Comissão Organizadora Ana Carolina Terrazzan, Deborah Levy, Eduardo Jaeger, Gabriela Filipouski, Gisela Moura, Lilia Farret Refosco, Renato S. Procianoy e Rita de Cassia Silveira Comissão Científica Andrea Corso, Cristiane Raupp, Elenice Carniel, Giordana Motta, Lenir Cauduro e Rúbia Fuentefria SUMÁRIO PERFIL NUTRICIONAL E PRÁTICAS ALIMENTARES DE PREMATUROS EGRESSOS DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL (UTIN) ACOMPANHADOS NO 1º ANO DE VIDA .......................................................... 7 QUANDO OS RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO NEONATAL DEVEM SER ENCAMINHADOS PARA AVALIAÇÃO CLÍNICA E/ OU OBJETIVA DA DEGLUTIÇÃO? ................ 8 LESÃO PULMONAR INDUZIDA PELA VENTILAÇÃO E ESTRESSE OXIDATIVO EM PREMATUROS – ESTUDO PILOTO ...................................... 9 HEMORRAGIA PERI/INTRAVENTRICULAR EM RECÉM-NASCIDO PREMATURO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL .... 10 CONSUMO DE LEITE MATERNO DE RECÉM-NASCIDOS PRÉ TERMOS DE MUITO BAIXO PESO INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONTAL NOS ANOS DE 2013 E 2014 ..................................... 11 DECISÃO PELO ALEITAMENTO MATERNO MISTO E/OU PREDOMINANTE ......................................................................................................................... 12 CATETER VENOSO CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA (PICC) – ANÁLISE DA SUA UTILIZAÇÃO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E PEDIÁTRICA ............................................................................ 13 ASFIXIA NEONATAL E HIPOTERMIA TERAPÊUTICA: CONSIDERAÇÕES ACERCA DE SUA VALIDADE ......................................................................... 14 PARTO PREMATURO: ABORDAGENS PRESENTES NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA NACIONAL E INTERNACIONAL ................................................. 15 CUIDADO DA CRIANÇA COM RETINOPATIA DA PREMATURIDADE: INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES ENTRE PAIS E PROFISSIONAIS DE SAÚDE ............................................................................................................. 16 INVESTIGAÇÃO DO CONHECIMENTO DE PUÉRPERAS SOBRE O ALEITAMENTO MATERNO EM AMBIENTE HOSPITALAR ............................ 17 AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E FATORES ASSOCIADOS EM PREMATUROS AOS 4 MESES DE IDADE CORRIGIDA.......................... 18 COMPARAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR EM PREMATUROS UTILIZANDO A ALBERTA INFANT MOTOR SCALE ...................................... 19 TAXAS DE ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO NO MOMENTO DA ALTA HOSPITALAR................................................................................................... 20 EVOLUÇÃO PONDERAL DOS RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS ACOMPANHADOS NA TERCEIRA ETAPA DO MÉTODO CANGURU NA MATERNIDADE CIDADE NOVA DONA NAZIRA DAOU ................................. 21 3 COMPARAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E COGNITIVO DE LACTENTES PRETERMO E A TERMO AOS 6 MESES DE IDADE: ANÁLISE DESCRITIVA DE DUAS ESCALAS ................................................................. 22 HIPOATIVIDADE E MIOCLONIAS EM UM RECÉM-NASCIDO: RELATO DE UM PACIENTE COM HIPERGLICINEMIA NÃO CETÓTICA ........................... 23 ALEITAMENTO MATERNO EM PREMATUROS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE SEGUIMENTO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO .... 24 DIÁLOGOS NO PRÉ-NATAL E A EXPERIÊNCIA DE MULHERES EM PARIR E CUIDAR DO(S) FILHO(S) ................................................................................ 25 COMPARAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E DA RESPOSTA HEMODINÂMICA CORTICAL DE LACTENTES PRETERMO E A TERMO AOS SEIS MESES DE IDADE .................................................................................. 26 ESTUDO DO PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ULBRA/MÃE DE DEUS, CANOAS, RS ............................... 27 A RELAÇÃO DA ASSISTÊNCIA PRESTADA DURANTE O PRÉ-NATAL COM A PREMATURIDADE ....................................................................................... 28 NURSING ACTIVITIES SCORES (NAS): MENSURANDO A CARGA DE TRABALHO DE ENFERMAGEM NA UTI NEONATAL .................................... 29 DIFICULDADES DE DEGLUTIÇÃO EM RECÉM-NASCIDOS SUBMETIDOS A AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA: ESTUDO RETROSPECTIVO ................ 30 AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR PELO TESTE DE PERFORMANCE INFANTO MOTORA ............................................................ 31 RELAÇÃO ENTRE A PREMATURIDADE E AS CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS ................................................................................. 32 TESTE DE TRIAGEM NEONATAL: AVALIAÇÃO DO TEMPO ENVOLVIDO NO PROCESSO ..................................................................................................... 33 RESPOSTA AUDITIVA DE ESTADO ESTÁVEL EM NEONATOS NASCIDOS PRÉ-TERMO .................................................................................................... 34 SEGUIMENTO DO RECÉM-NASCIDO DE RISCO: EXPERIÊNCIA DE UM AMBULATÓRIO INTERDISCIPLINAR ............................................................. 35 DESEMPENHO DE PREMATUROS NA ESCALA MOTORA DE ALBERTA NO AMBULATORIO DE SEGUIMENTO DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE ENSINO ......................................................................................................................... 36 RELAÇÃO ENTRE INDICADORES DE RISCO E ALTERAÇÃO NA TRIAGEM AUDITIVA EM PREMATUROS ........................................................................ 37 4 AVALIAÇÃO DA PRONTIDÃO DO PREMATURO PARA INÍCIO DA ALIMENTAÇÃO ORAL ..................................................................................... 38 PREMATURIDADE TARDIA: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA .... 39 PERFIL DAS CRIANÇAS ATENDIDAS EM UM AMBULATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DO RECÉM-NASCIDO DE RISCO, 2004/2015 .......... 40 PRÁTICAS DE ACOLHIMENTO À CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA NA REDE DE ATENÇÃO BÁSICA .................................................................................... 41 EVOLUÇÃO DE UMA SÉRIE DE FETOS COM SÍNDROME DE POTTER DIAGNOSTICADOS NO PERÍODO PRÉ-NATAL ............................................ 42 ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE PERSISTÊNCIA DE CANAL ARTERIAL EM RÉCEM NASCIDOS EM UMA CTI NEONATAL NO NORTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL .................................................................................... 43 A PERCEPÇÃO DOS PAIS DE RECÉM-NASCIDOS COM DEFICIÊNCIA SOBRE A ALTA HOSPITALAR E A INTEGRALIDADE DO CUIDADO ........... 44 SOBRE (VIVER): A DOR DE PERDER UM FILHO PREMATURO.................. 45 EPIDEMIOLOGIA DA DISPLASIA BRONCOPULMONAR NOS PREMATUROS MENORES DE 1.500 GRAMAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DO SUL DO BRASIL.................................................................... 46 EDUCAÇÃO CONTINUADA EM REANIMAÇÃO NEONATAL: FERRAMENTA DE FORMAÇÃO NO HOSPITAL VÓ MUNDOCA ............................................ 47 ACOMPANHAMENTO INTERDISCIPLINAR DO PREMATURO DE ALTO RISCO: PERFIL COMPARATIVO ENTRE OS PREMATUROS QUE NECESSITARAM OU NÃO DE INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA .......... 48 PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO CUIDADO A RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS E DE BAIXO PESO ................................................................ 49 A CHEGADA DO PREMATURO E O ACOLHIMENTO EMOCIONAL À FAMÍLIA ......................................................................................................................... 50 ALEITAMENTO MATERNO EM PREMATUROS: CONDIÇÕES INICIAIS ...... 51 ABORDAGEM FONOAUDIOLÓGICA COM RN APÓS CORREÇÃO CIRÚRGICA DE ATRESIA DE ESÔFAGO – RELATO DE CASO ................... 52 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NA PRIMEIRA CONSULTA AMBULATORIAL DO PREMATURO ............................................................... 53 ALTERAÇÕES NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA PRESTADA DENTRO DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: ENFOQUE NO POSICIONAMENTO .................................. 54 ATITUDE DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRENTE À MORTE DE RECÉMNASCIDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL ................. 55 5 PREVALÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO EM UM AMBULATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DO RECÉM-NASCIDO DE RISCO, 2004/2011 .......... 56 MÃES E O CUIDADO AO FILHO IRMÃO DA CRIANÇA NASCIDA PRÉTERMO HOSPITALIZADA ............................................................................... 57 AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE RUÍDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE UM HOSPITAL DA CIDADE DE SANTARÉM-PARÁ ............. 58 NESIDEOBLASTOSE: UMA IMPORTANTE CAUSA DE HIPERINSULINISMO E HIPOGLICEMIA PERSISTENTE NO PERÍODO NEONATAL ...................... 59 HERNIA DIAFRAGMÁTICA A DIREITA – RELATO DE CASO........................ 60 GEMELARIDADE IMPERFEITA – RELATO DE CASO ................................... 61 6 PERFIL NUTRICIONAL E PRÁTICAS ALIMENTARES DE PREMATUROS EGRESSOS DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL (UTIN) ACOMPANHADOS NO 1º ANO DE VIDA HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO, PASSO FUNDO, RS. Autores: Fabiana Salvatori Guedes, Wania Eloísa Ebert Cechin Resumo: INTRODUÇÃO: A medida que sobrevivem recém-nascidos (RN) com peso e idade gestacional progressivamente menores, impõe-se o questionamento quanto ao crescimento e desenvolvimento, qualidade de vida futura e cuidados pós-alta hospitalar, onde o seguimento ambulatorial interdisciplinar é fundamental para promover adequada assistência aos neonatos. OBJETIVO: caracterizar o perfil nutricional de RN prematuros (RNPT), egressos de unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN), acompanhados em ambulatório de seguimento no primeiro ano de vida. MÉTODOS: estudo de coorte, realizado no período de maio à novembro de 2014, aprovado pela Comissão de Pesquisa e Pós-Graduação da instituição. As variáveis analisadas foram: idade gestacional (IG), peso no nascimento (PN), 6º e 12º mês de idade gestacional corrigida (IGc), comprimento e aleitamento materno (AM) no 6º e 12º mês de IGc, introdução da alimentação complementar e uso precoce de leite de vaca (LV) . Foram utilizados os indicadores peso para estatura (P/E) e estatura para idade (E/I), de acordo com o escore-Z aos 6 e 12 meses. A análise estatística foi realizada pelo software SPSS, versão 16.0. Para análise das variáveis aplicou-se o teste T de Student. RESULTADOS: foram incluídos 45 RNPT, com idade gestacional média de 30 semanas (±2 semanas) e PN médio de 1287g (±293g). Destes, 58% do sexo feminino, 51% prematuros moderados e 62% com muito baixo peso ao nascer. A classificação do estado nutricional aos 6 e 12 meses de IGc foi: 80%; 78% eutrofia, 20%; 4% risco para sobrepeso e 9%; 4% magreza acentuada, respectivamente. A classificação de E/I aos 6 e 12 meses encontrada respectivamente, foi: 87%; 92% estatura adequada para idade e 9%; 4% baixa estatura para idade. Quanto as práticas alimentares, na alta da UTIN, aos 6 e 12 meses, respectivamente, 82%; 38%; 9%, estavam em AM associado ao uso de fórmula infantil (FI) e 18%; 11%; 7% em aleitamento materno exclusiv o (AME). Ao avaliar o início da alimentação complementar, 42% iniciaram precocemente. Quanto ao uso de LV antes do 1º ano, 13% da amostra fizeram uso precoce. CONCLUSÃO: o acompanhamento e orientação aos RNPT, por equipe multiprofissional, é fundamental, visando facilitar a identificação e intervenção precoce de problemas nutricionais. Palavras-Chave: Prematuro - Estado Nutricional - Unidade de Terapia Intensiva Neonatal Apresentador: Fabiana Salvatori Guedes 7 QUANDO OS RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS EM UNIDADE DE TRATAMENTO INTENSIVO NEONATAL DEVEM SER ENCAMINHADOS PARA AVALIAÇÃO CLÍNICA E/ OU OBJETIVA DA DEGLUTIÇÃO? UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS Autores: Karine da Rosa Pereira, Deborah Salle Levy, Bruna de Moraes Brandt, Brenda Gabriela Haack, Renato Soibelmann Procianoy, Rita de Cássia Silveira Resumo: Introdução: Recém-nascidos internados em Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTINeo) requerem uma atenção especial no processo de alimentação. Os sinais de incoordenação da sucção, deglutição, respiração podem ser sutis nesse período. Objetivo: Descrever as alterações de deglutição encontradas na avaliação e avaliação objetiva da deglutição em recém-nascidos internados em Unidade de tratamento neonatal. Métodos: Estudo retrospectivo realizado no período de julho de 2013 a outubro de 2014. O critério de inclusão utilizado foi recém-nascidos encaminhados para avaliação clínica e/ou avaliação objetiva da deglutição durante período de internação na UTINeo. A amostra foi dividida em dois grupos conforme o resultado da avaliação da deglutição. O banco e as análises foram realizados no programa SPSS versão 19. Os testes empregados foram Teste Exato de Fisher e o Teste McNemar na associação entre as variáveis e os gr upos. Os dados qualitativos foram expressos em números absolutos e relativos. O intervalo de confiança foi de 95% e o nível de significância adotado foi p = 0,05. Resultados: Foram identificados 77 recém-nascidos que passaram por avaliações clínica e/ou avaliação objetiva da deglutição. Destes, 58 (75%) apresentaram incoordenação da sucção, deglutição e respiração. A avaliação videofluoroscópica da deglutição foi realizada em 35 recém-nascidos, e 22 apresentaram penetração laríngea e/ou aspiração traqueal. Apenas 2 (6%) recém-nascidos apresentaram penetração laríngea sem aspiração traqueal, e 13 (42%) apresentaram aspiração silenciosa, ou seja, aspiração sem presença tosse. Houve associação entre incoordenação da sucção, deglutição e respiração e penetração laríngea e/ou aspiração traqueal (p=0,001). Conclusão: Disfagia orofaríngea ocorre frequentemente em recém-nascidos internados UTINeo devido a múltiplas comorbidades. Avaliações prospectivas são necessárias para estimar o número de recém-nascidos que apresentam disfagia no período neonatal. Palavras-Chave: Recém-nascido - Transtornos de deglutição - Sucção Apresentador: Karine da Rosa Pereira 8 LESÃO PULMONAR INDUZIDA PELA VENTILAÇÃO E ESTRESSE OXIDATIVO EM PREMATUROS – ESTUDO PILOTO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE - HCPA Autores: Clarissa Gutierrez Carvalho, Renato Soilbelman Procianoy, Rita de Cassia Silveira Resumo: Introdução: É bem conhecida a relação entre ventilação mecânica e mediadores inflamatórios, resultando na chamada Lesão pulmonar Induzida pela Ventilação (LPIV), sendo atualmente bastante estudada também a lesão pulmonar causada pelo oxigênio (O2). A exposição a elevadas concentrações de O2 já em sala de parto é responsável por displasia broncopulmonar e retinopatia da prematuridade, sendo recomendado manter alvos de saturação de O2 entre 90-95% durante as internações evitando morbidade e mortalidade. Objetivo: analisar a possível relação entre níveis de oxigênio e níveis de citocinas inflamatórias, em prematuros submetidos a ventilação mecânica nas primeiras duas horas de vida. Métodos: Estudo piloto, com 20 recém-nascidos entre 28 e 35 semanas, aprovado pelo comitê de ética do HCPA. Coletado sangue para gasometria antes do início de suporte ventilatório e 2h após, junto com aliquota adicional de 0,5ml para dosagem de interleucinas. As citocinas foram aferidas através de leitura em Luminex, após ensaio multiplex (Milliplex). Resultados: Idade gestacional média de 32 ± 3 semanas, peso de nascimento 1921g ±745g, 80% nascidos de cesariana e apenas em sete casos as mães receberam corticoide antenatal. Seis RNs (30%) recebiam FiO2 ≤ 30% no momento da coleta, e os demais, FiO2 > 30%. Houve a maior liberação de citocinas IL_6 pós suporte ventilatório no grupo com maior uso inicial de O2, e houve maiores níveis de IL_10 pré nesse grupo também. Nesse estudo, foi mostrado que a VM é responsável pelo aumento de citocinas inflamatórias após 2h de uso, somente no grupo que recebeu altas FiO2. Conclusão: Esses dados sugerem que a LPIV, demonstrada nesse estudo pelo aumento das interleucinas inflamatórias, apresenta relação muito próxima com a toxicidade do oxigênio, devendo ser melhor estudada em uma amostra maior com dosagem de mais mediadores de lesão oxidativa. Palavras-Chave: oxygen - vili - preterm Apresentador: Clarissa Gutierrez Carvalho 9 HEMORRAGIA PERI/INTRAVENTRICULAR EM RECÉM-NASCIDO PREMATURO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Autores: Graciane Jacinta Schmitt, Flavio Luciano Lindemann, Fabio Luis Bohn Gass, Daisson José Trevisol Resumo: Introdução: Os recém-nascidos prematuros e de muito baixo peso ao nascer estão sujeitos a apresentar diversas morbidades, dentre elas a hemorragia intra/periventricular (HPIV). Recém-nascidos com idade gestacional (IG) inferior a 32 semanas e peso ao nascer inferior a 1.500g estão significativamente expostos ao risco de adquirirem HPIV, pois a mesma ocorre em decorrência da rede vascular que nutre a matriz germinativa ser muito primitiva nas fases iniciais da gestação e a parede vascular é constituída apenas de endotélio, não se observando musculatura lisa, elástica e colágeno. Em decorrência das elevadas taxas de incidência e morbidades relacionadas a patologia, o objetivo do estudo é identificar a incidência da HPIV em recémnascidos com IG inferior a 32 semanas ou peso ao nascer inferior a 1.500g. Métodos: Estudo transversal realizado em uma UTI Neonatal através da análise de prontuários. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pe squisa da Unisul sob protocolo CAAE 30402114.9.0000.5369. Resultados: Foram avaliados 55 prontuários e ocorreram 35 casos de HPIV grau I e II e 2 casos de grau III e IV, o que corresponde 63,6% e 3,6% da população estudada. No estudo, a prevalência de hemorragia grau I e II foi maior que a referida em estudo realizado no Brasil, onde foi de 22,4%, mas deve-se ressaltar o perfil da clientela atendida em um hospital filantrópico, referência em gestantes de alto risco que muitas vezes, não realizaram pré-natal ou não receberam um pré-natal de qualidade. É importante ressaltar que a incidência de HPIV grave (grau III e IV) na unidade é significativamente inferior da citada no referencial, 3,5% contra 11,5%, o que fortalece a assistência e manejo adequado ao recém-nascido internados. Conclusão: O estudo reforça a necessidade de implantar ações preventivas na unidade nos graus leves desta patologia que acometeram principalmente recém-nascidos com 29 semanas gestacionai s e os graus graves acometeram recém-nascidos com idade gestacional inferior a 28 semanas, confirmando que a HPIV é tão mais frequente e grave quanto maior a prematuridade. Palavras-Chave: terapia intensiva neonatal - prematuro - hemorragia cerebral Apresentador: Graciane Jacinta Schmitt 10 CONSUMO DE LEITE MATERNO DE RECÉM-NASCIDOS PRÉ TERMOS DE MUITO BAIXO PESO INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONTAL NOS ANOS DE 2013 E 2014 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM Autores: Carolina Santos Altermann, Marcieli Londero, Nathália Pinho, Iane Ribeiro Corrêa, Angela Regina Maciel Weinmann Resumo: Introdução: Nascer prematuramente coloca o recém nascido (RN) numa condição de alto risco nutricional, o que torna a alimentação dessa população um contínuo desafio. Sabe-se que o consumo de leite materno apresenta inúmeros benefícios para a saúde, sobretudo para os recém nascidos pré termos de muito baixo peso (RNPT MBP), os quais passam por períodos de intenso estresse metabólico. Objetivo: Avaliar o consumo de leite materno de RNPT MBP (nascidos < 37 semanas e com peso ao nascer ≤1500g) atendidos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI NEO). Métodos: Pesquisa de delineamento transversal, com coleta de dados secundários, através dos prontuários de RNPT MBP que estiveram internados em uma UTI NEO durante os anos de 2013 e 2014. Foram excluídos da pesquisa os RNPT que foram a óbito. Para análise dos dados utilizou-se o software Statistica versão 09, as variáveis quantitativas foram descritas pelo uso da média aritmética e desvio-padrão e as variáveis categóricas utilizou-se freqüências absolutas e percentuais. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria sob o registro 832.513. Resultados: Durante o período da pesquisa estiveram internados 71 RNPT MBP, com idade gestacional média de 31 ± 3 semanas e peso ao nascer médio de 1208 ± 221 g. O tipo de alimentação inicial (enteral ou oral) predominante foi fórmula infantil, com 70% (n=50), somente 13% dos RN (n= 9) iniciaram a alimentação com leite materno exclusivo e 17% (n=12) com alimentação mista (leite materno + fórmula infantil). A idade média do início do consumo de leite materno foi de 5 ± 5 dias de vida e 89% (n=63) iniciaram o consumo de leite materno através da via enteral. O tempo médio de consumo de leite materno durante a internação foi de 21 ± 18 dias, 51% dos RN tiveram alta hospitalar recebendo somente fórmula infantil, 45% dos RN recebendo alimentação mista e somente 4% dos RN (n=3) com aleitamento materno exclusivo. Conclusão: Os resultados obtidos concordam com a literatura científica, e relatam baixo consumo de leite materno entre os RNPT MBP durante a internação. Palavras-Chave: Prematuro - Leite Humano - Unidades de Terapia Intensiva Neonatal Apresentador: Carolina Santos Altermann 11 DECISÃO PELO ALEITAMENTO MATERNO MISTO E/OU PREDOMINANTE UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Autores: Carla Regina de Almeida Correa, Flávia Correa Porto de Abreu, Beatriz Castanheira Facio, Mayara Caroline Barbieri, Soraya Cirilo Carvalho, Monika Wernet Resumo: Introdução: A taxa de aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida da criança no Brasil está aquém da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. Distintos aspectos integram a decisão materna em aderir a tal prática, contudo prevalece no Sudeste do Brasil o uso de fórmulas e/ou leite de vaca, tanto de forma exclusiva, quanto em combinação como leite materno. Neste sentido, entende-se como aleitamento materno misto a oferta concomitante de leite materno e outros tipos de leite e, o predominante é aquele no qual além do leite materno há oferta de outros líquidos. Objetivo: Analisar a decisão da mulher pelo aleitamento materno misto e/ou predominante. Metodologia: Estudo exploratório, da vertente qualitativa, aprovado em comitê de ética sob o número 190.917. Utilizou-se como referencial teórico do Interacionismo Simbólico e como metodológico a análise de conteúdo temática de Bardin. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com t reze mulheres que praticavam aleitamento materno misto e/ou predominante, residentes em cidade do interior paulista. Resultados: Os resultados estão apresentados a partir de duas categorias temáticas: “Fatores influentes da decisão materna” e “Prática do aleitamento materno e sentimentos”. A tomada de decisão sobre a alimentação do filho envolve a apreciação da mulher em relação a como o trabalho, os profissionais de saúde e a dinâmica familiar permitem o aleitamento exclusivo a ocorrer. A mulher sente prazer na prática de aleitamento materno, mas o cotidiano e as dúvidas relacionadas ao alcance da saciedade e do adequado crescimento da criança determinam assumir a introdução de fórmulas e/ou leite de vaca. Neste momento vivencia sentimentos negativos em termos de maternagem, como por exemplo, sensação de abandono da criança. Conclusão: O trabalho, um cotidiano com atividades fora do domicílio e sugestão precoce e não fundamentada do profissional médico e enfermeiro ao uso de fórmula na necessidade integram o processo da mulher em optar pelo aleitamento materno misto e/ou predominante. Tais achados reforçam a articulação do cotidiano contemporâneo com a prática do desmame, bem como deste com atitudes profissionais contrárias à amamentação, com repercussões à saúde da mulher e da criança. Palavras-Chave: Aleitamento materno - Mães - Relações mãe-filho Apresentador: Carla Regina de Almeida Correa 12 CATETER VENOSO CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA (PICC) – ANÁLISE DA SUA UTILIZAÇÃO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL E PEDIÁTRICA HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO Autores: Graciane Jacinta Schmitt, Melissa Orlandi Honório, Fabio Luis Bohn Gass Resumo: Introdução: O PICC é um dispositivo seguro que permite a administração de medicações vesicantes, irritantes, vasoativas, além de permitir monitorização hemodinâmica e ainda, provoca redução do desconforto e da dor. O estudo teve objetivo de descrever a utilização do PICC em UTI Neonatal e Pediátrica quanto à inserção, manutenção e remoção e identificar o perfil das crianças que o receberam. Trata-se de um estudo transversal, onde foram analisados os prontuários de todas as crianças que utilizaram o PICC durante sua internação em um período de 20 meses. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da ESUCRI através do protocolo nº121. Discussão: Foram utilizados 218 cateteres PICC. A inserção do PICC está indicada em casos em que haja a necessidade de terapias de duração maiores a 7 dias e através do estudo contatou-se que a média de permanência do cateter na unidade é de 9,3 dias. Em relação ao diagnóstico méd ico foram inseridos principalmente em prematuros 64,58% com peso inferior a 2.000g em 99 (56,56%), sepse neonatal em 57 (32,5%) e alterações respiratórias 47 (26,85%). Referente aos motivos de remoção do cateter PICC o término de tratamento ocorreu em 58,2% e eventos adversos que venham a prejudicar a criança ocorreram em apenas 7 (3,41%) e consistem em flebite, infiltração e ruptura de cateter sem progressão do mesmo, resultados estes que comprovam sua segurança. Concluiu-se que recém-nascidos prematuros e de baixo peso foram a clientela alvo na realização da passagem do cateter PICC na instituição estudada e constatou-se também que a inserção do cateter PICC na unidade ocorre precocemente, em 63 recém-nascidos (36%) o procedimento foi realizado com menos de 24 horas de internação, reduzindo com isto, significativamente o uso do cateterismo umbilical em que os eventos adversos são frequentes e de gravidade variável, contrariando estudos em que descrevem a utilização do cateterismo umbilical como primeira opção de acesso venoso em recém-nascido. O estudo evidencia que o cateter PICC representa um recurso terapêutico importante na assistência de enfermagem e sua utilização no ambiente hospitalar está em expansão, sendo a equipe de enfermagem fundamental para o sucesso desta prática. Palavras-Chave: terapia intensiva neonatal - prematuro - cateteres Apresentador: Graciane Jacinta Schmitt 13 ASFIXIA NEONATAL E HIPOTERMIA TERAPÊUTICA: CONSIDERAÇÕES ACERCA DE SUA VALIDADE HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE - HCPA Autores: Alessandra Vaccari Resumo: INTRODUÇÃO: A asfixia neonatal é uma das causas mais frequentes de lesões neurológicas graves, podendo ocasionar comprometimento neurológico crônico do recém-nascido e até mesmo a sua morte. Dentre as causas da asfixia neonatal, pode-se apontar alterações hemodinâmicas, bioquímicas e neurofisiológicas que resultam diretamente da falta de oxigenação e de glicose no sangue. Nesses casos, pode ocorrer um dano cerebral em virtude da ativação de mecanismos citotóxicos e apoptóticos. A hipotermia terapêutica, ou hipotermia induzida (como está citado nos Descritores em Ciências da Saúde), é um procedimento promissor em reduzir danos neurológicos em recém-nascidos, além da própria mortalidade. OBJETIVO: Realizar uma revisão bibliográfica acerca da asfixia neonatal bem como seu tratamento, focando, de modo particular, na hipotermia terapêutica como forma de melhorar seu prognóstico. MÉTODO: Revisão bibliográfica, com seleção de dois livros, nove artigos científicos nacionais e treze internacionais, um guideline internacional; com os seguintes descritores: Asfixia Neonatal, Hipotermia Induzida e Neonatologia. As referências utilizadas nesta revisão compreendem os seguintes critérios: publicação nos anos de 2009 a 2014, conter ao menos um dos descritores e livre acesso em meio eletrônico ou impresso. A coleta dos dados foi realizada nos meses de julho e dezembro de 2014. Foram utilizadas algumas publicações anteriores a 2009 por sua relevância no assunto. RESULTADOS: Nas publicações estudadas quatorze traziam os descritores asfixia neonatal e hipotermia terapêutica; dez apenas asfixia neonatal e somente uma publicação apenas hipotermia terapêutica. Todas as publicações incluem o descritor neonatologia. Em suas conclusões, dez estudos partilham dados sobre a asfixia neonatal e os demais quinze estudos atribuem à hipotermia terapêutica como positiva nos casos de asfixia neonatal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O principal resultado encontrado, nessa revisão, é o sucesso da hipotermia terapêutica (ou induzida) no tratamento da asfixia neonatal. Contudo, é necessário que o procedimento seja realizado na fase de latência da asfixia neonatal, ou seja, em até 6 horas após o nascimento do paciente. Entretanto, esse procedimento ainda é relativamente recente e inovador, recomenda-se que novos estudos sejam realizados, a fim de que se possa ampliar o conhecimento e a qualidade de vida dos pacientes, diminuindo a mortalidade. Palavras-Chave: Asfixia Neonatal - Hipotermia Induzida - Neonatologia Apresentador: Alessandra Vaccari 14 PARTO PREMATURO: ABORDAGENS PRESENTES NA PRODUÇÃO CIENTÍFICA NACIONAL E INTERNACIONAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE Autores: Flávia Conceição Pohlmann, Nalú Pereira Da Costa Kerber, Diego Vasconcelos Ramos, Vanessa Franco De Carvalho, Jéssica Medeiros Minasi, Liane Rodrigues Borges Resumo: O parto prematuro (PP) é definido como a ocorrência do nascimento antes do termo, ou seja, crianças nascidas antes da maturidade fetal, período anterior a 37ª semana de gestação. Embora a obstetrícia tenha passado por diversas mudanças, a prematuridade continua sendo um desafio para a saúde pública, em virtude da mortalidade e da morbidade neonatal. Com relação aos recém-nascidos (RN), quando estes conseguem sobreviver ao nascimento prematuro, representam muitas preocupações para os serviços de saúde e suas famílias, pelas sequelas e danos que podem ser oriundas deste nascimento. Este estudo tem o objetivo de conhecer a produção científica acerca do parto prematuro. Trata-se de um estudo bibliográfico, realizado com 24 artigos científicos completos abordando a prematuridade, oriundos da Biblioteca Virtual em Saúde, publicados entre os anos de 2008 e 2013. A análise dos artigos foi realizada tematicamente, emergindo quatro categorias: Fator es de risco associados ao parto prematuro; Prematuridade: aspectos negativos e positivos; Conduta profissional relacionada ao trabalho de parto prematuro e O papel da Enfermagem na assistência ao trabalho de parto prematuro. Este estudo aponta que muitas pesquisas estão preocupadas com os fatores de risco relacionados à prematuridade, contribuindo para a identificação precoce e redução nos índices desta complicação. Reforça-se que a temática carece de mais investigações em nosso país, visando um maior entendimento sobre o fenômeno do nascimento prematuro, em vista de que apenas oito estudos contemplaram a realidade brasileira. Ainda, percebe-se a necessidade de estudos que se detenham na utilização e direcionamento das políticas públicas no processo de trabalho dos profissionais que prestam assistência no ciclo gravídico-puerperal, como forma de garantir uma assistência humanizada e de qualidade ao binômio mãe-bebê, à família e à sociedade. Ainda, percebe-se que poucos estudos trazem contribuições para Enfermagem, para o conhecimento e processo de trabalho desses profissionais, também responsáveis por produzir saúde neste momento da vida de mulheres e famílias que vivenciam a prematuridade. Pesquisa financiada pelo CNPq – Edital Universal e FAPERGS – Edital Pesquisador Gaúcho. Palavras-Chave: Parto prematuro - Cuidados no pré-natal - Enfermagem. Apresentador: Nalú Pereira Da Costa Kerber 15 CUIDADO DA CRIANÇA COM RETINOPATIA DA PREMATURIDADE: INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES ENTRE PAIS E PROFISSIONAIS DE SAÚDE UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÀO CARLOS Autores: Beatriz Castanheira Facio, Bruna de Souza Lima Marski, Carla Regina de Almeida Corrêa, Amanda de Assunção Lino, Fabiana Sayuri Tanikawa, Monika Wernet Resumo: Introdução: A retinopatia da prematuridade decorre da vasoproliferação secundária à vascularização inadequada da retina imatura em recém-nascidos prematuros, cujos principais fatores de risco são prematuridade, baixo peso ao nascer, ser pequeno para a idade gestacional, flutuações de saturação nas primeiras semanas de vida, hemorragia intraventricular e transfusões sanguíneas. Essa realidade traz alterações na vida familiar, principalmente dos pais, caracterizando-se como fonte de sofrimento. Nesse sentido, destaca-se a importância dos profissionais de saúde para o fornecimento de suporte e atenção a esses sujeitos. Objetivo: Compreender as interações entre os pais (mãe e pai) e os profissionais de saúde e, a influência destas no cuidado do filho com retinopatia da prematuridade. Metodologia: Trata-se de estudo qualitativo, cujo referencial teórico é o Interacionismo Simbólico e o metodológico, o Interacionismo Interpretativo. O mesmo está em andamento, aprovado junto a um comitê de ética sob parecer de número 716.611. Os resultados parciais derivam de entrevistas em profundidade com dez participantes, localizados por meio da estratégia metodológica “snow ball”. Resultados: Os resultados apontam uma trajetória permeada de idas e vindas que agrupam pais, familiares e profissionais de saúde na busca pelo diagnóstico e promoção da saúde da criança. Neste cenário destacam-se as epifanias maternas referentes à própria potencialidade e à amplitude das informações e conhecimentos do profissional enquanto promotores de cuidado. Inicialmente, a mãe se encontra distante de informações sobre as particularidades do filho, sendo os profissionais da unidade de terapia intensiva os fornecedores dos primeiros elementos. À medida que tem contato com outros especialistas/pessoas da rede de apoio e que vai conhecendo melhor a criança, torna-se progressivamente autônoma no cuidado. É neste processo que percebe a limitação da contribuição profissional e tenta articular-se no cuidado por meio de questionamentos das condutas, embasando-se em situações vivenciadas e conhecimentos adquiridos. Ao enxergar-se como cuidadora potencial, detentora de um olhar ampliado capaz de identificar as necessidades do filho, inverte a importância atribuída ao profissional, que passa a ser considerado coadjuvante. Conclusão: A trajetória permeada por avaliações, intervenções e interações com diversos profissionais é causadora de sofrimento, contudo contribui para o desenvolvimento da autonomia materna no cuidado ao filho. Palavras-Chave: retinopatia da prematuridade - pais - pessoal de saúde Apresentador: Beatriz Castanheira Facio 16 INVESTIGAÇÃO DO CONHECIMENTO DE PUÉRPERAS SOBRE O ALEITAMENTO MATERNO EM AMBIENTE HOSPITALAR FACULDADE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Autores: Nilva Paim Zotti, Simone Augusta Finard, Lauren Medeiros Paniagua Resumo: Introdução: O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança. O incentivo ao aleitamento materno é amplamente difundido à população e a comunidade científica por diversos órgãos nacionais e internacionais. Apesar disso, a carência de conhecimento das mães pode implicar em desmame precoce, o que também ocorre devido às crenças populares e construção da herança sociocultural. A determinação de amamentar ou não depende do significado que a mulher atribui a essa prática. Objetivo: Verificar o conhecimento das puérperas sobre o aleitamento materno. Método: Trata-se de um estudo observacional do tipo transversal. Para análises estatísticas foram usados os testes: t-student e/ou one-way com post-hoc de Tukey. As variáveis quantitativas foram descritas por média e desvio padrão, ou mediana e amplitude interquartílica. Participaram da amostra as puérperas internadas em uma instituição de assistência hospitalar de médio porte, situada na região nordeste do estado do Rio Grande do Sul. Foi aplicado o questionário, já vigente na literatura, no período de maio a outubro de 2013. