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5 – ESPECIFICAÇÕES PARTICULARES
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EP-P-01 - RECICLAGEM A FRIO “IN SITU” COM ADIÇÃO DE CIMENTO
1 - OBJETIVO
Esta especificação estabelece as condições a serem observadas para a execução e o controle de
serviços de reciclagem a frio “in situ” de pavimento, de forma a se obter uma camada de base ou
sub-base reciclada, por incorporação do revestimento betuminoso nas camadas subjacentes e
adição de materiais novos; compreendendo cimento Portland em quantidades necessárias para
garantir a correção na curva granulometrica assim como a resistência à compressão axial.
2 - REFERÊNCIAS
DNER-EM 036/95 – Cimento Portland – Recebimento e aceitação;
DNER-ME 024/94 – Pavimento – Determinação das deflexões pela viga Benkelman;
DNER-ME 035/94 – Agregados – Determinação da abrasão “Los Angeles”;
DNER-ME 080/94 – Solos – Análise granulométrica por peneiramento;
DNER-ME 082/94 – Solos – Determinação de limite de plasticidade;
DNER-ME 088/94 – Solos – Determinação da umidade pelo método expedito do álcool;
DNER-ME 092/94 – Determinação da massa específica aparente do solo “in situ”, com o
emprego do frasco de areia;
h) DNER-ME 122/94 – Solos – Determinação do limite de liquidez pelo método de referência e
método expedito;
i) DNER-ME 129/94 – Solos – Compactação utilizando amostras não trabalhadas;
j) DNER-ME 201/94 – Solo-cimento – Compressão axial de corpos-de-prova cilíndricos;
k) DNER-ME 202/94 – Solo-cimento – Moldagem e cura de corpos-de-prova cilíndricos;
l) DNER-ME 216/94 – Solo-cimento – Determinação de relação entre teor de umidade e a
massa especifica aparente;
m) DNER-ME 277/97 – Metodologia pelo controle estatístico de obras e serviços;
n) DNER-ES 279/97 – Acessos e caminhos de serviços;
o) DNER-ES 306/97 – Imprimação;
p) DNER-ISA 07 – Instrução de serviço ambiental;
q) ABNT NBR 5732/97 – Cimento Portland;
r) ABNT NBR 5735/97 – Cimento Portland de Alto Forno;
s) ABNT NBR 7224/96 – Blaine – Cimento Portland e outros materiais em pó, determinação de
área específica.
a)
b)
c)
d)
e)
f)
g)
3 - DEFINIÇÕES
Camada reciclada “in situ” – mistura realizada no local com o emprego de equipamentos
próprios para esta finalidade, resultante da incorporação de camadas do pavimento existente, com
adição de água e cimento, compondo uma mistura homogeneizada espalhada e compactada, de
forma a construir a nova camada do pavimento.
4 - CONDIÇÕES GERAIS
Não será permitida a execução dos serviços descritos nesta especificação em dias chuvosos.
Todo carregamento de cimento que chegar a obra deverá vir acompanhado de certificado de
fabricação, origem, de ensaios e mais o que seja necessário para sua caracterização para o fim a
que se destina.
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5 - CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
5.1 - Material
5.1.1 - Cimento
Deverá obedecer as exigências da DNER EM 036/95 juntamente com as da ABNT NBR 6118/80
nela contida.
5.1.2 - Agregados
Deverá obedecer as exigências do DNER juntamente com as da ABNT nelas contida.
5.1.3 - Água
Deverá ser isenta de teores nocivos de sais, ácidos, álcalis ou matéria orgânica e outras
substâncias prejudiciais.
5.1.4 - Composição da Mistura Reciclada
5.1.4.1 - Composição Granulométrica
A composição granulométrica do material reciclado, juntamente com o cimento adicionado,
quando verificada a sua necessidade, deve satisfazer os requisitos do quadro seguinte, quando
submetidos aos ensaios DNER ME 080, DNER ME 082 e DNER ME 122, atendendo as faixas B
ou C da especificação ES-303/97 do DNIT:
Tipos
Peneiras
2 (50,8 mm)
1 (25,4 mm)
3/8 (9,52 mm)
Nº 4 (4,76 mm)
Nº 10 (2,00 mm)
Nº 40(0,42 mm)
Nº 200 (0,074 mm)
Faixas
B
C
% em peso passando
100
75-90
100
40-75
50-85
30-60
35-65
20-45
25-50
15-30
15-30
5-15
5-15
5.1.4.2 - Dosagem das Misturas
A mistura final de material reciclado + cimento será definida em função dos resultados de
ensaios de resistência efetuados em corpos de prova moldados, segundo o prescrito no método
DNER-ME 202, efetuados em corpos de prova moldados na energia intermediária.
A quantidade de material a adicionar será definida em função dos resultados dos ensaios do
material reciclado para correção de granulometria e resistência à compressão da mistura
reciclada.
Quando o material reciclado “in situ” atender aos requisitos da Especificação DNER-ES 303/97,
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para base, não será necessária a adição de agregados novos.
A mistura deverá apresentar um valor mínimo de CBR de 80%, devendo-se obter na dosagem um
valor médio que conduza aquele resultado durante a fase de execução, tendo em vista a dispersão
encontrada.
A mistura deverá apresentar um valor mínimo de 2,5 MPa para a resistência à compressão
simples aos 7 (sete) dias (DNER-ME 201). O valor de resistência à compressão referida é um
valor mínimo, devendo-se obter na dosagem um valor médio que conduza aquele resultado
durante à fase de execução, tendo em vista a dispersão encontrada.
5.2 - Equipamentos
Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado e estar de acordo
com esta especificação. Os equipamentos requeridos são os seguintes:
Equipamentos para Incorporação de camadas do pavimento
O pavimento deverá ser revolvido com equipamento do tipo “Recicladora”.
O revolvimento do pavimento deverá modificar o mínimo possível as características
granulométricas da mistura a reciclar.
O equipamento deverá ter dispositivo de regulagem de espessura da camada do pavimento que
será revolvida.
Equipamentos para Reciclagem
A reciclagem deverá ser realizada no local com equipamento do tipo “Recicladora”, apropriado
para esta finalidade.
