Comissão Organizadora
Ana Carolina Terrazzan, Deborah Levy, Eduardo Jaeger, Gabriela Filipouski,
Gisela Moura, Lilia Farret Refosco, Renato S. Procianoy e Rita de Cassia
Silveira
Comissão Científica
Andrea Corso, Cristiane Raupp, Elenice Carniel, Giordana Motta, Lenir
Cauduro e Rúbia Fuentefria
SUMÁRIO
PERFIL NUTRICIONAL E PRÁTICAS ALIMENTARES DE PREMATUROS
EGRESSOS DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL (UTIN)
ACOMPANHADOS NO 1º ANO DE VIDA .......................................................... 7
QUANDO OS RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS EM UNIDADE DE
TRATAMENTO INTENSIVO NEONATAL DEVEM SER ENCAMINHADOS
PARA AVALIAÇÃO CLÍNICA E/ OU OBJETIVA DA DEGLUTIÇÃO? ................ 8
LESÃO PULMONAR INDUZIDA PELA VENTILAÇÃO E ESTRESSE
OXIDATIVO EM PREMATUROS – ESTUDO PILOTO ...................................... 9
HEMORRAGIA
PERI/INTRAVENTRICULAR
EM
RECÉM-NASCIDO
PREMATURO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL .... 10
CONSUMO DE LEITE MATERNO DE RECÉM-NASCIDOS PRÉ TERMOS DE
MUITO BAIXO PESO INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA NEONTAL NOS ANOS DE 2013 E 2014 ..................................... 11
DECISÃO PELO ALEITAMENTO MATERNO MISTO E/OU PREDOMINANTE
......................................................................................................................... 12
CATETER VENOSO CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA (PICC) –
ANÁLISE DA SUA UTILIZAÇÃO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL E PEDIÁTRICA ............................................................................ 13
ASFIXIA NEONATAL E HIPOTERMIA TERAPÊUTICA: CONSIDERAÇÕES
ACERCA DE SUA VALIDADE ......................................................................... 14
PARTO PREMATURO: ABORDAGENS PRESENTES NA PRODUÇÃO
CIENTÍFICA NACIONAL E INTERNACIONAL ................................................. 15
CUIDADO DA CRIANÇA COM RETINOPATIA DA PREMATURIDADE:
INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES ENTRE PAIS E PROFISSIONAIS DE
SAÚDE ............................................................................................................. 16
INVESTIGAÇÃO DO CONHECIMENTO DE PUÉRPERAS SOBRE O
ALEITAMENTO MATERNO EM AMBIENTE HOSPITALAR ............................ 17
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E FATORES ASSOCIADOS
EM PREMATUROS AOS 4 MESES DE IDADE CORRIGIDA.......................... 18
COMPARAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR EM PREMATUROS
UTILIZANDO A ALBERTA INFANT MOTOR SCALE ...................................... 19
TAXAS DE ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO NO MOMENTO DA ALTA
HOSPITALAR................................................................................................... 20
EVOLUÇÃO PONDERAL
DOS RECÉM-NASCIDOS
PREMATUROS
ACOMPANHADOS NA TERCEIRA ETAPA DO MÉTODO CANGURU NA
MATERNIDADE CIDADE NOVA DONA NAZIRA DAOU ................................. 21
3
COMPARAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E COGNITIVO DE
LACTENTES PRETERMO E A TERMO AOS 6 MESES DE IDADE: ANÁLISE
DESCRITIVA DE DUAS ESCALAS ................................................................. 22
HIPOATIVIDADE E MIOCLONIAS EM UM RECÉM-NASCIDO: RELATO DE
UM PACIENTE COM HIPERGLICINEMIA NÃO CETÓTICA ........................... 23
ALEITAMENTO MATERNO EM PREMATUROS ATENDIDOS
NO
AMBULATÓRIO DE SEGUIMENTO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO .... 24
DIÁLOGOS NO PRÉ-NATAL E A EXPERIÊNCIA DE MULHERES EM PARIR E
CUIDAR DO(S) FILHO(S) ................................................................................ 25
COMPARAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E DA RESPOSTA
HEMODINÂMICA CORTICAL DE LACTENTES PRETERMO E A TERMO AOS
SEIS MESES DE IDADE .................................................................................. 26
ESTUDO DO PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS
CONGÊNITA
NA
UNIDADE
DE
INTERNAÇÃO
DO
HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO ULBRA/MÃE DE DEUS, CANOAS, RS ............................... 27
A RELAÇÃO DA ASSISTÊNCIA PRESTADA DURANTE O PRÉ-NATAL COM
A PREMATURIDADE ....................................................................................... 28
NURSING ACTIVITIES SCORES (NAS): MENSURANDO A CARGA DE
TRABALHO DE ENFERMAGEM NA UTI NEONATAL .................................... 29
DIFICULDADES DE DEGLUTIÇÃO EM RECÉM-NASCIDOS SUBMETIDOS A
AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA: ESTUDO RETROSPECTIVO ................ 30
AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR PELO TESTE DE
PERFORMANCE INFANTO MOTORA ............................................................ 31
RELAÇÃO ENTRE A PREMATURIDADE E AS CARACTERÍSTICAS
SOCIODEMOGRÁFICAS ................................................................................. 32
TESTE DE TRIAGEM NEONATAL: AVALIAÇÃO DO TEMPO ENVOLVIDO NO
PROCESSO ..................................................................................................... 33
RESPOSTA AUDITIVA DE ESTADO ESTÁVEL EM NEONATOS NASCIDOS
PRÉ-TERMO .................................................................................................... 34
SEGUIMENTO DO RECÉM-NASCIDO DE RISCO: EXPERIÊNCIA DE UM
AMBULATÓRIO INTERDISCIPLINAR ............................................................. 35
DESEMPENHO DE PREMATUROS NA ESCALA MOTORA DE ALBERTA NO
AMBULATORIO DE SEGUIMENTO DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE ENSINO
......................................................................................................................... 36
RELAÇÃO ENTRE INDICADORES DE RISCO E ALTERAÇÃO NA TRIAGEM
AUDITIVA EM PREMATUROS ........................................................................ 37
4
AVALIAÇÃO DA PRONTIDÃO DO PREMATURO PARA INÍCIO DA
ALIMENTAÇÃO ORAL ..................................................................................... 38
PREMATURIDADE TARDIA: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA .... 39
PERFIL DAS CRIANÇAS ATENDIDAS EM UM AMBULATÓRIO DE
ACOMPANHAMENTO DO RECÉM-NASCIDO DE RISCO, 2004/2015 .......... 40
PRÁTICAS DE ACOLHIMENTO À CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA NA REDE
DE ATENÇÃO BÁSICA .................................................................................... 41
EVOLUÇÃO DE UMA SÉRIE DE FETOS COM SÍNDROME DE POTTER
DIAGNOSTICADOS NO PERÍODO PRÉ-NATAL ............................................ 42
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE PERSISTÊNCIA DE CANAL ARTERIAL EM
RÉCEM NASCIDOS EM UMA CTI NEONATAL NO NORTE DO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL .................................................................................... 43
A PERCEPÇÃO DOS PAIS DE RECÉM-NASCIDOS COM DEFICIÊNCIA
SOBRE A ALTA HOSPITALAR E A INTEGRALIDADE DO CUIDADO ........... 44
SOBRE (VIVER): A DOR DE PERDER UM FILHO PREMATURO.................. 45
EPIDEMIOLOGIA DA DISPLASIA BRONCOPULMONAR NOS PREMATUROS
MENORES DE 1.500 GRAMAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL DO SUL DO BRASIL.................................................................... 46
EDUCAÇÃO CONTINUADA EM REANIMAÇÃO NEONATAL: FERRAMENTA
DE FORMAÇÃO NO HOSPITAL VÓ MUNDOCA ............................................ 47
ACOMPANHAMENTO INTERDISCIPLINAR DO PREMATURO DE ALTO
RISCO: PERFIL COMPARATIVO ENTRE OS PREMATUROS QUE
NECESSITARAM OU NÃO DE INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA .......... 48
PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO CUIDADO A RECÉM-NASCIDOS
PREMATUROS E DE BAIXO PESO ................................................................ 49
A CHEGADA DO PREMATURO E O ACOLHIMENTO EMOCIONAL À FAMÍLIA
......................................................................................................................... 50
ALEITAMENTO MATERNO EM PREMATUROS: CONDIÇÕES INICIAIS ...... 51
ABORDAGEM FONOAUDIOLÓGICA COM RN APÓS CORREÇÃO
CIRÚRGICA DE ATRESIA DE ESÔFAGO – RELATO DE CASO ................... 52
DIAGNÓSTICOS
DE
ENFERMAGEM NA
PRIMEIRA
CONSULTA
AMBULATORIAL DO PREMATURO ............................................................... 53
ALTERAÇÕES NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA PRESTADA DENTRO DE
UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO: ENFOQUE NO POSICIONAMENTO .................................. 54
ATITUDE DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRENTE À MORTE DE RECÉMNASCIDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL ................. 55
5
PREVALÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO EM UM AMBULATÓRIO DE
ACOMPANHAMENTO DO RECÉM-NASCIDO DE RISCO, 2004/2011 .......... 56
MÃES E O CUIDADO AO FILHO IRMÃO DA CRIANÇA NASCIDA PRÉTERMO HOSPITALIZADA ............................................................................... 57
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE RUÍDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL DE UM HOSPITAL DA CIDADE DE SANTARÉM-PARÁ ............. 58
NESIDEOBLASTOSE: UMA IMPORTANTE CAUSA DE HIPERINSULINISMO
E HIPOGLICEMIA PERSISTENTE NO PERÍODO NEONATAL ...................... 59
HERNIA DIAFRAGMÁTICA A DIREITA – RELATO DE CASO........................ 60
GEMELARIDADE IMPERFEITA – RELATO DE CASO ................................... 61
6
PERFIL NUTRICIONAL E PRÁTICAS ALIMENTARES DE PREMATUROS
EGRESSOS DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL (UTIN)
ACOMPANHADOS NO 1º ANO DE VIDA
HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO, PASSO FUNDO, RS.
Autores: Fabiana Salvatori Guedes, Wania Eloísa Ebert Cechin
Resumo: INTRODUÇÃO: A medida que sobrevivem recém-nascidos (RN) com
peso e idade gestacional progressivamente menores, impõe-se o
questionamento quanto ao crescimento e desenvolvimento, qualidade de vida
futura e cuidados pós-alta hospitalar, onde o seguimento ambulatorial
interdisciplinar é fundamental para promover adequada assistência aos
neonatos. OBJETIVO: caracterizar o perfil nutricional de RN prematuros
(RNPT), egressos de unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN),
acompanhados em ambulatório de seguimento no primeiro ano de vida.
MÉTODOS: estudo de coorte, realizado no período de maio à novembro de
2014, aprovado pela Comissão de Pesquisa e Pós-Graduação da instituição.
As variáveis analisadas foram: idade gestacional (IG), peso no nascimento
(PN), 6º e 12º mês de idade gestacional corrigida (IGc), comprimento e
aleitamento materno (AM) no 6º e 12º mês de IGc, introdução da alimentação
complementar e uso precoce de leite de vaca (LV) . Foram utilizados os
indicadores peso para estatura (P/E) e estatura para idade (E/I), de acordo com
o escore-Z aos 6 e 12 meses. A análise estatística foi realizada pelo software
SPSS, versão 16.0. Para análise das variáveis aplicou-se o teste T de Student.
RESULTADOS: foram incluídos 45 RNPT, com idade gestacional média de 30
semanas (±2 semanas) e PN médio de 1287g (±293g). Destes, 58% do sexo
feminino, 51% prematuros moderados e 62% com muito baixo peso ao nascer.
A classificação do estado nutricional aos 6 e 12 meses de IGc foi: 80%; 78%
eutrofia, 20%; 4% risco para sobrepeso e 9%; 4% magreza acentuada,
respectivamente. A classificação de E/I aos 6 e 12 meses encontrada
respectivamente, foi: 87%; 92% estatura adequada para idade e 9%; 4% baixa
estatura para idade. Quanto as práticas alimentares, na alta da UTIN, aos 6 e
12 meses, respectivamente, 82%; 38%; 9%, estavam em AM associado ao uso
de fórmula infantil (FI) e 18%; 11%; 7% em aleitamento materno exclusiv o
(AME). Ao avaliar o início da alimentação complementar, 42% iniciaram
precocemente. Quanto ao uso de LV antes do 1º ano, 13% da amostra fizeram
uso precoce. CONCLUSÃO: o acompanhamento e orientação aos RNPT, por
equipe multiprofissional, é fundamental, visando facilitar a identificação e
intervenção precoce de problemas nutricionais.
Palavras-Chave: Prematuro - Estado Nutricional - Unidade de Terapia Intensiva
Neonatal
Apresentador: Fabiana Salvatori Guedes
7
QUANDO OS RECÉM-NASCIDOS INTERNADOS EM UNIDADE DE
TRATAMENTO INTENSIVO NEONATAL DEVEM SER ENCAMINHADOS
PARA AVALIAÇÃO CLÍNICA E/ OU OBJETIVA DA DEGLUTIÇÃO?
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS
Autores: Karine da Rosa Pereira, Deborah Salle Levy, Bruna de Moraes Brandt,
Brenda Gabriela Haack, Renato Soibelmann Procianoy, Rita de Cássia Silveira
Resumo: Introdução: Recém-nascidos internados em Unidade de Tratamento
Intensivo Neonatal (UTINeo) requerem uma atenção especial no processo de
alimentação. Os sinais de incoordenação da sucção, deglutição, respiração
podem ser sutis nesse período. Objetivo: Descrever as alterações de
deglutição encontradas na avaliação e avaliação objetiva da deglutição em
recém-nascidos internados em Unidade de tratamento neonatal. Métodos:
Estudo retrospectivo realizado no período de julho de 2013 a outubro de 2014.
O critério de inclusão utilizado foi recém-nascidos encaminhados para
avaliação clínica e/ou avaliação objetiva da deglutição durante período de
internação na UTINeo. A amostra foi dividida em dois grupos conforme o
resultado da avaliação da deglutição. O banco e as análises foram realizados
no programa SPSS versão 19. Os testes empregados foram Teste Exato de
Fisher e o Teste McNemar na associação entre as variáveis e os gr upos. Os
dados qualitativos foram expressos em números absolutos e relativos. O
intervalo de confiança foi de 95% e o nível de significância adotado foi p = 0,05.
Resultados: Foram identificados 77 recém-nascidos que passaram por
avaliações clínica e/ou avaliação objetiva da deglutição. Destes, 58 (75%)
apresentaram incoordenação da sucção, deglutição e respiração. A avaliação
videofluoroscópica da deglutição foi realizada em 35 recém-nascidos, e 22
apresentaram penetração laríngea e/ou aspiração traqueal. Apenas 2 (6%)
recém-nascidos apresentaram penetração laríngea sem aspiração traqueal, e
13 (42%) apresentaram aspiração silenciosa, ou seja, aspiração sem presença
tosse. Houve associação entre incoordenação da sucção, deglutição e
respiração e penetração laríngea e/ou aspiração traqueal (p=0,001).
Conclusão: Disfagia orofaríngea ocorre frequentemente em recém-nascidos
internados UTINeo devido a múltiplas comorbidades. Avaliações prospectivas
são necessárias para estimar o número de recém-nascidos que apresentam
disfagia no período neonatal.
Palavras-Chave: Recém-nascido - Transtornos de deglutição - Sucção
Apresentador: Karine da Rosa Pereira
8
LESÃO PULMONAR INDUZIDA PELA VENTILAÇÃO E ESTRESSE
OXIDATIVO EM PREMATUROS – ESTUDO PILOTO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS
HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE - HCPA
Autores: Clarissa Gutierrez Carvalho, Renato Soilbelman Procianoy,
Rita de Cassia Silveira
Resumo: Introdução: É bem conhecida a relação entre ventilação mecânica e
mediadores inflamatórios, resultando na chamada Lesão pulmonar Induzida
pela Ventilação (LPIV), sendo atualmente bastante estudada também a lesão
pulmonar causada pelo oxigênio (O2). A exposição a elevadas concentrações
de O2 já em sala de parto é responsável por displasia broncopulmonar e
retinopatia da prematuridade, sendo recomendado manter alvos de saturação
de O2 entre 90-95% durante as internações evitando morbidade e mortalidade.
Objetivo: analisar a possível relação entre níveis de oxigênio e níveis de
citocinas inflamatórias, em prematuros submetidos a ventilação mecânica nas
primeiras
duas
horas
de
vida.
Métodos: Estudo piloto, com 20 recém-nascidos entre 28 e 35 semanas,
aprovado pelo comitê de ética do HCPA. Coletado sangue para gasometria
antes do início de suporte ventilatório e 2h após, junto com aliquota adicional
de 0,5ml para dosagem de interleucinas. As citocinas foram aferidas através de
leitura
em
Luminex,
após
ensaio
multiplex
(Milliplex).
Resultados: Idade gestacional média de 32 ± 3 semanas, peso de nascimento
1921g ±745g, 80% nascidos de cesariana e apenas em sete casos as mães
receberam corticoide antenatal. Seis RNs (30%) recebiam FiO2 ≤ 30% no
momento da coleta, e os demais, FiO2 > 30%. Houve a maior liberação de
citocinas IL_6 pós suporte ventilatório no grupo com maior uso inicial de O2, e
houve maiores níveis de IL_10 pré nesse grupo também. Nesse estudo, foi
mostrado que a VM é responsável pelo aumento de citocinas inflamatórias
após 2h de uso, somente no grupo que recebeu altas FiO2.
Conclusão: Esses dados sugerem que a LPIV, demonstrada nesse estudo pelo
aumento das interleucinas inflamatórias, apresenta relação muito próxima com
a toxicidade do oxigênio, devendo ser melhor estudada em uma amostra maior
com dosagem de mais mediadores de lesão oxidativa.
Palavras-Chave: oxygen - vili - preterm
Apresentador: Clarissa Gutierrez Carvalho
9
HEMORRAGIA PERI/INTRAVENTRICULAR EM RECÉM-NASCIDO
PREMATURO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
Autores: Graciane Jacinta Schmitt, Flavio Luciano Lindemann, Fabio Luis Bohn
Gass, Daisson José Trevisol
Resumo: Introdução: Os recém-nascidos prematuros e de muito baixo peso ao
nascer estão sujeitos a apresentar diversas morbidades, dentre elas a
hemorragia intra/periventricular (HPIV). Recém-nascidos com idade gestacional
(IG) inferior a 32 semanas e peso ao nascer inferior a 1.500g estão
significativamente expostos ao risco de adquirirem HPIV, pois a mesma ocorre
em decorrência da rede vascular que nutre a matriz germinativa ser muito
primitiva nas fases iniciais da gestação e a parede vascular é constituída
apenas de endotélio, não se observando musculatura lisa, elástica e colágeno.