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Associação Cultural e Científica Virvi Ramos, sob protocolo nº 260.038. Resultados: A amostra foi constituída por 200 puérperas. Dentre os dados, pode-se documentar que 114 (55,7%) mães receberam orientação sobre aleitamento materno. Conclusão: O presente estudo pode constatar que as puérperas possuem o conhecimento sobre o aleitamento materno e os indicadores como idade, escolaridade e renda estão diretamente associados a esse conhecimento. Palavras-Chave: Fonoaudiologia - Aleitamento Materno - Conhecimento Apresentador: Lauren Medeiros Paniagua 17 AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E FATORES ASSOCIADOS EM PREMATUROS AOS 4 MESES DE IDADE CORRIGIDA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO Autores: Carine Carolina Wiesiolek, Claudineide Maria da Silva, Carmen Lúcia Neves Guimarães, Geisy Lima Resumo: Introdução: O aumento na sobrevida de bebês prematuros tem sido acompanhado por maiores índices de morbidade e de distúrbios neuropsicomotores, de forma que a avalição de rotina e o melhor conhecimento desta população deve fazer parte do serviço de acompanhamento destes bebês. Objetivo: Avaliar o desenvolvimento motor de bebês prematuros aos 4 meses de idade corrigida e verificar sua associação com as variáveis de saúde materna e infantil. Métodos: Estudo transversal retrospectivo com 60 bebês avaliados pela Alberta Infant Motor Scale (AIMS). A coleta de dados foi realizada a partir da revisão de prontuários, em hospital de referência do estado de Pernambuco. Foram incluídos bebês que apresentavam prontuário com dados completos e excluídos os prontuários de bebês com diagnóstico de síndromes genéticas e malformações congênitas. Para a análise estatística, foram utilizados os testes Exato de Fisher e o teste t Student (p<0,05). A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, sob o protocolo nº 2204.Resultados: Observou-se diferença estatisticamente significante entre o peso ao nascer e a utilização de ventilação mecânica invasiva e o atraso do desenvolvimento motor. Não houve diferença significativa entre as variáveis: renda familiar, idade gestacional, perímetro cefálico, Apgar 1º e 5º minuto, sexo e o desenvolvimento motor. Conclusão: Os dados corroboram com a literatura apontando que o baixo peso ao nascer e o uso de ventilação mecânica invasiva contribuem para o atraso no desenvolvimento motor, o que reforça a necessidade de avaliação continuada principalmente destas crianças pós alta hospitalar. Palavras-Chave: Prematuro - Desenvolvimento Infantil - Diagnóstico precoce Apresentador: Carine Carolina Wiesiolek 18 COMPARAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR EM PREMATUROS UTILIZANDO A ALBERTA INFANT MOTOR SCALE UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM Autores: Natiele Camponogara Righi, Giselle De Camargo Oliveira, Fabiane Kurtz Martins, Gisiane Lidtke, Claudia Morais Trevisan Resumo: Introdução: A prematuridade pode levar a alterações anatômicas e estruturais do cérebro devido à interrupção das etapas de desenvolvimento pré-natal levando a desvios no desenvolvimento motor (DM). Para a identificação precoce de crianças com suspeitas de atraso, testes de triagem são utilizados possibilitando o encaminhamento para diagnóstico e intervenção. A Alberta Infant Motor Scale (AIMS) é um instrumento observacional do desenvolvimento da motricidade ampla da criança, sendo confiável e fidedigna para a população brasileira. Objetivos: Este estudo buscou verificar possíveis atrasos no DM de recém-nascidos prematuros (RNPTs) acompanhados no ambulatório de seguimento de um hospital público de ensino através da AIMS nos anos de 2013 e 2014. Metodologia: Pesquisa observacional transversal e longitudinal. As crianças foram selecionadas no ambulatório de Seguimento de prematuros e os critérios de exclusão foram RNPTs com distúrbios neurológicos, alterações musculoesqueléticas, síndromes genéticas, encefalopatia hipóxico isquêmica grau II ou III ou com cardiopatias congênitas. Os dados clínicos foram coletados nos prontuários, prévio a aplicação da AIMS, que classifica as crianças conforme o percentil encontrado. Sendo abaixo ou igual a 5 indica atrasos motores evidentes, entre 10 e 25 sugere sinais de risco para atrasos motores, entre 50 e 75 DM indica um DM favorável e acima de 90 considera o DM como pleno. Os dados foram verificados com análise estatística descritiva. A pesquisa foi aprovada pelo CEP da instituição, com número do protocolo 725.130. Resultados: Avaliamos 175 crianças em 2013, destas 88 (50,2%) eram do sexo masculino. Na AIMS, 27 (15,4%) apresentaram DM pleno, 67 (38,2%) DM favorável, 59 (33,7%) sinais de riscos para atrasos motores e 22 (12,5%) atrasos motores evidentes. Em 2014 avaliamos 279 crianças, sendo 117 (41,9 %) do sexo masculino. Na AIMS, 40 (14,3%) apresentaram DM pleno, 96 (34,4%) DM favorável, 103 (36,9%) sinais de riscos para atrasos motores e 40 (14,3%) atrasos motores evidentes. Conclusão: Neste grupo de estudo o número de RNPT com atraso motor evidente se manteve estável embora um número maior de RNPT em 2014 (62%) possa ter interferido nos resultados. Este fato reforça a necessidade do acompanhamento multiprofissional de RNPTs na avaliação e acompanhamento sistematizado do desenvolvimento. Palavras-Chave: prematuridade - desenvolvimento infantil - serviços de saúde da criança Apresentador: Claudia Morais Trevisan 19 TAXAS DE ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO NO MOMENTO DA ALTA HOSPITALAR UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE – HCPA Autores: Annelise de Carvalho Gonçalves, Clea Carvalho, Raquel Concatto, Marion Kohlmann, Maite Rimolo, Tamara Soares Resumo: Introdução: Não existem dúvidas de que o melhor alimento para os bebês é o leite materno, que atende as necessidades nutricionais de acordo com a idade gestacional, além de prevenir infecções e promover o amadurecimento gástrico e intestinal do recém-nascido (RN). Contudo, as taxas de aleitamento materno exclusivo na alta da Internação Neonatal são baixas, especialmente entre os prematuros. Estudo realizado com prematuros egressos de um hospital escola constatou que o aleitamento materno exclusivo (AME), que ocorreu para 36% dos bebês, estabaleceu-se apenas após a alta hospitalar. Outro estudo constatou que somente 28,4% dos bebês prematuros estavam em AME no momento da alta hospitalar. Objetivo: Identificar a prevalência de aleitamento materno exclusivo dos egressos de uma Unidade de Internação Neonatal no momento da alta hospitalar. Metodologia: Estudo transversal inserido em um projeto do tipo “guarda-chuva”, tendo como população os recém-nascidos que internaram a partir de 10 de janeiro de 2012, até dezembro de 2014. A coleta dos dados foi realizada em formulários criados pelas enfermeiras da unidade, preenchido no momento da alta de todos os RN. O projeto foi aprovado pela Comissão de Pesquisa da Escola de Enfermagem da Universidade Federal o Rio Grande do Sul. Análise dos dados: Foi realizada análise descritiva com cálculo de frequências absolutas e relativas. Resultados: Observa-se discreta queda das taxas de AME ao longo dos três anos estudados. Em 2012 a taxa de AME geral foi de 61%, 54,5% em 2013 e 57% em 2014. Entre os prematuros, as taxas foram mais baixas: 38,7% em 2012, 31,6% em 2013 e 33,2% em 2014. Por outro lado, houve aumento das taxas de aleitamento misto entre todos os RN. Conclusão: Embora os achados sejam similares a outros estudos nacionais, há necessidade de se fortalecer as ações de promoção do AME durante a internação neonatal, para possibilitar que o maior número possível de bebês, especialmente os prematuros, tenha alta hospitalar recebendo exclusivamente leite materno. Palavras-Chave: aleitamento materno, prematuro. Apresentador: Annelise de Carvalho Gonçalves 20 EVOLUÇÃO PONDERAL DOS RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS ACOMPANHADOS NA TERCEIRA ETAPA DO MÉTODO CANGURU NA MATERNIDADE CIDADE NOVA DONA NAZIRA DAOU UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS Autores: Lívia Ferreira Colares, Rodrigo Duarte Ferreira, Kate Sâmila Almeida Vasques, Afranio Souza de Melo , Patrícia da Silva Barros , Adriana Távora de Albuquerque Taveira Resumo: Introdução: Recém Nascidos Prematuros (RNPT) podem apresentar diversas dificuldades ao longo do crescimento e desenvolvimento, sendo que a deficiência pondero-estatural, observada nos primeiros meses de vida, pode causar prejuízo à saúde por toda a vida. O método canguru (MC) propõe-se a auxiliar na assistência destes RNPT de forma benéfica, econômica e acessível. Objetivo: Avaliar o ganho ponderal dos RNPT admitidos na terceira etapa do MC, na maternidade pública, no período de abril/2012 a abril/2014. Metodologia: Realizado estudo transversal retrospectivo. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Resultados: Participaram 86 pacientes, 43% do sexo masculino e 57% do feminino. O número de gestações, partos anteriores, consultas de pré-natal, bem como a IG e peso dos RNPT na admissão do MC, foram semelhantes entre os grupos dos RNPT em aleitamento materno exclusivo (AME), em relação aqueles em aleitamento materno complementado (AMC). As mães cujos RNPT permaneceram em AME, apresentavam idade cronológica significativamente menor em relação à daquelas em AMC (24,9 ± 5,4 anos, AME; 28,2 ± 4,8 anos, AMC, p=0,01). Entretanto, o tempo de acompanhamento (TA) foi significativamente menor naqueles em AME (TA: 19,1 ± 13,5 dias, AME; 33,1 ± 25,4 dias, AMC, p=0,001). RNPT em AMC mostraram maior ganho de peso e maior peso na alta do MC quando comparados ao grupo em AME, (Ganho de peso: 668,5 ± 461,6 g, AME; 1270,9 ± 1011,5g, AMC, p<0,001; Peso na alta: 2899,8 ± 388,6g, AME; 3418,3 ± 885,2 g, AMC, p<0,001). A idade gestacional na alta, também foi estatisticamente maior naqueles em AMC (IG na alta do MC: 40,2 ± 2,2 semanas, AME; 42,3 ± 3,3 semanas, AMC, p<0,01). Conclusão: A prematuridade e o baixo peso constituem um sério problema de saúde pública. No presente estudo, o ganho de peso parece ser maior em RNPT que recebem complementos ao aleitamento materno. Contudo aqueles RNPT que receberam aleitamento materno exclusivo conseguiram completar as etapas do MC, mais precocemente. Os estudos indicam que o MC traz benefícios à saúde do recém-nascido prematuro e/ou de baixo peso. Palavras-Chave: Ganho de Peso - Método Canguru - Prematuro Apresentador: Lívia Ferreira Colares 21 COMPARAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E COGNITIVO DE LACTENTES PRETERMO E A TERMO AOS 6 MESES DE IDADE: ANÁLISE DESCRITIVA DE DUAS ESCALAS UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Autores: Suelen Rosa de Oliveira, Ana Carolina Cabral de Paula Machado, Flávio dos Santos Campos, Lívia de Castro Magalhães, Débora Marques de Miranda, Maria Cândida Ferrarez Bouzada Resumo: Introdução: Dado o elevado risco de alterações no neurodesenvolvimento em prematuros, a aplicação de instrumentos adequados de avaliação nos primeiros anos de vida é fundamental no acompanhamento dessas crianças. Objetivo: Realizar análise descritiva do desempenho motor e cognitivo de crianças nascidas prematuramente e avaliadas por dois instrumentos diferentes: Bayley Scales of Infant Development-III (BSID-III) e Ages and Stages Questionaire-3 (ASQ-3). Métodos: Estudo descritivo, transversal. Amostra prevista de 48 crianças, distribuídas em dois grupos: (a) grupo pretermo (GP), com crianças nascidas com menos de 34 semanas de idade gestacional e (b) grupo a termo (GT), formado por crianças a termo saudáveis. Ambos os grupos foram avaliados aos seis meses, idade corrigida para o GP. A avaliação do desenvolvimento motor e cognitivo foi feita com uso do BSID III e do ASQ-3. Resultados: Até o momento, foram avaliadas 14 crianças (oito no GP e sei s no GT). Na BSID-III, o GP apresentou pontuação menor nas escalas cognitiva e motora (cognitivo: M=105,62±6,78; motor: M=100,37±15,41) quando comparado ao GT (cognitivo: M=117,14±14,67; motor: M=99,28±14.33), porém as diferenças não apresentaram significância estatística (cognitivo: p-valor = 0,067; motor: p-valor = 0,89). Em relação ao ASQ-3, o domínio cognitivo é avaliado pelo item Resolução de Problemas (RP), no qual a pontuação do GP foi inferior (M=48,12±15,33) à pontuação do GC (M=55,00±6,32), mas sem significância estatística (p-valor = 0,32). O domínio motor no ASQ-3 é avaliado pelos itens Coordenação Motora Ampla (CMA) e Coordenação Motora Fina (CMF), nos quais as crianças prematuras também apresentaram pontuação inferior (CMA: M=30,62±19,35;CMF: M=46,87±14,62) quando comparadas às crianças do GT (CMA: M=40.00±13.78;CMF: M=60,00±0,00). No entanto, essas diferenças também não atingiram significância estatística (CMA: p-valor = 0,33; CMF: p-valor = 0,051). Todas as crianças apresentaram pontuação dentro da normalidade nos dois instrumentos. Conclusão: BSID-III e ASQ-3 concordaram entre si quanto a identificação de desfechos cognitivo e motor normais na amostra avaliada. Todas as crianças mostraram desempenho dentro do esperado, sendo que as diferenças de desempenho entre os grupos, sinalizadas pelas médias motoras e cognitivas, possivelmente se tornam mais evidentes com aumento da amostra. Palavras-Chave: prematuro - desenvolvimento infantil Apresentador: Suelen Rosa de Oliveira 22 HIPOATIVIDADE E MIOCLONIAS EM UM RECÉM-NASCIDO: RELATO DE UM PACIENTE COM HIPERGLICINEMIA NÃO CETÓTICA Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre Autores: Victória Bernardes Guimarães, Júlia Santana Trombetta, Valéria Fonteles Ritter, Daniel Turik Chazan, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael Fabiano Machado Rosa Resumo: Introdução: a hiperglicinemia não cetótica é um erro inato do metabolismo em que grandes quantidades de glicina se acumulam nos tecidos, incluindo o cérebro. Objetivo: relatar uma paciente com quadro de hipoatividade/hiporreatividade e diagnóstico de hiperglicinemia não cetótica. Métodos: realizou-se a descrição do caso juntamente com uma revisão da literatura. Resultados: a paciente nasceu de parto cesáreo, com 40 semanas de gestação, pesando 2970g, medindo 45cm e com perímetro cefálico de 33cm. A mãe apresentava 16 anos, sendo que era hígida e não consanguínea. Possuía história de ter tido um filho na gestação anterior que teria nascido e ido a óbito devido a complicações perinatais. O paciente atual apresentava história de ter iniciado, a partir do segundo dia de vida, com quadro de sonolência e hipoatividade, além de dificuldade de sucção. A criança evoluiu com piora da hipoatividade e surgimento de mioclonias. Seus exames laboratoriais, incluindo dosagem de lactato, enzimas musculares e provas de função da tireóide, foram normais. A criança não era dismórfica. O eletroencefalograma mostrou um traçado de surto-supressão, com descargas de pontas ondas no hemisfério direito, mescladas com surtos de ondas lentas. Neste momento, suspeitou-se de hiperglicinemia não cetótica. A ressonância magnética de crânio foi normal. Os primeiros exames de erros inatos do metabolismo, através da cromatografia de aminoácidos, mostraram aumento da excreção de glicina na urina. A análise de aminoácidos em sangue impregnado em papel filtro evidenciou leve aumento de glicina. Os resultados da cromatografia quantitativa de aminoácidos por HPLC no plasma e no líquor constataram aumento acentuado de glicina (existia também aumento da relação entre as concentrações de glicina no líquor e no plasma), o que foi compatível com o diagnóstico de hiperglicinemia não cetótica. Conclusão: a maiori a dos casos de hiperglicinemia não cetótica apresenta-se no período neonatal. A doença possui um padrão de herança autossômico recessivo, ou seja, os pais possuem um risco de 25% de terem outro filho com a mesma condição. Em nosso caso, não podemos descartar a possibilidade de que o filho anterior do casal, que faleceu no período perinatal, apresentasse também o mesmo diagnóstico. Palavras-Chave: Convulsões - Doenças do recém-nascido - Hiperglicinemia não-cetótica. Apresentador: Victória Bernardes Guimarães 23 ALEITAMENTO MATERNO EM PREMATUROS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE SEGUIMENTO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO INSTITUICAO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE Autores: Poliana Nicole Becker, Daniela Akemi Itakura, Milene de Moraes Sedrez Rover, Francislene Aparecida Biederman, Silvana Delatore Resumo: Introdução: A prematuridade e o baixo peso (BP) ao nascer estão associados a inúmeros fatores de risco que podem interferir no crescimento e desenvolvimento. Antes mesmo da criação dos Bancos de Leite Humano, o benefício do leite materno para os prematuros já estava estabelecido. Dessa forma, o aleitamento materno (AM) para o recém-nascido (RN) prematuro continua sendo o padrão ouro na sua alimentação. Objetivo: Avaliar e incentivar o aleitamento materno em prematuros nascidos abaixo de 1.500 g (PTMBP), acompanhados por uma equipe interdisciplinar em ambulatório de seguimento de Alto Risco em um hospital Universitário. Métodos: Pesquisa analítica, descritiva e intervencionista realizada no Ambulatório de Seguimento de Alto Risco, com PTMBP acompanhados de janeiro de 2013 a julho de 2014. O trabalho foi aprovado pelo CEP da UNIOESTE sob nᵒ 259.076. Resultados: O total de pacientes acompanhados nesse período foi de 78 PTMBP, totalizando 484 consul tas. A média da idade gestacional (IG) foi de 29,84 semanas, a média do peso de nascimento (PN) foi de 1.191,7 g, o tempo médio de internação hospitalar foi de 53 dias. Dentre os 78 PTMBP, 29% estavam em Aleitamento Materno Exclusivo (AME), 49% AM e Aleitamento Artificial (AA) na primeira consulta ambulatorial. Dos que consultaram até 6 meses (n = 62/80%) apenas 15% estavam em AME, 18% em AM e AA, 58% em AA, 6% em AM, AA e alimentação complementar (AC) e 3% estavam em AA e AC. Os pacientes que já estavam com AC, o fizeram antes da orientação nutricional, sendo esta realizada na consulta ambulatorial do 6º mês. Alguns pacientes que estavam em AM e AA ao sexto mês, após introdução de AC, conseguiram suspender o AA, passando a alimentar-se com AM e AC adequada a idade. Conclusão: O sucesso do AM inicia no incentivo à mãe realizar a ordenha várias vezes ao dia durante o internamento do seu filho, mantendo a produção láctea, porém, o apoio é contínuo, para o AM E estabelecer-se até a AH, e mantido até dois anos ou mais, iniciando alimentação complementar saudável ao sexto mês, ou quando o prematuro estiver preparado para inicia-la. Palavras-Chave: Prematuro - Aleitamento Materno - Ordenha Apresentador: Milene de Moraes Sedrez Rover 24 DIÁLOGOS NO PRÉ-NATAL E A EXPERIÊNCIA DE MULHERES EM PARIR E CUIDAR DO(S) FILHO(S) UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Autores: