INSTITUTO AGRONÔMICO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA TROPICAL E SUBTROPICAL “INTERAÇÃO GENÓTIPOS POR AMBIENTES PARA PRODUTIVIDADE DE GRÃOS, QUALIDADE TECNOLÓGICA E RESISTÊNCIA A PATÓGENOS EM FEIJOEIRO” Cleber Vinicius Giaretta Azevedo Orientador: Dr. Alisson Fernando Chiorato Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Agricultura Tropical e Subtropical, Área de Concentração em Genética, Melhoramento Vegetal e Biotecnologia. Campinas, SP Fevereiro, 2014 ii Aos meus pais Valéria e Cleber, que em nenhum momento mediram esforços para realização dos meus sonhos. A eles devo a pessoa que me tornei, tenho muito orgulho por chamá-los de pai e mãe. DEDICO A minha namorada Letícia, pelos conselhos e companheirismo, estando ao meu lado em todos os momentos, me fazendo feliz e querer ser sempre melhor. OFEREÇO iii “Aprenda como se você fosse viver para sempre. Viva como se você fosse morrer amanhã” Mahatma Gandhi iv AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, pela vida, por estar sempre no meu caminho, iluminando e guiando às escolhas certas. A minha família, que sempre me apoiou em todos os momentos. Ao Dr. Alisson Fernando Chiorato pela orientação, oportunidade, ensinamentos e tempo dedicado para a conclusão deste trabalho. Ao Dr. Sérgio Augusto Morais Carbonell pelo auxilio e sugestões durante o transcorrer do trabalho. A Dra Maria Elisa Ayres Guidetti Zagatto Paterniani pelos ensinamentos, correções e sugestões em minha dissertação. Aos Dr. José Antônio de Fátima Esteves, Dr. João Guilherme Ribeiro Gonçalves, Dra Fátima Bosseti, Msc. Daiana Alves da Silva e Msc. Vinicius Andrade pela ajuda na execução dos experimentos, realização e interpretação das análises estatísticas. Ao Instituto Agronômico – IAC pela oportunidade. A FAPESP pelo financiamento do trabalho e concessão da bolsa de estudos. Aos membros da banca examinadora pela contribuição no trabalho e pela disponibilidade de participação. Aos amigos que sempre estiveram ao meu lado na execução deste trabalho: Aurélio Teixeira, Fábio Belo, Estela Reis de Andrade, Tamires Ribeiro, Rodrigo Lorenzetti Tunes e Graziele Sasseron que também contribuíram durante este período. A coordenadora da Pós Graduação do Instituto Agronômico, Adriana Parada Dias da Silveira, a todos os professores, secretárias, colegas, estagiários do Programa de Melhoramento Genético do Feijoeiro e técnicos de campo pelo apoio e compreensão. A todos que contribuíam diretamente ou indiretamente para que este trabalho pudesse ser realizado. Aos amigos que fiz durante o curso, pela verdadeira amizade que construímos em particular aqueles que estavam sempre ao meu lado. Aos meus amigos da área de Grãos e Fibras do Instituto Agronômico - IAC. Enfim a todas as pessoas que me ajudaram, não poderia deixar de expressar à minha imensa gratidão. v SUMÁRIO LISTA DE SIGLAS ..........................................................................................................................viii LISTA DE TABELAS ........................................................................................................................ ix LISTA DE FIGURAS ......................................................................................................................... xi 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 1 2. REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................................. 2 2.1 ASPECTOS GERAIS DA CULTURA DO FEIJOEIRO ........................................................................... 2 2.2 ENSAIOS DE VALOR DE CULTIVO E USO (VCU) .......................................................................... 2 2.3 RESISTÊNCIA A PATÓGENOS ......................................................................................................... 3 2.4 ANTRACNOSE (COLLETOTRICHUM LINDEMUTHIANUM) ................................................................. 4 2.5 MURCHA DE FUSARIUM (FUSARIUM OXYSPORUM F.SP. PHASEOLI) ................................................ 5 2.6 CRESTAMENTO BACTERIANO (XANTHOMONAS AXONOPODIS PV. PHASEOLI) .................................. 6 2.7 QUALIDADE TECNOLÓGICA DE GRÃOS ........................................................................................ 7 2.8 INTERAÇÃO GENÓTIPOS POR AMBIENTES (GXA) ......................................................................... 9 2.9 ESTRATIFICAÇÃO AMBIENTAL ................................................................................................... 10 2.10 ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE ........................................................................................... 11 3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................... 13 3.1 ENSAIOS DE VCU ...................................................................................................................... 13 3.2 AVALIAÇÃO DE DOENÇAS ......................................................................................................... 15 3.2.1 Antracnose (Colletotrichum lindemuthianum) ......................................................................... 15 3.2.2 Murcha de Fusarium (Fusarium. oxysporum f. sp. phaseoli)................................................... 16 3.2.3 Crestamento Bacteriano (Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli) .......................................... 17 3.3 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE TECNOLÓGICA DOS GRÃOS .......................................................... 19 3.3.1 Análises do Tempo de Cocção dos Grãos ................................................................................ 19 3.3.2 Absorção de Água Antes do Cozimento (PEANC), Absorção de Água Após Cozimento e Porcentagem de Grãos Inteiros (PGI) ................................................................................................ 20 3.3.3 Avaliação da Coloração do Tegumento.................................................................................... 20 vi 3.3.4 Avaliação da Porcentagem de Proteína nos Grãos ................................................................... 21 3.4 ANÁLISES ESTATÍSTICAS DOS DADOS ........................................................................................ 22 3.4.1 Análise de Variância Individual e Conjunta ............................................................................. 22 3.4.2 Estratificação Ambiental .......................................................................................................... 22 3.4.3 Adaptabilidade e Estabilidade .................................................................................................. 26 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................ 28 4.1 AVALIAÇÃO DE DOENÇAS ......................................................................................................... 28 4.1.1 Antracnose (Colletotrichum lindemuthianum) ......................................................................... 28 4.1.2 Murcha de Fusarium (Fusarium oxysporum f. sp, phaseoli).................................................... 29 4.1.3 Crestamento Bacteriano (Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli) .......................................... 30 4.2 ANÁLISES DOS DADOS ............................................................................................................... 31 4.3 QUALIDADE TECNOLÓGICA ....................................................................................................... 33 4.4 PRODUTIVIDADE DE GRÃOS ....................................................................................................... 40 4.5 ESTRATIFICAÇÃO AMBIENTAL ................................................................................................... 41 4.6 ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE ........................................................................................... 51 5. CONCLUSÕES ...................................................................................................................... 60 6. REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 61 7. ANEXOS ................................................................................................................................ 70 vii LISTA DE SIGLAS VCU – VALOR DE CULTIVO E USO GxA – Genótipo x Ambiente AF – Análise de Fatores TC – Tempo de cozimento PEANC – Porcentagem de embebição antes do cozimento PEAPC – Porcentagem de embebição após o cozimento PGI – Porcentagem de grãos inteiros PROT – Porcentagem de proteína PROD – Produtividade em kg.ha-1 CBA.11 – Capão Bonito – Safra das águas de 2011 MOA.11 – Mococa – Safra das águas de 2011 TQS.12 – Taquarituba – Safra da seca de 2012 AVS.12 – Avaré – Safra da seca de 2012 MOS.12 – Mococa – Safra da seca de 2012 VTI.12 – Votuporanga – Safra de inverno de 2012 RPI.12 – Ribeirão Preto – Safra de inverno de 2012 COI.12 – Colina – Safra de inverno de 2012 ANI.12 – Andradina – Safra de inverno de 2012 CBA.12 – Capão Bonito – Safra das águas de 2012 ITA.12 – Itararé – Safra das águas de 2012 TQA.12 – Taquarituba – Safra das águas de 2012 MOS.13 – Mococa – Safra da seca de 2013 ITS.13 – Itararé – Safra da seca de 2013 ARS.13 – Araras – Safra da seca de 2013 TQS.13 – Taquarituba – Safra da seca de 2013 ANI.13 – Andradina – Safra de inverno de 2013 VTI.13 – Votuporanda – Safra de inverno de 2013 RPI.13 – Ribeirão Preto – Safra de inverno de 2013 viii LISTA DE TABELAS Tabela 1. Relação dos 27 genótipos de feijoeiro avaliados nos ensaios de VCU para os anos agrícolas 2011/2012 e 2013, no estado de São Paulo. .................................................... 14 Tabela 2. Municípios utilizados para condução dos ensaios de acordo com a safra e suas respectivas latitudes e altitudes .......................................................................................................... 14 Tabela 3. Avaliação da reação de resistência dos genótipos de feijoeiro ao patógeno Colletotrichum lindemuthianum. .............................................................................................................. 29 Tabela 4. Avaliação da reação de resistência dos genótipos de feijoeiro ao patógeno Fusarium oxysporum f. sp, phaseoli. ............................................................................................... 30 Tabela 5. Avaliação da reação de resistência dos genótipos de feijoeiro ao patógeno Xanthomonas axonopodis. pv, phaseoli. ................................................................................................ 31 Tabela 6. Resumo da análise de variância conjunta dos 27 genótipos de feijoeiro cultivados em 19 locais do estado de São Paulo por safra e geral. ............................................................. 32 Tabela 7. Avaliação de colorimetria (L*) para grãos de tegumento carioca. ................................... 34 Tabela 8. Avaliação de colorimetria (L*) para grãos de tegumento preto. ....................................... 34 Tabela 9. Estimativa de médias das avaliações de qualidade tecnológica tempo de cozimento, porcentagem de embebição antes do cozimento (PEAPC), porcentagem de embebição após o cozimento (PEAPC), porcentagem de grãos inteiros (PGI) e teor de proteína bruta (PROT) para safra das águas. ................................................................................. 35 Tabela 10. Médias das avaliações para tempo de cozimento, porcentagem de embebição antes do cozimento (PEAPC), porcentagem de embebição após o cozimento (PEAPC), porcentagem de grãos inteiros (PGI) e teor de proteína bruta (PROT) para safra da seca. ......................................................................................................................................... 36 Tabela 11. Médias das avaliações para tempo de cozimento, porcentagem de embebição antes do cozimento (PEAPC), porcentagem de embebição após o cozimento (PEAPC), porcentagem de grãos inteiros (PGI) e teor de proteína bruta (PROT) para safra de inverno............................................................................................................................. 37 Tabela 12. Médias das avaliações de qualidade tecnológica tempo de cozimento, porcentagem de embebição antes do cozimento (PEAPC), porcentagem de embebição após o cozimento (PEAPC), porcentagem de grãos inteiros (PGI) e teor de proteína bruta (PROT). ........ 39 Tabela 13. Produtividade média dos genótipos em kg.ha-1 por safra e geral para todos ambientes. 41 Tabela 14. Porcentagem da parte simples da interação genótipo x ambiente para a variável produção de grãos. .......................................................................................................... 42 Tabela 15. Estratificação ambiental para produtividade por meio da analise de fatores, com 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 19 ambientes no estado de São Paulo. ................... 44 ix Tabela 16. Porcentagem da parte simples da interação genótipo x ambiente para a variável coloração do tegumento dos grãos. ................................................................................. 46 Tabela 17. Estratificação ambiental para coloração do tegumento por meio da analise de fatores, com 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 19 ambientes no estado de São Paulo. ...... 47 Tabela 18. Porcentagem da parte simples da interação genótipo x ambiente para a variável porcentagem de proteína nos grãos. ................................................................................ 48 Tabela 19. Estratificação ambiental para porcentagem de proteína nos grãos por meio da analise de fatores, com 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 19 ambientes no estado de São Paulo. ............................................................................................................................... 49 Tabela 20. Porcentagem da parte simples da interação genótipo x ambiente para a variável tempo médio de cozimento dos grãos. ....................................................................................... 50 Tabela 21. Estratificação ambiental para tempo de cozimento dos grãos por meio da analise de fatores, com 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 19 ambientes no estado de São Paulo. ............................................................................................................................... 51 Tabela 23. Estimativas de parâmetros de estabilidade multivariada (Pi) de acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) e média em kg.ha-1 para 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 5 ambientes no estado de São Paulo na safra das águas. ............................................................................................................................... 55 Tabela 24. Estimativas de parâmetros de estabilidade multivariada (Pi) de acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) e média em kg.ha-1 para 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 7 ambientes no estado de São Paulo na safra da seca. ................................................................................................................................. 56 Tabela 25. Estimativas de parâmetros de estabilidade multivariada (Pi) de acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) e média em kg.ha-1 para 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 7 ambientes no estado de São Paulo na safra de inverno............................................................................................................................. 57 Tabela 26. Estimativas de parâmetros de estabilidade multivariada de acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) para 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 7 ambientes no estado de São Paulo considerando todas safras. .............................. 58 x LISTA DE FIGURAS Figura 1. Procedimentos realizados para inoculação de C. lindemuthianum em 27 genótipos de feijoeiro. .......................................................................................................................... 16 Figura 2. Inoculação de Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli pelo método de imersão dipping (COSTA et al., 1989). ..................................................................................................... 17 Figura 3. Plantas de feijoeiro resistentes (a esquerda), intermediarias (no centro) e suscetível (a direita) ao Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli. ............................................................. 17 Figura 4. Inoculação de Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli pelo método agulhas múltiplas (POMPEU et al. 1973). ................................................................................................... 18 Figura 5. Plantas de feijoeiro resistente (a esquerda), intermediaria (no centro) e suscetível (a direita) a Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. .......................................................... 19 Figura 6. Análise de tempo de cozimento por meio do Cozedor de Mattson. ................................. 19 Figura 7. Colorímetro Minolta® - CR 410 ....................................................................................... 21 Figura 8. Análise gráfica da adaptabilidade de 27 genótipos de feijoeiro, por meio da análise de fatores, considerando os ambientes contidos nos fatores 1 e 2. ...................................... 52 Figura 9. Análise gráfica da adaptabilidade de 27 genótipos de feijoeiro, por meio da análise de fatores, considerando os ambientes contidos nos fatores 3 e 4. ...................................... 53 xi LISTA DE ANEXOS Anexo 1. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Capão Bonito na safra das águas de 2011 ......................................................................... 70 Anexo 2. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Mococa na safra das águas de 2011 .................................................................................. 71 Anexo 3. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Capão Bonito na safra das águas de 2012. ........................................................................ 72 Anexo 4. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Itararé na safra das águas de 2012. .................................................................................... 73 Anexo 5. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Taquarituba na safra das águas de 2012. ........................................................................... 74 Anexo 6. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Andradina na safra de inverno de 2012. ............................................................................ 75 Anexo 7. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Colina na safra de inverno de 2012. .................................................................................. 76 Anexo 8. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Ribeirão Preto na safra de inverno de 2012....................................................................... 77 Anexo 9. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Votuporanga na safra de inverno de 2012. ........................................................................ 78 Anexo 10. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Avaré na safra da seca de 2012. ........................................................................................ 79 Anexo 11. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Mococa na safra da seca de 2012. ..................................................................................... 80 Anexo 12. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Taquarituba na safra da seca de 2012. ............................................................................... 81 Anexo 13. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Andradina na safra de inverno de 2013. ............................................................................ 82 Anexo 14. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Ribeirão Preto na safra de inverno de 2013....................................................................... 83 Anexo 15. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Votuporanga na safra de inverno de 2013. ........................................................................ 84 Anexo 16. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Araras na safra da seca de 2013. ....................................................................................... 85 xii Anexo 17. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Itararé na safra da seca de 2013. ........................................................................................ 86 Anexo 18. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Mococa na safra da seca de 2013. ..................................................................................... 87 Anexo 19. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Taquarituba na safra da seca de 2013. ............................................................................... 88 Anexo 20. Estimativas de correlação de Pearson entre as variáveis TC, PEANC, PEAPC, PGI, PROT, COR e PROD ........................................................................................................ 88 Anexo 21. Estimativas de parâmetros da estabilidade de produção de grãosde acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) para 27 genótipos de feijoeiro avaliados na safra das águas no estado de São Paulo. ....................................................... 89 Anexo 22. Estimativas de parâmetros da estabilidade de produção de grãosde acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) para 27 genótipos de feijoeiro avaliados na safra da seca no estado de São Paulo. ........................................................... 90 Anexo 23. Estimativas de parâmetros da estabilidade de produção de grãosde acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) para 27 genótipos de feijoeiro avaliados na safra de inverno no estado de São Paulo. ..................................................... 91 Anexo 24. Estimativas de parâmetros da estabilidade de produção de grãosde acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) para 27 genótipos de feijoeiro avaliados no estado de São Paulo em três safras. .............................................................. 