Em decorrência das elevadas taxas de incidência e morbidades relacionadas a
patologia, o objetivo do estudo é identificar a incidência da HPIV em recémnascidos com IG inferior a 32 semanas ou peso ao nascer inferior a 1.500g.
Métodos: Estudo transversal realizado em uma UTI Neonatal através da
análise de prontuários. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pe
squisa da Unisul sob protocolo CAAE 30402114.9.0000.5369. Resultados:
Foram avaliados 55 prontuários e ocorreram 35 casos de HPIV grau I e II e 2
casos de grau III e IV, o que corresponde 63,6% e 3,6% da população
estudada. No estudo, a prevalência de hemorragia grau I e II foi maior que a
referida em estudo realizado no Brasil, onde foi de 22,4%, mas deve-se
ressaltar o perfil da clientela atendida em um hospital filantrópico, referência em
gestantes de alto risco que muitas vezes, não realizaram pré-natal ou não
receberam um pré-natal de qualidade. É importante ressaltar que a incidência
de HPIV grave (grau III e IV) na unidade é significativamente inferior da citada
no referencial, 3,5% contra 11,5%, o que fortalece a assistência e manejo
adequado ao recém-nascido internados. Conclusão: O estudo reforça a
necessidade de implantar ações preventivas na unidade nos graus leves desta
patologia que acometeram principalmente recém-nascidos com 29 semanas
gestacionai s e os graus graves acometeram recém-nascidos com idade
gestacional inferior a 28 semanas, confirmando que a HPIV é tão mais
frequente e grave quanto maior a prematuridade.
Palavras-Chave: terapia intensiva neonatal - prematuro - hemorragia cerebral
Apresentador: Graciane Jacinta Schmitt
10
CONSUMO DE LEITE MATERNO DE RECÉM-NASCIDOS PRÉ TERMOS DE
MUITO BAIXO PESO INTERNADOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA
INTENSIVA NEONTAL NOS ANOS DE 2013 E 2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM
Autores: Carolina Santos Altermann, Marcieli Londero, Nathália Pinho, Iane
Ribeiro Corrêa, Angela Regina Maciel Weinmann
Resumo: Introdução: Nascer prematuramente coloca o recém nascido (RN)
numa condição de alto risco nutricional, o que torna a alimentação dessa
população um contínuo desafio. Sabe-se que o consumo de leite materno
apresenta inúmeros benefícios para a saúde, sobretudo para os recém
nascidos pré termos de muito baixo peso (RNPT MBP), os quais passam por
períodos de intenso estresse metabólico. Objetivo: Avaliar o consumo de leite
materno de RNPT MBP (nascidos < 37 semanas e com peso ao nascer
≤1500g) atendidos em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI NEO).
Métodos: Pesquisa de delineamento transversal, com coleta de dados
secundários, através dos prontuários de RNPT MBP que estiveram internados
em uma UTI NEO durante os anos de 2013 e 2014. Foram excluídos da
pesquisa os RNPT que foram a óbito. Para análise dos dados utilizou-se o
software Statistica versão 09, as variáveis quantitativas foram descritas pelo
uso da média aritmética e desvio-padrão e as variáveis categóricas utilizou-se
freqüências absolutas e percentuais. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de
Ética e Pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria sob o registro
832.513. Resultados: Durante o período da pesquisa estiveram internados 71
RNPT MBP, com idade gestacional média de 31 ± 3 semanas e peso ao nascer
médio de 1208 ± 221 g. O tipo de alimentação inicial (enteral ou oral)
predominante foi fórmula infantil, com 70% (n=50), somente 13% dos RN (n= 9)
iniciaram a alimentação com leite materno exclusivo e 17% (n=12) com
alimentação mista (leite materno + fórmula infantil). A idade média do início do
consumo de leite materno foi de 5 ± 5 dias de vida e 89% (n=63) iniciaram o
consumo de leite materno através da via enteral. O tempo médio de consumo
de leite materno durante a internação foi de 21 ± 18 dias, 51% dos RN tiveram
alta hospitalar recebendo somente fórmula infantil, 45% dos RN recebendo
alimentação mista e somente 4% dos RN (n=3) com aleitamento materno
exclusivo. Conclusão: Os resultados obtidos concordam com a literatura
científica, e relatam baixo consumo de leite materno entre os RNPT MBP
durante a internação.
Palavras-Chave: Prematuro - Leite Humano - Unidades de Terapia Intensiva
Neonatal
Apresentador: Carolina Santos Altermann
11
DECISÃO PELO ALEITAMENTO MATERNO MISTO E/OU PREDOMINANTE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
Autores: Carla Regina de Almeida Correa, Flávia Correa Porto de Abreu,
Beatriz Castanheira Facio, Mayara Caroline Barbieri, Soraya Cirilo Carvalho,
Monika Wernet
Resumo: Introdução: A taxa de aleitamento materno exclusivo até o sexto mês
de vida da criança no Brasil está aquém da meta estabelecida pelo Ministério
da Saúde. Distintos aspectos integram a decisão materna em aderir a tal
prática, contudo prevalece no Sudeste do Brasil o uso de fórmulas e/ou leite de
vaca, tanto de forma exclusiva, quanto em combinação como leite materno.
Neste sentido, entende-se como aleitamento materno misto a oferta
concomitante de leite materno e outros tipos de leite e, o predominante é
aquele no qual além do leite materno há oferta de outros líquidos. Objetivo:
Analisar a decisão da mulher pelo aleitamento materno misto e/ou
predominante. Metodologia: Estudo exploratório, da vertente qualitativa,
aprovado em comitê de ética sob o número 190.917. Utilizou-se como
referencial teórico do Interacionismo Simbólico e como metodológico a análise
de conteúdo temática de Bardin. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas
com t reze mulheres que praticavam aleitamento materno misto e/ou
predominante, residentes em cidade do interior paulista. Resultados: Os
resultados estão apresentados a partir de duas categorias temáticas: “Fatores
influentes da decisão materna” e “Prática do aleitamento materno e
sentimentos”. A tomada de decisão sobre a alimentação do filho envolve a
apreciação da mulher em relação a como o trabalho, os profissionais de saúde
e a dinâmica familiar permitem o aleitamento exclusivo a ocorrer. A mulher
sente prazer na prática de aleitamento materno, mas o cotidiano e as dúvidas
relacionadas ao alcance da saciedade e do adequado crescimento da criança
determinam assumir a introdução de fórmulas e/ou leite de vaca. Neste
momento vivencia sentimentos negativos em termos de maternagem, como por
exemplo, sensação de abandono da criança. Conclusão: O trabalho, um
cotidiano com atividades fora do domicílio e sugestão precoce e não
fundamentada do profissional médico e enfermeiro ao uso de fórmula na
necessidade integram o processo da mulher em optar pelo aleitamento
materno misto e/ou predominante. Tais achados reforçam a articulação do
cotidiano contemporâneo com a prática do desmame, bem como deste com
atitudes profissionais contrárias à amamentação, com repercussões à saúde da
mulher e da criança.
Palavras-Chave: Aleitamento materno - Mães - Relações mãe-filho
Apresentador: Carla Regina de Almeida Correa
12
CATETER VENOSO CENTRAL DE INSERÇÃO PERIFÉRICA (PICC) –
ANÁLISE DA SUA UTILIZAÇÃO EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL E PEDIÁTRICA
HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
Autores: Graciane Jacinta Schmitt, Melissa Orlandi Honório, Fabio Luis Bohn
Gass
Resumo: Introdução: O PICC é um dispositivo seguro que permite a
administração de medicações vesicantes, irritantes, vasoativas, além de
permitir monitorização hemodinâmica e ainda, provoca redução do desconforto
e da dor. O estudo teve objetivo de descrever a utilização do PICC em UTI
Neonatal e Pediátrica quanto à inserção, manutenção e remoção e identificar o
perfil das crianças que o receberam. Trata-se de um estudo transversal, onde
foram analisados os prontuários de todas as crianças que utilizaram o PICC
durante sua internação em um período de 20 meses. O estudo foi aprovado
pelo Comitê de Ética e Pesquisa da ESUCRI através do protocolo nº121.
Discussão: Foram utilizados 218 cateteres PICC. A inserção do PICC está
indicada em casos em que haja a necessidade de terapias de duração maiores
a 7 dias e através do estudo contatou-se que a média de permanência do
cateter na unidade é de 9,3 dias. Em relação ao diagnóstico méd ico foram
inseridos principalmente em prematuros 64,58% com peso inferior a 2.000g em
99 (56,56%), sepse neonatal em 57 (32,5%) e alterações respiratórias 47
(26,85%). Referente aos motivos de remoção do cateter PICC o término de
tratamento ocorreu em 58,2% e eventos adversos que venham a prejudicar a
criança ocorreram em apenas 7 (3,41%) e consistem em flebite, infiltração e
ruptura de cateter sem progressão do mesmo, resultados estes que
comprovam sua segurança. Concluiu-se que recém-nascidos prematuros e de
baixo peso foram a clientela alvo na realização da passagem do cateter PICC
na instituição estudada e constatou-se também que a inserção do cateter PICC
na unidade ocorre precocemente, em 63 recém-nascidos (36%) o
procedimento foi realizado com menos de 24 horas de internação, reduzindo
com isto, significativamente o uso do cateterismo umbilical em que os eventos
adversos são frequentes e de gravidade variável, contrariando estudos em que
descrevem a utilização do cateterismo umbilical como primeira opção de
acesso venoso em recém-nascido. O estudo evidencia que o cateter PICC
representa um recurso terapêutico importante na assistência de enfermagem e
sua utilização no ambiente hospitalar está em expansão, sendo a equipe de
enfermagem fundamental para o sucesso desta prática.
Palavras-Chave: terapia intensiva neonatal - prematuro - cateteres
Apresentador: Graciane Jacinta Schmitt
13
ASFIXIA NEONATAL E HIPOTERMIA TERAPÊUTICA: CONSIDERAÇÕES
ACERCA DE SUA VALIDADE
HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE - HCPA
Autores: Alessandra Vaccari
Resumo: INTRODUÇÃO: A asfixia neonatal é uma das causas mais frequentes
de lesões neurológicas graves, podendo ocasionar comprometimento
neurológico crônico do recém-nascido e até mesmo a sua morte. Dentre as
causas da asfixia neonatal, pode-se apontar alterações hemodinâmicas,
bioquímicas e neurofisiológicas que resultam diretamente da falta de
oxigenação e de glicose no sangue. Nesses casos, pode ocorrer um dano
cerebral em virtude da ativação de mecanismos citotóxicos e apoptóticos. A
hipotermia terapêutica, ou hipotermia induzida (como está citado nos
Descritores em Ciências da Saúde), é um procedimento promissor em reduzir
danos neurológicos em recém-nascidos, além da própria mortalidade.
OBJETIVO: Realizar uma revisão bibliográfica acerca da asfixia neonatal bem
como seu tratamento, focando, de modo particular, na hipotermia terapêutica
como forma de melhorar seu prognóstico. MÉTODO: Revisão bibliográfica, com
seleção de dois livros, nove artigos científicos nacionais e treze internacionais,
um guideline internacional; com os seguintes descritores: Asfixia Neonatal,
Hipotermia Induzida e Neonatologia. As referências utilizadas nesta revisão
compreendem os seguintes critérios: publicação nos anos de 2009 a 2014,
conter ao menos um dos descritores e livre acesso em meio eletrônico ou
impresso. A coleta dos dados foi realizada nos meses de julho e dezembro de
2014. Foram utilizadas algumas publicações anteriores a 2009 por sua
relevância no assunto. RESULTADOS: Nas publicações estudadas quatorze
traziam os descritores asfixia neonatal e hipotermia terapêutica; dez apenas
asfixia neonatal e somente uma publicação apenas hipotermia terapêutica.
Todas as publicações incluem o descritor neonatologia. Em suas conclusões,
dez estudos partilham dados sobre a asfixia neonatal e os demais quinze
estudos atribuem à hipotermia terapêutica como positiva nos casos de asfixia
neonatal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O principal resultado encontrado, nessa
revisão, é o sucesso da hipotermia terapêutica (ou induzida) no tratamento da
asfixia neonatal. Contudo, é necessário que o procedimento seja realizado na
fase de latência da asfixia neonatal, ou seja, em até 6 horas após o nascimento
do paciente. Entretanto, esse procedimento ainda é relativamente recente e
inovador, recomenda-se que novos estudos sejam realizados, a fim de que se
possa ampliar o conhecimento e a qualidade de vida dos pacientes, diminuindo
a mortalidade.
Palavras-Chave: Asfixia Neonatal - Hipotermia Induzida - Neonatologia
Apresentador: Alessandra Vaccari
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PARTO PREMATURO: ABORDAGENS PRESENTES NA PRODUÇÃO
CIENTÍFICA NACIONAL E INTERNACIONAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
Autores: Flávia Conceição Pohlmann, Nalú Pereira Da Costa Kerber, Diego
Vasconcelos Ramos, Vanessa Franco De Carvalho, Jéssica Medeiros Minasi,
Liane Rodrigues Borges
Resumo: O parto prematuro (PP) é definido como a ocorrência do nascimento
antes do termo, ou seja, crianças nascidas antes da maturidade fetal, período
anterior a 37ª semana de gestação. Embora a obstetrícia tenha passado por
diversas mudanças, a prematuridade continua sendo um desafio para a saúde
pública, em virtude da mortalidade e da morbidade neonatal. Com relação aos
recém-nascidos (RN), quando estes conseguem sobreviver ao nascimento
prematuro, representam muitas preocupações para os serviços de saúde e
suas famílias, pelas sequelas e danos que podem ser oriundas deste
nascimento. Este estudo tem o objetivo de conhecer a produção científica
acerca do parto prematuro. Trata-se de um estudo bibliográfico, realizado com
24 artigos científicos completos abordando a prematuridade, oriundos da
Biblioteca Virtual em Saúde, publicados entre os anos de 2008 e 2013. A
análise dos artigos foi realizada tematicamente, emergindo quatro categorias:
Fator es de risco associados ao parto prematuro; Prematuridade: aspectos
negativos e positivos; Conduta profissional relacionada ao trabalho de parto
prematuro e O papel da Enfermagem na assistência ao trabalho de parto
prematuro. Este estudo aponta que muitas pesquisas estão preocupadas com
os fatores de risco relacionados à prematuridade, contribuindo para a
identificação precoce e redução nos índices desta complicação. Reforça-se que
a temática carece de mais investigações em nosso país, visando um maior
entendimento sobre o fenômeno do nascimento prematuro, em vista de que
apenas oito estudos contemplaram a realidade brasileira. Ainda, percebe-se a
necessidade de estudos que se detenham na utilização e direcionamento das
políticas públicas no processo de trabalho dos profissionais que prestam
assistência no ciclo gravídico-puerperal, como forma de garantir uma
assistência humanizada e de qualidade ao binômio mãe-bebê, à família e à
sociedade. Ainda, percebe-se que poucos estudos trazem contribuições para
Enfermagem, para o conhecimento e processo de trabalho desses
profissionais, também responsáveis por produzir saúde neste momento da vida
de
mulheres
e
famílias
que
vivenciam
a
prematuridade.
Pesquisa financiada pelo CNPq – Edital Universal e FAPERGS – Edital
Pesquisador Gaúcho.
Palavras-Chave: Parto prematuro - Cuidados no pré-natal - Enfermagem.
Apresentador: Nalú Pereira Da Costa Kerber
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CUIDADO DA CRIANÇA COM RETINOPATIA DA PREMATURIDADE:
INFLUÊNCIA DAS INTERAÇÕES ENTRE PAIS E PROFISSIONAIS DE
SAÚDE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÀO CARLOS
Autores: Beatriz Castanheira Facio, Bruna de Souza Lima Marski, Carla Regina
de Almeida Corrêa, Amanda de Assunção Lino, Fabiana Sayuri Tanikawa,
Monika Wernet
Resumo: Introdução: A retinopatia da prematuridade decorre da
vasoproliferação secundária à vascularização inadequada da retina imatura em
recém-nascidos prematuros, cujos principais fatores de risco são
prematuridade, baixo peso ao nascer, ser pequeno para a idade gestacional,
flutuações de saturação nas primeiras semanas de vida, hemorragia
intraventricular e transfusões sanguíneas. Essa realidade traz alterações na
vida familiar, principalmente dos pais, caracterizando-se como fonte de
sofrimento. Nesse sentido, destaca-se a importância dos profissionais de saúde
para o fornecimento de suporte e atenção a esses sujeitos. Objetivo:
Compreender as interações entre os pais (mãe e pai) e os profissionais de
saúde e, a influência destas no cuidado do filho com retinopatia da
prematuridade. Metodologia: Trata-se de estudo qualitativo, cujo referencial
teórico é o Interacionismo Simbólico e o metodológico, o Interacionismo
Interpretativo. O mesmo está em andamento, aprovado junto a um comitê de
ética sob parecer de número 716.611. Os resultados parciais derivam de
entrevistas em profundidade com dez participantes, localizados por meio da
estratégia metodológica “snow ball”. Resultados: Os resultados apontam uma
trajetória permeada de idas e vindas que agrupam pais, familiares e
profissionais de saúde na busca pelo diagnóstico e promoção da saúde da
criança. Neste cenário destacam-se as epifanias maternas referentes à própria
potencialidade e à amplitude das informações e conhecimentos do profissional
enquanto promotores de cuidado. Inicialmente, a mãe se encontra distante de
informações sobre as particularidades do filho, sendo os profissionais da
unidade de terapia intensiva os fornecedores dos primeiros elementos. À
medida que tem contato com outros especialistas/pessoas da rede de apoio e
que vai conhecendo melhor a criança, torna-se progressivamente autônoma no
cuidado. É neste processo que percebe a limitação da contribuição profissional
e tenta articular-se no cuidado por meio de questionamentos das condutas,
embasando-se em situações vivenciadas e conhecimentos adquiridos. Ao
enxergar-se como cuidadora potencial, detentora de um olhar ampliado capaz
de identificar as necessidades do filho, inverte a importância atribuída ao
profissional, que passa a ser considerado coadjuvante. Conclusão: A trajetória
permeada por avaliações, intervenções e interações com diversos profissionais
é causadora de sofrimento, contudo contribui para o desenvolvimento da
autonomia materna no cuidado ao filho.