Carla Regina de Almeida Corrêa, Bianca Royana Pereira de Oliveira, Amanda de Assunção Lino, Beatriz Castanheira Facio, Jamile Claro de Castro Bussadori, Monika Wernet Resumo: Introdução: Entre as recomendações da agenda em Saúde no Brasil, está a promoção e proteção ao desenvolvimento infantil e a valorização e qualificação das relações de cuidado. O período pré-natal é estratégico para a efetivação de tais recomendações. Objetivo: O presente estudo busca compreender a influência de tecnologia leve (‘diálogos’) no período pré-natal na experiência de parir e nas práticas de cuidado parental nos primeiros 4 meses após o nascimento da criança. Método: Trata-se de estudo exploratório, qualitativo, cujo referencial teórico e metodológico a hermenêutica filosófica de Gadamer. O mesmo está em andamento e, os resultados parciais derivam de entrevistas em profundidade com quatro mulheres. Há aprovação do estudo junto a um comitê de ética sob o número 957.814. Resultados: Os resultados apontam contribuições da tecnologia leve na experiência de parir e nas práticas de cuidado parental, sobretudo em termos de tranquilidade, segurança e autonomia. Os temas “Autonomia e processo de parir”, “Autonomia e maternagem” e “Ampliação e visibilidade da rede social” caracterizam o impacto da tecnologia leve ‘diálogos’ no processo em foco neste estudo. Conclusão: O grupo é espaço de troca de conhecimentos e vivências entre pessoas que transforma concepções prévias relativas à experiência de parir e práticas de cuidado à criança. Em função da participação há contato (in)direto com outras pessoas da comunidade, desconhecidas anteriormente, as quais tem potencialidade de integrar a sua rede social, bem como veiculam conhecimentos da rede de atenção à saúde. Assim, a tecnologia leve ‘diálogos’ traz fortes indícios de constituir-se em espaço de desenvolvimento da autonomia da mulher, com contribuição à saúde. Palavras-Chave: Cuidado do lactente - Tecnologia - Enfermagem Maternoinfantil Apresentador: Carla Regina de Almeida Corrêa 25 COMPARAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E DA RESPOSTA HEMODINÂMICA CORTICAL DE LACTENTES PRETERMO E A TERMO AOS SEIS MESES DE IDADE UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS Autores: Suelen Rosa de Oliveira, Ana Carolina Cabral de Paula Machado, Paulo Henrique P Moraes, Jonas Jardim de Paula, Débora Marques de Miranda, Maria Cândida Ferrarez Bouzada Resumo: Introdução: A espectroscopia de luz próxima ao infravermelho (NIRS) tem sido apontada como ferramenta promissora no estudo do cérebro infantil, destacando-se na avalição de áreas corticais motoras. Objetivo: Avaliar e comparar a atividade hemodinâmica cortical e o desenvolvimento motor de crianças nascidas prematuras aos seis meses de idade corrigida com crianças a termo na idade de seis meses. Métodos: Estudo descritivo e transversal, envolvendo crianças menores de 34 semanas de idade gestacional, na idade corrigida de seis meses, grupo prematuro (GP). Foram excluídas crianças com malformações congênitas, alterações genéticas e neurológicas. O grupo controle (GC) foi formado com crianças a termo saudáveis na idade de seis meses. A avaliação da atividade hemodinâmica cortical foi realizada a partir da NIRS e as habilidades motoras foram avaliadas pela Bayley Scales of Infant Development- III (BSID-III). Utilizou-se equipamento NIRS de onda contínua com 84 canais cobrindo as regiões frontal, occipital, temporal e parietal bilaterais com estimulação motora (vibração aplicada na mão direita das crianças). Resultados: Foram avaliadas 54 crianças, sendo 31 do GP e 23 do GC. Porém, foram obtidos os dados de NIRS de 16 crianças do GP e 17 do GC. Para fins de análise, consideramos somente os canais localizados sobre o córtex sensório-motor bilateralmente. Para avaliar a hemodinâmica cortical, comparamos os resultados da resposta hemodinâmica (ativação; canal sem alteração significativa e desativação), canal a canal, entre os grupos, por meio do teste Qui-quadrado (X2). Não foi encontrada diferença significativa entre os grupos. Entretanto, no canal localizado entre C1 e C3, que corresponde à área motora primária esquerda, foi observado um valor-p= 0,06, com magnitude de efeito alta (φ= 0,406). Os resultados da avaliação motora não indicaram diferença significativa entre os grupos (GP: M=103,25±15,83; GC: M=107,29±11,23; p=0,401). Conclusão: Os resultados da avaliação hemodinâmica cortical em resposta à estimulação motora e do desempenho motor são concordantes. Esses achados sugerem que a NIRS pode ser uma técnica promissora para estudos de atividade funcional do cérebro infantil. Palavras-Chave: desenvolvimento infantil - espectroscopia de luz próxima ao infravermelho - prematuro Apresentador: Suelen Rosa de Oliveira 26 ESTUDO DO PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ULBRA/MÃE DE DEUS, CANOAS, RS UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL Autores:Luciana Korf Chinazzo, Cristiano do Amaral de Leon Resumo: Introdução: A sífilis congênita (SC) ainda representa um grave problema de saúde pública, que pode ser evitada e controlada através de medidas simples como a assistência pré-natal adequada. Objetivo: Descrever a incidência, o perfil clínico e epidemiológico da SC na unidade de internação de um hospital universitário, no período de julho/2013 a junho/2014. Métodos: Foram considerados casos todos pacientes neonatos, diagnosticados com SC, e suas mães com exame VDRL positivo, e controles, todos os pacientes neonatos, com diagnóstico negativo para SC, e suas mães, com exame VDRL negativo, sendo pareados 2 controles para cada caso. Os dados foram coletados em instrumento padrão, com revisão de prontuários. O estudo foi protocolado junto ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Luterana do Brasil – Ulbra, obedecendo às determinações da Resolução 196, do Conselho Nacional de Saúde, e aprovado com o parecer CAAE n° 37516514.0.0000.53 49. Resultados: Houveram 3842 nascimentos. Destes, 88 foram identificados como SC, todos correlacionados com o diagnóstico de sífilis materna. Observou-se uma incidência de 2,29%, correspondendo a 22,9 casos em 1000 nascidos/vivos. Entre as pacientes com diagnóstico de sífilis, 43,2% realizaram 6 ou mais consultas pré-natais, contra 62,3% do grupo controle (p=0,002); 55,7% realizaram triagem pré-natal com exames sorológicos no 1º trimestre, contra 90,3% do grupo controle (p<0,001). Entre os casos, dos 63,6% das pacientes com diagnóstico de sífilis durante a gestação, 89,3% usaram penicilina no tratamento, 53,8% o completaram e 10,7% não o realizaram. Dos parceiros, 23,2% realizaram o tratamento. No perfil dos recémnascidos avaliados com diagnóstico de SC, 36,4% apresentaram titulação de VDRL de 1:1, e 25% maior que 1:4, sendo que 2 pacientes apresentaram titulação de VDRL 4 vezes maior que a titulação materna. Conclusão: No estudo, evidenciou-se uma incidência elevada de sífilis congênita quando comparada à literatura, correlacionando-se com o baixo número de consultas pré-natais. Apesar do tratamento instituído ser de fácil acesso e prevenir a transmissão da doença ao concepto, nota-se que o mesmo não está sendo realizado adequadamente, reduzindo a sua efetividade. Palavras-Chave: sífilis - sífilis congênita - saúde pública Apresentador: Luciana Korf Chinazzo 27 A RELAÇÃO DA ASSISTÊNCIA PRESTADA DURANTE O PRÉ-NATAL COM A PREMATURIDADE UNIVERSIDADE FEDERAL DE RIO GRANDE Autores: Francielle Garcia Sena, Nalú Pereira da Costa Kerber, Carolina Coutinho Costa, Liane Rodrigues Borges Resumo: INTRODUÇÃO: A gestação é um processo fisiológico considerado normal, porém, acarreta mudanças físicas, sociais e emocionais e, em alguns casos, podem ocorrer complicações, dentre elas o trabalho de parto prematuro (TPP). A assistência prestada durante o ciclo gravídico representa um grande influenciador para um resultado positivo na gestação, de forma que sejam identificados, tratados e monitorados os fatores que poderão levar ao parto prematuro (PP). OBJETIVO: relacionar a assistência pré-natal (PN) com a prematuridade dos recém-nascidos. MÉTODO: caracteriza-se como uma pesquisa de abordagem quantitativa do tipo caso-controle, realizado nos dois hospitais de um município do extremo sul do Brasil através de entrevistas feitas diariamente. Constituíram-se como casos 73 mulheres que tiveram PP e como controles, 66 gestantes que tiveram parto a termo em momento imediatamente posterior a cada caso, no primeiro semestre de 2014. A pesquisa foi ap rovada com os pareceres 134/2013 e 005/2013 dos comitês de ética e pesquisa dos hospitais envolvidos. RESULTADOS: Observou-se que 62% não planejaram engravidar; 92% realizaram pré-natal, iniciando em média na 11ª semana; 106 mulheres realizaram seis ou mais consultas. As puérperas que realizaram o pré-natal tiveram uma probabilidade de ter PP 10% menor que as mulheres que não fizeram acompanhamento. Nota-se que o início do pré-natal no primeiro trimestre foi um fator protetor e reduziu o risco de PP em 59%, em comparação às que iniciaram em outro trimestre. Ao serem comparados os diferentes tipos de atendimento pré-natal oferecidos, observa-se que as mulheres que o realizaram no nível da atenção primária à saúde (unidades tradicionais ou Estratégia de Saúde da Família), o risco de PP foi 70% menor do que nas mulheres que realizaram suas consultas por convênio ou particular. CONCLUSÃO: Realizar o pré-natal e iniciar as consultas ainda no primeiro trimestre são itens fundamentais para que a qualidade do pré-natal seja alcançada. Os serviços particulares ou com convênios também serviram como fatores contribuintes para aumentar a chance de prematuridade, fato que também pode ser explicado pelas gestantes optarem por realizar o parto cesáreo, e assim aumentar os riscos para o trabalho de parto prematuro. Palavras-Chave: Cuidado Pré-natal - Trabalho Parto prematuro - Enfermagem Apresentador: Francielle Garcia Sena 28 NURSING ACTIVITIES SCORES (NAS): MENSURANDO A CARGA DE TRABALHO DE ENFERMAGEM NA UTI NEONATAL HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE – HCPA Autores: Alessandra Vaccari, Cristiane Raupp Nunes, Deise Cristianetti, Elenice Lorenzi Carniel, Gisela M. S. Souto De Moura Resumo: INTRODUÇÃO: As equipes de enfermagem quando adequadamente dimensionadas contribuem para maior segurança no ambiente de cuidado. No Brasil, desde 2010, a RDC nº 7 estabelece dentre os requisitos para o funcionamento de UTI, que os pacientes devem ser “avaliados por meio de um Sistema de Classificação de Necessidades de Cuidados” e, além disto, que a chefia de enfermagem deve correlacionar esta avaliação com o quantitativo de profissionais de enfermagem. O Nursing Activities Scores (NAS) é um instrumento usado para mensurar a carga de trabalho de enfermagem, por paciente, nas 24 horas do dia. A UTI Neonatal (UTIN) do hospital campo de estudo, seguindo a normativa já citada, tem avaliado, sistematicamente, os recém-nascidos (RN) internados nos leitos de intensivismo. OBJETIVO: Mensurar a carga de trabalho da enfermagem da UTI Neonatal utilizando o NAS. MÉTODO: Trata-se de um estudo retrospectivo, quantitativo com abordagem descritiva, realizado em uma UTI Neonatal de um hospital de grande porte da cidade de Porto Alegre. A coleta ocorreu no banco de dados da instituição, referente ao período de 01 de janeiro de 2012 à 31 de dezembro de 2014. Esta pesquisa insere-se no projeto “Gestão do cuidado de enfermagem em uma unidade neonatal na perspectiva da qualidade e segurança”, desenvolvido por docentes e enfermeiros da Neonatologia. O estudo foi aprovado na Comissão de Pesquisa da Escola de Enfermagem da UFRGS. RESULTADOS: A carga de trabalho de enfermagem, utilizando o escore NAS, apresentou média de 69,16 (2012), 74,56 (2013) e 72,73 (2014). Estudo realizado na mesma instituição, no ano de 2011, encontrou média do escore NAS de 62,29. Na área neonatal de um hospital universitário em São Paulo, no ano de 2006, foi encontrada média de NAS de 66,9 pontos para pacientes na área de internação e 91,1 pontos para RN de UTIN. CONCLUSÃO: Os dados sugerem que houve um aumento na complexidade dos cuidados demandados pelos pacientes, aumentando desta forma, a carga de trabalho de enfermagem. Outros dados, como a análise dos escores NAS por sala de UTI são necessários para avaliar as características de cada área assistencial e, assim, reavaliar o dimensionamento da equipe por sala. Palavras-Chave: Carga de Trabalho - Neonatologia - Enfermagem Apresentador: Elenice Lorenzi Carniel 29 DIFICULDADES DE DEGLUTIÇÃO EM RECÉM-NASCIDOS SUBMETIDOS A AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA: ESTUDO RETROSPECTIVO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS Autores: Karine da Rosa Pereira, Deborah Salle Levy, Brenda Gabriela Haack, Renato Soibelmann Procianoy, Rita de Cássia Silveira Resumo: Introdução: Recém-nascidos em cuidados neonatais têm um risco maior de incoordenar as funções de sucção, deglutição e respiração. Estes podem apresentar dificuldades de alimentação/deglutição como resultado de múltiplas comorbidades. Objetivo: Descrever as queixas de dificuldades de alimentação/deglutição em recém-nascidos internados em Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal. Métodos: Estudo retrospectivo, realizado no período de julho de 2013 a outubro de 2014. Os critérios de inclusão foram recém-nascidos com queixas de dificuldade de alimentação/deglutição encaminhados para avaliação clínica fonoaudiológica. Os recém-nascidos identificados foram classificados, conforme a avaliação clínica, apresentando coordenação ou incoordenação da sucção, deglutição e respiração. As queixas de dificuldades de alimentação/deglutição foram referidas pela equipe médica e descritas como: dessaturação, estridor, desorganiza ção oral, dificuldade de ingerir todo volume prescrito por via oral, alimentação lenta, tosse e regurgitação nasal. O teste exato de Fischer foi utilizado para associação entre as variáveis. Os dados qualitativos foram expressos em números absolutos e relativos. Neste estudo, adotou-se um nível de significância de p = 0,05. Resultados: Foram encaminhados 49 recém-nascidos para avaliação fonoaudiológica por apresentar dificuldades de alimentação/deglutição. A média de idade foi 34 semanas. Dos 49 recém-nascidos encaminhados, 38 apresentaram incoordenação da sucção, deglutição e respiração. Na avaliação clínica 21 (43%) recém-nascidos apresentaram dessaturação, 10 (20%) tosse, 35 (71%) escape oral, 30 (61%) resíduo em cavidade oral e 7 (14%) estridor durante a deglutição. A dessaturação durante a alimentação foi a queixa mais comum relacionada com incoordenação da sucção, deglutição, respiração (p=0,001). Conclusão: Há uma forte re lação entre dificuldade de alimentação e incoordenação das funções de sucção, deglutição e respiração. Palavras-Chave: Recém-nascido - Sucção - Transtornos de deglutição Apresentador: Karine da Rosa Pereira 30 AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR PELO TESTE DE PERFORMANCE INFANTO MOTORA HOSPITAL DA CRIANÇA CONCEIÇÃO - GHC Autores: Lisie Maria Melo Carvalho, Beatriz Salle Levy Flores da Cunha, Cátia Rejane Soares de Soares Resumo: INTRODUÇÃO: O nascimento prematuro é um evento que traz implicações ao desenvolvimento da criança. Os recém-nascidos (RNs) prematuros extremos que sobrevivem a este período, apresentam risco elevado de alterações no neurodesenvolvimento a longo prazo. É essencial monitorar o desenvolvimento desses RNs , de forma a detectar precocemente possíveis desvios para intervir, prevenir ou minimizar sequelas. OBJETIVO: Avaliar o desenvolvimento neuromotor de RNs prematuros internados na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal de um Hospital no Sul do Brasil. Através do Teste de Performance Infanto Motora (TIMP) e análise de prontuário. MÉTODOS: Estudo de caráter transversal, aprovado pelo Comitê de Ética Hospital Moinhos de Vento. A população-alvo são RNs, com idade gestacional (IG) corrigida entre 34 a 37 semanas. Apresentem ou não o diagnóstico de Hemorragia Cerebral através do exame de ultrassonografia. RESULTADOS: Foram avaliados ao todo 38 RNs com IG em média 32 semanas e peso ao nascimento 1,8 gramas, com predomínio do sexo masculino 53%. Somente 3 prematuros apresentaram hemorragia Cerebral Grau I. Os RNs foram avaliados com IG corrigida em média de 37 semanas. Segundo as características gerais da amostra, houve diferença estatística entre comprimento e perímetro cefálico entre os RNs de 34-35 com o grupo de 36-37 semanas. Não houve diferença estatística entre APGAR 1’, SNAPPEII e tempo de UTI. Os RNs foram agrupados segundo o escore de TIMP, Grupo I (34-35 semanas IG corrigida) e Grupo II (36-37 semanas) classificados em: normal, pouco abaixo, abaixo e muito abaixo. Dentre o Grupo I a média de pontuação foi (43 ± 3), entre Grupo II (43 ± 7). Correspondendo ao total de 52% dos RNs pouco abaixo da média. CONCLUSÃO: O presente estudo encontrou em sua população segundo escore TIMP prematuros pouco abaixo da média. Para uma melhor obtenção dos resultados deve-se realizar um acompanhamento a l ongo prazo. Podendo ser uma ferramenta, para o diagnóstico de possíveis atrasos no desenvolvimento motor, e intervenções mais precoces. Para futuras pesquisas seria mais adequado inserir os RNs internados na Unidade Tratamento Intensivo com IG corrigida entre 34 semanas a 4 meses para maior abrangência de prematuros avaliados. Palavras-Chave: Intracraniana Prematuro - Desenvolvimento Apresentador: Lisie Maria Melo Carvalho 31 Motor - Hemorragia RELAÇÃO ENTRE A PREMATURIDADE E AS CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE Autores: Carolina Coutinho Costa, Francielle Garcia Sena, Nalú Pereira da Costa Kerber, Liane Rodrigues Borges, Vanessa Andréia Wachholz Resumo: Introdução: O Parto Prematuro (PP) é considerado quando ocorre até 36 semanas e 6 dias de gestação ocasionando riscos para o recém-nascido e até mesmo o óbito. O processo da prematuridade é advindo de diversos fatores, e pode permear diferentes classes sociais e territórios repercutindo financeira e psicologicamente. Objetivo: estabelecer a relação entre características sociodemográficas das mulheres e a ocorrência do PP. Método: este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa de abordagem quantitativa do tipo caso-controle, realizado nos dois hospitais de um município do extremo sul do Brasil. Constituíram-se como casos 73 mulheres que tiveram PP e como controles, 66 gestantes que tiveram parto a termo em momento imediatamente posterior a cada caso, no primeiro semestre de 2014. A pesquisa foi aprovada com os pareceres 134/2013 e 005/2013 dos comitês de ética e pesquisa dos dois hospitais envolvidos. Resultados: Na análise dos dados, observa-s e que a média de idade foi de 25,3 anos; 93 eram brancas das quais 53 finalizaram sua gestação com PP; 76 tinham 9 anos ou mais de estudo; a média de renda mensal foi de R$ 804,76, sendo que 80 tinham renda per capta menor do que um salário mínimo. A idade, cor da pele e renda não se mostraram como fatores relacionados à prematuridade. As mulheres com escolaridade entre cinco e oito anos apresentaram uma probabilidade 71% menor de ter TPP quando comparada às mulheres com nove anos ou mais de escolaridade, que se destacaram com 49 casos de prematuridade. Acreditava-se que mulheres com maior escolaridade, que têm maior poder aquisitivo, teriam mais chance de prematuridade, pois estas costumam optar pela cesárea, procedimento que comprovadamente aumenta esse risco. Conclusão: As características sociodemográficas não se mostraram como fatores concorrentes para prematuridade, com exceção da escolaridade, que foi o único aspecto com poder de significância. Este tipo de e studo é relevante no sentido de dar visibilidade aos aspectos que precisam de mais atenção da equipe de saúde durante o pré-natal. Palavras-Chave: Trabalho de parto prematuro - Fatores de risco - Enfermagem Apresentador: Carolina Coutinho Costa 32 TESTE DE TRIAGEM NEONATAL: AVALIAÇÃO DO TEMPO ENVOLVIDO NO PROCESSO SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO RS Autores: Fernanda Araujo Rodrigues , Anita Leal Leitão, Ana Terra Gonçalves Pereira, Dinara Dornfeld Resumo: Introdução: O Teste de Triagem Neonatal (TN) possibilita a identificação de doenças como Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito e Anemia Falciforme para que se possam tratar precocemente os recémnascidos acometidos, a fim de diminuir a morbimortalidade causada por estes distúrbios. A efetividade da TN depende primordialmente da coleta correta e em tempo adequado, do rápido envio da amostra ao laboratório e emissão dos resultados. Objetivo: Caracterizar o processo que envolve o TN realizado em doze unidades de saúde comunitária (USC) de Porto Alegre, avaliando sua adequação ao preconizado pelo Ministério da Saúde (MS). Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo. Os dados foram coletados a partir do banco de dados pré-elaborado pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal correspondentes ao período de outubro de 2007 até março de 2008 e analisados no programa Microsoft Office Excel. Os princípios éticos foram respeitados m ediante aprovação do projeto pelos comitês de ética das instituições envolvidas. Resultados: Foram avaliadas 354 amostras, destas, 345 foram coletadas até o 30º dia de vida, período preconizado pelo MS, sendo que 90 ocorreram no período preferencial de 2 a 7 dias de vida. No entanto, nove amostras ultrapassaram o limite indicado. O tempo recomendado pelo MS entre a coleta do teste e a chegada no laboratório é de no máximo cinco dias úteis. Dentre as doze USC estudadas, oito apresentaram médias de dias adequadas para o encaminhamento da amostra. No entanto, destaca-se que o período variou entre 1 e 101 dias. O período máximo observado representaria tempo suficiente para serem instaladas sequelas de qualquer uma das doenças triadas. Quanto ao tempo entre a chegada da amostra ao laboratório e a emissão do resultado, apesar da indicação pelo MS de no máximo sete dias, a variação encontrada foi de 2 a 29 dias. Conclusão: A morosidade no processo é um fator impo rtante a ser abordado com as equipes de saúde, pois além de retardar um possível diagnóstico e impactar na qualidade de vida da criança, ainda onera o Sistema Único de Saúde. Portanto, são necessários avanços para qualificar este processo, reduzindo o tempo em cada etapa, a fim de alcançar seu objetivo. Palavras-Chave: Triagem neonatal - Avaliação em Saúde - Hemoglobinopatias Apresentador: Ana Terra Gonçalves Pereira 33 RESPOSTA AUDITIVA DE ESTADO ESTÁVEL EM NEONATOS NASCIDOS PRÉ-TERMO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS Autores: Pricila Sleifer, Ana Francisca Constantino Ferreira de Sousa, Dayane Domeneghini Didoné Resumo: Introdução: Os recém-nascidos pré-termo são suscetíveis à alterações das vias auditivas ao longo do processo maturacional, sendo necessário verificar o desenvolvimento das funções auditivas. A resposta auditiva de estado estável (RAEE) permite mensurar objetivamente os limiares auditivos. Contudo podem sofrer influência da imaturidade neurológica dos recém-nascidos pré-termo. Objetivo: Correlacionar os limiares obtidos na resposta auditiva de estado estável em neonatos pré-termo e a termo. Métodos: Foram avaliados 33 neonatos nascidos pré-termo e 30 nascidos a termo, que passaram na triagem auditiva neonatal, com presença de emissões otoacústicas transientes, curvas timpanométricas sem alteração e adequada avaliação otorrinolaringológica. Após, realizou-se a avaliação da RAEE. Os grupos foram comparados entre si sobre as variáveis idade gestacional, orelha e gênero. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética e pesquisa do Institut o de Psicologia da UFRGS sob o número 2011.039. Resultados: Houve correlação significante entre os limiares dos dois grupos nas frequências de 500 Hz, 1000 Hz, 2000 Hz e 4000 Hz em ambas as orelhas. Os neonatos nascidos pré-termo apresentaram limiares mais elevados do que os limiares dos neonatos nascidos a termo (p=0,004). Não foram encontradas diferenças significantes entre orelhas e gênero dos neonatos em ambos os grupos. Conclusão: Os neonatos pré-termo apresentaram limiares mais elevados do que os nascidos a termo, evidenciando o processo maturacional. Tais resultados são importantes para a conduta fidedigna no diagnóstico audiológico dessa população. Palavras-Chave: Perda auditiva - Resposta auditiva de estado estável Neonatos Apresentador: Ana Francisca Constantino Ferreira de Sousa 34 SEGUIMENTO DO RECÉM-NASCIDO DE RISCO: EXPERIÊNCIA DE UM AMBULATÓRIO INTERDISCIPLINAR UNIOESTE Autores: Daniela Akemi Itakura, Milene de Moraes Sedrez Rover, Francislene Aparecida Biederman, Grasiely Masotti S. Barreto, Poliana Nicole Becker, Silvana Delatore Resumo: Introdução: Um índice elevado de bebês nascem prematuros (PT) ou com baixo peso no Brasil todos os anos. Avanços na Neonatologia têm determinado um aumento na sobrevida dos PT, denotando crescente preocupação com problemas no crescimento e desenvolvimento futuros. A continuidade ao cuidado oferecido a esses PT assistidos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é de extrema importância após sua alta hospitalar. De modo que com uma visão interdisciplinar possa se estabelecer um enfoque na prevenção e promoção da saúde, com uma interação com a família, buscando diminuir sequelas e desenvolver todo o potencial desse PT. Objetivo: Relatar a experiência de uma equipe interdisciplinar no atendimento ambulatorial de Prematuros Muito Baixo Peso (PTMBP) egressos de uma UTIN. Métodos: Estudo descritivo, desenvolvido com base na experiência de uma equipe interdisciplinar, constituída por pediatras, enfermeiros, fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudióloga e assistência social, no acompanhamento de PTMBP, egressos de uma UTIN de um Hospital Universitário, no período de janeiro de 2013 a julho de 2014. As consultas foram realizadas na primeira semana pós-alta hospitalar, com retorno em 15 dias, mensalmente até o sexto mês, a cada 2 meses até 1 ano e a cada 3 meses até 2 ano. Resultados: Nesse período foram realizadas 484 consultas ambulatoriais, sendo inclusos 78 PTMBP. As consultas são realizadas concomitantemente com todas as especialidades, de modo que há troca de conhecimento, informações e condutas. O aleitamento materno é estimulado por toda a equipe, com retornos frequentes quando necessário, para monitorização do peso. Foi constatado que praticamente 50% dos PT necessitaram encaminhamento para intervenção fisioterapêutica. O atendimento simultâneo faz com que haja menos deslocamentos por parte da família, estabelecimento de vínculo de confiança com os profissionais, procurando sanar dúvidas e amenizar ansiedades. Conclusão: A continuidade da assistência prestada aos RNPTMBP deve ser realizada por uma equipe interdisciplinar capacitada visto que a percepção precoce de alterações no desenvolvimento e crescimento, assim como a prevenção de novas complicações bem como a identificação de fatores de risco torna o prognóstico desses PT melhor. O desafio é organizar ainda mais o serviço, fortalecendo a equipe no atendimento as famílias e seus PT. Palavras-Chave: seguimento - prematuro - recém-nascido muito baixo peso Apresentador: Daniela Akemi Itakura 35 DESEMPENHO DE PREMATUROS NA ESCALA MOTORA DE ALBERTA NO AMBULATORIO DE SEGUIMENTO DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE ENSINO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM Autores: Fabiane Kurtz Martins, Giselle De Camargo Oliveira, Natiele Camponogara Righi, Gisiane Lidtke, Claudia Morais Trevisan, Resumo: Introdução: A escala de Alberta Infant Motor Behavior (AIMS) é um instrumento utilizado com recém nascidos prematuros (RNPTs) desde o nascimento até a idade de 18 meses visando identificar fatores de risco para o desenvolvimento. A AIMS permite a identificação de crianças com suspeitas de atraso motor possibilitando um diagnóstico precoce e possível encaminhamento para intervenção precoce. Sendo um instrumento fidedigno e validado para a população brasileira e de fácil aplicação. Objetivo: Descrever o desempenho de RNPTs do ambulatório de seguimento, observados pela Fisioterapia, em relação à idade corrigida (IC) e o escore obtido nas posturas da AIMS. Metodologia: Estudo descritivo cujos dados foram coletados entre maio/2013 e outubro/2014. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de ética com protocolo número: 725.130. A AIMS é composta por 58 itens distribuídos em quatro subescalas: 21 itens em prono, 09 itens em supino, 12 itens sentado e 16 itens em pé. O conteúdo de cada item é descrito detalhadamente e o examinador deve identificar e observar três principais descritores: o suporte de peso, a postura e o movimento antigravitacional. Resultados: nas 379 crianças avaliadas, os dados analisados entre a IC aos 0, 3, 6, 12 meses e a média dos escores em cada posição, mostraram que o maior aumento nos escores foram: na posição prono entre o 9° para o 12° mês; em supino entre o 3° e 6° mês; sentado, do 6° para o 9° mês, e na posição em pé do 9° para o 12° mês. Os dados foram verificados com análise estatística descritiva. Conclusão: Neste estudo foi verificado um crescimento gradual do escore em todas as posturas em relação aos meses de idade corrigida acompanhando as etapas do desenvolvimento neuromotor. Houve redução no retorno dos prematuros para reavaliação do desenvolvimento motor com o passar dos meses, fato preocupante, visto que é preconizado que nos primeiros dois anos de vida deve ser dada atenção especial para a avaliação do desenvolvimento sensóriomotor e da linguagem o que pode melhorar, em muito, o prognóstico futuro do prematuro. Palavras-Chave: prematuridade - desenvolvimento infantil - serviços de saúde da criança Apresentador: Claudia Morais Trevisan 36 RELAÇÃO ENTRE INDICADORES DE RISCO E ALTERAÇÃO NA TRIAGEM AUDITIVA EM PREMATUROS HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO; UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO Autores: Laura Cristine Giacometti, Lisiane Lieberknecht Siqueira, Kênia Regina Bissoto, Jéssica dos Santos Pereira, Lenita da Silva Quevedo Resumo: INTRODUÇÃO: A Triagem auditiva Neonatal (TAN) tem como objetivo detectar precocemente perdas auditivas. Neonatos internados em Unidades de Terapia Intensiva possuem maior probabilidade de apresentar deficiência auditiva, por isso faz-se necessário a identificação precoce da perda auditiva e de seu diagnóstico, possibilitando a intervenção médica e fonoaudiológica ainda no período de maturação e plasticidade do sistema nervoso central, diminuindo assim as consequências negativas no desenvolvimento global da criança. OBJETIVOS: Verificar a relação entre os Indicadores de Risco para Deficiência Auditiva (IRDA) e a prevalência de alteração na triagem auditiva em prematuros. MÉTODOS: A presente pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo Fundo sob nº 891.937. Foi realizada em um hospital de referência do norte do Rio Grande do Sul durante três meses do ano 2014 e 2015. Foram incluídos neste estudo os neona tos que apresentassem qualquer um dos IRDA, propostos pelo Joint Committe On Infant Hearing (JCIH). Para a avaliação audiológica, os neonatos realizaram os exames de Emissões Otoacústicas Transientes (EOAT), o qual avalia a integridade e funcionamento das células ciliadas externas da cóclea, e Potenciais Evocados Auditivos de Tronco Encefálico Automático (PEATE-A), que avalia a integridade do nervo auditivo até o tronco encefálico. Ambas as testagens foram realizadas com o equipamento da marca GN Otometrics A/S, modelo MADSEN AccuScreen tipo 1077. Todos os indivíduos que aceitaram participar da pesquisa assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: Foram avaliadas 23 crianças, ou seja, 46 orelhas, as quais tinham idade gestacional corrigida entre 35+5 semanas e 3 meses. Após a realização dos exames pode-se constatar que todos os indivíduos passaram no exame de EOAT e apenas uma orelha falhou no exame de PEATE-A. O indivíduo que obteve falha apr esentou como indicadores de risco: permanência na UTI, uso de medicamentos ototóxicos e sífilis congênita. Obteve-se como percentual de falha 2,17%, o que concorda com a literatura. CONCLUSÃO: Apesar de não se ter observado grande prevalência de alteração auditiva neste período de idade pesquisado, faz-se necessário o acompanhamento audiológico nos três primeiros anos de vida devido a possibilidade de alteração auditiva tardia. Palavras-Chave: Audição - Recém-nascido - Perda Auditiva Apresentador: Laura Cristine Giacometti 37 AVALIAÇÃO DA PRONTIDÃO DO PREMATURO PARA INÍCIO DA ALIMENTAÇÃO ORAL FACULDADE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA Autores: Talita Todeschini Vieira, Lauren Medeiros Paniagua, Simone Augusta Finard Resumo: Introdução: O estabelecimento da via de alimentação do prematuro tem como um dos indicadores a idade gestacional, pois a coordenação entre sucção-deglutição-respiração inicia entre a 32ª e a 34ª semanas. Com isso, mesmo para prematuros a partir da 34ª semana de gestação, já se indica a ingestão de leite materno preferencialmente por via oral (VO). Objetivo: Avaliar a prontidão do prematuro com idade gestacional corrigida menor ou igual a 36 semanas e 6 dias para início da alimentação por VO. Método: Trata-se de um estudo transversal, observacional, descritivo no qual foram incluídos no estudo 11 neonatos prematuros que recebiam dieta por Sonda Orogástrica (SOG) ou Sonda Nasogástrica (SNG), desde que clinicamente estáveis, com liberação médica, no período entre novembro de 2011 a abril de 2012. A coleta foi realizada em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) de uma instituição de assistência hospitalar de médio porte, situada na região nordeste do estado do Rio Grande do Sul. Aplicou-se o protocolo de Avaliação da Prontidão do Prematuro para Início da Alimentação Oral. Foram excluídos da coleta os neonatos prematuros com deformidades craniofaciais; distúrbios respiratórios, cardiovasculares, gastrointestinais ou neurológicos; portadores de síndromes que dificultassem ou impedissem a alimentação oral. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Nossa Senhora de Fátima, sob o registro de nº 0013. Resultados: Os dados foram coletados em prematuros com idade média de 5,2 dias de vida e média de peso de 2042g. Entre as mães, 10 sofreram intercorrências durante a gestação e realizaram cesárea. Conclusão: Entre os prematuros avaliados, 5 (45,5%) apresentavam prontidão para receber alimentação via oral. Também se verificou que bebês aptos para o seio materno apresentaram, para esta amostra, maior idade gestacional corrigida e resultados maiores para o Apgar. Palavras-Chave: Prematuro - Aleitamento materno - Fonoaudiologia Apresentador: Lauren Medeiros Paniagua 38 PREMATURIDADE TARDIA: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE SUL – UFRGS Autores: Ana Lucia de Lourenzi Bonilha, Cristiane Casarotto, Lucinéia Ferraz, Camila Pasqualotto, Elisangela Argenta Zanatta, Silvana dos Santos Zanotelli Resumo: Introdução: A prematuridade tardia compreende os nascimentos entre 34 e 36 semanas e seis dias de gestação. Atualmente é considerada um problema de saúde pública com crescimento gradativo a cada ano. Estes recém-nascidos são considerados por muitos profissionais de saúde como nascidos a termo, por terem peso e tamanho semelhante aos bebês nascidos com idade gestacional adequada, porém apresentam imaturidade em seus sistemas, resultando, muitas vezes em complicações que podem determinar hospitalizações. Objetivos: O estudo teve como objetivo geral, identificar como a literatura científica tem abordado a prematuridade tardia no período de 2009 a 2013; e como objetivo específico, analisar as produções bibliográficas sobre a prematuridade tardia. Método: Utilizou-se a revisão integrativa, método que permite a inclusão de diversos tipos de estudos, propiciando uma abordagem ampla sobre o tema de interesse. A busca foi realizada nas bases de da dos da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature (CINAHL), utilizando-se os termos prematuridade tardia; prematuro tardio; late preterm; late prematurity. Foram localizados 19 artigos completos, resultados de pesquisas publicadas entre os anos de 2009 e 2013. Os Estados Unidos possui o maior número de publicações (12), seguido do Brasil (2) e Chile (2). Os artigos foram categorizados em quatro temas: fatores de risco, intercorrências clínicas e conhecimento médico associados à prematuridade tardia; condições de alimentação dos prematuros tardios; resposta materna à experiência da prematuridade; e repercussão do desenvolvimento infantil nos prematuros tardios. Resultado e conclusão: As publicações são consideradas escassas e predominam estudos norteamericanos e realizados por profissionais da área médica, com ênfase maior aos fatores desencadeadores e complicações da prematuridade. Considera-se a importância do incremento nas investigações e publicações brasileiras, uma vez que a prematuridade tardia é uma ocorrência significativa no país; bem como produções científicas desenvolvidas pelos profissionais enfermeiros, os quais vêm desempenhando papel fundamental no cuidado com os prematuros e suas famílias. O estudo sugere a necessidade de outras pesquisas, a fim de suprir necessidades de conhecimento e fortalecer as práticas de cuidado já existentes, contribuindo com a redução da morbimortalidade nesta população. Palavras-Chave: Prematuro - Enfermagem - Neonatologia Apresentador: Silvana dos Santos Zanotelli 39 PERFIL DAS CRIANÇAS ATENDIDAS EM UM AMBULATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DO RECÉM-NASCIDO DE RISCO, 2004/2015 UNIDADE DE REFERÊNCIA SECUNDÁRIA SAUDADE - PREFEITURA DE BELO HORIZONTE Autores: Andrea Chaimowicz, Ana Cecília Racioppi, Gabriela Nunes Ferreira, Giovanna Guimarães, Maria Rita Marques Da Silva, Amelia Augusta De Lima Friche Resumo: Introdução: A sobrevivência dos recém-nascidos (RN) de risco vem aumentando progressivamente, e essas crianças, expostas à inúmeros fatores de risco e complicações associadas à prematuridade, necessitam de um acompanhamento especializado, multidisciplinar, que assegure seu pleno desenvolvimento. Conhecer o perfil desses RN é de grande importância para identificação das demandas, possibilitando assim melhor organização e propagação dos serviços de acompanhamento. Objetivos: Descrever o perfil da população atendida em um ambulatório de acompanhamento do RN de risco, no período de 29/04/2004 a 12/02/2015. Métodos: Trata-se de estudo descritivo realizado por meio de análise de informações obtidas nos prontuários dos RN acompanhados no ambulatório, contendo registros dos atendimentos da equipe multidisciplinar. Os RN são provenientes de maternidades de um grande centro urbano onde residem. Resultados: Participaram do estudo 993 RN, com méd ia de idade gestacional de 33 semanas ( DP±3,6; min 24; max 43). O peso médio ao nascer foi 1847 gramas ( DP ± 739; min 565; max 4745); 34,8% tinham peso de nascimento < 1.500g; 13,3 % eram pequenos para a idade gestacional (PIG) e 16,7% apresentaram asfixia perinatal moderada ou grave no 5º minuto. 