Expediente Anestesia em revista é uma publicação da Sociedade Brasileira de Anestesiologia Departamento de Anestesiologia da Associação Médica Brasileira Nesta Edição Rua Professor Alfredo Gomes, 36 Botafogo - Rio de Janeiro - RJ CEP: 22.251-080 Tel.: (21) 2537-8100 Fax: (21) 2537-8188 Conselho Editorial: João Aurílio Rodrigues Estrela Ismar Lima Cavalcanti Carlos Eduardo Lopes Nunes Sergio Luiz do Logar Mattos Nádia Maria da Conceição Duarte Jurandir Coan Turazzi Luiz Antônio Vane Diretor Responsável: Nádia Maria da Conceição Duarte Programação Visual: Ito Oliveira Lopes - 12516-DRT/RJ Wellington Luís Rocha Lopes Equipe Editorial: Marcelo Marinho Rodrigo Matos Mercedes Azevedo José Bredariol Jr Marcelo Sperle Impressão e Acabamento: MasterGraph Tiragem: 8.000 exemplares Distribuição gratuita IMPORTANTE: Editorial Título do Editorial 4 SBA Responde 6 Divulgação XII JARGS Anestesia: Novos Rumos CREMERJ adverte: Portaria do Ministéiro faz mal à Saúde 37ª Jornada de Anestesiologia Brasil Central Normativa para elaboração e avaliação de atividades Certificado de Atualização Profissional Resolução da Assembléia Geral Extraordinária da UNIDAS sobre a 4ª Edição da CBHPM SBA vence eleição para o Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira (AMB) Anestesia em Oftalmologia SAEPE - Porto de Galinhas recebe XIV JAEPE em setembro Aprovados na Prova Oral para Obtenção do Título Superior em Anestesiologia 9 11 12 14 17 21 22 23 25 Cadastre seu e-mail na SBA Visite o site da SBA na Internet: www.sba.com.br [email protected] Notícias da AMB Resolução Normativa CNHM nº 001/2006 18 Publicidade Novos Membros 20 R.V.Assessoria e Marketing Ltda. Representações de Veículos Científicos Revistas e Jornais Ronaldo Viana Telefax: (21) 2571-4617 e 2570-6712 Artigo Científico Príons e anestesia: fato a considerar? 24 Calendário Científic o Científico 26 [email protected] Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 3 Editorial Sociedade Brasileira de Anestesiologia Paulo Carneiro, Curare e RBA Nas primeiras décadas do século idealizadores do Instituto do Açúcar e XX, o Brasil ofereceu ao mundo, mesdo Álcool, criado em 1933. Trabalhava mo sem percebê-lo, uma enorme conentão no Instituto Nacional de tribuição na área das Ciências BiolóTecnologia - INT, tendo galgado rapidagicas. mente cargos de direção. Mal chegara a Através da inteligência e argúcia diretor geral do Instituto, foi convidado científica de um químico brasileiro pelo governo do Estado de Pernambuco, chamado Paulo Carneiro, estabeleem 1935, para dirigir a Secretaria de ceu-se o princípio ativo, o mecanisAgricultura, Indústria e Comércio do mo geral e o sítio de ação dos Estado. bloqueadores neuromusculares, enEntretanto, a Revolta Comunista, tão conhecidos simplesmente como eclodida em novembro de 1935, afetou DR. CARLOS EDUARDO L. NUNES curare. Aliás, a própria evolução da diretamente a atuação de Carneiro em Secretário Geral nomenclatura destas substâncias é Pernambuco: suas idéias em relação à um valioso testemunho de como os reforma agrária e à cooperativa de conconceitos introduzidos por Carneiro modificaram a sumo, entre outras, iam de encontro aos interesses da compreensão do tema. elite agrária de região. Foi então forçado a voltar ao Rio Dotado de sólida formação técnica e humanística, de Janeiro naquele mesmo ano. Paulo Carneiro ingressou, em 1921, no recém-criado Os caprichos da História às vezes nos brindam com Curso de Química Industrial, anexo à Escola Politécnicaminhos tão insólitos que têm o poder de iludir os ca do Rio de Janeiro. Ali, Carneiro irá encontrar o quícontemporâneos dos fatos. O retorno de Carneiro à sua mico holandês Carlos Lohmann, radicado no Brasil cidade natal, de amargo sabor naquele momento pela havia pouco tempo. Com o incentivo do grande mesruptura que significou, revelou-se o ponto de partida tre, Carneiro dedicava-se especialmente ao estudo da de uma seqüência de eventos, que culminariam com o constituição química de plantas amazônicas que pudesenvolvimento de uma teoria que iria influenciar a dessem ter algum valor terapêutico, como o guaraná e Química e a Fisiologia, além de revolucionar uma espeo curare. Sempre com o incentivo de Lohmann e ainda cialidade médica então florescente: a Anestesiologia. antes da colação de grau, atuou como docente da DisciAo voltar à sua cidade natal, Carneiro sentiu-se inplina de História Natural da Escola Politécnica e, após seguro devido à cena política brasileira e tomou a inia formatura, agregou à vida docente suas atividades ciativa de ausentar-se do país por algum tempo. Seu como químico pesquisador. antigo mestre na França, Gabriel Bertrand, facilitou as Em 1927, beneficiado por uma bolsa de estudos ofecoisas, enviando-lhe um convite formal por intermérecida por Lineu de Paula Machado em decorrência de dio da Embaixada do Brasil, oferecendo-lhe uma bolsa seu desempenho como estudante de Química Industride pesquisa. Carneiro licenciou-se então do INT e paral , Carneiro viajou a Paris para estudar com Gabriel tiu para Paris em outubro de 1936. A boa impressão Bertrand, um dos mais atuantes pesquisadores em proque havia deixado em sua primeira passagem pelo Serpriedades químicas de plantas como o mate e o café. viço de Bertrand explica a grande alegria com que foi Foi nesta oportunidade que desenvolveu seus trabarecebido em seu retorno à França, desta vez num "autolhos iniciais, levados do Brasil, sobre a existência de exílio" profilático. cafeína em altas doses no guaraná. Esses estudos foÀ época em que Carneiro começou a estudar a comram transformados em tese que foi apresentada à Faposição química do curare, muitas dúvidas perduraculdade de Ciências de Paris sob o título "Le Guaraná vam sobre a substância. A classificação, por exemplo, et Paulínia Cupana H. B.: contribution à l'étude des planera feita de acordo com o recipiente em que se encontes à caféine". Ao regressar ao Brasil em 1931, encontrava: tubos de bambu, potes ou cabaça. Seus trabatrou o país recém-saído de uma revolução, sob um golhos pioneiros renderam resultados surpreendentes verno provisório e com os estados sob intervenção fepara a época. Por meio de uma série de ensaios, Carneideral. Estudava-se a utilização do álcool etílico como ro conseguiu isolar dois alcalóides encontrados nos alternativa combustível ao petróleo, matéria prima potes, cabaças e casca da Strychno lethalis, denomientão escassa e rara em nosso país e Carneiro teve desnando-os Strichnoetalina e Curaletalina. Os resultatacada atuação nesse momento, tendo sido um dos dos de sua pesquisa comprovaram que era possível 4 - Anestesia em rre evista - maio/junho, 2006 obter substâncias curarizantes sem o complexo ritual indígena a que estavam associadas e que o princípio ativo do curare não provinha dos animais adicionados pelos índios durante o preparo do veneno. O trabalho de Carneiro no Instituto Pasteur foi finalmente levado à Academia de Ciências de Paris por seu mestre, chefe e admirador, Gabriel Bertrand, tendo sido publicado em 1938 nos Compes Rendus des Séances da Academia, com imediata repercussão até na imprensa leiga da Europa e do Brasil. "Descoberta em Paris por um scientista brasileiro a composição do 'curare'. Solucionou o importante problema scientífico o sr. Paulo Carneiro", bradou do Rio de Janeiro o Diário de Notícias de 13 de abril de 1938. Prosseguindo seus estudos sobre o curare, repetiu a clássica experiência de Claude Bernard em rãs, só que, pela primeira vez, usando um alcalóide extraído de uma espécie pré-determinada. Foi a partir de então que Carneiro enfrentou seu maior embate científico. Seus resultados confirmavam a teoria de Claude Bernard sobre a placa motora, fato contestado por Louis Lapique, eminente fisiologista da época. Para Lapique, o efeito curarizante se devia a uma ação da droga diretamente sobre o nervo, interferindo sobre sua cronaxia, conceito rudimentar do que hoje conhecemos por período refratário. Para não estender o assunto além do escopo deste editorial, resumiremos que enquanto Lapique afirmava que a ação do curare dava-se por interferência na cronaxia do nervo, Carneiro contestava sua teoria e localizava a ação do curare no sítio que conhecemos hoje por junção neuromuscular. Ainda mais: acrescentava que esta ação acontecia provavelmente por intermédio de alguma interferência com a atuação da acetil-colina nesta região. Bingo! Após quatro séculos de mistério e fascínio, estava enfim pavimentado o caminho que levaria ao domínio da síntese e mecanismo de ação do curare. Daí a ser utilizado na anestesia geral, foi um pulo de apenas três anos, embora já tivesse sido empregado no tratamento do tétano em 1932. A reação de Lapique foi furiosa. Em comunicado apresentado à Academia em 20 de março de 1939, denominado, com um certo sarcasmo, "Sur um soi-disant principe active du curare" (Sobre um suposto princípio ativo do curare), o cientista refuta com veemência a teoria de Paulo Carneiro. A polêmica ocupou calorosos, ricos e intermináveis debates, refletidos nos célebres Compte Rendus de l'Academie de Sciences de Paris, onde os interessados poderão deleitar-se com a efervescência científica vigente na França ocupada, em plena Segunda Guerra Mundial. As críticas de Lapique não esmoreceram Carneiro, que se manteve firme diante de toda a turbulência. Convicto de suas afirmações, sabia que seus experimentos comprovavam efetivamente todas as suas asserções e que Lapique tinha conhecimento disto, apenas não querendo admitir o fato devido a seu caráter autoritário. Em 1942, três anos depois da