Palavras-Chave: retinopatia da prematuridade - pais - pessoal de saúde
Apresentador: Beatriz Castanheira Facio
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INVESTIGAÇÃO DO CONHECIMENTO DE PUÉRPERAS SOBRE O
ALEITAMENTO MATERNO EM AMBIENTE HOSPITALAR
FACULDADE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
Autores: Nilva Paim Zotti, Simone Augusta Finard, Lauren Medeiros Paniagua
Resumo: Introdução: O aleitamento materno é a mais sábia estratégia natural
de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança. O incentivo ao
aleitamento materno é amplamente difundido à população e a comunidade
científica por diversos órgãos nacionais e internacionais. Apesar disso, a
carência de conhecimento das mães pode implicar em desmame precoce, o
que também ocorre devido às crenças populares e construção da herança
sociocultural. A determinação de amamentar ou não depende do significado
que a mulher atribui a essa prática. Objetivo: Verificar o conhecimento das
puérperas sobre o aleitamento materno. Método: Trata-se de um estudo
observacional do tipo transversal. Para análises estatísticas foram usados os
testes: t-student e/ou one-way com post-hoc de Tukey. As variáveis
quantitativas foram descritas por média e desvio padrão, ou mediana e
amplitude interquartílica. Participaram da amostra as puérperas internadas em
uma instituição de assistência hospitalar de médio porte, situada na região
nordeste do estado do Rio Grande do Sul. Foi aplicado o questionário, já
vigente na literatura, no período de maio a outubro de 2013. O estudo foi
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da Associação Cultural e
Científica Virvi Ramos, sob protocolo nº 260.038. Resultados: A amostra foi
constituída por 200 puérperas. Dentre os dados, pode-se documentar que 114
(55,7%) mães receberam orientação sobre aleitamento materno. Conclusão: O
presente estudo pode constatar que as puérperas possuem o conhecimento
sobre o aleitamento materno e os indicadores como idade, escolaridade e
renda estão diretamente associados a esse conhecimento.
Palavras-Chave: Fonoaudiologia - Aleitamento Materno - Conhecimento
Apresentador: Lauren Medeiros Paniagua
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AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E FATORES ASSOCIADOS
EM PREMATUROS AOS 4 MESES DE IDADE CORRIGIDA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
Autores: Carine Carolina Wiesiolek, Claudineide Maria da Silva, Carmen Lúcia
Neves Guimarães, Geisy Lima
Resumo: Introdução: O aumento na sobrevida de bebês prematuros tem sido
acompanhado por maiores índices de morbidade e de distúrbios
neuropsicomotores, de forma que a avalição de rotina e o melhor conhecimento
desta população deve fazer parte do serviço de acompanhamento destes
bebês. Objetivo: Avaliar o desenvolvimento motor de bebês prematuros aos 4
meses de idade corrigida e verificar sua associação com as variáveis de saúde
materna e infantil. Métodos: Estudo transversal retrospectivo com 60 bebês
avaliados pela Alberta Infant Motor Scale (AIMS). A coleta de dados foi
realizada a partir da revisão de prontuários, em hospital de referência do
estado de Pernambuco. Foram incluídos bebês que apresentavam prontuário
com dados completos e excluídos os prontuários de bebês com diagnóstico de
síndromes genéticas e malformações congênitas. Para a análise estatística,
foram utilizados os testes Exato de Fisher e o teste t Student (p<0,05). A
pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos
do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira, sob o protocolo
nº 2204.Resultados: Observou-se diferença estatisticamente significante entre
o peso ao nascer e a utilização de ventilação mecânica invasiva e o atraso do
desenvolvimento motor. Não houve diferença significativa entre as variáveis:
renda familiar, idade gestacional, perímetro cefálico, Apgar 1º e 5º minuto, sexo
e o desenvolvimento motor. Conclusão: Os dados corroboram com a literatura
apontando que o baixo peso ao nascer e o uso de ventilação mecânica
invasiva contribuem para o atraso no desenvolvimento motor, o que reforça a
necessidade de avaliação continuada principalmente destas crianças pós alta
hospitalar.
Palavras-Chave: Prematuro - Desenvolvimento Infantil - Diagnóstico precoce
Apresentador: Carine Carolina Wiesiolek
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COMPARAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR EM PREMATUROS
UTILIZANDO A ALBERTA INFANT MOTOR SCALE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM
Autores: Natiele Camponogara Righi, Giselle De Camargo Oliveira, Fabiane
Kurtz Martins, Gisiane Lidtke, Claudia Morais Trevisan
Resumo: Introdução: A prematuridade pode levar a alterações anatômicas e
estruturais do cérebro devido à interrupção das etapas de desenvolvimento
pré-natal levando a desvios no desenvolvimento motor (DM). Para a
identificação precoce de crianças com suspeitas de atraso, testes de triagem
são utilizados possibilitando o encaminhamento para diagnóstico e intervenção.
A Alberta Infant Motor Scale (AIMS) é um instrumento observacional do
desenvolvimento da motricidade ampla da criança, sendo confiável e fidedigna
para a população brasileira. Objetivos: Este estudo buscou verificar possíveis
atrasos no DM de recém-nascidos prematuros (RNPTs) acompanhados no
ambulatório de seguimento de um hospital público de ensino através da AIMS
nos anos de 2013 e 2014. Metodologia: Pesquisa observacional transversal e
longitudinal. As crianças foram selecionadas no ambulatório de Seguimento de
prematuros e os critérios de exclusão foram RNPTs com distúrbios
neurológicos,
alterações
musculoesqueléticas,
síndromes
genéticas,
encefalopatia hipóxico isquêmica grau II ou III ou com cardiopatias congênitas.
Os dados clínicos foram coletados nos prontuários, prévio a aplicação da
AIMS, que classifica as crianças conforme o percentil encontrado. Sendo
abaixo ou igual a 5 indica atrasos motores evidentes, entre 10 e 25 sugere
sinais de risco para atrasos motores, entre 50 e 75 DM indica um DM favorável
e acima de 90 considera o DM como pleno. Os dados foram verificados com
análise estatística descritiva. A pesquisa foi aprovada pelo CEP da instituição,
com número do protocolo 725.130. Resultados: Avaliamos 175 crianças em
2013, destas 88 (50,2%) eram do sexo masculino. Na AIMS, 27 (15,4%)
apresentaram DM pleno, 67 (38,2%) DM favorável, 59 (33,7%) sinais de riscos
para atrasos motores e 22 (12,5%) atrasos motores evidentes. Em 2014
avaliamos 279 crianças, sendo 117 (41,9 %) do sexo masculino. Na AIMS, 40
(14,3%) apresentaram DM pleno, 96 (34,4%) DM favorável, 103 (36,9%) sinais
de riscos para atrasos motores e 40 (14,3%) atrasos motores evidentes.
Conclusão: Neste grupo de estudo o número de RNPT com atraso motor
evidente se manteve estável embora um número maior de RNPT em 2014
(62%) possa ter interferido nos resultados. Este fato reforça a necessidade do
acompanhamento multiprofissional de RNPTs na avaliação e acompanhamento
sistematizado do desenvolvimento.
Palavras-Chave: prematuridade - desenvolvimento infantil - serviços de saúde
da criança
Apresentador: Claudia Morais Trevisan
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TAXAS DE ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO NO MOMENTO DA ALTA
HOSPITALAR
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS
HOSPITAL DE CLINICAS DE PORTO ALEGRE – HCPA
Autores: Annelise de Carvalho Gonçalves, Clea Carvalho, Raquel Concatto,
Marion Kohlmann, Maite Rimolo, Tamara Soares
Resumo: Introdução: Não existem dúvidas de que o melhor alimento para os
bebês é o leite materno, que atende as necessidades nutricionais de acordo
com a idade gestacional, além de prevenir infecções e promover o
amadurecimento gástrico e intestinal do recém-nascido (RN). Contudo, as
taxas de aleitamento materno exclusivo na alta da Internação Neonatal são
baixas, especialmente entre os prematuros. Estudo realizado com prematuros
egressos de um hospital escola constatou que o aleitamento materno exclusivo
(AME), que ocorreu para 36% dos bebês, estabaleceu-se apenas após a alta
hospitalar. Outro estudo constatou que somente 28,4% dos bebês prematuros
estavam em AME no momento da alta hospitalar. Objetivo: Identificar a
prevalência de aleitamento materno exclusivo dos egressos de uma Unidade
de Internação Neonatal no momento da alta hospitalar. Metodologia: Estudo
transversal inserido em um projeto do tipo “guarda-chuva”, tendo como
população os recém-nascidos que internaram a partir de 10 de janeiro de 2012,
até dezembro de 2014. A coleta dos dados foi realizada em formulários criados
pelas enfermeiras da unidade, preenchido no momento da alta de todos os RN.
O projeto foi aprovado pela Comissão de Pesquisa da Escola de Enfermagem
da Universidade Federal o Rio Grande do Sul. Análise dos dados: Foi realizada
análise descritiva com cálculo de frequências absolutas e relativas. Resultados:
Observa-se discreta queda das taxas de AME ao longo dos três anos
estudados. Em 2012 a taxa de AME geral foi de 61%, 54,5% em 2013 e 57%
em 2014. Entre os prematuros, as taxas foram mais baixas: 38,7% em 2012,
31,6% em 2013 e 33,2% em 2014. Por outro lado, houve aumento das taxas de
aleitamento misto entre todos os RN. Conclusão: Embora os achados sejam
similares a outros estudos nacionais, há necessidade de se fortalecer as ações
de promoção do AME durante a internação neonatal, para possibilitar que o
maior número possível de bebês, especialmente os prematuros, tenha alta
hospitalar recebendo exclusivamente leite materno.
Palavras-Chave: aleitamento materno, prematuro.
Apresentador: Annelise de Carvalho Gonçalves
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EVOLUÇÃO PONDERAL DOS RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS
ACOMPANHADOS NA TERCEIRA ETAPA DO MÉTODO CANGURU NA
MATERNIDADE CIDADE NOVA DONA NAZIRA DAOU
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
Autores: Lívia Ferreira Colares, Rodrigo Duarte Ferreira, Kate Sâmila Almeida
Vasques, Afranio Souza de Melo , Patrícia da Silva Barros , Adriana Távora de
Albuquerque Taveira
Resumo: Introdução: Recém Nascidos Prematuros (RNPT) podem apresentar
diversas dificuldades ao longo do crescimento e desenvolvimento, sendo que a
deficiência pondero-estatural, observada nos primeiros meses de vida, pode
causar prejuízo à saúde por toda a vida. O método canguru (MC) propõe-se a
auxiliar na assistência destes RNPT de forma benéfica, econômica e acessível.
Objetivo: Avaliar o ganho ponderal dos RNPT admitidos na terceira etapa do
MC, na maternidade pública, no período de abril/2012 a abril/2014.
Metodologia: Realizado estudo transversal retrospectivo. Aprovado pelo Comitê
de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
Resultados: Participaram 86 pacientes, 43% do sexo masculino e 57% do
feminino. O número de gestações, partos anteriores, consultas de pré-natal,
bem como a IG e peso dos RNPT na admissão do MC, foram semelhantes
entre os grupos dos RNPT em aleitamento materno exclusivo (AME), em
relação aqueles em aleitamento materno complementado (AMC). As mães
cujos RNPT permaneceram em AME, apresentavam idade cronológica
significativamente menor em relação à daquelas em AMC (24,9 ± 5,4 anos,
AME; 28,2 ± 4,8 anos, AMC, p=0,01). Entretanto, o tempo de acompanhamento
(TA) foi significativamente menor naqueles em AME (TA: 19,1 ± 13,5 dias,
AME; 33,1 ± 25,4 dias, AMC, p=0,001). RNPT em AMC mostraram maior
ganho de peso e maior peso na alta do MC quando comparados ao grupo em
AME, (Ganho de peso: 668,5 ± 461,6 g, AME; 1270,9 ± 1011,5g, AMC,
p<0,001; Peso na alta: 2899,8 ± 388,6g, AME; 3418,3 ± 885,2 g, AMC,
p<0,001). A idade gestacional na alta, também foi estatisticamente maior
naqueles em AMC (IG na alta do MC: 40,2 ± 2,2 semanas, AME; 42,3 ± 3,3
semanas, AMC, p<0,01). Conclusão: A prematuridade e o baixo peso
constituem um sério problema de saúde pública. No presente estudo, o ganho
de peso parece ser maior em RNPT que recebem complementos ao
aleitamento materno. Contudo aqueles RNPT que receberam aleitamento
materno exclusivo conseguiram completar as etapas do MC, mais
precocemente. Os estudos indicam que o MC traz benefícios à saúde do
recém-nascido prematuro e/ou de baixo peso.
Palavras-Chave: Ganho de Peso - Método Canguru - Prematuro
Apresentador: Lívia Ferreira Colares
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COMPARAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E COGNITIVO DE
LACTENTES PRETERMO E A TERMO AOS 6 MESES DE IDADE: ANÁLISE
DESCRITIVA DE DUAS ESCALAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Autores: Suelen Rosa de Oliveira, Ana Carolina Cabral de Paula Machado,
Flávio dos Santos Campos, Lívia de Castro Magalhães, Débora Marques de
Miranda, Maria Cândida Ferrarez Bouzada
Resumo: Introdução: Dado o elevado risco de alterações no
neurodesenvolvimento em prematuros, a aplicação de instrumentos adequados
de avaliação nos primeiros anos de vida é fundamental no acompanhamento
dessas crianças. Objetivo: Realizar análise descritiva do desempenho motor e
cognitivo de crianças nascidas prematuramente e avaliadas por dois
instrumentos diferentes: Bayley Scales of Infant Development-III (BSID-III) e
Ages and Stages Questionaire-3 (ASQ-3). Métodos: Estudo descritivo,
transversal. Amostra prevista de 48 crianças, distribuídas em dois grupos: (a)
grupo pretermo (GP), com crianças nascidas com menos de 34 semanas de
idade gestacional e (b) grupo a termo (GT), formado por crianças a termo
saudáveis. Ambos os grupos foram avaliados aos seis meses, idade corrigida
para o GP. A avaliação do desenvolvimento motor e cognitivo foi feita com uso
do BSID III e do ASQ-3. Resultados: Até o momento, foram avaliadas 14
crianças (oito no GP e sei s no GT). Na BSID-III, o GP apresentou pontuação
menor nas escalas cognitiva e motora (cognitivo: M=105,62±6,78; motor:
M=100,37±15,41) quando comparado ao GT (cognitivo: M=117,14±14,67;
motor: M=99,28±14.33), porém as diferenças não apresentaram significância
estatística (cognitivo: p-valor = 0,067; motor: p-valor = 0,89). Em relação ao
ASQ-3, o domínio cognitivo é avaliado pelo item Resolução de Problemas (RP),
no qual a pontuação do GP foi inferior (M=48,12±15,33) à pontuação do GC
(M=55,00±6,32), mas sem significância estatística (p-valor = 0,32). O domínio
motor no ASQ-3 é avaliado pelos itens Coordenação Motora Ampla (CMA) e
Coordenação Motora Fina (CMF), nos quais as crianças prematuras também
apresentaram pontuação inferior (CMA: M=30,62±19,35;CMF: M=46,87±14,62)
quando comparadas às crianças do GT (CMA: M=40.00±13.78;CMF:
M=60,00±0,00). No entanto, essas diferenças também não atingiram
significância estatística (CMA: p-valor = 0,33; CMF: p-valor = 0,051). Todas as
crianças apresentaram pontuação dentro da normalidade nos dois
instrumentos. Conclusão: BSID-III e ASQ-3 concordaram entre si quanto a
identificação de desfechos cognitivo e motor normais na amostra avaliada.
Todas as crianças mostraram desempenho dentro do esperado, sendo que as
diferenças de desempenho entre os grupos, sinalizadas pelas médias motoras
e cognitivas, possivelmente se tornam mais evidentes com aumento da
amostra.
Palavras-Chave: prematuro - desenvolvimento infantil Apresentador: Suelen Rosa de Oliveira
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HIPOATIVIDADE E MIOCLONIAS EM UM RECÉM-NASCIDO: RELATO DE
UM PACIENTE COM HIPERGLICINEMIA NÃO CETÓTICA
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
Autores: Victória Bernardes Guimarães, Júlia Santana Trombetta, Valéria
Fonteles Ritter, Daniel Turik Chazan, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael
Fabiano Machado Rosa
Resumo: Introdução: a hiperglicinemia não cetótica é um erro inato do
metabolismo em que grandes quantidades de glicina se acumulam nos tecidos,
incluindo o cérebro. Objetivo: relatar uma paciente com quadro de
hipoatividade/hiporreatividade e diagnóstico de hiperglicinemia não cetótica.
Métodos: realizou-se a descrição do caso juntamente com uma revisão da
literatura. Resultados: a paciente nasceu de parto cesáreo, com 40 semanas
de gestação, pesando 2970g, medindo 45cm e com perímetro cefálico de
33cm. A mãe apresentava 16 anos, sendo que era hígida e não consanguínea.
Possuía história de ter tido um filho na gestação anterior que teria nascido e ido
a óbito devido a complicações perinatais. O paciente atual apresentava história
de ter iniciado, a partir do segundo dia de vida, com quadro de sonolência e
hipoatividade, além de dificuldade de sucção. A criança evoluiu com piora da
hipoatividade e surgimento de mioclonias. Seus exames laboratoriais, incluindo
dosagem de lactato, enzimas musculares e provas de função da tireóide, foram
normais. A criança não era dismórfica. O eletroencefalograma mostrou um
traçado de surto-supressão, com descargas de pontas ondas no hemisfério
direito, mescladas com surtos de ondas lentas. Neste momento, suspeitou-se
de hiperglicinemia não cetótica. A ressonância magnética de crânio foi normal.
Os primeiros exames de erros inatos do metabolismo, através da cromatografia
de aminoácidos, mostraram aumento da excreção de glicina na urina. A análise
de aminoácidos em sangue impregnado em papel filtro evidenciou leve
aumento de glicina. Os resultados da cromatografia quantitativa de
aminoácidos por HPLC no plasma e no líquor constataram aumento acentuado
de glicina (existia também aumento da relação entre as concentrações de
glicina no líquor e no plasma), o que foi compatível com o diagnóstico de
hiperglicinemia não cetótica. Conclusão: a maiori a dos casos de
hiperglicinemia não cetótica apresenta-se no período neonatal. A doença
possui um padrão de herança autossômico recessivo, ou seja, os pais
possuem um risco de 25% de terem outro filho com a mesma condição. Em
nosso caso, não podemos descartar a possibilidade de que o filho anterior do
casal, que faleceu no período perinatal, apresentasse também o mesmo
diagnóstico.
Palavras-Chave: Convulsões - Doenças do recém-nascido - Hiperglicinemia
não-cetótica.
Apresentador: Victória Bernardes Guimarães
23
ALEITAMENTO MATERNO EM PREMATUROS ATENDIDOS NO
AMBULATÓRIO DE SEGUIMENTO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
INSTITUICAO: UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ –
UNIOESTE
Autores: Poliana Nicole Becker, Daniela Akemi Itakura, Milene de Moraes
Sedrez Rover, Francislene Aparecida Biederman, Silvana Delatore
Resumo: Introdução: A prematuridade e o baixo peso (BP) ao nascer estão
associados a inúmeros fatores de risco que podem interferir no crescimento e
desenvolvimento. Antes mesmo da criação dos Bancos de Leite Humano, o
benefício do leite materno para os prematuros já estava estabelecido. Dessa
forma, o aleitamento materno (AM) para o recém-nascido (RN) prematuro
continua sendo o padrão ouro na sua alimentação. Objetivo: Avaliar e
incentivar o aleitamento materno em prematuros nascidos abaixo de 1.500 g
(PTMBP), acompanhados por uma equipe interdisciplinar em ambulatório de
seguimento de Alto Risco em um hospital Universitário. Métodos: Pesquisa
analítica, descritiva e intervencionista realizada no Ambulatório de Seguimento
de Alto Risco, com PTMBP acompanhados de janeiro de 2013 a julho de 2014.