59,9% nasceram de parto cesárea e 14% das gestações foram múltiplas. 44% dos RN receberam alta da maternidade com mais de 30 dias de vida. Em relação às mães, a média de idade foi de 26,5 anos ( DP±6,9; min 13; max 47), sendo que 17,3% eram adolescentes. 6,6% das mães não fizeram consultas pré natal e 24,3% fizeram menos que 4 consultas. Com relação à escolaridade, 0,5% das mães eram analfabetas enquanto 37,9 % tinham ensino médio completo. Conclusão: Esses resultados reforçam a importância da estruturação de serviços de acompanhamento de RN de risco com equipe multidisciplinar, que possam garantir o acesso ao cuidado integral e a redução da morbimortali dade nessa população. Palavras-Chave: saúde da criança - serviços de saúde da criança - atenção à saude Apresentador: Andrea Chaimowicz 40 PRÁTICAS DE ACOLHIMENTO À CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA NA REDE DE ATENÇÃO BÁSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA – UFSM PROGRAMA DE RESIDENCIA MULTIPROFISSIONAL Autores: Lilian Kopp Cuti Ana Paula Santos Da Silva, Gisiane Lidtke Dos Santos, Iraciara Ramos Canterle, Hedionéia Mª Foletto Pivetta, Claudia Morais Trevisan Resumo: O aumento da sobrevivência de prematuros nos traz o questionamento quanto à qualidade e acompanhamento destes, pois muitos recebem alta hospitalar com alguma deficiência. Objetivo: Verificar a existência de práticas de acolhimento na Atenção Básica (AB) às crianças com deficiência e o conhecimento da linha de cuidado. Metodologia: estudo de campo e exploratório realizado em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Estratégias de Saúde da Família (ESF) na região de moradia das famílias de crianças com deficiência, internadas na UTI Neonatal num hospital público de ensino, em 2013. Realizamos entrevistas semiestruturadas com 03 profissionais (médico, enfermeira e agente comunitário de saúde/ACS). Resultados: Efetivaram-se 14 visitas, 09 em UBS e 05 em ESF, entrevistando 35 profissionais. Destes 12 são ACS, 10 médicos e 13 enfermeiros. Nos locais visitados, 02 UBS não possuíam ACS. Existem na cidade 13 ESF e 19 UBS, portanto, em 46% das ESF e 47% das UBS possuem crianças com deficiência. Na análise de conteúdo das entrevistas, formaram-se 2 núcleos temáticos: 1º – A criança no território: 07 entrevistados relataram que estas crianças não frequentam a AB, podendo ser observado que profissionais da mesma ESF ou UBS apresentaram respostas semelhantes. 2º- Assistência profissional x Linha de cuidado. Não encontramos atendimento especializado em várias UBS e ESF, ou seja, um modo diferenciado em acolher a criança com deficiência e sua família, mantendo o seu acompanhamento na AB. Há também ESF e UBS que se organizam através de equipes complementares (residentes, estagiários) e visitas domiciliares para tentar suprir a demanda de seu território e prestar uma melhor assistência. Quanto a Linha de Cuidado da criança com deficiência, 23 profissionais responderam desconhecê-la. Conclusão: Existem práticas de acolhimento em algumas UBS e ESF, porém não voltadas especificamente à criança com deficiência. Tais práticas não se encontram consolidadas pelas equipes, o que dificulta o prosseguimento da atenção e cuidado da criança com deficiência para que esta permaneça em atendimento na AB, e percorra a LC sempre que necessário. Palavras-Chave: Deficiência - Atenção primária a saúde - Acolhimento Apresentador: Claudia Morais Trevisan 41 EVOLUÇÃO DE UMA SÉRIE DE FETOS COM SÍNDROME DE POTTER DIAGNOSTICADOS NO PERÍODO PRÉ-NATAL UFCSPA Autores: Géssica Haubert, Vinícius de Souza, André Campos da Cunha, Raquel Muradás, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael Fabiano Machado Rosa Resumo: Introdução: a síndrome de Potter ou sequência de oligodramnia é uma condição grave caracterizada pela falta de desenvolvimento e/ou funcionamento dos rins. Objetivo: descrever os achados pré-natais e a evolução de 3 pacientes com síndrome de Potter. Método: estudo de série de casos, realizado com revisão conjunta da literatura. Resultado: a primeira paciente era uma gestante de 22 anos encaminhada devido a ultrassom fetal com descrição de não visualização da bolha gástrica, bexiga pouco distendida e adramnia. Havia dúvidas quanto à presença dos rins. No exame realizado no Hospital, verificou-se achados similares, acrescidos de tórax em forma de sino, pé torto unilateral e não identificação dos rins e artérias renais, sugestivo de agenesia renal bilateral. A ressonância magnética evidenciou achados concordantes, com hipoplasia pulmonar. A criança nasceu com 32 semanas de gestação e foi a óbito poucas horas após o nascimento. A seg unda paciente era uma grávida de 23 anos que apresentava exame de ultrassom fetal realizado com 18 semanas de gestação com não visualização dos rins e da bexiga. Havia oligodramnia severa. A ressonância magnética fetal foi compatível com o diagnóstico de agenesia renal bilateral. A criança acabou indo a óbito intraútero. A terceira gestante apresentava 23 anos e possuía ultrassom fetal com 21 semanas de gravidez com evidência de líquido amniótico diminuído. No exame realizado com 26 semanas de gestação, observaram-se imagens sugestivas de agenesia renal bilateral, além de adramnia. A ressonância magnética fetal revelou a presença de um rim esquerdo aparentemente dismórfico. Não se visualizou o rim direito. A criança nasceu de parto normal e foi a óbito nas primeiras horas de vida. Conclusão: a falta de desenvolvimento, ou agenesia renal bilateral observada na síndrome de Potter limita a produção e, consequentemente, quantidade de líquido amniótico , resultando nas anomalias adicionais, que incluem deformidades secundárias à compressão fetal, como o pé torto congênito e a hipoplasia pulmonar. Esta última, por sua vez, leva à insuficiência respiratória e consequentemente óbito. Por isso, a síndrome de Potter é considerada uma condição extremamente grave, o que pode ser comprovado com a evolução observada em nossos casos. Palavras-Chave: rim - líquido amniótico - análise de sobrevida Apresentador: Géssica Haubert 42 ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE PERSISTÊNCIA DE CANAL ARTERIAL EM RÉCEM NASCIDOS EM UMA CTI NEONATAL NO NORTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO Autores: Guilherme Wolquind, Carolina Kives, Luiza Foschiera Kelly Cristina Soccol Barbieri RESUMO: O canal arterial é uma conexão vascular importante entre a artéria pulmonar e a aorta. Durante a vida fetal, o sangue é desviado da artéria pulmonar para a aorta, ultrapassando assim os pulmões. Após o nascimento, o canal arterial sofre constrição ativa e eventual obliteração. A persistência do canal arterial (PCA) complica a evolução clínica de recém-nascidos prematuros e consequentemente eleva risco de morte. Pretende-se a avaliação de dados numéricos sobre recém-nascidos que obtiveram diagnóstico de persistência do canal arterial e com isso a descrição do perfil epidemiológico dos recémnascidos incluídos na pesquisa. Os dados dos recém-nascidos foram coletados por meio de revisão dos formulários que são preenchidos para a Rede Gaúcha de Neonatologia, os quais foram inseridos em um tabela de dados de Excel e posteriormente analisados. Foram registrados 244 recém-nascidos (RN) que necessitaram de atendimento na CTI (e se encaixaram nos critérios de menores de 32 semanas e ou com menos de 1.500g) no período de 20122014. Deste total, 30% (74) apresentaram PCA, sendo 51,3% (38) do sexo masculino, 45,9% (34) do sexo feminino e 2,7% (2) com sexo indefinido. Quanto à idade gestacional, o maior número de recém-nascidos, 24% (18), apresentou-se com 25 semanas ou menos, seguido pela idade gestacional de 28 semanas com 18,9% (14) dos RN. 13,5% (10) dos RN com idade gestacional de 29 semanas; 30 semanas e 26 semanas ambas com 12% (9) dos RN e 27 semanas com 10% (8) dos RN. Por último, a idade gestacional mais de 30 semanas com 8% (6) do total. Com relação ao peso, 51% (38) apresentaram entre 500-1.000g; 41,8% (31) dos RN apresentaram peso entre 1.000-1.500g e apenas 8% (6) apresentaram 500g ou menos. Quanto ao tratamento, 18,9% (14) receberam tratamento clínico e 32% (24) receberam tratamento cirúrgico. Dos RN avaliados, 93% apresentaram concomitância de PCA com doença da membrana hialina. O estudo foi essencial para traçar um perfil e melhorar a assistência a recém-nascidos com persistência do canal arterial, sendo os valores encontrados compatíveis com os da literatura. Será base para uma análise futuramente mais abrangente e para um protocolo dentro da CTI. Palavras-Chaves: persistência do canal arterial, baixo peso, prematuro, recém nascido Apresentador: Guilherme Wolquind 43 A PERCEPÇÃO DOS PAIS DE RECÉM-NASCIDOS COM DEFICIÊNCIA SOBRE A ALTA HOSPITALAR E A INTEGRALIDADE DO CUIDADO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM Autores: Fernanda Portela Pereira, Aline Spillari Portella, Juliano Vicente Do Nascimento, Liamar Donati, Claudia Morais Trevisan Resumo: Introdução: A melhora da assistência intensiva neonatal reduziu, notadamente, a mortalidade de recém-nascidos (RN’s) de risco na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) contribuindo para a redução da mortalidade infantil e aumento da sobrevivência de crianças com algum tipo de deficiência ou risco para desenvolvê-la. Objetivo: identificar como foi percebida pelas famílias a alta hospitalar dos RN’s com deficiência da UTIN e analisar o impacto na continuidade e integralidade do cuidado desta criança. Metodologia: estudo qualitativo. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e análise temática de conteúdo identificando-se as categorias: A revelação do diagnóstico de deficiência do recém-nascido, com as subcategorias “O sofrimento da família” e “A deficiência de informações sobre o diagnóstico”; e O momento da alta hospitalar da criança com deficiência, com as subcategorias “A qualidade das orientações recebidas dur ante a internação e alta hospitalar” e “A continuidade do cuidado após a alta hospitalar”. Resultados: 55 crianças estiveram internadas na UTI Neonatal com diagnóstico de deficiência, sendo 29 residentes no município, destas participaram do estudo dez famílias. Quanto aos fatores maternos 80% das mães eram primigestas ou secundigestas, a média de idade gestacional por capurro foi de 34 semanas, prevaleceu o parto cesáreo com 78% e as crianças apresentaram diferentes tipos de deficiência prevalecendo física, visual e múltipla. Em todos os casos a mãe apareceu como a principal cuidadora. Identificou-se que o processo de revelação de diagnóstico de deficiência é doloroso, emergem sentimentos negativos que acarretam sofrimento para a família; o diagnóstico foi considerado confuso, as informações recebidas foram insuficientes ou de difícil compreensão, o que aumentou a angústia dos familiares, sugerindo a necessidade de capacitação da equipe para melho r auxiliar aos pais neste momento crítico. No momento da alta hospitalar, os pais consideraram que receberam poucas orientações sobre cuidados, direitos e encaminhamentos, e que não se sentiam preparados para os cuidados demandados pelos filhos. Constatou-se ainda, fragilidade no sistema de referência e contrarreferência na UTIN, o que prejudica a continuidade e integralidade do atendimento prestado. Conclusão: O estudo sugere a necessidade de capacitação da equipe e um olhar multiprofissional no momento da alta de uma criança com deficiência. Palavras-Chave: Unidade de Terapia Intensiva Neonatal - Tipos de Deficiência - Sistema Único de Saúde Apresentador: Claudia Morais Trevisan 44 SOBRE (VIVER): A DOR DE PERDER UM FILHO PREMATURO HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO/ PASSO FUNDO-RS Autores: Débora Marchetti Resumo: Muitas mulheres, no decorrer de suas vidas, sonham com o momento da maternidade e constroem mentalmente a imagem da família feliz. Seus planos são organizados de maneira meticulosa; nada de errado pode acontecer. Afinal, gerar um filho é uma experiência única, dizem os entendidos; contudo, esquecem de completar que a maternidade pode não ocorrer como o planejado. Devido a imprevisíveis intercorrências, uma gestação pode ser interrompida antes do tempo e, assim, um bebê ainda frágil e imaturo vir ao mundo. Nestes casos, o bebê necessitará de cuidados especializados de uma Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTI), onde será internado e separado abruptamente de sua mãe. Este trabalho tem como objetivo descrever o inesperado, o que não deu certo, o incontrolável, o que não fazia parte dos planos no universo que engloba a maternidade e o sonho de ter um filho lindo e perfeito. O presente trabalho se desenvolve, a partir das percepções e intervenções realizadas no âmbito da Psicologia Hospitalar em uma UTI Neonatal, ao observar a angústia e o medo de mães que consolidaram o vínculo com seu filho desde a gestação e, após o nascimento de um bebê prematuro, vivenciaram o temor do risco eminente de morte e em alguns casos, a dor de sua confirmação. É difícil conceber a morte de um filho, a descontinuidade da vida logo em seu início. Assim, a partir da experiência hospitalar e de uma revisão teórica sobre o tema buscou-se compreender se é possível ou não elaborar a morte de um filho prematuro. Por mais que muitos autores considerem que não há elaboração no luto de uma mãe que perde um filho, acredito, a partir da teoria de Freud que, em alguma medida, é possível seguir a vida convivendo com a dor da perda. A psicoterapia é um dos recursos que auxilia no processo da elaboração do luto, é um trabalho árduo facilitado quando a mãe encontra em outro alguém – o terapeuta – a compreensão de sua dor, de suas angústias, de seu sofrimento. Assim, a mãe resgata seus recursos de sobrevivência. Sobrevive à própria vida. Palavras-Chave: Maternidade - Prematuridade - Luto Apresentador: Débora Marchetti 45 EPIDEMIOLOGIA DA DISPLASIA BRONCOPULMONAR NOS PREMATUROS MENORES DE 1.500 GRAMAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DO SUL DO BRASIL HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO Autores: Vinicius Winckler Wojahn, Wania Eloísa Ebert Cechin, Giovana Paula Bonfanti Donato Resumo: Contextualização: A Displasia Broncopulmonar (DBP) é uma doença multifatorial, na qual há ação sinérgica de vários fatores sobre um organismo imaturo sujeito a agressões e com mecanismos de defesa não completamente desenvolvidos. A DBP tem sua incidência inversamente proporcional à idade gestacional, porém os relatos na literatura são variáveis de um centro para outro devido à alguns fatores como: diferenças da população estudada, critérios de diagnóstico, falta de padronização das estratégias ventilatórias empregadas no tratamento da doença pulmonar aguda entre outras. Objetivo: avaliar o perfil epidemiológico da DBP em pacientes prematuros menores de 1500 gramas internados em uma Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTI-n) de um hospital de referência do interior do Rio grande do Sul. Métodos: Foram considerados elegíveis para o estudo todos os recém-nascidos com peso ao nascimento inferior a 1500 gramas que internaram na UTI- n no período de 01 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2013. A análise estatística foi realizada pelo software SPSS versão 17.0 e considerado índice de significância estatística p<0,05. Resultados: Foram incluídos na amostra 91 pacientes. Destes, 76,9% eram nascidos de parto cesariana, 45,1% eram do sexo masculino, 57,1% tinham idade gestacional menor que 28 semanas, 85,7% receberam diagnóstico de Doença da Membrana Hialina e fizeram uso de surfactante e 14 (15,4%) tiveram DBP. Destes 14 pacientes, 64,3% eram nascidos de parto cesariana, 71,4% tinham peso ao nascimento menor que 1000 gramas, 35,7% eram do sexo masculino e 35,7% apresentaram persistência do canal arterial (PCA) com necessidade de tratamento cirúrgico. Conclusão: A incidência de displasia broncopulmonar na UTI neonatal foi de 15,4%, resultado semelhante à literatura mundial. O peso ao nascimento < 1000 gramas e PCA com necessidade de tratamento cirúrgico apresentaram uma associação estatisticamente significativa (p<0,05) com a doença. Palavras-Chave: Prematuridade - Displasia Broncopulmonar - UTI neonatal Apresentador: Vinicius Winckler Wojahn 46 EDUCAÇÃO CONTINUADA EM REANIMAÇÃO NEONATAL: FERRAMENTA DE FORMAÇÃO NO HOSPITAL VÓ MUNDOCA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS Autores: Lívia Ferreira Colares, Nicolás Esteban