Projeto de Programa Socialista para o governo do Estado do Paraná Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado – PSTU Avanilson Alves Araújo Candidato a Governador Ivan Ramos Bernardo Candidato a Vice-Governador O programa socialista, a proposta que os revolucionários apresentam aos trabalhadores como projeto, nunca está pronto. Um programa socialista é uma crítica implacável e irreconciliável da realidade que nos cerca. É através da discussão do programa que os ativistas mais lúcidos e mais decididos da classe trabalhadora se elevam de militantes sindicais à condição de líderes políticos, e se preparam para compreender o Brasil, e o mundo no qual o Brasil está inserido, condição indispensável para disputar o destino das lutas dos trabalhadores. (Valério Arcary) Nem Serra, nem Dilma! Por um governo dos trabalhadores! Nem José Serra e nem Dilma irão governar a favor dos trabalhadores. As duas candidaturas representam os banqueiros, os empresários e o agronegócio. Marina Silva do PV já anunciou que manterá o mesmo projeto político dos últimos 16 anos. De dois em dois anos o povo trabalhador vota e quando as eleições acabam a vida de nossa classe não muda. Isso é assim porque existe uma falsa “democracia”, e apesar de votarmos de dois em dois anos quem realmente ganha no processo eleitoral são as grandes empresas e os ricos que financiam as campanhas dos partidos que depois representam seus interesses no Estado. Através da corrupção e do financiamento dos partidos, os banqueiros e grandes empresários mandam no país. È por isso que a vida do povo não melhora. Os próprios empresários (patrões) reconhecem que o programa de governo defendido por Dilma e Serra são iguais. Ambos defendem os interesses dos patrões e banqueiros, por isso não podem atender as principais necessidades dos trabalhadores. Defendemos um governo socialista dos trabalhadores, independente dos patrões e empresários, por isso colocamos a candidatura do operário socialista Zé Maria a presidência da república como uma alternativa para o povo brasileiro. Nem Beto Richa, nem Osmar Dias! Vote no socialista Avanílson Araújo para Governador! 1 No Paraná as eleições não mudaram a vida dos trabalhadores para melhor. O governo de Requião assim como o governo de seu antecessor Jaime Lerner, favoreceu os interesses dos capitalistas e do agronegócio. Lerner iniciou as privatizações e arrochou os salários do funcionalismo. Enquanto Requião manteve as privatizações, como demonstra o avanço do capital privado no controle da Copel e Sanepar. Além de não ter cumprido as promessas que fez aos trabalhadores paranaenses. Requião maltratou a saúde pública, não acabou com o pedágio, não cumpriu as promessas que fez para melhorar a educação pública, não investiu em moradia popular e tratou com truculência as categorias que saíram a lutar por melhorias. As duas grandes alianças em torno das candidaturas, de Beto e Osmar, demonstram o jogo de interesses para se manter no poder a qualquer custo. O PP de Ricardo Barros, ex-vice líder do governo federal na Câmara dos Deputados Federais, se aliou ao PSDB de Beto Richa para garantir uma vaga no Senado. Já o PT de Gleisi e o PMDB de Roberto Requião se aliaram ao PDT de Osmar Dias, não nos esqueçamos que até as últimas eleições Osmar e Requião diziam representar projetos opostos. Os dois mentiram e nestas eleições estão na mesma chapa. Beto e Osmar representam os interesses dos patrões industriais e do agronegócio no Paraná. Defendemos a candidatura socialista e classista de Avanílson Araújo para o governo do Paraná, para defender um programa que representes somente os interesses dos trabalhadores do campo e da cidade. Com Dilma ou Serra a crise econômica prejudicará os trabalhadores Ao contrário do que dizem os representantes do capitalismo a crise econômica não terminou. Os governos dos diversos países do mundo, incluindo o governo Lula, usaram dinheiro público do povo para salvar os bancos e grandes indústrias da crise. Por isso cortaram e continuam cortando gastos com os serviços públicos causando prejuízos enormes a população. Mesmo