O trabalho foi aprovado pelo CEP da UNIOESTE sob nᵒ 259.076. Resultados:
O total de pacientes acompanhados nesse período foi de 78 PTMBP,
totalizando 484 consul tas. A média da idade gestacional (IG) foi de 29,84
semanas, a média do peso de nascimento (PN) foi de 1.191,7 g, o tempo
médio de internação hospitalar foi de 53 dias. Dentre os 78 PTMBP, 29%
estavam em Aleitamento Materno Exclusivo (AME), 49% AM e Aleitamento
Artificial (AA) na primeira consulta ambulatorial. Dos que consultaram até 6
meses (n = 62/80%) apenas 15% estavam em AME, 18% em AM e AA, 58%
em AA, 6% em AM, AA e alimentação complementar (AC) e 3% estavam em
AA e AC. Os pacientes que já estavam com AC, o fizeram antes da orientação
nutricional, sendo esta realizada na consulta ambulatorial do 6º mês. Alguns
pacientes que estavam em AM e AA ao sexto mês, após introdução de AC,
conseguiram suspender o AA, passando a alimentar-se com AM e AC
adequada a idade. Conclusão: O sucesso do AM inicia no incentivo à mãe
realizar a ordenha várias vezes ao dia durante o internamento do seu filho,
mantendo a produção láctea, porém, o apoio é contínuo, para o AM E
estabelecer-se até a AH, e mantido até dois anos ou mais, iniciando
alimentação complementar saudável ao sexto mês, ou quando o prematuro
estiver preparado para inicia-la.
Palavras-Chave: Prematuro - Aleitamento Materno - Ordenha
Apresentador: Milene de Moraes Sedrez Rover
24
DIÁLOGOS NO PRÉ-NATAL E A EXPERIÊNCIA DE MULHERES EM PARIR E
CUIDAR DO(S) FILHO(S)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
Autores: Carla Regina de Almeida Corrêa, Bianca Royana Pereira de Oliveira,
Amanda de Assunção Lino, Beatriz Castanheira Facio, Jamile Claro de Castro
Bussadori, Monika Wernet
Resumo: Introdução: Entre as recomendações da agenda em Saúde no Brasil,
está a promoção e proteção ao desenvolvimento infantil e a valorização e
qualificação das relações de cuidado. O período pré-natal é estratégico para a
efetivação de tais recomendações. Objetivo: O presente estudo busca
compreender a influência de tecnologia leve (‘diálogos’) no período pré-natal na
experiência de parir e nas práticas de cuidado parental nos primeiros 4 meses
após o nascimento da criança. Método: Trata-se de estudo exploratório,
qualitativo, cujo referencial teórico e metodológico a hermenêutica filosófica de
Gadamer. O mesmo está em andamento e, os resultados parciais derivam de
entrevistas em profundidade com quatro mulheres. Há aprovação do estudo
junto a um comitê de ética sob o número 957.814. Resultados: Os resultados
apontam contribuições da tecnologia leve na experiência de parir e nas práticas
de cuidado parental, sobretudo em termos de tranquilidade, segurança e
autonomia. Os temas “Autonomia e processo de parir”, “Autonomia e
maternagem” e “Ampliação e visibilidade da rede social” caracterizam o
impacto da tecnologia leve ‘diálogos’ no processo em foco neste estudo.
Conclusão: O grupo é espaço de troca de conhecimentos e vivências entre
pessoas que transforma concepções prévias relativas à experiência de parir e
práticas de cuidado à criança. Em função da participação há contato (in)direto
com outras pessoas da comunidade, desconhecidas anteriormente, as quais
tem potencialidade de integrar a sua rede social, bem como veiculam
conhecimentos da rede de atenção à saúde. Assim, a tecnologia leve ‘diálogos’
traz fortes indícios de constituir-se em espaço de desenvolvimento da
autonomia da mulher, com contribuição à saúde.
Palavras-Chave: Cuidado do lactente - Tecnologia - Enfermagem Maternoinfantil
Apresentador: Carla Regina de Almeida Corrêa
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COMPARAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR E DA RESPOSTA
HEMODINÂMICA CORTICAL DE LACTENTES PRETERMO E A TERMO AOS
SEIS MESES DE IDADE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Autores: Suelen Rosa de Oliveira, Ana Carolina Cabral de Paula Machado,
Paulo Henrique P Moraes, Jonas Jardim de Paula, Débora Marques de
Miranda, Maria Cândida Ferrarez Bouzada
Resumo: Introdução: A espectroscopia de luz próxima ao infravermelho (NIRS)
tem sido apontada como ferramenta promissora no estudo do cérebro infantil,
destacando-se na avalição de áreas corticais motoras. Objetivo: Avaliar e
comparar a atividade hemodinâmica cortical e o desenvolvimento motor de
crianças nascidas prematuras aos seis meses de idade corrigida com crianças
a termo na idade de seis meses. Métodos: Estudo descritivo e transversal,
envolvendo crianças menores de 34 semanas de idade gestacional, na idade
corrigida de seis meses, grupo prematuro (GP). Foram excluídas crianças com
malformações congênitas, alterações genéticas e neurológicas. O grupo
controle (GC) foi formado com crianças a termo saudáveis na idade de seis
meses. A avaliação da atividade hemodinâmica cortical foi realizada a partir da
NIRS e as habilidades motoras foram avaliadas pela Bayley Scales of Infant
Development- III (BSID-III). Utilizou-se equipamento NIRS de onda contínua
com 84 canais cobrindo as regiões frontal, occipital, temporal e parietal
bilaterais com estimulação motora (vibração aplicada na mão direita das
crianças). Resultados: Foram avaliadas 54 crianças, sendo 31 do GP e 23 do
GC. Porém, foram obtidos os dados de NIRS de 16 crianças do GP e 17 do
GC. Para fins de análise, consideramos somente os canais localizados sobre o
córtex sensório-motor bilateralmente. Para avaliar a hemodinâmica cortical,
comparamos os resultados da resposta hemodinâmica (ativação; canal sem
alteração significativa e desativação), canal a canal, entre os grupos, por meio
do teste Qui-quadrado (X2). Não foi encontrada diferença significativa entre os
grupos. Entretanto, no canal localizado entre C1 e C3, que corresponde à área
motora primária esquerda, foi observado um valor-p= 0,06, com magnitude de
efeito alta (φ= 0,406). Os resultados da avaliação motora não indicaram
diferença significativa entre os grupos (GP: M=103,25±15,83; GC:
M=107,29±11,23; p=0,401). Conclusão: Os resultados da avaliação
hemodinâmica cortical em resposta à estimulação motora e do desempenho
motor são concordantes. Esses achados sugerem que a NIRS pode ser uma
técnica promissora para estudos de atividade funcional do cérebro infantil.
Palavras-Chave: desenvolvimento infantil - espectroscopia de luz próxima ao
infravermelho - prematuro
Apresentador: Suelen Rosa de Oliveira
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ESTUDO DO PERFIL CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS
CONGÊNITA NA UNIDADE DE INTERNAÇÃO DO HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO ULBRA/MÃE DE DEUS, CANOAS, RS
UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL
Autores:Luciana Korf Chinazzo, Cristiano do Amaral de Leon
Resumo: Introdução: A sífilis congênita (SC) ainda representa um grave
problema de saúde pública, que pode ser evitada e controlada através de
medidas simples como a assistência pré-natal adequada. Objetivo: Descrever a
incidência, o perfil clínico e epidemiológico da SC na unidade de internação de
um hospital universitário, no período de julho/2013 a junho/2014. Métodos:
Foram considerados casos todos pacientes neonatos, diagnosticados com SC,
e suas mães com exame VDRL positivo, e controles, todos os pacientes
neonatos, com diagnóstico negativo para SC, e suas mães, com exame VDRL
negativo, sendo pareados 2 controles para cada caso. Os dados foram
coletados em instrumento padrão, com revisão de prontuários. O estudo foi
protocolado junto ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Luterana
do Brasil – Ulbra, obedecendo às determinações da Resolução 196, do
Conselho Nacional de Saúde, e aprovado com o parecer CAAE n°
37516514.0.0000.53 49. Resultados: Houveram 3842 nascimentos. Destes, 88
foram identificados como SC, todos correlacionados com o diagnóstico de sífilis
materna. Observou-se uma incidência de 2,29%, correspondendo a 22,9 casos
em 1000 nascidos/vivos. Entre as pacientes com diagnóstico de sífilis, 43,2%
realizaram 6 ou mais consultas pré-natais, contra 62,3% do grupo controle
(p=0,002); 55,7% realizaram triagem pré-natal com exames sorológicos no 1º
trimestre, contra 90,3% do grupo controle (p<0,001). Entre os casos, dos
63,6% das pacientes com diagnóstico de sífilis durante a gestação, 89,3%
usaram penicilina no tratamento, 53,8% o completaram e 10,7% não o
realizaram. Dos parceiros, 23,2% realizaram o tratamento. No perfil dos recémnascidos avaliados com diagnóstico de SC, 36,4% apresentaram titulação de
VDRL de 1:1, e 25% maior que 1:4, sendo que 2 pacientes apresentaram
titulação de VDRL 4 vezes maior que a titulação materna. Conclusão: No
estudo, evidenciou-se uma incidência elevada de sífilis congênita quando
comparada à literatura, correlacionando-se com o baixo número de consultas
pré-natais. Apesar do tratamento instituído ser de fácil acesso e prevenir a
transmissão da doença ao concepto, nota-se que o mesmo não está sendo
realizado adequadamente, reduzindo a sua efetividade.
Palavras-Chave: sífilis - sífilis congênita - saúde pública
Apresentador: Luciana Korf Chinazzo
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A RELAÇÃO DA ASSISTÊNCIA PRESTADA DURANTE O PRÉ-NATAL COM
A PREMATURIDADE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RIO GRANDE
Autores: Francielle Garcia Sena, Nalú Pereira da Costa Kerber, Carolina
Coutinho Costa, Liane Rodrigues Borges
Resumo: INTRODUÇÃO: A gestação é um processo fisiológico considerado
normal, porém, acarreta mudanças físicas, sociais e emocionais e, em alguns
casos, podem ocorrer complicações, dentre elas o trabalho de parto prematuro
(TPP). A assistência prestada durante o ciclo gravídico representa um grande
influenciador para um resultado positivo na gestação, de forma que sejam
identificados, tratados e monitorados os fatores que poderão levar ao parto
prematuro (PP). OBJETIVO: relacionar a assistência pré-natal (PN) com a
prematuridade dos recém-nascidos. MÉTODO: caracteriza-se como uma
pesquisa de abordagem quantitativa do tipo caso-controle, realizado nos dois
hospitais de um município do extremo sul do Brasil através de entrevistas feitas
diariamente. Constituíram-se como casos 73 mulheres que tiveram PP e como
controles, 66 gestantes que tiveram parto a termo em momento imediatamente
posterior a cada caso, no primeiro semestre de 2014. A pesquisa foi ap rovada
com os pareceres 134/2013 e 005/2013 dos comitês de ética e pesquisa dos
hospitais envolvidos. RESULTADOS: Observou-se que 62% não planejaram
engravidar; 92% realizaram pré-natal, iniciando em média na 11ª semana; 106
mulheres realizaram seis ou mais consultas. As puérperas que realizaram o
pré-natal tiveram uma probabilidade de ter PP 10% menor que as mulheres
que não fizeram acompanhamento. Nota-se que o início do pré-natal no
primeiro trimestre foi um fator protetor e reduziu o risco de PP em 59%, em
comparação às que iniciaram em outro trimestre. Ao serem comparados os
diferentes tipos de atendimento pré-natal oferecidos, observa-se que as
mulheres que o realizaram no nível da atenção primária à saúde (unidades
tradicionais ou Estratégia de Saúde da Família), o risco de PP foi 70% menor
do que nas mulheres que realizaram suas consultas por convênio ou particular.
CONCLUSÃO: Realizar o pré-natal e iniciar as consultas ainda no primeiro
trimestre são itens fundamentais para que a qualidade do pré-natal seja
alcançada. Os serviços particulares ou com convênios também serviram como
fatores contribuintes para aumentar a chance de prematuridade, fato que
também pode ser explicado pelas gestantes optarem por realizar o parto
cesáreo, e assim aumentar os riscos para o trabalho de parto prematuro.
Palavras-Chave: Cuidado Pré-natal - Trabalho Parto prematuro - Enfermagem
Apresentador: Francielle Garcia Sena
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NURSING ACTIVITIES SCORES (NAS): MENSURANDO A CARGA DE
TRABALHO DE ENFERMAGEM NA UTI NEONATAL
HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE – HCPA
Autores: Alessandra Vaccari, Cristiane Raupp Nunes, Deise Cristianetti,
Elenice Lorenzi Carniel, Gisela M. S. Souto De Moura
Resumo: INTRODUÇÃO: As equipes de enfermagem quando adequadamente
dimensionadas contribuem para maior segurança no ambiente de cuidado. No
Brasil, desde 2010, a RDC nº 7 estabelece dentre os requisitos para o
funcionamento de UTI, que os pacientes devem ser “avaliados por meio de um
Sistema de Classificação de Necessidades de Cuidados” e, além disto, que a
chefia de enfermagem deve correlacionar esta avaliação com o quantitativo de
profissionais de enfermagem. O Nursing Activities Scores (NAS) é um
instrumento usado para mensurar a carga de trabalho de enfermagem, por
paciente, nas 24 horas do dia. A UTI Neonatal (UTIN) do hospital campo de
estudo, seguindo a normativa já citada, tem avaliado, sistematicamente, os
recém-nascidos (RN) internados nos leitos de intensivismo. OBJETIVO:
Mensurar a carga de trabalho da enfermagem da UTI Neonatal utilizando o
NAS. MÉTODO: Trata-se de um estudo retrospectivo, quantitativo com
abordagem descritiva, realizado em uma UTI Neonatal de um hospital de
grande porte da cidade de Porto Alegre. A coleta ocorreu no banco de dados
da instituição, referente ao período de 01 de janeiro de 2012 à 31 de dezembro
de 2014. Esta pesquisa insere-se no projeto “Gestão do cuidado de
enfermagem em uma unidade neonatal na perspectiva da qualidade e
segurança”, desenvolvido por docentes e enfermeiros da Neonatologia. O
estudo foi aprovado na Comissão de Pesquisa da Escola de Enfermagem da
UFRGS. RESULTADOS: A carga de trabalho de enfermagem, utilizando o
escore NAS, apresentou média de 69,16 (2012), 74,56 (2013) e 72,73 (2014).
Estudo realizado na mesma instituição, no ano de 2011, encontrou média do
escore NAS de 62,29. Na área neonatal de um hospital universitário em São
Paulo, no ano de 2006, foi encontrada média de NAS de 66,9 pontos para
pacientes na área de internação e 91,1 pontos para RN de UTIN.
CONCLUSÃO: Os dados sugerem que houve um aumento na complexidade
dos cuidados demandados pelos pacientes, aumentando desta forma, a carga
de trabalho de enfermagem. Outros dados, como a análise dos escores NAS
por sala de UTI são necessários para avaliar as características de cada área
assistencial e, assim, reavaliar o dimensionamento da equipe por sala.
Palavras-Chave: Carga de Trabalho - Neonatologia - Enfermagem
Apresentador: Elenice Lorenzi Carniel
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DIFICULDADES DE DEGLUTIÇÃO EM RECÉM-NASCIDOS SUBMETIDOS A
AVALIAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA: ESTUDO RETROSPECTIVO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS
Autores: Karine da Rosa Pereira, Deborah Salle Levy, Brenda Gabriela Haack,
Renato Soibelmann Procianoy, Rita de Cássia Silveira
Resumo: Introdução: Recém-nascidos em cuidados neonatais têm um risco
maior de incoordenar as funções de sucção, deglutição e respiração. Estes
podem apresentar dificuldades de alimentação/deglutição como resultado de
múltiplas comorbidades. Objetivo: Descrever as queixas de dificuldades de
alimentação/deglutição em recém-nascidos internados em Unidade de
Tratamento Intensivo Neonatal. Métodos: Estudo retrospectivo, realizado no
período de julho de 2013 a outubro de 2014. Os critérios de inclusão foram
recém-nascidos com queixas de dificuldade de alimentação/deglutição
encaminhados para avaliação clínica fonoaudiológica. Os recém-nascidos
identificados foram classificados, conforme a avaliação clínica, apresentando
coordenação ou incoordenação da sucção, deglutição e respiração. As queixas
de dificuldades de alimentação/deglutição foram referidas pela equipe médica e
descritas como: dessaturação, estridor, desorganiza ção oral, dificuldade de
ingerir todo volume prescrito por via oral, alimentação lenta, tosse e
regurgitação nasal. O teste exato de Fischer foi utilizado para associação entre
as variáveis. Os dados qualitativos foram expressos em números absolutos e
relativos. Neste estudo, adotou-se um nível de significância de p = 0,05.
Resultados: Foram encaminhados 49 recém-nascidos para avaliação
fonoaudiológica por apresentar dificuldades de alimentação/deglutição. A
média de idade foi 34 semanas. Dos 49 recém-nascidos encaminhados, 38
apresentaram incoordenação da sucção, deglutição e respiração. Na avaliação
clínica 21 (43%) recém-nascidos apresentaram dessaturação, 10 (20%) tosse,
35 (71%) escape oral, 30 (61%) resíduo em cavidade oral e 7 (14%) estridor
durante a deglutição. A dessaturação durante a alimentação foi a queixa mais
comum relacionada com incoordenação da sucção, deglutição, respiração
(p=0,001). Conclusão: Há uma forte re lação entre dificuldade de alimentação e
incoordenação das funções de sucção, deglutição e respiração.
Palavras-Chave: Recém-nascido - Sucção - Transtornos de deglutição
Apresentador: Karine da Rosa Pereira
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AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO MOTOR PELO TESTE DE
PERFORMANCE INFANTO MOTORA
HOSPITAL DA CRIANÇA CONCEIÇÃO - GHC
Autores: Lisie Maria Melo Carvalho, Beatriz Salle Levy Flores da Cunha, Cátia
Rejane Soares de Soares
Resumo: INTRODUÇÃO: O nascimento prematuro é um evento que traz
implicações ao desenvolvimento da criança. Os recém-nascidos (RNs)
prematuros extremos que sobrevivem a este período, apresentam risco
elevado de alterações no neurodesenvolvimento a longo prazo. É essencial
monitorar o desenvolvimento desses RNs , de forma a detectar precocemente
possíveis desvios para intervir, prevenir ou minimizar sequelas. OBJETIVO:
Avaliar o desenvolvimento neuromotor de RNs prematuros internados na
Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal de um Hospital no Sul do Brasil.
