UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO Escola de Minas – DECIV Patologia das Construções Elementos de Vedação Alvenaria Estrutural DEFINIÇÃO DE ALVENARIA • a associação de um conjunto de unidades de alvenaria (tijolos, blocos, pedras, etc.) e ligante(s). FUNÇÃO DAS ALVENARIAS NOS EDIFÍCIOS: • Fechamento de Estrutura Reticulada: Vedação • Estrutura e Fechamento: Estrutural e Vedação FUNÇÃO DAS ALVENARIAS NOS EDIFÍCIOS: • Fechamento de Estrutura Reticulada: Vedação • Estrutura e Fechamento: Estrutural e Vedação FUNÇÃO DAS ALVENARIAS NOS EDIFÍCIOS: • Fechamento de Estrutura Reticulada: Vedação • Estrutura e Fechamento: Estrutural e Vedação PROJETO DE ALVENARIA: • Vedação: Blocos Modulados • Compatibilizar com projeto: – estrutural,elétrico e hidráulico • Prever posição dos conduites e caixinhas • Prever shafts para tubulação hidráulica • Prever carenagem para esconder ramificação de tubulação hidráulica • Prever aberturas de portas e janelas BLOCOS MODULADOS CONDUITES E SHAFTS VERGA PROJETO DE ALVENARIA ESTRUTURAL • Estrutural: Blocos Modulados • Planta da 1ª e 2ª Fiadas Moduladas. • Elevações das Paredes com os blocos modulados • Posição das armaduras,vãos de portas e janelas,tubulações elétricas, shafts • Vedação: Idem PLANTA E ELEVAÇÃO Durabilidade – Vida útil das paredes características físicas, químicas e geométricas de cada material, e ainda: O tipo de argamassa de assentamento. Geometria e espaçamento das juntas, posição de assentamento dos tijolos. O número de panos da parede e as suas ligações, não só entre si mas também à estrutura de apoio. Durabilidade – Vida útil das paredes características físicas, químicas e geométricas de cada material, e ainda: Tipo de revestimento. Existência de elementos para impermeabilização. Posição da parede em relação ao solo. Condições técnicas de execução. Durabilidade – Vida útil das paredes características físicas, químicas e geométricas de cada material, e ainda: Função a que se destina (resistente, travamento, contraventamento, divisórias sujeitas a cargas laterais) Tipo de ações a que a parede vai ser sujeita quer a nível climático, (ex: variações termo-higrométricas. PATOLOGIA EM PAREDES DE ALVENARIA DE TIJOLO Anomalias em edifícios Anomalias em paredes exteriores FISSURAÇÃO - ALVENARIA NÃO ESTRUTURAL CAUSAS FISSURAÇÃO ASPECTOS PRESENTES Acomodação diferenciais de fundações diretas Movimentos das fundações Variação do teor de umidade dos solos argilosos recalques diferenciais Heterogeneidade e deficiente compactação de aterros FISSURAÇÃO - ALVENARIA NÃO ESTRUTURAL CAUSAS FISSURAÇÃO ASPECTOS PRESENTES Ação de cargas externas – atuação de sobrecargas concentração de cargas e esforços FISSURAÇÃO - ALVENARIA NÃO ESTRUTURAL CAUSAS FISSURAÇÃO ASPECTOS PRESENTES Pavimento inferior mais deformável que o superior Deformação da parede devido a Pavimento inferior menos deformação deformável que o superior excessiva das estruturas Pavimento inferior e superior com deformação idêntica FISSURAÇÃO - ALVENARIA NÃO ESTRUTURAL CAUSAS ASPECTOS PRESENTES FISSURAÇÃO Deformação Fissuração devida à da parede deformação de consolos devido a deformação excessiva das estruturas Fissuração devida à rotação do pavimento no apoio FISSURAÇÃO - ALVENARIA NÃO ESTRUTURAL CAUSAS FISSURAÇÃO Variações térmicas ASPECTOS PRESENTES Fissuração devida aos movimentos das coberturas Fissuração devida aos movimentos das estruturas reticuladas Fissuração devida aos movimentos da própria parede FISSURAÇÃO - ALVENARIA NÃO ESTRUTURAL CAUSAS FISSURAÇÃO ASPECTOS PRESENTES Movimentos reversíveis e irreversíveis Variações de variação do teor de umidade por causas externas umidade Fissuração devida à retração das argamassas FISSURAÇÃO - ALVENARIA NÃO ESTRUTURAL CAUSAS FISSURAÇÃO ASPECTOS PRESENTES Hidratação retardada da cal Alterações químicas Expansão das argamassas por ação dos sulfatos Corrosão de armaduras e outros elementos metálicos FISSURAÇÃO - ALVENARIA NÃO ESTRUTURAL CAUSAS FISSURAÇÃO ASPECTOS PRESENTES Fissuração devido a condições climáticas muito desfavoráveis Ação do gelo Fissuração devida à vulnerabilidade dos materiais FISSURAÇÃO - ALVENARIA NÃO ESTRUTURAL CAUSAS FISSURAÇÃO ASPECTOS PRESENTES Ações acidentais (sismo, incêndios e impactos fortuitos) Outros casos de fissuração Choque térmico Revestimentos e Paredes com funções estruturais Mecanismo de formação de fissuras variação dimensional dos materiais de construção ( dilatação ou contração) movimentos criam tensões que poderão provocar o aparecimento de fissuras. Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações térmicas Movimentação térmica da laje de cobertura sobre paredes Fissuras causadas por movimentações higroscópicas Fissuras causadas por atuação de sobrecargas Fissuras causadas por recalques de fundação Fissuras causadas pela retração de produtos à base de cimento Deformações estruturais Fissuras causadas por deformação estrutura de concreto armado Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações térmicas As principais movimentações diferenciadas , ocorrem em função de : mesmas variações de temperatura - materiais com diferentes coeficientes de dilatação térmica. movimentações diferenciadas entre argamassa de assentamento e componentes de alvenaria; diferentes solicitações térmicas naturais cobertura em relação as paredes de uma edificação; Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações térmicas As principais movimentações diferenciadas , ocorrem em função de : gradiente de temperatura ao longo de um mesmo componente gradiente entre a face exposta e a face protegida de uma laje de cobertura fadiga pela ação de ciclos alternados de carregamento – descarregamento Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações térmicas Movimentação térmica da laje de cobertura sobre paredes as coberturas planas estão mais expostas às mudanças térmicas naturais do que os paramentos verticais das edificações movimentos diferenciados entre os elementos horizontais e verticais. Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações térmicas Movimentação térmica da laje de cobertura sobre paredes: diferenças nos coeficientes de expansão térmica dos materiais construtivos desses componentes. coeficiente de dilatação térmica linear do concreto é aproximadamente duas vezes maior que o das alvenarias de uso corrente. Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações térmicas Movimentação térmica da laje de cobertura sobre paredes: Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações térmicas Movimentação térmica da laje de cobertura sobre paredes: Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações térmicas Movimentação térmica da laje de cobertura sobre paredes: Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações térmicas Movimentação térmica da laje de cobertura sobre paredes: Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações térmicas Movimentação térmica da laje de cobertura sobre paredes: Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações térmicas Movimentação térmica da laje de cobertura sobre paredes: Trincas de cisalhamento provocadas por expansão térmica da laje de cobertura Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações térmicas Movimentação térmica da laje de cobertura sobre paredes: Fissura causada pela retração térmica da laje de cobertura Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações higroscópicas aumento da umidade produz uma expansão diminuição da umidade provoca uma contração. vínculos que impeçam ou restringem essas movimentações *fissuras* Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações higroscópicas acesso aos materiais de construção: Umidade resultante da produção dos componentes Umidade do ar ou proveniente de fenômenos meteorológicos Umidade do solo. Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações higroscópicas Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações higroscópicas Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações higroscópicas Trincas horizontais na alvenaria provenientes da expansão dos tijolos: o painel é solicitado à compressão na direção horizontal Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por movimentações higroscópicas Destacamento entre argamassa e componentes de alvenaria MOVIMENTAÇÃO HIGROSCÓPICA EXPANSÃO DIFERENCIADA POR UMIDADE MOVIMENTAÇÃO HIGROSCÓPICA Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por atuação de sobrecargas Carga pontual na alvenaria: Vigas de aço,concreto ou madeira apoiadas perpendicularmente ao plano da parede: Prever coxim de concreto para dispersão da carga. Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por atuação de sobrecargas Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por atuação de sobrecargas Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por atuação de sobrecargas Carga pontual na alvenaria: Vigas de aço,concreto ou madeira apoiadas perpendicularmente ao plano da parede: Prever coxim de concreto para dispersão da carga. Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por atuação de sobrecargas Ruptura localizada da alvenaria sob o ponto de aplicação da carga e propagação de fissuras a partir desse ponto Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por atuação de sobrecargas Trincas horizontais na alvenaria provenientes de sobrecarga Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por atuação de sobrecargas Fissuração típica da alvenaria causada por sobrecarga vertical Falta de verga e contra-verga Falta de verga e contra-verga Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por recalques de fundação Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por recalques de fundação Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por recalques de fundação Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por recalques de fundação Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por recalques de fundação Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas por recalques de fundação Recalque diferenciado da fundação Recalque diferenciado da fundação • Recalques diferenciados entre pilares: surgem trincas inclinadas na direção do pilar que sofreu maior recalque Mecanismo de formação de fissuras Fissuras causadas pela retração de produtos à base de cimento: Retração química Retração de secagem fatores intervêm na retração de um produto à base de cimento: Composição química e finura do cimento Água\cimento Quantidade de cimento adicionada à mistura Natureza do agregado Condições de cura Fissuras em paredes externa promovidas pela retração da laje de cobertura Destacamento provocado pelo encunhamento precoce da alvenaria Mecanismo de formação de fissuras Deformações estruturais Fissuras causadas por deformação estrutura de concreto armado: FLECHAS A norma brasileira estipula as máximas flechas permissíveis para vigas e lajes : não ultrapassarão 1/300 do vão teórico não ultrapassarão 1/150 do seu comprimento teórico (no caso de balanço) Deformações estruturais Componente fletido ocasionando a formação de bielas de compressão em paredes sem aberturas Deformações estruturais Componente fletido ocasionando a formação de bielas de compressão em paredes com aberturas ( janelas) Deformações estruturais Configuração típica de fissuras em paredes com aberturas causadas pela deformação dos componentes estruturais Deformações estruturais Componente fletido ocasionando a formação de bielas de compressão em região de balanço da viga. Deformações estruturais Trincas na alvenaria provocadas por deflexão da região em balanço da viga Deformações estruturais Trincas na alvenaria provocadas por deflexão da região em balanço da viga Deformações estruturais Trincas na alvenaria provocadas por deflexão da região em balanço da viga PATOLOGIAS EM PAREDES ESTRUTURAIS • fraca resistência à tração; • resistência à compressão muito dependente do volume de vazios; • fraca resistência ao corte; • mecanismos de ruptura frágil. PATOLOGIAS EM PAREDES ESTRUTURAIS • fraca ligação entre elementos estruturais; • esbelteza excessiva; • deficiente