92 xiii Interação genótipos por ambientes para produtividade de grãos, qualidade tecnológica e resistência a patógenos em feijoeiro RESUMO O objetivo do trabalho foi avaliar 27 genótipos de feijoeiro nos ensaios de Valor de Cultivo e Uso VCU realizados pelo Instituto Agronômico – IAC em diferentes ambientes no estado de São Paulo. Os genótipos foram avaliados para a produtividade de grãos, reação de resistência à patógenos e qualidade tecnológica dos grãos, estimando-se também os efeitos da interação GxA para indicação do genótipo mais adaptado as diferentes condições de cultivo. Por meio de inoculações artificiais, os genótipos foram avaliados para os patógenos da antracnose, murcha de fusarium e crestamento bacteriano. Para qualidade tecnológica foram realizados os testes de tempo de cozimento (TC), porcentagem de embebição antes e após o cozimento (PEANC e PEAPC), porcentagem de grãos inteiros após cozimento (PGI), teor de proteína bruta (PROT) e coloração do tegumento (COR). Os efeitos da interação GxA foram estimados por meio da decomposição da parte simples da interação GxA e estratificação de ambientes por meio da análise de fatores. Também foram realizadas análises de adaptabilidade e estabilidade pelo método de LIN E BINNS (1988) modificado por Carneiro (1998). Para as avaliações de reação de resistência aos patógenos foi observado que os genótipos CNFC 10762, LP 09-40, MAII – 2, IAC – Una, Gen PR 14-2-10-1-2, Gen PR 14-2-2-1-1 e BRS Madrepérola foram resistentes à antracnose. Os genótipos Gen C 4-7-7-2-2, LP 09-40, CNFC 10729, Gen PR 14-2-2-1-1, LP 08-90 e SM 1810 foram resistentes à murcha de fusarium e os genótipos LP 07-80, LP 08-90, LP 09-192 e SM 1810 foram resistentes ao crestamento bacteriano. Observou-se que a maior parte da interação GxA para produtividade, PROT e TC foi do tipo complexa, sendo possível o agrupamento de alguns ambientes por meio da análise de fatores. Para COR foi observado que a maior parte da interação GxA foi do tipo simples, sendo agrupado a maioria dos ambientes em apenas um grupo por meio da análise de fatores. Nas análises de adaptabilidade e estabilidade foi observado que a utilização apenas da produtividade de grãos fornece resultados mais robustos sobre o genótipo de melhor desempenho quando comparado à análise de adaptabilidade e estabilidade com diversas variáveis. Dentre os genótipos de tegumento carioca os mais estáveis foram LP 09-40 e LP 07-80 e para os genótipos de tegumento preto foram CNFP 10794 e LP 09-192. Considerando que para a correta indicação de um genótipo de feijoeiro deve-se levar em consideração outras características além da produtividade de grãos, observou-se que os genótipos superiores que reuniram estabilidade produtiva, alta qualidade tecnológica dos grãos e resistência a doenças foram LP 09-40, CNFC 10762 e Gen C 4-7-7-2-2 para genótipos de tegumento carioca e CNFP 10794, LP 09-192 para genótipos de tegumento preto. Palavras-chave: Phaseolus vulgaris L., adaptabilidade e estabilidade, proteína bruta, tempo de cozimento, proteína bruta xiv Genotype by environment’s interaction of the production of grain, technological quality and pathogens resistance of commom bean ABSTRACT The objective of this study was to evaluate 27 common bean genotypes in trials of Value Cultivation and Use - VCU conducted by the Agronomic Institute - IAC in different environments in the state of São Paulo. The genotypes were evaluated for the grain yield, reaction of resistance to pathogens and technological quality of grain, also estimating the effects of GxE interaction for indication of the most adapted genotype to different growing conditions. By artificial inoculation, the genotypes were evaluated for the anthracnose pathogen, wilt fusarium and bacterial blight. For the technological quality it was conducted cooking time test (TC), imbibition percentage before and after cooking (PEANC and PEAPC), percentage of whole grains after cooking (PGI), row protein level (PROT) and tegument coloration (COR). The effects of the GxE interaction were estimated through the decomposition of the GxE´s simplest part interaction and environments stratification through factor analysis. Adaptability and stability analysis by the method of Lin and Binns (1988) modified by Carneiro (1998) were also performed. For evaluations of the resistance reactions to pathogens it was observed that genotypes CNFC 10762 , LP 09-40 , Maii - 2 , IAC Una , Gen PR 14-2-10-1-2 , Gen PR 14-2-2-1-1 and BRS Madrepérola were resistant to anthracnose. The genotypes Gen C 4-7-7-2-2 , LP 09-40 , CNFC 10729 , Gen PR 14-2-2-1-1 , SM 1810 LP 08-90 were resistant to fusarium wilt and genotypes LP 07-80 , LP 08-90 , LP 09-192 and SM 1810 were resistant to bacterial blight. It was observed that most part of the GxE for productivity, PROT and TC were the complex type, making possible the grouping of some environments through factors analysis. For COR it was observed that the biggest part of the GxE interaction was considered simple type, which was grouped to the majority of envirouments in only one group by fator analysis. In the analyzes of adaptability and stability it has been observed that the use of only the productivity parameters provide more robust results about the genotype of best performance when compared to analysis of stability and adaptability to different variables. Among varieties of carioca integument the most stable were LP 09-40 and LP 07-80 and for the black integument genotypes were CNFP 10794 and LP 09-192. Considering that for the correct FEIJOEIRO genotype indication, one should take into account some other characteristics besides grain yield, it was observed that superior genotypes that put together yield stability , high technological grain quality and disease resistance were LP 09-40 , CNFC 10762 and Gen C 4-7-7-2-2 for genotypes carioca integument and CNFP 10794 , LP 09-192 genotypes for black coat . Key words: Phaseolus vulgaris L., adaptability and stability, raw protein, cooking time xv 1. INTRODUÇÃO Para uma nova cultivar de feijoeiro (Phaseolus vulgaris L.) ser aceita no mercado é necessário que o genótipo indicado reúna características desejáveis para os produtores e para o mercado consumidor. Neste sentido, os programas de melhoramento genético de feijoeiro visam à seleção de genótipos que apresentem características agronômicas desejáveis, como por exemplo, alta produtividade de grãos, resistência aos principais patógenos da cultura e arquitetura de plantas para colheita mecanizada, além das características relativas à qualidade tecnológica dos grãos, como maior teor de nutrientes, menor tempo de cozimento, coloração clara do tegumento para feijões cariocas e grãos mais graúdos. No melhoramento genético de plantas autógamas, as etapas iniciais de seleção dos genótipos normalmente são realizadas em apenas um ambiente devido a baixa quantidade de sementes, onde desta forma a manifestação fenotípica é o resultado da ação do genótipo sob influência deste meio. Entretanto, quando se considera uma série de ambientes distintos, sendo esta, situação comum aos produtores, observa-se além dos efeitos genéticos e ambientais, um efeito adicional, proporcionado pela interação destes (CRUZ et al. 2004). Segundo RESENDE (2007), o efeito da interação GxA é decorrente do comportamento diferencial dos genótipos nos diferentes ambientes de cultivo e pode indicar que o melhor indivíduo em um ambiente pode não sê-lo em outro. Assim, este pode ser um complicador na seleção e indicação de novas cultivares, se não for considerado adequadamente. Neste sentido, na etapa final do desenvolvimento de cultivares é necessário um estudo detalhado do desempenho dos genótipos em diversos ambientes, para avaliar a magnitude e significância da interação GxA, fornecendo subsídios que possibilitem adotar procedimentos para sua minimização e, ou, seu aproveitamento (CRUZ et al. 2004). Estas avaliações são denominadas “ensaios de VCU” e são indispensáveis para o registro nacional de cultivares (RNC) junto ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) para testar os genótipos nas diferentes condições edafoclimáticas que serão recomendados, sendo assim possível selecionar genótipos mais adaptados e que sofram menos com a interação GxA. Do exposto, este trabalho teve o objetivo de avaliar 27 genótipos de feijoeiro pertencentes aos ensaios de VCU realizados nos anos agrícolas de 2011, 2012 e 2013 em diferentes municípios do estado de São Paulo para estimar a interação GxA para a produtividade de grãos e qualidade tecnológica por meio de análises de estratificação ambiental, avaliar a eficiência dos métodos de estabilidade fenotípica, e também a reação de resistência dos genótipos aos patógenos: Colletotrichum lindemuthianum, Fusarium oxysporum e Xanthomonas axonopodis por meio de inoculações artificiais em laboratório. 1 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 ASPECTOS GERAIS DA CULTURA DO FEIJOEIRO O feijão é uma espécie pertencente a família Leguminosae, gênero Phaseolus, e classificado como Phaseolus vulgaris L. (SANTOS E GAVILANES, 1998). É uma planta predominantemente autógama, de ciclo anual, originária do continente americano, porém sem centro de origem específico, sendo considerado apenas dois locais de domesticação, Andino e Mesoamericano. O Brasil se destaca entre os maiores produtores e consumidores mundiais de feijão, tendo produzido no ano de 2013 cerca de 3,384 milhões de toneladas de grãos, onde este, é cultivado em praticamente todo o território, em uma área total estimada de 3,129 milhões de ha-1 (CONAB, 2014). Esta produção está concentrada principalmente nos estados do Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Goias e São Paulo os quais respondem por 70% da produção nacional. De acordo com o zoneamento agrícola da cultura, no estado de São Paulo o cultivo concentra principalmente em três safras, sendo: safra “das águas”, onde a semeadura é realizada predominantemente entre os meses de agosto e setembro, safra “da seca”, realizada entre os meses de janeiro e fevereiro e o cultivo de “inverno”, semeando-se entre os meses de abril e maio (CONAB, 2014). Embora o Brasil se enquadre entre os maiores produtores mundiais de feijão, a produtividade brasileira, estimada em 1.082 kg.ha-1 é considerada baixa frente ao potencial de produção da cultura, sendo que em algumas regiões de cultivo nos estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Goiás, têm alcançado produtividade acima de 3.000 kg.ha-1 (IBGE, 2012). Segundo ZUCARELI et al. (2011), os principais fatores responsáveis por este baixo rendimento são o uso de manejos culturais inadequados, incidência de pragas e doenças, uso de sementes de baixa qualidade fisiológica e sanitária, pouco uso de insumos agrícolas como corretivos e fertilizantes, além de problemas climáticos. 2.2 ENSAIOS DE VALOR DE CULTIVO E USO (VCU) De acordo com a instrução normativa n° 25, de 23 de maio de 2006, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), para serem lançadas novas cultivares de feijoeiro no mercado, os genótipos devem ser testadas por um mínimo de dois anos, três locais por região e safra representativas à cultura (MAPA, 2006). Estes ensaios são denominados como “ensaios de VCU” (Valor de Cultivo e Uso) e propõem os métodos de campo e laboratório para avaliação destas cultivares e linhagens. A importância destes ensaios é para obtenção de informações biológicas sobre o 2 comportamento das cultivares nos ambientes em que estes serão recomendados, sendo também, uma etapa indispensável para o registro nacional de cultivares (RNC) junto ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA). Estas avaliações fazem parte da etapa final no desenvolvimento de uma nova cultivar e visam proteger o agricultor da venda indiscriminada de sementes e mudas de cultivares que não tenham sido testadas e validadas nas condições edafoclimáticas de exploração agrícola no Brasil (MAPA, 2006). Além das avaliações agronômicas referentes à produtividade de grãos e resistência a patógenos, a partir de 1999, de acordo com a Portaria 294 de 14 de outubro de 1998, testes de qualidade tecnológica também passaram a ser exigidos para o registro de novas cultivares de feijoeiro junto ao MAPA, para sua inscrição no sistema de comercialização de sementes no Brasil. Atualmente, os principais parâmetros de qualidade dos grãos exigidos são a determinação do tempo médio de cozimento e do teor médio de proteína dos genótipos que estejam inseridos nos ensaios de VCU. Neste sentido, o Programa de Melhoramento Genético do Feijoeiro do Instituto Agronômico – IAC é responsável pela realização dos ensaios de VCU no Estado de São Paulo, onde em parceria com outros institutos de pesquisa é realizada a avaliação de linhagens e cultivares de diversas regiões do país. 2.3 RESISTÊNCIA A PATÓGENOS Dentre os fatores que contribuem para a instabilidade de produção e a baixa produtividade do feijoeiro, MIKLAS et al. (2006) salientaram que o principal estresse biótico que afeta a produtividade de grãos de feijoeiro no país, é a ocorrência de doenças causadas por vírus, fungos e bactérias. Citam-se mais de 45 patógenos de maior ou menor importância incidindo sobre o feijoeiro. Entre as mais comuns no Brasil, estão: antracnose (Colletotrichum lindemuthianum), mancha-angular (Pseudocercospora griseola), ferrugem (Uromyces appendiculatus), mofo branco (Sclerotinia sclerotiorum), oídio (Erysiphe polygoni) e murcha de fusarium (Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli), causadas por fungos, crestamento bacteriano (Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli), murcha de curtobacterium causada pela Curtobacterium flaccumfaciens pv. flaccumfacienalém e mosaico dourado causado por vírus do grupo dos geminivírus (PAULA JUNIOR E ZAMBOLIM, 2006). De acordo com PIZA et. al. (1993), existem diversas medidas fitossanitárias que podem ser adotadas para o manejo destas doenças, contudo a utilização de cultivares resistentes é a mais eficiente e menos onerosa para o agricultor, sendo desta forma um dos principais objetivos dos programas de melhoramento genético no Brasil e no mundo. 3 2.4 ANTRACNOSE (Colletotrichum lindemuthianum) A antracnose é amplamente distribuída nos estados brasileiros, ocorrendo principalmente em áreas serranas onde a temperatura moderada favorece o seu desenvolvimento, como é o caso dos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais, sendo de menor importância em regiões mais secas e quentes (VIEIRA et al. 2005). A doença é favorecida por temperaturas entre 13 e 27 °C, com ótimo a 21 °C e umidade relativa acima de 91%. Os conídios germinam entre seis e nove horas sob condições favoráveis, penetrando mecanicamente na cutícula e epiderme do hospedeiro, sendo que os sintomas aparecem a partir de seis dias após o inicio da infecção (PASTOR CORRALES E TU, 1994). Os sintomas da antracnose podem ser observados em qualquer órgão da parte aérea da planta e a disseminação do fungo ocorre principalmente por meio de respingos de água da chuva e irrigação. Estudos relatam que a maior incidência deste patógeno ocorre na safra da seca, devido às temperaturas amenas e ao uso da irrigação por aspersão (GARCIA, 1998; PINTO et al. 2001). Para o controle da antracnose do feijoeiro devem ser utilizadas as práticas culturais como a utilização de sementes sadias, rotação de culturas com plantas não hospedeiras, controle químico e principalmente a utilização de cultivares resistentes. Entretanto, a obtenção de genótipos resistentes ao C. lindemuthianum é dificultado pela existência de grande número de raças, sendo mais de 50 raças foram identificadas no Brasil (SILVA et al. 2007). Segundo LANZA et al. (1997) a raça 81 é considerada de ocorrência frequente nas regiões produtoras do estado de Minas Gerais e CARBONELL et al (1999) cita as raças 31, 65 e 81 sendo as mais disseminadas do estado de São Paulo. CHIORATO et al. (2006), relataram a raça 65 como a mais disseminada no Brasil, reforçando assim a importância da identificação e recomendação de genótipos superiores e resistentes a estas raças. Melhor compreensão sobre a estrutura populacional de C. lindemuthium é sugerida como estratégia fundamental para a incorporação de resistência à antracnose do feijoeiro (BALARDIN E KELLY, 1998; MAHUKU et al. 2002). De acordo com SINGH E SCHWARTZ (2010), o controle genético da resistência ao C. lindemuthianum, tem sido estudado por diversos autores e embora existam duvidas a respeito do número de genes envolvidos, sabe-se que ele é grande, sendo assim uma resistência complexa. Uma relação de genes já descritos e a fonte de resistência são apresentadas nos trabalhos de GONÇALVES-VIDIGAL (2011) e SINGH E SCHWARTZ (2010), onde os autores demonstraram que existe variabilidade genética para resistência à antracnose, o que permite inferir que é possível obter genótipos resistentes. Entretanto, o patógeno também apresenta variabilidade, assim, a 4 resistência obtida nem sempre é duradoura ou eficiente em todas as regiões de cultivo. 2.5 MURCHA DE FUSARIUM (FUSARIUM OXYSPORUM F.SP. PHASEOLI) A murcha de fusarium causada pelo fungo Fusarium oxysporum f.sp. phaseoli destaca-se como uma severa doença vascular, identificada em diversas regiões produtoras do mundo (PASTOR-CORRALES E ABAWI, 1987; BURUCHARA E CAMACHO, 2000). No Brasil existem relatos que esta doença é disseminada em diversas regiões produtoras por todo o país. (COSTA et al. 1993; BALARDIN et al. 1990) A infecção de F. oxysporum pode ocorrer em qualquer época do ciclo da planta e sua incidência ocorre em reboleiras. (MOHAN et al. 1983). As plantas infectadas são identificadas pelo sintoma de murcha, amarelecimento progressivo e senescência prematura (BIANCHINI et al. 2005). Este fungo habita o solo e vive saprofiticamente sobre a matéria orgânica e restos culturais, podendo sobreviver por vários anos na forma de clamidosporos (MOHAN et al 1983). A temperatura ótima para o desenvolvimento da doença é de 20 °C, e sua disseminação ocorre principalmente por meio de sementes contaminadas, pela água e pelo vento, que transportam partículas de solo infestadas. Segundo SARTORATO E RAVA (1994), uma vez introduzido o patógeno na área, seu controle por meio de práticas culturais é dificultado, sendo a prática mais viável e eficaz o uso de cultivares resistentes. Na literatura foram encontrados diversos trabalhos de avaliação da reação a este patógeno, com diferenças entre os resultados obtidos entre eles, PEREIRA et al. (2011), em seus estudos com 349 genótipos de feijoeiro encontraram 134 genótipos resistentes (36%). A maior proporção foi observada por RAVA et al. (1996) que encontraram 50% dos genótipos resistentes, entretanto seu estudo contou com apenas 12 genótipos. Em contrapartida, ROCHA JUNIOR et al. (1998) avaliando 169 genótipos constatou que 155 (92%) deles foram suscetíveis. PEREIRA et al. (2011), ressaltaram que muitas das linhagens de feijoeiro recomendadas para semeadura nos estados brasileiros apresentam alta suscetibilidade a este patógeno, entretanto evidenciaram alta herdabilidade (h2=87%), indicando que a princípio, é esperado sucesso com a seleção para este caráter. Há relatos de que o alelo dominante do gene Fop 1, confere resistência à raça 2 de Fusarium, também denominada de “Brasileira” (RIBEIRO E HAGEDORN, 1979). Também utilizando linhagens brasileiras, Pereira (2009), evidenciaram que o controle da resistência é monogênico. Entretanto, a existência de outros genes de efeito menor não deve ser descartada, em razão da ampla variação na expressão fenotípica (PEREIRA 2008). 5 2.6 CRESTAMENTO BACTERIANO (XANTHOMONAS AXONOPODIS PV. PHASEOLI) O crestamento bacteriano comum, causado pela bactéria Xanthomonas axonopodis pv. Phaseoli, é uma das principais doenças do feijoeiro em diversos países, sendo responsável por prejuízos consideráveis à cultura, devido a agressividade e dificuldade de controle do patógeno (SARTORATO E RAVA 1994; SAETTLER, 2005). Esta doença é transmitida principalmente por sementes contaminadas, afetando toda a aérea do feijoeiro dentro da lavoura, além disso, restos culturais contaminados como também respingos de água e vento são importantes disseminadores do patógeno. Segundo DIAZ et al. (2001), esta doença pode causar perdas superiores a 60% da produção, sob condições favoráveis, devido a desfolha severa e formação de grãos chochos e de má qualidade. Temperaturas altas e alta umidade são condições favoráveis a X. axonopodis, sendo assim, normalmente de maior importância na safra das águas, principalmente em regiões de clima quente (BIANCHINI et al. 2005). A bactéria X. axonopodis, sobrevive em diferentes formas. Em sementes, pode resistir por períodos variáveis de 2 a 15 anos, podendo estar localizada interna ou externamente, sem perder sua patogenicidade. A sobrevivência em restos culturais infectados no solo é variável em função das condições climáticas. Trabalhos desenvolvidos sob condições de campo, no estado do Paraná, evidenciaram a sobrevivência desta bactéria por um período variável de 45 a 180 dias, em folhas doentes sob a superfície do solo (BIANCHINI et al. 2005). Os sintomas do crestamento bacteriano manifestam-se em toda a parte aérea da planta, caracterizando-se inicialmente por pequenas áreas encharcadas, que crescem rapidamente de tamanho e progridem para áreas necróticas (EMBRAPA, 2014). Temperatura e umidade elevadas favorecem o desenvolvimento da doença, sendo que sob condições controladas, plantas incubadas a 28 °C desenvolvem os sintomas cerca de após nove dias após a inoculação (BIANCHINI et al. 2005). O controle da doença é realizado por meio da adoção simultânea de várias medidas. O emprego de sementes de boa qualidade sanitária é imprescindível, além disso, a rotação com culturas não hospedeiras, a incorporação de restos culturais contaminados, o controle de insetos disseminadores desta bactéria e a utilização de cultivares resistentes são algumas práticas que podem ser adotadas no manejo desta doença (ZANATTA et al. 2007). Diversos autores ressaltam a dificuldade na obtenção de genótipos resistentes a este patógeno. DURSUN et al (2002), avaliando 22 genótipos de feijoeiro encontrou apenas 1 resistente, RAVA et al (1990) obteve apenas 8 genótipos resistentes entre 60 genótipos avaliados. Contudo 6 SILVA (2009), classificou 21 genótipos com resistência de um total de 56 avaliados. Segundo SANTOS et al. (2003), não há disponibilidade de cultivares comerciais de feijoeiro com alto nível de resistência a este patógeno, enfatizando a necessidade de mais estudos relativos a esta doença. 2.7 QUALIDADE TECNOLÓGICA DE GRÃOS As características denominadas de qualidade tecnológica de grãos são relativas às exigências do mercado consumidor, aos que interessam apenas os aspectos relacionados com os grãos, como cor, tamanho, forma, baixo tempo de cozimento, caldo espesso, sabor e nutrientes (BASSINELLO et al. 2003). Um aspecto importante da cultura do feijoeiro são suas características nutricionais, sendo um alimento básico da população brasileira rico em carboidratos, fibras, minerais, vitaminas do complexo B e principal fonte de proteína de origem vegetal consumida (MESQUITA et al. 2007). Neste sentido, é crescente o interesse no melhoramento de feijoeiro para as características relativas à qualidade tecnológica dos grãos, como por exemplo, o menor tempo de cozimento, coloração adequada do tegumento e maiores teores de nutrientes. No que diz respeito ao tempo de cozimento, encontra-se na literatura diversos trabalhos que relatam a presença de variabilidade para esta característica, com valores entre 21 e 40 minutos (RODRIGUES et al. 2005), de 15 a 25 minutos (LEMOS et al. 2004), de 35 a 45 minutos (RAMOS JUNIOR et al. 2005) e 22 a 139 minutos (RIBEIRO et al. 2005), sendo assim possível a seleção de genótipos superiores para esta característica. COSTA et al. (2001), avaliaram a variabilidade genética para absorção de água em 100 genótipos do Banco de Germoplasma da Universidade Federal de Lavras (UFLA), como indicativo do tempo de cozimento, cujas sementes permaneceram em embebição por quatro horas, sendo logo após esse período estimada a porcentagem de água absorvida. Os autores constataram ampla variação na capacidade de absorção de água dos genótipos, destacando-se os genótipos IAC - Aruã, CI-107 e Ouro Negro. Embora existam diversos trabalhos que sugerem a existência de variabilidade genética para tempo de cozimento e absorção de água, poucos relacionam o tipo de controle genético desses caracteres. Um dos trabalhos mais completos realizados a este respeito foi o de ELIA et al. (1996), onde foram utilizaram 16 genótipos de feijoeiro, diferindo na capacidade de absorção de água e no tempo de cozimento. Segundo os autores existe variabilidade genética para esta característica, sendo que a variância genética observada foi predominantemente do tipo aditiva. Além disso, os valores 7 das estimativas de herdabilidade foram altos, indicando a possibilidade de sucesso para seleção de genótipos superiores para estas características. Em relação à variação do teor de proteínas, esta característica não depende apenas da expressão genética que controla a síntese e o acúmulo de frações específicas de proteínas, mas também de genes que controlam outros fatores, como aquisição de nutrientes, vigor da planta, maturação, tamanho da semente, síntese e acúmulo de amido na semente (OSBORN, 1988). Há evidências também, de que, além da própria cultivar, o conteúdo proteico dos feijões pode ser influenciado por fatores climáticos e pelo local de cultivo (FARINELLI, 2006). Segundo RIBEIRO et al. (2005), os teores de proteína encontrados em grãos de feijão variam de 18 a 31%, dependendo do genótipo avaliado. O controle genético do teor de proteína nos grãos é complexo, sendo que a variação do teor de proteína não depende somente do gene que controla sua síntese e acumulação, mas também de genes que controlam outros fatores, tais como a absorção de nutrientes, maturação, rendimento e da quantidade de adubação nitrogenada durante o cultivo. A composição de proteínas nos grãos, também pode ser alterada em função do genótipo, ambiente e da interação genótipos por ambientes (BURATTO et al. 2009, RIBEIRO, 2010) Consequentemente observa-se variação nos teores de minerais em cultivares e linhagens avaliadas em diferentes locais, anos e safras. Contudo, os mesmos autores citam a existência de variabilidade genética para características de qualidade nutricional em grãos de feijão, sendo possível assim a obtenção de genótipos promissores por meio do melhoramento genético. Outro problema relativo à seleção de genótipos com altos teores de proteína é a correlação negativa deste caráter com o rendimento de grãos por planta (MELLO FILHO et al. 2004), corroborado por LEMOS et al. (2004) citaram que genótipos de feijoeiro com produtividade de grãos abaixo da media experimental apresentaram os maiores teores de proteína bruta. Com relação à coloração de tegumento, o consumidor de feijão no Brasil tem diferentes exigências de acordo com a região. O feijão de tegumento preto é consumido nos estados da região sul,Rio de Janeiro, na região da Zona da Mata em Minas Gerais, bem como no Distrito Federal. No nordeste a preferencia é por feijão do grupo mulatinho. Contudo, a preferencia por grãos tipo carioca corresponde cerca de 70% do total consumido no Brasil (RAMALHO E ABREU, 2006). Mais de 18 genes estão envolvidos com a cor do tegumento e nos padrões de listras e halo no tegumento, o que implica em uma grande complexidade desta característica (GEPTS E DEBOUCK, 1993). 