Através do Teste de Performance Infanto Motora (TIMP) e análise de
prontuário. MÉTODOS: Estudo de caráter transversal, aprovado pelo Comitê
de Ética Hospital Moinhos de Vento. A população-alvo são RNs, com idade
gestacional (IG) corrigida entre 34 a 37 semanas. Apresentem ou não o
diagnóstico de Hemorragia Cerebral através do exame de ultrassonografia.
RESULTADOS: Foram avaliados ao todo 38 RNs com IG em média 32
semanas e peso ao nascimento 1,8 gramas, com predomínio do sexo
masculino 53%. Somente 3 prematuros apresentaram hemorragia Cerebral
Grau I. Os RNs foram avaliados com IG corrigida em média de 37 semanas.
Segundo as características gerais da amostra, houve diferença estatística entre
comprimento e perímetro cefálico entre os RNs de 34-35 com o grupo de 36-37
semanas. Não houve diferença estatística entre APGAR 1’, SNAPPEII e tempo
de UTI. Os RNs foram agrupados segundo o escore de TIMP, Grupo I (34-35
semanas IG corrigida) e Grupo II (36-37 semanas) classificados em: normal,
pouco abaixo, abaixo e muito abaixo. Dentre o Grupo I a média de pontuação
foi (43 ± 3), entre Grupo II (43 ± 7). Correspondendo ao total de 52% dos RNs
pouco abaixo da média. CONCLUSÃO: O presente estudo encontrou em sua
população segundo escore TIMP prematuros pouco abaixo da média. Para
uma melhor obtenção dos resultados deve-se realizar um acompanhamento a l
ongo prazo. Podendo ser uma ferramenta, para o diagnóstico de possíveis
atrasos no desenvolvimento motor, e intervenções mais precoces. Para futuras
pesquisas seria mais adequado inserir os RNs internados na Unidade
Tratamento Intensivo com IG corrigida entre 34 semanas a 4 meses para maior
abrangência de prematuros avaliados.
Palavras-Chave:
Intracraniana
Prematuro
-
Desenvolvimento
Apresentador: Lisie Maria Melo Carvalho
31
Motor
-
Hemorragia
RELAÇÃO ENTRE A PREMATURIDADE E AS CARACTERÍSTICAS
SOCIODEMOGRÁFICAS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE
Autores: Carolina Coutinho Costa, Francielle Garcia Sena, Nalú Pereira da
Costa Kerber, Liane Rodrigues Borges, Vanessa Andréia Wachholz
Resumo: Introdução: O Parto Prematuro (PP) é considerado quando ocorre até
36 semanas e 6 dias de gestação ocasionando riscos para o recém-nascido e
até mesmo o óbito. O processo da prematuridade é advindo de diversos
fatores, e pode permear diferentes classes sociais e territórios repercutindo
financeira e psicologicamente. Objetivo: estabelecer a relação entre
características sociodemográficas das mulheres e a ocorrência do PP. Método:
este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa de abordagem quantitativa do
tipo caso-controle, realizado nos dois hospitais de um município do extremo sul
do Brasil. Constituíram-se como casos 73 mulheres que tiveram PP e como
controles, 66 gestantes que tiveram parto a termo em momento imediatamente
posterior a cada caso, no primeiro semestre de 2014. A pesquisa foi aprovada
com os pareceres 134/2013 e 005/2013 dos comitês de ética e pesquisa dos
dois hospitais envolvidos. Resultados: Na análise dos dados, observa-s e que a
média de idade foi de 25,3 anos; 93 eram brancas das quais 53 finalizaram sua
gestação com PP; 76 tinham 9 anos ou mais de estudo; a média de renda
mensal foi de R$ 804,76, sendo que 80 tinham renda per capta menor do que
um salário mínimo. A idade, cor da pele e renda não se mostraram como
fatores relacionados à prematuridade. As mulheres com escolaridade entre
cinco e oito anos apresentaram uma probabilidade 71% menor de ter TPP
quando comparada às mulheres com nove anos ou mais de escolaridade, que
se destacaram com 49 casos de prematuridade. Acreditava-se que mulheres
com maior escolaridade, que têm maior poder aquisitivo, teriam mais chance
de prematuridade, pois estas costumam optar pela cesárea, procedimento que
comprovadamente aumenta esse risco. Conclusão: As características
sociodemográficas não se mostraram como fatores concorrentes para
prematuridade, com exceção da escolaridade, que foi o único aspecto com
poder de significância. Este tipo de e studo é relevante no sentido de dar
visibilidade aos aspectos que precisam de mais atenção da equipe de saúde
durante o pré-natal.
Palavras-Chave: Trabalho de parto prematuro - Fatores de risco - Enfermagem
Apresentador: Carolina Coutinho Costa
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TESTE DE TRIAGEM NEONATAL: AVALIAÇÃO DO TEMPO ENVOLVIDO NO
PROCESSO
SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE DO RS
Autores: Fernanda Araujo Rodrigues , Anita Leal Leitão, Ana Terra Gonçalves
Pereira, Dinara Dornfeld
Resumo: Introdução: O Teste de Triagem Neonatal (TN) possibilita a
identificação de doenças como Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito e
Anemia Falciforme para que se possam tratar precocemente os recémnascidos acometidos, a fim de diminuir a morbimortalidade causada por estes
distúrbios. A efetividade da TN depende primordialmente da coleta correta e
em tempo adequado, do rápido envio da amostra ao laboratório e emissão dos
resultados. Objetivo: Caracterizar o processo que envolve o TN realizado em
doze unidades de saúde comunitária (USC) de Porto Alegre, avaliando sua
adequação ao preconizado pelo Ministério da Saúde (MS). Métodos: Estudo
quantitativo, transversal e descritivo. Os dados foram coletados a partir do
banco de dados pré-elaborado pelo Serviço de Referência em Triagem
Neonatal correspondentes ao período de outubro de 2007 até março de 2008 e
analisados no programa Microsoft Office Excel. Os princípios éticos foram
respeitados m ediante aprovação do projeto pelos comitês de ética das
instituições envolvidas. Resultados: Foram avaliadas 354 amostras, destas,
345 foram coletadas até o 30º dia de vida, período preconizado pelo MS, sendo
que 90 ocorreram no período preferencial de 2 a 7 dias de vida. No entanto,
nove amostras ultrapassaram o limite indicado. O tempo recomendado pelo MS
entre a coleta do teste e a chegada no laboratório é de no máximo cinco dias
úteis. Dentre as doze USC estudadas, oito apresentaram médias de dias
adequadas para o encaminhamento da amostra. No entanto, destaca-se que o
período variou entre 1 e 101 dias. O período máximo observado representaria
tempo suficiente para serem instaladas sequelas de qualquer uma das doenças
triadas. Quanto ao tempo entre a chegada da amostra ao laboratório e a
emissão do resultado, apesar da indicação pelo MS de no máximo sete dias, a
variação encontrada foi de 2 a 29 dias. Conclusão: A morosidade no processo
é um fator impo rtante a ser abordado com as equipes de saúde, pois além de
retardar um possível diagnóstico e impactar na qualidade de vida da criança,
ainda onera o Sistema Único de Saúde. Portanto, são necessários avanços
para qualificar este processo, reduzindo o tempo em cada etapa, a fim de
alcançar seu objetivo.
Palavras-Chave: Triagem neonatal - Avaliação em Saúde - Hemoglobinopatias
Apresentador: Ana Terra Gonçalves Pereira
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RESPOSTA AUDITIVA DE ESTADO ESTÁVEL EM NEONATOS NASCIDOS
PRÉ-TERMO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS
Autores: Pricila Sleifer, Ana Francisca Constantino Ferreira de Sousa, Dayane
Domeneghini Didoné
Resumo: Introdução: Os recém-nascidos pré-termo são suscetíveis à
alterações das vias auditivas ao longo do processo maturacional, sendo
necessário verificar o desenvolvimento das funções auditivas. A resposta
auditiva de estado estável (RAEE) permite mensurar objetivamente os limiares
auditivos. Contudo podem sofrer influência da imaturidade neurológica dos
recém-nascidos pré-termo. Objetivo: Correlacionar os limiares obtidos na
resposta auditiva de estado estável em neonatos pré-termo e a termo.
Métodos: Foram avaliados 33 neonatos nascidos pré-termo e 30 nascidos a
termo, que passaram na triagem auditiva neonatal, com presença de emissões
otoacústicas transientes, curvas timpanométricas sem alteração e adequada
avaliação otorrinolaringológica. Após, realizou-se a avaliação da RAEE. Os
grupos foram comparados entre si sobre as variáveis idade gestacional, orelha
e gênero. O estudo foi aprovado no Comitê de Ética e pesquisa do Institut o de
Psicologia da UFRGS sob o número 2011.039. Resultados: Houve correlação
significante entre os limiares dos dois grupos nas frequências de 500 Hz, 1000
Hz, 2000 Hz e 4000 Hz em ambas as orelhas. Os neonatos nascidos pré-termo
apresentaram limiares mais elevados do que os limiares dos neonatos
nascidos a termo (p=0,004). Não foram encontradas diferenças significantes
entre orelhas e gênero dos neonatos em ambos os grupos. Conclusão: Os
neonatos pré-termo apresentaram limiares mais elevados do que os nascidos a
termo, evidenciando o processo maturacional. Tais resultados são importantes
para a conduta fidedigna no diagnóstico audiológico dessa população.
Palavras-Chave: Perda auditiva - Resposta auditiva de estado estável Neonatos
Apresentador: Ana Francisca Constantino Ferreira de Sousa
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SEGUIMENTO DO RECÉM-NASCIDO DE RISCO: EXPERIÊNCIA DE UM
AMBULATÓRIO INTERDISCIPLINAR
UNIOESTE
Autores: Daniela Akemi Itakura, Milene de Moraes Sedrez Rover, Francislene
Aparecida Biederman, Grasiely Masotti S. Barreto, Poliana Nicole Becker,
Silvana Delatore
Resumo: Introdução: Um índice elevado de bebês nascem prematuros (PT) ou
com baixo peso no Brasil todos os anos. Avanços na Neonatologia têm
determinado um aumento na sobrevida dos PT, denotando crescente
preocupação com problemas no crescimento e desenvolvimento futuros. A
continuidade ao cuidado oferecido a esses PT assistidos na Unidade de
Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é de extrema importância após sua alta
hospitalar. De modo que com uma visão interdisciplinar possa se estabelecer
um enfoque na prevenção e promoção da saúde, com uma interação com a
família, buscando diminuir sequelas e desenvolver todo o potencial desse PT.
Objetivo: Relatar a experiência de uma equipe interdisciplinar no atendimento
ambulatorial de Prematuros Muito Baixo Peso (PTMBP) egressos de uma
UTIN. Métodos: Estudo descritivo, desenvolvido com base na experiência de
uma equipe interdisciplinar, constituída por pediatras, enfermeiros,
fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudióloga e assistência social, no
acompanhamento de PTMBP, egressos de uma UTIN de um Hospital
Universitário, no período de janeiro de 2013 a julho de 2014. As consultas
foram realizadas na primeira semana pós-alta hospitalar, com retorno em 15
dias, mensalmente até o sexto mês, a cada 2 meses até 1 ano e a cada 3
meses até 2 ano. Resultados: Nesse período foram realizadas 484 consultas
ambulatoriais, sendo inclusos 78 PTMBP. As consultas são realizadas
concomitantemente com todas as especialidades, de modo que há troca de
conhecimento, informações e condutas. O aleitamento materno é estimulado
por toda a equipe, com retornos frequentes quando necessário, para
monitorização do peso. Foi constatado que praticamente 50% dos PT
necessitaram encaminhamento para intervenção fisioterapêutica. O
atendimento simultâneo faz com que haja menos deslocamentos por parte da
família, estabelecimento de vínculo de confiança com os profissionais,
procurando sanar dúvidas e amenizar ansiedades. Conclusão: A continuidade
da assistência prestada aos RNPTMBP deve ser realizada por uma equipe
interdisciplinar capacitada visto que a percepção precoce de alterações no
desenvolvimento e crescimento, assim como a prevenção de novas
complicações bem como a identificação de fatores de risco torna o prognóstico
desses PT melhor. O desafio é organizar ainda mais o serviço, fortalecendo a
equipe no atendimento as famílias e seus PT.
Palavras-Chave: seguimento - prematuro - recém-nascido muito baixo peso
Apresentador: Daniela Akemi Itakura
35
DESEMPENHO DE PREMATUROS NA ESCALA MOTORA DE ALBERTA NO
AMBULATORIO DE SEGUIMENTO DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE ENSINO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM
Autores: Fabiane Kurtz Martins, Giselle De Camargo Oliveira, Natiele
Camponogara Righi, Gisiane Lidtke, Claudia Morais Trevisan,
Resumo: Introdução: A escala de Alberta Infant Motor Behavior (AIMS) é um
instrumento utilizado com recém nascidos prematuros (RNPTs) desde o
nascimento até a idade de 18 meses visando identificar fatores de risco para o
desenvolvimento. A AIMS permite a identificação de crianças com suspeitas de
atraso motor possibilitando um diagnóstico precoce e possível
encaminhamento para intervenção precoce. Sendo um instrumento fidedigno e
validado para a população brasileira e de fácil aplicação. Objetivo: Descrever o
desempenho de RNPTs do ambulatório de seguimento, observados pela
Fisioterapia, em relação à idade corrigida (IC) e o escore obtido nas posturas
da AIMS. Metodologia: Estudo descritivo cujos dados foram coletados entre
maio/2013 e outubro/2014. O projeto de pesquisa foi aprovado pelo Comitê de
ética com protocolo número: 725.130. A AIMS é composta por 58 itens
distribuídos em quatro subescalas: 21 itens em prono, 09 itens em supino, 12
itens sentado e 16 itens em pé. O conteúdo de cada item é descrito
detalhadamente e o examinador deve identificar e observar três principais
descritores: o suporte de peso, a postura e o movimento antigravitacional.
Resultados: nas 379 crianças avaliadas, os dados analisados entre a IC aos 0,
3, 6, 12 meses e a média dos escores em cada posição, mostraram que o
maior aumento nos escores foram: na posição prono entre o 9° para o 12° mês;
em supino entre o 3° e 6° mês; sentado, do 6° para o 9° mês, e na posição em
pé do 9° para o 12° mês. Os dados foram verificados com análise estatística
descritiva. Conclusão: Neste estudo foi verificado um crescimento gradual do
escore em todas as posturas em relação aos meses de idade corrigida
acompanhando as etapas do desenvolvimento neuromotor. Houve redução no
retorno dos prematuros para reavaliação do desenvolvimento motor com o
passar dos meses, fato preocupante, visto que é preconizado que nos
primeiros dois anos de vida deve ser dada atenção especial para a avaliação
do desenvolvimento sensóriomotor e da linguagem o que pode melhorar, em
muito, o prognóstico futuro do prematuro.
Palavras-Chave: prematuridade - desenvolvimento infantil - serviços de saúde
da criança
Apresentador: Claudia Morais Trevisan
36
RELAÇÃO ENTRE INDICADORES DE RISCO E ALTERAÇÃO NA TRIAGEM
AUDITIVA EM PREMATUROS
HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO; UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO
Autores: Laura Cristine Giacometti, Lisiane Lieberknecht Siqueira, Kênia
Regina Bissoto, Jéssica dos Santos Pereira, Lenita da Silva Quevedo
Resumo: INTRODUÇÃO: A Triagem auditiva Neonatal (TAN) tem como
objetivo detectar precocemente perdas auditivas. Neonatos internados em
Unidades de Terapia Intensiva possuem maior probabilidade de apresentar
deficiência auditiva, por isso faz-se necessário a identificação precoce da perda
auditiva e de seu diagnóstico, possibilitando a intervenção médica e
fonoaudiológica ainda no período de maturação e plasticidade do sistema
nervoso central, diminuindo assim as consequências negativas no
desenvolvimento global da criança. OBJETIVOS: Verificar a relação entre os
Indicadores de Risco para Deficiência Auditiva (IRDA) e a prevalência de
alteração na triagem auditiva em prematuros. MÉTODOS: A presente pesquisa
foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Passo
Fundo sob nº 891.937. Foi realizada em um hospital de referência do norte do
Rio Grande do Sul durante três meses do ano 2014 e 2015. Foram incluídos
neste estudo os neona tos que apresentassem qualquer um dos IRDA,
propostos pelo Joint Committe On Infant Hearing (JCIH). Para a avaliação
audiológica, os neonatos realizaram os exames de Emissões Otoacústicas
Transientes (EOAT), o qual avalia a integridade e funcionamento das células
ciliadas externas da cóclea, e Potenciais Evocados Auditivos de Tronco
Encefálico Automático (PEATE-A), que avalia a integridade do nervo auditivo
até o tronco encefálico. Ambas as testagens foram realizadas com o
equipamento da marca GN Otometrics A/S, modelo MADSEN AccuScreen tipo
1077. Todos os indivíduos que aceitaram participar da pesquisa assinaram o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. RESULTADOS: Foram avaliadas
23 crianças, ou seja, 46 orelhas, as quais tinham idade gestacional corrigida
entre 35+5 semanas e 3 meses. Após a realização dos exames pode-se
constatar que todos os indivíduos passaram no exame de EOAT e apenas uma
orelha falhou no exame de PEATE-A. O indivíduo que obteve falha apr esentou
como indicadores de risco: permanência na UTI, uso de medicamentos
ototóxicos e sífilis congênita. Obteve-se como percentual de falha 2,17%, o que
concorda com a literatura. CONCLUSÃO: Apesar de não se ter observado
grande prevalência de alteração auditiva neste período de idade pesquisado,
faz-se necessário o acompanhamento audiológico nos três primeiros anos de
vida devido a possibilidade de alteração auditiva tardia.
Palavras-Chave: Audição - Recém-nascido - Perda Auditiva
Apresentador: Laura Cristine Giacometti
37
AVALIAÇÃO DA PRONTIDÃO DO PREMATURO PARA INÍCIO DA
ALIMENTAÇÃO ORAL
FACULDADE NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
Autores: Talita Todeschini Vieira, Lauren Medeiros Paniagua, Simone Augusta
Finard
Resumo: Introdução: O estabelecimento da via de alimentação do prematuro
tem como um dos indicadores a idade gestacional, pois a coordenação entre
sucção-deglutição-respiração inicia entre a 32ª e a 34ª semanas. Com isso,
mesmo para prematuros a partir da 34ª semana de gestação, já se indica a
ingestão de leite materno preferencialmente por via oral (VO). Objetivo: Avaliar
a prontidão do prematuro com idade gestacional corrigida menor ou igual a 36
semanas e 6 dias para início da alimentação por VO. Método: Trata-se de um
estudo transversal, observacional, descritivo no qual foram incluídos no estudo
11 neonatos prematuros que recebiam dieta por Sonda Orogástrica (SOG) ou
Sonda Nasogástrica (SNG), desde que clinicamente estáveis, com liberação
médica, no período entre novembro de 2011 a abril de 2012. A coleta foi
realizada em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) de uma instituição
de assistência hospitalar de médio porte, situada na região nordeste do estado
do Rio Grande do Sul. Aplicou-se o protocolo de Avaliação da Prontidão do
Prematuro para Início da Alimentação Oral. Foram excluídos da coleta os
neonatos prematuros com deformidades craniofaciais; distúrbios respiratórios,
cardiovasculares, gastrointestinais ou neurológicos; portadores de síndromes
que dificultassem ou impedissem a alimentação oral. Este estudo foi aprovado
pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Nossa Senhora de Fátima,
sob o registro de nº 0013. Resultados: Os dados foram coletados em
prematuros com idade média de 5,2 dias de vida e média de peso de 2042g.