Equipamentos para Espalhamento
O equipamento para espalhamento e acabamento (parte da “Recicladora”) deverá ser capaz de
espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cota e abaulamento requeridos. Tal trabalho
deverá ser completado com uma motoniveladora.
Equipamentos para Compressão
O equipamento para compressão deverá ter dimensões, forma e peso adequados, de preferência,
rolos pneumáticos, lisos e vibratórios, de modo a se obter a massa específica aparente máxima
indicada, em toda a espessura da camada compactada.
Caminhão Tanque para Transporte da água
A recicladora deverá possuir uma barra espargidora com acoplamento do tipo rápido para
recebimento de água para ser utilizado no umedecimento da mistura. Dessa forma, e necessário
um caminhão tanque para transporte de água, com a finalidade de abastecer a recicladora.
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5.3 - Execução
5.3.1 - Mistura
A reciclagem “in situ” do pavimento deverá ser executada nas seguintes condições:
a) Preparo da faixa:
Antes de iniciar o preparo da faixa, os dispositivos de drenagem previstos no
projeto deverão estar concluídos;
A faixa deverá estar nivelada e preparada de modo a atender ao projeto;
Todo material impróprio deverá ser removido ou substituído de acordo com o
projeto.
b) Espalhamento uniforme do cimento nas quantidades “preestabelecidas em projeto de mistura”.
Essa operação poderá ser realizada distribuindo-se transversal e longitudinalmente, a pista
assegurando posterior espalhamento uniforme na superfície atual do pavimento, na área
correspondente a cada subtrecho, por processo mecânico.
c) Revolve-se ao mesmo tempo o cimento, o revestimento existente e parte da base existente,
pela recicladora. Será adicionada água na quantidade necessária para umedecimento do material
conforme especificado no estudo de dosagem da mistura. A mistura será repetida continuamente
pelo tempo necessário para assegurar a completa homogeneização, uniforme e íntima mistura do
material removido, agregados e o cimento, ate se conseguir a tonalidade uniforme em toda
espessura.
d) A recicladora devera efetuar uma pré-compactação da mistura, obedecendo ao greide e a seção
transversal definidas em projeto (nivelamento).
5.3.2 - Compactação, Proteção e Cura
a) A compactação deverá ter início imediatamente apos o nivelamento da mistura;
b) A compactação deverá ser iniciada com o emprego de rolos vibratórios corrugados, sendo
concluída com rolos lisos e rolos pneumáticos;
c) Antes da fase final de compactação, deverá ser feita a conformação do trecho ao greide e
abaulamento desejado, através de motoniveladora;
d) Após a conclusão da compactação, será feito o acerto final da superfície, com a eliminação de
saliências através de motoniveladora, de modo a satisfazer o projeto. Não será permitida a
correção de depressões pela adição de material. A superfície da base será comprimida até que se
apresente lisa e isenta de partes soltas ou sulcadas;
e) O grau de compactação deverá ser no mínimo, 100% em relação à massa específica aparente
seca, máxima, obtida no ensaio DNER ME 129/94 (Métodos B e C);
f) Todo trecho, logo apos a sua execução, de acordo com esta especificação, será submetido a um
processo de cura, devendo para este fim ser protegido contra a perda rápida de umidade durante
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período de, pelo menos, sete dias, com aplicação de uma pintura de ligação com emulsão
asfáltica do tipo RR-1C ou RR-2C. A taxa de aplicação deverá ser de cerca de 1 l/m2, conforme
especificação DNER ES 307/97;
g) Não será permitido o trânsito de maquinário pesado sobre os trechos recém terminados,
excluindo-se os veículos de rodas pneumáticas para transporte de água, e cimento, e outros, cujo
trânsito será permitido desde que a superfície tenha endurecido suficientemente, a fim de evitar
estragos;
h) Os trechos concluídos serão abertos ao tráfego, transcorrido o período de sete dias de cura, e
após verificação constatação de consolidação de sua superfície.
6 - MANEJO AMBIENTAL
Os cuidados a serem seguidos visando a preservação do meio ambiente, no decorrer das
operações destinadas à execução da camada de base reciclada são:
a) Atendimento as recomendações preconizadas na DNER ES 281 e na DNER ISA 07 –
Instrução de Serviço Ambiental.
b) Os cuidados para a preservação ambiental devem referir-se a disciplina do tráfego e do
estacionamento dos equipamentos.
c) Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal, para evitar
danos desnecessários a vegetação e interferências na drenagem natural.
d) As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos devem
ser localizadas de forma a evitar que resíduos de lubrificantes e/ou combustível sejam levados ate
cursos d’água.
7 - INSPEÇÃO
7.1 - Controle do Material
Todos os materiais deverão ser examinados em laboratório obedecendo às metodologias
indicadas pelo DNIT e satisfazer as especificações em vigor.
7.1.1 - Cimento
Todo cimento a ser empregado na obra devera estar de acordo com a DNER EM 036, conforme o
certificado emitido pelo fabricante.
Antes de ser usado, no espalhamento da pista, deverão ser executados na obra ensaios de
determinação da finura, a fim de verificar se o cimento não está empedrado. A freqüência destes
ensaios e de um ensaio por dia de trabalho ou sempre que houver duvidas sobre a sanidade do
material.
O resíduo retido na peneira nº 200 (malha de 0,075 mm) não deverá exceder:
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Cimento Portland de Alto Forno – 10%
Cimento Comum – 15%
Cimento Alta Resistência Inicial – 15%
7.1.2 - Agregados
Todo material britado a ser empregado na obra devera estar de acordo com a DNER EM 036,
conforme o certificado emitido pelo fabricante.
Antes de ser usado, no espalhamento da pista, deverão ser executados na obra ensaios de
determinação de granulometria, a fim de verificar se o material britado encaixa dentro da faixa
especificada. A frequência destes ensaios e de um ensaio por dia de trabalho ou sempre que
houver duvidas sobre a sanidade do material.