apresentação original do trabalho de Carneiro, o curare passou efetivamente a ser empregado na prática anestésica. Segundo Griffith, em trabalho de revisão realizado em Montreal e publicado no Anesthesiology, utilizando Intocostrin, do Laboratório Squibb, "o curare age interrompendo os impulsos nervosos ao nível da sinapse neuro-muscular, provavelmente devido à neutralização da acetilcolina". Pelo peso da revista e do laboratório fornecedor da substância, o trabalho de Griffith acabou por adquirir uma aura de pioneirismo, que superestima sua real importância nesse tema. Como dissemos, foi um trabalho retrospectivo e sem explicações fisiológicas sólidas para os resultados clínicos então observados. Sua bibliografia é escassa e remonta a artigos publicados em revistas de Fisiologia que, aqueles sim, citam diversas vezes os trabalhos de Carneiro, reconhecendo no cientista brasileiro o real divisor de águas para a compreensão e posterior uso clínico do curare. E por quê citamos a Revista Brasileira de Anestesiologia no título deste editorial? Somente para demonstrar a importância de uma publicação confiável para o estímulo, desenvolvimento e reconhecimento de pesquisadores. Todo o desenvolvimento químico e fisiológico sobre o curare ocorreu na França, tendo sido sua síntese e mecanismo de ação, obras de um pesquisador brasileiro, certamente desconhecido da imensa maioria dos anestesiologistas, que usam diariamente este grupo de drogas, entendem como elas agem, mas não fazem a menor idéia de que foi um cientista brasileiro o responsável por abrir o caminho para este conhecimento. Quem levou os louros da vitória, mesmo sem saber explicar exatamente o que constatou, foi o autor de um trabalho canadense, patrocinado por um laboratório norte-americano e que publicou os resultados de sua experiência clínica numa revista que, embora jovem àquela época, já estava consagrada pelos anestesiologistas formadores de opinião no mundo. Decorre daí a importância de buscarmos sempre melhorar e profissionalizar a nossa RBA. Precisamos indexá-la em instituições editoriais com bancos de dados confiáveis e reconhecidos, para que nossos autores não precisem publicar seus trabalhos em outros periódicos e para que sejamos mais vistos por cada vez mais leitores. Curiosamente, uma das fontes de pesquisa usadas neste editorial, e que não é uma publicação médica, cita em suas referências um editorial de um número da RBA, de 2003. Como a autora, que não é médica, nos encontrou? Certamente pelas indexações que já temos. É por aí que devemos seguir. Com a mesma persistência com que Paulo Carneiro enfrentou gigantes e empurrou a Medicina para um grande passo. Dr. Carlos Eduardo L. Nunes Secretário Geral da SBA Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 5 Sociedade Brasileira de Anestesiologia SBA Responde Uso de Agulhas descartáveis Venho através deste e-mail fazer uma consulta a CNTSA da SAEB, sobre agulhas para realização de bloqueios. Em um hospital está ocorrendo falta de agulhas para raquianestesia, estão sugerindo que façamos raquianestesia com cateter intravenoso, ou com agulha intravenosa de comprimento aumentado que chega áté o neuroeixo, gostaria de saber se essa agulhas de punção venosa e cateter intravenoso são seguros e estão legalmente respaldados para o uso em bloqueios do neuroeixo sobretudo subaracnoideos? Estão alegando que são mais baratos que as agulhas de bloqueio. SBA responde Atendendo sua solicitação anexamos Parecer Técnico da CNTSA sobre agulhas descartáveis e esperamos que satisfaça seu objetivo. Agulhas Descartáveis para Anestesia Epidural e Subaracnóidea Não existem determinações legais para o uso de agulhas descartáveis, de uso único, para a realização dos bloqueios sobre o neuro-eixo. Por se tratar de região nobre do corpo humano onde as conseqüências de uma falha no processo de processamento, a reutilização de um material com deformações e fadiga - de difícil análise técnica no momento da realização da anestesia - nos levam as seguintes considerações: 6 - Anestesia em rre evista - maio/junho, 2006 Tendo o médico o compromisso de: Sob o ponto de vista do Código de Ética Médica: Art. 5º - O médico deve aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente. Art. 8º - O médico não pode, em qualquer circunstância ou sob qualquer pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, devendo evitar que quaisquer restrições ou imposições possam prejudicar a eficácia e correção do seu trabalho; Sob o ponto de vista da Resolução CFM 1.363/93: Considerando que é dever do médico guardar absoluto respeito pela vida humana, não podendo, seja qual for a circunstância, praticar atos que a afetem ou concorram para prejudicá-la; Considerando que o alvo de toda a atenção do médico é a saúde de ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional; Resolve: Art. 1 - Determinar aos médicos que praticam anestesia que: V - Todas as conseqüências decorrentes do ato anestésico são da responsabilidade direta e pessoal do médico anestesista; Sob o ponto de vista do Código Civil: Art. 1538 - No caso de ferimento ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até o fim da convalescença, além de lhe pagar a importância da multa no grau médio da pena criminal correspondente. § 1º - Esta soma será duplicada, se do ferimento resultar aleijão ou deformidade. § 2º - Se o ofendido, aleijado ou deformado, for mulher solteira ou viúva, ainda capaz de casar, a indenização consistirá em dotá-la, segundo as posses do ofensor, as circunstâncias do ofendido e a gravidade do defeito. Art. 1539 - Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua o valor do trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até o fim da convalescença, incluirá uma pensão correspondente à importância do trabalho, para que se inabilitou, ou da depreciação, que ele sofreu. O ponto de vista da Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de Medicamentos - DIMED: Portaria nº 04, de 07 de fevereiro de 1986, sobre artigos descartáveis, por analogia, podem ser aplicado as agulhas reutilizáveis: Entende-se por riscos reais ou potenciais à saúde do usuário aqueles que decorrem de: a) transmissão de agentes infecciosos; b) toxicidade decorrente de resíduos de produto ou substância empregados nos usos antecedentes ou no reprocessamento, e de alterações físico-químicas do material com que é fabricado o correlato, em decorrência ou dos usos prévios ou do reprocessamento; c) alterações das características físicas, químicas e biológicas originais do produto ou de sua funcionalidade em decorrência da fadiga, dos usos prévios ou de reprocessamento, com implicações para uso seguro e satisfatório para o qual foi fabricado. Apresentamos as seguintes considerações: 1 - As agulhas utilizadas para o bloqueio epidural possuem grosso calibre e como todas as agulhas apresentam a dificuldade da limpeza, principalmente a interna (lúmem). 2 - A presença de resíduos de matéria orgânica, fragmentos de pele, pêlos ou outros materiais, no lumém - orifício interno - e encaixes podem, durante a realização de um bloqueio, ser injetados no “próximo paciente”. 3 - A inativação de endotoxinas só é alcançada através de calor seco, a 250 graus Célcius, - por 60 minutos. Este processo não é o convencionalmente adotado nos hospitais, para as agulhas. 4 - As substâncias utilizadas para a limpeza química podem acumular no interior das agulhas, e posteriormente serem injetadas no espaço epidural e produzir neurites químicas. 5 - Os agentes de limpeza e /ou os esterilizantes podem reagir com os materiais e formar novos resíduos tóxicos. 6 - O etileno-glicol formado pela reação do óxido de etileno e resquícios de água (deixados do enxague) é uma substância neurotóxica. 7 - Qualquer deficiência no processo de controle do preparo e esterilização pode levar a conseqüências danosas. 8 - Se todo o hospital - ambulatórios, enfermarias e apartamentos - utiliza agulhas descartáveis para injeções intra-venosas, por que as agulhas que estarão em contato próximo ao nobre Sistema Nervoso não deveriam ser da mesma qualidade? 9 - A deformação e alterações das características físicas (resistência e corte) podem levar a quebra da agulha ou a produção de fragmentos desta, provocando maior lesão tecidual - no caso de uma punção acidental de duramater, com uma agulha usada, de corte rombo, a lesão - do orifício formado, será maior que o provocado pela agulha nova - de corte afiado. As agulhas para o bloqueio subaracnóideo possuem pontas e estruturas ainda mais delicadas, principalmente a ponta, que se deforma em contato com estruturas ósseas e calcificações, tornando a romba e sem o corte adequado. 10 - O processo de preparo, limpeza e reesterilização não é tão simples quanto parece e a garantia de suas etapas pode ser duvidosa - Será que compensa a perda de tempo e o custo do reprocessamento de uma agulha ? Não menos questionável deve ser o risco de trauma e perfuração dos funcionários envolvidos no processamento da agulha e a transmissão de doenças a estes funcionários. 11 - Caso seja feita a opção pela reutilização a limpeza deverá ser física - que pode levar a alteração da estrutura e formação se resíduos e / ou química - que pode deixar resíduos. Ambos os resíduos podem ser nocivos para os pacientes, causando até lesões neurológicas irreversíveis como neurites e paraplegias. 12 - Existe a necessidade da garantia de todas as etapas do “Processo de Reprocessamento” deste material. Na vigência de uma lesão a um paciente, de quem seria a responsabilidade? - Hospital? Funcionário(s) do Reprocessamento? Anestesiologista? Como provar? 