Exame Nacional de 2012 (1.ª Fase)
I
II
III
IV
1. (D)
2. (C)
3. (A)
4. (B)
5. (D)
1. (B)
2. (C)
3. (A)
4. (D)
5. (B)
1. (A)
2. (B)
3. (D)
4. (C)
5. (A)
1. (B)
2. (A)
3. (B)
4. (D)
5. (D)
V
1. A Suécia, a Finlândia e a Estónia são os três países que, além de se localizarem a leste do meridiano 10º E, apresentam um índice sintético de fecundidade igual ou superior a 1,55.
2. A entrada da mulher no mercado de trabalho contribui para a quebra do índice sintético de fecundidade, pois
torna-se difícil conciliar a vida profissional com a familiar, reduzindo o tempo disponível para os filhos e, além
disso, o maior investimento na carreira profissional leva ao adiamento do casamento e do nascimento do primeiro
filho.
3. A generalidade dos países da União Europeia não assegura a substituição das gerações, uma vez que, como se
observa no mapa, apresenta um índice sintético de fecundidade inferior a 2,1 – o valor mínimo necessário para
que haja renovação das gerações.
Nota: Eventualmente, a França ou a Irlanda, de acordo com o mapa, poderão ter um mínimo de possibilidade de
substituir as gerações, uma vez que a classe em que se incluem é de [1,95 a 2,20].
4. As preocupações dos governos dos países da União Europeia com o envelhecimento da população justificam-se
sobretudo pelos seus impactes socioeconómicos, uma vez que se verifica: um aumento da despesa com a saúde e
serviços de apoio aos idosos e, principalmente, com as pensões de reforma, que tendem a ser mais numerosas e
de maior valor. Dá-se, simultaneamente, uma diminuição da receita da Segurança Social, devido à redução da
população ativa, o que conduz a uma tendência de desequilíbrio entre as despesas e a receita e à sua potencial
rutura, caso não sejam tomadas, atempadamente, medidas adequadas.
Para fazer face a estes impactes, os governos tomam decisões e implementam medidas que têm efeito do lado da
despesa, aumentando a idade de reforma e diminuindo o valor das pensões, o que, além de gerar descontentamento e contestação social, não resolve o problema do envelhecimento demográfico nem o desequilíbrio das
contas públicas, a longo prazo.
Daí que as medidas mais adequadas serão as que podem travar e fazer recuar o envelhecimento demográfico, ou
seja, a adoção de:
• Políticas de incentivo à natalidade, através de medidas como por exemplo: uma legislação laboral mais favorável à estabilidade no emprego e à conciliação da carreira profissional com a vida familiar; a atribuição de benefícios fiscais às famílias com maior número de filhos; um efetivo apoio às famílias, no que respeita à educação e à
saúde; maior duração da licença de parentalidade (maternidade e paternidade) para acompanhamento dos primeiros meses de vida dos filhos; etc.
• Políticas de imigração, que promovam a entrada legal de imigrantes e a sua integração a nível de emprego,
no respeito pelos direitos laborais, e a nível social. A imigração aumenta de imediato a população ativa, aumentando também as contribuições ao Estado. Além disso, como os imigrantes são sobretudo jovens adultos, dá-se
um rejuvenescimento da população residente, o que contribui para inverter a tendência de redução da natalidade e, até, aumentá-la.
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VI
1. O volume aproximado das exportações portuguesas situou-se:
• entre 5,5 e 6,5 milhões de toneladas, em 1980;
• entre 28,5 e 29,5 milhões de toneladas, em 2007.
2. A alteração que se verificou na utilização dos dois principais modos de transporte, a partir do final da década de
90 do século XX, deve-se:
• ao aumento das trocas comerciais com os países europeus, na sequência da adesão de Portugal à CEE, em
1986, que permitiu beneficiar da entrada em vigor do mercado único europeu (desde 1992) e consequente liberdade de circulação de mercadorias;
• à melhoria das ligações terrestres ao espaço europeu, com a construção de novas infraestruturas rodoviárias.
3. A reduzida quantidade de mercadorias exportadas por modo de transporte aéreo explica-se, principalmente,
pelas seguintes razões:
• o elevado custo por unidade transportada, fazendo com que seja utilizado sobretudo para mercadorias de
maior valor, urgentes ou perecíveis (devido à rapidez do transporte aéreo);
• a reduzida capacidade de carga das aeronaves, o que limita o tipo de mercadorias transportáveis, quase sempre
pouco volumosas e leves.
Poderia referir-se, ainda, a fraca flexibilidade do transporte aéreo, que exige sempre transbordo de mercadorias, e
a baixa especialização produtiva do país.
4. O investimento realizado em infraestruturas de transporte nas últimas décadas, em Portugal, teve um efeito positivo ao nível da coesão territorial interna e da ligação ao exterior, o que se reflete positivamente na economia, facilitando a sua internacionalização.
A construção de vias rodoviárias, longitudinais e transversais, reduziu os tempos de percursos e tornou as deslocações mais seguras e cómodas, quer no sentido norte-sul, quer no sentido oeste-este, aproximando significativamente os lugares e reduzindo a interioridade, pelo mais fácil acesso, tanto para pessoas como para mercadorias e
serviços. O crescimento e desenvolvimento de alguns centros urbanos do interior e respetivas áreas de influência
não são, certamente, alheios ao desenvolvimento das infraestruturas rodoviárias.
Também as melhorias introduzidas nas linhas ferroviárias do litoral (linha do Norte e linha do Sul), nas linhas suburbanas e nas ligações a Espanha (linha da Beira Alta e linha da Beira Baixa) reduziram os tempos de viagem e
aumentaram a sua segurança e conforto.
Assim, o desenvolvimento das infraestruturas de transporte teve um efeito positivo na coesão territorial interna.
Por outro lado, facilitou a internacionalização da economia portuguesa, através:
• das ligações rodoviárias e ferroviárias à Europa, que reduziram o tempo e o custo das deslocações, facilitando as
relações comerciais no espaço europeu, o que, como se verificou anteriormente, fez aumentar as nossas exportações para a União Europeia;
• do alargamento e modernização das infraestruturas portuárias e aeroportuárias e das plataformas logísticas que
as apoiam, que facilitam e promovem os fluxos, intracontinentais e intercontinentais, de pessoas e de mercadorias.
Podemos concluir que o investimento em infraestruturas de transporte, realizado nas últimas décadas, em Portugal, teve um efeito positivo na coesão territorial interna e na internacionalização da economia portuguesa.
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