminoácido tem um comportamento químico. As propriedades dos diferentes
aminoácidos fazem com que a proteína adquira uma
forma específica (conformação). A conformação determina a função da proteína. Sequências de aminoácidos
diferentes produzem proteínas com diferentes conformações e funções. Os genes determinam a sequência de
aminoácidos na proteína.
A proteína “prion” (PrPSc) tem cerca de 250 desses
aminoácidos e preenche todos os critérios necessários
para ser um componente ativo de uma partícula infecciosa. Os primeiros prions infectantes isolados de cérebros doentes foram PrPSc. Um processo conhecido como
purificação remove as moléculas que não fazem parte
do prion. E pode-se medir a pureza de uma solução contendo um prion, pelo poder infectante encontrado em
cada grama de proteína ou ácido nucleico. A pesquisa
pela presença de ácido nucleico (genes de virus) foi infrutífera pelos últimos trinta anos. Assim, a única molécula identificada na partícula infecciosa foi a PrPSc, concluindo-se que a PrPSc esta envolvida em todas as
encefalies citadas. Todos os mamíferos tem genes capazes de gerar prions, com diferenças entre as espécies.
Ainda que hospedeiros de uma espécie possam infectar
outras. Algumas vezes prions causadores de doenças
diferentes variam na forma como afetam o cérebro, devido a diferentes conformações nas moléculas PrP. Essa
sequência PrP é necessária para que os prions possam se
replicar e causar doenças.
Inúmeros experimentos utilizando sequências de
prions, produzindo-se inclusive animais geneticamente modificados para produzirem essas sequências, mostram resultados altamente positivos para a existência
desses elementos proteicos como agentes causadores
de um número grande de encefalites.
Príons e anestesia?
Um novo fator foi acrescido à teoria dos príons. Recentemente aventou-se a hipótese de que os príons podem ser transmitidos não apenas pela ingestão de alimentos “infectados” mas também por objetos “contaminados” que entraram em contato com tecidos de pacientes doentes, entre eles: máscaras faciais, lâminas de
laringoscópios, tubos endotraqueais, sensores, agulhas,
sondas e outros. Dessa forma, procedimentos anestésicos, potencialmente, poderão ser causa de transmissão
desses radicais proteicos. Preocupante da mesma forma
é o fato de que a esterilização desses objetos , mesmo em
autoclaves, não elimina a presença dos príons ( já que não
são seres vivos). Apesar de grande parte desses equipamentos serem descartáveis, na maioria dos serviços, alguns deles são de forma rotineira reutilizados, como máscaras faciais e lâminas de laringoscópios.. E o que dizer de
balões resuscitadores, cânulas orotraqueais e outros empregados por uma gama cada vez maior de profissionais
médicos e da área paramédica?
Conclusão
A teoria dos prions permanence controversa, porque ela quebra conceitos estabelecidos há longa data.
Aqueles que trabalham nessa área com outros para-
Apr o vados
Apro
na Pr
Proo va Oral
para Obtenção
do Título
Superior em
Anestesiologia
digmas (virus, espiroplasmas) são relutantes em aceitar esse novo paradigma. Todavia nenhuma outra hipótese explica melhor o que foi observado em relação
a esses agentes e as doenças causadas por eles. Se alguns pontos são obscuros a hipótese deve ser revisada e substituída por outra melhor. Assim funciona a
ciência. Prions causam doenças, mas não são virus,
bactérias, fungos ou parasitas. Eles são simplesmente
proteínas, que até então jamais se imaginou pudessem ser agentes infecciosos por si só. Organismos vivos são infectantes, proteínas não, ou pelo menos não
costumavam ser.
Apesar de alguma resistência, as recomendações
atuais devem ser pela identificação de pacientes de risco e utilizar nesses casos material descartável, particularmente durante anestesia com intubação traqueal,
anestesias no neuroeixo e bloqueios periféricos. Todo o
material utilizado por esses pacientes deve ser incinerado (a única forma conhecida, no momento, de destruição de prions).
Leituras adicionais
1 - Nakamura M, Ogata M, Matsuo Y, Sata T - Anesthetic
management of a patient with GerstmannStraussler-Scheinker syndrome (mutation of prion
protein).Anesth Analg, 2006;102:1285-6.