13 - O mesmo pensamento é válido para as agulhas de bloqueio subaracnóideo, porém com os agravantes de: maior invasão do sistema nervoso, maior dificulda- de de limpeza, menor resistência mecânica. 14 - O custo da utilização de uma agulha descartável durante uma anestesia sobre o neuro-eixo é desprezível em relação ao benefício e segurança proporcionado pelo uso de um dispositivo novo e de uso único. Em situações de lesão e dano a um paciente a economia realizada será de difícil justificativa ou ausente. 15 - Milhares de Reais são desperdiçados, com ou sem planejamento, no sistema de sáude - por exemplo: os exames desnecessários que custam cenas de vezes o preço de uma agulha, que tem contato direto e invasivo com o sistema nervoso. Os que se recusam a pagar esta simples agulha, conhecedores destes riscos, ainda gostariam de ser anestesiados por uma agulha não-descartável? CNTSA/2006 Dr. Márcio Augusto Lacerda Dr. Neuber Martins Fonseca Dr. Oscar César Pires Mobiliário do Centro Cirúrgico Solicito orientação para informes quanto a normatização de cadeiras e modelos aplicados nos Hospitais para permanência do anestesiologista na sala de cirurgia, vez que nosso Hospital Estadual (FUNDHACRE), centro de referência no Acre nos fez esta consulta e a chefia deste também recebe cópia da presente. SBA Responde Conforme a Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde, unidade de tecnologia da organização dos serviços de saúde da Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 7 Anvisa, os materiais devem ser de fácil limpeza e desinfecção, lisos, sem frestas e rugosidades, preferencialmente resistentes à lavagem e aos produtos de desinfecção. Não devem ser utilizados materiais orgânicos, assim como qualquer outro que retenha umidade. Orientações dispondo sobre o assunto podem ser obtidas no site da ANVISA: www.anvisa.gov.br, áreas de atuação, serviços de saúde, na RDC n° 50, de 21 de fevereiro de 2002 – "Regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde"e; com alterações editadas nas resoluções RDC n° 307, de 14 de novembro de 2002 e RDC n° 189, de 18 de julho de 2003. Os requisitos de limpeza e sanitização devem seguir as normas contidas no manual "Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde - 2ª edição", Ministério da Saúde / Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar, que pode ser obtido no site: www.anvisa.gov.br/servicosaude/ controle/processamento_artigos.pdf CNTSA/2006 Dr. Márcio Augusto Lacerda Dr. Neuber Martins Fonseca Dr. Oscar César Pires Presença de leigos no Centro Cirurgico Venho trabalhando em uma cidade do interior de Minas Gerais há alguns meses, e é pratica entre alguns cirurgiões permitir a entrada de leigos (familiares e amigos) do paciente para assistir aos 8 - Anestesia em rre evista - maio/junho, 2006 atos anetésicos-cirurgicos. Gostaria de frisar de não se tratar de partos (cesareana e normal), mas de cirurgias outras (eletivas e urgências). Dentro desta realidade solicito parecer para saber se nestes casos é necessária apenas a autorização do cirurgião, necessária apenas autorização do anestesiologista, se isso deve ocorrer de um comum acordo entre ánestesiologista e cirurgião, ou ainda se deve ser um acordo entre a equipe médica e a diretoria clinica/ administração do hospital. SBA responde Como não existe legislação específica sobre o assunto, entendemos que a rotina deva ser estabelecida pelo regimento interno da instituição hospitalar, levando em consideração o código de ética médica e a opinião dos profissionais médicos envolvidos no atendimento. Dr. Jurandir Coan Turazzi Dir. Depto. Defesa Profissional da SBA Acordo para cirurgia endoscopica Observando notícias no site da SBA “ CBHPM: Concluído acordo para cirurgias endoscópicas” (09/02/2006), gostaríamos de saber se algo similar está sendo encaminhado como taxa de uso de equipamentos e monitores em anestesia, quando estes são de propriedade do anestesista. Quais os valores e se estes são cobrados em taxa fixa ou por hora/uso. SBA responde Até o momento não fizemos nenhuma sugestão quanto a valores para taxa de uso de monitorização, junto à AMB. Como no momento estamos ocupando também cargo na Comissão Nacional de Honorários Médicos da AMB, solicitamos ao colega que nos envie sugestões pertinentes ao assunto para que possamos dar o devido encaminhamento. Em relação ao pagamento de taxas de monitor, as negociações devem ser feitas junto às operadoras de planos de saúde e instituições hospitalares. O valor estabelecido pode ser de acordo com o porte anestésico do procedimento, semelhante ao que é estabelecido para a taxa de sala ou valor fixo. Existe uma variabilidade muito grande de valores. Na UNIMED Joinville, são pagos os seguintes valores por procedimento: Monitor: R$:17,50. Oxímetro de Pulso: R$:17,50 Quanto à remuneração de honorários médicos para monitorização, somente nos procedimentos de monitorização invasiva, cabe remuneração de acordo com o estabelecido na CBHPM. Vide: Instruções gerais e específicas para a anestesiologia da CBHPM. Pág. 119. Dr. Jurandir Coan Turazzi Dir. Depto. Defesa Profissional da SBA OBITUÁRIO JOSÉ HEITOR CONY Matrícula: 00123 Regional: SAERJ Sociedade Brasileira de Anestesiologia Divulgação XII JARGS Anestesia: No vos Rumos Nov LIVRAMENTO 8 E 9 DE SETEMBRO DE 2006 JANDAIA TURISMO HOTEL A XVII volta a Livramento em 2006 sendo esta a terceira vez que o maior evento científico da SARGS ocorre na fronteira. Com uma programação científica variada incluindo revisão de temas importantes e amplo destaque das novidades em anestesiologia, este é um evento enxuto de 2 dias de duração, aproveitando o feriado da independência, com três salas de aula funcionando simultaneamente. Todas as apresentações tem tempo exclusivo destinado a discussão do assunto o que garante a interatividade do evento. Algumas atividades que são de interesse mais específico de aqueles que se dedicam ao tema, serão desenvolvidas em salas de acesso restringido e para essas sessões é essencial que quem está interessado faça sua inscrição antecipada como forma de garantir sua vaga. A parte associativa não foi descuidada, temas relevantes como a recertificação e a nova tabela de honorários serão discutidas. A convivência social está garantida por dois eventos maiores, o coquetel inaugural no próprio hotel sede Dr. Sergio D. Belzarena Presidente da XVII JARGS da XVII JARGS e o jantar de confraternização, que será realizado em um local especial por sua arquitetura, contando também com as características da culinária e dos vinhos da região temperados pela forma de receber de Santana do Livramento. Há muitos motivos para comparecer a XVII JARGS em Livramento. Procure os seus e venha. COMISSÃO ORGANIZADORA Ana Luft - Airton Bagatini - Fernando Nora Ildo Meyer - Luciana Stefani Luiz Menezes - Marcos Tannhauser Oswaldo Lontra - Silvio Pérez Dr. Sergio D. Belzarena Presidente da XVII JARGS Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 9 Pr ograma Científico Pro JARGS 2006 08/09/2006 - 6ª Feira SALA A 08:30/12:00 - Curso de Anestesia em Geriatria • Avaliação pré-operatoria. risco, diferenças, custos? • Manejo de alterações perioperatórias: hipotensão, hipertensão, taquicardia, bradicardia 10:00/10:30 - Intervalo • Prevenção de alterações cognitivas • Analgesia pós-operatória, como reduzir o uso de opióides 14:00/17:30 - Curso anestesia venosa total 15:30/16:00 - Intervalo SALA B (Inscrição Prévia) 08:30/12:00 - Curso anestesia regional: bloqueios periféricos • Bloqueios do MMII • Bloqueios em pediatria 10:00/10:30 - Intervalo • Bloqueios do MS supraclavicular • Bloqueios do MS infraclavicular 12:15/13:30 - Almoço com especialista Uso perioperatório de A-2 adrenérgicos 14:00/17:30 - Curso dor crônica de tipo neuropático • Conceitos/mecanismos fisiopatológicos • Abordagem não farmacológica 15:30/16:00 - Intervalo • Abordagem farmacológica • Discussão de casos SALA C (Inscrição Prévia) 08:30/10:00 • Curso via aérea, com destaque para máscara laríngea 10:00/10:30 - Intervalo 10 - Anestesia em rre evista - maio/junho, 2006 10:30/12:00 • Ventilação mecânica em situações especiais 12:15/13:30 - Almoço com especialista Reposição volémica e de sangue e derivados: novos conceitos, novas tendências 09/09/2006 - Sábado SALA A 08:30/12:00 • Prevenção de náusea e vômito no paciente pediátrico • O que é melhor para o paciente pediátrico para analgesia pós-operatória por via sistêmica • Sedação e analgesia fora do bloco cirúrgico 10:00/10:30 - Intervalo • Anestésico local e... drogas adjuvantes para cesárea: quais são realmente úteis • Analgesia de parto: novidades e controvérsias • Raqui ou peridural para a gestante com préeclampsia grave. É a melhor escolha Devem ser evitadas 14:00/18:45 - Controvérsias - novidades - tabelas marketing • Ropivacaína e bupivacaína com excesso enatiomérico tem menor toxicidade. Há outras vantagens? • Uso perioperatório de AINE: estado atual • Quando e por que são necessários/úteis/supérfluos o bis e a entropia? 