7.2 - Controle da Execução
a) Verificação da quantidade do cimento e agregados incorporados (por peso ou volume);
b) Ensaio de compactação para determinação da massa específica aparente máxima (DNER-ME
129/94 Método C);
c) Determinação do grau de pulverização da mistura fresada (pavimento existente revolvido com
adição de cimento) através de peneiramento na peneira no 4 com exclusão do material graúdo;
d) Determinação do teor de umidade higroscópica depois da adição da água e homogeneização da
mistura (DNER ME 052, DNER ME 088);
e) Ensaios de compactação e modelagem de corpos de prova cilíndricos para determinação da
resistência à compressão simples, apos 7 dias de cura (DNER ME 201 e DNER ME 202) com
material coletado na pista;
f) Ensaio de granulometria do material reciclado a cada 200 metros de pista (DNER-ME 080/94)
para garantir granulometria de acordo com a especificação 32.08.01 do DER;
g) Determinação da massa especifica aparente “in-situ” na pista compactada para o cálculo do
GC – Grau de Compactação (DNER-ME 092/94). A determinação da densidade “in situ” deverá
ser feita imediatamente após a compactação. O grau de compactação deverá ser igual ou superior
a 100%;
h) O número de ensaios e determinações do grau de pulverização, moldagem de corpos de prova
cilíndricos para o ensaio de compressão simples e de massa específica aparente “in-situ” e GC –
Grau de Compactação – para o controle da execução, será definido pelo Executante em função
do risco de se rejeitar um serviço de boa qualidade, conforme a tabela seguinte:
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7.3 - Controle Geométrico
Após a execução reciclagem, deve-se proceder a relocação e ao nivelamento do eixo e dos
bordos, permitindo-se as tolerâncias seguintes:
a)
10 cm, quanto a largura de reciclagem prevista;
b) b) Ate 20%, em excesso, para flecha de abaulamento, não se tolerando redução;
c)
1,0 cm, quanto a espessura do projeto, em pontos isolados.
7.4 - Controle Deflectométrico
Em caráter complementar, para garantia de qualidade na execução do serviço, deverá ser
procedida a determinação das deflexões elásticas sobre a superfície acabada, segundo o Método
DNER-ME 024/94. Deverá ser executada pelo menos uma medida na deflexão máxima a cada 20
metros, alternando-se, aleatoriamente, entre os bordos (direito e esquerdo) e o centro da pista.
As deflexões obtidas sobre esta camada deverão ser inferiores ao valor considerado no
dimensionamento do pavimento por analise mecanística constante do projeto. Os segmentos que
apresentem valores superiores aos considerados no projeto deverão ser pesquisados
individualmente, para se tentar definir a causa do aumento nos valores da deformabilidade
elástica. Caso o aumento tenha sido causado por falha executiva ou uso de material inadequado
ou presença de material com excesso de umidade, o serviço devera ser refeito e o problema
devera ser corrigido, antes da execução da camada subsequente.
7.5 - Aceitação e Rejeição
Os valores dos ensaios de caracterização dos solos e de recebimento do cimento empregado
deverão estar de acordo com esta especificação e com o projeto.
A análise dos resultados de controle do material de execução da base devera atender ao seguinte
(DNER PRO 277):
Para os ensaios de granulometria do solo antes da adição do cimento e do material britado na
qual são especificadas faixas de valores mínimos e máximos, com as respectivas tolerâncias,
deve-se verificar o seguinte:
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Onde:
Xi = Valores individuais;
X = Media da amostra;
S = Desvio Padrão da amostra;
K = Coeficiente tabelado em função do número de determinações;
N = Numero de determinações.
Para ensaios e determinações de grau de comparação – GC, e de resistência à compressão
simples de corpos de prova moldados na pista e curados após 7 dias da mistura em que e
especificado um valor mínimo a ser atingido, deve-se verificar a condição seguinte:
Se X - ks < valor mínimo admitido => rejeitar
Se X - ks ≥
Para os ensaios de Limite de Liquidez, Índice de Plasticidade do solo antes da adição do cimento
em que é especificado um valor máximo a ser atingido, deve-se verificar a condição seguinte:
Se X - ks < valor mínimo admitido => rejeitar
Se X - ks ≥
8 - CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO
Os serviços aceitos serão medidos de acordo com os critérios seguintes:
- A base será medida em metros cúbicos de material compactado na pista, conforme a seção
transversal do projeto.
- No cálculo dos valores dos volumes, serão consideradas as larguras e as espessuras médias
obtidas no controle geométrico.
- Não serão considerados quantitativos de serviços superiores aos indicados no projeto.
Na medição dos serviços, estão incluídas as operações de limpeza e expurgo de ocorrência de
materiais, escavação, transportes, operações referentes a mistura na pista, compactação,
acabamento, proteção da base e o fornecimento do cimento.
9 - PAGAMENTO
O pagamento será feito com base no preço unitário apresentado, o qual deverá incluir mão de
obra e encargos, materiais, equipamentos, além das operações de reciclagem da camada
existente, carga, transporte e espalhamento do cimento, homogeneização, umedecimento ou
secagem, compactação, acabamento da camada de base resultante e limpeza final da pista.
A aquisição, escavação, carga, transporte e descarga do cascalho, da jazida até o ponto de
aplicação na pista, será pago separadamente.
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EP-P-02 - RECICLAGEM DE BASE DE ACOSTAMENTO COM INCORPORAÇÃO DO
REVESTIMENTO TSD E BASE EXISTENTES E COM ADIÇÃO DE
CASCALHO
1 – OBJETIVO
Esta especificação estabelece as condições a serem observadas para a execução e o controle de
reciclagem a frio “in situ” de pavimento, de forma a se obter uma camada de base reciclada,
utilizando-se o material existente e adicionando cascalho, onde necessário. A execução
compreenderá a fresagem do pavimento existente; incorporação dos materiais novos para
enchimento do acostamento e onde forem necessárias correções na curva granulométrica ou para
correção de ISC; mistura, umedecimento e homogeneização na pista; e compactação, em
conformidade com alinhamentos e cotas definidos no projeto.