assim não conseguiram acabar com a crise. Na Grécia os ataques aos direitos trabalhistas e previdência social, bem como o congelamento de salários mostram que os governos querem fazer com que os trabalhadores paguem à conta da crise. No Brasil a política é a mesma. Defendemos que os ricos capitalistas paguem à conta da crise e a aprovação de uma lei que garanta a estabilidade no emprego, assim com crise ou sem crise os trabalhadores terão mais estabilidade e segurança. Romper com o imperialismo e não pagar as dívidas interna e externa 2 As famosas dívidas, interna e externa, são uma fraude e um roubo de dinheiro público. Os banqueiros através da agiotagem sugam como um aspirador os recursos que deveriam ser revertidos a favor do povo. Em 2009 Lula pagou aos banqueiros 300 bilhões de reais, segundo dados da Auditoria Cidadã da Dívida, valor que corresponde a 36% do orçamento do país. Enquanto os gastos com a educação e saúde pública foram de 2,88% e 4,64%, respectivamente. Não podemos aceitar estas medidas. Por isso devemos romper com o imperialismo e parar de pagar as dívidas interna e externa, assim poderemos investir a riqueza do povo no povo. Com este dinheiro vamos investir: R$ 86,4 bilhões em um plano de obras públicas para construir casas habitacionais e acabar com o déficit de moradia de 7,2 milhões de casas (300mil no Paraná); R$ 120 bilhões em reforma agrária através de subsídios aos pequenos agricultores; R$ 160 bilhões servirão para triplicar os investimentos em saúde e educação pública. É para aplicar esta política que iremos romper com o imperialismo. Mas isso não é suficiente. As principais empresas e ramos produtivos são controlados pelo capital internacional, propomos estatizar as grandes empresas multinacionais sob controle dos trabalhadores, desta forma poderemos usar a capacidade produtiva do país para priorizar as necessidades do povo. Pelo fim da Lei de Responsabilidade Fiscal para investir nos serviços públicos Esta lei foi criada com o objetivo de diminuir os gastos públicos do Estado, sob o argumento de economizar dinheiro público está escondida a verdadeira natureza desta lei, que é: diminuir os gastos públicos com o povo para economizar dinheiro para garantir o pagamento das dívidas aos banqueiros e grandes empresas. Entra governo sai governo esta lei é o principal motivo que “justifica” manter os salários arrochados e não atender as reivindicações dos servidores nas campanhas salariais. Requião não investiu o que deveria em serviços públicos e não melhorou o salário dos servidores para cumprir a responsabilidade fiscal a favor dos banqueiros e contra o interesse do povo. Com o apoio do povo propomos romper com a Lei de Responsabilidade Fiscal e iniciar uma campanha nacional no mesmo sentido. Assim poderemos investir o dinheiro público que hoje é destinado aos banqueiros em obras públicas, em serviços públicos, em concursos públicos e sobre tudo para melhorar os salários do serviço público em geral. 3 Copel e Sanepar 100% Estatal para reduzir as tarifas de água e luz e investir em obras de urbanização popular Estas duas empresas públicas não são 100% Estatais e possuem a participação do capital privado. Desta forma, parte dos lucros gerados são destinados para os acionistas privados. Os investimentos e políticas destas empresas são influenciados pelos interesses do capital privado. Propomos que a Copel e Sanepar sejam 100% Estatais, e que suas políticas e administração sejam controladas pelos trabalhadores democraticamente. Assim as tarifas de água e luz poderiam ser reduzidas e os lucros gerados poderiam ser investidos em obras de urbanização popular nas áreas de ocupação. Para que a população pobre que vive nessas áreas tenha saneamento básico e energia elétrica de qualidade. Fim do Pedágio! Defendemos a Estatização das estradas! Requião não cumpriu sua promessa e não pôs fim aos pedágios no Paraná. Os consórcios privados que controlam as estradas cobram altas tarifas dos usuários das estradas e acumulam lucros altíssimos. Defendemos a Estatização das estradas e o fim do pedágio no Paraná, para avançar