15:30/16:00 - Intervalo 16:00/16:45 - Tabelas de remuneração para o anestesiologista • A CHBPM é um avanço que devemos apoiar • Há outros caminhos para melhorar a remuneração do anestesiologista • Debate 16:50/17:40 - O futuro associativo • O que podemos esperar da SARGS e o que podemos fazer pela SARGS • Recertificação e atualização: a realidade e o desejável • A SBA é de todos: fatos práticos Debate 17:45/18:45 Como montar e manter sua imagem profissional 14:45/15:30 • Raqui ambulatorial; quando indicar? artroscopia de joelho/ hemorroidectomia/ hérnia inguinal 18:45/18:50 - Encerramento da XVII JARGS/2006 15:30/16:00 - Intervalo SALA B (Inscrição Prévia) 16:00/17:00 • Anticoagulantes e anestesia regional: novos conceitos uso crónico/novos anticoagulantes/bloqueios simples VS. Contínuos 08:30/12:00 - Curso anestesia regional: bloqueios periféricos • Bloqueios do MMII • Bloqueios em pediatria 17:00/18:00 • Aspectos práticos no manejo perioperatório do paciente oncológico avaliação pré-operatória/ analgesia sistêmica e espinhal pós-operatória 10:00/10:30 - Intervalo • Bloqueios do MS supraclavicular • Bloqueios do MS infraclavicular SALA C (Inscrição Prévia) 08:30/10:00 • Ventilação mecânica em situações especiais 12:15/13:30 - Almoço com especialista Controvérsias em anestesia para cesárea 10:00/10:30 - Intervalo 14:00/17:30 - Discussão de casos • Aspectos práticos em anestesia ambulatorial 10:30/12:00 • Curso via aérea, com destaque para máscara laríngea 14:00/14:45 • Qual é o agente halogenado de escolha? nódulo de mama/endoscopia ORL com adenoidectomia/ videotoracocospia 12:15/13:30 - Almoço com especialista Proteção de órgãos com sevoflurano: sempre ou só em situações específicas CREMERJ Adv er te: Adver erte: O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro CREMERJ vem a público manifestar sua preocupação com a recente Portaria do Ministério da Saúde no 971. Por esta portaria, leigos, não médicos, poderão, no SUS, diagnosticar doenças, prescrever e realizar tratamentos em Homeopatia e Acupuntura, especialidades médicas reconhecidas que exigem formação especifica. Portaria do Ministério faz mal à Saúde Ressaltamos que prática de atos médicos por pessoas não habilitadas configura exercício ilegal da Medicina, crime tipificado no Código Penal no artigo 282 e que, quando resulta morte ou lesão corporal, trata-se da forma qualificada conforme artigo 285 também do Código Penal. Os gestores do SUS também poderão ser responsabilizados pelos possívies danos provocados ao bem estar da população. Repudiamos estas medidas, pois longe de preservarem os direitos à saúde do cidadão brasileiro, mostram o desprezo pelos usuários do SUS, ao lhes fornecer atenção desqualificada e de segunda classe. Conso Paulo Cesar Geraldes Presidente Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 11 Normativa para elaboração e aavaliação valiação de atividades Cer tificado de Atualização Profissional Composição CNA Antônio Gonçalves Pinheiro (CFM) Aldemir Humberto Soares (AMB) Edmund Chada Baracat (AMB) Edevard José de Araújo (CFM) Fabio Biscegli Jatene (AMB) Genário Alves Barbosa (CFM) Editores - Câmara Técnica CNA Flávio Dantas (Assoc. Med. Bras. Acupuntura) Henrique Walter Pinotti (Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva) João Fernando Monteiro Ferreira (Soc. Bras. Cardiologia) Luiz Alberto Susin (Soc. Bras. Endocrinologia e Metabologia) Luiz Carlos Calmon Teixeira (Soc. Bras. Cancerologia) Roberto Saad Junior (Colégio Brasileiro de Cirurgiões) Introdução O conceito do processo da revalidação do Título de Especialista baseia-se no interesse em assegurar a educação médica continuada e comprovar a atualização dos profissionais médicos, processo já existente em vários países. Reconhecendo a importância do tema, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB), por intermédio da Resolução CFM 1.772/2005, formalizaram o Certificado de Atualização Profissional para os portadores de Título de Especialista e Certificado de Área de Atuação, instituindo a Comissão Nacional de Acreditação (CNA) para a elaboração de normas e coordenação do processo. Sugerimos que os colegas acessem a resolução CFM e seu anexo no site www.cna-cap.org.br para mais esclarecimentos. Após extensa discussão envolvendo a AMB, o CFM e as Sociedades de Especialidade, foram traçadas as normativas que orientam os portadores de Título de Especialista e Certificado de Área de Atuação a iniciar o processo de revalidação. Nesta norma, o profissional 14 - Anestesia em rre evista - maio/junho, 2006 pode obter o Certificado de Atualização Profissional por meio de prova ou pela somatória de 100 pontos pela participação em eventos, previamente aprovados pela CNA, em um período de 5 anos contínuos. A CNA preparou o protocolo de pontuação de atividades científicas para a revalidação, instituindo normas de cadastramento para garantir acesso universal, lisura e isenção ao desenvolvimento deste processo. Considerando que a organização de eventos é uma das principais ferramentas para a promoção da atualização técnica, a CNA preparou esta normativa no sentido de auxiliar os organizadores, avaliadores e participantes de atividades. A - Tipos de eventos A1 - Eventos presenciais: atividades em tempo real e com possibilidade de interação entre os participantes e o palestrante, incluídos congressos, simpósios, jornadas, encontros, cursos e teleconferência, entre outros. • Congresso: evento de caráter técnico ou científico, com programação direcionada a uma determinada área do conhecimento, objetivando debater e divulgar informações sobre temas gerais ou específicos da especialidade. Pode utilizar diversas técnicas de apresentação como mesas-redondas, conferências, palestras, etc. • Simpósio: tipo derivado de mesa-redonda, caracterizado pelo fato de ser de alto nível, com a participação de especialistas de renome, sendo o seu principal objetivo o intercâmbio de informações. Difere também pelo fato dos expositores não debaterem entre si os temas apresentados. • Jornada / Encontro / Fórum / Curso: reuniões de determinados grupos de profissionais realizadas periodicamente com o objetivo de discutir um ou mais assuntos, sendo congressos em miniatura. A2 - Eventos à distância: atividades de educação continuada não desenvolvidas em tempo real, por meio de ferramentas multimídia ou material impresso. B - Tipos de Apresentação: as técnicas de apresentação descritas a seguir serão todas consideradas na normativa como referência em termos de pontuação. • Conferência: apresentação pública de um tema informativo, técnico ou científico, por autoridade em determinado assunto. É uma atividade com a presença de um presidente e um conferencista, não havendo espaço para discussão. • Palestra: exposição de um assunto para uma platéia que já possua algum conhecimento sobre o tema exposto, com possibilidade de perguntas por parte da platéia. • Mesa redonda: atividade na qual o assunto base é apresentado sob diferentes enfoques. Conta com a presença de um coordenador e palestrantes. Cada palestrante conta com um tempo para sua apresentação, havendo ao final discussão. • Colóquio/ Painel: uma sessão do tipo informal, exclusivamente oral, na qual os temas são debatidos com a platéia. Conta com um coordenador e participantes. • Controvérsia: atividade com um moderador, um agonista e um antagonista, os quais disporão de tempo de fala e réplica. O moderador comenta e orienta os trabalhos. • Como eu faço: atividade com um coordenador e palestrantes. Os palestrantes disporão de tempo de fala e de discussão, sendo orientados pelo coordenador. • Sessão interativa: atividade na qual a platéia participa emitindo a sua opinião. Um caso clínico é apresentado e debatido pelos participantes da mesa, incentivando a platéia a votar. C - Organização do Evento Todo evento deverá ser cadastrado por via eletrônica no site da CNA para posterior avaliação pela Sociedade de Especialidade. Os prazos de encaminhamento de atividades para CNA são: até 30 de setembro para atividades do 1o semestre do ano seguinte; até 31 de março para as atividades do 2o semestre do mesmo ano. Deverá sempre ter um coordenador, que será o responsável pelo evento frente à CNA. Serão considerados organizadores: sociedades médicas, hospitais, centros de estudos e demais entidades médicas ou de ensino. Para solicitar o credenciamento de um evento no processo de atualização profissional, o médico responsável deverá preencher um cadastro de identificação, criando login e senha que terão de ser utilizados sempre que quiser credenciar uma nova atividade. Em seguida, aparecerão na tela as opções de eventos presencial ou à distância, que dão acesso aos formulá- rios on-line. Cada formulário preenchido receberá um número de protocolo e será encaminhado em seguida pela CNA ao representante das respectivas Sociedades de Especialidade. Este será responsável por comprovar todos os dados relativos ao evento e avaliar se deve ser credenciado. No cadastramento das atividades devem ser informados data, local, carga horária e programa científico. O parecer das Sociedades de Especialidade, que incluirá a pontuação das atividades aprovadas conforme o padrão descrito no Quadro 1, será posteriormente encaminhado à Comissão Nacional de Acreditação, e, a seguir, para o responsável pela atividade. O prazo para pontuação será de 15 dias, sendo após este prazo enviado automaticamente ao suplente. No caso de aprovação, seus dados ficarão disponíveis on-line no calendário de atividades credenciadas. Em situação de recusa, será informada a justificativa pela Sociedade de Especialidade, e o organizador da atividade poderá submetê-la mais uma vez, desde que tenha sido corrigida a falha apontada. D - Critérios de Avaliação Normas gerais: • Carga horária: será pontuado exclusivamente o tempo alocado para apresentação/discussão do tema, NÃO se creditando pontos para intervalos e tempo de refeições. • Os certificados dos eventos somente poderão ser entregues aos participantes no final dos trabalhos, ficando a comprovação de participação sob a responsabilidade das instituições promotoras, com possibilidade de auditoria determinada pela CNA. • Os organizadores das atividades estão obrigados a encaminhar a CNA, no prazo de 30 dias após o encerramento dos mesmos, a relação dos participantes com a respectiva carga horária e a dos palestrantes. Para consultas posteriores, os organizadores deverão manter por cinco anos os registros da atividade. • As atividades serão pontuadas apenas com valores inteiros ou fração de meio (0,5). • Até 100% dos créditos podem ser obtidos com a participação de eventos presenciais ou à distância descritos a seguir no item D1. Até 50% dos créditos podem ser obtidos com atividades científicas ou acadêmicas descritas nos itens D2 e D3. • As áreas de atuação receberão pontuação idêntica à indicada para as especialidades. • A pontuação máxima anual, para efeito de obtenção do CAP, estará limitada a 40% do total necessário. • Os casos omissos serão avaliados pela CNA. Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 15 Quadro 1 - Sistema de créditos para pontuação ATIVIDADE Eventos Nº. DE PONTOS Congresso nacional da especialidade 20 Congresso da especialidade no exterior 05 Congresso/jornada regional/estadual da especialidade 15 Congresso relacionado à especialidade com apoio da sociedade nacional da especialidade 10 Outras jornadas, cursos e simpósios 0,5/h (mín.1 e máx.10) Programa de educação à distância por ciclo Atividades científicas Artigo publicado em revista médica 05 Capítulo em livro nacional ou internacional 05 Edição completa de livro nacional ou internacional 10 Conferência em evento nacional apoiado pela Sociedade de Especialidade 05 Conferência em evento internacional 05 Conferência em evento regional ou estadual 02 Apresentação de tema livre ou pôster em congresso ou jornada da especialidade Atividades acadêmicas 0,5/h (máx.10) 02 (máx. 10) Participação em banca examinadora (mestrado, doutorado, livre-docência, concurso, etc.). 05 Mestrado na especialidade 15 Doutorado ou livre docência na especialidade 20 Coordenação de programa de residência médica D1 - Eventos a) Congresso Nacional da Especialidade: atividade organizada e cadastrada na CNA pela Sociedade de Especialidade. Não necessita avaliação do programa científico, tendo sua pontuação previamente determinada (20 pontos) para a especialidade promotora. Se houver na programação científica alguma atividade de interesse de outra especialidade, a mesma deve ser cadastrada também para 16 - Anestesia em rre evista - maio/junho, 2006 5/ano essa especialidade com encaminhamento do programa específico e carga horária para avaliação e pontuação baseado nos critérios do item e. Não será possível soma de pontos maior que 20 como participante do evento. Atividades científicas poderão ter pontuação individualizada. b) Congresso da Especialidade no Exterior: não são cadastrados pelos seus organizadores, sendo considerados apenas os eventos selecionados previamente pelas Sociedades de Especialidade. c) Congresso/jornada regional/estadual da especialidade: atividade organizada pela Sociedade de Especialidade ou por sociedade a esta filiada. Assim como o congresso nacional, devem ser cadastrados somente pela Sociedade da Especialidade, porém não necessitam avaliação do programa científico, tendo sua pontuação previamente determinada (15 pontos). Se houver na programação científica atividade de interesse de outra especialidade, a mesma deve ser cadastrada também para essa especialidade com encaminhamento do programa e carga horária para avaliação e pontuação baseado nos critérios do item e. d) Congresso relacionado à especialidade com apoio da sociedade nacional da especialidade: devem ser cadastrados somente pela Sociedade da Especialidade, necessitando avaliação do programa científico, tendo sua pontuação previamente determinada (10 pontos). Se houver na programação científica atividade de interesse de outra especialidade, a mesma deve ser cadastrada também para essa especialidade com encaminhamento do programa e carga horária para avaliação e pontuação baseado nos critérios do item e. e) Outras jornadas, cursos e simpósios: serão pontuadas apenas as atividades caracterizadas como educação continuada na especialidade, ou seja, promotoras de reciclagem e atualização. Somarão 0,5 pontos por hora/atividade, com o mínimo de 1 ponto e máximo de 10 pontos por atividade. f) Programa de educação à distância: a aprovação deste tipo de atividade dependerá de suas características e avaliação feita pela CNA e Sociedade de Especialidade. A pontuação será baseada na estimativa de hora/aula, somando 0,5 ponto/hora, com o máximo de 10 pontos por atividade, sendo obrigatória a realização de avaliação de desempenho por todos participantes. A avaliação de desempenho deve ser organizada pelo coordenador da atividade, podendo ser na forma escrita ou eletrônica, sendo encaminhada para correção pelo coordenador. Receberão a pontuação os participantes que obtiverem nota de aproveitamento igual ou superior a 7 (nota mínima = zero - máxima = 10). Resolução da Assembléia Geral Extraordinária da UNIDAS sobre a 4a Edição da CBHPM D2 - Atividades científicas a) Artigo publicado em revista médica: 5 pontos por artigo para autor e co-autor. b) Capítulo em livro nacional ou internacional: 5 pontos por capítulo para autor e co-autor. c) Edição completa de livro nacional ou internacional: 10 pontos por edição de livro. d) Conferência em evento nacional apoiado pela Sociedade de Especialidade: 5 pontos por participação em conferência, palestra ou membro de mesa-redonda de evento previamente cadastrado. Não são pontuadas participações como presidente de conferência. e) Conferência em evento internacional: 5 pontos por participação em conferência, palestra ou membro de mesa-redonda de evento previamente cadastrado. Não são pontuadas participações como presidente de conferência. f) Conferência em evento regional ou estadual: 2 pontos por participação em conferência, palestra ou membro de mesa-redonda de evento previamente cadastrado. Não são pontuadas participações como presidente de conferência. g) Apresentação de tema livre ou pôster em congresso ou jornada da especialidade: 2 pontos por trabalho, válido para autor e co-autores, devendo ser apresentado em congresso/jornada da especialidade de evento previamente cadastrado, estando limitado a cinco trabalhos por evento. D3 - Atividades acadêmicas a) Participação em banca examinadora: 5 pontos por participação em banca de mestrado, doutorado, livre-docência e concurso público na especialidade por participação. b) Mestrado na especialidade: 15 pontos por mestrado reconhecido pela CAPES. c) Doutorado ou livre-docência na especialidade: 20 pontos por doutorado ou livre-docência reconhecido pela CAPES. d) Coordenação e preceptoria oficial de programa de residência médica: 5 pontos por ano completado do programa. Ao vigésimo sexto dia do mês de abril de 2006, as entidades filiadas à UNIDAS reunidas durante a Assembléia Geral Extraordinária, decidiram aprovar tecnicamente a 4a Edição da CBHPM, ficando sua implantação a ser definida pelas Superintendência Estaduais, respeitadas as especificidades regionais. Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 17 Sociedade Brasileira de Anestesiologia Notícias da AMB Resolução Normativa CNHM nº 001/2006 A planilha da Resolução Normativa CNHM nº 001/2006, introduz alterações na 4º edição da CBHPM envolvendo portes, número de auxiliares de cirurgia, nomenclatura de procedimentos, custos operacionais e definição de nova sistemática, transitória, para cobrança de taxa de uso de equipamentos de vídeo utilizados em procedimentos cirúrgicos videoassistidos. Os ajustes contidos nesta Resolução, com vigência a partir de 21.03.2006, serão incorporados à quinta edição da CBHPM. A íntegra da RN nº 001/2006, e outras informações acerca da CBHPM encontram-se disponíveis no site da AMB (www.amb.org.br) São Paulo, 21 de março de 2006 José Luiz Gomes do Amaral (AMB) Edmund Chada Baracat (AMB) Antonio Gonçalves Pinheiro (CFM) Walter Lyrio do Valle (Unidas) Jurimar Alonso (Unimed do Brasil) Amílcar Martins Giron (AMB) Giovanni Guido Cerri (AMB) Marilia Ehl Barbosa (Unidas) João Batista Caetano (Unimed do Brasil) Márcio Costa Bichara (Fenam) RESOLUÇÃO NORMATIVA CNHM Nº 001/2006 AOS MÉDICOS, HOSPITAIS E ENTIDADES CONTRATANTES A Comissão Nacional de Honorários Médicos e Sociedades Brasileiras de Especialidade comunicam as seguintes alterações, revisadas e aprovadas pela Câmara Técnica Permanente da CBHPM, na 4ª edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos: 1 – Quando, para os procedimentos cirúrgicos videoassistidos do capítulo 3, os equipamentos de vídeo utilizados pertencerem à equipe médica, esta terá direito à taxa de uso de equipamento de vídeo, a ser valorada segundo a seguinte sistemática: até o porte 9C, 33,80 UCOs; do porte 10A ao 11C, 38,50 UCOs; do porte 12A em diante, 42,90 UCOs. 2 – Outras alterações específicas a seguir listadas: Código anatômico 2.01.03.30-1 2.01.03.73-5 2.01.04.03-0 2.02.01.10-9 2.02.01.11-7 2.02.01.12-5 3.01.01.22-0 3.01.01.23-9 3.01.01.24-7 3.01.01.25-5 3.01.01.26-3 3.01.01.29-8 3.02.05.27-1 3.02.05.28-0 3.03.06.05-1 3.05.01.10-5 3.05.01.36-9 3.05.01.47-4 3.05.01.48-2 3.05.01.49-0 3.05.01.50-4 3.05.01.51-2 3.05.01.52-0 3.05.01.53-9 3.05.02.29-2 3.05.02.30-6 3.05.02.31-4 3.05.02.32-2 3.05.02.34-9 3.05.02.35-7 3.06.02.18-1 Procedimento Alterações Infiltração de ponto de gatilho (por músculo) ou agulhamento seco (por músculo) Bloqueio fenólico, alcoólico de pontos motores por