2 – REFERÊNCIAS
a) DNER-ME 024/94 – Pavimento – Determinação das deflexões pela viga Benkelman;
b) DNER-ME 035/94 – Agregados – Determinação da Abrasão “Los Angeles”;
c) DNER-ME 052/94 – Solos e agregados miúdos – Determinação da umidade com o emprego
do “Speedy”;
d) DNER-ME 080/94 – Solos – Análise granulométrica por peneiramento;
e) DNER-ME 082/94 – Solos – Determinação de limite de plasticidade;
f) DNER-ME 092/94 – Determinação da massa especifica aparente do solo “in situ”, com o
emprego do frasco de areia;
g) DNER-ME 122/94 – Solos – Determinação do limite de liquidez pelo método de referencia
e método expedito;
h) DNER-ME 129/94 – Solos – Compactação utilizando amostras não trabalhadas (Método C);
i) DNER-ME 277/97 – Metodologia pelo controle estatístico de obras e serviços;
j) DNER-ES 279/97 – Acessos e caminhos de serviços;
k) DNER-ES 281/97 – Empréstimos;
l) DNER-ES 306/97 – Imprimação;
m) DNER-ES 307/97 – Pintura de ligação;
n) DNER-ISA 07 – Instrução de serviço ambiental;
3 – DEFINIÇÕES
Base Reciclada “in situ” – mistura realizada no local com o emprego de equipamentos próprios
para esta finalidade, utilizando-se o material removido “in situ” do pavimento existente, água e
cascalho, compondo uma mistura homogeneizada espalhada e compactada, de forma a construir
a nova camada de base do pavimento.
4 - CONDIÇÕES GERAIS
Não será permitida a execução dos serviços descritos nesta especificação em dias chuvosos.
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5 - CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
5.1 - Material
5.1.1 - Cascalho
Deverá obedecer as exigências indicadas no projeto de pavimentação e estudos geotécnicos a fim
de se garantir as características finais da mistura reciclada, previstas no projeto de restauração
dos acostamentos.
5.1.2 - Água
Deverá ser isenta de teores nocivos de sais, ácidos, álcalis ou matéria orgânica e outras
substâncias prejudiciais.
5.2 - Composição da Mistura Reciclada
5.2.1 - Composição Granulométrica
A composição granulométrica do material fresado, juntamente com o material de cascalho
adicionado, deve satisfazer os requisitos do quadro seguinte, quando submetidos aos ensaios
DNER ME 080, DNER ME 082 e DNER ME 122, atendendo a uma das faixas a seguir:
5.3 - Dosagem das Misturas
A mistura final (material reciclado + cascalho) será definida em função dos resultados de ensaios
de CBR, efetuados em corpos de prova moldados na energia modificada. A quantidade de
material a adicionar será definida em função dos resultados dos ensaios do material fresado
(revestimento + base), para correção de granulometria e ISC da mistura reciclada.
Quando o material reciclado “in situ” (revestimento+base), atender aos requisitos da
Especificação DNER-Es 303/97, para base, não será necessária a adição de agregados novos.
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A mistura deverá apresentar um valor mínimo de 80%, devendo-se obter na dosagem um valor
médio que conduza aquele resultado durante a fase de execução, tendo em vista a dispersão
encontrada.
5.4 - Equipamentos
Todo equipamento, antes do início da execução da obra, deverá ser examinado e estar de acordo
com esta especificação. Os equipamentos requeridos são os seguintes:
- Equipamentos para Revolvimento do Pavimento
O pavimento deverá ser revolvido por fresagem mecânica a frio.
A fresagem mecânica ou a escarificação do pavimento deverá modificar o mínimo possível as
características granulométricas da mistura a reciclar.
O equipamento para remoção do pavimento deverá ter dispositivo de regulagem de espessura da
camada do pavimento que será revolvida.
- Equipamentos para Reciclagem
A reciclagem deverá ser realizada no local com equipamento do tipo “Recicladora”, apropriado
para esta finalidade.
- Equipamentos para Espalhamento
O equipamento para espalhamento e acabamento (parte da “Recicladora”) deverá ser capaz de
espalhar e conformar a mistura no alinhamento, cota e abaulamento requeridos. Tal trabalho
deverá ser completado com uma motoniveladora.
- Equipamentos para Compactação
O equipamento para compressão deverá ter dimensões, forma e peso adequados, de
preferência, rolos pneumáticos, lisos e vibratórios, de modo a se obter a massa específica
aparente máxima indicada, em toda a espessura da camada compactada.
- Caminhão Tanque para Transporte da Água
A recicladora deverá possuir um tanque de água para ser utilizado no umedecimento da mistura.
Dessa forma, e necessário um caminhão tanque para transporte de água, com a finalidade de
abastecer o tanque de água da recicladora.
5.5 - Execução
- Mistura
A reciclagem “in situ” do pavimento deverá ser executada nas seguintes condições:
Preparo da faixa:
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Antes de iniciar o preparo da faixa, os dispositivos de drenagem previstos no projeto deverão
estar concluídos;
A faixa deverá estar nivelada e preparada de modo a atender ao projeto;
Todo material impróprio deverá ser removido ou substituído de acordo com o projeto.
Espalhamento uniforme do material cascalho na quantidade especificada. Essa operação poderá
ser realizada distribuindo-se transversal e longitudinalmente, à pista assegurando posterior
espalhamento uniforme na superfície atual do pavimento, na área correspondente a cada
subtrecho, por processo mecânico.
Fresagem da pista, revolvendo-se ao mesmo tempo o material cascalho espalhado, o
revestimento existente e parte da base existente, pela recicladora. Será adicionada água na
quantidade necessária para umedecimento do material conforme especificado no estudo de
dosagem da mistura. A mistura será repetida continuamente pelo tempo necessário para assegurar
a completa, uniforme e íntima mistura do material removido e material cascalho, até se conseguir
a tonalidade uniforme em toda espessura.
A recicladora devera efetuar uma pré-compactação da mistura, obedecendo ao greide e a seção
transversal do projeto (nivelamento).
5.6 - Compactação e Proteção
A compactação deverá ter início imediatamente após o nivelamento da mistura;
A compactação deverá ser iniciada com o emprego de rolos vibratórios corrugados, sendo
concluída com rolos lisos e rolos pneumáticos;
Antes da fase final de compactação, deverá ser feita a conformação do trecho ao greide e
abaulamento desejado, através de motoniveladora;
Após a conclusão da compactação, será feito o acerto final da superfície, com a eliminação de
saliências através de motoniveladora, de modo a satisfazer o projeto. Não será permitida a
correção de depressões pela adição de material.