contraventamento; • reduzida ductilidade. Fissuras verticais que ocorrem na alvenaria estrutural Fissuras verticais que ocorrem na alvenaria estrutural • resistência à tração do bloco é superior a resistência à tração da argamassa Fissuras verticais que ocorrem na alvenaria estrutural • resistência à tração do bloco é inferior a da argamassa. • Argamassas devem ser capazes de absorver pequenas deformações. Fissuras no bloco Bloco que apresenta trincas verticais provenientes da fabricação Fissuras no bloco Bloco que apresenta trincas verticais provenientes da fabricação • • • • FATORES QUE ALTERAM A RESISTÊNCIA FINAL DAS ALVENARIAS bom comportamento às solicitações de compressão axial, comportamento PREJUDICADO às solicitações de tração e cisalhamento. as cargas excêntricas deverão ser evitadas, As concentrações deverão ser distribuídas por: –meio de coxins, –vergas e contravergas. As cargas excêntricas influenciam na resistência final da parede: • excentricidade (e) da ordem de 12 a 20 mm reduzem 13 a 15% a resistência final da parede comparada com (e=0). COMO EVITAR: assentamento dos blocos o preenchimento incompleto da juntas de assentamento reduz em 33% ou mais a resistência final da parede 16 < t < 19 mm: perda de resistência da ordem de 30% quando comparada com junta de 10mm. A NBR8798 (ABNT, 1985) especifica cordões de argamassa de 10mm com tolerância de +-3mm. t • grandes variações dimensões exigirão maior consumo de argamassa, • juntas horizontais irregulares geram concentração de tensões em determinados blocos; • componentes mal curados apresentarão retração intensa na parede acabada; componentes não armazenados em locais fechados, absorverão água de chuva, • Expansão contração na parede , quando esta evaporar-se; a perda de umidade precoce da argamassa pode reduzir em cerca de 10% a resistência final da parede devido a má hidratação do cimento. (perda de aderência) PATOLOGIAS: PREVENÇÕES movimento de expansão e contração juntas de controle são, geralmente, empregadas nos seguintes casos: encontro de uma parede estrutural com uma de vedação, encontro de paredes com alturas ou espessuras diferentes, em chanfros, cortes ou mudanças de direção paredes muito longa PATOLOGIAS: PREVENÇÕES Estruturas reticuladas: Ligação Alvenaria com pilares e vigas de concreto: Chapisco rolado Tela galvanizada ou ferro cabelo Ligação Alvenaria com pilares e vigas metálicas : Embutir a Alvenaria no perfil metálico Soldar ferro cabelo na chapa dobrada Calafetar junta com mastique Chapisco rolado PATOLOGIAS: PREVENÇÕES Amarração de paredes: 1)Com os próprios blocos 2)Com ganchos grauteados cada três fiadas 3)Com telas galvanizadas nas juntas de argamassa Obs. Os casos 2 e 3 exigem fiscalização intensa. PATOLOGIAS: PREVENÇÕES PATOLOGIAS: PREVENÇÕES Amarração de paredes: 1)Com os próprios blocos 2)Com ganchos grauteados cada três fiadas 3)Com telas galvanizadas nas juntas de argamassa Obs. Os casos 2 e 3 exigem fiscalização intensa. PATOLOGIAS: PREVENÇÕES Amarração de paredes: 1)Com os próprios blocos 2)Com ganchos grauteados cada três fiadas 3)Com telas galvanizadas nas juntas de argamassa Obs. Os casos 2 e 3 exigem fiscalização intensa. PATOLOGIAS: PREVENÇÕES Amarração de paredes: 1)Com os próprios blocos 2)Com ganchos grauteados cada três fiadas 3)Com telas galvanizadas nas juntas de argamassa Obs. Os casos 2 e 3 exigem fiscalização intensa. PATOLOGIAS: PREVENÇÕES Amarração de paredes: 1)Com os próprios blocos 2)Com ganchos grauteados cada três fiadas 3)Com telas galvanizadas nas juntas de argamassa Obs. Os casos 2 e 3 exigem fiscalização intensa. ENCONTRO PILAR DE CONCRETO ALVENARIA ENCONTRO PILAR METÁLICO ALVENARIA Distância máxima entre a juntas de controle PATOLOGIAS: PREVENÇÕES verga e contra-verga Para alvenarias de vedação, segue as seguintes recomendações: a) Para vãos pequenos, de até 1 m: dois ferros corridos (diâmetro 6 mm), embutidos na argamassa A argamassa deve ser de cimento e areia, e as barras devem ultrapassar as aberturas em, pelo