8 2.8 INTERAÇÃO GENÓTIPOS POR AMBIENTES (GXA) Na fase final do programa de melhoramento genético de plantas, os genótipos avançados são avaliados em varias localidades, em diferentes condições de clima, fertilidade de solo e também em diferentes safras (ACCIARESI E CHIDICHIMO, 1999), de modo a constituir as chamadas redes de avaliações de cultivares ou ensaios de valor de cultivo e uso (VCU). Segundo FERREIRA et al. (2006), a combinação das diferentes condições, definidas pelos locais e safras, pode ser considerada como um único fator para as condições ambientais. De acordo com RAMALHO et al. (2012), considerando um caráter como por exemplo a produtividade de grãos, o valor observado para esse caráter, denominado fenótipo, é função do genótipo (G), do ambiente (A) e da interação genótipos por ambientes (GxA). A ocorrência da interação GxA é consequência do comportamento não coincidente dos genótipos nos diferentes ambientes avaliados (CRUZ E CARNEIRO, 2003), sendo este, um fenômeno natural que faz parte da evolução das espécies e seus efeitos permitem o aparecimento de genótipos adaptados, aptos a um ambiente específico, assim como, de comportamento geral aptos a vários ambientes (LAVORANTI, 2003). Em termos genéticos, de acordo com KANG E GAUCH (1996) a interação ocorre quando a contribuição dos alelos dos diferentes genes que controlam o caráter ou o nível de expressão dos mesmos não é coincidente entre os ambientes. Isso significa que os efeitos genéticos e ambientais não são independentes, isto porque a expressão dos genes é influenciada e ou regulada pelo ambiente. Segundo GARBUGLIO et al. (2007), nos programas de melhoramento genético de diversas espécies, a interação GxA dificulta a seleção e indicação de cultivares, em razão da inconsistência do desempenho dos genótipos em ambiente distintos. No entanto, CHAVES (2001) citou que a utilização de ferramentas estatísticas, juntamente com o conhecimento do fenômeno no âmbito biológico pode-se obter informações para entender a interação GxA e propor alternativas para minimizá-la ou aproveitá-la em beneficio dos agricultores. A interação GxA pode ser de dois tipos, simples ou complexa. A interação do tipo simples é caracterizada pela não alteração da classificação relativa dos genótipos avaliados, dentro de um conjunto de ambientes, tomados dois a dois, havendo porém diferença da magnitude das respostas. As interações do tipo complexa ocorre quando a correlação entre o desempenho dos genótipos ao longo dos ambientes é baixa, fazendo com que a posição relativa dos genótipos seja alterada em virtude das diferentes respostas às variações ambientais (ROBERTSON, 1959). GARBUGLIO et al. (2007), citaram que em situações reais o mais comum é que ocorram as 9 interações do tipo simples e complexa em conjunto, sendo esta última a que mais atrapalha o melhorista, principalmente no momento da recomendação de cultivares. Neste sentido, para a correta recomendação de novas cultivares, deve-se fazer estudos sobre a interação GxA, realizando-se experimentos em diversos locais e anos, avaliando e quantificando os efeitos desta interação, possibilitando assim adotar estratégias que possibilitem contornar estes efeitos (RESENDE, 2002). Enfatiza-se que esta fase de avaliação é a mais etapa mais difícil e cara no desenvolvimento de novas cultivares (RAMALHO et al., 2012) Segundo CRUZ et al. (2004) do ponto de vista biométrico, dois procedimentos podem ser empregados: estudos de adaptabilidade e estabilidade de genótipos, onde procura-se quantificar as respostas de cada genótipo frente as variações ambientais, para identificar aqueles de comportamento previsível e que sejam responsivos às variações ambientais, em condições específicas ou amplas. E o relativo aos métodos de estratificação ambiental, que identifica entre os ambientes disponíveis, padrões de similaridades de respostas dos genótipos, sendo possível avaliar o grau de representatividade dos ensaios e tomar decisões com relação a descarte de ambientes quando necessário identificando grupos de ambientes que a interação GxA possa ser não significativa, ou com predominância de porção interação de natureza simples, ou seja, que não venha a comprometer a recomendação de cultivares. 2.9 ESTRATIFICAÇÃO AMBIENTAL DUARTE E ZIMERMANN (1991) ponderaram que em estudos para a determinação de locais-chaves para realização de experimentos com genótipos, deve-se levar em consideração que as avaliações devem ser realizadas em vários anos ou safras, devido as variações ambientais não previstas que influenciam a interação de genótipos com anos e, com locais e anos. Dentre os métodos de estratificação ambiental, citam-se os que procuram formar subgrupos homogêneos, em que a interação GxA seja não significativa entre pares de ambientes (LIN, 1982) ou, em outros casos significativa, mas de natureza predominantemente simples. O método definido por CRUZ E CASTOLDI (1991), procura quantificar o porcentual de parte simples atuante (PS%) da interação GxA, em que as posições relativas dos genótipos de um ambiente para o outro não sofram alterações relevantes ou que comprometam as recomendações dos genótipos. Outro método que vem sendo amplamente utilizado é a análise de fatores (AF), que segundo FERREIRA (2008), consiste basicamente, em reduzir um número elevado de variáveis originais a um pequeno número de variáveis abstratas, denominadas fatores. Cada fator irá agrupar um conjunto de ambientes, altamente correlacionados entre si e fracamente correlacionados com os 10 ambientes agrupados nos demais fatores. Entretanto, MURAKAMI E CRUZ (2004), citam que os estudos de estratificação ambiental e adaptabilidade e estabilidade vêm sendo realizados de forma dissociada e propuseram um método que contempla simultaneamente as duas análises, por meio do princípio da similaridade do desempenho fenotípico, baseado na técnica de AF, descrita a seguir: Na utilização da AF destinada à estratificação de ambientes, deve-se interpretar o significado de cada fator e avaliar o interesse por ele. São analisados os elementos ou cargas fatoriais, identificando, para cada variável (que neste caso representa um determinado ambiente), os fatores com coeficientes de ponderação próximos da unidade. Desta forma, o agrupamento de ambientes é realizado a partir das informações sobre a magnitude das cargas fatoriais finais (obtidas após rotações), sendo que cargas fatoriais maiores ou iguais a 0,70 indicam ambientes com altas correlações, devendo ser agrupados dentro de cada fator. Cargas fatoriais com valores baixos indicam que o respectivo ambiente não deve pertencer ao grupo. Antes de serem obtidas as cargas fatoriais que permitirão identificar o melhor agrupamento de ambientes, deve-se estabelecer o número de fatores a serem analisados. O número de fatores finais pode ser admitido como igual ao número de autovalores maiores ou iguais a 1,0. No entanto, nos casos em que a proporção da variabilidade explicada pelos autovalores maiores que 1,0 for baixa, devem ser considerados mais fatores, até que se atinja uma proporção adequada de explicação da variabilidade, geralmente próximo de 80% da variação total. 2.10 ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE MARIOTTI et al. (1976), COSTA et al. (1999) E CRUZ et al. (2004), consideraram estabilidade como sendo a capacidade dos genótipos mostrarem comportamento altamente previsível em função do estímulo do ambiente enquanto que adaptabilidade refere-se à capacidade dos genótipos aproveitarem vantajosamente o estímulo ambiental. De acordo com PEREIRA et al. (2009), existem inúmeros métodos de análise de adaptabilidade e estabilidade, baseados em diferentes princípios, entre eles: os baseados em regressões lineares como de EBERHART E RUSSEL, 1966 e CRUZ et al. 2004, modelos não paramétricos como os de LIN E BINNS (1988), LIN E BINNS modificado por CARNEIRO (1998) e ANNICCHIARICO (1992), e os multivariados, como por exemplo o baseado em análises de fatores (MURAKAMI E CRUZ, 2004), da análise da interação multiplicativa dos efeitos principais aditivos (AMMI) e GGE-Biplot. 11 Devido à grande variedade de métodos para análise de adaptabilidade e estabilidade, cabe ao melhorista analisar as vantagens e desvantagens de cada método e utilizar o que melhor se adequar ao seu experimento e assim selecionar os genótipos efetivamente superiores, com menor distorção ambiental possível, pois o que é passado para as próximas gerações é o genótipo (FONSECA JUNIOR, 1996). PEREIRA et al. (2009), relataram que um dos métodos mais utilizados na cultura do feijoeiro é o não paramétrico proposto por LIN E BINNS (1988), modificado por CARNEIRO (1998). Este método se baseia na avaliação da performance genotípica (Pi) dos cultivares avaliados, que refere-se o estimador da performance genotípica (Pi) refere-se ao quadrado médio da distância entre a média do cultivar e a resposta média máxima para todos os ambientes. Quanto menor o valor de (Pi) maior a estabilidade do cultivar. A decomposição de Pi proposta por CARNEIRO (1998) divide a estimativa Pi a ambientes favoráveis e desfavoráveis, em que a classificação destes ambientes é feita com base nos índices ambientais, definidos como a diferença entre a média dos cultivares avaliados em cada ambiente e a média geral. Diversos autores relataram resultados satisfatórios em seus trabalhos utilizando esta metodologia, sendo de fácil interpretação e possibilitando discriminar o desempenho dos genótipos em ambientes favoráveis e desfavoráveis (MURAKAMI et al., 2004; ELIAS et al., 2005; RIBEIRO et al., 2009 e PEREIRA et al., 2009). Estudando adaptabilidade e estabilidade de soja por métodos paramétricos e não paramétricos, BARROS (2008) concluiu que os métodos de LIN E BINNS (1988), ANNICCHIARICO (1992) e Centroide de ROCHA et al. (2005) foram coerentes entre si e permitiram identificar, entre os genótipos avaliados, aqueles de maior produtividade, adaptabilidade e estabilidade. A análise de adaptabilidade fenotípica, baseada na AF, é realizada graficamente por meio de escores obtidos em relação aos fatores. De acordo com MURAKAMI E CRUZ (2004), nos quadrantes II e IV, estarão os genótipos de adaptabilidade específicas aos ambientes agrupados em cada um dos dois fatores utilizados na plotagem gráfica. No quadrante I, estarão os genótipos de adaptabilidade ampla, ou seja, apresentarão escores altos para os ambientes agrupados nos dois fatores, simultaneamente. No quadrante III estarão os genótipos de baixo desempenho, passíveis de não indicação de cultivo para os ambientes em estudos. GARBUGLIO et al. (2007), estudando a adaptabilidade de genótipos de milho e realizando a estratificação em 22 ambientes no estado do Paraná, constataram que a adaptabilidade analisada por meio de plotagens gráficas a partir dos escores fatoriais, apresentou respostas diferenciadas e 12 mais eficientes, quando comparada com os métodos de regressão bissegmentada. MENDONÇA et al. (2007), avaliando a eficiência de diferentes métodos de estratificação ambiental e a adaptabilidade e estabilidade de genótipos de soja nos estados do Paraná e Santa Catarina, verificaram que a técnica de AF foi mais seletiva no processo de estratificação ambiental do que o método tradicional de LIN (1982), e superior ao método de regressão linear simples de EBERHART E RUSSELL (1966) para adaptabilidade e estabilidade fenotípica. Nesse sentido, as análises de adaptabilidade e estabilidade fenotípica são procedimentos estatísticos que permitem, de algum modo, identificar genótipos de comportamento mais estável e que respondam previsivelmente às variações ambientais, sendo assim uma forma importante, entre os melhorista de plantas, para avaliar novos genótipos antes de sua recomendação como cultivares (ROCHA et al. 2005). 3. MATERIAL E MÉTODOS 3.1 ENSAIOS DE VCU Foram utilizados 27 genótipos, compreendendo linhagens e cultivares de tegumento carioca e preto, provenientes de diferentes instituições públicas que efetuam melhoramento genético do feijoeiro no Brasil (Tabela 1). Do total de genótipos utilizados, quatro linhagens foram provenientes da EMBRAPA Arroz e Feijão (Santo António do Goiás, GO), duas linhagens da EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina, SC), duas linhagens da FEPAGRO (Fundação de Pesquisa Agropecuária, RS), quatro linhagens do IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná, PR), duas linhagens da UFLA (Universidade Estadual de Lavras, MG) e nove linhagens do Instituto Agronômico - IAC. Como testemunhas, para o grupo de grãos de tegumento carioca foram utilizadas as cultivares IAC Alvorada (IAC), de alto potencial produtivo, porte semi-ereto, ciclo médio de 92 dias, com alta qualidade de grãos, resistência moderada à antracnose, suscetível à murcha de fusarium e ao crestamento bacteriano e IPR 139 (IAPAR), de alto potencial produtivo, porte ereto, ciclo médio de 89 dias, moderada resistência ao crestamento bacteriano e suscetível à antracnose e à murcha de fusarium. Para o grupo de grãos de tegumento preto foram utilizadas as cultivares IAC Diplomata, de alto potencial produtivo, porte ereto, ciclo médio de 90 dias, resistência à antracnose e a murcha de fusarium; e IAC Una, de alto potencial produtivo, porte ereto, ciclo médio de 94 dias, resistente a antracnose e suscetível à murcha de fusarium e ao crestamento bacteriano. 13 Tabela 1. Relação dos 27 genótipos de feijoeiro avaliados nos ensaios de VCU para os anos agrícolas 2011/2012 e 2013, no estado de São Paulo. Linhagem/Cultivar 1 IAC Alvorada * 2 IPR 139 * 3 IAC Diplomata * 4 IAC Una * 5 BRS Realce 6 CNFC 10729 7 CNFC 10762 8 CNFP 10794 9 CHC 01-175 10 CHP 98-66-20 11 SM 1107 12 SM 1810 13 Gen C 4-7-8-1-2 14 Gen PR 11-2-8-1-1 Tipo de Grão Carioca Carioca Preto Preto Rajado Carioca Carioca Preto Carioca Preto Preto Preto Carioca Preto Instituição IAC IAPAR IAC IAC EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EMBRAPA EPAGRI EPAGRI FEPAGRO FEPAGRO IAC IAC Linhagem/Cultivar Tipo de Grão Instituição 15 Gen C 2-6-4-1-1 Carioca IAC 16 Gen C 4-7-2-2-1 Carioca IAC 17 Gen C 4-7-7-2-2 Carioca IAC 18 Gen PR 14-2-10-1-2 Preto IAC 19 Gen C 5-3-6-1-1 Carioca IAC 20 Gen PR 14-2-2-1-1 Preto IAC 21 Gen C2-6-6-2-1 Carioca IAC 22 LP 07-80 Carioca IAPAR 23 LP 09-40 Carioca IAPAR 24 LP 09-192 Preto IAPAR 25 LP 08-90 Preto IAPAR 26 BRSMG Madrepérola Carioca UFLA 27 MAII – 2 Carioca UFLA *: cultivares utilizadas como testemunhas. Os experimentos foram instalados em diferentes safras e municípios do estado de São Paulo, de acordo com a Tabela 2. Tabela 2. Municípios utilizados para condução dos ensaios de acordo com a safra e suas respectivas latitudes e altitudes Safra Município Safra Município Latitude (Sul) Altitude (m) Itararé 24° 06' 740 Capão Bonito Capão Bonito 24° 00' 702 Águas - 2011 Águas 2012 Mococa 21° 28' 645 Taquarituba 23° 31' 618 Avaré Seca - 2012 Mococa Taquarituba Seca - 2013 Itararé Mococa Taquarituba Araras Andradina Andradina Colina Inverno* – Inverno* - 2013 2012 Ribeirão Preto Ribeirão Preto Votuporanga Votuporanga *: experimentos irrigados 23° 05' 24° 00' 21° 28' 23° 31' 22° 21' 23° 53' 20° 42' 21° 11' 20° 25' 810 702 645 618 629 405 595 546 525 O delineamento experimental utilizado foi em blocos ao acaso com três repetições. Cada parcela foi constituída de quatro linhas de quatro metros de comprimento e 0,5 metros entre linhas, 14 mantendo-se em média 10 plantas por metro linear. Para efeito de coleta de dados, as duas linhas centrais foram consideradas como área útil (4 m2). A adubação base foi feita de acordo com a análise de solo e necessidade da cultura em cada local, e após 20 dias da emergência das plântulas foi realizada adubação nitrogenada de cobertura com 200 kg.ha-1 de sulfato de amônio. Os demais tratos culturais realizados foram: irrigações, capinas manuais e aplicação de herbicidas e inseticidas. 3.2 AVALIAÇÃO DE DOENÇAS Neste trabalho o objetivo foi a identificação de genótipos com resistência aos patógenos da Antracnose, Murcha de Fusarium e Crestamento Bacteriano para fins de recomendação e registro de nova cultivar, portanto não foram realizados estudos detalhados sobre a natureza genética da resistência dos genótipos aos patógenos. 3.2.1 Antracnose (Colletotrichum lindemuthianum) Sementes dos 27 genótipos foram germinadas em papel germitest, com pH neutro, à temperatura de 28 ºC, por um período de três dias. Para cada genótipo foram utilizadas 10 sementes. Após esse período as plântulas foram transplantadas em linhas para bandejas com vermiculita autoclavada e mantidas em casa de vegetação (Figura 1 A). Em bandejas, as plântulas foram inoculadas para o C. lindemuthianum com as raças fisiológicas 31, 65 e 81, conforme mencionado por CARBONELL et al. (1999) como as mais disseminadas no estado de São Paulo (Figura 1 B). O inóculo foi obtido a partir da suspensão de conídios filtrada em tecido de filó, com a concentração dos conídios ajustada para 1,2 x 106 conídios ml-1. A inoculação do patógeno foi feita por aspersão, em estádio de desenvolvimento V2. Após a inoculação, as plântulas foram submetidas à câmara úmida por 48 horas, e transcorrido esse período, foram retiradas da câmara e as plântulas permaneceram, em ambiente controlado por mais cinco dias, quando foi realizada a avaliação quanto à severidade da doença (Figura 1 C e D). A avaliação da virulência dos isolados foi feita com base na intensidade da doença utilizando-se a escala descrita por BALARDIN E PASTOR CORRALES (1990), com notas de 1 a 9, sendo 1, planta completamente livre de sintomas visíveis da doença e 9, necrose, desfolhamento e morte das plantas. Foram considerados resistentes genótipos que apresentaram notas de 1 a 3, intermediários plântulas com notas 4 a 6 e suscetíveis as que apresentaram notas de 7 a 9. 15 Figura 1. Procedimentos realizados para inoculação de C. lindemuthianum em 27 genótipos de feijoeiro. 3.2.2 Murcha de Fusarium (Fusarium. oxysporum f. sp. phaseoli) Sementes dos 27 genótipos foram desinfetadas com hipoclorito de sódio a 1,25% durante cinco minutos, enxaguadas em água destilada e transferidas para folhas de papel de germinação umedecidas com água destilada, para germinação em laboratório. As sementes pré-germinadas foram transferidas para recipientes com vermiculita lavada e esterilizada. Após dez dias da semeadura, as plantas foram retiradas da vermiculita esterilizada e foram inoculadas pelo método de imersão proposto por COSTA (1989) (Figura 2), com inóculo ajustado a concentrações de 1x106 conídios ml-1. Plantas com dez dias de idade após o transplante foram retiradas da vermiculita esterilizada, as raízes foram lavadas e as extremidades foram cortadas em 1/3 do seu comprimento e mergulhadas no inóculo durante 10 minutos, sendo transplantadas em seguida duas plantas por vaso, contendo três repetições para cada linhagem testada (PASTORCORRALES E ABAWI, 1987). Cada vaso foi constituído de 500g de substrato (composto orgânico + terra na proporção de 1:1) e acondicionado em casa de vegetação (Figura 2). A avaliação dos sintomas foi efetuada 45 dias após a inoculação seguindo uma escala de notas desenvolvida por NASCIMENTO (1995) onde, 0 e 1 = plantas resistentes 2 e 3 = moderadamente resistentes, 4 = suscetíveis. As plantas com notas até 1 foram consideradas resistentes e acima de 1 foram consideradas suscetíveis (Figura 3). 16 Figura 2. Inoculação de Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli pelo método de imersão dipping (COSTA et al., 1989). Figura 3. Plantas de feijoeiro resistentes (a esquerda), intermediarias (no centro) e suscetível (a direita) ao Fusarium oxysporum f. sp. phaseoli. 3.2.3 Crestamento Bacteriano (Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli) Foram germinadas sementes dos 27 genótipos em papel de germitest, com pH neutro, à temperatura de 28 ºC, por um período de três dias. Para cada genótipo foram utilizadas em torno de 20 sementes. Após esse período as plântulas foram transplantadas para vasos contendo terra como substrato e mantidas em casa de vegetação. Para cada genótipo de feijoeiro foram utilizados três vasos com duas plântulas por vaso. O isolado n° 11090 de X. axonopodis, registrado no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Fitossanidade - IAC foi repicado para placas de Petri, contendo o meio de cultura BDA para a 17 produção do inóculo. Em seguida, as placas foram incubadas em estufa à temperatura de 28 ºC, por um período de 24 horas a 48 horas. O inóculo foi preparado pela adição de água destilada e esterilizada à superfície da colônia bacteriana e posterior raspagem da superfície com uma lâmina de vidro. A concentração do inóculo foi ajustada a 108 ufc/Ml (POMPEU et al. 1973). A inoculação foi realizada pela técnica de agulhas múltiplas proposta por POMPEU et al. (1973), com a perfuração das folhas primárias de plântulas de feijoeiro que apresentaram-se bem expandidas. O inóculo foi colocado numa esponja e em seguida as folhas foram perfuradas sobre a esponja com leve pressão entre a folha e a espuma, permitindo assim, a entrada do inóculo por meio do ferimento. Após a aplicação do inóculo, os vasos foram mantidos em câmara úmida, por um período de 48 horas (Figura 4). Figura 4. Inoculação de Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli pelo método agulhas múltiplas (POMPEU et al. 1973). A avaliação foi efetuada no sétimo dia e no décimo dia após inoculação (Figura 5) pela escala de notas de 1 a 5 de acordo com SUGIMORI et al. (1989), sendo 1 = sem sintoma na área inoculada (Resistente = R), 2 = encharcamento e/ou necrose da área inoculada (Resistente = R), 3 = encharcamento de até 20% em torno dos pontos de inoculação (Moderadamente Resistente = MR), 4 = encharcamento e/ou necrose da área inoculada (Suscetível = S) e 5 = encharcamento, necrose da folha e aparecimento de sintomas fora da área inoculada (Suscetível = S). 18 Figura 5. Plantas de feijoeiro resistente (a esquerda), intermediaria (no centro) e suscetível (a direita) a Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli. 3.3 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE TECNOLÓGICA DOS GRÃOS As avaliações analíticas, da qualidade tecnológica dos 27 genótipos foram efetuadas em triplicatas de sementes com até 60 dias após colhidas, uniformizadas por peneiras de classificação (n° 13\64” pol.) e pré-selecionadas para a retirada de sementes visualmente danificadas por insetos ou dano mecânico. 3.3.1 Análises do Tempo de Cocção dos Grãos Foi determinado utilizando-se 30g de sementes uniformes e inteiras, embebidas em água destilada por 16 horas a temperatura ambiente. Após este período, vinte e cinco grãos foram colocados individualmente nos orifícios da base do cozedor de Mattson (Figura 6), sendo o aparelho colocado dentro de um béquer contendo 1000 ml de água destilada em ebulição. Os tempos médios de cozimento foram obtidos de acordo com o proposto por PROCTOR E WATTS (1987) e SARTORI (1982), onde, o tempo é cronometrado em minutos até a queda da 13ª vareta, que consiste em 50% dos grãos perfurados pelas hastes do aparelho. Figura 6. Análise de tempo de cozimento por meio do Cozedor de Mattson. 19 3.3.2 Absorção de Água Antes do Cozimento (PEANC), Absorção de Água Após Cozimento e Porcentagem de Grãos Inteiros (PGI) Foram determinadas de acordo com os métodos modificados descritos por PLHAK et al. (1989) e GARCIA-VELA E STANLEY (1989). De acordo com o método, uma amostra de 30g de grãos de feijão foi colocada em béquer de 250 ml com 100 ml de água destilada por 16 horas à temperatura ambiente. Após o período de embebição a água foi drenada e os grãos foram pesados e a capacidade de absorção de água antes do cozimento (PEANC) foi calculada pela fórmula: % Peanc = pu − ps ps x 100 onde: ps = peso inicial; pu = peso dos grãos após maceração Os grãos drenados foram colocados novamente no béquer com 100 ml de água destilada e então foram aquecidos por 1 hora, utilizando-se de uma chapa aquecedora elétrica e iniciando a contagem do tempo após o início da fervura da água. Em seguida, o caldo foi drenado e a capacidade de absorção de água após o cozimento (PEAPC) foi calculada pela fórmula: PEAPC% = pc − ps ps x 100 onde: pc = peso dos grãos após cozimento; ps = peso inicial dos grãos Após o cozimento os grãos foram contados e separados em duas porções: inteiros e partidos. Em seguida, o cálculo da porcentagem de grãos inteiros após o cozimento, foi efetuado pela fórmula: onde: ng = número total de grãos; ngi = número de grãos inteiros após cozimento 3.3.3 Avaliação da Coloração do Tegumento Para e determinação da coloração do tegumento, foi utilizado o aparelho colorímetro marca Minolta®, modelo CR-410 (Figura 7), seguindo o sistema CIELab, no qual obtém-se o parâmetro L* que indica a luminosidade, variando do preto (L=0) ao branco (L=100). 