A superfície da base será comprimida até que se apresente lisa e isenta de partes soltas ou
sulcadas;
O grau de compactação deverá ser no mínimo, 100% em relação a massa específica aparente
seca, máxima, obtida no ensaio DNER ME 129/94 (Método C);
Todo trecho, logo após a sua execução, de acordo com esta especificação, será protegido contra a
perda rápida de umidade durante período de, pelo menos, três dias, com aplicação de imprimação
com CM-30. A taxa de aplicação deverá ser de cerca de 1 l/m2, conforme especificação DNER
ES 307/97;
Não serão permitidos o transito de maquinário pesado sobre os trechos recém terminados,
excluindo-se os veículos de rodas pneumáticas para transporte de água ou cascalho, e outros,
cujo trânsito será permitido desde que a superfície tenha consolidado suficientemente, a fim de
evitar estragos;
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Os trechos concluídos serão abertos ao tráfego após verificação da consolidação de sua
superfície.
6 - MANEJO AMBIENTAL
Os cuidados a serem seguidos visando à preservação do meio ambiente, no decorrer das
operações destinadas a execução da camada de reciclada são:
Atendimento as recomendações preconizadas na DNER ES 281 e na DNER ISA 07 – Instrução
de Serviço Ambiental.
Os cuidados para a preservação ambiental devem referir-se a disciplina do tráfego e do
estacionamento dos equipamentos.
Deve ser proibido o tráfego desordenado dos equipamentos fora do corpo estradal, para evitar
danos desnecessários a vegetação e interferências na drenagem natural.
As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos equipamentos devem
ser localizadas de forma a evitar que resíduos de lubrificantes e/ou combustível sejam levados até
cursos d’água.
7 - INSPEÇÃO
7.1 - Controle do Material
Todos os materiais deverão ser examinados em laboratório obedecendo as metodologias
indicadas pelo DNER e satisfazer as especificações em vigor.
7.1.1 - Cascalho
Antes de ser usado, no espalhamento da pista, deverão ser executados na obra ensaios de
determinação de granulometria, a fim de verificar se o material encaixa nas condições para
enquadramento da mistura dentro da faixa especificada. A frequência destes ensaios é de um
ensaio por dia de trabalho ou sempre que houver duvidas sobre a sanidade do material.
7.2 - Controle da Execução
Verificação da quantidade do cascalho incorporado (por peso ou volume);
Ensaio de compactação para determinação da massa específica aparente máxima (DNER-ME
129/94 Método C);
Determinação do teor de umidade higroscópica depois da adição da água e homogeneização da
mistura (DNER ME 052, DNER ME 088);
Ensaios de compactação e CBR para determinação do suporte com material coletado na pista;
Ensaio de granulometria do material reciclado a cada 200 metros de pista (DNER-ME 080/94)
para garantir granulometria de acordo com a especificação 32.08.01 do DER;
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Determinação da massa especifica aparente “in-situ” na pista compactada para o calculo do GC –
Grau de Compactação (DNER-ME 092/94). A determinação da densidade “in situ” deverá ser
feita imediatamente após a compactação. O grau de compactação deverá ser igual ou superior a
100% da energia modificada;
O número de ensaios e determinações de granulometria, compactação com CBR na energia
modificada e de massa específica aparente “in-situ” e GC – Grau de Compactação – para o
controle da execução, será definido pelo Executante em função do risco de se rejeitar um serviço
de boa qualidade, conforme a tabela seguinte:
7.3 - Controle Geométrico
Após a execução da reciclagem, deve-se proceder a relocação e ao nivelamento do eixo e dos
bordos, permitindo-se as tolerâncias seguintes:
a)
10 cm, quanto a largura de reciclagem prevista;
b) b) Ate 20%, em excesso, para flecha de abaulamento, não se tolerando redução;
c)
1,0 cm, quanto a espessura do projeto, em pontos isolados.
7.4 - Controle Deflectométrico
Em caráter complementar, para garantia de qualidade na execução do serviço, deverá ser
procedida a determinação das deflexões elásticas sobre a superfície acabada, segundo o Método
DNER-ME 024/94. Deverá ser executada pelo menos uma medida na deflexão máxima a cada 20
metros, alternando-se, aleatoriamente, entre os bordos (direito e esquerdo) e o centro da pista.
As deflexões obtidas sobre esta camada deverão ser inferiores ao valor considerado no
dimensionamento do pavimento por análise mecanística constante do projeto. Os segmentos que
apresentem valores superiores aos considerados no projeto deverão ser pesquisados
individualmente, para se tentar definir a causa do aumento nos valores da deformabilidade
elástica. Caso o aumento tenha sido causado por falha executiva ou uso de material inadequado
ou presença de material com excesso de umidade, o serviço deverá ser refeito e o problema
devera ser corrigido, antes da execução da camada subsequente.
7.5 - Aceitação e Rejeição
Os valores dos ensaios de caracterização dos solos e de recebimento dos agregados empregado
deverão estar de acordo com esta especificação e com o projeto. A análise dos resultados de
controle do material de execução da base deverá atender ao seguinte (DNER PRO 277):
Para os ensaios de granulometria do cascalho na qual são especificadas faixas de valores
mínimos e máximos, com as respectivas tolerâncias, deve-se verificar o seguinte:
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Onde:
Xi = Valores individuais;
X = Média da amostra;
S = Desvio Padrão da amostra;
K = Coeficiente tabelado em função do número de determinações;
N = Número de determinações.
Para ensaios e determinações de grau de compactação – GC, e de CBR na energia modificada
com material coletado na pista em que é especificado um valor mínimo a ser atingido, deve-se
verificar a condição seguinte:
Se X - ks < valor mínimo admitido => rejeitar
Se X - ks ≥
Para os ensaios de Limite de Liquidez, Índice de Plasticidade do solo antes da adição do cimento
em que é especificado um valor máximo a ser atingido, deve-se verificar a condição seguinte:
Se X - ks < valor mínimo admitido => rejeitar
Se X - ks ≥
8 - CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO
O serviço será medido por m³ de base reciclada executada no acostamento, conforme definido no
quadro de quantidades do projeto.