nesta proposta vamos romper com os consórcios privados e colocar a administração das estradas sob controle do Estado. Os impostos que pagamos bastam, devemos aumentar os impostos das grandes empresas e do agronegócio que são os maiores causadores dos desgastes as estradas. ALL – Retomar o controle sobre o sistema ferroviário Fruto do processo avassalador de implementação das políticas neoliberais no Brasil, desde o governo Collor o país desestruturou diversos setores estratégicos da economia e infra-estrutura para atender os interesses do capital internacional. Parte desse processo foi a entrega de nossa já precária malha ferroviária para os capitalistas privados. Aqui no Paraná isso não foi diferente. Todo o sistema de transporte ferroviário está em mãos privadas. Com isso para obter cada vez mais lucro o transporte, a estrutura e as condições de vida dos trabalhadores são paralelamente tão cada vez mais precarizadas. A empresa América Latina Logística obtém lucros fabulosos à custa do encarecimento dos alimentos e da precarização das condições de vida dos seus trabalhadores. Estatizar a malha ferroviária é um papel fundamental de um governo socialista de transição. Colocar esse transporte a serviço da população e da produção de alimentos. 4 Por isso o PSTU defende: A estatização de todo o sistema ferroviário sob controle dos trabalhadores! Aumento salarial já, aumento do piso salarial paranaense e ampliação para todos os trabalhadores! Salário digno para aposentados! O problema vivido por trabalhadores do serviço público e privado com os salários baixos, é um ponto que unifica o interesse de toda nossa classe. Nem Lula e nem Requião cumpriram suas promessas, o primeiro prometeu dobrar o salário mínimo ainda no primeiro governo, ao final do segundo mandato o reajuste do mínimo acumula 53,46% apenas. Enquanto o segundo não garantiu um piso salarial paranaense digno de fato, com o agravante de que a maioria dos trabalhadores paranaenses não são contratados obedecendo ao piso salarial paranaense. Defendemos o salário mínimo de acordo com o critério expresso na Constituição Federal que, claramente estabelece que o mínimo deve ser suficiente para assegurar comida, roupa, moradia, transporte e laser. De acordo com o DIEESE, para atender estas necessidades, o salário deveria ser de R$ 2.085 reais, quatro vezes o atual. No governo Lula as grandes empresas e bancos aumentarem em quatro vezes os seus lucros, ganharam mais com Lula do que com Fernando Henrique. Por isso propomos dobrar o salário mínimo imediatamente com o objetivo de chegar ao proposto pelo DIEESE. Propomos que os aposentados tenham os salários reajustados de acordo com o reajuste mínimo sempre, e que todos os direitos conquistados pelos trabalhadores da ativa sejam estendidos aos aposentados. Lula vetou o fim do Fator previdenciário, o que dificulta o acesso dos trabalhadores da ativa á aposentadoria, propomos o fim do fator previdenciário imediatamente. Conclusão Esse primeiro documento é apenas um esboço das linhas gerais defendidas pelo PSTU durante as eleições. Desde o mês de maio o partido já vem realizando suas elaborações internas que serão agora, depois de registradas as candidaturas, debatidas com a classe trabalhadora e a juventude do Paraná, construindo coletivamente um programa socialista para as eleições. Defendendo entre outras coisas: 5 1. É possível emprego para todos! Redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais! 2. Plano de moradia popular! Todos tem direito a um teto digno; 3. A juventude tem Direito ao Futuro; 4. Saúde Estatal gratuita e de qualidade; 5. Educação pública Estatal e de Qualidade! 6. Reforma Agrária Já! 7. O programa dos trabalhadores contra a Violência; 8. Contra a falsa “democracia” dos ricos! Prisão e confisco dos bens de corruptos e corruptores; 9. Contra a opressão a mulheres, negros e homossexuais; 10. O programa socialista para a defesa do Meio Ambiente! Concursos públicos na área de meio ambiente! Avanilson Alves Araújo Candidato a Governador do Paraná Ivan Ramos Bernardo Candidato a Vice-Governador do Paraná 6