20 Figura 7. Colorímetro Minolta® - CR 410 3.3.4 Avaliação da Porcentagem de Proteína nos Grãos A determinação do teor de proteína foi realizada pela técnica de espectroscopia na região do infravermelho próximo (NIRS). Primeiramente os grãos de feijão foram moídos, utilizando moinho IKA A11 Basic, em seguida o material foi armazenado em temperatura ambiente, em frascos plásticos, permanecendo nessas condições até o momento da coleta dos espectros. As coletas foram realizadas utilizando o espectrofotômetro FOSS NIRSystems, modelo 6500, equipado com detector PbS e lâmpada de filamento de tungstênio-halogênio para as medidas de reflectância difusa dos grãos moídos. Por meio do software ISIscan™, versão 3.10 (INFRASOFT INTERNACIONAL, 2007), os espectros foram registrados de 1100 a 2498 nm, com sinais expressos em log (1/R). As leituras foram realizadas em cela quarter cup, na temperatura de 20-22°C, com 64 varreduras e resolução espectral de 2nm. Foram registrados dois espectros por genótipo e cada espectro correspondeu à média de duas leituras espectrofotométricas. O teor de proteína foi determinado comparando-se os espectros gerados e corrigidos após transformações matemáticas (normalização por área total, correção multiplicativa do sinal e aplicação de primeira derivada com janela de 20 pontos), com uma curva de calibração multivariada pré-estabelecida utilizando genótipos de feijão cultivados em anos anteriores. Para a construção do modelo de regressão multivariado e quantificação do teor de proteína nos grãos utilizou-se o método de regressão por Quadrados Mínimos Parciais (PLS, Parcial Least Squares), por meio do software Pirouette 4.0, baseando-se no método oficial 989.03 da AOAC (2005) e no método descrito por HACISALIHOGLU et al. (2010). 21 3.4 ANÁLISES ESTATÍSTICAS DOS DADOS 3.4.1 Análise de Variância Individual e Conjunta Após a colheita e tabulação dos dados, foram realizadas análises de variância de cada local e ano, utilizando-se o seguinte modelo matemático: Yij= µ + ti + bj+ eij onde: Yij= observação do tratamento i no bloco j; µ = média geral dos tratamentos no experimento; ti= efeito do i-ésimo tratamento i (i = 1, 2, ..., I); bj= efeito do k-ésimo bloco j (j = 1, 2, ..., K); eij= erro experimental associado à observação Yij. Após verificadas as magnitudes dos quadrados médios residuais, foi realizada a análise de variância conjunta de acordo com o seguinte modelo estatístico: Yijk= µ + ti + lj + (tl)ij + (b/l) kj+ eijk onde: Yijk= observação do tratamento i no bloco k no ambiente j; µ = média geral dos tratamentos no experimento; ti= efeito do i-ésimo tratamento i (i = 1, 2, ..., I); lj = efeito do jésimo ambiente j (j = 1, 2, ..., J); (tl) ij = efeito da interação do i-ésimo genótipo com o j-ésimo ambiente; (b/l) kj= efeito do k-ésimo bloco (k = 1, 2, ..., K) dentro do j-ésimo ambiente; ijk= erro experimental associado à observação Yijk. As análises de variâncias individuais e conjuntas foram realizadas utilizando-se o modelo PROC GLM de ANAVA do programa computacional SAS (Statistical Analysis System). Todos os efeitos, exceto o erro, foram considerados como fixos. Para produtividade de grãos, as médias dos genótipos avaliados foram comparadas em relação a melhor testemunha correspondente ao grupo de tegumento carioca (IAC Alvorada e IPR 139) e de tegumento preto (IAC Una e IAC Diplomata) pelo teste de Dunnett (5%). Para as variáveis relativas à qualidade tecnológica utilizou-se o teste de comparação de médias de Scott-Knott (5%). 3.4.2 Estratificação Ambiental Após comprovação da existência da interação entre os genótipos com ambientes, foi realizada a análise de estratificação ambiental pelo método multivariado de análises de fatores, proposto por MURAKAMI E CRUZ (2004). O modelo fatorial pressupõe que cada variável pode ser expressa por uma combinação linear de fatores, além do erro, sendo dado por: 22 ... Ou ∑ Sendo: m < a; em que é a carga fatorial para a j-ésima variável associada ao k-ésimo vetor; Fk é o k-ésimo fator comum e é o fator específico associado à j-ésima variável. Para a utilização da análise de fatores em estudos de estratificação ambiental, deve-se destacar o fato de que X1, X2 ... Xh representam uma única variável como, por exemplo, produtividade de grãos, porém, avaliada em cada um dos “q” ambientes em que os genótipos foram avaliados ou dos “p” genótipos referentes aos ambientes. A carga fatorial do fator Fk é dada pela correlação entre o fator e a variável correspondente, ou seja: √ ( ) Na análise de fatores são impostas as seguintes restrições em relação aos fatores comuns: de média nula, variância unitária e covariância entre fatores comuns também nula, de modo que eles sejam ortogonais (CRUZ, 2006). Também é calculada a comunalidade, que é uma medida da eficiência da representação de uma variável xj por uma parte comum, também envolvida nas demais variáveis analisadas. De acordo com CRUZ E CARNEIRO (2003), valores de comunalidade superiores a 0,64 são tidos como razoáveis, por ser equivalente a um coeficiente de correlação entre xj e zj duperior a 0,80. Portanto, a comunalidade é dada por: ∑ − 23 Onde: para cada variável xj tem-se que , em que , denominado comunalidade, representa a proporção da variância da variável padronizada “j” devida a fatores comuns. A forma funcional do modelo de análise de fatores é dada por: em que: X: é a matriz (GxA) de observações que apresenta valores obtidos para cada genótipo e variável analisada, destacando-se o fato de que a variável é representada por uma mesma característica medida em vários ambientes; Y: matriz (GxM) de fatores comuns; : matriz (MxA) de cargas fatoriais; : matriz (GxA) de fatores específicos. Objetiva-se na análise de fatores o estabelecimento de combinações lineares, que permitam a interpretação quanto aos grupos de ambientes com mesmo padrão de discriminação genotípica, capazes de reterem o máximo das associações originalmente disponíveis entre os ambientes estudados. Como nesta análise procura-se relacionar o conjunto de variáveis observáveis, representadas na matriz Y, e outra por fator específico, representadas na matriz , tem-se também associação entre as respectivas matrizes de variâncias e covariâncias, tal como ilustrado a seguir: em que: R: matriz (a x a) de correlações entre o desempenho dos genótipos em cada par de ambientes considerados, sendo: − A matriz Rc é denominada de matriz de correlações reduzidas do modelo de análise fatorial e apresenta os mesmos elementos da matriz de correlação original, à exceção da sua diagonal, cujos elementos são reduzidos de , sendo denominados comunalidade. Segundo Cruz e Carneiro (2003), o problema fundamental da análise de fatores é o calculo da matriz de cargas diagonal de especificidades cujos elementos não nulos são e da matriz , a partir de uma matriz R conhecida. Uma maneira de obter as cargas fatoriais é por meio da fatoração de Rc, usando o teorema da 24 decomposição espectral, em que qualquer matriz simétrica Rc pode ser descrita como: − sendo: ∑ os autovalores de Rc; os autovetores correspondentes. Para interpretação deste procedimento são analisados os elementos ou cargas fatoriais, identificando, para cada variável os fatores com coeficientes de ponderação próximos da unidade. O agrupamento é realizado portanto, a partir das informações sobre a magnitude das cargas fatoriais finais obtidas após rotações. São adotados os seguintes critérios: 1) Cargas fatoriais maiores ou iguais a 0,70, em valor absoluto, indicam ambientes com altas correlações e são agrupadas dentro de cada fator. 2) Cargas fatoriais de valores abaixo de 0,5 indicam que o respectivo ambiente não deve pertencer ao grupo. 3) Cargas fatoriais com valores intermediários não garantem nenhuma definição de agrupamento. O número de fatores finais pode ser admitido como igual ao número de autovalores maiores ou iguais a 1. No entanto, nos casos em que a proporção da variabilidade explicada pelos autovalores maiores que 1 for baixa, pode-se considerar mais fatores, até que se consiga uma proporção adequada da variabilidade, geralmente mais de 80% da variação total (CRUZ, 2006). Foi estimada também a fração simples da interação GxA, de acordo com o método de CRUZ E CASTOLDI (1991), em que a parte simples é expressa por: em que: S=QMGjj’ – C, sendo C = 1-√ − , onde Qj e Qj’ correspondem aos quadrados médios nos ambientes j e j’. Esta decomposição pondera a contribuição da correlação e da diferença de variabilidade genotípica nos ambientes, estimando assim a porcentagem da parte simples na interação. 25 3.4.3 Adaptabilidade e Estabilidade Foram comparadas as análises de adaptabilidade e estabilidade por meio dos métodos da análise de fatores, obtida em conjunto com a análise de estratificação ambiental e também pelo modelo proposto por LIN E BINNS (1988), modificado por CARNEIRO (1998), considerando-se para este método dois modelos, sendo, com apenas uma variável, neste caso a produtividade de grãos e, o multivariado, onde considerou-se as variáveis de qualidade tecnológica em conjunto para estimar os valores de Pi. A análise de adaptabilidade baseada na análise de fatores foi realizada como descrita anteriormente. Sendo que sua interpretação é realizada graficamente por meio dos escores em relação aos fatores. Para isso, são traçados eixos paralelos, tomando-se a média dos escores, de modo a estabelecer quatro quadrantes. Nos quadrantes II e IV ficam situados os genótipos com adaptabilidade específica ao grupo de ambientes determinado pelo fator. No quadrante I ficam situados os genótipos de adaptabilidade ampla e, no quadrante III os genótipos de baixo desempenho, não adaptados aos ambientes de cultivo dos determinados fatores. Na metodologia de LIN E BINNS o desempenho geral dos genótipos é definido como sendo o quadrado médio da distância entre a média da cultivar e a resposta média máxima para todos os locais, de acordo com o modelo: Pi = n j=0(Yij − Mj ) 2 2n onde: Pig = estimativa do parâmetro de estabilidade do cultivar i; Yij = produtividade de grãos (kg.ha-1) do i-ésimo cultivar no j-ésimo local; Mj = resposta máxima observada entre todos os genótipos no j-ésimo ambiente; n = número de ambientes. Nesta metodologia, os genótipos com menores valores de Pi correspondem aos de melhor desempenho (MURAKAMI E CRUZ. 2004). Para atender à identificação de genótipos superiores nos grupos de ambientes favoráveis e desfavoráveis, CARNEIRO (1998) decompôs a estatística Pi utilizando a mesma metodologia de classificação de ambientes de EBERHART E RUSSELL (1966). A classificação de ambiente em favorável ou desfavorável, é feita com base nos índices ambientais (I), definidos como a diferença entre a média dos genótipos avaliados em cada local e a média geral. Os ambientes que apresentam maior média em relação à média geral constituem os ambientes favoráveis (Pif) e aqueles com média menor que a média geral são classificados como ambientes desfavoráveis (Pid). 26 Nesta decomposição, os seguintes estimadores são utilizados: Pif = f j=l (Yij − Mj ) 2 e 2f d j=l (Yij Pid = − Mj ) 2 2d onde: Pif = estimador de Pig para ambientes favoráveis; Pid = estimador de Pid para ambientes desfavoráveis; f = número de ambientes favoráveis; d = numero de ambientes desfavoráveis; Yij e Mj como definidos anteriormente. Considerando a recomendação de uma cultivar de feijoeiro não deve ser realizada baseada em apenas uma variável, foi considerada também a decomposição multivariada do método LIN E BINNS (1988), proposta por CARNEIRO (1998), alertando que este procedimento pode ser realizado desde que seja possível somar os valores dos Pi’s do genótipo. Para isso, é necessária a padronização destes Pi’s conforme: v P𝑚𝑖 = ∑ Pik k=1 1 pk Onde: Pmi = estimador do parâmetro de medida de adaptabilidade e estabilidade de comportamento (MAEC), multiplicador para a cultivar i; Pik = estimador do parâmetro MAEC para o cultivar i relativo à k-ésima variável; σpk = desvio padrão dos Pi’s para a k-ésima variável. Além disso, CARNEIRO (1998) considerou um fator de multiplicação dado pelo inverso dos pesos atribuídos a cada variável a fim de balancear a importância de cada variável. Assim, o estimador do parâmetro MAEC é dado pela equação: v P𝑚𝑖 = ∑ Pik k=1 1 pk x 1 Pk Os pesos atribuídos para cada variável foram : 1 PROD; 2 para COR e PROT; 3 para TC e 4 para PEANC e PEAPC. 27 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1 AVALIAÇÃO DE DOENÇAS 4.1.1 Antracnose (Colletotrichum lindemuthianum) Na Tabela 3 encontram-se dispostas as notas dos genótipos avaliados para reação de resistência às raças 31, 65 e 81 de C. lindemuthuanum, citadas por CARBONELL et al. (1999) como as mais frequentes do estado de São Paulo. Observa-se que dos 27 genótipos avaliados, sete (30%) genótipos foram considerados resistentes obtendo nota um, sendo, três genótipos de tegumento carioca, CNFC 10762, LP 09-40 e MAII – 2 e quatro genótipos de tegumento preto, IAC Una, Gen PR 14-2-10-1-2 e Gen PR 14-2-2-1-1 ressaltando-se neste caso o bom desempenho para os genótipos de tegumentos preto provenientes do Instituto Agronômico - IAC, na qual foram os únicos resistentes ao patógeno. Outro genótipo considerado resistente nesta avaliação foi o de grão especial BRS-Realce. Durante as observações de campo em diversos municípios houve a ocorrência da doença em diferentes níveis de severidade, sendo observado em algumas ocasiões, que o genótipo Gen C 4-77-2-2 embora considerado moderadamente resistente nas avaliações de inoculação, demonstrou resistência ao patógeno em situações que outros genótipos foram suscetíveis. Uma hipótese para isto pode ser a possível resistência horizontal deste genótipo ao C. lindemuthianum, que segundo CAMARGO E BERGAMIM (1995), é conferida por um conjunto de genes de efeitos secundários, aferindo um efeito quantitativo sobre a severidade da doença. Deste modo, embora o genótipo não apresente resistência total ao patógeno, este, consegue completar seu ciclo sem grandes perdas de produção. Além disso, a resistência horizontal é efetiva contra um numero maior de raças e mais difícil de ser quebrada, se comparada à resistência vertical (BORÉM E MIRANDA, 2005). Observa-se também que nenhuma das testemunhas comerciais utilizadas foram consideradas resistentes ao patógeno. Entretanto, nas avaliações de campo foi observado que a cultivar IAC Alvorada apresenta resistência à antracnose, assim como o genótipo Gen C 4-7-7-2-2, ressaltando que mais estudos devem ser realizados para determinar a natureza desta resistência. De acordo com ABREU et al. (2003), a ocorrência desta doença causa grandes prejuízos à cultura, e a seleção de genótipos resistentes afeta positivamente a produtividade de grãos e a estabilidade final do genótipo, sendo desta forma necessária a indicação de novas cultivares que possuam resistência ao C. lindemuthuanum. A existência de inúmeras raças do patógeno dificulta a seleção de genótipos de ampla resistência, sendo necessária a inclusão de diferentes genes para a obtenção de um genótipo com 28 resistência horizontal às diferentes raças do patógeno. Na literatura há relatos que ocorrem mais de 13 genes de resistência a diferentes raças de antracnose (SINGH E SCHWARTZ, 2010). Tabela 3. Avaliação da reação de resistência dos genótipos de feijoeiro ao patógeno Colletotrichum lindemuthianum. Resistentes Med. Resistentes Suscetível CNFC 10762 LP 08-90 IAC Alvorada IAC Diplomata SM 1107 IPR 139 IAC Una C 4-7-7-2-2 Gen C 2-6-4-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 C 4-7-8-1-2 Gen C 2-6-6-2-1 Gen PR 14-2-2-1-1 LP 07-80 Gen C 4-7-2-2-1 LP 09-40 BRSMG Madrepérola Gen C 5-3-6-1-1 MAII - 2 CHC 01-175 BRS Realce CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFP 10794 LP 09-192 Gen PR 11-2-8-1-1 SM 1810 *: R: resistente; MR: medianamente resistente; S: suscetível. 4.1.2 Murcha de Fusarium (Fusarium oxysporum f. sp, phaseoli) Na Tabela 4 seguem os resultados obtidos pelos 27 genótipos avaliados para reação de resistência ao F. oxysporum. Dentre os genótipos avaliados sete foram considerados resistentes (26%). Para os genótipos de tegumento carioca foram considerados resistentes os genótipos CNFC 10729, Gen C 4-7-7-2-2 e LP 09-40. Considerando os genótipos de tegumento preto, foram resistentes Gen PR 14-2-2-1-1, LP 08-90, SM 1810 e a testemunha IAC Diplomata. Destacaram-se os genótipos Gen PR 14-2-2-1-1 e LP 09-40 por apresentarem resistência mutua ao C. lindemuthianum e F. oxysporum. A murcha de fusarium, encontra-se amplamente disseminada nas principais regiões produtivas do país, sendo citada entre as mais importantes doenças para as regiões sudeste, centrooeste e nordeste do país (THUNG E SARTORATO, 2002), ocasionando perdas de até 80% no rendimento de grãos da cultura (COSTA et al., 2007). Como a maioria das cultivares de feijoeiro recomendadas para semeadura nos estados brasileiros apresentam alta suscetibilidade a este patógeno, é interessante que os programas de melhoramento genético de feijoeiro indiquem novas cultivares de feijoeiro que sejam resistentes a este patógeno. No presente trabalho foram observados genótipos resistentes a três raças citadas entre as mais disseminadas e agressivas deste patógeno (CARBONELL et al. 1999, CHIORATO, 2004). 29 Estes genótipos devem ser candidatos a novas cultivares, desde que apresentarem também, boas características agronômicas e de qualidade tecnológica dos grãos. Tabela 4. Avaliação da reação de resistência dos genótipos de feijoeiro ao patógeno Fusarium oxysporum f. sp, phaseoli. Resistentes Med. Resistentes Suscetível Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 IAC Alvorada CNFC 10729 CHP 98-66-20 IPR 139 LP 09-40 LP 09-192 Gen C 2-6-4-1-1 IAC Diplomata Gen C 2-6-6-2-1 LP 08-90 Gen C 4-7-2-2-1 Gen PR 14-2-2-1-1 Gen C 5-3-6-1-1 SM 1810 CHC 01-175 CNFC 10762 LP 07-80 BRSMG Madrepérola MAII - 2 IAC Una CNFP 10794 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 SM 1107 BRS Realce 4.1.3 Crestamento Bacteriano (Xanthomonas axonopodis pv. phaseoli) Na Tabela 5, estão dispostas as notas dos 27 genótipos , sendo identificados apenas quatro genótipos resistentes ao patógeno (14%), sendo um genótipo de tegumento carioca LP 07-80 e três genótipos de tegumento preto LP 08-90, LP 09-192 e SM 1810. Isso demonstra a dificuldade de se encontrar genótipos com resistência o crestamento bacteriano, corroborando com os resultados de DURSUN et al. (2002) e SANTOS et al. (2003), que também relatam o baixo número de genótipos resistentes identificados, sendo importante assim a identificação destes para utilização em cruzamentos e introdução de genes em programas de melhoramento genético de feijoeiro. 30 Tabela 5. Avaliação da reação de resistência dos genótipos de feijoeiro ao patógeno Xanthomonas axonopodis. pv, phaseoli. Resistentes Med. Resistentes Suscetível Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 IAC Alvorada CNFC 10729 CHP 98-66-20 IPR 139 LP 09-40 LP 09-192 Gen C 2-6-4-1-1 IAC Diplomata Gen C 2-6-6-2-1 LP 08-90 Gen C 4-7-2-2-1 Gen PR 14-2-2-1-1 Gen C 5-3-6-1-1 SM 1810 CHC 01-175 CNFC 10762 LP 07-80 BRSMG Madrepérola MAII - 2 IAC Una CNFP 10794 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 SM 1107 BRS Realce 4.2 ANÁLISES DOS DADOS Os resumos das análises de variância conjunta por safra e geral são apresentados na Tabela 6. Previamente a esta análise, foi verificado que a razão entre o maior e o menor valor para os quadrados médios do erro das análises de variância individuais foram menores que 7, o que segundo BANZATTO E KRONKA (1995), indica homogeneidade de variância, possibilitando assim a realização da análise conjunta. Pode-se observar que os coeficientes de variação ambiental (CV) obtidos foram aceitáveis para todas as variáveis, sugerindo boa precisão nos experimentos. Para fins de recomendação de cultivares, são aceitos experimentos com até 25% de CV (MAPA, 2006). O teste F da análise de variância (Tabela 6) detectou diferenças significativas entre tratamentos para a maioria das características avaliadas, e de acordo com SENNA et al. (2012), isto indica a presença de diferença significativa entre os genótipos avaliados. Contudo, para a variável cor do tegumento preto, os tratamentos não apresentaram diferenças significativas em nenhuma das análises. 31 Tabela 6. Resumo da análise de variância conjunta dos 27 genótipos de feijoeiro cultivados em 19 locais do estado de São Paulo por safra e geral. FV GL Tratamento 26 Ambiente 4 GxA 104 Resíduo 260 Média CV% ÁGUAS Cor C Cor P TC PEANC PEAPC PGI PROT Prod 172,8** 9,45 57,8 82,4 859,6 10,6** 1567209** 156,4** 457,5** 107,65** 3378,5** 191,3** 92,6** 10734** 248,3** 52463829** 14,8** 3,5** 78,6** 47,5** 102,3** 757,2** 1,86** 633586** 2,4 2,04 8,62 5,38 11,25 52,96 0,02 216087 51,7 22,7 41,9 107,6 118,7 71,4 20,5 2.971 3,01 6,26 5,05 2,13 2,82 10,2 0,64 15,64 SECA 79,4** 91,3 111,2* 104,9** 310,6** 2506,3** 19,9** 1031724* Tratamento 26 626** 7400** 405,2** 88059745** Ambiente 6 2445,2** 375,01** 3068,5** 54,7** 24,6** 86,4** 595,7** 4,24** 677582** GxA 156 33,85** 93,92** 65,5** 0,76 0,21 6,56 4,22 13,3 44,5 0,01 Resíduo 364 148537 51,6 24,2 39,2 107,2 114,8 69,0 23,02 2.831 Média 1,68 1,89 6,53 1,91 3,18 9,66 0,70 13,6 CV% INVERNO 328,4** 436,5** 1991,3** 14,08** 497044** Tratamento 26 422,7** 281,01 129** Ambiente 6 1138,8** 471,4** 1424** 713,5** 3439,8** 6518,7** 452,5** 30079715** 356,7** 3,26** 252072** GxA 156 180,3** 272,6** 26,11** 135,1** 104** 0,68 0,33 4,97 12,07 15,87 36,75 0,02 Resíduo 364 135514 54,7 23,63 38,01 111,5 121,4 73,5 23,8 1.759 Média 1,51 2,44 5,86 3,11 3,28 8,25 0,77 20,9 CV% Tratamento 26 Ambiente 18 GxA 468 Resíduo 988 Média CV% 466** 1658** 86,28** 1,16 52,8 2,04 GERAL 111,6 186,8** 343,52** 470,3** 3905,6** 38,12** 1860679** 337,7** 2448,1** 636,6** 2070,6** 7337,5** 493,6** 76709593** 138** 59,91** 71,8** 106,2** 566,4** 3,27** 519309** 0,74 6,52 7,42 13,75 43,97 0,02 161249 23,63 39,5 108,9 118,3 71,3 22,63 2.473 3,64 6,47 2,50 3,13 9,3 0,82 16,23 onde: Cor P: colorimetria dos grãos cariocas em valores de L*; Cor P: colorimetria dos grãos pretos em valores de L*; TC: tempo de cozimento em minutos; PEANC: porcentagem de embebição antes do cozimento; PEAPC: porcentagem de embebição após cozimento; PGI: porcentagem de grãos inteiros e PROD: produtividade em kg.ha -1. **, *: significativo a 1% e 5% de probabilidade pelo teste F, respectivamente. O efeito ambiental e a interação GxA também foram significativos a 1% de probabilidade para todas as variáveis (Tabela 6). Estes resultados estão de acordo com trabalhos realizados anteriormente por DALLA CORTE et al. (2003) e BURATTO et al. (2009). Estes autores citam que a significância da interação GxA demonstra o comportamento diferenciado dos genótipos nos ambientes onde foram avaliados, indicando que o valor estimado para determinada característica de um genótipo em um local não será necessariamente o mesmo, quando avaliado em outra localidade, justificando assim um estudo pormenorizado da interação GxA. 32 4.3 QUALIDADE TECNOLÓGICA Nas Tabelas 7 e 8, observam-se os valores médios de L* por safra para grãos de tegumento carioca e preto respectivamente. De acordo com os dados obtidos, foi possível observar que os maiores valores de L* para grãos de tegumento carioca (Tabela 7) foram obtidos durante a safra de inverno, onde os genótipos foram divididos em sete grupos de acordo com o teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade, destacando o genótipo BRSMG Madrepérola (58.56) como único no grupo “a”. Considerando todos os ambientes, a média de L* dos genótipos foi de 52.8, sendo novamente o genótipo BRSMG Madrepérola (56,1) agrupado separado dos demais genótipos. Outros trabalhos apontam esta cultivar como sendo de coloração bem clara e de tolerância ao escurecimento por longo período de armazenamento. (ABREU et al 2011; ARAÚJO et al. 2012). Entretanto, observa-se que os genótipos LP 09-40 (54.9), IAC Alvorada (54.2), Gen C 4-7-7-2-2 (53.2), Gen C 4-7-8-1-2 (53.9) e IPR 139 (53.6), pertencentes aos grupos “b” e “c” de acordo com o teste de Scott-Knott a 5%, obtiveram médias de L* acima de 53, sendo assim genótipos que apresentam grãos claros. Para os genótipos de tegumento preto (Tabela 8) não foram observadas médias de L* inferiores a 22 em nenhuma das safras. Na safra das águas, não houve diferenças significativas entre os genótipos, porém isto era esperado tendo em vista a não significância obtida pelo teste F na análise de variância. Entre as médias da safra da seca, inverno e geral, foram obtidas diferenças significativas entre os genótipos pelo teste de Scott-Knott e embora não tivessem sido detectadas diferenças significativas pelo teste F na análise de variância, este fato, de acordo com PIMENTEL-GOMES (1985) se deve por existirem divergências de natureza matemática do modelo, não sendo isto de grande importância do ponto de vista estatístico, podendo isto ser comprovado observando a baixa magnitude das diferenças entre as médias dos genótipos. 