menos, 30 cm. verga e contra-verga Para alvenarias de vedação, segue as seguintes recomendações: b) Para vãos pequenos, devem possuir armadura mínima de duas barras (diâmetro 6 mm), ultrapassando o vão em, pelo menos, 20 cm. O traço básico recomendado para o concreto é de 1 : 2, 5 : 5 em volume. verga e contra-verga Para alvenarias de vedação, segue as seguintes recomendações: c) Para vãos superiores a 1,50 m, deverão ser dimensionadas como vigas, ultrapassar o vão em, pelo menos, 1/5 da sua dimensão. verga e contra-verga Para alvenarias de vedação, segue as seguintes recomendações: d) Quando numa mesma parede existirem diversos vãos sucessivos, a verga e a contraverga deverão ser contínuas, abrangendo todos os vãos. PATOLOGIAS: PREVENÇÕES Deformação da laje: Prever enchimento no encontro parede/laje com poliuretano expandido Patologia em alvenaria Encontro Alvenaria Estrutural / Laje Laje se apóia numa fiada de bloco canaleta grauteada. Patologia em alvenaria Patologia em alvenaria Encontro Alvenaria Estrutural / Laje de Cobertura Laje se apóia em papel betuminado colocado sobre a canaleta grauteada. Criar junta de dilatação no painel de laje maciça. Patologia em alvenaria Patologia em alvenaria Eflorescência: materiais alcalinos levados à superfície da parede gerando manchas esbranquiçadas. Cuidado com o uso de cal na produção da argamassa. Prever a aplicação de um hidrofugante em alvenaria aparente para repelir água. Patologia em alvenaria Patologia em alvenaria Esbeltez de paredes: evitar a flambagem h/e = 20 alvenaria não armada h/e = 30 alvenaria armada h= altura da parede e = espessura da parede Enrigecedores ou pilastras permitem uma espessura equivalente maior. Patologia em alvenaria verga e contra-verga Para alvenarias de vedação, segue as seguintes recomendações: e) Nos casos mais comuns de portas e janelas de habitações, com vãos inferiores a 1,50 m: a altura da verga pode ser estabelecida em função da modulação vertical; dependendo da situação, poderão ser empregados blocos tipo canaleta. Prevenção da fissuração de origem térmica • DIMINUIÇÃO DAS VARIAÇÕES DE TEMPERATURA: – Colocação de isolamento térmico na face superior das coberturas – Utilização de cores claras em coberturas – Utilização de dispositivos de sombreamento em coberturas – Isolamento térmico pelo exterior em paredes – Pintura das paredes exteriores com cores claras – Utilização de painéis de sombreamento de paredes - revestimento não aderente Prevenção da fissuração de origem térmica • DIMINUIÇÃO DOS CONSTRANGIMENTOS: –Juntas de dilatação em paredes de grande comprimento ou altura –Juntas de dilatação nas coberturas –Juntas de dilatação nas platibandas –Dessolidarização das coberturas em relação às paredes e/ou apoios (utilização de juntas deslizantes, quando as paredes servem de apoio às coberturas) Prevenção da fissuração de origem térmica • DIMINUIÇÃO DOS CONSTRANGIMENTOS: –Criação de juntas elásticas entre a alvenaria e a estrutura –Criação de juntas elásticas entre paredes de fachada e paredes interiores –Utilização de materiais com características dilatométricas semelhantes –Utilização de argamassas menos rígidas Prevenção da fissuração de origem térmica • AUMENTO DA RESISTÊNCIA –Tijolos e argamassas mais resistentes, em particular à tração e ao corte –Maior aderência entre tijolo e argamassa –Maior resistência ao corte da alvenaria através da colocação de armaduras nas juntas –Armar revestimentos nas zonas de concentração de tensões Prevenção da fissuração de origem térmica LEGENDA: 1) Remoção do reboco numa faixa de 20 a 25 cm de largura 2) Fissura reaberta em “V” com disco rotativo de 5 mm, com 10 mm de profundidade 3) Vedação da fissura com mastique sintético 4) Fita de dessolidarização (papel “kraft”) com 2 a 4 cm de largura, sobre a fissura 5) Reparação do reboco com argamassa curativa armada (não retráctil) tela flexível confeccionada em poliéster de alta tenacidade e revestida com PVC Principais Problemas Patológicos BOLOR em Alvenaria Análise de Fissuras