segmento Betaterapia (por sessão) Avaliação clínica diária enteral Avaliação clínica diária parenteral Avaliação clínica diária parenteral e enteral Curativo de queimaduras - por unidade topográfica (UT) hospitalar Curativo especial sob anestesia - por unidade topográfica (UT) Curetagem e eletrocoagulação de CA de pele (por lesão) Curetagem simples de lesões de pele (por grupo de até 5 lesões) Dermoabrasão de lesões cutâneas Eletrocoagulação de lesões de pele e mucosas - com ou sem curetagem (por grupo de até 5 lesões) Adenoidectomia por videoendoscopia Ressecção de nasoangiofibroma por videoendoscopia Fixação iriana de lente intra-ocular Correção de alterações patológicas do septo Septoplastia (qualquer técnica sem vídeo) Corpos estranhos - retirada sob anestesia geral / hospital (nariz) - por videoendoscopia Epistaxe - cauterização da artéria esfenopalatina com microscopia unilateral por videoendoscopia Imperfuração coanal - correção cirúrgica intranasal por videoendoscopia Ozena - tratamento cirúrgico por videoendoscopia Perfuração do septo nasal - correção cirúrgica por videoendoscopia Rinosseptoplastia funcional por videoendoscopia Septoplastia por videoendoscopia Antrostomia maxilar intranasal por videoendoscopia Artéria maxilar interna - ligadura transmaxilar por videoendoscopia Etmoidectomia intranasal por videoendoscopia Sinusectomia maxilar - via endonasal por videoendoscopia Sinusotomia esfenoidal por videoendoscopia Sinusotomia frontal intranasal por videoendoscopia Punção ou biópsia percutânea de agulha fina - lesão palpável Porte alterado de 2A para 3A Procedimento excluído Procedimento excluído Procedimento incluído com porte 2B Procedimento incluído com porte 3A Procedimento incluído com porte 3B Porte AN alterado de 2 para 1 Porte AN alterado de 2 para 1 Porte AN excluído Porte AN excluído Porte AN excluído 18 - Anestesia em rre evista - maio/junho, 2006 Porte AN excluído Procedimento incluído com porte 6B, auxiliar 0 e porte AN 3 Procedimento incluído com porte 11B, auxiliar 3 e porte AN 6 Incluído 1 auxiliar no procedimento Procedimento excluído Porte alterado de 8A para 8B Procedimento incluído com porte 4A, auxiliar 0 e porte AN 2 Procedimento incluído com porte 10B, auxiliar 1 e porte AN 4 Procedimento incluído com porte 10B, auxiliar 1 e porte AN 5 Procedimento incluído com porte 9C, auxiliar 1 e porte AN 3 Procedimento incluído com porte 10B, auxiliar 1 e porte AN 4 Procedimento incluído com porte 11B, auxiliar 1 e porte AN 6 Procedimento incluído com porte 9A, auxiliar 1 e porte AN 5 Procedimento incluído com porte 7A, auxiliar 1 e porte AN 4 Procedimento incluído com porte 10B, auxiliar 2 e porte AN 5 Procedimento incluído com porte 9B, auxiliar 1 e porte AN 3 Procedimento incluído com porte 9B, auxiliar 1 e porte AN 4 Procedimento incluído com porte 9B, auxiliar 1 e porte AN 3 Procedimento incluído com porte 9B, auxiliar 1 e porte AN 3 Descrição alterada para: Punção ou biópsia percutânea de agulha fina por nódulo (máximo de 3 nódulos por mama) Código anatômico Procedimento 3.07.15.23-7 3.09.04.08-0 3.09.12.08-3 3.09.13.03-9 3.10.01.25-4 3.10.01.30-0 3.10.01.31-9 3.10.01.32-7 3.10.03.62-1 3.10.03.71-0 3.10.04.23-7 3.10.05.57-8 3.10.05.67-5 3.10.07.06-6 3.10.08.02-0 3.10.08.03-8 3.10.09.02-6 3.10.09.04-2 3.10.09.05-0 3.10.09.06-9 3.11.01.52-6 3.11.01.54-2 3.11.01.56-9 3.11.01.58-5 3.11.02.07-7 3.11.02.54-9 3.11.02.55-7 3.11.03.18-9 3.11.04.06-1 3.12.01.14-8 3.12.03.15-9 3.12.05.03-8 3.12.05.05-4 Outras afecções da coluna - redução incruenta Instalação de marca-passo epimiocárdio temporário Colocação de cateter intracavitário para monitorização hemodinâmica Instalação de cateteres intracavitários para monitorização hemodinâmica temporária Esofagectomia subtotal com linfadenectomia com ou sem toracotomia Esofagectomia distal com ou sem toracotomia por videolaparoscopia Reintervenção sobre a transição esôfago-gástrica por videolaparoscopia Tratamento cirúrgico das varizes esofágicas por videolaparoscopia Colectomia parcial sem colostomia por videolaparoscopia Esvaziamento pélvico total por videolaparoscopia Papilectomia (única ou múltipla) Desconexão ázigos - portal sem esplenectomia por videolaparoscopia Biópsia hepática por videolaparoscopia Esplenectomia total por videolaparoscopia Diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD) 9 dias - treinamento Diálise peritoneal ambulatorial contínua (CAPD) por mês/paciente Biópsia de parede abdominal Cisto sacro-coccígeo - tratamento cirúrgico Diástase dos retos-abdominais - tratamento cirúrgico Hérnia inguinal encarcerada em RN ou lactente Pieloplastia laparoscópica unilateral Nefroureterectomia com ressecção vesical laparoscópica unilateral Nefrectomia parcial laparoscópica unilateral Nefrectomia total unilateral por videolaparoscopia Colocação ureteroscópica de duplo J unilateral Reimplante uretero-vesical laparoscópico unilateral Reimplante ureterointestinal laparoscópico unilateral Cistostomia com procedimento endoscópico Eletrocoagulação endoscópica Prostatavesiculectomia radical laparoscópica Correção laparoscópica de varicocele unilateral Recanalização dos ductos deferentes Vaso-vasostomia microcirúrgica unilateral 3.12.05.06-2 3.13.03.21-8 3.13.03.22-6 3.14.03.37-9 3.15.06.02-0 3.15.06.04-6 3.16.02.18-5 3.16.02.99-1 4.02.01.27-9 4.03.07.96-4 4.03.08.27-8 4.03.12.16-0 Descrição alterada para: Outras afecções da coluna - tratamento incruento Incluir no item 3 do código de observações 3.09.99.00-6 Porte alterado de 5C para 5A Procedimento excluído Porte AN alterado de 5 para 7 Porte alterado de 12B para 12 A e porte AN alterado de 6 para 8 Porte alterado de 12A para 11B Porte alterado de 10C para 10B Porte alterado de 11C para 11B Porte alterado de 12C para 12B Custo operacional excluído Porte alterado de 11C para 11B Porte alterado de 8A para 7B Porte alterado de 10B para 10A Custo operacional excluído Custo operacional excluído Custo operacional excluído Custo operacional excluído Custo operacional excluído Custo operacional excluído Porte alterado de 11C para 11B Porte alterado de 12C para 11B Porte alterado de 13A para 12C Procedimento incluído com porte 11B, auxiliares 2 e porte AN 6 Procedimento excluído Porte alterado de 11C para 11B Porte alterado de 11C para 11B Procedimento excluído Porte alterado de 4C para 3C Porte alterado de 12C para 12B Porte alterado de 7C para 7B Procedimento excluído Descrição alterada para: Vaso-vasostomia microcirúrgica unilateral (Recanalização dos ductos deferentes) Vaso-vasostomia unilateral Procedimento excluído Histerectomia total laparoscópica Porte alterado de 11C para 11B Histerectomia total laparoscópica ampliada Porte alterado de 13B para 12C Simpatectomia por videotoracoscopia Procedimento incluído com porte 10B, auxiliar 1 e porte AN 6 Transplante renal (doador vivo) Procedimento excluído Descrição alterada para: Nefrectomia laparoscópica em doador vivo. Nefrectomia laparoscópica em doador Porte alterado de 13A para 12C Estimulação elétrica transcutânea Incluído porte 3A Observação: Por serem excludentes, remunera-se apenas um dos portes do procedimento 3.16.02.18-5 Ureteroscopia flexível unilateral Custo operacional alterado de 105,610 para 42,90 Chagas Descrição alterada para: Chagas, hemoaglutinação Schistosomose Descrição alterada para: Schistosomose, pesquisa de Teste do pezinho básico (TSH neonatal + fenilalanina + eletroforese de Hb Procedimento incluído com porte 0,01 de 1A e UCO 5,09 para triagem de hemopatias) 4.03.12.17-8 Teste do pezinho ampliado (TSH neonatal + 17 OH progesterona + fenilalanina + tripsina imuno-reativa + eletroforese de Hb para triagem de hemopatias) 4.04.01.01-4 Transfusão (ato médico hospitalar de responsabilidade) ambulatorial ou hospitalar) Porte alterado de 2A para 1A Transfusão (ato médico ambulatorial de responsabilidade) Coleta de biópsia de medula óssea por agulha Coleta de medula óssea para transplante Procedimento diagnóstico em grupos de linfonodos, estruturas vizinhas e margens de peças anatômicas simples ou complexas (por margem) 4.04.01.03-0 4.04.03.06-8 4.04.03.07-6 4.06.01.22-6 Alterações Procedimento incluído com porte 0,01 de 1A e UCO 9,50 Descrição alterada para: Transfusão (ato médico de responsabilidade Procedimento excluído Porte AN alterado de 5 para 2 Porte AN alterado de 5 para 3 Descrição alterada para: Procedimento diagnóstico em grupos de linfonodos, estruturas vizinhas e margens de peças anatômicas simples ou complexas (por margem) - máximo de três margens Descrição alterada para: Marcação pré-cirúrgica por estereotaxia orientada por imagem - por mama (já inclui exame de base) Descrição alterada para: Punção ou biópsia mamária percutânea por 4.08.08.06-8 Marcação pré-cirúrgica por estereotaxia, orientada por mamografia, US ou TC (por mama) 4.08.08.08-4 Punção ou biópsia mamária percutânea por agulha fina agulha fina orientada por imagem (já inclui o exame de base) 4.08.09.09-9 Punção aspirativa orientada por RX (acrescentar o exame de base) US ou CT (acrescentar o exame de base) Descrição alterada para: Punção biópsia/aspirativa orientada por RX, 4.12.01.05-1 Betaterapia de contato (placa de estrôncio) Descrição alterada para: Betaterapia por sessão Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 19 Sociedade Brasileira de Anestesiologia v os Membr os Nov Membros No ADJUNTO Aurora Solange Domingues Cloderico Clênio Mascena Cordeiro Henrique Wadih Arbex Luiz Antonio Monteiro Escobar Maria José Moura Morotó Marília de Castro e Silva Rita de Cassia Menezes Honorio Ronaldo Alves de Souto Rubens Bezerra