33 Tabela 7. Avaliação de colorimetria (L*) para grãos de tegumento carioca. Safra Genótipos Carioca Águas Seca Inverno Geral L* L* L* L* BRSMG Madrepérola 55,6 a 54,0 a 58,5 a 56,1 BRS Realce 50,3 c 51,3 c 52,1 f 51,3 CHC 01-175 47,3 d 50,0 d 52,0 f 50,1 CNFC 10729 52,1 b 50,2 d 55,3 d 52,6 CNFC 10762 49,5 c 50,5 d 54,7 e 51,8 Gen C 2-6-4-1-1 51,7 b 51,8 b 54,5 e 52,8 Gen C 2-6-6-2-1 52,0 b 51,2 c 54,5 e 52,6 Gen C 4-7-2-2-1 50,4 c 51,3 c 55,5 d 52,6 Gen C 4-7-7-2-2 52,5 b 50,7 d 56,0 d 53,1 Gen C 4-7-8-1-2 52,4 b 52,3 b 56,4 c 53,8 Gen C 5-3-6-1-1 51,3 b 51,3 c 54,3 e 52,4 IAC Alvorada 53,2 b 52,3 b 56,7 c 54,1 IPR 139 52,1 b 52,3 b 55,8 d 53,5 LP 07-80 52,5 b 52,0 b 51,1 g 51,8 LP 09-40 53,3 b 53,3 a 57,7 b 54,9 MAII - 2 50,5 c 51,3 c 49,3 h 50,3 Média 51,7 51,6 54,7 52,8 CV% 3,01 1,68 1,51 2,04 a e f d d d d d d c d c c d b f Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. Tabela 8. Avaliação de colorimetria (L*) para grãos de tegumento preto. Safra Genótipos Preto Águas Seca Inverno Geral L* L* L* L* CHP 98-66-20 24,0 a 24,7 c 22,8 c 23,8 CNFC 10794 22,6 a 27,4 d 22,8 c 24,4 Gen PR 14-2-10-1-2 22,8 a 24,0 b 23,2 c 23,3 Gen PR 14-2-2-1-1 22,9 a 23,7 a 27,6 d 24,9 IAC Diplomata 22,6 a 24,0 b 23,0 c 23,4 IAC Una 22,6 a 23,7 a 27,5 d 24,8 LP 08-90 23,1 a 23,8 b 22,3 b 22,9 LP 09-192 22,4 a 23,5 a 22,1 b 22,8 PR 11-2-8-1-1 22,5 a 23,8 b 22,1 b 22,9 SM 1107 22,6 a 23,5 a 22,9 c 23,1 SM 1810 22,7 a 23,5 a 23,0 c 23,1 Média 22,7 24,2 23,63 23,63 CV% 6,31 1,89 2,44 3,64 a b a b a b a a a a a Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. 34 As médias por safra e geral das demais avaliações referentes à qualidade tecnológica de grãos podem ser observadas nas Tabelas 9, 10, 11 e 12. Tabela 9. Estimativa de médias das avaliações de qualidade tecnológica tempo de cozimento, porcentagem de embebição antes do cozimento (PEAPC), porcentagem de embebição após o cozimento (PEAPC), porcentagem de grãos inteiros (PGI) e teor de proteína bruta (PROT) para safra das águas. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 Média TC* 38 43 40 48 40 48 39 41 45 41 42 41 39 39 38 43 38 43 42 43 43 45 50 39 39 41 44 41 CV% 7,0 a a a b a b a a b a a a a a a a a a a a a b b a a a b Safra das Águas PEANC% PEAPC% 107,7 b 120,2 a 108,3 b 122,5 a 109,5 a 117,3 a 106,3 b 117,9 a 106,5 b 119,3 a 110,0 a 120,8 a 105,5 b 118,8 a 109,5 a 116,7 a 109,4 a 117,7 a 108,1 b 120,5 a 106,8 b 119,7 a 111,5 a 119,3 a 103,9 b 120,0 a 107,5 b 121,3 a 107,7 b 117,0 a 104,8 b 116,1 a 104,9 b 113,0 a 106,9 b 118,0 a 112,6 a 119,7 a 107,6 b 120,5 a 105,9 b 122,0 a 107,3 b 120,8 a 106,9 b 120,3 a 107,3 b 113,4 a 107,7 b 118,3 a 109,1 a 115,9 a 107,6 b 118,6 a 107,6 118,7 2,13 2,82 PGI% 72,2 a 59,5 b 86,7 a 71,5 a 72,2 a 66,1 b 62,0 b 79,3 a 76,2 a 69,6 b 58,2 b 74,4 a 79,1 a 67,0 b 73,7 a 72,5 a 80,5 a 65,7 b 85,5 a 57,9 b 68,7 b 74,5 a 64,6 b 79,1 a 73,4 a 67,5 b 70,2 b 71,4 PROT% 21,3 c 21,1 c 20,2 e 20,2 e 21,1 c 21,0 c 20,5 d 19,5 f 20,7 d 19,9 e 20,6 d 20,2 e 20,9 c 22,3 a 20,1 e 20,0 e 20,1 e 19,2 f 20,7 d 17,9 g 20,7 d 20,8 d 21,6 b 20,6 d 21,1 c 19,6 f 20,8 d 20,5 10,2 0,91 Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. *: Tempo de cozimento em minutos De acordo com os resultados obtidos para a variável tempo de cozimento (TC), é possível observar os maiores TC foram obtidos na safra das águas (Tabela 9), onde de acordo com o teste de Scott Knott a 5% de probabilidade os genótipos dividiram-se em apenas dois grupos, sendo os genótipos do grupo “a”, os que apresentaram menor tempo de cozimento, variando entre 38 a 42 35 minutos. Esses resultados diferem de CARBONELL et al. (2003) e FARINELLI (2006), que em suas avaliações obtiveram os maiores tempos de cozimento na safra da seca. Tabela 10. Médias das avaliações para tempo de cozimento, porcentagem de embebição antes do cozimento (PEAPC), porcentagem de embebição após o cozimento (PEAPC), porcentagem de grãos inteiros (PGI) e teor de proteína bruta (PROT) para safra da seca. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 Média CV% TC* 40 43 38 36 40 44 42 36 40 40 38 37 37 37 37 37 37 39 40 41 37 38 37 39 42 38 35 39 6,53 b b a a b b b a b b a a a a a a a b b b a a a a b a a PEANC% 106,7 b 104,5 c 107,1 b 105,2 c 106,6 b 108,1 b 103,4 c 108,1 b 109,0 b 110,5 a 104,3 c 113,8 a 105,3 c 107,9 b 108,2 b 102,8 c 108,0 b 107,2 b 109,1 b 109,5 b 105,9 c 107,0 b 107,5 b 107,5 b 106,8 b 108,0 b 107,5 b 107,2 1,91 Safra da Seca PEAPC% 127,5 a 118,1 b 113,8 c 110,2 c 117,1 b 111,9 c 116,5 b 117,1 b 115,9 b 113,0 c 120,8 b 112,0 c 111,3 c 114,1 c 111,5 c 111,4 c 115,3 b 110,5 c 113,4 c 119,1 b 116,7 b 114,3 c 111,6 c 111,9 c 116,7 b 116,9 b 111,0 c 114,8 3,18 PGI% 54,8 53,1 82,7 74,4 74,8 75,9 52,2 69,4 79,1 60,0 45,6 83,6 60,7 68,0 72,1 72,7 68,6 70,9 90,5 60,0 66,1 76,5 74,8 83,9 69,6 56,2 67,8 69,0 9,66 c c a b b b c b a c c a c b b b b b a c b b b a b c b PROT% 23,7 22,8 23,3 22,3 23,7 22,9 21,9 21,9 23,0 23,3 23,3 22,9 22,9 26,3 22,6 23,3 22,6 22,4 23,2 20,7 23,5 22,6 24,6 22,8 23,5 22,3 23,1 23,02 c f d g c e h h e d d e e a f d f g d i d f b f d g e 0,70 Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. *: Tempo de cozimento em minutos Observa-se que os menores tempos de cozimento foram obtidos durante a safra de inverno (Tabela 11), onde os genótipos variaram de 34 a 43 minutos, sendo encontrado apenas dois grupos pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. Contudo, na literatura são encontrados valores superiores para o tempo de cozimento para safra da seca (CARBONELL et al. 2003), comprovando 36 que o tempo de cozimento está altamente relacionado com as condições ambientais durante o ciclo da cultura, no momento da colheita bem como no armazenamento dos grãos. Ao considerar a média geral (Tabela 11), embora os tempos de cozimento dos genótipos tenham variado entre 36 a 49 minutos, não foram detectadas diferenças significativas entre os genótipos pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. Tabela 11. Médias das avaliações para tempo de cozimento, porcentagem de embebição antes do cozimento (PEAPC), porcentagem de embebição após o cozimento (PEAPC), porcentagem de grãos inteiros (PGI) e teor de proteína bruta (PROT) para safra de inverno Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 Média TC* 39 39 39 37 39 43 35 36 42 39 34 37 41 37 37 38 34 38 38 36 35 36 40 40 37 37 32 38 CV% 5,86 Safra de Inverno PEANC% PEAPC% PGI% b 115,9 a 127,1 a 67,8 b 107,3 b 126,8 a 73,9 b 113,9 a 118,0 c 88,1 a 114,9 a 122,1 b 83,2 b 111,9 a 121,0 c 65,9 b 112,1 a 119,5 c 75,2 a 111,1 a 118,1 c 78,7 a 113,3 a 133,7 a 77,9 b 110,5 a 119,2 c 80,2 b 113,6 a 122,2 b 65,5 a 108,8 b 123,3 b 60,7 a 118,0 a 125,9 a 79,0 b 105,5 b 114,1 c 64,5 a 111,4 a 119,7 c 61,9 a 114,0 a 118,4 c 75,7 b 99,9 c 115,1 c 89,9 a 111,6 a 122,4 b 55,0 b 115,1 a 115,6 c 68,8 b 115,3 a 128,2 a 89,6 a 113,5 a 123,8 b 59,5 a 104,2 b 125,5 a 75,4 a 111,9 a 122,2 b 77,7 b 107,9 b 114,5 c 74,9 b 109,8 a 122,1 b 86,1 a 115,4 a 122,0 b 72,6 a 112,3 a 118,2 c 59,0 a 111,8 a 119,0 c 77,5 111,5 121,4 73,5 3,11 3,28 8,25 c b a a c b b b b c c b c c b a c c a c b b b a b c b PROT% 23,8 24,7 24,1 23,3 24,2 24,8 23,4 22,8 24,7 23,0 24,3 22,9 23,1 25,7 24,3 24,1 23,0 23,0 24,2 21,8 24,2 23,7 24,8 23,9 24,1 23,3 23,3 23,8 c b c d c b d e b e c e e a c c e e c f c d b c c d d 0,77 Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. *: Tempo de cozimento em minutos. Estes resultados são semelhantes aos obtidos por RAMOS JUNIOR et al. (2005) e DALLA CORTE (2003), superiores aos obtidos por RODRIGUES et al (2005) e CARBONEL (2003), e 37 inferiores aos obtidos por RIBEIRO et al. (2005). De acordo com RIBEIRO et al. (2007), estas variações entre os tempos de cozimento obtidas podem ser explicadas devido aos diferentes critérios utilizados para caracterizar o tempo de cozimento, à temperatura de aquecimento utilizada, da qualidade, tempo de armazenamento, além da questão genotípica dos grãos avaliados. Para os resultados PEANC e PEAPC, é possível observar que embora a magnitude das diferenças seja baixa, a safra de inverno (Tabela 10) obteve as maiores porcentagens de embebição e a safra da seca as menores porcentagens. Observa-se também que nas análises por safra e geral, os genótipos foram divididos em apenas dois grupos pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Na literatura existem relatos de correlação negativa entre absorção de água pelos grãos e o tempo de cozimento SCHOLZ E FONSECA JUNIOR (1999), DALLA CORTE et al. (2003) e RODRIGUES et al. (2005). Entretanto, neste trabalho não foram obtidas correlações significativas entre estas características (Anexo 20), corroborando com a afirmação realizada por CARBONELL et al. (2003) que em seleções de genótipos com base na utilização do teste de absorção de água pelos grãos são pouco expressivas e nem sempre confiáveis, devido a inconstante correlação encontrada entre essas características. No que diz respeito à variável porcentagem de grãos inteiros (PGI), os aspectos desejados pelo mercado consumidor são genótipos que apresentaram maior quantidade de grãos inteiros após o cozimento, sendo desta forma de maior rendimento após cozimento. Neste caso, os melhores resultados obtidos também foram na safra de inverno (Tabela 10) com uma média de 73,5%, em que os genótipos que se destacaram no grupo “a” pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade foram IPR 139 (89,9%), Gen C 2-6-4-1-1 (88,1%), LP 09-192 (89,6%), Gen C 2-6-62-1 (83,2%) e Gen PR 14-2-10-1-2 (86,1%). Na safra da seca (Tabela 9) foram obtidos os menores valores para PGI, com uma média de 69%, destacando os genótipos Gen C 2-6-4-1-1 (82,7%), LP 09-192 (90,5%) e Gen PR 14-2-10-1-2 (83,9%), no grupo “a” pelo teste de Scott-Knott a 5%. Considerando a média geral (Tabela 11), estes mesmos genótipos foram os únicos a diferirem estatisticamente dos demais, com 85,7%, 88,8% e 83,5% respectivamente. Para a variável teor de proteína os valores médios obtidos variaram entre 17,9 e 26,3%, confirmando os resultados obtidos por GUZMÁN-MALDONADO E PAREDE-LÓPEZ (1999) que em seus trabalhos obtiveram teores entre 16 a 33%. BURATO et al. (2009), avaliando 18 genótipos de tegumento preto em três locais do estado do Paraná relatam menor amplitude nos teores proteicos obtidos, variando entre 23,2 a 26,3%. 38 No presente estudo, a maior média (23,8%) do teor proteico obtido foi na safra de inverno (Tabela 10) , destacando à testemunha de tegumento preto IAC Diplomata, com uma média de 25,7% de proteína, sendo a única do grupo “a” pelo teste de Scott-Knott a 5% em todas as análises, por safra e geral. Ressalta-se no caso deste genótipo, a alta estabilidade para o teor proteico, onde analisando-se as médias individuais dos ensaios (Anexos 1 à 19), observou-se que em todos os ambientes avaliados o genótipo ficou sempre acima da quarta colocação. Tabela 12. Médias das avaliações de qualidade tecnológica tempo de cozimento, porcentagem de embebição antes do cozimento (PEAPC), porcentagem de embebição após o cozimento (PEAPC), porcentagem de grãos inteiros (PGI) e teor de proteína bruta (PROT). Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 Média CV% TC* 39 41 39 39 39 44 39 37 42 40 38 38 39 37 37 39 36 40 40 40 38 39 41 39 39 38 36 39 6,47 a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a PEANC% 110,3 106,5 110,2 109,1 108,5 110,1 106,8 110,4 109,6 111,0 106,6 114,7 105,0 109,1 110,2 102,3 108,5 110,0 112,3 110,5 105,2 108,9 107,5 108,3 110,2 109,9 109,1 108,9 2,50 a b a a a a b a a a b a b a a b a a a a b a b a a a a Geral PEAPC% 125,4 122,5 116,3 116,6 119,1 117,0 117,7 123,1 117,6 118,4 121,4 119,0 114,6 118,1 115,5 114,0 117,3 114,4 120,5 121,2 121,3 118,9 115,0 116,1 119,1 117,1 115,9 118,3 3,13 a a b b b b b a b b a b b b b b b b a a a b b b b b b PGI% 64,2 62,5 85,7 76,9 70,8 73,0 64,5 75,2 78,7 64,5 54,5 79,5 66,9 65,5 73,8 79,0 66,7 68,7 88,8 59,2 70,2 76,4 72,1 83,5 71,7 60,2 72,0 71,3 9,3 c c a b b b c b b c c b c c b b c c a c c b b a b c b PROT% 23,1 23,1 22,8 22,1 23,2 23,1 22,1 21,6 23,0 22,3 22,9 22,2 22,5 25,0 22,6 22,7 22,1 21,8 22,9 20,4 23,0 22,5 23,9 22,6 23,1 22,0 22,5 22,63 0,82 c c c e c c e f c d c e d a d c e f c g c d b d c e d Médias seguidas de mesma letra na coluna, não diferem significativamente pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. *: Tempo de cozimento em minutos 39 Entretanto, um problema na indicação de genótipos com alto teor de proteína é a correlação negativa desta característica com a produtividade de grãos, citada por diversos autores LEMOS et al. (2004), MELLO FILHO et al. (2004) e BASSO et al. (2011), sendo confirmada neste trabalho (Anexo 20). 4.4 PRODUTIVIDADE DE GRÃOS Na Tabela 13, são apresentados os dados de média de produtividade separados por safra e a média geral dos genótipos em todos os ambientes avaliados, onde observa-se que a maior média de produtividade foi obtida na safra das águas (2.971 kg.ha-1) para a safra da seca a média foi de 2.831 kg.ha-1 e na safra de inverno foi obtida a menor média, 1.759 kg.ha-1. Estes resultados são semelhantes aos obtidos por PEREIRA et al (2010), que avaliando 16 genótipos de feijoeiro no estado de Santa Catarina obtiveram a maior média de produção na safra das águas, com 2.977 kg.ha-1, e de 2.177 kg.ha-1 na safra da seca. Para safra das águas (Tabela 13), observou-se que para genótipos de tegumento preto, apenas a linhagem LP 09-192 (3.455 kg.ha-1) foi superior estatisticamente à testemunha de melhor desempenho IAC Una (2.609 kg.ha-1) pelo teste de Dunnet a 5% de probabilidade e considerando-se genótipos de tegumento carioca nenhum genótipo diferiu estatisticamente da testemunha IAC Alvorada (3.125 kg.ha-1). Considerando a safra da seca (Tabela 13), apenas o genótipo LP 09-40 (3.217 kg.ha-1) de tegumento carioca foi superior estatisticamente à testemunha de melhor desempenho IAC Alvorada (2.753 kg.ha-1) pelo teste de Dunnet a 5%. Entre os genótipos de tegumento preto, somente a linhagem CNFP 10794 (3.323 kg.ha-1) foi superior à testemunha de melhor desempenho IAC Una (2.933 kg.ha-1). Considerando-se a safra de inverno, nenhum genótipo obteve desempenho estatisticamente superior às testemunhas de melhor desempenho. Analisando a média geral dos genótipos (Tabela 13), quando considerado todos os ambientes, nota-se que no caso dos genótipos de tegumento carioca, a testemunha de melhor desempenho foi a cultivar IAC – Alvorada (2.543 kg.ha-1), e que somente o genótipo LP 09-40 com a produtividade média de 2.822 kg.ha-1 foi superior estatisticamente a esta testemunha pelo teste de Dunnet a 5%. Para os genótipo de tegumento preto foi observado que somente o genótipo CNFP 10794 obteve produtividade média de 2.756 kg.ha-1 sendo estatisticamente superior à testemunha IAC Una (2.477 kg.ha-1). 40 Tabela 13. Produtividade média dos genótipos em kg.ha-1 por safra e geral para todos ambientes. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 Média CV% Tegumento TC E C C C C C C C P C C P TP TP TC C P P C C C P P P P P Águas 3.125 2.493 3.104 3.065 2.897 3.125 3.319 2.980 3.208 2.577 3.180 3.140 3.016 2.514 2.860 2.770 3.357 3.269 3.455* 3.604 2.708 2.948 2.728 3.033 2.768 2.828 2.150 2.971 15,64 Seca 2.753 2.455 2.922 2.890 3.003 2.980 2.953 2.465 2.997 2.785 2.509 2.793 3.323* 2.491 2.933 2.683 3.074 2.722 2.892 3.217* 2.5.81 3.025 2.666 2.918 2.932 2.667 2.798 2.831 13,6 Inverno 1.917 1.723 1.761 1.852 1.654 1.632 1.739 1.879 2.042 1.615 1.784 1.948 2.003 1.541 1.746 1.713 1.918 1.791 1.850 1.868 1.693 1.952 1.688 1.568 1.459 1.646 1.514 1.759 20,9 Geral 2.543 2.195 2.542 2.554 2.478 2.522 2.602 2.385 2.701 2.299 2.419 2.573 2.756* 2.147 2.477 2.349 2.723 2.523 2.656 2.822* 2.287 2.610 2.322 2.451 2.346 2.327 2.154 2.473 16,23 *: diferença significativa pelo teste de Dunnet a 5% de significância em relação a melhor testemunha de tegumento carioca (C) preto (P). (E): Grão Especial (TC), (TP): testemunha de tegumento carioca e preto respectivamente. Valores em negrito corresponde a melhor testemunha para cada tipo de tegumento 4.5 ESTRATIFICAÇÃO AMBIENTAL A partir da análise conjunta (Tabela 10), foi verificada para fonte de variação GxA alta significância (p<0,01) para todas as características avaliadas, o que indica que os genótipos apresentaram respostas diferenciadas em cada ambiente de avaliação, o que dificulta a indicação de um genótipo superior para todos os ambientes. De acordo com CRUZ et al. (2004), para contornar os inconvenientes proporcionados por esta interação, recomenda-se o emprego de análises de estratificação ambiental em conjunto das análises de adaptabilidade e estabilidade. 41 O conceito básico da análise de estratificação ambiental se fundamenta na subdivisão de regiões heterogêneas em grupos de sub-regiões mais uniformes, buscando reunir ambientes de classificação genotípica similar, independentemente da qualidade. CRUZ E CASTOLDI (1991) propuseram um método para formação de subgrupos com pares de ambientes, onde a interação GxA apresente natureza predominantemente simples, de modo que os genótipos apresentem comportamento coerente de um ambiente para o outro, ou que não sofram alterações relevantes que comprometam as recomendações das cultivares. Pelo método de CRUZ E CASTOLDI (1991), para os 175 pares combinações possíveis entre os 19 ambientes de estudo (Tabela 14), foi observado que apenas 19 combinações apresentaram interação GxA com predominância de parte simples (PS% > 50) para a produtividade de grãos. Tabela 14. Porcentagem da parte simples da interação genótipo x ambiente para a variável produção de grãos. Pares PS(%) CBA.11 x MOA.11 32,0 CBA.11 x AVS.12 30,6 CBA.11 x VTI.12 69,0 CBA.11 x COI.12 26,1 CBA.11 x CBA.12 20,9 CBA.11 x TQA.12 30,3 CBA.11 x ITS.13 4,1 CBA.11 x TQS.13 1,1 CBA.11 x VTI.13 44,2 MOA.11 x TQS.12 46,4 MOA.11 x MOS.12 20,6 MOA.11 x RPI.12 9,6 MOA.11 x ANI.12 48,2 MOA.11 x ITA.12 0,8 MOA.11 x MOS.13 2,3 MOA.11 x ARS.13 13,9 MOA.11 x ANI.13 28,4 MOA.11 x RPI.13 15,5 TQS.12 x MOS.12 69,1 TQS.12 x RPI.12 35,1 TQS.12 x ANI.12 68,2 TQS.12 x ITA.12 6,8 TQS.12 x MOS.13 33,1 TQS.12 x ARS.13 48,0 TQS.12 x ANI.13 40,9 TQS.12 x RPI.13 4,2 AVS.12 x VTI.12 28,0 AVS.12 x COI.12 31,4 AVS.12 x CBA.12 9,3 AVS.12 x TQA.12 31,3 AVS.12 x ITS.13 0,9 AVS.12 x TQS.13 14,9 AVS.12 x VTI.13 29,2 MOS.12 x VTI.12 13,5 MOS.12 x COI.12 35,0 Pares PS(%) CBA.11 x TQS.12 22,09 CBA.11 x MOS.12 47,82 CBA.11 x RPI.12 60,87 CBA.11 x ANI.12 77,22 CBA.11 x ITA.12 36,21 CBA.11 x MOS.13 23,92 CBA.11 x ARS.13 41,74 CBA.11 x ANI.13 45,44 CBA.11 x RPI.13 7,21 MOA.11 x AVS.12 21,99 MOA.11 x VTI.12 9,40 MOA.11 x COI.12 20,31 MOA.11 x CBA.12 20,42 MOA.11 x TQA.12 6,47 MOA.11 x ITS.13 1,27 MOA.11 x TQS.13 15,21 MOA.11 x VTI.13 30,58 TQS.12 x AVS.12 24,70 TQS.12 x VTI.12 36,84 TQS.12 x COI.12 46,89 TQS.12 x CBA.12 18,98 TQS.12 x TQA.12 29,78 TQS.12 x ITS.13 5,20 TQS.12 x TQS.13 0,90 TQS.12 x VTI.13 43,49 AVS.12 x MOS.12 39,52 AVS.12 x RPI.12 30,19 AVS.12 x ANI.12 55,51 AVS.12 x ITA.12 13,89 AVS.12 x MOS.13 2,44 AVS.12 x ARS.13 30,01 AVS.12 x ANI.13 44,32 AVS.12 x RPI.13 2,54 MOS.12 x RPI.12 3,34 MOS.12 x ANI.12 42,62 Pares VTI.12 x MOS.13 VTI.12 x ARS.13 VTI.12 x ANI.13 VTI.12 x RPI.13 RPI.12 x ANI.12 RPI.12 x ITA.12 RPI.12 x MOS.13 RPI.12 x ARS.13 RPI.12 x ANI.13 RPI.12 x RPI.13 COI.12 x CBA.12 COI.12 x TQA.12 COI.12 x ITS.13 COI.12 x TQS.13 COI.12 x VTI.13 ANI.12 x CBA.12 ANI.12 x TQA.12 ANI.12 x ITS.13 ANI.12 x TQS.13 ANI.12 x VTI.13 CBA.12 x ITA.12 CBA.12 x MOS.13 CBA.12 x ARS.13 CBA.12 x ANI.13 CBA.12 x RPI.13 ITA.12 x MOS.13 ITA.12 x ARS.13 ITA.12 x ANI.13 ITA.12 x RPI.13 TQA.12 x ITS.13 TQA.12 x TQS.13 TQA.12 x VTI.13 MOS.13 x ITS.13 MOS.13 x TQS.13 MOS.13 x VTI.13 PS(%) 17,8 14,3 16,6 6,3 48,6 57,4 18,0 16,1 13,7 17,4 35,1 16,7 3,2 9,3 18,9 73,8 53,0 69,3 71,0 48,7 13,6 44,7 41,6 56,9 12,1 12,5 30,8 50,4 12,2 3,0 8,7 22,3 28,0 4,4 15,1 VTI.12 VTI.12 VTI.12 RPI.12 RPI.12 RPI.12 RPI.12 RPI.12 RPI.12 COI.12 COI.12 COI.12 COI.12 COI.12 COI.12 ANI.12 ANI.12 ANI.12 ANI.12 ANI.12 CBA.12 CBA.12 CBA.12 CBA.12 ITA.12 ITA.12 ITA.12 ITA.12 TQA.12 TQA.12 TQA.12 TQA.12 MOS.13 MOS.13 MOS.13 Pares PS(%) x ITS.13 42,6 x TQS.13 18,0 x VTI.13 10,6 x COI.12 23,5 x CBA.12 32,6 x TQA.12 15,9 x ITS.13 50,1 x TQS.13 22,7 x VTI.13 17,2 x ANI.12 61,4 x ITA.12 8,1 x MOS.13 2,5 x ARS.13 17,4 x ANI.13 31,7 x RPI.13 0,4 x ITA.12 69,4 x MOS.13 59,7 x ARS.13 26,2 x ANI.13 19,5 x RPI.13 57,3 x TQA.12 20,3 x ITS.13 0,6 x TQS.13 1,1 x VTI.13 36,7 x TQA.12 27,6 x ITS.13 23,6 x TQS.13 7,7 x VTI.13 10,6 x MOS.13 10,5 x ARS.13 18,1 x ANI.13 27,3 x RPI.13 8,6 x ARS.13 23,3 x ANI.13 13,8 x RPI.13 4,7 42 MOS.12 MOS.12 MOS.12 MOS.12 MOS.12 VTI.12 VTI.12 VTI.12 x CBA.12 x TQA.12 x ITS.13 x TQS.13 x VTI.13 x RPI.12 x ANI.12 x ITA.12 44,3 24,4 20,9 11,7 25,8 30,8 62,9 66,7 MOS.12 MOS.12 MOS.12 MOS.12 MOS.12 VTI.12 VTI.12 VTI.12 x x x x x x x x ITA.12 MOS.13 ARS.13 ANI.13 RPI.13 COI.12 CBA.12 TQA.12 20,97 16,65 20,45 12,52 7,04 7,42 41,23 18,80 ITS.13 ITS.13 ITS.13 ARS.13 ARS.13 TQS.13 ANI.13 VTI.13 x ARS.13 x ANI.13 x RPI.13 x ANI.13 x RPI.13 x VTI.13 x VTI.13 x RPI.13 35,4 39,7 15,7 3,5 49,0 18,8 26,2 13,2 ITS.13 ITS.13 ARS.13 ARS.13 TQS.13 TQS.13 ANI.13 x TQS.13 x VTI.13 x TQS.13 x VTI.13 x ANI.13 x RPI.13 x RPI.13 5,0 1,9 34,1 7,9 28,8 2,3 30,4 Valores em itálico correspondem aos pares de ambientes com % da parte simples da interação maior que 50% Nota-se que houve um padrão entre pares de locais apenas para safra de inverno para os locais VTI.12 x ANI.12, COI.12 x ANI.12 no mesmo ano agrícola e ANI.12 x RPI.13 em anos diferentes na mesma safra, indicando que os genótipos não sofreram alterações relevantes em sua classificação para esta safra, o que provavelmente se deve ao fato de que o cultivo de feijoeiro para safra de inverno é recomendado apenas para municípios da região norte do estado de São Paulo, desta maneira, as condições climáticas foram semelhantes entre os ambientes avaliados, proporcionando assim, pouca alteração na classificação para produtividade de grãos dos genótipos nesta safra. Pela método da análise de fatores proposta por MURAKAMI E CRUZ (2004) permite-se a formação de grupos de ambientes altamente correlacionados dentro de cada fator obtido. No presente caso (Tabela 15), os sete autovalores acima de 1 absorveram 75,22% da variação total, deste modo optou-se por utilizar mais 1 autovalor, fixando o número total de 8 fatores pare serem utilizados nos agrupamentos passando assim a absorver 80,1% da variação total. Com exceção dos ambientes RPI.12 e COI.12, as comunalidades (Tabela 15) apresentaram valores acima de 0,70, o que indica alta eficiência do processo de fatoração para o agrupamento dos ambientes (GARBUGLIO et al. 2007). Segundo CRUZ e CARNEIRO (2003), valores de comunalidades superiores a 0,64 são aceitos como razoáveis, pois equivalem a uma correlação de 0,80 entre a variável padronizada (xj) e a parte comum que explica esta variável (zj). O fator 1 (Tabela 15), permitiu o agrupamento dos ambientes TQS.12, AVS.12 e MOS.12, que apresentaram cargas fatoriais acima de 0,70, sendo interessante, pois estes experimentos foram realizados durante a safra da seca de 2012, levando a inferir que os genótipos tiveram comportamentos similares durante esta safra nos locais avaliados. Desta forma, se estes resultados se repetissem ao longo dos anos, poderia ser levado em consideração a exclusão de 2 destes locais da rede experimental, o que representaria economia de recursos. 