em Alvenaria de Vedação • Exemplo de edifício sobre pilotis. • O edifício compõem-se de estrutura de concreto • as paredes de alvenaria tem função de vedação. Análise de Fissuras em Alvenaria de Vedação • Configuração de tensões de compressão e tração no componente estrutural • ( viga superior) Análise de Fissuras em Alvenaria de Vedação • tensões de tração no componente estrutural(viga superior) • formação de bielas de compressão( nas paredes) em direção a viga superior, • Causa: deformação por flexão do suporte superior. Análise de Fissuras em Alvenaria de Vedação • Configuração de tensões de compressão no componente estrutural( viga) • formação de bielas de compressão ( nas paredes ) em direção contrária a parte comprimida, • Causa: deformação por flexão do suporte inferior . Análise de Fissuras em Alvenaria de Vedação • Configuração de tensão axial provocado por recalque diferencial da fundação • formação de bielas de compressão no canto extremo do recalque . Análise de Fissuras em Alvenaria de Vedação • Configuração de tensão de compressão em vão de alvenaria ( janela) em balanço de viga , formando bielas de retração na alvenaria. • Configuração de tensões de compressão em balanço de vigas sem aberturas de vãos de alvenaria. • Observa-se a formação de bielas de compressão em pontos de excentricidades de cargas, devido momentos fletores maiores . • Ao centro do painel, a formação de bielas de compressão é de dimensão menor, devido o momento fletor ser nulo. • Configuração de tensões de compressão em balanço de viga com aberturas nos vãos de alvenaria. • forças de tração atuando no plano horizontal no vão da alvenaria mais a tensão axial que pode gerar tensões de cisalhamento ao centro do vão. Análise de Fissuras em Alvenaria de Vedação • Configuração de tensões de compressão em balanço de vigas sem aberturas de vãos de alvenaria , provocadas por deflexão da região do suporte inferior na extremidade dos cantos. Análise de Fissuras em Alvenaria de Vedação • Observa-se que a magnitude das bielas aumentam conforme o afastamento dos extremos inferiores ao centro do painel. Análise de Fissuras em Alvenaria de Vedação • Configuração de tensões de compressão em balanço de viga com aberturas de vãos de alvenaria , provocadas por deflexão da região do suporte inferior na extremidade dos cantos . • Observa-se que a presença de aberturas, as bielas se formam na região onde há maior concentração de tensões . • Configuração de tensões de compressão em balanço de viga sem aberturas de vãos de alvenaria . • A deflexão da viga superior na região em balanço provoca normalmente o introdução de esforços de flexão nas paredes induzindo linhas horizontais de fissuras por cisalhamento na alvenaria . Análise de Fissuras em Alvenaria de Vedação • Configuração de tensões provocada por movimentações térmicas na interação laje de cobertura sobre paredes de alvenaria que introduzem tensões de tração e de cisalhamento nas paredes. Análise de Fissuras em Alvenaria de Vedação • Observa-se que as movimentações ocorrem no plano horizontal nos respaldo das paredes e também ocorrem nos encontros da amarrações das alvenarias , devido a paredes muito extensas. Análise de Fissuras em Alvenaria de Vedação • Isso explica o fato de que as lajes de coberturas se encontrarem vinculadas às paredes de sustentação. Artigo Techne 115, novembro/2006 Colapso de edifícios de blocos cerâmicos • Inexistência de projeto estrutural • Utilização de componentes inadequados para alvenaria estrutural (blocos cerâmicos tipo vedação), – vazados cilíndricos ou prismáticos na direção horizontal Artigo Techne 115, novembro/2006 Colapso de edifícios de blocos cerâmicos • Controle da qualidade insatisfatório ou ausente • Deficiência na armadura de amarração, como aquela recomendada para cintas, pilaretes e contorno das lajes Artigo Techne 115, novembro/2006 Colapso de edifícios de blocos cerâmicos • Rasgamento indiscriminado de paredes (inclusive rasgos horizontais) para execução de instalações prediais.