de Albuquerque Júnior Sandra Cecília Soares da Costa ASPIRANTE Adriana Lima Valério Alessandra Gonçalves de A. da Costa Alexandre Lopes Maddarena Alfredo Yukio Ando Alysson Bruno Oliveira Santos Ana Paula Faustino Ana Paula Thomé Silva André Peres e Serra Andresa de Melo Meira Bastos Brivio Armando Guilherme M. A. e Mendes Ary de Carvalho Mesquita Augusto Marques de Almeida Beatriz Maciel Maegawa Bernardo Rafael Skorek Bruna Mendes Carmona Carlos Alexandre de Moraes Leme Carlos Eduardo Barbosa Moreira da Silva Carolina Orselli Comparato Charles Alexandre Cardoso Cínthia Duarte da Costa Cláudia Daniela Santos Amoedo Cristina Carvalho Rolim Guimarães Cynthia Cristina Zambom Bastia Cynthia Duailibi Daniel Cordovani Daniel Kishi Daniel Moser Queiroz Danielle Dourado Magalhães Diogo Cunha Loula Donátila Helene Cazarotto Edinei Fabiano Rebonatto Eduardo Guimarães Tavares Júnior Eduardo Sakai Eliana Seleri Fontes Elieti Ferreira Neves Elton Lúcio Silva de Souza Emerson Xavier Serra Pinto Erica Cristina dos Santos Fabiana Mara Scarpelli L. A. Caldeira Felippe Duarte Mantiolhe Fernanda Leite Fernanda Salomão Turazzi Fernando Nardy Bellicieri Fernando Rocha Miranda de Oliveira Flávia Nakagawa Gabriel Bacila de Sousa Gisela Brasil Fortunato Guilherme Nogueira de Almeida Gustavo da Silva Machado Gustavo Orrico Carneiro Hariane Maeda Sgarbi Hector Leal Nuevo Humberto Righetto Neto Ilana Esquenazi Najman Ilana Sebbag João Paulo Miarelli Duarte João Rodrigo Baptista e Costa Juliano Antonio Aragão Bozza Lana Faria Almeida Larissa Falcão Gomes Leonardo Alvarez Justi e Silva Leopoldo Muniz da Silva Lianara Maria Beal Martins Lilian Kakumu Kayano Luiz Gustavo Tavares Barbosa Madalena Juliana da Silva Freitas Maira Pizarro Loureiro Manuela Freire Caetano de Almeida Manuella Rangel Larrúbia Marcela Arantes Fernandes Marcelo Grisólia Gonçalo Marcelo Keiti Watanabe Marcelo Urquidi Furtado Marco Antonio Pinto de Figueiredo Marco Aurelio Cicero Pinto Mariana Limeira Teixeira Mariana Mafra de Oliveira Mariana Pinheiro Hoefel Mariana Pires do Amaral Marques Mariana Rego de Carvalho Mary Yumi Takei Torniziello Melissa Nespeca Michele de Pina Bastos Mileda Nascimento Rachid Rafael Dias de Almeida Rafael Rodolfo Serafim Renata Neri da Silva Renieri Augusto Jones da Silva Roberta Souza Nicolau Rômulo Ostmann Oliveira Rosana de Souza Monteiro Silvia Katlauskas Murano Tadeu Ferreira de Morais Carvalho Thaís da Silva Apolinário Thais Watanuki Thassio Cunha de Santana Thonya Cruz Braga Tiago Costa Furtado Virgílio Valadares Nogueira Vitor Borges Palau Vitor Montez Vianna Wanderley Pimenta de Queiroz Júnior Wild Penteado Neto ATIVO Alcebiades Raymundo da Silva Junior Alírio Alex Alves Rosa Ana Cristina da Costa Gomes André Augusto de Araujo 20 - Anestesia em rre evista - maio/junho, 2006 André Maia Lambert Gomes Atsuko Nakagami Bruno Lami Pereira Daniela Costa Martins Dennis Brandão Tavares Diná Mie Hatanaka Ellen da Encarnação Onety de Souza Érica Reis Evandro Garcia Martins Júnior Fabiana Faloppa Fabiano Soares Carneiro Fábio Guidi Junior Fernando Leopoldo de Siqueira Gabriel Gilberto Santos Gabriela Monteiro Salomão Gilblainer da Silva Ancelmé Irlanda Portela Lima Albuquerque Jaider Batista Alves Silva Jayme Bueno de Castilho Jefferson Yoshinari Ferreira da Cruz José Carlos Rodrigues Nascimento Karina Rabelo de Albuquerque de Arnez Kércio Aragão Matos Leandro Ramalho Costa Leonard Coelho Rossi Leonardo Henrique L. de Lima e Silva Leonardo Leite Moraes Lilian Rodrigues da Cunha Luciana Venturini Luiz Barone Junior Luiz Felipe Menna Barreto N. de Souza Marcelo Sepeda Martins Marcelo Spicacci Barbosa Mariana Blasi Cunha Marta Bernardez Gandara Colaço Maruja Landauro Rojas Maurício Pedrini Júnior Mauro César Passos Cardoso Michel Moura Fernandes Mirella Ferrari Natasha Pinheiro Blanco Oscar Luiz Fighera Junior Paula Regina Gusson Bianchin Plínio Vasconcelos Maia Priscilla Patto Abreu Renata da Cunha Ribeiro Renato Ferreira de Oliveira Ricardo Scandian de Melo Rogério Ferreira França Rosana Cardoso Magalhães Rosane Miranda Charneski Rosyanne Barreira L. de França Antunes Tatiane Mury Hannisdal Thiago de Brito Carvalho Verleia Teixeira de Mendonça Washington Aspilicueta Pinto Filho REMIDO José Ribamar Miranda Tavares da Silva Marcus Vinicius Guedes Werneck Provas da SBA 2006 Último Aviso Como efetuar a inscrição: Redigir requerimento solicitando a inscrição, identificando a prova e o nome do requerente. (vide modelo portal SBA) Informações importantes: 1. Efetuar depósito bancário no valor da inscrição, encaminhando à Secretaria da SBA pelo correio, comprovante de depósito, juntamente com o requerimento de inscrição. 2. Esclarecemos que somente serão aceitas as inscrições cujos requerentes estejam devidamente regularizados com a SBA e Regional. 3. Não serão efetuadas inscrições com pendências de documentos. 4. Observar os documentos necessários no Regulamento das provas e exigências para casa tipo de prova no Portal da SBA. 5. NÃO SERÃO ACEITAS INSCRIÇÕES VIA FAX OU E-MAIL. Dados para depósito: Favorecido: Sociedade Brasileira de Anestesiologia Depositante: Não esquecer de mencionar seu nome Banco Real – Agência: 0826 – Conta-Corrente: 7805109-6 Tel: (21) 2537-8100 (maiores esclarecimentos anotar o nome do atendente) Segundo Semestre – Rio de Janeiro / RJ Provas: Novembro/2006 - durante 53º CBA Data limite para inscrições: 21 de agosto de 2006 – segunda-feira Valor inscrição: R$ 420,00 (quatrocentos e vinte reais) Prova Nacional para Médicos em Especialização 09/12/2006 – sábado – horário de Brasília ME1 – 10:00 / 12:00 H ME2 – 14:00 / 16:00 H ME3 – 17:00 / 19:00 H Local: Consulte sua Regional SBA vence eleição para o Conselho Deliberativo da Associação Médica Brasileira (AMB) Dia 29 de junho, na AMB, Dr Ismar Lima Cavalcanti (Vice-Presidente) e Dr Luiz Antonio Vane (Diretor do Departamento Científico) defenderam a candidatura da SBA, durante o processo eleitoral para o Conselho Deliberativo da AMB, logrando êxito com a escolha da SBA para integrar esse egrégio conselho. O Conselho Deliberativo da AMB é composto por 14 sociedades de especialidade. As mais de 50 sociedades científicas que fazem parte da AMB elegem, entre seus pares, 14 que as representarão nas principais decisões deliberativas, tanto científicas quanto profissionais, da Associação Médica Brasileira. A Diretoria da SBA agradece os votos recebidos e a confiança depositada pelas demais sociedades de especialidade e afirma que cumprirá, com a competência tradicional, a função de representá-las no referido Conselho. Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 21 CENTRO DE ENSINO E TREINAMENTO EM ANESTESIOLOGIA (SBA) DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE RIBEIRÃO PRETO-SP Simpósio* gia Oftalmologia Anestesia em Oftalmolo Coordenador: Dr. José Roberto Nociti - TSA-SBA (Ribeirão Preto) 1. Requisitos da Anestesia para Cirurgia Oftalmológica: O Que o Cirurgião Necessita da Anestesia Dr. Nilton Tokunaga - SBII - SBRV - Ribeirão Preto 2. Bloqueios Oftálmicos: Tipo e Indicações Dr. Daniel Spada Lahoz - TSA-SBA - SP 3. Anestesia Geral: Quando Indicá-la e Como Realizá-la Dra. Lucia Maria Mélega - TSA-SBA - SP 4. Complicações dos Bloqueios Oftálmicos e Sua Prevenção Dr. Luiz Fernando Alencar Vanetti - TSA-SBA - Campinas 5. Drogas Adjuvantes Oculares: Indicações e Riscos Dr. Eduardo Helfenstein - TSA-SBA - Ribeirão Preto Dia: 4 de Agosto de 2006 Horário: 20:00h às 22:30h Local: Centro de Convenções do Hotel "Stream Palace" - Ribeirão Preto-SP Social: Jantar Restaurante "Athenas" - Hotel Stream Palace - às 22:30h - (para os médicos inscritos**) Informações: CARP (Clínica de Anestesiologia Ribeirão Preto) Inscrições: Rua Padre Euclides, 740 - Fone/Fax: (16) 3635-1500 - e-mail: [email protected] * Aprovado para Certificação de Atualização Profissional pela Comissão Nacional de Acreditação (CNA), contando 1,0 ponto em Anestesiologia e 0,5 em Oftalmologia ** Os médicos inscritos que desejarem levar acompanhantes, deverão confirmar previamente com o pagamento da taxa de adesão ao jantar. (R$ 45,00) Apoio: 22 - Anestesia em rre evista - maio/junho, 2006 s s a a g d a ta V i im L Sociedade Brasileira de Anestesiologia Artigo Científico Príons e anestesia: fato a considerar? Mário J. da Conceição* M esmo que algumas pessoas possam desconhecer o que são os príons, seguro que já ouviram falar da doença da vaca louca que dizimou rebanhos ingleses há alguns anos e fez aumentar, de forma vertiginosa, o vegetarianismo e o consumo de peixes. A doença é uma forma de encefalite conhecida como encefalite esponjosa bovina. O nome esponjosa deriva do aspecto resultante de cavidades encefálicas, geradas pela destruição tecidual no cérebro, guardando semelhança com esponjas. Acreditase na existência de forma humana da doença,que poderia ser adquirida pela ingestão da carne dos animais infectados conhecida como doença de Creutzfeldt-Jakob descrita em 1994. Essas doenças são letais desconhecendo-se seu agente causal ou tratamento. Nenhum vírus, bactéria ou fungo foi isolado que de alguma forma pudesse ter uma ligação com o mal. Surgiu, para explicá-lo,uma estranha teoria, nominando novo tipo de agente infeccioso: uma proteína anômala (PrPSc). Alguns autores sugerem a hipótese de fragmentos proteicos anômalos(PrP) capazes também de causar a enfermidade, e até mesmo reporduzir-se. A isso denominou-se “prion”. O que são príons? A palavra “prion” deriva da abreviatura da expressão em língua inglesa: “proteinaceous infectious particle” . Eles são estruturas proteicas que se