Castro Heufemann, Joseilton Soares da Silva Resumo: Introdução: A mortalidade perinatal reflete, de maneira geral, problemas vinculados as condições de acesso aos serviços de saúde e qualidade da assistência ao recém-nascido. Os profissionais da saúde atuantes em sala de parto longe da capital ou de grandes centros devem ter a educação continuada como aliada, para que saibam identificar problemas no primeiro atendimento e intervir diante de cuidados que minimizem mortalidade por asfixia, visando à saúde da criança. Objetivos: Realizar atividades de capacitação e demonstrar técnicas de avaliação, ventilação e manobras de reanimação na sala de parto aos profissionais técnicos de enfermagem e enfermeiros. Metodologia: Trabalho de intervenção e descrição qualiquantitativo, com corte transversal, realizado por acadêmicos de medicina como projeto final do Estágio Rural em Saúde Coletiva, com 34 funcionários entre os dias 23-25/07/2014. Atividades realizadas: pré-teste, pós-teste, exposição dialogada, dinâmica de perguntas e resposta e treinamento prático. Resultados: Após análise do pré-teste observou-se que as questões com maior número de erros no pré-teste, ≥ 94% (32/34), faziam referência a vitalidade do recém- nascido com possível necessidade de reanimação na sala de parto, essa porcentagem foi reduzida para uma média de 35% (12/34) no pós-teste. Uma questão com erro de 91% (31/34) fazia referência ao passo seguinte da reanimação após aspiração de vias aéreas e manutenção da hipotonia, no pósteste 61% (21/34) assinalaram corretamente a oferta de oxigênio como próxima conduta. Erros referentes a utilidade do boletim de Apgar no pré-teste chegaram a 94% (32/34), no segundo teste apenas 23,5% (8/34) mantiveram suas respostas erradas. Durante a fase teórica, exposição e prática dos passos de reanimação, foi observada: falta de acesso a protocolos atualizados, não identificação de materiais para reanimação, inadequada aplicação do boletim Apgar, desconhecimento do tempo de permanência do recém-nascido no colo da mãe, dúvidas na seqüência de reanimação e uso incorreto da adrenalina. Conclusão: Acertos no pós-teste e a satisfação demonstrada pela equipe, ajuda a entender que esta capacitação permitiu uma melhor chance de assistir com maior qualidade os recém-nascidos que por algum motivo necessitarão de reanimação e ainda que a educação continuada deve ser frequente e reafirmada. Palavras-Chave: Capacitação Mortalidade Perinatal Profissional Apresentador: Lívia Ferreira Colares 47 - Educação Continuada - ACOMPANHAMENTO INTERDISCIPLINAR DO PREMATURO DE ALTO RISCO: PERFIL COMPARATIVO ENTRE OS PREMATUROS QUE NECESSITARAM OU NÃO DE INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA UNIOESTE Autores: Daniela Akemi Itakura, Helenara Salvati Bertolossi Moreira, Milene De Moraes Sedrez Rover, Francislene Aparecida Biederman, Poliana Nicole Becker, Silvana Delatore Resumo: INTRODUÇÃO: A prematuridade e o baixo peso ao nascimento estão associados a inúmeros fatores de risco que podem interferir no desenvolvimento. OBJETIVOS: Comparar Prematuros de Muito Baixo Peso (PTMBP) acompanhados no ambulatório de seguimento interdisciplinar que necessitaram intervenção fisioterapêutica com aqueles que não necessitaram. MÉTODO: Estudo descritivo, comparativo entre PTMB nascidos em 2013, acompanhados no ambulatório de seguimento interdisciplinar e que necessitaram de fisioterapia com aqueles que não necessitaram, em relação aos dados de nascimento e principais intercorrências durante a internação na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). RESULTADOS: A amostra foi composta por 44 PTMBP destes, 32 (72,72%) fizeram parte do grupo que necessitou de intervenção da fisioterapia (Grupo Intervenção – GI) e 12 (27,27%) fizeram parte do grupo que não necessitou de fisioterapia (Grupo Controle – GC). Em relação ao m otivo do encaminhamento do GI: 46,87% por atraso e assimetria postural cervical com limitação de movimento associado ou não a plagiocefalia; 37,5% por atraso no neurodesenvolvimento; 9,37% por atraso e problemas respiratórios e 6,25% por problemas respiratórios. A média da Idade gestacional e do peso de nascimento no GI foi de 29,68 semanas e 1.169 g e do GC foi de 30,5 semanas e 1.187 g, respectivamente. Em relação ao gênero: GI: 53,12% do gênero masculino; GC: 75% do gênero feminino. Em relação ao APGAR no 5ºminuto: 53,12% apresentou anóxia moderada no GI e 33,33% no GC. Em relação à média do tempo de uso de ventilação mecânica (VM) e tempo total de oxigênio no GI: 8,12 dias e 33 dias, respectivamente. No GC: 3,75 dias de VM e 26,08 dias de tempo total de oxigênio. No GI 9,37% dos prematuros apresentaram alterações na tomografia de crâneo. O tempo médio de internação no GI foi de 51,75 dias e de 51 dias no GC. CONCLUSÃO: Observamos que uma maior porcentagem dessa população de PTMBP necessitou de intervenção fisioterapêutica, além disso, o GI permaneceu maior tempo em VM, maior porcentagem de anóxia moderada e alterações na tomografia de crâneo. Sugere-se que esses fatores podem influenciar no atraso desenvolvimento e destaca-se a importância do acompanhamento fisioterapêutico para detecção precoce. Palavras-Chave: prematuridade - fisioterapia - neurodesenvolvimento Apresentador: Daniela Akemi Itakura 48 PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO CUIDADO A RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS E DE BAIXO PESO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS Autores: Ana Lucia de Lourenzi Bonilha, Jucimar Frigo, Thamara Cristina Trierveiler, Silvana dos Santos Zanotelli Resumo: Introdução: São considerados recém-nascidos prematuros e de baixo peso ao nascer, aqueles que nascem com idade gestacional menor que 37 semanas e com peso inferior a 2.500g. Mundialmente, nascem 15 milhões de prematuros por ano; destes mais de um milhão morre por complicações da prematuridade, sendo a principal causa de morte na primeira semana, e a responsável por 70% das mortes no primeiro ano de vida. Diante disto, surgiu a necessidade de uma assistência especializada e humanizada por parte das Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Assim, alguns hospitais aderiram à permanência das mães/familiares juntos dos recém-nascidos na UTIN, como uma forma de humanização, objetivando a melhora e bem-estar do recém-nascido e mãe/família, criando e fortalecendo laços afetivos. Objetivo: Conhecer a experiência da família de recém-nascidos prematuros e de baixo peso internados em uma UTIN; e conhecer a participação da família no cuidado a es tes recém-nascidos. Método: Estudo descritivo de abordagem qualitativa, no qual os dados foram coletados em janeiro e fevereiro de 2013, por meio de entrevista aos familiares dos prematuros e/ou recém-nascidos de baixo peso internados em uma UTIN. A análise dos dados foi realizada utilizando-se a análise temática. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado de Santa Catarina, conforme parecer número 124.181. Resultados e conclusão: As mães/família que tiveram a oportunidade de estar com seus filhos na UTIN e prestar, de alguma forma, cuidados maternos. Foram registrados cuidados como troca de fraldas, higiene e conforto, amamentação, de intenso significado para as famílias e para os recém-nascidos. Outras formas de cuidado foram observadas, como carinho, atenção, dedicação, presença e toque. Estes, construindo, fortalecendo e recuperando laços afetivos perdidos durante a separação provocada pela internação destes bebês. As mães/familiares estiveram presentes durante todo o período de internação dos recém-nascidos, prestando cuidados que possivelmente contribuíram para a recuperação dos mesmos. Reafirmou-se a importância da presença das mães/familiares junto do recém-nascido durante a internação; auxiliando no desenvolvimento e recuperação do recém-nascido, contribuindo para o empoderamento das mães/familiares, além de oportunizar satisfação relacionada ao cuidado de seus filhos. Palavras-Chave: Prematuro - Enfermagem - Unidades de Terapia Intensiva Neonatal Apresentador: Silvana dos Santos Zanotelli 49 A CHEGADA DO PREMATURO E O ACOLHIMENTO EMOCIONAL À FAMÍLIA HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE - HCPA Autores: Cláudia S.S. dos Santos, Elis de Pellegrin Rossi Resumo: O nascimento de um bebê determina mudanças nas relações familiares. Sendo esse um prematuro, uma reorganização familiar ainda maior é necessária para que a família possa dar conta da demanda emocional do momento. A separação precoce, necessária para os procedimentos com o bebê prematuro, necessita de um olhar integrado da equipe de saúde. Em função disto, o trabalho da psicologia se faz presente desde o momento da internação da gestante em risco de prematuridade no Centro Obstétrico, prolongando-se na Maternidade, na Unidade de Neonatologia, até o processo e preparação para alta e acompanhamento ambulatorial. O objetivo do trabalho do psicólogo diante do nascimento do prematuro é auxiliar na formação e fortalecimento dos laços afetivos dos pais com o bebê. Como parte primordial deste trabalho, precisamos estar disponíveis para receber e articular as experiências do bebê assim como para pais e familiares. Auxiliados por conceitos psicanalíticos como a continência, holding e a observação de bebês, por exemplo, e programas como o Método Canguru, podemos criar ferramentas para o fortalecimento das relações parentais e a um melhor entendimento da saúde mental do pequeno infante. Em alguns casos a intervenção psicológica se dá junto ao nascimento, trabalhando para um ambiente acolhedor e respeitando os recursos internos dos pais. Algumas ações importantes devem ser observadas para facilitar o contato inicial da família com seu bebê prematuro: sempre que possível visitar com o casal a unidade de neonatologia para trabalhar fantasias com relação ao espaço físico; toque materno ainda na sala de parto; acompanhamento do bebê pelo pai/acompanhante até a unidade de Neonatologia; contato da equipe de saúde com a mãe para informações da saúde do filho e acolhimento das apreensões do casal no que diz respeito ao entendimento das informações médicas sobre a saúde do filho. Palavras-Chave: Prematuridade - Psicanálise - Relações mãe-filho Apresentador: Cláudia S.S. dos Santos 50 ALEITAMENTO MATERNO EM PREMATUROS: CONDIÇÕES INICIAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS Autores: Ana Francisca Constantino Ferreira de Sousa, Pricila Sleifer, Betina Scheeren, Lisiane De Rosa Barbosa, Erissandra Gomes Resumo: Introdução: O aleitamento materno (AM) em recém-nascidos prematuros tem sido tema de estudos recentes, entretanto há escassez da utilização de protocolos padronizados. Apesar da importância do AM estar estabelecida na literatura, há dificuldades peculiares para a mãe, para o recémnascido prematuro e para os profissionais da saúde no período de internação, o que pode ser minimizado com auxílio e apoio apropriados. Objetivo: Avaliar as condições iniciais do AM de prematuros. Métodos: A amostra foi constituída de 26 binômios mãe/recém-nascido. Os recém-nascidos tinham idade gestacional corrigida média de 36,1 semanas e estavam internados numa Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal de um hospital de referência da região sul do Brasil. Os critérios de exclusão foram: recém-nascidos com malformações congênitas, portadores de síndromes, gemelares, doenças metabólicas, refluxo gastroesofágico, broncopneumonia, alterações neurológicas. Também foram excluídos os que receberam estimulação motora oral pela equipe de Fonoaudiologia. Foi realizada coleta de dados dos prontuários e observação dos binômios durante a amamentação, por meio do Protocolo de Observação e Avaliação da Mamada. Foram registrados os comportamentos favoráveis e desfavoráveis quanto à posição, respostas, sucção, envolvimento afetivo e anatomia das mamas. Após a oferta do seio materno, foi aplicado um questionário às mães. Este estudo foi aprovado pelo Comitê em Pesquisa da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre – Complexo Hospitalar Santa Casa, sob o protocolo de número 230/07. Resultados: Os melhores resultados referem-se à posição mãe/recém-nascido e afetividade e os piores às respostas do neonato (não busca o peito, inquieto, chorando, sem manter a pega da aréola), entretanto num percentual baixo. Quanto à associação das variáveis do protocolo, tanto entre si quanto com as demais variáveis do estudo, houve diferença e correlação direta para alguns itens (p<0,05). Em relação ao questionário aplicado às mães, após a observação: 34,6% das mães consideraram a primeira mamada “boa”; quanto à sucção, 61,5% das mães sentiram a sucção forte. Conclusão: A maioria dos prematuros apresenta início satisfatório nos aspectos analisados em relação ao AM. O maior índice de dificuldades encontradas no início do AM está relacionado às respostas do prematuro, provavelmente resultante da imaturidade dos reflexos orais dessa população. Palavras-Chave: Amamentação - Prematuro - Fonoaudiologia Apresentador: Ana Francisca Constantino Ferreira de Sousa 51 ABORDAGEM FONOAUDIOLÓGICA COM RN APÓS CORREÇÃO CIRÚRGICA DE ATRESIA DE ESÔFAGO – RELATO DE CASO HOSPITAL CRIANÇA CONCEIÇÃO – GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO (GHC) Autores: Letícia Wolff Garcez, Luísa Verza, Aline Juliane Romann Resumo: INTRODUÇÃO: Atresia esofágica é um complexo de anomalias congênitas caracterizado pela formação incompleta do esôfago, podendo apresentar ou não fístula traqueoesofágica, dificultando e/ou impedindo a passagem do alimento para o estômago. OBJETIVO: Descrever o processo de introdução da alimentação por via oral (VO) após correção cirúrgica de um recém-nascido (RN) com diagnóstico de atresia de esôfago (AE) apresentando fístula traqueoesofágica. MÉTODO: Relato de caso clínico de um RN nascido a termo, do sexo feminino, diagnosticado com AE com fístula traqueoesofágica, apresentando disfagia. Realizou esofagoplastia aos 03 dias de vida, recebendo dieta parenteral até 22 dias de vida e uso de sonda nasoenteral desde 16 dias de vida. O atendimento fonoaudiológico foi iniciado com 38 dias de vida, com objetivo de iniciar dieta por VO. RESULTADOS: Foram realizados 09 atendimentos fonoaudiológicos durante a internação do RN. Na avaliação fonoaudiológica clínica indireta da deglutição a bebê apresentou prontidão adequada para VO, entretanto com a oferta de 2ml de leite por meio do copo apresentou aumento da frequência respiratória e queda de saturação (57%) com difícil recuperação, com episódios de pausas respiratórias prolongadas. Em atendimentos subseqüentes o desempenho motor oral manteve-se adequado, com evoluções clínicas favoráveis, permitindo aumento de volume ofertado por meio de mamadeira. Porém, após administração de um volume de dieta variável (em média 20ml), RN apresentava sinais sugestivos de penetração laríngea. Foi sugerida suspensão da oferta por VO e avaliação objetiva da deglutição. A videofluoroscopia da deglutição demonstrou estenose esofágica na região da anastomose, com acúmulo de contraste acima do estreitamento e passagem mínima e lenta do alimento para o estômago. RN não apresentou aspiração de contraste, pois a oferta foi interrompida após evidenciar-se o estreitamento. CONCLUSÃO: Somando-se os achados com o histórico clínico, é notório o alto risco para a ocorrência de aspiração em função do estreitamento e provável refluxo do conteúdo ingerido, com conseqüentes complicações clínicas e pulmonares. Houve indicação de suspensão da oferta de dieta por VO e de seguimento ambulatorial com equipe de cirurgia, para dilatação esofágica, e de fonoaudiologia, para acompanhamento da evolução do processo de alimentação. Palavras-Chave: Atresia esofágica - Recém-nascido - Disfagia Apresentador: Letícia Wolff Garcez 52 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NA PRIMEIRA CONSULTA AMBULATORIAL DO PREMATURO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ Autores: Silvana Delatore, Daniela Akemi Itakura, Francislene Aparecida Biederman, Grasiely Masotti Scalabrin Barreto, Milene de Moraes Sedrez Rover, Poliana Nicole Becker Resumo: Introdução: A utilização de diagnóstico de enfermagem (DE) para a continuidade da assistência dos recém-nascidos (Rns) de riscos, advindos de terapia intensiva neonatal é de fundamental importância tendo em vista os cuidados e orientações prestadas pelos enfermeiros que atuam nesta área, para entender não só as necessidades biológicas, como também aquelas determinadas pelos fatores ambientais, psicossociais e familiares após a alta hospitalar. Objetivo: Identificar os DE apresentados pelos Rns na primeira consulta no atendimento ambulatorial de um Hospital Universitário. Método: Foram selecionados todos os Rns atendidos pela equipe multiprofissional que assiste o ambulatório de Alto Risco de um Hospital Universitário, com 10 leitos de terapia intensiva neonatal e 10 leitos de cuidados intermediários, referência para 25 municípios da região, perfazendo 43 lactentes no ano de 2013. Seguiuse os princípios éticos da resolução 196/96-MS e obteve-se autorização da instituição. Resultados: Nas 43 consultas de enfermagem foram levantados 14 DE, que por se repetirem em mais de um Rn, perfizeram um total de 63 diagnósticos, 60,47% da amostra apresentou apenas 1 diagnóstico, enquanto 39,53% apresentou dois ou mais diagnósticos. O diagnóstico com maior apresentação foi amamentação ineficaz, em 29 dos Rns avaliados. Conclusão: As consequências provocadas pela separação mãe/filho durante o período de internação hospitalar são ressaltadas logo na primeira consulta ambulatorial. Observa-se que os DE mais frequentes são os relacionados a amamentação, pois trata-se de uma característica do RN. O estudo possibilita uma melhoria na assistência ao RNs durante a internação bem como o devido encaminhamento no atendimento ambulatorial Palavras-Chave: Diagnóstico - Enfermagem - Recém-nascido Apresentador: Silvana Delatore 53 ALTERAÇÕES NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA PRESTADA DENTRO DE UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: ENFOQUE NO POSICIONAMENTO UNIOESTE Autores: Daniela Akemi Itakura, Milene de Moraes Sedrez Rover, Silvana Delatore, Graciela Fontana Nascimento Resumo: INTRODUÇÃO: Avanços na área da assistência neonatal e obstétrica propiciaram um aumento da sobrevida de prematuros (PT) cada vez menores e mais imaturos, tornando-os mais susceptíveis a inúmeros fatores de riscos impostos pela prematuridade e pela assistência prestada que podem afetar o seu desenvolvimento e crescimento. Dentre