9 - PAGAMENTO
O pagamento será feito com base no preço unitário apresentado, o qual deverá incluir mão de
obra e encargos, materiais, equipamentos, além das operações de reciclagem da camada
existente, espalhamento do cascalho, homogeneização, umedecimento ou secagem, compactação,
acabamento da camada de base resultante e limpeza final da pista.
A aquisição, escavação, carga, transporte e descarga do cascalho, da jazida até o ponto de
aplicação na pista, serão pagos separadamente.
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EP-D-01 – CAMADA DRENANTE PARA CORTE EM ROCHA
1 - OBJETIVO
Esta especificação trata dos procedimentos a serem seguidos na execução da camada drenante
dos cortes com infiltração de água do lençol freático, visando construir um colchão drenante, do
subleito em rocha.
2 - MATERIAIS
Os agregados utilizados na execução da camada drenante deverão atender integralmente as
especificações correspondentes adotadas pelo DNIT, quais sejam: DNER-EM 37-71 e DNEREM 38-71. Os materiais a serem utilizados serão indicados em projeto.
3 – EQUIPAMENTOS
Todo o equipamento deve ser inspecionado pela Fiscalização, devendo dela receber aprovação,
sem o que não deve ser dada autorização para o início dos serviços.
O equipamento básico para execução do colchão drenante compreendem: motoniveladora; rolo
compactador de pneus autopropulsor; caminhão basculante e ferramentas diversas (pá, enxada,
etc.)
4 - EXECUÇÃO
A camada drenante será executada abrangendo toda a plataforma, desde a borda mais alta da subbase até o dreno longitudinal disposto na borda mais baixa. A espessura média da camada
drenante é de 0,40 m, que deverá ser executada em duas camadas.
5 - CONTROLE
O controle geométrico da camada drenante será executado por processos topográficos correntes.
O serviço será considerado aceito desde que atendidas às seguintes condições:
a) O acabamento seja julgado satisfatório;
b) A espessura e demais características geométricas indicadas tenham sido obedecidas, não
sendo aceitas diferenças superiores a 10%, para medidas isoladas.
6 – MEDIÇÃO
A camada drenante será medida em metros cúbicos (m³) segundo a seção transversal de projeto.
A escavação do corte em rocha já foi objeto de medição na Especificação DNIT 106/2009-ES.
7 - PAGAMENTO
Os serviços da camada drenante, medidos na modalidade indicada no item 5, serão pagos aos
preços contratuais, que devem incluir fornecimento, transporte e colocação dos materiais, mãode-obra, equipamento, ferramentas e eventuais necessários à execução dos serviços.
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EP-D-02 - REFORÇO ESTRUTURAL EM BUEIRO TUBULAR METÁLICO COM
EMBUTIMENTO
1 - OBJETIVO
Esta especificação trata dos procedimentos comuns a serem previstos na execução de reforço
estrutural de tubulações com problemas de estabilidade e corrosão. Estes anéis de reforço, são
executados pela montagem de chapas de aço corrugado, têm o seu revestimento em função da
agressividade do meio, podendo ser galvanizado, epoxy ou sem revestimento, nos casos em que
se fará uma posterior concretagem de proteção.
2 – MATERIAIS
Todos os materiais utilizados deverão atender integralmente as seguintes especificações adotadas
pela ABNT, a saber:
Cimento: EB-1 (NBR 5732) e EB-2 (NBR 5733).
Agregados para concreto: EB-4 (NBR 7211).
Concreto: NB-1 (NBR 6118).
Ferragem: EB-3 (NBR 7480).
Os materiais abaixo relacionados, na falta de normas brasileiras, deverão seguir as seguintes
normas norte-americanas:
Aço:
AASHTO M167 - "Chapas estruturais para tubos, arcos de tubos e arcos"
ASTM A761 - "Aço, galvanização, estruturas de chapas corrugadas, amarração para
tubos, tubos em arco e arco".
SAE 1008 - Perfis e chapas conformados a frio
Zinco:
ASTM A760 - "Tubo, aço corrugado, cobertura zincada e galvanização".
AASHTO M36 - "Cobertura metálica (zinco) corrugada de aço, calandra em canais de
drenagem subterrâneos".
ASTM A761 - "Aço, galvanização, estruturas de chapas corrugadas, amarração para
tubos, tubos em arco e arco".
ASTM A123 - "Galvanização a quente de produtos fabricados em prensa, calandra,
forjados, em chapas e em barras".
ASTM A742 - "Chapa de aço e galvanização por imersão a quente".
Parafusos:
“ASTM A449 - "Parafusos de cabeça hexagonal de cabeça standart e pesada"
ASTM A307 - "Parafusos de cabeça hexagonal, de cabeça standart e pesada"
ASTM A563 - "Porcas de aço carbono".
3 - PROCESSO EXECUTIVO
As etapas executivas a serem atendidas na montagem dos anéis de reforço com chapas de Tunnel
liner são as seguintes:
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3.1 – Limpeza
A execução dos anéis de reforço deverá ser precedida da limpeza interna do tubo, de maneira a
deixar a tubulação sem interferências que possam dificultar a montagem dos anéis de reforço.
3.2 – Preparação do berço
O berço devera ser formado com sacos de solo cimento (1:10) formando um ângulo de 120 graus,
com espessura mínima de 10cm, garantindo o espaçamento entre o tubo existente e os anéis de
reforço. (Ver foto I)
3.3 - Implantação dos anéis de reforço
Tendo sido executado o berço, e dado o início da montagem manual das chapas de Tunnel Liner,
a montagem deve ser feita dentro de um perímetro o mais justo possível à circunferência do tubo,
garantindo o espaço mínimo de 10cm e com comprimento de 0,46m (largura de um anel de
reforço).
Imediatamente após esta etapa, executa-se o preenchimento dos espaços vazios com saco de solo
cimento completando todo anel (Ver foto II).