Entre as mães, 10 sofreram intercorrências durante a gestação e realizaram
cesárea. Conclusão: Entre os prematuros avaliados, 5 (45,5%) apresentavam
prontidão para receber alimentação via oral. Também se verificou que bebês
aptos para o seio materno apresentaram, para esta amostra, maior idade
gestacional corrigida e resultados maiores para o Apgar.
Palavras-Chave: Prematuro - Aleitamento materno - Fonoaudiologia
Apresentador: Lauren Medeiros Paniagua
38
PREMATURIDADE TARDIA: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE SUL – UFRGS
Autores: Ana Lucia de Lourenzi Bonilha, Cristiane Casarotto, Lucinéia Ferraz,
Camila Pasqualotto, Elisangela Argenta Zanatta, Silvana dos Santos Zanotelli
Resumo: Introdução: A prematuridade tardia compreende os nascimentos entre
34 e 36 semanas e seis dias de gestação. Atualmente é considerada um
problema de saúde pública com crescimento gradativo a cada ano. Estes
recém-nascidos são considerados por muitos profissionais de saúde como
nascidos a termo, por terem peso e tamanho semelhante aos bebês nascidos
com idade gestacional adequada, porém apresentam imaturidade em seus
sistemas, resultando, muitas vezes em complicações que podem determinar
hospitalizações. Objetivos: O estudo teve como objetivo geral, identificar como
a literatura científica tem abordado a prematuridade tardia no período de 2009
a 2013; e como objetivo específico, analisar as produções bibliográficas sobre
a prematuridade tardia. Método: Utilizou-se a revisão integrativa, método que
permite a inclusão de diversos tipos de estudos, propiciando uma abordagem
ampla sobre o tema de interesse. A busca foi realizada nas bases de da dos da
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Cumulative Index to Nursing and Allied
Health Literature (CINAHL), utilizando-se os termos prematuridade tardia;
prematuro tardio; late preterm; late prematurity. Foram localizados 19 artigos
completos, resultados de pesquisas publicadas entre os anos de 2009 e 2013.
Os Estados Unidos possui o maior número de publicações (12), seguido do
Brasil (2) e Chile (2). Os artigos foram categorizados em quatro temas: fatores
de risco, intercorrências clínicas e conhecimento médico associados à
prematuridade tardia; condições de alimentação dos prematuros tardios;
resposta materna à experiência da prematuridade; e repercussão do
desenvolvimento infantil nos prematuros tardios. Resultado e conclusão: As
publicações são consideradas escassas e predominam estudos norteamericanos e realizados por profissionais da área médica, com ênfase maior
aos fatores desencadeadores e complicações da prematuridade. Considera-se
a importância do incremento nas investigações e publicações brasileiras, uma
vez que a prematuridade tardia é uma ocorrência significativa no país; bem
como produções científicas desenvolvidas pelos profissionais enfermeiros, os
quais vêm desempenhando papel fundamental no cuidado com os prematuros
e suas famílias. O estudo sugere a necessidade de outras pesquisas, a fim de
suprir necessidades de conhecimento e fortalecer as práticas de cuidado já
existentes, contribuindo com a redução da morbimortalidade nesta população.
Palavras-Chave: Prematuro - Enfermagem - Neonatologia
Apresentador: Silvana dos Santos Zanotelli
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PERFIL DAS CRIANÇAS ATENDIDAS EM UM AMBULATÓRIO DE
ACOMPANHAMENTO DO RECÉM-NASCIDO DE RISCO, 2004/2015
UNIDADE DE REFERÊNCIA SECUNDÁRIA SAUDADE - PREFEITURA DE
BELO HORIZONTE
Autores: Andrea Chaimowicz, Ana Cecília Racioppi, Gabriela Nunes Ferreira,
Giovanna Guimarães, Maria Rita Marques Da Silva, Amelia Augusta De Lima
Friche
Resumo: Introdução: A sobrevivência dos recém-nascidos (RN) de risco vem
aumentando progressivamente, e essas crianças, expostas à inúmeros fatores
de risco e complicações associadas à prematuridade, necessitam de um
acompanhamento especializado, multidisciplinar, que assegure seu pleno
desenvolvimento. Conhecer o perfil desses RN é de grande importância para
identificação das demandas, possibilitando assim melhor organização e
propagação dos serviços de acompanhamento. Objetivos: Descrever o perfil da
população atendida em um ambulatório de acompanhamento do RN de risco,
no período de 29/04/2004 a 12/02/2015. Métodos: Trata-se de estudo descritivo
realizado por meio de análise de informações obtidas nos prontuários dos RN
acompanhados no ambulatório, contendo registros dos atendimentos da equipe
multidisciplinar. Os RN são provenientes de maternidades de um grande centro
urbano onde residem. Resultados: Participaram do estudo 993 RN, com méd ia
de idade gestacional de 33 semanas ( DP±3,6; min 24; max 43). O peso médio
ao nascer foi 1847 gramas ( DP ± 739; min 565; max 4745); 34,8% tinham peso
de nascimento < 1.500g; 13,3 % eram pequenos para a idade gestacional
(PIG) e 16,7% apresentaram asfixia perinatal moderada ou grave no 5º minuto.
59,9% nasceram de parto cesárea e 14% das gestações foram múltiplas. 44%
dos RN receberam alta da maternidade com mais de 30 dias de vida. Em
relação às mães, a média de idade foi de 26,5 anos ( DP±6,9; min 13; max 47),
sendo que 17,3% eram adolescentes. 6,6% das mães não fizeram consultas
pré natal e 24,3% fizeram menos que 4 consultas. Com relação à escolaridade,
0,5% das mães eram analfabetas enquanto 37,9 % tinham ensino médio
completo. Conclusão: Esses resultados reforçam a importância da estruturação
de serviços de acompanhamento de RN de risco com equipe multidisciplinar,
que possam garantir o acesso ao cuidado integral e a redução da morbimortali
dade nessa população.
Palavras-Chave: saúde da criança - serviços de saúde da criança - atenção à
saude
Apresentador: Andrea Chaimowicz
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PRÁTICAS DE ACOLHIMENTO À CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA NA REDE
DE ATENÇÃO BÁSICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA – UFSM
PROGRAMA DE RESIDENCIA MULTIPROFISSIONAL
Autores: Lilian Kopp Cuti Ana Paula Santos Da Silva, Gisiane Lidtke Dos
Santos, Iraciara Ramos Canterle, Hedionéia Mª Foletto Pivetta, Claudia Morais
Trevisan
Resumo: O aumento da sobrevivência de prematuros nos traz o
questionamento quanto à qualidade e acompanhamento destes, pois muitos
recebem alta hospitalar com alguma deficiência. Objetivo: Verificar a existência
de práticas de acolhimento na Atenção Básica (AB) às crianças com deficiência
e o conhecimento da linha de cuidado. Metodologia: estudo de campo e
exploratório realizado em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Estratégias de
Saúde da Família (ESF) na região de moradia das famílias de crianças com
deficiência, internadas na UTI Neonatal num hospital público de ensino, em
2013. Realizamos entrevistas semiestruturadas com 03 profissionais (médico,
enfermeira e agente comunitário de saúde/ACS). Resultados: Efetivaram-se 14
visitas, 09 em UBS e 05 em ESF, entrevistando 35 profissionais. Destes 12 são
ACS, 10 médicos e 13 enfermeiros. Nos locais visitados, 02 UBS não possuíam
ACS. Existem na cidade 13 ESF e 19 UBS, portanto, em 46% das ESF e 47%
das UBS possuem crianças com deficiência. Na análise de conteúdo das
entrevistas, formaram-se 2 núcleos temáticos: 1º – A criança no território: 07
entrevistados relataram que estas crianças não frequentam a AB, podendo ser
observado que profissionais da mesma ESF ou UBS apresentaram respostas
semelhantes. 2º- Assistência profissional x Linha de cuidado. Não encontramos
atendimento especializado em várias UBS e ESF, ou seja, um modo
diferenciado em acolher a criança com deficiência e sua família, mantendo o
seu acompanhamento na AB. Há também ESF e UBS que se organizam
através de equipes complementares (residentes, estagiários) e visitas
domiciliares para tentar suprir a demanda de seu território e prestar uma
melhor assistência. Quanto a Linha de Cuidado da criança com deficiência, 23
profissionais responderam desconhecê-la. Conclusão: Existem práticas de
acolhimento em algumas UBS e ESF, porém não voltadas especificamente à
criança com deficiência. Tais práticas não se encontram consolidadas pelas
equipes, o que dificulta o prosseguimento da atenção e cuidado da criança com
deficiência para que esta permaneça em atendimento na AB, e percorra a LC
sempre que necessário.
Palavras-Chave: Deficiência - Atenção primária a saúde - Acolhimento
Apresentador: Claudia Morais Trevisan
41
EVOLUÇÃO DE UMA SÉRIE DE FETOS COM SÍNDROME DE POTTER
DIAGNOSTICADOS NO PERÍODO PRÉ-NATAL
UFCSPA
Autores: Géssica Haubert, Vinícius de Souza, André Campos da Cunha,
Raquel Muradás, Paulo Ricardo Gazzola Zen, Rafael Fabiano Machado Rosa
Resumo: Introdução: a síndrome de Potter ou sequência de oligodramnia é
uma condição grave caracterizada pela falta de desenvolvimento e/ou
funcionamento dos rins. Objetivo: descrever os achados pré-natais e a
evolução de 3 pacientes com síndrome de Potter. Método: estudo de série de
casos, realizado com revisão conjunta da literatura. Resultado: a primeira
paciente era uma gestante de 22 anos encaminhada devido a ultrassom fetal
com descrição de não visualização da bolha gástrica, bexiga pouco distendida
e adramnia. Havia dúvidas quanto à presença dos rins. No exame realizado no
Hospital, verificou-se achados similares, acrescidos de tórax em forma de sino,
pé torto unilateral e não identificação dos rins e artérias renais, sugestivo de
agenesia renal bilateral. A ressonância magnética evidenciou achados
concordantes, com hipoplasia pulmonar. A criança nasceu com 32 semanas de
gestação e foi a óbito poucas horas após o nascimento. A seg unda paciente
era uma grávida de 23 anos que apresentava exame de ultrassom fetal
realizado com 18 semanas de gestação com não visualização dos rins e da
bexiga. Havia oligodramnia severa. A ressonância magnética fetal foi
compatível com o diagnóstico de agenesia renal bilateral. A criança acabou
indo a óbito intraútero. A terceira gestante apresentava 23 anos e possuía
ultrassom fetal com 21 semanas de gravidez com evidência de líquido
amniótico diminuído. No exame realizado com 26 semanas de gestação,
observaram-se imagens sugestivas de agenesia renal bilateral, além de
adramnia. A ressonância magnética fetal revelou a presença de um rim
esquerdo aparentemente dismórfico. Não se visualizou o rim direito. A criança
nasceu de parto normal e foi a óbito nas primeiras horas de vida. Conclusão: a
falta de desenvolvimento, ou agenesia renal bilateral observada na síndrome
de Potter limita a produção e, consequentemente, quantidade de líquido
amniótico , resultando nas anomalias adicionais, que incluem deformidades
secundárias à compressão fetal, como o pé torto congênito e a hipoplasia
pulmonar. Esta última, por sua vez, leva à insuficiência respiratória e
consequentemente óbito. Por isso, a síndrome de Potter é considerada uma
condição extremamente grave, o que pode ser comprovado com a evolução
observada em nossos casos.
Palavras-Chave: rim - líquido amniótico - análise de sobrevida
Apresentador: Géssica Haubert
42
ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DE PERSISTÊNCIA DE CANAL ARTERIAL EM
RÉCEM NASCIDOS EM UMA CTI NEONATAL NO NORTE DO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL
HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO
Autores: Guilherme Wolquind, Carolina Kives, Luiza Foschiera
Kelly Cristina Soccol Barbieri
RESUMO: O canal arterial é uma conexão vascular importante entre a artéria
pulmonar e a aorta. Durante a vida fetal, o sangue é desviado da artéria
pulmonar para a aorta, ultrapassando assim os pulmões. Após o nascimento, o
canal arterial sofre constrição ativa e eventual obliteração. A persistência do
canal arterial (PCA) complica a evolução clínica de recém-nascidos prematuros
e consequentemente eleva risco de morte. Pretende-se a avaliação de dados
numéricos sobre recém-nascidos que obtiveram diagnóstico de persistência do
canal arterial e com isso a descrição do perfil epidemiológico dos recémnascidos incluídos na pesquisa. Os dados dos recém-nascidos foram coletados
por meio de revisão dos formulários que são preenchidos para a Rede Gaúcha
de Neonatologia, os quais foram inseridos em um tabela de dados de Excel e
posteriormente analisados. Foram registrados 244 recém-nascidos (RN) que
necessitaram de atendimento na CTI (e se encaixaram nos critérios de
menores de 32 semanas e ou com menos de 1.500g) no período de 20122014. Deste total, 30% (74) apresentaram PCA, sendo 51,3% (38) do sexo
masculino, 45,9% (34) do sexo feminino e 2,7% (2) com sexo indefinido.
Quanto à idade gestacional, o maior número de recém-nascidos, 24% (18),
apresentou-se com 25 semanas ou menos, seguido pela idade gestacional de
28 semanas com 18,9% (14) dos RN. 13,5% (10) dos RN com idade
gestacional de 29 semanas; 30 semanas e 26 semanas ambas com 12% (9)
dos RN e 27 semanas com 10% (8) dos RN. Por último, a idade gestacional
mais de 30 semanas com 8% (6) do total. Com relação ao peso, 51% (38)
apresentaram entre 500-1.000g; 41,8% (31) dos RN apresentaram peso entre
1.000-1.500g e apenas 8% (6) apresentaram 500g ou menos. Quanto ao
tratamento, 18,9% (14) receberam tratamento clínico e 32% (24) receberam
tratamento cirúrgico. Dos RN avaliados, 93% apresentaram concomitância de
PCA com doença da membrana hialina. O estudo foi essencial para traçar um
perfil e melhorar a assistência a recém-nascidos com persistência do canal
arterial, sendo os valores encontrados compatíveis com os da literatura. Será
base para uma análise futuramente mais abrangente e para um protocolo
dentro da CTI.
Palavras-Chaves: persistência do canal arterial, baixo peso, prematuro, recém
nascido
Apresentador: Guilherme Wolquind
43
A PERCEPÇÃO DOS PAIS DE RECÉM-NASCIDOS COM DEFICIÊNCIA
SOBRE A ALTA HOSPITALAR E A INTEGRALIDADE DO CUIDADO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA - UFSM
Autores: Fernanda Portela Pereira, Aline Spillari Portella, Juliano
Vicente Do Nascimento, Liamar Donati, Claudia Morais Trevisan
Resumo: Introdução: A melhora da assistência intensiva neonatal reduziu,
notadamente, a mortalidade de recém-nascidos (RN’s) de risco na Unidade de
Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) contribuindo para a redução da mortalidade
infantil e aumento da sobrevivência de crianças com algum tipo de deficiência
ou risco para desenvolvê-la. Objetivo: identificar como foi percebida pelas
famílias a alta hospitalar dos RN’s com deficiência da UTIN e analisar o
impacto na continuidade e integralidade do cuidado desta criança. Metodologia:
estudo qualitativo. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e análise
temática de conteúdo identificando-se as categorias: A revelação do
diagnóstico de deficiência do recém-nascido, com as subcategorias “O
sofrimento da família” e “A deficiência de informações sobre o diagnóstico”; e O
momento da alta hospitalar da criança com deficiência, com as subcategorias
“A qualidade das orientações recebidas dur ante a internação e alta hospitalar”
e “A continuidade do cuidado após a alta hospitalar”. Resultados: 55 crianças
estiveram internadas na UTI Neonatal com diagnóstico de deficiência, sendo 29
residentes no município, destas participaram do estudo dez famílias. Quanto
aos fatores maternos 80% das mães eram primigestas ou secundigestas, a
média de idade gestacional por capurro foi de 34 semanas, prevaleceu o parto
cesáreo com 78% e as crianças apresentaram diferentes tipos de deficiência
prevalecendo física, visual e múltipla. Em todos os casos a mãe apareceu
como a principal cuidadora. Identificou-se que o processo de revelação de
diagnóstico de deficiência é doloroso, emergem sentimentos negativos que
acarretam sofrimento para a família; o diagnóstico foi considerado confuso, as
informações recebidas foram insuficientes ou de difícil compreensão, o que
aumentou a angústia dos familiares, sugerindo a necessidade de capacitação
da equipe para melho r auxiliar aos pais neste momento crítico. No momento
da alta hospitalar, os pais consideraram que receberam poucas orientações
sobre cuidados, direitos e encaminhamentos, e que não se sentiam preparados
para os cuidados demandados pelos filhos. Constatou-se ainda, fragilidade no
sistema de referência e contrarreferência na UTIN, o que prejudica a
continuidade e integralidade do atendimento prestado. Conclusão: O estudo
sugere a necessidade de capacitação da equipe e um olhar multiprofissional no
momento da alta de uma criança com deficiência.
Palavras-Chave: Unidade de Terapia Intensiva Neonatal - Tipos de Deficiência
- Sistema Único de Saúde
Apresentador: Claudia Morais Trevisan
44
SOBRE (VIVER): A DOR DE PERDER UM FILHO PREMATURO
HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO/ PASSO FUNDO-RS
Autores: Débora Marchetti
Resumo: Muitas mulheres, no decorrer de suas vidas, sonham com o momento
da maternidade e constroem mentalmente a imagem da família feliz. Seus
planos são organizados de maneira meticulosa; nada de errado pode
acontecer. Afinal, gerar um filho é uma experiência única, dizem os entendidos;
contudo, esquecem de completar que a maternidade pode não ocorrer como o
planejado. Devido a imprevisíveis intercorrências, uma gestação pode ser
interrompida antes do tempo e, assim, um bebê ainda frágil e imaturo vir ao
mundo. Nestes casos, o bebê necessitará de cuidados especializados de uma
Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal (UTI), onde será internado e
separado abruptamente de sua mãe. Este trabalho tem como objetivo
descrever o inesperado, o que não deu certo, o incontrolável, o que não fazia
parte dos planos no universo que engloba a maternidade e o sonho de ter um
filho lindo e perfeito. O presente trabalho se desenvolve, a partir das
percepções e intervenções realizadas no âmbito da Psicologia Hospitalar em
uma UTI Neonatal, ao observar a angústia e o medo de mães que
consolidaram o vínculo com seu filho desde a gestação e, após o nascimento
de um bebê prematuro, vivenciaram o temor do risco eminente de morte e em
alguns casos, a dor de sua confirmação. É difícil conceber a morte de um filho,
a descontinuidade da vida logo em seu início. Assim, a partir da experiência
hospitalar e de uma revisão teórica sobre o tema buscou-se compreender se é
possível ou não elaborar a morte de um filho prematuro. Por mais que muitos
autores considerem que não há elaboração no luto de uma mãe que perde um
filho, acredito, a partir da teoria de Freud que, em alguma medida, é possível
seguir a vida convivendo com a dor da perda. A psicoterapia é um dos recursos
que auxilia no processo da elaboração do luto, é um trabalho árduo facilitado
quando a mãe encontra em outro alguém – o terapeuta – a compreensão de
sua dor, de suas angústias, de seu sofrimento. Assim, a mãe resgata seus
recursos de sobrevivência. Sobrevive à própria vida.