2 - Hirsch N, Beckett A, Collinge J, Scaravilli F, Tabrizi
S - Lymphocyte contamination of laryngoscope
blades—a possible vector for transmission of variant
Creutzfeldt-Jakob disease. Anaesthesia, 2005;60:664-7.
3 - Estebe JP - Anesthesia and non-conventional
transmissible agents (or prion diseases). Ann Fr
Anesth Reanim, 1997;16:955-63.
* Fundação Universidade Regional de Blumenau
CET Integrado da Secretaria de Estado da Saúde de
Santa Catarina
NOME
REGIONAL
Alexandre Silva Pinto
SAMG
Alfredo Cury Rojas
SAESP
André Perillier Schneider
SAESC
André Prato Schmidt
SARGS
Cláudio Roberto Bianco de Carvalho
SAESP
Édina Rodrigues Teruya
SAEMS
Emerson Seiberlich Rezende
SAMG
Fabiano Souza Araújo
SAMG
Flávia Vieira Guimarães Hartmann
SADIF
Francisco Otávio Maia Santos
SAESP
José Maurício da Silva Teixeira
SAESP
Leandro Fellet Miranda Chaves
SAMG
Rafael Py Gonçalves Flôres
SARGS
Ricardo Souza Nani
SAESP
Romulo Frota Lobo
SAEC
Tarcísio de Melo Nogueira
SAMG
Teresinha Maria de Azevedo
SAESP
Verônica Cândido de Freitas
SAEGO
Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 25
Sociedade Brasileira de Anestesiologia
Calendário Científico
2006
2007
JULHO
40ª JASB – Jornada de Anestesiologia do Sudeste
Brasileiro
20 a 22 de julho de 2006
Vitória - ES
ABRIL
28 a 30 - 42a JOSULBRA
Curitiba - PR
NOVEMBRO
10 a 14 - 54º Congresso Brasileiro de Anestesiologia
Natal - RN
AGOSTO
Jornada Paraibana de Anestesiologia
04 e 05 de agosto de 2006
João Pessoa - PB
2008
XVI Jornada Norteriograndense de Anestesiologia
IX Jornada de Anestesiologia de Mossoró
18 e 19 de agosto de 2006
Mossoró - RN
Jornada de Anestesiologia do Brasil Central
24 a 26 de agosto de 2006
Bonito - MS
MARÇO
02 a 07 - 14th World Congress of Anaesthesiologists
Cape Town – South Africa
Email: [email protected]
INTERNET: http://www.wca2008.com
NOVEMBRO
15 a 19 - 55º Congresso Brasileiro de Anestesiologia
São Paulo - SP
SETEMBRO
IV ALAGIPE -Encontro dos Anestesiologistas dos
Estados de Alagoas e Sergipe
01 a 02 de setembro de 2006
Maceió - AL
2009
NOVEMBRO
56º Congresso Brasileiro de Anestesiologia
Salvador - BA
XVII Jornada Mineira de Anestesiologia - JOMA
01 a 03 de setembro de 2006
Poços de Calda - MG
2010
XVII Jornada de Anestesiologia do RS
07 a 09 de setembro de 2006
Santana do Livramento - RS
NOVEMBRO
57º Congresso Brasileiro de Anestesiologia
Gramado - RS
XIV Jornada de Anestesiologia do Estado de
Pernambuco
Jornada de Anestesiologia do Interior de Pernambuco
15 e 16 de setembro de 2006
Recife - PE
2011
NOVEMBRO
58º Congresso Brasileiro de Anestesiologia
Fortaleza - CE
20ª JORBA - Jornada Baiana de Anestesiologia
21 a 23 de setembro de 2006
Salvador - BA
2012
40ª Jornada Paulista de Anestesiologia - JOPA
28 de setembro a 01 de outubro 2006
Estância de São Pedro - SP
NOVEMBRO
59º Congresso Brasileiro de Anestesiologia
A DEFINIR
OUTUBRO
ASA Annual Meeting
14 a 18 de outubro de 2006
Chicago - USA
2013
NOVEMBRO
53º Congresso Brasileiro de Anestesiologia
3º Congresso de Dor da SBA
2º Congresso de Ressuscitação e Reanimação da SBA
18 a 22 de novembro de 2006
Rio de Janeiro - RJ
Associado
SBA
NOVEMBRO
60º Congresso Brasileiro de Anestesiologia
Aracaju - SE
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26 - Anestesia em rre
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