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3.4 - Emendas aparafusadas
Os anéis de reforço são solidarizados nos adjacentes por parafusos e porcas de 5/8 x 1 1/2", que
devem ser distribuídos ao longo das flanges laterais dos anéis. As chapas de cada anel são
emendadas por transpasse de parafusos e porcas das mesmas dimensões, porém com o pescoço
quadrado e providos de arruelas de pressão. Este sistema mantém o parafuso no furo, também
quadrado da chapa, para permitir que a porca seja apertada pelo lado interno.
3.5 - Injeção de solo/cimento
Os espaços vazios que por ventura existam entre a face externa dos anéis de reforço (TUNNEL
LINER) e o tubo deve ser preenchido a fim de se evitar recalques posteriores. Para isso, deve ser
usado um material de preenchimento flexível e de boa resistência à compressão ou algum outro
aglomerado, dependendo das condições locais e do método mecânico - Em anéis alternados, ou
em todos os anéis para os diâmetros maiores que 1,60m, deverá ser feito o preenchimento com
argamassa fluida.
Este preenchimento deverá ser feito através de furos existentes nas chapas, apropriados para a
colocação de bico de injeção. A argamassa terá o seu traço dosado e deverá ser misturada em
equipamento elétrico ou mecânico.
O material de preenchimento deverá ter as seguintes características: fluidez, ligeiramente
expansível e de razoável resistência à compressão. A bomba deverá injetar o material a uma
pressão em torno de 2,0 kgf/cm².
Durante o preenchimento, deverão ser checados os anéis através da procura de "som oco", que
evidencie a existência de vazios. Caso seja constatada a existência de vazios, deverá ser
executada uma nova injeção neste local.
Havendo necessidade de se aumentar a estanqueidade do TUNNEL LINER, para evitar a fuga de
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argamassa, pode-se introduzir nas emendas entre as chapas uma tira de feltro ou espuma.
3.6 – Bocas
A confecção das bocas dos tubos metálicos será iniciada pela escavação das valas necessárias a
execução do paramento frontal.
Segue-se a instalação das formas necessárias a concretagem deste paramento, a disposição das
armaduras, o lançamento e a vibração do concreto.
O concreto deverá ser dosado experimentalmente para uma resistência característica a
compressão, aos 28 dias, de 15,0 Ma, devendo ser preparado de acordo com o prescrito na norma
NBR 6118.
Nesta ocasião deverão ser posicionadas as armaduras das alas que se ligam ao paramento,
apoiadas em uma das formas de cada ala.
Posteriormente, serão instaladas as formas e armaduras remanescentes das alas, lançando e
vibrando o concreto, concluindo-se a execução da boca.
Para a amarração e ancoragem dos túneis metálicos corrugados as alas de concreto, deverão ser
utilizados parafusos com 150 mm de comprimento, que são aparafusados nas embocaduras dos
túneis antes da concretagem.
4 - CONTROLE
4.1 - Controle geométrico e de acabamento
O controle geométrico consistirá na conferência por métodos topográficos correntes, do
alinhamento, esconsidades, declividades, dimensões internas, comprimentos e cotas dos túneis
executados e respectivas bocas.
As condições de acabamento serão apreciadas, pela Fiscalização em bases visuais. Além disso,
deverá ser verificada atentamente se existem espaços vazios no aterro batendo-se suavemente
alguma ferramenta nas chapas, procurando captar pelo timbre e duração do ruído (som ôco ou
não) a presença de vazios entre a estrutura e o aterro.
4.2 - Controle tecnológico
O controle tecnológico do concreto empregado nas bocas será realizado pelo rompimento de
corpos de prova a compressão simples, aos 7 dias de idade, de acordo com o prescrito na NBR
6118 da ABNT para controle sistemático.
Para tal, deverá ser estabelecida, previamente, a relação experimental entre as resistências a
compressão simples aos 7 e aos 28 dias.
As posições e bitolas das armaduras das bocas deverão ser conferidas antes da concretagem.
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5 – ACEITAÇÃO
O serviço será considerado aceito desde que atendidas as seguintes condições:
1º) O acabamento seja julgado satisfatório;
2º) As características geométricas previstas tenham sido obedecidas, não sendo admitidas
variações em qualquer dimensão superiores a 5%, para pontos isolados;
3º) A resistência a compressão simples estimada (fck)est. do concreto utilizado, definida na NBR
6118 da ABNT para controle sistemático, seja superior a resistência característica especificada;
4º) Todos os parafusos deverão estar apertados satisfatoriamente.
5º) Não existindo vazios entre as chapas e o aterro.
6 – MANEJO AMBIENTAL
Deverá ser obedecido o preconizado na especificação DNIT 024/2004-ES
7 - MEDIÇÃO
O serviço será medido pelo comprimento executado, em metros, incluindo escavação,
fornecimento e montagem do tubo metálico, argamassa de solo-cimento, transporte dos materiais
removidos para locais previamente definidos pela fiscalização.
8 - PAGAMENTO
O pagamento será efetuado aos preços unitários propostos, por metro linear, devendo estes,
incluir todos os materiais, operações, mão-de-obra e encargos, equipamentos, bem como o
transporte dos tubos metálicos da fábrica até o canteiro e deste até o local da obra e materiais
removidos para locais previamente definidos pela fiscalização.
Fonte: ARMCO – STACO SA INDÚSTRIA METALÚRGICA – ESPECIFICAÇÃO: REFORÇO ESTRUTURAL DE BUEIRO PELO
PROCESSO EMBUTIMENTO DE ANÉIS DE TUNNEL LINER "SISTEMA ARMCO STACO LINER PLATE"
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EP-OAE-01 - INJEÇÃO DE FISSURAS EM ALMAS DE VIGAS COM RESINA DE
EPÓXI MC-DUR 1264 KF (OU SIMILAR)
1 - RESUMO
Este documento define as condições exigíveis na injeção de fissuras em almas de vigas de
concreto armado com a utilização de resina de epóxi bi-componente. Para tanto, são apresentados
os requisitos concernentes a material, equipamento, execução, além dos critérios de aceitação,
rejeição e medição dos serviços.
2 - OBJETIVO
Fixar as condições exigíveis na execução do serviço de injeção de fissuras em almas de vigas de
concreto armado com a utilização de resina de epóxi bi-componente.