Palavras-Chave: Maternidade - Prematuridade - Luto
Apresentador: Débora Marchetti
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EPIDEMIOLOGIA DA DISPLASIA BRONCOPULMONAR NOS PREMATUROS
MENORES DE 1.500 GRAMAS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL DO SUL DO BRASIL
HOSPITAL SÃO VICENTE DE PAULO
Autores: Vinicius Winckler Wojahn, Wania Eloísa Ebert Cechin, Giovana Paula
Bonfanti Donato
Resumo: Contextualização: A Displasia Broncopulmonar (DBP) é uma doença
multifatorial, na qual há ação sinérgica de vários fatores sobre um organismo
imaturo sujeito a agressões e com mecanismos de defesa não completamente
desenvolvidos. A DBP tem sua incidência inversamente proporcional à idade
gestacional, porém os relatos na literatura são variáveis de um centro para
outro devido à alguns fatores como: diferenças da população estudada,
critérios de diagnóstico, falta de padronização das estratégias ventilatórias
empregadas no tratamento da doença pulmonar aguda entre outras. Objetivo:
avaliar o perfil epidemiológico da DBP em pacientes prematuros menores de
1500 gramas internados em uma Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal
(UTI-n) de um hospital de referência do interior do Rio grande do Sul. Métodos:
Foram considerados elegíveis para o estudo todos os recém-nascidos com
peso ao nascimento inferior a 1500 gramas que internaram na UTI- n no
período de 01 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2013. A análise
estatística foi realizada pelo software SPSS versão 17.0 e considerado índice
de significância estatística p<0,05. Resultados: Foram incluídos na amostra 91
pacientes. Destes, 76,9% eram nascidos de parto cesariana, 45,1% eram do
sexo masculino, 57,1% tinham idade gestacional menor que 28 semanas,
85,7% receberam diagnóstico de Doença da Membrana Hialina e fizeram uso
de surfactante e 14 (15,4%) tiveram DBP. Destes 14 pacientes, 64,3% eram
nascidos de parto cesariana, 71,4% tinham peso ao nascimento menor que
1000 gramas, 35,7% eram do sexo masculino e 35,7% apresentaram
persistência do canal arterial (PCA) com necessidade de tratamento cirúrgico.
Conclusão: A incidência de displasia broncopulmonar na UTI neonatal foi de
15,4%, resultado semelhante à literatura mundial. O peso ao nascimento <
1000 gramas e PCA com necessidade de tratamento cirúrgico apresentaram
uma associação estatisticamente significativa (p<0,05) com a doença.
Palavras-Chave: Prematuridade - Displasia Broncopulmonar - UTI neonatal
Apresentador: Vinicius Winckler Wojahn
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EDUCAÇÃO CONTINUADA EM REANIMAÇÃO NEONATAL: FERRAMENTA
DE FORMAÇÃO NO HOSPITAL VÓ MUNDOCA
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS
Autores: Lívia Ferreira Colares, Nicolás Esteban Castro Heufemann, Joseilton
Soares da Silva
Resumo: Introdução: A mortalidade perinatal reflete, de maneira geral,
problemas vinculados as condições de acesso aos serviços de saúde e
qualidade da assistência ao recém-nascido. Os profissionais da saúde atuantes
em sala de parto longe da capital ou de grandes centros devem ter a educação
continuada como aliada, para que saibam identificar problemas no primeiro
atendimento e intervir diante de cuidados que minimizem mortalidade por
asfixia, visando à saúde da criança. Objetivos: Realizar atividades de
capacitação e demonstrar técnicas de avaliação, ventilação e manobras de
reanimação na sala de parto aos profissionais técnicos de enfermagem e
enfermeiros. Metodologia: Trabalho de intervenção e descrição qualiquantitativo, com corte transversal, realizado por acadêmicos de medicina
como projeto final do Estágio Rural em Saúde Coletiva, com 34 funcionários
entre os dias 23-25/07/2014. Atividades realizadas: pré-teste, pós-teste,
exposição dialogada, dinâmica de perguntas e resposta e treinamento prático.
Resultados: Após análise do pré-teste observou-se que as questões com maior
número de erros no pré-teste, ≥ 94% (32/34), faziam referência a vitalidade do
recém- nascido com possível necessidade de reanimação na sala de parto,
essa porcentagem foi reduzida para uma média de 35% (12/34) no pós-teste.
Uma questão com erro de 91% (31/34) fazia referência ao passo seguinte da
reanimação após aspiração de vias aéreas e manutenção da hipotonia, no pósteste 61% (21/34) assinalaram corretamente a oferta de oxigênio como próxima
conduta. Erros referentes a utilidade do boletim de Apgar no pré-teste
chegaram a 94% (32/34), no segundo teste apenas 23,5% (8/34) mantiveram
suas respostas erradas. Durante a fase teórica, exposição e prática dos passos
de reanimação, foi observada: falta de acesso a protocolos atualizados, não
identificação de materiais para reanimação, inadequada aplicação do boletim
Apgar, desconhecimento do tempo de permanência do recém-nascido no colo
da mãe, dúvidas na seqüência de reanimação e uso incorreto da adrenalina.
Conclusão: Acertos no pós-teste e a satisfação demonstrada pela equipe,
ajuda a entender que esta capacitação permitiu uma melhor chance de assistir
com maior qualidade os recém-nascidos que por algum motivo necessitarão de
reanimação e ainda que a educação continuada deve ser frequente e
reafirmada.
Palavras-Chave: Capacitação
Mortalidade Perinatal
Profissional
Apresentador: Lívia Ferreira Colares
47
-
Educação
Continuada
-
ACOMPANHAMENTO INTERDISCIPLINAR DO PREMATURO DE ALTO
RISCO: PERFIL COMPARATIVO ENTRE OS PREMATUROS QUE
NECESSITARAM OU NÃO DE INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
UNIOESTE
Autores: Daniela Akemi Itakura, Helenara Salvati Bertolossi Moreira, Milene De
Moraes Sedrez Rover, Francislene Aparecida Biederman, Poliana Nicole
Becker, Silvana Delatore
Resumo: INTRODUÇÃO: A prematuridade e o baixo peso ao nascimento estão
associados a inúmeros fatores de risco que podem interferir no
desenvolvimento. OBJETIVOS: Comparar Prematuros de Muito Baixo Peso
(PTMBP) acompanhados no ambulatório de seguimento interdisciplinar que
necessitaram intervenção fisioterapêutica com aqueles que não necessitaram.
MÉTODO: Estudo descritivo, comparativo entre PTMB nascidos em 2013,
acompanhados no ambulatório de seguimento interdisciplinar e que
necessitaram de fisioterapia com aqueles que não necessitaram, em relação
aos dados de nascimento e principais intercorrências durante a internação na
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). RESULTADOS: A amostra foi
composta por 44 PTMBP destes, 32 (72,72%) fizeram parte do grupo que
necessitou de intervenção da fisioterapia (Grupo Intervenção – GI) e 12
(27,27%) fizeram parte do grupo que não necessitou de fisioterapia (Grupo
Controle – GC). Em relação ao m otivo do encaminhamento do GI: 46,87% por
atraso e assimetria postural cervical com limitação de movimento associado ou
não a plagiocefalia; 37,5% por atraso no neurodesenvolvimento; 9,37% por
atraso e problemas respiratórios e 6,25% por problemas respiratórios. A média
da Idade gestacional e do peso de nascimento no GI foi de 29,68 semanas e
1.169 g e do GC foi de 30,5 semanas e 1.187 g, respectivamente. Em relação
ao gênero: GI: 53,12% do gênero masculino; GC: 75% do gênero feminino. Em
relação ao APGAR no 5ºminuto: 53,12% apresentou anóxia moderada no GI e
33,33% no GC. Em relação à média do tempo de uso de ventilação mecânica
(VM) e tempo total de oxigênio no GI: 8,12 dias e 33 dias, respectivamente. No
GC: 3,75 dias de VM e 26,08 dias de tempo total de oxigênio. No GI 9,37% dos
prematuros apresentaram alterações na tomografia de crâneo. O tempo médio
de internação no GI foi de 51,75 dias e de 51 dias no GC. CONCLUSÃO:
Observamos que uma maior porcentagem dessa população de PTMBP
necessitou de intervenção fisioterapêutica, além disso, o GI permaneceu maior
tempo em VM, maior porcentagem de anóxia moderada e alterações na
tomografia de crâneo. Sugere-se que esses fatores podem influenciar no atraso
desenvolvimento e destaca-se a importância do acompanhamento
fisioterapêutico para detecção precoce.
Palavras-Chave: prematuridade - fisioterapia - neurodesenvolvimento
Apresentador: Daniela Akemi Itakura
48
PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NO CUIDADO A RECÉM-NASCIDOS
PREMATUROS E DE BAIXO PESO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL – UFRGS
Autores: Ana Lucia de Lourenzi Bonilha, Jucimar Frigo, Thamara Cristina
Trierveiler, Silvana dos Santos Zanotelli
Resumo: Introdução: São considerados recém-nascidos prematuros e de baixo
peso ao nascer, aqueles que nascem com idade gestacional menor que 37
semanas e com peso inferior a 2.500g. Mundialmente, nascem 15 milhões de
prematuros por ano; destes mais de um milhão morre por complicações da
prematuridade, sendo a principal causa de morte na primeira semana, e a
responsável por 70% das mortes no primeiro ano de vida. Diante disto, surgiu a
necessidade de uma assistência especializada e humanizada por parte das
Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN). Assim, alguns hospitais
aderiram à permanência das mães/familiares juntos dos recém-nascidos na
UTIN, como uma forma de humanização, objetivando a melhora e bem-estar do
recém-nascido e mãe/família, criando e fortalecendo laços afetivos. Objetivo:
Conhecer a experiência da família de recém-nascidos prematuros e de baixo
peso internados em uma UTIN; e conhecer a participação da família no cuidado
a es tes recém-nascidos. Método: Estudo descritivo de abordagem qualitativa,
no qual os dados foram coletados em janeiro e fevereiro de 2013, por meio de
entrevista aos familiares dos prematuros e/ou recém-nascidos de baixo peso
internados em uma UTIN. A análise dos dados foi realizada utilizando-se a
análise temática. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa
da Universidade do Estado de Santa Catarina, conforme parecer número
124.181. Resultados e conclusão: As mães/família que tiveram a oportunidade
de estar com seus filhos na UTIN e prestar, de alguma forma, cuidados
maternos. Foram registrados cuidados como troca de fraldas, higiene e
conforto, amamentação, de intenso significado para as famílias e para os
recém-nascidos. Outras formas de cuidado foram observadas, como carinho,
atenção, dedicação, presença e toque. Estes, construindo, fortalecendo e
recuperando laços afetivos perdidos durante a separação provocada pela
internação destes bebês. As mães/familiares estiveram presentes durante todo
o período de internação dos recém-nascidos, prestando cuidados que
possivelmente contribuíram para a recuperação dos mesmos. Reafirmou-se a
importância da presença das mães/familiares junto do recém-nascido durante a
internação; auxiliando no desenvolvimento e recuperação do recém-nascido,
contribuindo para o empoderamento das mães/familiares, além de oportunizar
satisfação relacionada ao cuidado de seus filhos.
Palavras-Chave: Prematuro - Enfermagem - Unidades de Terapia Intensiva
Neonatal
Apresentador: Silvana dos Santos Zanotelli
49
A CHEGADA DO PREMATURO E O ACOLHIMENTO EMOCIONAL À FAMÍLIA
HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE - HCPA
Autores: Cláudia S.S. dos Santos, Elis de Pellegrin Rossi
Resumo: O nascimento de um bebê determina mudanças nas relações
familiares. Sendo esse um prematuro, uma reorganização familiar ainda maior
é necessária para que a família possa dar conta da demanda emocional do
momento. A separação precoce, necessária para os procedimentos com o
bebê prematuro, necessita de um olhar integrado da equipe de saúde. Em
função disto, o trabalho da psicologia se faz presente desde o momento da
internação da gestante em risco de prematuridade no Centro Obstétrico,
prolongando-se na Maternidade, na Unidade de Neonatologia, até o processo e
preparação para alta e acompanhamento ambulatorial. O objetivo do trabalho
do psicólogo diante do nascimento do prematuro é auxiliar na formação e
fortalecimento dos laços afetivos dos pais com o bebê. Como parte primordial
deste trabalho, precisamos estar disponíveis para receber e articular as
experiências do bebê assim como para pais e familiares. Auxiliados por
conceitos psicanalíticos como a continência, holding e a observação de bebês,
por exemplo, e programas como o Método Canguru, podemos criar
ferramentas para o fortalecimento das relações parentais e a um melhor
entendimento da saúde mental do pequeno infante. Em alguns casos a
intervenção psicológica se dá junto ao nascimento, trabalhando para um
ambiente acolhedor e respeitando os recursos internos dos pais. Algumas
ações importantes devem ser observadas para facilitar o contato inicial da
família com seu bebê prematuro: sempre que possível visitar com o casal a
unidade de neonatologia para trabalhar fantasias com relação ao espaço físico;
toque materno ainda na sala de parto; acompanhamento do bebê pelo
pai/acompanhante até a unidade de Neonatologia; contato da equipe de saúde
com a mãe para informações da saúde do filho e acolhimento das apreensões
do casal no que diz respeito ao entendimento das informações médicas sobre a
saúde do filho.
Palavras-Chave: Prematuridade - Psicanálise - Relações mãe-filho
Apresentador: Cláudia S.S. dos Santos
50
ALEITAMENTO MATERNO EM PREMATUROS: CONDIÇÕES INICIAIS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFRGS
Autores: Ana Francisca Constantino Ferreira de Sousa, Pricila Sleifer, Betina
Scheeren, Lisiane De Rosa Barbosa, Erissandra Gomes
Resumo: Introdução: O aleitamento materno (AM) em recém-nascidos
prematuros tem sido tema de estudos recentes, entretanto há escassez da
utilização de protocolos padronizados. Apesar da importância do AM estar
estabelecida na literatura, há dificuldades peculiares para a mãe, para o recémnascido prematuro e para os profissionais da saúde no período de internação,
o que pode ser minimizado com auxílio e apoio apropriados. Objetivo: Avaliar
as condições iniciais do AM de prematuros. Métodos: A amostra foi constituída
de 26 binômios mãe/recém-nascido. Os recém-nascidos tinham idade
gestacional corrigida média de 36,1 semanas e estavam internados numa
Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal de um hospital de referência da
região sul do Brasil. Os critérios de exclusão foram: recém-nascidos com
malformações congênitas, portadores de síndromes, gemelares, doenças
metabólicas,
refluxo
gastroesofágico,
broncopneumonia,
alterações
neurológicas. Também foram excluídos os que receberam estimulação motora
oral pela equipe de Fonoaudiologia. Foi realizada coleta de dados dos
prontuários e observação dos binômios durante a amamentação, por meio do
Protocolo de Observação e Avaliação da Mamada. Foram registrados os
comportamentos favoráveis e desfavoráveis quanto à posição, respostas,
sucção, envolvimento afetivo e anatomia das mamas. Após a oferta do seio
materno, foi aplicado um questionário às mães. Este estudo foi aprovado pelo
Comitê em Pesquisa da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto
Alegre – Complexo Hospitalar Santa Casa, sob o protocolo de número 230/07.
Resultados: Os melhores resultados referem-se à posição mãe/recém-nascido
e afetividade e os piores às respostas do neonato (não busca o peito, inquieto,
chorando, sem manter a pega da aréola), entretanto num percentual baixo.
Quanto à associação das variáveis do protocolo, tanto entre si quanto com as
demais variáveis do estudo, houve diferença e correlação direta para alguns
itens (p<0,05). Em relação ao questionário aplicado às mães, após a
observação: 34,6% das mães consideraram a primeira mamada “boa”; quanto
à sucção, 61,5% das mães sentiram a sucção forte. Conclusão: A maioria dos
prematuros apresenta início satisfatório nos aspectos analisados em relação ao
AM. O maior índice de dificuldades encontradas no início do AM está
relacionado às respostas do prematuro, provavelmente resultante da
imaturidade dos reflexos orais dessa população.
Palavras-Chave: Amamentação - Prematuro - Fonoaudiologia
Apresentador: Ana Francisca Constantino Ferreira de Sousa
51
ABORDAGEM FONOAUDIOLÓGICA COM RN APÓS CORREÇÃO
CIRÚRGICA DE ATRESIA DE ESÔFAGO – RELATO DE CASO
HOSPITAL CRIANÇA CONCEIÇÃO – GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO
(GHC)
Autores: Letícia Wolff Garcez, Luísa Verza, Aline Juliane Romann
Resumo: INTRODUÇÃO: Atresia esofágica é um complexo de anomalias
congênitas caracterizado pela formação incompleta do esôfago, podendo
apresentar ou não fístula traqueoesofágica, dificultando e/ou impedindo a
passagem do alimento para o estômago. OBJETIVO: Descrever o processo de
introdução da alimentação por via oral (VO) após correção cirúrgica de um
recém-nascido (RN) com diagnóstico de atresia de esôfago (AE) apresentando
fístula traqueoesofágica. MÉTODO: Relato de caso clínico de um RN nascido a
termo, do sexo feminino, diagnosticado com AE com fístula traqueoesofágica,
apresentando disfagia. Realizou esofagoplastia aos 03 dias de vida, recebendo
dieta parenteral até 22 dias de vida e uso de sonda nasoenteral desde 16 dias
de vida. O atendimento fonoaudiológico foi iniciado com 38 dias de vida, com
objetivo de iniciar dieta por VO. RESULTADOS: Foram realizados 09
atendimentos fonoaudiológicos durante a internação do RN. Na avaliação
fonoaudiológica clínica indireta da deglutição a bebê apresentou prontidão
adequada para VO, entretanto com a oferta de 2ml de leite por meio do copo
apresentou aumento da frequência respiratória e queda de saturação (57%)
com difícil recuperação, com episódios de pausas respiratórias prolongadas.