43 Tabela 15. Estratificação ambiental para produtividade por meio da analise de fatores, com 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 19 ambientes no estado de São Paulo. Autovalor Cargas fatoriais após rotação % Ambiente Comunalidades Acumulada Fator 1 Fator 2 Fator 3 Fator 4 Fator 5 Fator 6 Fator 7 Fator 8 4,459 23,47 CBA.11 0,461 0,521 0,180 0,093 -0,005 0,022 -0,160 -0,179 0,833 2,782 38,11 MOA.11 0,306 0,091 -0,095 -0,132 0,038 0,169 -0,850 0,049 0,883 1,954 48,40 TQS.12 0,825 -0,064 0,001 0,136 -0,196 -0,198 -0,168 -0,129 0,826 1,569 56,65 AVS.12 0,715 0,148 0,375 -0,243 0,312 0,348 0,050 -0,078 0,826 1,327 63,64 MOS.12 0,798 0,146 0,053 0,205 -0,055 -0,001 -0,136 0,245 0,784 1,165 69,77 VTI.12 0,034 0,871 0,056 0,150 -0,039 0,032 -0,025 0,059 0,792 1,037 75,23 RPI.12 -0,059 0,769 -0,079 -0,027 0,055 0,181 -0,062 0,216 0,688 0,927 80,11 COI.12 0,660 0,003 0,157 0,116 0,220 0,191 -0,185 -0,095 0,602 0,886 84,77 ANI.12 -0,117 0,741 0,001 0,367 0,390 -0,278 -0,215 0,203 0,758 0,682 88,36 CBA.12 0,297 -0,013 0,103 0,751 -0,099 0,263 0,000 -0,206 0,784 0,604 91,54 ITA.12 0,086 0,732 0,215 0,005 -0,186 0,217 0,380 -0,319 0,917 0,461 93,97 TQA.12 0,252 0,228 0,829 0,074 0,061 0,062 -0,016 -0,009 0,816 0,369 95,91 MOS.13 0,083 0,190 -0,029 0,822 0,000 -0,068 0,034 0,159 0,750 0,292 97,45 ITS.13 -0,017 0,371 -0,533 0,137 0,171 0,158 0,557 -0,167 0,834 0,176 98,37 ARS.13 0,046 0,136 -0,032 -0,007 -0,041 -0,029 0,054 0,927 0,887 0,153 99,18 TQS.13 0,028 -0,049 0,019 -0,064 0,936 -0,011 -0,040 -0,056 0,890 0,065 99,52 ANI.13 0,028 0,211 0,042 0,096 -0,027 0,886 -0,183 0,038 0,878 0,051 99,79 VTI.13 0,289 0,163 0,265 0,259 0,144 0,162 -0,636 -0,132 0,716 0,040 100,00 RPI.13 -0,226 -0,249 0,711 0,130 Valores em itálico correspondem aos ambientes agrupados no fator -0,045 0,248 -0,325 0,548 0,757 Entretanto, como mencionam PEREIRA et al. (2010), as variações ambientais variam ao longo dos anos e a eliminação de um local de uma rede de ensaios por ser identificado como pouco informativo em apenas uma safra, pode ser precipitada. Este resultado foi confirmado na safra da seca do ano de 2013, onde embora não tenha sido realizado o experimento no município de Avaré, os ambientes MOS.13 e TQS.13, não foram novamente alocados no mesmo grupo. O fator 2 (Tabela 15) originou um subgrupo contendo os ambientes VTI.12, RPI.12, ANI.12 e ITA.12, confirmando o resultado obtido por meio da metodologia de CRUZ E CASTOLDI (1991), onde os genótipos apresentaram comportamentos similares para safra de inverno. O fator 3 gerou um sub grupo contendo os ambientes TQA.12 e RPI.13, o fator 4 agrupou os ambientes CBA.12 e MOS.13. Já os fatores 5, 6 e 7 contiveram apenas 1 ambiente cada, sendo o TQS.13, ANI.13 e ARS.13 respectivamente. O fator 7 não agrupou nenhum ambiente. Segundo CROSSA (1990), uma característica marcante dos modelos multivariados é que eles buscam capitalizar grande parte do chamado “padrão” nos primeiros fatores principais, relegando aos fatores subsequentes, cada vez menos “padrão” e mais “ruído”. Desta forma, quanto mais variação for captada nos primeiros fatores, preferencialmente os dois primeiros, menos “ruídos” associados haverá, melhorando assim a qualidade das estimativas. 44 É possível constatar que as metodologias foram eficientes em discriminar os conjuntos de ambientes semelhantes, entretanto o método de análise de fatores proporciona uma melhor interpretação dos resultados, agrupando um maior número de ambientes comuns, em comparação com o método de CRUZ E CASTOLDI (1991) que apresenta a comparação apenas entre pares de ambientes. Desta maneira, foi possível observar padrões na classificação dos genótipos avaliados na safra de inverno e da seca, demonstrando que os genótipos sofreram maiores interações GxA entre safras que dentro de safras, provavelmente devido a maior semelhança das condições climáticas. Na literatura, o único trabalho de estratificação ambiental para a cultura do feijoeiro no estado de São Paulo foi o realizado por CARBONELL E POMPEU (1997), que agruparam os municípios de Ribeirão Preto, Votuporanga, Aguaí, Mococa e Riversul. Estes autores citaram a importância do conhecimento da existência de ambientes contrastantes para avaliação de genótipos quanto ao comportamento em relação aos agentes patogênicos e demais fatores estressantes. De maneira geral, entre os ambientes deste estudo não foram detectados locais com alta correlação entre a classificação dos genótipos para a variável produtividade de grãos, não sendo possível a exclusão de ambientes da rede experimental. Para coloração do tegumento (Tabela 16), de acordo com o método de CRUZ E CASTOLDI (1991), foi possível observar que apenas 14 pares de ambientes não apresentaram interação GxA com predominância do tipo simples (PS% > 50%), indicando que embora esta característica sofra influência pela interação GxA, a interação é predominante do tipo simples, ou seja, a classificação relativa dos genótipos não é alterada pelo estímulo ambiental. Desta maneira, pode-se dizer que a seleção para cor de grão pode ser feita por meio da média de apenas um ambiente. Observa-se também, que a maioria das interações GxA do tipo complexa (Tabela 16) ocorreram entre pares com o ambiente COI.12 , onde ocorreram fortes chuvas durante o período da colheita o que proporcionou uma considerável perda na qualidade dos grãos. Por meio da metodologia da análise de fatores (Tabela 17), os quatro autovalores acima de 1 absorveram 81,38% do total da variação, sendo assim fixado o número de 4 fatores para serem utilizados nos agrupamentos. Com exceção dos ambientes ITS.13 e ARS.13, o restante das comunalidades apresentaram valores acima de 0,70 indicando alta eficiência da representação das variáveis (GARBUGLIO et al. 2007). 45 Tabela 16. Porcentagem da parte simples da interação genótipo x ambiente para a variável coloração do tegumento dos grãos. CBA.11 CBA.11 CBA.11 CBA.11 CBA.11 CBA.11 CBA.11 CBA.11 CBA.11 MOA.11 MOA.11 MOA.11 MOA.11 MOA.11 MOA.11 MOA.11 MOA.11 MOA.11 TQS.12 TQS.12 TQS.12 TQS.12 TQS.12 TQS.12 TQS.12 TQS.12 AVS.12 AVS.12 AVS.12 AVS.12 AVS.12 AVS.12 AVS.12 VTI.12 VTI.12 VTI.12 VTI.12 RPI.12 RPI.12 RPI.12 RPI.12 RPI.12 RPI.12 Pares PS(%) x MOA.11 93,5 x AVS.12 74,3 x VTI.12 99,5 x COI.12 47,4 x CBA.12 96,2 x TQA.12 99,0 x AVS.12 90,6 x TQS.13 89,3 x VTI.13 98,4 x TQS.12 95,9 x MOS.12 92,0 x RPI.12 96,5 x ANI.12 97,1 x ITA.12 92,6 x MOS.13 95,7 x ARS.13 90,7 x ANI.13 94,7 x RPI.13 86,1 x MOS.12 95,1 x RPI.12 96,7 x ANI.12 96,6 x ITA.12 95,5 x MOS.13 96,1 x ARS.13 93,7 x ANI.13 96,2 x RPI.13 92,8 x VTI.12 81,4 x COI.12 43,4 x CBA.12 74,0 x TQA.12 76,5 x AVS.12 74,6 x TQS.13 73,3 x VTI.13 78,2 x MOS.13 94,7 x ARS.13 99,3 x ANI.13 97,2 x RPI.13 97,3 x ANI.12 94,6 x ITA.12 98,4 x MOS.13 95,3 x ARS.13 98,8 x ANI.13 97,1 x RPI.13 96,9 Pares CBA.11 CBA.11 CBA.11 CBA.11 CBA.11 CBA.11 CBA.11 CBA.11 CBA.11 MOA.11 MOA.11 MOA.11 MOA.11 MOA.11 MOA.11 MOA.11 MOA.11 TQS.12 TQS.12 TQS.12 TQS.12 TQS.12 TQS.12 TQS.12 TQS.12 AVS.12 AVS.12 AVS.12 AVS.12 AVS.12 AVS.12 AVS.12 AVS.12 VTI.12 VTI.12 VTI.12 RPI.12 RPI.12 RPI.12 RPI.12 RPI.12 RPI.12 COI.12 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x TQS.12 MOS.12 RPI.12 ANI.12 ITA.12 MOS.13 ARS.13 ANI.13 RPI.13 AVS.12 VTI.12 COI.12 CBA.12 TQA.12 AVS.12 TQS.13 VTI.13 AVS.12 VTI.12 COI.12 CBA.12 TQA.12 AVS.12 TQS.13 VTI.13 MOS.12 RPI.12 ANI.12 ITA.12 MOS.13 ARS.13 ANI.13 RPI.13 AVS.12 TQS.13 VTI.13 COI.12 CBA.12 TQA.12 AVS.12 TQS.13 VTI.13 ANI.12 PS(%) 96,1 96,5 99,4 98,9 95,5 98,8 95,0 98,7 91,8 71,7 96,8 47,6 88,9 93,2 87,6 86,6 93,5 81,6 97,3 64,2 94,4 96,6 93,9 92,9 95,8 76,6 80,5 82,1 75,3 81,7 73,2 79,2 73,3 96,6 94,2 98,0 46,5 99,3 98,9 96,5 95,3 97,5 45,9 Pares MOS.12 MOS.12 MOS.12 MOS.12 MOS.12 MOS.12 MOS.12 VTI.12 VTI.12 VTI.12 COI.12 COI.12 COI.12 COI.12 COI.12 ANI.12 ANI.12 ANI.12 ANI.12 ANI.12 CBA.12 CBA.12 CBA.12 CBA.12 CBA.12 ITA.12 ITA.12 ITA.12 ITA.12 TQA.12 TQA.12 TQA.12 MOS.13 MOS.13 MOS.13 ITS.13 ITS.13 ITS.13 ARS.13 ARS.13 TQS.13 ANI.13 VTI.13 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x VTI.12 COI.12 CBA.12 TQA.12 AVS.12 TQS.13 VTI.13 RPI.12 ANI.12 ITA.12 CBA.12 TQA.12 AVS.12 TQS.13 VTI.13 CBA.12 TQA.12 AVS.12 TQS.13 VTI.13 ITA.12 MOS.13 ARS.13 ANI.13 RPI.13 MOS.13 ARS.13 ANI.13 RPI.13 AVS.12 TQS.13 VTI.13 AVS.12 TQS.13 VTI.13 ARS.13 ANI.13 RPI.13 ANI.13 RPI.13 VTI.13 VTI.13 RPI.13 PS(%) 98,5 46,8 97,8 94,2 91,7 90,5 96,3 96,3 95,2 99,1 48,0 46,2 46,1 44,7 46,1 98,6 98,0 97,5 95,9 99,0 94,7 99,1 92,3 98,7 93,3 99,0 96,5 97,8 90,3 90,8 89,4 97,2 97,3 96,3 98,1 94,5 94,6 87,1 98,3 88,4 91,2 97,4 97,7 Pares MOS.12 MOS.12 MOS.12 MOS.12 MOS.12 MOS.12 MOS.12 VTI.12 VTI.12 VTI.12 COI.12 COI.12 COI.12 COI.12 COI.12 ANI.12 ANI.12 ANI.12 ANI.12 ANI.12 CBA.12 CBA.12 CBA.12 CBA.12 ITA.12 ITA.12 ITA.12 ITA.12 TQA.12 TQA.12 TQA.12 TQA.12 MOS.13 MOS.13 MOS.13 ITS.13 ITS.13 ARS.13 ARS.13 TQS.13 TQS.13 ANI.14 x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x x RPI.12 ANI.12 ITA.12 MOS.13 ARS.13 ANI.13 RPI.13 COI.12 CBA.12 TQA.12 ITA.12 MOS.13 ARS.13 ANI.13 RPI.13 ITA.12 MOS.13 ARS.13 ANI.13 RPI.13 TQA.12 AVS.12 TQS.13 VTI.13 TQA.12 AVS.12 TQS.13 VTI.13 MOS.13 ARS.13 ANI.13 RPI.13 ARS.13 ANI.13 RPI.13 TQS.13 VTI.13 TQS.13 VTI.13 ANI.13 RPI.13 RPI.13 PS(%) 98,8 98,4 95,0 99,4 97,5 97,3 93,8 45,8 99,2 99,4 46,8 46,6 49,6 45,9 48,3 99,3 95,3 98,4 97,7 97,1 98,4 91,7 90,3 98,9 95,4 92,3 90,2 96,9 97,9 97,1 98,1 95,2 98,6 97,7 97,0 92,0 92,8 93,0 97,2 94,0 86,0 96,2 Valores em itálico correspondem aos pares de ambientes com % da parte simples da interação maior que 50% O primeiro fator (Tabela 17) agrupou 13 ambientes, sendo CBA11, MOA.11, AVS.12, MOS.12, VTI.12, RPI.12, ANI.12, CBA.12, ITA.12, TQA.12, ANI.13, VTI.13 e RPI.13, ou seja, 74% dos ambientes foram agrupados no mesmo fatos, o que confirma os resultados obtidos pelo método de CRUZ E CASTOLDI (1991). Isto demonstra que embora esta característica seja considerada complexa, sendo controlada por mais de 18 genes (GEPTS E DEBOUCK, 1993), não foram observadas diferenças na classificação dos genótipos na maioria dos ambientes avaliados. 46 Provavelmente este fato foi observado devido a avaliação de genótipos com baixa variabilidade genética para esta característica, ou seja, apenas com tegumento carioca e preto. A partir destes resultados pode-se inferir que a seleção para esta característica pode ser realizada com base na avaliação de um ou poucos ambientes, pois como a classificação dos genótipos sofre pouca alteração entre ambientes avaliados, a expressão desta característica será similar aos outros ambientes avaliados. Tabela 17. Estratificação ambiental para coloração do tegumento por meio da analise de fatores, com 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 19 ambientes no estado de São Paulo. Autovalor 10,57 1,97 1,68 1,25 0,85 0,74 0,61 0,46 0,34 0,21 0,14 0,10 0,06 0,02 0,01 0,00 0,00 0,00 0,00 % Ambiente Acumulada 55,61 65,95 74,78 81,38 85,86 89,76 92,98 95,39 97,16 98,24 99,00 99,54 99,85 99,95 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 CBA.11 MOA.11 TQS.12 AVS.12 MOS.12 VTI.12 RPI.12 COI.12 ANI.12 CBA.12 ITA.12 TQA.12 MOS.13 ITS.13 ARS.13 TQS.13 ANI.13 VTI.13 Cargas fatoriais após rotação Fator 1 0,946 0,734 0,374 0,820 0,818 0,890 0,856 0,224 0,793 0,829 0,806 0,927 0,759 -0,056 0,567 0,097 0,880 0,931 0,837 Fator 2 -0,190 -0,109 -0,659 0,025 0,111 -0,178 -0,019 0,026 0,387 -0,185 0,105 -0,228 0,392 0,579 -0,124 0,793 0,183 0,151 -0,044 Fator 3 0,150 0,427 0,477 -0,116 -0,256 0,163 -0,029 -0,334 0,100 -0,254 0,369 0,048 -0,316 0,510 0,398 0,314 -0,073 -0,194 -0,394 RPI.13 Valores em itálico correspondem aos ambientes agrupados no fator Fator 4 0,014 0,286 -0,005 -0,277 0,113 0,061 0,076 0,839 0,141 -0,300 0,214 -0,103 0,189 0,047 -0,051 -0,275 -0,129 -0,114 -0,239 Comunalidades 0,953 0,814 0,803 0,764 0,759 0,855 0,739 0,866 0,809 0,875 0,842 0,924 0,866 0,600 0,498 0,811 0,829 0,940 0,915 Os resultados da estratificação ambiental para o teor de proteína nos grãos por meio dos métodos de CRUZ E CASTOLDI (1991) e análise de fatores encontram-se respectivamente nas Tabelas 18 e 19, onde é possível observar que apenas cinco pares de ambientes apresentaram maior porcentagem de interação do tipo simples (Tabela 18), o que corrobora com o citado por RIBEIRO et al. (2005), onde relataram que o controle genético do teor de proteína nos grãos é complexo, sendo que a variação do teor de proteína não depende somente do gene que controla sua síntese e acumulação, mas também de genes que controlam outros fatores, tais como a absorção de nutrientes, maturação e rendimento. Além disso, segundo FARINELLI (2006) existem evidências de que, além da própria cultivar, o conteúdo proteico dos feijões pode ser influenciado por fatores 47 climáticos e pelo local de cultivo e pela quantidade de adubação nitrogenada. Contudo, BURATTO et al. (2009) e RIBEIRO (2010) citaram a existência de variabilidade genética para características de qualidade nutricional em grãos de feijão, sendo possível assim a obtenção de genótipos promissores por meio do melhoramento genético, sendo isto observado na testemunha de tegumento preto IAC Diplomata, que demonstrou alto potencial para teor de proteína nos grãos em todos os ambientes avaliados (Anexos 1 ao 19). Tabela 18. Porcentagem da parte simples da interação genótipo x ambiente para a variável porcentagem de proteína nos grãos. Pares PS(%) x CBA.11 MOA.11 16,8 CBA.11 x AVS.12 38,7 CBA.11 x VTI.12 31,1 CBA.11 x COI.12 34,5 CBA.11 x CBA.12 41,3 CBA.11 x TQA.12 45,0 CBA.11 x ITS.13 50,1 CBA.11 x TQS.13 46,9 CBA.11 x VTI.13 45,7 MOA.11 x TQS.12 33,0 MOA.11 x MOS.12 18,6 MOA.11 x RPI.12 8,9 MOA.11 x ANI.12 24,6 MOA.11 x ITA.12 10,7 MOA.11 x MOS.13 16,1 MOA.11 x ARS.13 29,2 MOA.11 x ANI.13 41,6 MOA.11 x RPI.13 25,6 TQS.12 x MOS.12 22,5 TQS.12 x RPI.12 32,7 TQS.12 x ANI.12 12,9 TQS.12 x ITA.12 42,9 TQS.12 x MOS.13 18,7 TQS.12 x ARS.13 48,4 TQS.12 x ANI.13 17,4 TQS.12 x RPI.13 27,1 AVS.12 x VTI.12 49,3 AVS.12 x COI.12 33,5 AVS.12 x CBA.12 33,4 AVS.12 x TQA.12 35,9 AVS.12 x ITS.13 47,5 AVS.12 x TQS.13 21,5 AVS.12 x VTI.13 30,1 MOS.12 x VTI.12 3,1 MOS.12 x COI.12 28,8 MOS.12 x CBA.12 22,3 MOS.12 x TQA.12 31,2 MOS.12 x ITS.13 11,0 MOS.12 x TQS.13 17,1 MOS.12 x VTI.13 29,1 VTI.12 x RPI.12 2,8 VTI.12 x ANI.12 24,0 VTI.12 x ITA.12 32,2 Pares PS(%) CBA.11 x TQS.12 51,7 CBA.11 x MOS.12 31,3 CBA.11 x RPI.12 28,4 CBA.11 x ANI.12 22,6 CBA.11 x ITA.12 43,8 CBA.11 x MOS.13 41,2 CBA.11 x ARS.13 42,7 CBA.11 x ANI.13 32,5 CBA.11 x RPI.13 38,7 MOA.11 x AVS.12 13,0 MOA.11 x VTI.12 21,4 MOA.11 x COI.12 22,3 MOA.11 x CBA.12 11,2 MOA.11 x TQA.12 32,1 MOA.11 x ITS.13 12,3 MOA.11 x TQS.13 21,8 MOA.11 x VTI.13 49,6 TQS.12 x AVS.12 25,6 TQS.12 x VTI.12 38,6 TQS.12 x COI.12 24,2 TQS.12 x CBA.12 53,3 TQS.12 x TQA.12 22,9 TQS.12 x ITS.13 7,5 TQS.12 x TQS.13 1,8 TQS.12 x VTI.13 27,7 AVS.12 x MOS.12 32,8 AVS.12 x RPI.12 28,0 AVS.12 x ANI.12 12,6 AVS.12 x ITA.12 49,0 AVS.12 x MOS.13 48,6 AVS.12 x ARS.13 34,3 AVS.12 x ANI.13 19,5 AVS.12 x RPI.13 24,3 MOS.12 x RPI.12 17,6 MOS.12 x ANI.12 4,6 MOS.12 x ITA.12 20,5 MOS.12 x MOS.13 26,8 MOS.12 x ARS.13 23,5 MOS.12 x ANI.13 10,3 MOS.12 x RPI.13 15,7 VTI.12 x COI.12 40,2 VTI.12 x CBA.12 34,0 VTI.12 x TQA.12 52,9 Pares VTI.12 x MOS.13 VTI.12 x ARS.13 VTI.12 x ANI.13 VTI.12 x RPI.13 RPI.12 x ANI.12 RPI.12 x ITA.12 RPI.12 x MOS.13 RPI.12 x ARS.13 RPI.12 x ANI.13 RPI.12 x RPI.13 COI.12 x CBA.12 COI.12 x TQA.12 COI.12 x ITS.13 COI.12 x TQS.13 COI.12 x VTI.13 ANI.12 x CBA.12 ANI.12 x TQA.12 ANI.12 x ITS.13 ANI.12 x TQS.13 ANI.12 x VTI.13 CBA.12 x ITA.12 CBA.12 x MOS.13 CBA.12 x ARS.13 CBA.12 x ANI.13 CBA.12 x RPI.13 ITA.12 x MOS.13 ITA.12 x ARS.13 ITA.12 x ANI.13 ITA.12 x RPI.13 TQA.12 x ITS.13 TQA.12 x TQS.13 TQA.12 x VTI.13 MOS.13 x ITS.13 MOS.13 x TQS.13 MOS.13 x VTI.13 ITS.13 x ARS.13 ITS.13 x ANI.13 ITS.13 x RPI.13 ARS.13 x ANI.13 ARS.13 x RPI.13 TQS.13 x VTI.13 ANI.13 x VTI.13 VTI.13 x RPI.13 PS(%) 33,9 52,8 25,1 24,6 24,2 6,5 30,4 39,1 45,3 35,7 25,4 34,9 33,9 37,2 32,6 34,8 23,1 15,2 6,0 9,5 35,4 23,2 44,6 14,4 24,0 46,2 35,4 22,6 21,2 25,3 2,8 34,1 38,5 32,5 31,6 25,1 20,6 35,2 32,8 31,9 4,6 44,2 15,8 Pares VTI.12 x ITS.13 VTI.12 x TQS.13 VTI.12 x VTI.13 RPI.12 x COI.12 RPI.12 x CBA.12 RPI.12 x TQA.12 RPI.12 x ITS.13 RPI.12 x TQS.13 RPI.12 x VTI.13 COI.12 x ANI.12 COI.12 x ITA.12 COI.12 x MOS.13 COI.12 x ARS.13 COI.12 x ANI.13 COI.12 x RPI.13 ANI.12 x ITA.12 ANI.12 x MOS.13 ANI.12 x ARS.13 ANI.12 x ANI.13 ANI.12 x RPI.13 CBA.12 x TQA.12 CBA.12 x ITS.13 CBA.12 x TQS.13 CBA.12 x VTI.13 ITA.12 x TQA.12 ITA.12 x ITS.13 ITA.12 x TQS.13 ITA.12 x VTI.13 TQA.12 x MOS.13 TQA.12 x ARS.13 TQA.12 x ANI.13 TQA.12 x RPI.13 MOS.13 x ARS.13 MOS.13 x ANI.13 MOS.13 x RPI.13 ITS.13 x TQS.13 ITS.13 x VTI.13 ARS.13 x TQS.13 ARS.13 x VTI.13 TQS.13 x ANI.13 TQS.13 x RPI.13 ANI.13 x RPI.13 PS(%) 43,949 41,208 45,994 31,01 18,634 53,676 41,345 40,499 35,014 24,345 35,623 34,965 45,508 32,191 30,572 23,959 7,1016 27,914 19,696 21,392 50,417 41,608 12,535 43,565 42,509 55,521 30,134 44,208 40,399 43,163 37,206 26,636 36,254 26,011 22,687 18,97 9,1499 25,677 41,836 17,333 22,982 27,154 Valores em itálico correspondem aos pares de ambientes com % da parte simples da interação maior que 50% 48 Por meio do método de análise de fatores foi possível observar que no fator 1 foram agrupados os ambientes ITA.12,AVS.12, MOS.13 e ITS.13. No fator 3 foram agrupados os ambientes ANI.13 e VTI.13, demonstrando a melhor capacidade deste método no agrupamento de ambientes, sendo observado certo padrão no desempenho dos genótipos quando avaliados na mesma safra, provavelmente devido à maior similaridade climática no cultivo realizado na mesma safra. Nos fatores 4 e 6 apenas um ambiente i alocado, sendo ANI.12 e RPI.12 respectivamente. Os ambientes MOS.12 e VTI.12 foram agrupados no fator 7 e os fatores 2 e 5 não agruparam nenhum ambiente. Tabela 19. Estratificação ambiental para porcentagem de proteína nos grãos por meio da analise de fatores, com 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 19 ambientes no estado de São Paulo. Autovalor 8,29 1,72 1,53 1,32 0,99 0,93 0,86 0,73 0,64 0,45 0,36 0,31 0,25 0,22 0,17 0,09 0,07 0,05 0,01 % Ambiente Fator Acumulada 1 CBA.11 43,64 0,456 MOA.11 -0,099 52,71 TQS.12 60,79 0,070 AVS.12 67,71 0,747 MOS.12 0,169 72,93 VTI.12 77,83 0,297 RPI.12 82,38 0,120 COI.12 86,23 0,393 ANI.12 89,60 0,102 CBA.12 91,98 0,392 ITA.12 93,87 0,816 TQA.12 95,51 0,429 MOS.13 0,744 96,84 ITS.13 97,98 0,806 ARS.13 98,85 0,281 TQS.13 99,32 0,228 ANI.13 99,67 0,264 VTI.13 99,94 0,306 RPI.13 100,00 0,213 Cargas fatoriais após rotação Fator Fator Fator Fator Fator Fator Comunalidades 2 3 4 5 6 7 -0,519 0,160 -0,098 -0,305 0,395 0,216 0,808 -0,106 0,789 0,119 -0,128 0,079 0,201 0,721 -0,908 0,168 0,087 -0,015 -0,030 0,065 0,870 -0,133 0,095 0,101 -0,102 0,107 0,432 0,803 -0,114 0,167 -0,056 -0,108 0,011 0,854 0,813 -0,149 0,133 0,057 -0,106 0,248 0,740 0,752 -0,016 0,153 -0,004 -0,092 0,917 0,171 0,916 -0,079 0,325 0,354 -0,440 0,172 0,393 0,770 -0,124 0,130 0,933 -0,027 0,035 -0,021 0,916 -0,619 0,018 0,302 0,211 0,245 0,333 0,844 -0,343 0,176 0,084 -0,115 -0,071 0,158 0,865 -0,194 0,364 0,303 0,258 0,397 0,385 0,818 -0,026 0,282 -0,059 -0,243 0,167 0,276 0,801 -0,062 -0,126 0,248 -0,159 0,350 0,025 0,880 -0,478 0,369 0,338 -0,236 0,276 0,380 0,834 0,022 0,035 0,005 -0,881 0,116 0,129 0,859 0,022 0,773 0,147 -0,103 0,462 -0,019 0,913 -0,360 0,731 -0,012 0,115 -0,042 0,209 0,817 -0,266 0,164 0,318 -0,384 0,505 0,063 0,651 Valores em itálico correspondem aos ambientes agrupados no fator As análises de estratificação ambiental para a característica tempo de cozimento por meio dos métodos de CRUZ E CASTOLDI (1991) e análise de fatores são apresentados nas Tabelas 20 e 21 respectivamente, sendo possível observar que apenas sete ambientes demonstraram maior parte da interação GxA do tipo simples, demonstrando a forte influencia ambiental exercida nesta característica. 49 Entretanto, pelo método de análise de fatores alguns padrões foram observados para esta característica, sendo possível o agrupamento de alguns ambientes de uma mesma safra. Neste caso, o fator 1 agrupou os ambientes VTI.12, RPI.12 e VTI.13. Tabela 20. Porcentagem da parte simples da interação genótipo x ambiente para a variável tempo médio de cozimento dos grãos. Pares PS(%) CBA.11 x MOA.11 -6,6 CBA.11 x AVS.12 10,6 CBA.11 x VTI.12 25,0 CBA.11 x COI.12 10,2 CBA.11 x CBA.12 0,3 CBA.11 x TQA.12 12,4 CBA.11 x ITS.13 -0,5 CBA.11 x TQS.13 4,6 CBA.11 x VTI.13 22,6 MOA.11 x TQS.12 0,9 MOA.11 x MOS.12 4,5 MOA.11 x RPI.12 9,7 MOA.11 x ANI.12 21,5 MOA.11 x ITA.12 0,0 MOA.11 x MOS.13 6,6 MOA.11 x ARS.13 6,1 MOA.11 x ANI.13 0,5 MOA.11 x RPI.13 3,4 TQS.12 x MOS.12 40,7 TQS.12 x RPI.12 34,3 TQS.12 x ANI.12 40,3 TQS.12 x ITA.12 16,8 TQS.12 x MOS.13 54,0 TQS.12 x ARS.13 71,6 TQS.12 x ANI.13 34,9 TQS.12 x RPI.13 51,4 AVS.12 x VTI.12 21,7 AVS.12 x COI.12 20,1 AVS.12 x CBA.12 -2,6 AVS.12 x TQA.12 12,1 AVS.12 x ITS.13 -9,8 AVS.12 x TQS.13 2,4 AVS.12 x VTI.13 -3,8 MOS.12 x VTI.12 8,4 MOS.12 x COI.12 16,2 MOS.12 x CBA.12 4,2 MOS.12 x TQA.12 3,9 MOS.12 x ITS.13 -4,5 MOS.12 x TQS.13 -1,7 MOS.12 x VTI.13 7,1 VTI.12 x RPI.12 48,6 VTI.12 x ANI.12 28,8 VTI.12 x ITA.12 52,2 Pares PS(%) CBA.11 x TQS.12 10,5 CBA.11 x MOS.12 3,9 CBA.11 x RPI.12 10,2 CBA.11 x ANI.12 -0,8 CBA.11 x ITA.12 29,5 CBA.11 x MOS.13 30,0 CBA.11 x ARS.13 19,6 CBA.11 x ANI.13 17,6 CBA.11 x RPI.13 3,0 MOA.11 x AVS.12 -13,5 MOA.11 x VTI.12 19,1 MOA.11 x COI.12 -4,6 MOA.11 x CBA.12 27,2 MOA.11 x TQA.12 1,1 MOA.11 x ITS.13 -1,0 MOA.11 x TQS.13 5,8 MOA.11 x VTI.13 28,1 TQS.12 x AVS.12 48,6 TQS.12 x VTI.12 60,4 TQS.12 x COI.12 44,7 TQS.12 x CBA.12 6,5 TQS.12 x TQA.12 16,1 TQS.12 x ITS.13 -2,8 TQS.12 x TQS.13 59,3 TQS.12 x VTI.13 34,3 AVS.12 x MOS.12 -6,6 AVS.12 x RPI.12 -6,3 AVS.12 x ANI.12 -15,6 AVS.12 x ITA.12 16,9 AVS.12 x MOS.13 24,3 AVS.12 x ARS.13 73,0 AVS.12 x ANI.13 12,0 AVS.12 x RPI.13 8,4 MOS.12 x RPI.12 15,2 MOS.12 x ANI.12 13,2 MOS.12 x ITA.12 2,2 MOS.12 x MOS.13 18,0 MOS.12 x ARS.13 11,3 MOS.12 x ANI.13 -3,9 MOS.12 x RPI.13 29,0 VTI.12 x COI.12 29,2 VTI.12 x CBA.12 14,2 VTI.12 x TQA.12 42,6 Pares PS(%) VTI.12 x MOS.13 36,7 VTI.12 x ARS.13 12,8 VTI.12 x ANI.13 28,0 VTI.12 x RPI.13 34,5 RPI.12 x ANI.12 27,6 RPI.12 x ITA.12 28,8 RPI.12 x MOS.13 23,6 RPI.12 x ARS.13 11,0 RPI.12 x ANI.13 17,7 RPI.12 x RPI.13 22,3 COI.12 x CBA.12 0,1 COI.12 x TQA.12 11,6 COI.12 x ITS.13 -2,7 COI.12 x TQS.13 3,2 COI.12 x VTI.13 18,5 ANI.12 x CBA.12 7,5 ANI.12 x TQA.12 -4,5 ANI.12 x ITS.13 -13,9 ANI.12 x TQS.13 27,3 ANI.12 x VTI.13 22,1 CBA.12 x ITA.12 6,8 CBA.12 x MOS.13 20,2 CBA.12 x ARS.13 19,3 CBA.12 x ANI.13 6,4 CBA.12 x RPI.13 6,8 ITA.12 x MOS.13 29,8 ITA.12 x ARS.13 27,2 ITA.12 x ANI.13 29,5 ITA.12 x RPI.13 26,0 TQA.12 x ITS.13 11,6 TQA.12 x TQS.13 5,7 TQA.12 x VTI.13 31,7 MOS.13 x ITS.13 -12,2 MOS.13 x TQS.13 16,0 MOS.13 x VTI.13 11,5 ITS.13 x ARS.13 22,2 ITS.13 x ANI.13 -17,0 ITS.13 x RPI.13 -7,1 ARS.13 x ANI.13 7,1 ARS.13 x RPI.13 18,9 TQS.13 x VTI.13 16,7 ANI.13 x VTI.13 8,0 VTI.13 x RPI.13 12,7 Pares PS(%) VTI.12 x ITS.13 2,0 VTI.12 x TQS.13 33,4 VTI.12 x VTI.13 24,3 RPI.12 x COI.12 34,8 RPI.12 x CBA.12 4,4 RPI.12 x TQA.12 9,2 RPI.12 x ITS.13 6,1 RPI.12 x TQS.13 10,0 RPI.12 x VTI.13 43,9 COI.12 x ANI.12 9,0 COI.12 x ITA.12 28,4 COI.12 x MOS.13 31,5 COI.12 x ARS.13 26,5 COI.12 x ANI.13 18,1 COI.12 x RPI.13 19,3 ANI.12 x ITA.12 4,4 ANI.12 x MOS.13 8,0 ANI.12 x ARS.13 0,5 ANI.12 x ANI.13 10,8 ANI.12 x RPI.13 28,9 CBA.12 x TQA.12 5,3 CBA.12 x ITS.13 -5,6 CBA.12 x TQS.13 -1,2 CBA.12 x VTI.13 18,9 ITA.12 x TQA.12 20,9 ITA.12 x ITS.13 6,1 ITA.12 x TQS.13 -2,5 ITA.12 x VTI.13 27,1 TQA.12 x MOS.13 29,0 TQA.12 x ARS.13 32,7 TQA.12 x ANI.13 16,4 TQA.12 x RPI.13 1,4 MOS.13 x ARS.13 20,8 MOS.13 x ANI.13 11,5 MOS.13 x RPI.13 15,8 ITS.13 x TQS.13 -20,8 ITS.13 x VTI.13 26,2 ARS.13 x TQS.13 26,8 ARS.13 x VTI.13 -1,1 TQS.13 x ANI.13 15,5 TQS.13 x RPI.13 7,8 ANI.13 x RPI.13 18,7 Valores em itálico correspondem aos pares de ambientes com % da parte simples da interação maior que 50% No fator 2 foram agrupados os ambientes AVS.12 e ARS.13, no fator 3 foram agregados os ambientes TQS.12 e TQS.13, e, no fator 6 foram agrupados os ambientes MOA.11 e CBA.12, demonstrando que embora exista alta influência ambiental para a variável tempo de cozimento, 50 observa-se padrões na classificação dos genótipos quando avaliados na mesma safra, demonstrando novamente que o clima exerce grande influência na determinação desta característica. Tabela 21. Estratificação ambiental para tempo de cozimento dos grãos por meio da análise de fatores, com 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 19 ambientes no estado de São Paulo. Autovalor 4,54 2,80 2,34 2,00 1,35 1,22 1,01 0,79 0,68 0,56 0,47 0,40 0,28 0,20 0,15 0,11 0,05 0,04 0,01 % Ambiente Fator Acumulada 1 CBA.11 -0,069 23,90 MOA.11 38,64 0,220 TQS.12 50,94 0,009 AVS.12 -0,169 61,46 MOS.12 0,046 68,59 VTI.12 74,99 0,722 RPI.12 80,30 0,749 COI.12 84,45 0,354 ANI.12 88,00 0,428 CBA.12 90,97 -0,154 ITA.12 93,46 0,280 TQA.12 95,54 0,370 MOS.13 0,310 97,02 ITS.13 98,05 0,394 ARS.13 98,82 0,051 TQS.13 99,41 0,199 ANI.13 99,69 0,074 VTI.13 99,92 0,853 RPI.13 100,00 0,239 Cargas fatoriais após rotação Fator Fator Fator Fator Fator 2 3 4 5 6 -0,195 0,056 0,300 0,057 -0,159 -0,342 0,067 -0,064 -0,104 0,738 0,415 0,750 0,095 0,297 -0,051 0,861 0,113 0,279 -0,014 -0,100 -0,121 0,033 -0,126 0,902 -0,027 0,268 0,274 0,371 0,122 0,016 -0,112 0,043 0,332 0,331 -0,053 0,311 -0,009 0,386 0,475 -0,171 -0,388 0,480 0,180 0,252 0,044 -0,065 -0,003 0,046 0,030 0,883 0,148 -0,152 0,709 0,073 0,127 0,255 0,019 0,009 -0,150 0,199 0,371 0,221 0,079 0,501 0,106 0,007 -0,760 -0,249 -0,195 -0,259 0,895 0,024 -0,155 0,009 -0,270 -0,034 0,916 -0,014 -0,172 -0,054 -0,038 0,264 0,825 -0,084 -0,037 -0,157 -0,105 -0,043 0,017 0,013 0,111 0,143 0,489 0,552 0,002 Fator Comunalidades 7 -0,809 0,819 0,145 0,751 0,001 0,834 -0,145 0,891 0,029 0,849 -0,106 0,833 0,023 0,798 -0,053 0,629 0,410 0,831 -0,093 0,819 -0,401 0,808 -0,610 0,636 -0,408 0,718 0,060 0,904 0,143 0,922 -0,035 0,913 -0,096 0,774 -0,085 0,773 0,350 0,756 Valores em itálico correspondem aos ambientes agrupados no fator 4.6 ADAPTABILIDADE E ESTABILIDADE Para as análises de dispersão gráfica obtidas a partir dos escores fatoriais, foram considerados os quatro primeiros fatores, que agruparam 11 ambientes, de um total de 14 que apresentaram cargas fatoriais acima de 0,70. Os genótipos CNFC 10729, BRSMG Madrepérola de tegumento carioca e os genótipos SM 11-07, SM 18-10, PR 14-2-10-1-2 e LP 09-192 apresentaram adaptação específica aos ambientes agrupados no fator 1 (TQS.12, AVS.12 e MOS12) por estarem concentrados no quadrante IV(Figura 8). Uma adaptação aos ambientes agrupados no fator 2 (VTI.12, RPI.12, ANI.12 e ITA.12) foi verificada pelos genótipos BRS – Realce, C 2-6-6-2-1, IAC Una, PR 11-2-81-1 e PR 14-2-2-1-1 por estes se concentrarem no quadrante 2. Os genótipos IAC Alvorada, C 4-77-2-2, C 5-3-6-1-1, CNFC 10762, MAII – 2, LP 09-40, CHC 01-175 e LP 08-90 apresentaram 51 ampla adaptação aos ambientes agrupados nos fatores 1 e 2 (Figura 8), por estarem reunidos no quadrante 1. . Figura 8. Análise gráfica da adaptabilidade de 27 genótipos de feijoeiro, por meio da análise de fatores, considerando os ambientes contidos nos fatores 1 e 2. Para os ambientes agrupados no fator 3 (TQA.12 e RPI.13) os genótipos mais adaptados foram CNFP 10794, LP 08-90, CHP 98-66-20 de tegumento preto (Figura 9) e Gen C 2-6-4-1-1, CNFC 10762 e IAC Alvorada de tegumento carioca por se concentrarem no quadrante IV. Também foi considerado adaptado a estes ambientes o genótipo BRS – Realce de grão especial. Os genótipos LP 09-40 e CNFC 10729 de tegumento carioca e IAC Una e LP 09-192 apresentaram adaptação aos ambientes agrupados no fator 4 (CBA.12 e MOS.13) por estarem concentrados no quadrante II (Figura 9). No quadrante I se reuniram os genótipos Gen C 4-7-7-2-2, C 5-3-6-1-1, CHC 01-175 e LP 07-80 de tegumento carioca e o genótipo SM 18-10 de tegumento preto, sendo assim considerados de adaptação ampla aos ambientes contidos nos fatores 3 e 4. 