auto-reproduzem. Ainda que os mecanismos de ação e reprodução sejam desconhecidos, aceita-se que os prions são reponsáveis por um número de doenças envolvendo o sistema nervoso central, há muito conhecidas, porém pouco compreendidas e genericamente classificadas como: encefalopatias espongiformes transmissiveis. Algumas dessas encefalopatias tem nomes estranhos como “kuru” diagnosticada em tibos canibais da Papua Nova Guiné que comiam os cérebros de seus inimigos, ou nomes herdados de seus pesquisadores: doença de Creutzfeldt-Jakob, Síndrome de Gerstmann-SträusslerScheinker, ou ainda nomes inespecíficos: Insônia Fatal Familiar, doença da vaca louca. Todas afetam o cérebro dos pacientes (ou animais) e são fatais. Como toda teoria, ainda carece de comprovação consistente, porém existem bem mais do que evidências e isso torna-se preocupante. Até então, os agentes infectantes conhe24 - Anestesia em rre evista - maio/junho, 2006 cidos dependiam de genes para sua reprodução e como se sabe proteínas são produtos e não genes. Encontrase na literatura, entretanto, artigos reconhecendo as doenças, todavia contestando a teoria dos príons a qual denominam “ junk science” (pseudociência em tradução livre e educada). Para esses autores a explicação estaria na infecção pelo que se denomina espiroplasmas. Espiroplasmas são similares aos micoplasmas, sem parede cellular e possuem um dos menores genomas entre os organismos vivos. Os espiroplasmas só foram descobertos em 1976 na hemolinfa de insetos. Registre-se que para esses autores seria impensável a existência de proteínas, ou mesmo frações proteicas, se reproduzindo e causando doenças. Recentemente a produção de ratos transgênicos, produtores de prions, colocou mais lenha na fogueira., fazendo a balança pender para o lado da existência dos prions. As evidências As proteínas são formadas por cadeias de diferentes aminoácidos. Cada aminoácido tem um comportamento químico. As propriedades dos diferentes aminoácidos fazem com que a proteína adquira uma forma específica (conformação). A conformação determina a função da proteína. Sequências de aminoácidos diferentes produzem proteínas com diferentes conformações e funções. Os genes determinam a sequência de aminoácidos na proteína. A proteína “prion” (PrPSc) tem cerca de 250 desses aminoácidos e preenche todos os critérios necessários para ser um componente ativo de uma partícula infecciosa. Os primeiros prions infectantes isolados de cérebros doentes foram PrPSc. Um processo conhecido como purificação remove as moléculas que não fazem parte do prion. E pode-se medir a pureza de uma solução contendo um prion, pelo poder infectante encontrado em cada grama de proteína ou ácido nucleico. A pesquisa pela presença de ácido nucleico (genes de virus) foi infrutífera pelos últimos trinta anos. Assim, a única molécula identificada na partícula infecciosa foi a PrPSc, concluindo-se que a PrPSc esta envolvida em todas as encefalies citadas. Todos os mamíferos tem genes capazes de gerar prions, com diferenças entre as espécies. Ainda que hospedeiros de uma espécie possam infectar outras. Algumas vezes prions causadores de doenças diferentes variam na forma como afetam o cérebro, devido a diferentes conformações nas moléculas PrP. Essa sequência PrP é necessária para que os prions possam se replicar e causar doenças. Inúmeros experimentos utilizando sequências de prions, produzindo-se inclusive animais geneticamente modificados para produzirem essas sequências, mostram resultados altamente positivos para a existência desses elementos proteicos como agentes causadores de um número grande de encefalites. Príons e anestesia? Um novo fator foi acrescido à teoria dos príons. Recentemente aventou-se a hipótese de que os príons podem ser transmitidos não apenas pela ingestão de alimentos “infectados” mas também por objetos “contaminados” que entraram em contato com tecidos de pacientes doentes, entre eles: máscaras faciais, lâminas de laringoscópios, tubos endotraqueais, sensores, agulhas, sondas e outros. Dessa forma, procedimentos anestésicos, potencialmente, poderão ser causa de transmissão desses radicais proteicos. Preocupante da mesma forma é o fato de que a esterilização desses objetos , mesmo em autoclaves, não elimina a presença dos príons ( já que não são seres vivos). Apesar de grande parte desses equipamentos serem descartáveis, na maioria dos serviços, alguns deles são de forma rotineira reutilizados, como máscaras faciais e lâminas de laringoscópios.. E o que dizer de balões resuscitadores, cânulas orotraqueais e outros empregados por uma gama cada vez maior de profissionais médicos e da área paramédica? Conclusão A teoria dos prions permanence controversa, porque ela quebra conceitos estabelecidos há longa data. Aqueles que trabalham nessa área com outros para- Apr o vados Apro na Pr Proo va Oral para Obtenção do Título Superior em Anestesiologia digmas (virus, espiroplasmas) são relutantes em aceitar esse novo paradigma. Todavia nenhuma outra hipótese explica melhor o que foi observado em relação a esses agentes e as doenças causadas por eles. Se alguns pontos são obscuros a hipótese deve ser revisada e substituída por outra melhor. Assim funciona a ciência. Prions causam doenças, mas não são virus, bactérias, fungos ou parasitas. Eles são simplesmente proteínas, que até então jamais se imaginou pudessem ser agentes infecciosos por si só. Organismos vivos são infectantes, proteínas não, ou pelo menos não costumavam ser. Apesar de alguma resistência, as recomendações atuais devem ser pela identificação de pacientes de risco e utilizar nesses casos material descartável, particularmente durante anestesia com intubação traqueal, anestesias no neuroeixo e bloqueios periféricos. Todo o material utilizado por esses pacientes deve ser incinerado (a única forma conhecida, no momento, de destruição de prions). Leituras adicionais 1 - Nakamura M, Ogata M, Matsuo Y, Sata T - Anesthetic management of a patient with GerstmannStraussler-Scheinker syndrome (mutation of prion protein).Anesth Analg, 2006;102:1285-6. 2 - Hirsch N, Beckett A, Collinge J, Scaravilli F, Tabrizi S - Lymphocyte contamination of laryngoscope blades—a possible vector for transmission of variant Creutzfeldt-Jakob disease. Anaesthesia, 2005;60:664-7. 3 - Estebe JP - Anesthesia and non-conventional transmissible agents (or prion diseases). Ann Fr Anesth Reanim, 1997;16:955-63. * Fundação Universidade Regional de Blumenau CET Integrado da Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina NOME REGIONAL Alexandre Silva Pinto SAMG Alfredo Cury Rojas SAESP André Perillier Schneider SAESC André Prato Schmidt SARGS Cláudio Roberto Bianco de Carvalho SAESP Édina Rodrigues Teruya SAEMS Emerson Seiberlich Rezende SAMG Fabiano Souza Araújo SAMG Flávia Vieira Guimarães Hartmann SADIF Francisco Otávio Maia Santos SAESP José Maurício da Silva Teixeira SAESP Leandro Fellet Miranda Chaves SAMG Rafael Py Gonçalves Flôres SARGS Ricardo Souza Nani SAESP Romulo Frota Lobo SAEC Tarcísio de Melo Nogueira SAMG Teresinha Maria de Azevedo SAESP Verônica Cândido de Freitas SAEGO Anestesia em revista - maio/junho, 2006 - 25 Sociedade Brasileira de Anestesiologia Calendário Científico 2006 2007 JULHO 40ª JASB – Jornada de Anestesiologia do Sudeste Brasileiro 20 a 22 de julho de 2006 Vitória - ES ABRIL 28 a 30 - 42a JOSULBRA Curitiba - PR NOVEMBRO 10 a 14 - 54º Congresso Brasileiro de Anestesiologia Natal - RN AGOSTO Jornada Paraibana de Anestesiologia 04 e 05 de agosto de 2006 João Pessoa - PB 2008 XVI Jornada Norteriograndense de Anestesiologia IX Jornada de Anestesiologia de Mossoró 18 e 19 de agosto de 2006 Mossoró - RN Jornada de Anestesiologia do Brasil Central 24 a 26 de agosto de 2006 Bonito - MS MARÇO 02 a 07 - 14th World Congress of Anaesthesiologists Cape Town – South Africa Email: [email protected] INTERNET: http://www.wca2008.com NOVEMBRO 15 a 19 - 55º Congresso Brasileiro de Anestesiologia São Paulo - SP SETEMBRO IV ALAGIPE -Encontro dos Anestesiologistas dos Estados de Alagoas e Sergipe 01 a 02 de setembro de 2006 Maceió - AL 2009 NOVEMBRO 56º Congresso Brasileiro de Anestesiologia Salvador - BA XVII Jornada Mineira de Anestesiologia - JOMA 01 a 03 de setembro de 2006 Poços de Calda - MG 2010 XVII Jornada de Anestesiologia do RS 07 a 09 de setembro de 2006 Santana do Livramento - RS NOVEMBRO 57º Congresso Brasileiro de Anestesiologia Gramado - RS XIV Jornada de Anestesiologia do Estado de Pernambuco Jornada de Anestesiologia do Interior de Pernambuco 15 e 16 de setembro de 2006 Recife - PE 2011 NOVEMBRO 58º Congresso Brasileiro de Anestesiologia Fortaleza - CE 20ª JORBA - Jornada Baiana de Anestesiologia 21 a 23 de setembro de 2006 Salvador - BA 2012 40ª Jornada Paulista de Anestesiologia - JOPA 28 de setembro a 01 de outubro 2006 Estância de São Pedro - SP NOVEMBRO 59º Congresso Brasileiro de Anestesiologia A DEFINIR OUTUBRO ASA Annual Meeting 14 a 18 de outubro de 2006 Chicago - USA 2013 NOVEMBRO 53º Congresso Brasileiro de Anestesiologia 3º Congresso de Dor da SBA 2º Congresso de Ressuscitação e Reanimação da SBA 18 a 22 de novembro de 2006 Rio de Janeiro - RJ Associado SBA NOVEMBRO 60º Congresso Brasileiro de Anestesiologia Aracaju - SE Temos recebido dos Correios um grande número de devoluções de correspondências por motivo de mudança de endereço. Caso não esteja recebendo suas publicações, consulte a área reservada aos associados e confira no seu cadastro se existe devolução cadastrada. MANTENHA SEU CADASTRO ATUALIZADO. 26 - Anestesia em rre evista - maio/junho, 2006