as medidas direcionadas na qualidade da assistência prestada a fim de melhorar a qualidade de vida futura desses PT encontra-se o posicionamento, o qual é de suma importância para o PT que é incapaz de realizar ajustes posturais devido ao seu baixo tônus postural e a incapacidade de seus sistemas de auto-organização. OBJETIVOS: Identificar as formas utilizadas para o posicionamento dos RN internados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e desenvolver estratégias para melhorar a assistência prestada. MÉTODO: Estudo observacional realizado dentro da UTIN durante ano de 2012 a fim de identificar os fatores que dificultavam o posicionamento e em 2013 realizou-se uma pesquisa de materiais viáveis e confortáveis para a confecção de suportes para o posicionamento. RESULTADOS: Detectou-se que três fatores principais dificultavam a implantação desse cuidado: primeiramente a falta de conhecimento sobre a importância e benefícios de um adequado posicionamento; segundo a falta de material adequado que estimulassem e facilitassem os profissionais na execução e por fim a falta de prática em como executar da melhor forma o adequado posicionamento. Após isto, foi desenvolvido pela fisioterapeuta um suporte de posicionamento, o qual está sendo implantando dentro dos cuidados diários prestados a estes PT, além da implantação de um grupo de treinamento sobre o posicionamento. CONCLUSÃO: A iniciativa trouxe um olhar diferente de toda a equipe que assiste estes prematuros internados na UTIN, melhorando assim a assistência prestada e a qualidade de vida dessas crianças. Palavras-Chave: prematuridade - posicionamento - neurodesenvolvimento Apresentador: Daniela Akemi Itakura 54 ATITUDE DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRENTE À MORTE DE RECÉMNASCIDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFGRS Autores: Maria da Graça Alexandre Resumo: Trabalhar em unidades de terapia intensiva é uma tarefa árdua, tendo que lidar com o sofrimento de outrem. A alta tecnologia disponível nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal), com o objetivo de salvar a vida dos recém-nascidos prematuros, desenvolve nos profissionais de saúde um sentimento de que o importante é superar a morte a qualquer custo, tornando a morte e o processo de morrer um assunto evitável, cercado de mistérios e interrogações. Há quem pense que os profissionais de saúde que lidam com o prenúncio de morte no seu dia-a-dia estão acostumados, mas isso nem sempre é verdade, é uma tarefa que gera sofrimento e questionamentos sobre a sua atuação. O objetivo deste estudo é verificar as referências existentes sobre a temática da atitude de profissionais de saúde que atuam em UTI Neonatal frente à morte de recém-nascidos. Consiste em uma revisão da literatura acerca deste tema no período de 2010 a 2014. Os dados fo ram coletados por meio de busca nas bases Lilacs, MedLine, Scielo, Cochrane e de periódicos de Programas de Pós-graduação de Universidades brasileiras, utilizando os descritores “attitude to death”, “death”, “intensive care neonatal”. Os resultados demonstraram a existência de maior número de publicações em periódicos brasileiros, sendo os estudos realizados com profissionais e/ou estudantes da área da saúde, especialmente na área da enfermagem. Foram encontradas referências abordando a atitude, os sentimentos e as percepções dos profissionais de saúde frente à morte de seus pacientes, a conduta profissional em relação aos familiares, bem como sobre a abordagem deste tema na sua formação profissional. Os estudos evidenciam que a temática da morte e do morrer é pouco abordada na formação profissional deixando os profissionais despreparados para enfrentar esta questão na prática. Em decorrência deste despreparo os profissionais de saúde enfr entam dificuldades e sofrimentos que repercutem na sua conduta profissional. Como conclusão, salientamos a necessidade de prover os profissionais de saúde de capacitação no enfrentamento da morte e do morrer no seu dia-a-dia profissional, bem como a realização de pesquisas sobre esta temática aprimorando o conhecimento e subsidiando a atuação do profissional de saúde intensivista. Palavras-Chave: Atitude frente à morte - morte - terapia intensiva neonatal Apresentador: Maria da Graça Alexandre 55 PREVALÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO EM UM AMBULATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DO RECÉM-NASCIDO DE RISCO, 2004/2011 UNIDADE DE REFERÊNCIA SECUNDÁRIA SAUDADE – PREFEITURA DE BELO HORIZONTE Autores: Andrea Chaimowicz, Ana Cecília Racioppi, Gabriela Nunes Ferreira, Maria De Lourdes Miri Megda, Maria Rita Marques Da Silva, Amelia Augusta De Lima Friche Resumo: Introdução: O recém-nascido (RN) prematuro muitas vezes é privado do aleitamento materno (AM), devido às condições adversas que vivencia nos primeiros dias de vida. Isso pode acarretar repercussões por toda a vida dessa criança. O estudo dos fatores de risco e de sucesso para o aleitamento materno no primeiro ano de vida de bebês prematuros pode favorecer o aumento da prevalência desse, através de um acompanhamento adequado do RN de risco, com apoio, estímulo e cuidados necessários. Objetivos: Descrever a prevalência e fatores associados ao aleitamento materno em crianças atendidas em um ambulatório de acompanhamento do recém-nascido de risco, no período de 29/04/2004 a 31/12/2011. Métodos: Estudo transversal com informações de prontuários e atendimentos dos RN do ambulatório, realizados por equipe multidisciplinar. Foram realizadas análises descritiva e de associação entre o AM e demais variáveis do estudo utilizando-se o teste quiquadrado e nível de significância de 5%. Resultados: Participaram do estudo 672 RN. Quanto à prevalência do AM no primeiro ano de vida, observou-se que 27,7% dos RN encontravam-se em AM exclusivo aos 3 meses de idade; 40,2% estavam em AM aos 6 meses e 15,5% aos 12 meses. A prevalência de AM exclusivo aos 3 meses foi inversamente associada à prematuridade, ao baixo peso e ao muito baixo peso ao nascer (p<0,005). A presença de AM aos 6 meses foi inversamente associada às mães adolescentes, ao menor número de consultas de pré-natal, à menor escolaridade, ao baixo peso e ao muito baixo peso ao nascer (p<0,05). Em contrapartida, a presença de AM aos 12 meses associou-se inversamente somente ao baixo peso e ao muito baixo peso ao nascer (p<0,05). Conclusão: Considerando as características da população estudada, a prevalência do AM no primeiro ano de vida foi satisfatória. Apesar disso, a associação entre menor prevalência de AM e fatores de risco aponta para a necessidade de atenção especial a esse grupo. Palavras-Chave: aleitamento materno - saúde da criança - serviços de saúde da criança Apresentador: Andrea Chaimowicz 56 MÃES E O CUIDADO AO FILHO IRMÃO DA CRIANÇA NASCIDA PRÉTERMO HOSPITALIZADA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS Autores: Soraya Cirilo Carvalho, Fabiana Sayuri Tanikawa, Carla Regina De Almeida Corrêa, Beatriz Castanheira Facio, Flávia Corrêa Porto De Abreu, Monika Wernet Resumo: Introdução: A chegada de um novo membro na família traz repercussões a sua dinâmica e tem um estressor a mais quando envolve o nascimento prematuro e o uso de unidade intensiva. Os desdobramentos de tal situação recaem a toda família, inclusive ao irmão da criança nascida prétermo. Poucas são as pesquisas que exploram as experiências a ele relacionadas. Objetivo: Assim, o objetivo desse estudo foi caracterizar o cuidado materno ao filho, irmão da criança nascida pré-termo, durante a hospitalização desta na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Método: Pesquisa exploratória, qualitativa, apoiada pelos referenciais do Interacionismo Simbólico e da Pesquisa de Narrativas, desenvolvidas com oito mães, após aprovação do estudo em comitê de ética em pesquisa sob o parecer de número 451.810. Resultados: As narrativas revelaram preocupação materna em garantir o melhor cuidado aos filhos e, especificamente ao irmão do prematuro buscam manter seu cotidiano e prover conforto emocional. Prospectam possíveis sofrimentos da criança, sobretudo articulados ao ciúme e, significam o distanciamento físico materno como potencializador deste quadro. O tema “promoção da adaptação do filho à nova situação” abarca as reflexões e ações maternas com vistas ao conforto emocional da criança, enquanto o tema "cuidado ao filho e apoio social" traz a ação materna de apreciar a rede social com vistas ao provimento do apoio para garantir a manutenção do cotidiano da criança irmã. Sentem-se divididas entre os filhos e questionam sobre seu êxito no provimento do cuidado a eles. Precisam e buscam fortalecimento, movimento materno retratado no tema "Acolhimento de si". Conclusão: A mãe busca garantir o cuidado ao filho irmão da criança nascida pré-termo. Para o enfrentamento de tal situação, fazem uso da rede social, desenvolvem ações voltadas ao conforto emocional da criança e buscam acolher a si própria. Os achados são de contribuição a práticas humanizadas e integrais no contexto da prematuridade ainda no período de hospitalização da criança nascida prétermo. Palavras-Chave: Prematuro - Unidades de Terapia Intensiva Neonatal Relações mãe-filho. Apresentador: Fabiana Sayuri Tanikawa 57 AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE RUÍDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE UM HOSPITAL DA CIDADE DE SANTARÉM-PARÁ FACULDADES INTEGRADAS DO TAPAJÓS – FIT Autores: Tatiane Costa Quaresma, Sheyla Mara Silva De Oliveira, Nadia Vicencia Do Nascimento Martins, Maria Edinaia Neres Barbosa Santos, Antonio Firmino Silva Sobrinho, Luana Fabiola Lamarao Campos Resumo: Ruídos são sons desorganizados e desarmônicos, cuja intensidade é medida em decibéis(dB) e quando elevados, tornam-se prejudiciais à saúde. A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) atende recém-nascidos (RN) de 0 a 28 dias, que estão submetidos a um ambiente ruidoso e estressante devido à circulação constante de pessoas e alarmes sonoros de equipamentos. Ressalta-se que ruídos em níveis elevados são danosos aos recém-natos, ocasionando perda auditiva, hipóxia, agitação, aumento da pressão intracraniana, aumento do consumo de oxigênio, alterações nutricionais e insônia. O objetivo deste trabalho foi avaliar os níveis de ruídos na UTIN, compará-los aos padrões das normas nacional e internacional, bem como, investigar o conhecimento dos profissionais frente a esta temática. Instalou-se o decibelímetro por sete dias ininterruptos, avaliou-se a rotina dos profissionais pelo método observacional e fez-se aplicação de questionário para sondagem de conhecimento. Os resultados mostraram-se 100% desconformes aos padrões recomendados pela NBR 10152/1987. Neste estudo, a menor intensidade sonora registrada foi 50,68dB, sendo que o recomendado pelas Normas Internacionais é 35 a 45 dB. Isto é agravado quando comparado ao nível recomendado pela Organização Mundial de Saúde que é de 30 a 40 dB. Ressalta-se ainda que os profissionais demonstraram pouco conhecimento sobre ruídos e suas consequências. Conclui-se que o alto nível de ruídos na UTIN é tanto decorrente do pouco conhecimento do corpo técnico, quanto de objetos e equipamentos presentes no setor, acarretando prejuízos à recuperação dos RNs assim como aos cofres públicos. Palavras-Chave: RUIDOS - UTI NEONATAL - RECEM NASCIDOS Apresentador: Tatiane Costa Quaresma 58 NESIDEOBLASTOSE: UMA IMPORTANTE CAUSA DE HIPERINSULINISMO E HIPOGLICEMIA PERSISTENTE NO PERÍODO NEONATAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE Autores: Victória Bernardes Guimarães, Luciana Amorim Beltrão, Cristiane Kopacek, Lionel Leitzke, Gabriela Blos, Rafael Fabiano Machado Rosa Resumo: Introdução: o hiperinsulinismo é a causa mais comum de hipoglicemia e caracteriza-se por uma secreção desregulada de insulina que leva à hipoglicemia persistente. Objetivo: relatar o caso de uma criança apresentando episódios persistentes de hipoglicemia no período neonatal, secundários a um quadro de hiperinsulinismo, e cuja avaliação histopatológica do pâncreas levou ao diagnóstico de nesideoblastose. Métodos: realizamos a descrição do caso, juntamente com uma revisão da literatura. Resultados: a paciente é uma menina, avaliada inicialmente no terceiro dia de vida devido a um quadro de hipoglicemia persistente, com necessidade de altas taxas de infusão de glicose. A criança nasceu prematura, pesando 3290 g, com anóxia perinatal. Não havia descrição de casos similares na família. A mãe e o pai eram não consanguíneos, e a gestação cursou sem intercorrências. No exame físico, a criança não apresentava aspecto sindrômico. Na avali ação laboratorial evidenciou-se também hiperinsulinismo (insulina de 65 microUI/mL – referência: 3 a 29). A ecografia abdominal identificou um hematoma de adrenal esquerda. Fez-se uso de hidroclorotiazida, diazóxido, glucagon, octreotide e hidrocortisona, mas sem melhora significativa da hipoglicemia. O resultado da avaliação para erros inatos do metabolismo foi normal. A paciente foi submetida à pancreatectomia parcial (ressecou-se 85% do pâncreas) com cerca de 2 meses de vida. A avaliação anatomopatológica foi compatível com o diagnóstico de nesideoblastose. Conclusão: a hipoglicemia pode levar a convulsões, atraso no desenvolvimento e danos cerebrais permanentes. A nesideoblastose representa a principal causa de hipoglicemia hiperinsulinêmica persistente em crianças, especialmente no primeiro ano de vida. A pancreatectomia (parcial ou sub-total) é indicada como tratamento na maioria dos casos. Palavras-Chave: Hipoglicemia - Hiperinsulinismo - Pâncreas Apresentador: Victória Bernardes Guimarães 59 HERNIA DIAFRAGMÁTICA A DIREITA – RELATO DE CASO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA Autores: Gabriela Figueiredo Melara, Liv Janoville Santana Sobral, Juliana Ferreira Gonçalves, Aline Damares De Castro Cardoso, Marília Carolinna Milhomem Bastos, Luciana Figueiredo Melara Resumo: Introdução: A hérnia diafragmática congênita é caracterizada pela presença de vísceras abdominais na cavidade torácica, sendo a causa mais comum de hipoplasia pulmonar. De todas as hérnias diafragmáticas, 85% a 90% são hérnias de Bochdalek. Destas, 80% são do lado esquerdo, 15% são bilaterais (e habitualmente fatais), sendo raro a direita. Há uma leve preponderância do sexo masculino. Objetivo: Relatar o caso de um paciente atendido em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) referência cirúrgica com hérnia diafragmática a direita. Métodos: O trabalho baseia-se em revisão de prontuário eletrônico. Foi também realizado revisão bibliográfica na base de dados Medline e BIREME com os termos: "Congenital Diaphragmatic Hernia". Resultados: Recém nascido termo (41sem+2 dias)/ adequado para idade gestacional (3570g) nascido de parto normal, apgar 9/10, sem intercorrências no pré-natal, encaminhado ao Alojamento Conjunto. Evoluiu com desconforto respiratório, colocado sob HOOD e solicitado radiografia de tórax. Diagnosticado então hernia diafragmática a direita, criança intubada por piora clínica. Evoluiu estável hemodinamicamente, sem necessidade de drogas vasoativas. Foi operada no quinto dia de vida herniorrafia primária sem colocação de tela, com o achado cirúrgico de saco herniário contend alças de Delgado e colon e rim direito, sinais de má rotação com colon ascendente e fígado deslocados para a esquerda. Necessitou de dobutamina no pós operatório imediato. Não necessitou de óxido nítrico para suporte de hipertensão pulmonar até o momento. Recém nascido encontra-se ainda internado em UTIN entubada, em uso de dobutamina, estável hemodinamicamente. Conclusão: A hérnia diafragmática congênita decorre do não fechamento dos canais pleuroperitoneais, resultando em uma grande abertura (Forame de Bochdalek) na região póstero-lateral do diafragma, tornando as cavidades peritoneal e pleural contínuos. Ocorre em 1 em cada 2000 a 5000 nascimentos. Trata-se de um caso raro de hernia diafragmática com evolução favorável até o momento. Palavras-Chave: Hérnia diafragmática - dobutamina - neonatal Apresentador: Gabriela Figueiredo Melara 60 GEMELARIDADE IMPERFEITA – RELATO DE CASO HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASILIA – HMIB Autores: Gabriela Figueiredo Melara, Diego Figueiredo Melara, Liv Janoville Santana Sobral, Aline Damares de Castro Cardoso, Juliana Ferreira Gonçalves, Marília Carolinna Milhomem Bastos Resumo: Introdução: A descrição mais antida de gemelaridade imperfeita data de 1811 e foi realizada por Chang e Eng gem Sião. Gemelaridades múltiplas espontâneas ocorrem em 1,6% das gestações das quais 1,2% são dizigóticos e 0,4% monozigóticos. Dos monozigóticos, 5% são monocoriônicas e monoamnióticas e apenas 1% das gestações são imperfeitas. A incidência de gêmeos imperfeito é de 1: 45-200mil nascidos vivos, 3 feminino:1masculino. Objetivo:Relatar o caso de dois pacientes atendido em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) com o diagnostic neonatal de gemelaridade imperfeita. Métodos: O trabalho baseia-se em revisão de prontuário eletrônico. Foi também realizado revisão bibliográfica na base de dados Medline e BIREME com o termo: "Imperfect twinning". Resultados: Gestante de 33 anos, G3 P2 C0 A0, já em acompanhamento com o serviço de obstetricia de alto risco por gemelaridade imperfeita toracopagos, dicéfalo, ecografia fetal com relato de coluna vertebral que se bifurca e dá origem a dois pólos cefálicos, presença de dois corações comunicantes. Em seguimento também com equipe da psicologia. Nascidos de parto cesáreo prematuro, masculinos, (34sem+3 dias), peso de 3152g, apresentação cefálica, bolsa rota no ato, liquido amniótico claro, ausência de circular de cordão. Recebidos em campos estéreis, chorou fraco ao nascer, apresentado ao pai e mãe, apgar 3/2, não foi realizada reanimação na sala de parto. Diante da complexidade e após avaliação da equipe multidisciplinar (neonatologia, obstetrícia e cirurgia pediátrica), comitê de ética e família, foi acordado em não reanimar os recémnascidos. Constatado o óbito com 1h de vida. Conclusão: Houve redução na incidência desses nascidos vivos na última década diante do diagnóstico precoce e interrupção da gestação. Contudo, a reprodução assistida, cada vez mais prevalente, levou ao aumento da chance de monocorionicidade e ao aumento de siameses em oito vezes. A incidência de toracópagos é de 40%, sendo a mais comum das gemelaridades siamesas. Palavras-Chave: Gemelaridade - Siameses - Reanimação neonatal Apresentador: Gabriela Figueiredo Melara 61