52 Desta forma, pelo método de adaptabilidade por análise de fatores, se destacaram por os genótipos Gen C 4-7-7-2-2, Gen C 5-3-6-1-1 e CHC 01-175, que apresentaram ampla adaptação aos 11 ambientes contidos nos fatores 1, 2, 3 e 4. Entretanto, conforme citou GARBUGLIO (2007), este método pode apresentar inferências parcialmente opostas em relação a alguns genótipos que sejam considerados adaptados porém sem possuir as maiores produtividades. De acordo com o autor, isto se deve ao fato da análise de fatores não ser fundamentada apenas na performance genotípica, mas também nos coeficientes de correlação entre os ambientes avaliados. Figura 9. Análise gráfica da adaptabilidade de 27 genótipos de feijoeiro, por meio da análise de fatores, considerando os ambientes contidos nos fatores 3 e 4. Os resultados obtidos por meio da análise de adaptabilidade e estabilidade multivariada por meio do método de LIN E BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998) são apresentados por safra e geral dos ensaios nas Tabelas 22, 23, 24 e 25. Segundo PERINA et al. (2010), este método tem a finalidade de reunir em um único parâmetro todos os requisitos exigidos para recomendação de cultivares e no presente trabalho foram considerados os dados referentes à produtividade e de qualidade tecnológica dos grãos. Embora o método método de LIN E BINNS (1988) modificado por CARNEIRO (1998) estime valores de Pi para adaptabilidade de ambientes favoráveis, desfavoráveis e geral, foram 53 considerados apenas os valores de Pi geral, pois um ambiente considerado favorável em determinado ano, pode não sê-lo novamente em outro ano de cultivo, mesmo quando realizado na mesma safra. Além disso, a classificação dos ambientes em favoráveis e desfavoráveis é realizada com base no índice ambiental para cada variável analisada, não sendo possível a classificação de ambientes em favorável e desfavorável quando utilizada a metodologia multivariada de adaptabilidade e estabilidade. Uma crítica que deve ser feita para este método é que neste trabalho observou-se que ponderando diversos fatores, acaba-se penalizando o principal fator que é a produtividade de grãos mesmo não havendo diferenças significativas entre os genótipos. Além disso, em ensaios finais de VCU os genótipos avaliados já passaram por diversas etapas de seleção, e devido a isto, já possuem o mínimo necessário para os padrões comerciais de qualidade tecnológica de grãos, sendo que melhorias em outros caracteres somente se justificam quando associadas à alta produtividade de grãos Na Tabela 22 encontra-se as estimativas multivariadas de Pi para safra das águas, em que para os genótipos de tegumento preto, observa-se que as menores estimativas foram obtidas pelo genótipo LP 09-192, com uma média produtiva de 3.455 kg.ha-1. Neste caso, de acordo com a análise de adaptabilidade e estabilidade realizada apenas para produtividade (Anexo 21), nota-se que este genótipo também obteve as menores estimativas de Pi entre os genótipos de tegumento preto, demonstrando o bom potencial deste genótipo para produtividade e qualidade tecnológica dos grãos para safra das águas, além disso este genótipo demonstrou-se resistente à antracnose e ao crestamento bacteriano, sendo assim um possível genótipo a ser indicado como nova cultivar Considerando os genótipos de tegumento carioca (Tabela 22) para safra das águas, a testemunha IAC Alvorada foi considerada o genótipo de melhor desempenho com uma média produtiva de 3.125 kg.ha-1, apresentando a menor estimativa multivariada de Pi. Este resultado confirma os obtidos por PERINA et al. (2010) que citaram a cultivar IAC Alvorada como genótipo produtivo e estável, além de possuir boa qualidade tecnológica de grãos. Entretanto, considerando a estabilidade apenas para produção de grãos (Anexo 21), observa-se que o genótipo com as menores estimativas de Pi foi LP 09-40, com média de 3.604 kg.ha-1. Nota-se também que não foram obtidas diferenças significativas entre esses genótipos LP 09-40 e IAC Alvorada para os parâmetros de L* e TC (Tabela 5), sendo observadas diferenças significativas entre estes genótipos apenas para o teor de proteína. Observa-se que a cultivar IAC Alvorada não apresentou resistência à nenhum dos patógenos avaliados, sendo assim interessante a indicação de novas cultivares que apresentem 54 resistência. Neste caso destacam-se os genótipos Gen C 4-7-7-2-2 e LP 09-40 que não se diferiram estatisticamente do genótipo IAC Alvorada, mas possuem reação de resistência à murcha de fusarium e a antracnose do feijoeiro. Tabela 22. Estimativas de parâmetros de estabilidade multivariada (Pi) de acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) e média em kg.ha-1 para 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 5 ambientes no estado de São Paulo na safra das águas. Gen LP 09-192 IAC Alvorada CNFP 10794 Gen PR 14-2-10-1-2 LP 07-80 LP 08-90 Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 4-7-8-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 IAC Una LP 09-40 IAC Diplomata Gen C 4-7-7-2-2 CNFC 10729 CNFC 10762 BRSMG Madrepérola Gen C 4-7-2-2-1 SM 1107 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen C 5-3-6-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 CHP 98-66-20 MAII – 2 CHC 01-175 IPR 139 BRS Realce SM 1810 Média 3.455 3.125 3.015 3.032 3.356 3.269 3.103 3.319 2.768 2.860 3.603 2.514 3.124 3.180 3.140 2.707 2.897 2.827 2.728 2.980 3.064 2.577 2.947 3.207 2.770 2.493 2.149 Pi geral 0,254 0,336 0,341 0,349 0,357 0,360 0,361 0,363 0,367 0,371 0,387 0,391 0,396 0,402 0,405 0,408 0,413 0,420 0,425 0,426 0,430 0,444 0,447 0,449 0,465 0,522 0,539 Gen LP 09-192 IAC Una Gen PR 14-2-10-1-2 CNFP 10794 SM 1107 Gen PR 14-2-2-1-1 Gen C 4-7-8-1-2 IAC Diplomata LP 09-40 Gen C 2-6-4-1-1 IAC Alvorada LP 08-90 Gen PR 11-2-8-1-1 MAII - 2 LP 07-80 BRSMG Madrepérola Gen C 5-3-6-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 CHP 98-66-20 CNFC 10729 Gen C 4-7-7-2-2 IPR 139 CNFC 10762 Gen C 4-7-2-2-1 BRS Realce SM 1810 CHC 01-175 Pi fav 0,256 0,323 0,344 0,353 0,362 0,376 0,393 0,393 0,405 0,412 0,417 0,417 0,427 0,434 0,436 0,439 0,443 0,452 0,464 0,465 0,478 0,500 0,502 0,509 0,559 0,565 0,567 Gen LP 09-192 IAC Una Gen PR 14-2-10-1-2 CNFP 10794 SM 1107 Gen C 2-6-4-1-1 Gen PR 14-2-2-1-1 Gen C 4-7-8-1-2 LP 09-40 MAII - 2 IAC Diplomata LP 07-80 IAC Alvorada Gen C 5-3-6-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 LP 08-90 Gen PR 11-2-8-1-1 CNFC 10729 CNFC 10762 BRSMG Madrepérola Gen C 4-7-7-2-2 CHC 01-175 Gen C 4-7-2-2-1 CHP 98-66-20 IPR 139 BRS Realce SM 1810 Pi desf. 0,243 0,311 0,327 0,337 0,348 0,353 0,357 0,362 0,367 0,371 0,375 0,384 0,385 0,393 0,395 0,402 0,415 0,420 0,426 0,430 0,431 0,433 0,434 0,444 0,456 0,479 0,545 Na Tabela 23, estão dispostas as estimativas multivariadas de Pi obtidas para safra da seca, onde observa-se que para os genótipos de tegumento preto, novamente LP 09-192 com uma média de 2.892 kg.ha-1 obteve as menores estimativas de Pi. Entretanto, considerando a estabilidade da produção de grãos (Anexo 22), observa-se que o genótipo superior foi CNFP 10794 que produziu 3.323 kg.ha-1 e que este genótipo, diferentemente do LP 09-192 se diferenciou estatisticamente da testemunha IAC – Una (2.933 kg.ha-1) pelo teste de Dunnet a 5% de probabilidade (Tabela 6). Para 55 os dados referentes à qualidade de grãos, observa-se que não houve diferenças significativas para TC (Tabela 23). Dentre os genótipos de tegumento carioca, as de menores estimativas multivariadas de Pi foram para LP 07-80 (Tabela 23) com uma produtividade média que não diferiu da testemunha IAC Alvorada pelo teste de Dunnet a 5% (3.074 kg.ha-1). Contudo, analisando a estabilidade apenas para produção de grãos (Anexo 22), observa-se que o genótipo LP 09-40 obteve menores estimativas de Pi, com uma média de 3.217 kg.ha-1 e diferiu estatisticamente da testemunha IAC Alvorada pelo teste de Dunnet a 5% (Tabela 6) e para as avaliações de qualidade tecnológica, não foram observadas diferenças significativas para L* e TC (Tabela 6). Tabela 23. Estimativas de parâmetros de estabilidade multivariada (Pi) de acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) e média em kg.ha-1 para 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 7 ambientes no estado de São Paulo na safra da seca. Gen LP 09-192 IAC Una Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1810 LP 07-80 IAC Diplomata Gen C 2-6-4-1-1 Gen PR 11-2-8-1-1 MAII – 2 CHP 98-66-20 Gen C 4-7-2-2-1 CHC 01-175 LP 09-40 CNFC 10762 SM 1107 LP 08-90 Gen C 2-6-6-2-1 CNFP 10794 IAC Alvorada BRSMG Madrepérola Gen C 4-7-7-2-2 IPR – 139 Gen C 5-3-6-1-1 Gen C 4-7-8-1-2 CNFC 10729 BRS Realce Média 2.892 2.932 2.918 2.931 2.797 3.074 2.491 2.922 2.665 3.025 2.784 3.002 2.997 3.216 2.792 2.683 2.721 2.890 3.323 2.752 2.580 2.980 2.682 2.464 2.952 2.509 2.454 Pi geral 0,338 0,351 0,352 0,368 0,369 0,374 0,376 0,377 0,378 0,386 0,394 0,397 0,397 0,399 0,405 0,410 0,411 0,419 0,424 0,425 0,427 0,448 0,452 0,462 0,466 0,518 0,554 Gen Gen PR 14-2-10-1-2 IAC Una IAC Diplomata LP 09-192 Gen PR 14-2-2-1-1 Gen PR 11-2-8-1-1 LP 08-90 LP 09-40 Gen C 2-6-4-1-1 MAII - 2 SM 1810 LP 07-80 CHP 98-66-20 SM 1107 Gen C 4-7-2-2-1 BRSMG Madrepérola Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 CHC 01-175 CNFP 10794 Gen C 5-3-6-1-1 CNFC 10762 IPR 139 Gen C 4-7-8-1-2 IAC Alvorada BRS Realce CNFC 10729 Pi fav 0,321 0,338 0,343 0,351 0,357 0,375 0,392 0,397 0,403 0,412 0,416 0,424 0,433 0,454 0,461 0,462 0,474 0,477 0,478 0,478 0,500 0,508 0,508 0,513 0,521 0,571 0,601 Gen Gen PR 14-2-10-1-2 IAC Una IAC Diplomata MAII - 2 LP 09-192 Gen PR 14-2-2-1-1 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen C 2-6-4-1-1 LP 09-40 LP 08-90 LP 07-80 Gen C 2-6-6-2-1 SM 1810 CHC 01-175 Gen C 4-7-7-2-2 CHP 98-66-20 BRSMG Madrepérola Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 5-3-6-1-1 SM 1107 CNFC 10762 CNFP 10794 IPR 139 Gen C 4-7-8-1-2 IAC Alvorada BRS Realce CNFC 10729 Pi desf. 0,303 0,316 0,320 0,328 0,332 0,334 0,351 0,356 0,366 0,366 0,373 0,387 0,395 0,397 0,409 0,410 0,414 0,420 0,421 0,435 0,449 0,459 0,459 0,473 0,484 0,518 0,519 Para safra da seca novamente observa-se que entre os genótipos que apresentaram resistência aos patógenos, destacam-se os genótipos LP 09-40 e Gen C 4-7-7-2-2, que 56 demonstraram boa estabilidade de produção, além de boa qualidade tecnológica dos grãos e porte de plantas. Para a safra de inverno (Tabela 24), entre os genótipos de tegumento preto, o de maior adaptabilidade foi o genótipo LP 08-90 com uma média de 1.790 kg.ha-1, e entre os genótipos de tegumento carioca foi o CNFC 10762 (1.948 kg.ha-1) que apresentou a menor estimativas multivariada de Pi. Considerando a estabilidade para produção de grãos (Anexo 23), observa-se que no caso dos genótipos de tegumento preto a menor estimativa de Pi foi obtida pelo genótipo CNFP 10794 com uma média produtiva de 2.002 kg.ha-1 e para genótipos de tegumento carioca o de melhor desempenho foi CHC 01-175 produzindo em média 2.041 kg.ha-1, sendo interessante neste caso que o melhor genótipo para tegumento carioca foi a linhagem proveniente da EPAGRI, de Santa Catarina, que sendo selecionado na região sul do Brasil, se destacou na safra de inverno do sudeste, provavelmente por ter sido selecionada sob condições de temperaturas mais baixas. Tabela 24. Estimativas de parâmetros de estabilidade multivariada (Pi) de acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) e média em kg.ha-1 para 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 7 ambientes no estado de São Paulo na safra de inverno. Gen CNFC 10762 IAC Alvorada Gen C 5-3-6-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 CHC 01-175 Madrepérola Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 2-6-4-1-1 CNFC 10729 LP 08-90 LP 09-40 SM 1810 LP 09-192 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 IAC Diplomata IPR 139 CNFP 10794 Gen C 4-7-2-2-1 Gen PR 14-2-2-1-1 CHP 98-66-20 BRS Realce SM 1107 Gen C 4-7-7-2-2 MAII – 2 IAC Una LP 07-80 Média 1.919 1.917 1.879 1.851 2.041 1.693 1.739 1.761 1.784 1.790 1.868 1.514 1.849 1.688 1.568 1.541 1.713 2.002 1.654 1.458 1.615 1.723 1.646 1.632 1.693 1.746 1.917 Pi geral 0,336 0,340 0,349 0,356 0,372 0,375 0,376 0,378 0,381 0,386 0,399 0,401 0,403 0,407 0,412 0,416 0,416 0,417 0,419 0,423 0,424 0,428 0,433 0,433 0,439 0,456 0,476 Gen Gen C 2-6-6-2-1 Gen PR 11-2-8-1-1 IAC Alvorada Gen PR 14-2-2-1-1 CNFC 10762 LP 09-40 Madrepérola Gen C 4-7-8-1-2 CNFP 10794 LP 08-90 Gen C 5-3-6-1-1 SM 1810 Gen C 4-7-7-2-2 CNFC 10729 IAC Diplomata Gen C 4-7-2-2-1 LP 09-192 IPR 139 Gen C 2-6-4-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 CHP 98-66-20 CHC 01-175 SM 1107 IAC Una LP 07-80 MAII - 2 BRS Realce Pi fav 0,370 0,370 0,372 0,375 0,379 0,382 0,389 0,406 0,410 0,410 0,417 0,418 0,418 0,426 0,432 0,433 0,438 0,444 0,445 0,454 0,471 0,474 0,484 0,501 0,522 0,528 0,529 Gen Gen C 2-6-6-2-1 CNFC 10762 Gen PR 11-2-8-1-1 IAC Alvorada Gen PR 14-2-2-1-1 Gen C 5-3-6-1-1 LP 09-40 CHC 01-175 LP 08-90 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 4-7-7-2-2 CNFP 10794 Madrepérola Gen C 4-7-2-2-1 SM 1810 CNFC 10729 Gen C 2-6-4-1-1 IAC Diplomata IPR 139 LP 09-192 Gen PR 14-2-10-1-2 CHP 98-66-20 SM 1107 BRS Realce MAII - 2 IAC Una LP 07-80 Pi desf. 0,306 0,320 0,341 0,344 0,351 0,353 0,363 0,370 0,370 0,377 0,377 0,379 0,380 0,382 0,382 0,383 0,386 0,388 0,398 0,401 0,425 0,432 0,442 0,443 0,454 0,467 0,480 57 Na Tabela 25, encontram-se as estimativas multivariadas de Pi obtidas considerando todas as safras, onde para os genótipos de tegumento preto destacou-se o LP 09-192 que produziu em média 2.656 kg.ha-1 e não diferiu estatisticamente da testemunha pelo teste de Dunnet a 5% (Tabela 8). Analisando as estimativas de Pi para produtividade (Anexo 24) observa-se que o melhor genótipo neste caso foi CNFP 10794 (2.755 kg.ha-1) que diferiu estatisticamente da testemunha IAC Una com produtividade média de 2.477 kg.ha-1 (Tabela 8). Para as avaliações da qualidade tecnológica dos grãos, não foram detectadas diferenças significativas entre estes genótipos para L* e TC. Tabela 25. Estimativas de parâmetros de estabilidade multivariada de acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) para 27 genótipos de feijoeiro avaliados em 7 ambientes no estado de São Paulo considerando todas safras. Gen LP 09-192 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen C 2-6-6-2-1 IAC Alvorada Gen PR 14-2-2-1-1 CNFC 10762 LP 08-90 IAC Diplomata CNFP 10794 BRSMG Madrepérola LP 09-40 Gen C 4-7-2-2-1 IAC Una Gen PR 11-2-8-1-1 Gen C 5-3-6-1-1 Gen C 4-7-7-2-2 SM 1810 BRS Realce CHP 98-66-20 CHC 01-175 SM 1107 LP 07-80 Gen C 4-7-8-1-2 IPR 139 MAII - 2 CNFC 10729 Gen C 2-6-4-1-1 Média 2.656 2.451 2.553 2.542 2.345 2.573 2.522 2.147 2.755 2.287 2.821 2.478 2.476 2.322 2.384 2.521 2.154 2.195 2.299 2.700 2.339 2.722 2.602 2.348 2.609 2.418 2.542 Pi geral 0,371 0,379 0,388 0,392 0,393 0,398 0,402 0,403 0,409 0,411 0,412 0,415 0,415 0,415 0,416 0,419 0,422 0,425 0,426 0,426 0,429 0,431 0,440 0,442 0,448 0,453 0,508 Gen Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 IAC Diplomata Gen PR 11-2-8-1-1 LP 09-192 LP 08-90 LP 09-40 IAC Una CNFP 10794 BRSMG Madrepérola Gen C 2-6-6-2-1 IAC Alvorada SM 1107 Gen C 5-3-6-1-1 Gen C 4-7-2-2-1 SM 1810 CHP 98-66-20 CNFC 10762 Gen C 4-7-7-2-2 CHC 01-175 IPR 139 Gen C 4-7-8-1-2 LP 07-80 CNFC 10729 MAII - 2 BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Pi fav 0,383 0,393 0,405 0,411 0,417 0,425 0,431 0,439 0,439 0,440 0,442 0,451 0,451 0,456 0,462 0,464 0,467 0,469 0,470 0,477 0,479 0,481 0,501 0,510 0,512 0,512 0,567 Gen Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 IAC Diplomata Gen PR 11-2-8-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 LP 09-192 LP 08-90 Gen C 4-7-2-2-1 LP 09-40 CNFC 10762 IAC Una CHC 01-175 CNFP 10794 BRSMG Madrepérola IAC Alvorada Gen C 4-7-7-2-2 BRS Realce Gen C 5-3-6-1-1 SM 1107 Gen C 4-7-8-1-2 IPR 139 SM 1810 CHP 98-66-20 MAII - 2 CNFC 10729 LP 07-80 Gen C 2-6-4-1-1 Pi desf. 0,356 0,366 0,369 0,383 0,383 0,386 0,391 0,391 0,400 0,407 0,409 0,410 0,411 0,412 0,415 0,417 0,417 0,417 0,419 0,426 0,430 0,432 0,434 0,443 0,451 0,451 0,496 Para os genótipos de tegumento carioca, observou-se que o genótipo Gen C 2-6-6-2-1 produziu em média 2.554 kg.ha-1 e obteve as menores estimativas multivariadas de Pi (Tabela 25), entretanto, considerando a estabilidade para produção de grãos (Anexo 24), observa-se que o genótipo de melhor desempenho foi LP 09-40 com uma produtividade média de 2.755 kg.ha-1, 58 sendo o único a diferir estatisticamente da testemunha comercial IAC – Alvorada (2.543 kg.ha-1) pelo teste de Dunnet a 5% de probabilidade (Tabela 8). Contudo, não foram observadas diferenças significativas para L* e TC. Como destacado anteriormente, as metodologias de adaptabilidade e estabilidade não consideram a resistência dos genótipos aos patógenos da cultura, sendo isto de grande importância no lançamento de uma nova cultivar. Neste sentido, o melhorista deve considerar estas análises como apoio na indicação do melhor genótipo em conjunto com outras análises realizadas. Dentre os genótipos avaliados neste estudo, os que se destacaram por apresentar alta estabilidade produtiva, aliado à boa qualidade tecnológica de grãos, arquitetura de planta e resistência aos patógenos foram os genótipos LP 09-40 e Gen C 4-7-7-2-2 de tegumento carioca e o genótipo LP 09-192 de tegumento preto, sendo desta forma candidatos a indicação como novas cultivares. De acordo com os resultados acima, ressalta-se que não houve coerência entre os resultados obtidos por meio da análise de estabilidade multivariada de LIN E BINNS (1988) modificada por CARNEIRO (1998) e o desejado de um genótipo para ser recomendado como nova cultivar, sendo que todos os genótipos avaliados possuem características mínimas requeridas para o consumo, neste sentido, observa-se que a análise de estabilidade considerando apenas os parâmetros de produtividade foi mais adequada na indicação do genótipo superior. Entretanto, análises multivariadas podem ser de grande utilidade nas etapas iniciais de seleção em programas de melhoramento genético, onde a utilização de índices de seleção, como por exemplo o índice clássico de SMITH HAZEL (1943) e o índice de soma dos ranks (MULAMBA E MOCK, 1978), podem sem úteis na seleção de genótipos que reúnam diversas características desejáveis em populações segregantes, como por exemplo a qualidade tecnológica de grãos com a produvidade, tal como relatado por MENDES et al. (2009), NEVES et al. (2011) e SANTOS et al. (2007). Comparando os métodos de adaptabilidade e estabilidade por análises de fatores e LIN E BINNS (1988), modificado por CARNEIRO (1998), observa-se que estes métodos podem ser complementares, pois com a análise gráfica obtida por meio da análise de fatores é possível identificar os genótipos adaptados a regiões específicas ou amplamente adaptados, porém sem quantificar a adaptabilidade, pois método pondera os genótipos que menos variaram entre ambientes, fornecendo um indicativo dos genótipos mais estáveis. Já método de LINN E BINNS (1988), modificado por CARNEIRO (1998), indica os genótipos que menos variaram em relação ao melhor genótipo de cada ambiente, indicando genótipos mais adaptados e produtivos. 59 Desta forma, os genótipos considerados mais estáveis e adaptados aos ambientes avaliados foram LP 09-40, Gen C 4-7-7-2-2 e CNFC 10762 para genótipos de tegumento carioca e CNFC 10794, LP 09-192 e LP 08-90 para genótipos de tegumento preto. 5. CONCLUSÕES 1) As análises de estratificação ambiental demonstraram a alta influência da interação GxA do tipo complexa para produtividade de grãos, proteína e tempo de cozimento. Para coloração a maior parte da interação GxA foi do tipo simples. 2) Os genótipos de tegumento preto mais produtivos e adaptados foram CNFP 10794, LP 09-192 com resistência ao crestamento bacteriano e o genótipo LP 08-90 com resistência à murcha de fusarium e ao crestamento bacteriano. 3) Os genótipos de tegumento carioca superiores foram LP 09-40, com resistência à antracnose e à murcha de fusarium, o genótipo Gen C 4-7-7-2-2, por apresentar adaptabilidade ampla e resistência à murcha de fusarium e o genótipo CNFC 10762, com resistência à antracnose. 4) O método de LIN e BINNS modificado por CARNEIRO (1998) foi mais eficiente quando utilizado apenas com a variável produtividade de grãos. 5) O método da análise de fatores é uma ferramenta eficiente para estudos de estratificação ambiental e adaptabilidade fenotípica, podendo ser utilizado em conjunto com o método de LINN e BINNS modificado por CARNEIRO (1998). 60 6. REFERÊNCIAS ABREU, A. F. B.; CARNEIRO, J. E. S.; RAMALHO, M. A. 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Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Capão Bonito na safra das águas de 2011 Genótipo PEANC PEAPC IAC Alvorada 104 126 BRS Realce 111 131 Gen C 2-6-4-1-1 108 113 Gen C 2-6-6-2-1 103 116 Gen C 4-7-2-2-1 105 121 Gen C 4-7-7-2-2 104 115 Gen C 4-7-8-1-2 101 123 Gen C 5-3-6-1-1 109 121 CHC 01-175 105 113 CHP 98-66-20 99 113 CNFC 10729 99 116 CNFC 10762 111 120 CNFP 10794 107 126 IAC Diplomata 106 122 IAC Una 111 119 IPR 139 101 112 LP 07-80 100 117 LP 08-90 103 130 LP 09-192 109 120 LP 09-40 106 119 BRSMG Madrepérola 104 125 MAII - 2 108 127 Gen PR 11-2-8-1-1 100 118 Gen PR 14-2-10-1-2 105 121 Gen PR 14-2-2-1-1 110 121 SM 1107 106 114 SM 1810 100 116 PGI 82 40 97 84 76 84 49 77 90 63 74 83 54 69 79 75 87 75 91 62 60 75 70 58 70 78 85 PROT 21,8 20,3 20,2 20,2 20,8 20,4 20,3 19,7 20,5 20,2 20,2 20,7 19,9 22,0 19,9 20,3 19,9 17,6 20,4 18,5 21,1 19,7 20,9 20,6 21,7 19,8 21,6 L* 52,8 49,3 51,2 52,0 49,7 52,0 52,0 50,3 46,8 21,4 51,7 49,2 22,9 22,9 22,6 51,6 52,2 21,9 23,0 52,6 55,4 49,8 22,8 22,6 22,5 22,8 22,9 PROD 4.171 3.321 4.254 4.388 4.150 4.213 4.967 3.808 4.333 3.646 3.967 4.588 4.625 3.646 3.433 3.546 4.683 4.283 4.471 4.596 3.413 3.442 3.463 3.925 4.025 3.708 2.113 70 Anexo 2. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Mococa na safra das águas de 2011 Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 107 114 111 106 108 126 105 108 111 108 111 110 105 110 95 110 98 109 107 105 101 106 109 112 105 111 106 PEAPC 117 118 117 119 116 117 130 117 120 121 109 119 119 129 113 110 109 110 118 116 113 128 124 107 116 115 118 PGI 59 62 63 57 70 74 55 61 60 77 78 50 85 69 80 56 82 69 79 85 63 88 58 86 76 73 72 PROT 18,3 19,7 18,1 18,7 18,1 18,6 18,7 17,6 18,2 18,6 19,0 17,8 18,2 20,6 18,3 16,9 18,1 18,4 19,5 17,2 18,7 18,5 19,7 18,8 19,8 16,5 17,6 L* 52,1 51,8 50,3 51,7 49,2 51,4 52,3 49,6 43,7 20,1 52,1 44,6 23,8 23,0 22,5 49,3 51,3 22,5 23,6 51,8 55,0 48,0 23,5 23,2 23,1 23,0 23,4 PROD 2.421 2.413 3.075 3.071 2.313 2.313 2.613 3.033 3.088 3.033 2.729 3.008 3.433 2.375 2.521 2.663 2.425 3.042 2.650 2.950 3.096 2.529 2.492 2.679 2.388 2.117 2.542 71 Anexo 3. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Capão Bonito na safra das águas de 2012. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 111 106 112 108 108 107 106 112 113 115 106 112 99 108 110 102 110 109 109 109 109 108 110 108 108 108 113 PEAPC 119 127 117 121 112 117 108 119 117 130 126 126 119 116 112 122 114 112 121 119 118 117 112 110 115 126 116 PGI 87 50 98 88 88 93 89 88 98 95 36 73 86 78 83 88 87 86 80 80 86 81 88 94 100 43 88 PROT 20,0 20,9 19,0 18,3 19,5 20,6 19,6 18,1 19,3 19,2 18,7 19,5 20,3 20,2 18,0 18,8 18,7 18,3 18,7 16,0 19,2 18,9 19,7 18,8 19,3 18,6 20,1 L* 51,8 46,1 51,2 50,6 48,8 51,7 50,0 49,1 47,7 22,0 49,3 50,5 22,1 23,3 22,8 52,2 52,2 21,7 22,3 51,5 53,5 49,1 22,2 21,9 22,1 22,4 22,7 PROD 1.758 1.142 2.188 2.242 2.075 2.033 2.379 3.013 2.825 1.692 2.883 1.717 2.033 1.463 2.392 2.717 3.146 2.154 3.721 3.788 1.446 2.508 2.338 2.317 1.975 3.317 1.717 72 Anexo 4. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Itararé na safra das águas de 2012. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 107 104 107 106 107 107 109 106 112 114 110 113 104 107 107 108 109 107 114 108 108 104 110 109 110 113 113 PEAPC 110 115 123 114 124 124 122 113 116 122 126 115 121 116 119 118 109 115 118 117 129 129 126 116 117 109 124 PGI 91 84 95 70 62 62 62 78 85 88 58 95 89 71 62 97 95 66 95 46 91 40 76 87 97 95 75 PROT 24,2 21,8 22,8 22,8 23,1 21,9 21,9 22,3 23,3 22,3 22,4 21,6 23,4 23,9 22,2 22,6 22,0 21,9 22,1 19,5 22,8 22,2 23,6 23,3 22,5 21,1 23,2 L* 55,2 54,2 54,3 52,7 53,4 54,5 54,5 55,3 50,0 19,9 54,0 51,7 20,3 20,1 21,1 54,6 54,0 21,3 20,6 56,4 56,5 53,4 21,1 20,0 19,9 20,4 19,6 PROD 2.775 2.175 2.127 2.290 2.406 3.023 2.846 1.746 2.208 1.181 2.071 2.390 1.279 1.921 2.581 1.719 2.321 2.742 2.558 2.727 1.917 2.469 2.142 2.660 2.246 1.831 502 73 Anexo 5. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Taquarituba na safra das águas de 2012. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 110 107 110 109 105 106 106 113 106 105 108 112 104 107 116 104 108 106 123 110 107 111 105 103 105 108 107 PEAPC 129 122 116 120 124 130 110 113 123 117 122 116 114 124 122 118 116 123 121 132 125 103 121 113 123 116 119 PGI 42 63 81 58 65 18 55 92 48 25 45 71 82 48 65 46 51 33 81 16 43 89 31 70 24 49 30 PROT 22,4 22,7 20,7 20,9 23,9 23,6 22,1 19,7 22,3 19,0 22,7 21,4 22,8 24,9 22,1 21,5 21,8 20,0 23,0 18,5 21,9 24,7 24,2 21,7 22,1 22,1 21,4 L* 54,5 50,1 52,0 53,6 51,1 53,1 53,6 52,3 49,1 22,3 53,7 52,5 22,7 22,3 22,6 53,4 52,9 21,5 23,1 54,6 57,8 52,4 22,7 22,9 22,5 22,9 22,5 PROD 4.500 3.417 3.875 3.333 3.542 4.042 3.792 3.300 3.583 3.333 4.250 4.000 3.708 3.167 3.375 3.208 4.208 4.125 3.875 3.958 3.667 3.792 3.208 3.583 3.208 3.167 3.875 74 Anexo 6. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Andradina na safra de inverno de 2012. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 122 104 116 118 118 118 111 113 95 104 106 134 112 112 119 98 116 113 114 112 106 107 115 81 107 108 113 PEAPC 134 132 115 117 120 112 111 127 110 122 120 121 117 111 118 108 115 118 136 116 119 117 111 116 121 120 118 PGI 61 81 87 88 70 85 86 95 71 60 79 68 44 60 57 88 69 65 90 81 74 71 72 85 38 53 77 PROT 22,9 27,2 24,6 24,8 24,6 25,4 24,6 22,7 25,0 21,5 24,3 22,9 24,0 26,2 23,9 24,1 22,9 23,5 24,6 22,2 24,8 22,4 24,6 23,7 19,0 22,9 23,9 L* 59,3 56,1 56,4 54,6 58,7 57,9 59,7 57,7 53,9 21,7 58,8 55,3 22,5 20,8 23,4 58,0 58,2 21,9 21,1 60,5 59,4 55,9 22,6 23,2 23,9 20,8 22,4 PROD 963 795 831 1.053 963 742 943 951 849 967 933 1.078 947 818 1.031 759 1.033 987 898 859 723 961 1.115 787 837 856 800 75 Anexo 7. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Colina na safra de inverno de 2012. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 109 118 111 111 109 103 111 112 105 121 112 114 108 110 111 92 108 106 115 109 113 110 107 106 116 114 112 PEAPC 121 124 116 116 127 115 111 139 113 110 129 123 111 115 105 106 120 109 124 121 124 119 114 107 118 105 116 PGI 43 66 89 78 32 45 69 24 69 63 31 58 71 54 76 88 37 61 75 27 67 72 72 93 76 84 58 PROT 23,6 25,2 24,2 22,7 24,4 22,7 22,5 23,2 26,7 23,6 25,0 23,3 23,3 26,7 24,3 24,4 23,5 23,2 23,9 21,4 24,1 23,2 25,7 24,2 24,5 24,1 23,4 L* 55,8 53,0 55,6 56,0 57,5 56,8 55,6 54,8 51,9 23,6 55,5 54,7 21,1 23,1 -11,8 56,9 23,4 23,5 -9,9 59,7 56,3 23,6 23,7 24,1 23,0 23,9 21,9 PROD 1.853 621 902 2.193 1.591 1.983 1.538 1.920 1.868 1.084 1.502 1.366 2.423 1.306 1.199 1.798 1.987 1.728 1.838 2.088 1.794 1.968 1.569 1.131 1.196 1.340 1.529 76 Anexo 8. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Ribeirão Preto na safra de inverno de 2012. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 121 88 118 114 113 113 99 113 117 118 103 116 88 109 117 78 114 119 107 110 66 105 96 118 119 110 108 PEAPC 124 115 121 121 118 121 121 140 120 121 116 131 112 120 119 111 120 114 124 120 122 118 109 119 124 108 111 PGI 98 95 99 96 93 91 99 95 99 86 85 98 74 81 95 97 79 97 98 83 84 96 93 97 83 73 90 PROT 24,2 24,1 23,8 23,7 25,6 26,2 25,1 23,5 25,0 24,0 25,5 24,6 23,0 25,7 24,5 25,0 23,8 24,5 24,8 23,7 24,8 24,6 25,0 25,0 25,7 25,6 25,0 L* 58,0 54,5 56,9 56,0 54,8 57,1 56,8 53,2 53,9 22,7 55,8 55,6 23,6 22,7 22,0 55,2 55,9 22,5 22,9 57,9 59,8 54,2 22,3 23,9 23,8 23,0 22,4 PROD 1.988 2.042 1.533 1.950 1.629 1.671 1.654 1.521 1.946 1.517 1.733 2.038 1.938 1.871 1.671 1.638 1.783 1.583 1.742 1.688 1.400 1.975 1.833 1.604 1.742 1.325 1.029 77 Anexo 9. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Votuporanga na safra de inverno de 2012. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 113 113 110 118 112 115 112 110 119 109 108 111 103 110 113 108 107 120 116 118 110 120 108 117 107 114 110 PEAPC 119 131 115 116 121 112 131 119 120 121 120 118 123 119 123 111 131 120 124 133 118 123 113 126 113 131 118 PGI 78 69 84 81 65 70 73 87 88 59 54 88 61 63 80 94 37 60 93 42 77 80 65 68 86 28 85 PROT 21,5 21,4 20,3 19,8 21,5 21,4 20,3 19,7 21,3 21,1 20,4 20,4 22,2 22,2 21,8 22,3 20,9 21,5 21,5 19,5 21,9 21,0 22,1 21,7 22,2 21,1 21,8 L* 56,3 54,0 55,5 56,3 54,3 57,0 58,0 55,8 53,7 22,5 55,9 55,1 22,6 22,3 22,9 55,4 55,8 22,2 22,9 58,9 60,5 55,0 23,0 22,7 22,8 22,7 22,9 PROD 1.900 1.870 2.186 1.963 2.147 2.051 2.133 1.897 2.049 1.887 1.820 2.451 1.654 1.557 1.950 1.518 1.816 1.888 1.913 2.087 1.409 1.938 2.033 1.781 1.686 1.637 1.165 78 Anexo 10. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Avaré na safra da seca de 2012. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 107 101 112 104 105 105 103 103 107 115 106 117 108 109 109 95 106 104 114 109 106 107 107 110 104 109 103 PEAPC 140 123 108 114 120 103 122 129 116 116 118 113 104 118 119 106 119 103 121 125 118 116 105 110 102 124 111 PGI 28 16 70 54 49 87 25 40 52 38 30 83 70 39 67 64 57 74 85 31 70 50 77 73 67 30 58 PROT 25,2 21,4 23,2 21,4 23,2 23,2 21,5 21,6 23,1 23,7 22,6 22,6 23,1 25,9 22,5 23,9 22,7 23,1 23,7 19,6 22,7 23,2 25,1 22,7 21,9 22,6 22,2 L* 51,2 47,9 51,9 51,0 52,7 51,4 50,6 51,3 48,7 20,4 50,6 50,4 20,3 21,0 52,2 52,0 20,6 20,7 53,8 54,5 51,7 20,9 20,2 20,7 20,7 20,8 PROD 5.103 3.798 4.491 4.626 4.911 4.676 4.789 3.632 5.024 4.008 3.914 4.477 4.972 3.523 4.003 4.236 4.965 3.927 4.168 5.113 5.273 4.277 3.528 4.198 4.203 4.323 4.043 79 Anexo 11. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Mococa na safra da seca de 2012. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 109 102 105 107 103 109 103 107 112 111 102 110 98 111 110 111 108 108 111 108 111 105 114 104 104 104 108 PEAPC 118 114 120 102 106 113 115 108 123 112 110 109 105 110 110 118 109 117 116 109 112 114 111 109 112 106 98 PGI 75 32 96 95 88 92 73 89 96 73 53 100 60 57 67 79 79 72 100 76 41 70 89 81 92 94 66 PROT 21,7 20,8 19,2 18,1 20,0 19,5 19,5 19,2 21,1 20,5 18,3 19,9 19,8 22,2 20,9 19,0 20,1 20,1 20,9 19,5 20,8 20,9 23,4 18,7 21,4 20,3 20,8 L* 54,5 52,1 54,2 52,8 54,6 55,2 54,8 52,4 51,7 21,6 51,5 52,5 22,0 21,4 22,6 54,2 54,2 21,1 22,0 53,8 57,0 50,8 22,8 22,7 21,9 22,0 21,6 PROD 3.025 3.038 3.388 3.196 3.004 3.446 3.254 3.163 2.875 3.092 2.779 3.188 3.813 2.550 2.863 3.175 3.492 3.300 2.992 3.783 2.738 3.171 3.013 3.013 2.829 3.025 3.171 80 Anexo 12. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Taquarituba na safra da seca de 2012. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC PEAPC 103 118 110 115 107 114 104 113 111 108 114 111 101 118 106 115 104 113 106 105 103 112 113 114 110 114 105 118 107 110 103 104 107 115 106 110 104 107 108 114 109 119 113 118 109 117 107 108 108 129 106 108 108 115 PGI 50 67 68 43 84 92 24 60 70 62 72 57 49 65 77 65 62 73 81 84 76 92 52 89 54 76 54 PROT 24,8 27,8 25,9 26,8 28,7 24,9 24,3 24,7 22,0 26,6 23,2 26,4 24,2 28,4 24,4 25,1 26,1 22,4 24,7 20,6 25,6 25,4 24,6 22,2 26,1 23,2 24,1 L* 44,5 42,5 44,6 47,4 36,4 40,5 46,1 46,7 42,7 13,1 44,7 39,4 17,9 18,8 18,6 46,1 43,5 18,1 17,6 43,6 48,7 44,9 18,8 18,7 19,2 19,0 19,7 PROD 1.182 801 2.728 2.626 2.365 3.209 2.371 2.585 2.607 2.596 1.675 877 3.126 1.800 1.950 2.566 3.493 2.808 2.260 3.040 1.743 2.630 1.098 2.697 2.103 1.015 2.175 81 Anexo 13. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Andradina na safra de inverno de 2013. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 119 114 120 116 111 110 118 121 117 116 116 116 116 116 114 118 117 116 121 116 118 120 112 115 132 120 118 PEAPC 147 140 139 148 130 136 129 155 134 144 139 141 118 134 127 139 136 126 132 127 145 139 129 134 133 135 131 PGI 47 55 79 73 70 86 59 69 63 60 57 74 70 50 62 78 68 69 85 81 72 61 75 80 67 42 68 PROT 28,9 28,2 28,6 28,3 28,2 29,8 28,6 27,5 29,8 26,3 29,7 26,9 26,2 29,7 29,5 28,5 27,4 27,6 29,8 26,0 29,0 28,1 28,6 28,5 30,0 27,3 26,5 L* 58,0 54,9 55,1 55,7 57,1 55,5 57,0 55,4 53,3 20,4 57,0 57,1 21,0 20,5 20,3 57,2 57,1 20,3 21,2 57,7 60,3 55,0 22,1 21,0 21,6 20,3 20,8 PROD 1.180 1.445 1.337 1.405 1.033 1.255 1.030 1.273 1.543 648 1.302 1.520 1.283 808 1.503 1.255 1.073 1.277 1.475 1.462 1.425 1.195 1.133 1.103 1.063 1.172 1.118 82 Anexo 14. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Ribeirão Preto na safra de inverno de 2013. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 111 103 108 113 109 113 117 110 110 116 108 119 106 112 109 110 109 115 120 117 107 112 110 121 115 110 111 PEAPC 122 119 102 118 110 125 106 124 119 116 119 126 103 123 116 122 114 107 132 129 130 120 116 136 124 113 121 PGI 78 73 90 82 65 70 81 86 88 67 54 88 68 63 82 94 40 64 93 43 77 85 74 93 80 71 84 PROT 23,2 23,8 25,5 22,7 24,6 24,2 22,8 22,2 23,6 23,2 23,7 22,0 22,1 25,8 23,8 23,4 20,7 22,4 24,3 22,1 20,9 22,6 24,3 22,7 24,0 22,6 24,3 L* 53,0 41,8 48,6 50,0 50,6 52,9 51,8 49,5 46,6 22,3 49,5 51,1 22,3 22,1 22,4 52,5 51,7 22,1 22,2 53,0 55,2 48,6 22,5 22,6 22,1 22,5 21,7 PROD 3.229 3.238 2.975 2.446 2.354 1.829 2.113 3.221 3.575 2.967 2.654 2.575 2.700 2.392 2.400 2.413 3.125 2.788 2.625 2.425 2.879 3.225 2.554 2.633 1.750 3.192 2.975 83 Anexo 15. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Votuporanga na safra de inverno de 2013. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 117 110 114 116 112 113 110 112 111 113 108 115 106 111 115 95 111 116 114 112 109 109 107 111 113 111 111 PEAPC 123 127 118 119 121 116 117 131 117 120 120 122 116 116 120 109 120 116 126 120 121 119 111 117 121 115 117 PGI 69 77 89 85 67 78 83 89 83 64 65 78 63 62 78 91 55 65 92 61 76 78 73 89 78 62 81 PROT 22,6 23,3 21,7 21,3 20,3 24,1 19,7 21,3 21,3 21,5 21,2 20,0 20,9 23,5 22,1 21,3 21,8 18,3 20,7 18,0 24,1 23,7 23,3 21,6 23,3 19,8 18,0 L* 56,8 51,0 53,4 53,4 55,5 55,4 56,2 54,2 51,2 21,5 55,1 54,5 21,9 21,1 22,1 55,9 55,7 21,4 21,5 57,0 58,3 53,2 22,4 22,3 22,5 21,2 21,6 PROD 2.308 2.054 2.567 1.954 1.863 1.896 2.763 2.371 2.463 2.238 2.546 2.613 3.075 2.038 2.471 2.613 2.608 2.283 2.458 2.471 2.221 2.404 1.579 1.938 1.938 2.004 1.983 84 Anexo 16. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Araras na safra da seca de 2013. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 106 106 108 104 107 107 104 108 108 110 105 114 108 107 108 102 107 106 108 110 107 107 108 108 106 108 107 PEAPC 131 119 111 113 119 111 117 117 114 112 123 113 112 116 110 110 117 109 111 122 117 116 111 109 119 121 114 PGI 39 50 77 69 75 78 35 62 76 50 39 81 58 72 74 67 60 73 87 61 70 82 72 83 61 41 63 PROT 22,2 24,6 22,7 21,6 23,7 23,3 22,0 20,6 22,2 22,1 22,6 21,8 22,3 26,6 22,7 22,7 22,6 22,5 22,4 19,6 23,0 21,5 23,3 23,0 23,8 21,7 21,7 L* 49,3 51,1 50,6 51,2 49,6 49,5 49,2 51,0 49,5 21,1 47,2 48,6 20,9 19,9 20,9 50,1 51,6 21,3 21,4 53,4 55,3 49,2 21,3 21,2 21,2 20,8 21,8 PROD 2.400 2.767 2.492 2.425 2.442 2.375 1.960 2.342 2.542 2.608 2.027 2.725 2.450 2.342 2.208 2.358 2.692 2.583 2.550 2.350 2.142 2.417 2.475 2.225 2.483 2.483 2.458 85 Anexo 17. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Itararé na safra da seca de 2013. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 108 106 109 104 108 108 102 112 112 110 104 115 109 105 113 103 109 111 105 110 108 106 109 112 112 112 110 PEAPC 129 124 117 111 125 113 118 117 110 119 131 116 123 114 111 116 117 114 111 125 118 116 123 127 125 132 116 PGI 77 91 81 90 78 69 43 94 91 73 47 90 59 86 85 84 92 77 98 75 52 94 90 81 94 41 87 PROT 28,0 24,3 28,5 26,0 26,6 27,8 24,6 24,9 27,8 25,9 29,0 26,9 27,5 29,0 26,2 27,4 25,4 26,2 26,1 22,6 25,7 26,0 27,7 26,7 25,5 26,7 28,9 L* 53,7 54,6 52,5 52,9 53,0 52,0 54,7 51,8 52,9 21,6 51,8 52,5 21,4 20,8 21,7 53,5 53,3 21,4 21,9 57,2 50,4 53,8 21,8 21,7 20,8 21,8 21,5 PROD 896 1.479 850 1.242 1.488 1.121 1.513 317 704 367 450 1.000 1.242 1.329 2.167 113 350 288 1.013 2.013 438 1.729 1.617 1.804 2.146 1.233 546 86 Anexo 18. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Mococa na safra da seca de 2013. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 105 105 102 106 106 105 106 110 109 109 105 112 102 108 104 102 109 107 111 111 99 106 102 103 104 107 106 PEAPC 133 116 106 104 121 113 108 116 117 108 129 106 109 108 103 112 114 109 110 120 111 101 104 104 113 116 109 PGI 24 33 92 85 74 50 82 64 82 38 19 81 53 79 62 53 51 59 89 46 70 74 68 89 36 38 66 PROT 22,4 19,1 20,3 19,9 20,9 20,2 20,1 19,9 20,8 20,0 22,2 20,0 21,0 24,4 19,6 19,9 20,1 20,6 20,3 18,9 20,4 21,0 23,0 21,6 21,6 19,6 19,8 L* 58,2 55,3 57,1 54,3 58,2 57,5 57,1 55,9 53,8 23,0 55,2 56,1 23,0 22,6 22,4 58,1 55,4 22,4 22,9 57,2 58,7 54,9 23,0 22,7 23,0 23,1 23,0 PROD 3.013 3.571 3.288 3.304 3.483 3.458 3.417 3.088 3.675 3.683 4.213 3.492 3.850 3.071 3.713 3.108 3.633 3.467 3.654 3.783 2.429 3.892 3.292 3.329 3.492 3.683 3.446 87 Anexo 19. Médias de PEANC, PEAPC, PGI, PROT, L* e PROD dos 27 genótipos avaliados em Taquarituba na safra da seca de 2013. Genótipo IAC Alvorada BRS Realce Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CHC 01-175 CHP 98-66-20 CNFC 10729 CNFC 10762 CNFP 10794 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 LP 07-80 LP 08-90 LP 09-192 LP 09-40 BRSMG Madrepérola MAII - 2 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 SM 1810 PEANC 108 103 107 109 108 108 105 111 112 113 105 114 103 109 106 103 111 109 111 110 101 106 104 108 109 110 109 PEAPC 124 116 120 114 120 120 117 118 117 120 123 114 113 115 118 113 116 112 118 119 122 118 109 115 116 110 115 PGI 90 83 95 85 75 62 83 78 87 85 58 95 74 78 73 96 79 68 95 48 84 74 76 91 83 73 81 PROT 21,6 21,6 23,5 22,7 22,8 21,6 21,5 22,2 24,2 24,3 25,1 23,0 22,7 27,7 22,0 25,1 21,7 21,6 24,6 24,4 25,9 20,5 25,2 24,7 24,1 22,3 24,2 L* 55,1 55,8 52,3 49,0 54,6 49,0 53,9 50,3 51,5 21,0 51,1 54,5 22,7 22,7 21,5 52,1 54,7 21,5 22,5 54,3 53,5 53,9 19,4 22,9 21,4 22,7 21,9 PROD 3.650 1.728 3.220 2.814 3.328 2.578 3.366 2.129 3.553 3.140 2.506 3.790 3.811 2.825 3.628 3.222 2.896 2.681 3.610 2.436 3.303 3.061 3.640 3.163 3.264 3.024 3.744 Anexo 20. Estimativas de correlação de Pearson entre as variáveis TC, PEANC, PEAPC, PGI, PROT, COR e PROD TC PEANC PEAPC PGI PROT COR PROD TC PEANC 0,021 PEAPC -0,011 0,238 PGI 0,080 0,199 -0,266 PROT 0,199 -0,185 -0,043 0,103 COR 0,089 -0,125 0,301 -0,062 -0,218 PROD 0,118 0,214 0,011 0,167 -0,502** 0,294 - 88 Anexo 21. Estimativas de parâmetros da estabilidade de produção de grãosde acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) para 27 genótipos de feijoeiro avaliados na safra das águas no estado de São Paulo. Gen LP 09-40 LP 09-192 LP 07-80 Gen C 4-7-8-1-2 LP 08-90 CHC 01-175 CNFC 10729 CNFC 10762 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 2-6-4-1-1 IAC Alvorada Gen C 2-6-6-2-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 CNFP 10794 MAII - 2 Gen C 4-7-2-2-1 IAC Una Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1107 IPR 139 Gen PR 11-2-8-1-1 BRSMG Madrepérola CHP 98-66-20 IAC Diplomata BRS Realce SM 1810 Média 3.604 3.455 3.357 3.319 3.269 3.208 3.180 3.140 3.125 3.104 3.125 3.065 3.033 2.980 3.016 2.948 2.897 2.860 2.768 2.828 2.770 2.728 2.708 2.577 2.514 2.493 2.150 Pi geral 1540599 1822816 1955205 2023758 2109961 2240364 2314166 2425915 2454698 2457801 2494541 2560155 2608211 2831804 2833160 2838152 2912917 3054925 3235562 3236355 3296830 3360665 3514034 3859970 3926472 4052157 5391179 Gen LP 07-80 Gen C 4-7-8-1-2 IAC Alvorada CNFC 10762 LP 09-40 LP 08-90 LP 09-192 CNFP 10794 Gen C 4-7-7-2-2 CNFC 10729 Gen C 2-6-4-1-1 CHC 01-175 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 2-6-6-2-1 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 MAII - 2 Gen C 5-3-6-1-1 BRSMG Madrepérola CHP 98-66-20 SM 1107 IAC Diplomata IAC Una IPR 139 BRS Realce Gen PR 11-2-8-1-1 SM 1810 Pi fav 1608895 1796489 1888677 1895574 1930187 2082074 2138296 2175870 2241054 2338215 2365974 2613423 2868245 2876039 3090148 3456797 3519721 3606232 3706881 3783645 3926972 4014068 4038944 4098576 4158024 4221908 5879175 Gen LP 09-40 LP 09-192 CHC 01-175 LP 08-90 Gen C 4-7-8-1-2 LP 07-80 Gen PR 14-2-10-1-2 CNFC 10729 Gen C 5-3-6-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 MAII - 2 IAC Una Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 4-7-7-2-2 IPR 139 SM 1107 CNFC 10762 Gen PR 11-2-8-1-1 IAC Alvorada Gen C 4-7-2-2-1 Gen PR 14-2-2-1-1 CNFP 10794 BRSMG Madrepérola IAC Diplomata CHP 98-66-20 BRS Realce SM 1810 Pi desf. 1280873 1612496 1991658 2128553 2175270 2186078 2286920 2298133 2315519 2349565 2383773 2398911 2519020 2597127 2762334 2775943 2779475 2786502 2898451 2942699 3088072 3271352 3385470 3868076 3910853 3981579 5065849 89 Anexo 22. Estimativas de parâmetros da estabilidade de produção de grãosde acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) para 27 genótipos de feijoeiro avaliados na safra da seca no estado de São Paulo. Gen CNFP 10794 LP 09-40 MAII - 2 Gen C 4-7-2-2-1 LP 07-80 CHC 01-175 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 4-7-7-2-2 Gen PR 14-2-2-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 IAC Una Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 2-6-6-2-1 LP 09-192 SM 1810 CHP 98-66-20 CNFC 10762 IAC Alvorada LP 08-90 SM 1107 IPR 139 Gen PR 11-2-8-1-1 BRSMG Madrepérola IAC Diplomata CNFC 10729 Gen C 5-3-6-1-1 BRS Realce Média 3.323 3.216 3.025 3.002 3.074 2.997 2.952 2.980 2.931 2.918 2.932 2.922 2.890 2.892 2.797 2.784 2.792 2.752 2.721 2.683 2.682 2.665 2.580 2.491 2.509 2.464 2.454 Pi geral 2852135 3093257 3536702 3560666 3618925 3671727 3714388 3726139 3799619 3830952 3850948 3863460 3890114 3948793 4293315 4336014 4359191 4407944 4554422 4565059 4648848 4724421 4933777 5122145 5151333 5328494 5399691 Gen CNFP 10794 CHC 01-175 LP 07-80 LP 09-40 CNFC 10762 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 4-7-2-2-1 IAC Alvorada Gen C 2-6-4-1-1 MAII - 2 LP 09-192 SM 1810 Gen C 4-7-7-2-2 SM 1107 IAC Una Gen C 2-6-6-2-1 CHP 98-66-20 Gen PR 14-2-2-1-1 IPR 139 Gen PR 14-2-10-1-2 BRSMG Madrepérola LP 08-90 CNFC 10729 Gen PR 11-2-8-1-1 BRS Realce IAC Diplomata Gen C 5-3-6-1-1 Pi fav 2460125 3219020 3300873 3309856 3399521 3403567 3457518 3491915 3724469 3732338 3762438 3825595 3879909 3941476 3950969 3998045 4090306 4149732 4194031 4203560 4296052 4496722 4548000 4581929 5545198 5596592 5596858 Gen LP 09-40 MAII - 2 Gen PR 14-2-2-1-1 Gen PR 14-2-10-1-2 CNFP 10794 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-2-2-1 IAC Una Gen C 2-6-6-2-1 LP 07-80 Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 4-7-8-1-2 LP 09-192 CHC 01-175 IAC Diplomata LP 08-90 CHP 98-66-20 Gen PR 11-2-8-1-1 SM 1810 Gen C 5-3-6-1-1 BRS Realce IPR 139 SM 1107 IAC Alvorada CNFC 10762 BRSMG Madrepérola CNFC 10729 Pi desf. 2804458 3275854 3332801 3334141 3374816 3521112 3698196 3717587 3746206 4042994 4048781 4128817 4197267 4275337 4489549 4631357 4663624 4914409 4916942 4970675 5205682 5255271 5396502 5629316 5638752 5784077 5955778 90 Anexo 23. Estimativas de parâmetros da estabilidade de produção de grãosde acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) para 27 genótipos de feijoeiro avaliados na safra de inverno no estado de São Paulo. Gen CHC 01-175 CNFP 10794 MAII - 2 CNFC 10762 LP 07-80 IAC Alvorada Gen C 5-3-6-1-1 LP 09-192 LP 09-40 Gen C 2-6-6-2-1 LP 08-90 CNFC 10729 Gen C 2-6-4-1-1 IAC Una Gen C 4-7-8-1-2 IPR 139 BRSMG Madrepérola BRS Realce Gen PR 11-2-8-1-1 SM 1107 Gen C 4-7-2-2-1 CHP 98-66-20 Gen C 4-7-7-2-2 Gen PR 14-2-10-1-2 IAC Diplomata SM 1810 Gen PR 14-2-2-1-1 Média 2.041 2.002 1.952 1.948 1.917 1.917 1.879 1.849 1.868 1.851 1.790 1.784 1.761 1.746 1.739 1.713 1.693 1.723 1.688 1.646 1.654 1.615 1.632 1.568 1.541 1.514 1.458 Pi geral 1581863 1716061 1737723 1782532 1799289 1801162 1866230 1934287 1934308 1985302 2033656 2052317 2130692 2151903 2214323 2228010 2249144 2251059 2300554 2335903 2364398 2422001 2490357 2512644 2593676 2639226 2832435 Gen CHC 01-175 Gen C 2-6-4-1-1 MAII - 2 LP 07-80 Gen C 5-3-6-1-1 CNFC 10762 IAC Alvorada CNFP 10794 BRS Realce CHP 98-66-20 CNFC 10729 LP 09-192 LP 08-90 LP 09-40 SM 1107 Gen C 4-7-8-1-2 IAC Una BRSMG Madrepérola IPR 139 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 4-7-2-2-1 SM 1810 Gen PR 11-2-8-1-1 IAC Diplomata Gen C 4-7-7-2-2 Gen PR 14-2-2-1-1 Pi fav 1417995 1626164 1707203 1717610 1756895 1771290 1792100 1884982 1990674 2016595 2084279 2103478 2110534 2160673 2211110 2250517 2260495 2421432 2452117 2556465 2584300 2635800 2733419 2777569 2832461 3170387 3448388 Gen Gen C 2-6-6-2-1 CNFP 10794 CHC 01-175 MAII - 2 LP 09-40 CNFC 10762 LP 09-192 IAC Alvorada LP 07-80 Gen PR 11-2-8-1-1 Gen C 5-3-6-1-1 LP 08-90 Gen C 4-7-7-2-2 CNFC 10729 IPR 139 IAC Una BRSMG Madrepérola Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 4-7-8-1-2 Gen PR 14-2-2-1-1 IAC Diplomata SM 1107 BRS Realce Gen PR 14-2-10-1-2 Gen C 2-6-4-1-1 SM 1810 CHP 98-66-20 Pi desf. 1536054 1589371 1704764 1760613 1764535 1790963 1807393 1807959 1860549 1942792 1948231 1975998 1980334 2028346 2059930 2070459 2119929 2160845 2187177 2370471 2414588 2429497 2446347 2479778 2509088 2568580 2726056 91 Anexo 24. Estimativas de parâmetros da estabilidade de produção de grãosde acordo com o método de Lin e Binns (1988) modificada por Carneiro (1998) para 27 genótipos de feijoeiro avaliados no estado de São Paulo em três safras. Gen LP 09-40 CNFP 10794 LP 07-80 CHC 01-175 LP 09-192 MAII - 2 Gen C 4-7-8-1-2 CNFC 10762 Gen C 2-6-6-2-1 Gen C 2-6-4-1-1 IAC Alvorada Gen C 4-7-7-2-2 LP 08-90 Gen C 4-7-2-2-1 IAC Una Gen PR 14-2-10-1-2 CNFC 10729 Gen C 5-3-6-1-1 Gen PR 14-2-2-1-1 IPR 139 SM 1107 Gen PR 11-2-8-1-1 CHP 98-66-20 BRSMG Madrepérola BRS Realce IAC Diplomata SM 1810 Média 2.821 2.755 2.722 2.700 2.656 2.609 2.602 2.573 2.553 2.542 2.542 2.521 2.522 2.478 2.476 2.451 2.418 2.384 2.345 2.348 2.339 2.322 2.299 2.287 2.195 2.147 2.154 Pi geral 4162661 4345586 4465248 4474306 4632713 4742727 4745486 4875484 4880177 4952771 4959620 5038655 5050245 5096179 5174563 5228660 5370959 5557854 5567332 5616742 5644871 5696638 5789754 5804752 6202377 6245452 6380706 Gen CNFP 10794 CHC 01-175 LP 07-80 CNFC 10762 IAC Alvorada LP 09-40 Gen C 2-6-4-1-1 Gen C 4-7-8-1-2 LP 09-192 LP 08-90 MAII - 2 Gen C 4-7-2-2-1 Gen C 2-6-6-2-1 CNFC 10729 CHP 98-66-20 Gen C 4-7-7-2-2 Gen PR 14-2-10-1-2 BRSMG Madrepérola SM 1107 IAC Una IPR 139 Gen PR 14-2-2-1-1 SM 1810 Gen C 5-3-6-1-1 Gen PR 11-2-8-1-1 BRS Realce IAC Diplomata Pi fav 3957239 4418448 4454889 4598292 4632277 4633145 4811945 4890268 5013323 5233423 5334442 5348028 5354619 5501171 5547941 5598961 5616710 5640218 5791312 5936679 6052810 6204434 6209143 6287585 6315836 6660003 6964147 Gen LP 09-40 MAII - 2 LP 09-192 LP 07-80 CHC 01-175 Gen C 2-6-6-2-1 IAC Una CNFP 10794 Gen C 4-7-7-2-2 Gen C 4-7-8-1-2 Gen C 4-7-2-2-1 LP 08-90 Gen PR 14-2-10-1-2 Gen C 5-3-6-1-1 Gen C 2-6-4-1-1 CNFC 10762 Gen PR 14-2-2-1-1 IAC Alvorada Gen PR 11-2-8-1-1 CNFC 10729 IPR 139 SM 1107 IAC Diplomata BRS Realce BRSMG Madrepérola CHP 98-66-20 SM 1810 Pi desf. 3820491 4312388 4355906 4472782 4514931 4535128 4620298 4628020 4631159 4640190 4913017 4917024 4946443 5027141 5055190 5077077 5103986 5197688 5246312 5276259 5299602 5538368 5722765 5869557 5924414 5965618 6505479 92