3 - CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
3.1 - Material
O material MC-DUR 1264 KF é uma resina de epóxi bi-componente para injeção e reparo
estrutural de trincas. Pode-se utilizar material similar.
3.1.1 - Propriedades do Material
Baixa viscosidade;
Bom período de trabalhabilidade;
Não contém solventes;
Boa absorção capilar;
Não retrai;
Boa aderência ao concreto e ao aço;
Extremamente durável;
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3.1.2 - Dados Técnicos do Material MC-DUR 1264 KF
4 - EQUIPAMENTOS
Os equipamentos a serem utilizados são usualmente ferramentas manuais, como lixadeiras,
escova de aço para limpeza da superfície e, também equipamento para jateamento de ar
comprimido, bomba para injeção com pressão mínima de ar de 6 bar e equipamento misturador
tipo betoneira.
A critério da Fiscalização poderá ser utilizado misturador de componentes com baixa rotação
(máx. 500 rpm).
4.1 - Descrição do Equipamento
A bomba MC-I 500 é um equipamento que funciona com ar comprimido, faz a injeção por
sistema de pistão. Apresenta uma pressão de injeção máxima de 312 bar na saída. A MC-I 500
preenche todos os requisitos de um equipamento de injeção de alta pressão. A MC-I 500 é
montada num carrinho com um depósito integrado. É alimentada por um compressor de ar. Pode
ser utilizada em zonas com perigo de explosão.
A bomba MC-I 500 é equipada com uma mangueira de injeção com 7,5 m de comprimento,
também com uma pistola e um bocal de injeção e pode ser utilizada diretamente na zona da
injeção, mesmo em zonas mais complicadas e inacessíveis.
4.2 - Operação
A MC-I 500 deve ser ligada a um compressor com capacidade mínima de 50 lt com 8 bar de
pressão máxima. Quando for feita a ligação do ar ao equipamento a válvula de segurança deve
estar fechada. A regulação da pressão do equipamento deve ser feita gradualmente.
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4.3 - Limpeza do equipamento
Para iniciar a limpeza do equipamento todo o produto de injeção deve ser totalmente removido
antes do tempo de reação.
Após a remoção de todo o produto o equipamento deve ser limpo com Thinner deixando-o
funcionar bombeando o agente de limpeza.
Em seguida o mesmo deve ser feito com óleo mineral, para longos tempos de espera o
equipamento deve ser mantido com o óleo no seu interior.
O material parcial ou totalmente curado apenas pode ser removido mecanicamente.
4.4 - Dados Técnicos – MC-I 500
Débito a ser aconselhado
Máxima pressão de entrada de ar
Relação de pressão
Máxima pressão de injeção
Fluido máximo de descarga
Máx. impulso por minuto
Capacidade do depósito (resina)
200 l/min.
8 bar
1:39
312 bar
Aprox. 2 l/min
100
2 lt
5 - EXECUÇÃO
5.1 - Áreas de aplicação
Selamento e reparo estrutural de trincas em concreto, alvenaria e materiais semelhantes;
Trincas > 0,2 mm;
5.2 - Aplicação
Antes da injeção, devem ser determinadas as características da trinca. Os critérios mais
importantes são: tipo, abertura, origem, grau de movimentação, condição e acesso.
A trinca deve estar limpa e livre de partículas soltas, poeira, óleos e outros agentes
contaminantes. Caso necessário, deve-se executar um jateamento de ar comprimido seco.
O tempo de trabalhabilidade dos produtos depende da quantidade de resina misturada e das
condições climáticas.
Temperaturas mais altas diminuem o tempo de trabalhabilidade, enquanto as mais baixas o
aumentam.
Durante a aplicação, as temperaturas do substrato e do ambiente devem estar entre 5°C e 35°C.
O MC DUR 1264 deve ser injetado com uma pressão máxima de 200 bar. Para garantir o
completo preenchimento, deve-se assegurar um fluxo contínuo de produto até o bico.
Recomenda-se a utilização da bomba de injeção MC-I 500.
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Para evitar a perda capilar e garantir o preenchimento ideal da trinca, recomenda-se que o
produto seja re-injetado dentro do tempo de trabalhabilidade.
O preenchimento de trincas também pode ser executado através de sucção capilar, neste caso o
produto deve ser aplicado com um pincel diretamente sobre a trinca. Trincas com aberturas
maiores podem ser preenchidas por gravidade.
5.3 - Preparação
Antes da injeção, as trincas normalmente devem ser seladas superficialmente com resinas epóxi
ou poliéster, aplicadas com espátula e os bicos de injeção instalados.
5.4 - Mistura
MC-DUR 1264 possui 2 componentes, a base (A) e o endurecedor (B), já fornecidos em
embalagens dosadas na proporção exata de mistura. Adicione o componente A ao B e misture até
obter um produto homogêneo e equipamento misturador tipo betoneira. A critério da
Fiscalização poderá ser utilizado misturador de componentes com baixa rotação (máx. 500 rpm).
5.5 - Limpeza
Ao final do trabalho ou durante longos intervalos de interrupção todas as ferramentas e
equipamentos de injeção devem ser limpos com solventes.
5.6 - Segurança
O componente B não misturado é alcalino, portanto a pele e os olhos devem ser protegidos
durante o manuseio do produto. O produto já curado, é fisiologicamente inofensivo.
Todos os trabalhos de injeção devem ser executados com o uso de roupa protetora e
equipamentos apropriados.
6 - CRITÉRIOS DE ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO
A verificação final da qualidade será visual. Serão aceitos os serviços considerados bons e
rejeitados em caso contrário.
7 - CRITÉRIO DE MEDIÇÃO
O serviço de injeção de fissuras em almas de vigas de concreto armado com resina de epóxi bicomponente será medido por kg de material injetado.
8 – PAGAMENTO
O pagamento será efetuado aos preços unitários propostos, por quilograma (kg), devendo estes,
considerar o material empregado, a mão de obra para preparação da mistura, limpeza da fissura e
injeção, bem como os equipamentos e ferramentas manuais necessários a perfeita execução, e
encargos.
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