Em atendimentos subseqüentes o desempenho motor oral manteve-se
adequado, com evoluções clínicas favoráveis, permitindo aumento de volume
ofertado por meio de mamadeira. Porém, após administração de um volume de
dieta variável (em média 20ml), RN apresentava sinais sugestivos de
penetração laríngea. Foi sugerida suspensão da oferta por VO e avaliação
objetiva da deglutição. A videofluoroscopia da deglutição demonstrou estenose
esofágica na região da anastomose, com acúmulo de contraste acima do
estreitamento e passagem mínima e lenta do alimento para o estômago. RN
não apresentou aspiração de contraste, pois a oferta foi interrompida após
evidenciar-se o estreitamento. CONCLUSÃO: Somando-se os achados com o
histórico clínico, é notório o alto risco para a ocorrência de aspiração em função
do estreitamento e provável refluxo do conteúdo ingerido, com conseqüentes
complicações clínicas e pulmonares. Houve indicação de suspensão da oferta
de dieta por VO e de seguimento ambulatorial com equipe de cirurgia, para
dilatação esofágica, e de fonoaudiologia, para acompanhamento da evolução
do processo de alimentação.
Palavras-Chave: Atresia esofágica - Recém-nascido - Disfagia
Apresentador: Letícia Wolff Garcez
52
DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM NA PRIMEIRA CONSULTA
AMBULATORIAL DO PREMATURO
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁ
Autores: Silvana Delatore, Daniela Akemi Itakura, Francislene Aparecida
Biederman, Grasiely Masotti Scalabrin Barreto, Milene de Moraes Sedrez
Rover, Poliana Nicole Becker
Resumo: Introdução: A utilização de diagnóstico de enfermagem (DE) para a
continuidade da assistência dos recém-nascidos (Rns) de riscos, advindos de
terapia intensiva neonatal é de fundamental importância tendo em vista os
cuidados e orientações prestadas pelos enfermeiros que atuam nesta área,
para entender não só as necessidades biológicas, como também aquelas
determinadas pelos fatores ambientais, psicossociais e familiares após a alta
hospitalar. Objetivo: Identificar os DE apresentados pelos Rns na primeira
consulta no atendimento ambulatorial de um Hospital Universitário. Método:
Foram selecionados todos os Rns atendidos pela equipe multiprofissional que
assiste o ambulatório de Alto Risco de um Hospital Universitário, com 10 leitos
de terapia intensiva neonatal e 10 leitos de cuidados intermediários, referência
para 25 municípios da região, perfazendo 43 lactentes no ano de 2013. Seguiuse os princípios éticos da resolução 196/96-MS e obteve-se autorização da
instituição. Resultados: Nas 43 consultas de enfermagem foram levantados 14
DE, que por se repetirem em mais de um Rn, perfizeram um total de 63
diagnósticos, 60,47% da amostra apresentou apenas 1 diagnóstico, enquanto
39,53% apresentou dois ou mais diagnósticos. O diagnóstico com maior
apresentação foi amamentação ineficaz, em 29 dos Rns avaliados. Conclusão:
As consequências provocadas pela separação mãe/filho durante o período de
internação hospitalar são ressaltadas logo na primeira consulta ambulatorial.
Observa-se que os DE mais frequentes são os relacionados a amamentação,
pois trata-se de uma característica do RN. O estudo possibilita uma melhoria
na assistência ao RNs durante a internação bem como o devido
encaminhamento no atendimento ambulatorial
Palavras-Chave: Diagnóstico - Enfermagem - Recém-nascido
Apresentador: Silvana Delatore
53
ALTERAÇÕES NA QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA PRESTADA DENTRO DE
UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL
UNIVERSITÁRIO: ENFOQUE NO POSICIONAMENTO
UNIOESTE
Autores: Daniela Akemi Itakura, Milene de Moraes Sedrez Rover, Silvana
Delatore, Graciela Fontana Nascimento
Resumo: INTRODUÇÃO: Avanços na área da assistência neonatal e obstétrica
propiciaram um aumento da sobrevida de prematuros (PT) cada vez menores e
mais imaturos, tornando-os mais susceptíveis a inúmeros fatores de riscos
impostos pela prematuridade e pela assistência prestada que podem afetar o
seu desenvolvimento e crescimento. Dentre as medidas direcionadas na
qualidade da assistência prestada a fim de melhorar a qualidade de vida futura
desses PT encontra-se o posicionamento, o qual é de suma importância para o
PT que é incapaz de realizar ajustes posturais devido ao seu baixo tônus
postural e a incapacidade de seus sistemas de auto-organização. OBJETIVOS:
Identificar as formas utilizadas para o posicionamento dos RN internados em
uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) e desenvolver estratégias
para melhorar a assistência prestada. MÉTODO: Estudo observacional
realizado dentro da UTIN durante ano de 2012 a fim de identificar os fatores
que dificultavam o posicionamento e em 2013 realizou-se uma pesquisa de
materiais viáveis e confortáveis para a confecção de suportes para o
posicionamento. RESULTADOS: Detectou-se que três fatores principais
dificultavam a implantação desse cuidado: primeiramente a falta de
conhecimento sobre a importância e benefícios de um adequado
posicionamento; segundo a falta de material adequado que estimulassem e
facilitassem os profissionais na execução e por fim a falta de prática em como
executar da melhor forma o adequado posicionamento. Após isto, foi
desenvolvido pela fisioterapeuta um suporte de posicionamento, o qual está
sendo implantando dentro dos cuidados diários prestados a estes PT, além da
implantação de um grupo de treinamento sobre o posicionamento.
CONCLUSÃO: A iniciativa trouxe um olhar diferente de toda a equipe que
assiste estes prematuros internados na UTIN, melhorando assim a assistência
prestada e a qualidade de vida dessas crianças.
Palavras-Chave: prematuridade - posicionamento - neurodesenvolvimento
Apresentador: Daniela Akemi Itakura
54
ATITUDE DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE FRENTE À MORTE DE RECÉMNASCIDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL - UFGRS
Autores: Maria da Graça Alexandre
Resumo: Trabalhar em unidades de terapia intensiva é uma tarefa árdua, tendo
que lidar com o sofrimento de outrem. A alta tecnologia disponível nas
Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal), com o objetivo de
salvar a vida dos recém-nascidos prematuros, desenvolve nos profissionais de
saúde um sentimento de que o importante é superar a morte a qualquer custo,
tornando a morte e o processo de morrer um assunto evitável, cercado de
mistérios e interrogações. Há quem pense que os profissionais de saúde que
lidam com o prenúncio de morte no seu dia-a-dia estão acostumados, mas isso
nem sempre é verdade, é uma tarefa que gera sofrimento e questionamentos
sobre a sua atuação. O objetivo deste estudo é verificar as referências
existentes sobre a temática da atitude de profissionais de saúde que atuam em
UTI Neonatal frente à morte de recém-nascidos. Consiste em uma revisão da
literatura acerca deste tema no período de 2010 a 2014. Os dados fo ram
coletados por meio de busca nas bases Lilacs, MedLine, Scielo, Cochrane e de
periódicos de Programas de Pós-graduação de Universidades brasileiras,
utilizando os descritores “attitude to death”, “death”, “intensive care neonatal”.
Os resultados demonstraram a existência de maior número de publicações em
periódicos brasileiros, sendo os estudos realizados com profissionais e/ou
estudantes da área da saúde, especialmente na área da enfermagem. Foram
encontradas referências abordando a atitude, os sentimentos e as percepções
dos profissionais de saúde frente à morte de seus pacientes, a conduta
profissional em relação aos familiares, bem como sobre a abordagem deste
tema na sua formação profissional. Os estudos evidenciam que a temática da
morte e do morrer é pouco abordada na formação profissional deixando os
profissionais despreparados para enfrentar esta questão na prática. Em
decorrência deste despreparo os profissionais de saúde enfr entam
dificuldades e sofrimentos que repercutem na sua conduta profissional. Como
conclusão, salientamos a necessidade de prover os profissionais de saúde de
capacitação no enfrentamento da morte e do morrer no seu dia-a-dia
profissional, bem como a realização de pesquisas sobre esta temática
aprimorando o conhecimento e subsidiando a atuação do profissional de saúde
intensivista.
Palavras-Chave: Atitude frente à morte - morte - terapia intensiva neonatal
Apresentador: Maria da Graça Alexandre
55
PREVALÊNCIA DO ALEITAMENTO MATERNO EM UM AMBULATÓRIO DE
ACOMPANHAMENTO DO RECÉM-NASCIDO DE RISCO, 2004/2011
UNIDADE DE REFERÊNCIA SECUNDÁRIA SAUDADE – PREFEITURA DE
BELO HORIZONTE
Autores: Andrea Chaimowicz, Ana Cecília Racioppi, Gabriela Nunes Ferreira,
Maria De Lourdes Miri Megda, Maria Rita Marques Da Silva, Amelia Augusta
De Lima Friche
Resumo: Introdução: O recém-nascido (RN) prematuro muitas vezes é privado
do aleitamento materno (AM), devido às condições adversas que vivencia nos
primeiros dias de vida. Isso pode acarretar repercussões por toda a vida dessa
criança. O estudo dos fatores de risco e de sucesso para o aleitamento
materno no primeiro ano de vida de bebês prematuros pode favorecer o
aumento da prevalência desse, através de um acompanhamento adequado do
RN de risco, com apoio, estímulo e cuidados necessários. Objetivos: Descrever
a prevalência e fatores associados ao aleitamento materno em crianças
atendidas em um ambulatório de acompanhamento do recém-nascido de risco,
no período de 29/04/2004 a 31/12/2011. Métodos: Estudo transversal com
informações de prontuários e atendimentos dos RN do ambulatório, realizados
por equipe multidisciplinar. Foram realizadas análises descritiva e de
associação entre o AM e demais variáveis do estudo utilizando-se o teste quiquadrado e nível de significância de 5%. Resultados: Participaram do estudo
672 RN. Quanto à prevalência do AM no primeiro ano de vida, observou-se que
27,7% dos RN encontravam-se em AM exclusivo aos 3 meses de idade; 40,2%
estavam em AM aos 6 meses e 15,5% aos 12 meses. A prevalência de AM
exclusivo aos 3 meses foi inversamente associada à prematuridade, ao baixo
peso e ao muito baixo peso ao nascer (p<0,005). A presença de AM aos 6
meses foi inversamente associada às mães adolescentes, ao menor número de
consultas de pré-natal, à menor escolaridade, ao baixo peso e ao muito baixo
peso ao nascer (p<0,05). Em contrapartida, a presença de AM aos 12 meses
associou-se inversamente somente ao baixo peso e ao muito baixo peso ao
nascer (p<0,05). Conclusão: Considerando as características da população
estudada, a prevalência do AM no primeiro ano de vida foi satisfatória. Apesar
disso, a associação entre menor prevalência de AM e fatores de risco aponta
para a necessidade de atenção especial a esse grupo.
Palavras-Chave: aleitamento materno - saúde da criança - serviços de saúde
da criança
Apresentador: Andrea Chaimowicz
56
MÃES E O CUIDADO AO FILHO IRMÃO DA CRIANÇA NASCIDA PRÉTERMO HOSPITALIZADA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS
Autores: Soraya Cirilo Carvalho, Fabiana Sayuri Tanikawa, Carla Regina De
Almeida Corrêa, Beatriz Castanheira Facio, Flávia Corrêa Porto De Abreu,
Monika Wernet
Resumo: Introdução: A chegada de um novo membro na família traz
repercussões a sua dinâmica e tem um estressor a mais quando envolve o
nascimento prematuro e o uso de unidade intensiva. Os desdobramentos de tal
situação recaem a toda família, inclusive ao irmão da criança nascida prétermo. Poucas são as pesquisas que exploram as experiências a ele
relacionadas. Objetivo: Assim, o objetivo desse estudo foi caracterizar o
cuidado materno ao filho, irmão da criança nascida pré-termo, durante a
hospitalização desta na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Método:
Pesquisa exploratória, qualitativa, apoiada pelos referenciais do Interacionismo
Simbólico e da Pesquisa de Narrativas, desenvolvidas com oito mães, após
aprovação do estudo em comitê de ética em pesquisa sob o parecer de número
451.810. Resultados: As narrativas revelaram preocupação materna em
garantir o melhor cuidado aos filhos e, especificamente ao irmão do prematuro
buscam manter seu cotidiano e prover conforto emocional. Prospectam
possíveis sofrimentos da criança, sobretudo articulados ao ciúme e, significam
o distanciamento físico materno como potencializador deste quadro. O tema
“promoção da adaptação do filho à nova situação” abarca as reflexões e ações
maternas com vistas ao conforto emocional da criança, enquanto o tema
"cuidado ao filho e apoio social" traz a ação materna de apreciar a rede social
com vistas ao provimento do apoio para garantir a manutenção do cotidiano da
criança irmã. Sentem-se divididas entre os filhos e questionam sobre seu êxito
no provimento do cuidado a eles. Precisam e buscam fortalecimento,
movimento materno retratado no tema "Acolhimento de si". Conclusão: A mãe
busca garantir o cuidado ao filho irmão da criança nascida pré-termo. Para o
enfrentamento de tal situação, fazem uso da rede social, desenvolvem ações
voltadas ao conforto emocional da criança e buscam acolher a si própria. Os
achados são de contribuição a práticas humanizadas e integrais no contexto da
prematuridade ainda no período de hospitalização da criança nascida prétermo.
Palavras-Chave: Prematuro - Unidades de Terapia Intensiva Neonatal Relações mãe-filho.
Apresentador: Fabiana Sayuri Tanikawa
57
AVALIAÇÃO DO NÍVEL DE RUÍDOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
NEONATAL DE UM HOSPITAL DA CIDADE DE SANTARÉM-PARÁ
FACULDADES INTEGRADAS DO TAPAJÓS – FIT
Autores: Tatiane Costa Quaresma, Sheyla Mara Silva De Oliveira, Nadia
Vicencia Do Nascimento Martins, Maria Edinaia Neres Barbosa Santos, Antonio
Firmino Silva Sobrinho, Luana Fabiola Lamarao Campos
Resumo: Ruídos são sons desorganizados e desarmônicos, cuja intensidade é
medida em decibéis(dB) e quando elevados, tornam-se prejudiciais à saúde. A
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) atende recém-nascidos (RN) de
0 a 28 dias, que estão submetidos a um ambiente ruidoso e estressante devido
à circulação constante de pessoas e alarmes sonoros de equipamentos.
Ressalta-se que ruídos em níveis elevados são danosos aos recém-natos,
ocasionando perda auditiva, hipóxia, agitação, aumento da pressão
intracraniana, aumento do consumo de oxigênio, alterações nutricionais e
insônia. O objetivo deste trabalho foi avaliar os níveis de ruídos na UTIN,
compará-los aos padrões das normas nacional e internacional, bem como,
investigar o conhecimento dos profissionais frente a esta temática. Instalou-se
o decibelímetro por sete dias ininterruptos, avaliou-se a rotina dos profissionais
pelo método observacional e fez-se aplicação de questionário para sondagem
de conhecimento. Os resultados mostraram-se 100% desconformes aos
padrões recomendados pela NBR 10152/1987. Neste estudo, a menor
intensidade sonora registrada foi 50,68dB, sendo que o recomendado pelas
Normas Internacionais é 35 a 45 dB. Isto é agravado quando comparado ao
nível recomendado pela Organização Mundial de Saúde que é de 30 a 40 dB.
Ressalta-se ainda que os profissionais demonstraram pouco conhecimento
sobre ruídos e suas consequências. Conclui-se que o alto nível de ruídos na
UTIN é tanto decorrente do pouco conhecimento do corpo técnico, quanto de
objetos e equipamentos presentes no setor, acarretando prejuízos à
recuperação dos RNs assim como aos cofres públicos.
Palavras-Chave: RUIDOS - UTI NEONATAL - RECEM NASCIDOS
Apresentador: Tatiane Costa Quaresma
58
NESIDEOBLASTOSE: UMA IMPORTANTE CAUSA DE HIPERINSULINISMO
E HIPOGLICEMIA PERSISTENTE NO PERÍODO NEONATAL
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE
Autores: Victória Bernardes Guimarães, Luciana Amorim Beltrão, Cristiane
Kopacek, Lionel Leitzke, Gabriela Blos, Rafael Fabiano Machado Rosa
Resumo: Introdução: o hiperinsulinismo é a causa mais comum de hipoglicemia
e caracteriza-se por uma secreção desregulada de insulina que leva à
hipoglicemia persistente. Objetivo: relatar o caso de uma criança apresentando
episódios persistentes de hipoglicemia no período neonatal, secundários a um
quadro de hiperinsulinismo, e cuja avaliação histopatológica do pâncreas levou
ao diagnóstico de nesideoblastose. Métodos: realizamos a descrição do caso,
juntamente com uma revisão da literatura. Resultados: a paciente é uma
menina, avaliada inicialmente no terceiro dia de vida devido a um quadro de
hipoglicemia persistente, com necessidade de altas taxas de infusão de
glicose. A criança nasceu prematura, pesando 3290 g, com anóxia perinatal.
Não havia descrição de casos similares na família. A mãe e o pai eram não
consanguíneos, e a gestação cursou sem intercorrências. No exame físico, a
criança não apresentava aspecto sindrômico. Na avali ação laboratorial
evidenciou-se também hiperinsulinismo (insulina de 65 microUI/mL –
referência: 3 a 29). A ecografia abdominal identificou um hematoma de adrenal
esquerda. Fez-se uso de hidroclorotiazida, diazóxido, glucagon, octreotide e
hidrocortisona, mas sem melhora significativa da hipoglicemia. O resultado da
avaliação para erros inatos do metabolismo foi normal. A paciente foi
submetida à pancreatectomia parcial (ressecou-se 85% do pâncreas) com
cerca de 2 meses de vida. A avaliação anatomopatológica foi compatível com o
diagnóstico de nesideoblastose. Conclusão: a hipoglicemia pode levar a
convulsões, atraso no desenvolvimento e danos cerebrais permanentes. A
nesideoblastose representa a principal causa de hipoglicemia hiperinsulinêmica
persistente em crianças, especialmente no primeiro ano de vida. A
pancreatectomia (parcial ou sub-total) é indicada como tratamento na maioria
dos casos.
Palavras-Chave: Hipoglicemia - Hiperinsulinismo - Pâncreas
Apresentador: Victória Bernardes Guimarães
59
HERNIA DIAFRAGMÁTICA A DIREITA – RELATO DE CASO
HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASÍLIA
Autores: Gabriela Figueiredo Melara, Liv Janoville Santana Sobral, Juliana
Ferreira Gonçalves, Aline Damares De Castro Cardoso, Marília Carolinna
Milhomem Bastos, Luciana Figueiredo Melara
Resumo: Introdução: A hérnia diafragmática congênita é caracterizada pela
presença de vísceras abdominais na cavidade torácica, sendo a causa mais
comum de hipoplasia pulmonar. De todas as hérnias diafragmáticas, 85% a
90% são hérnias de Bochdalek. Destas, 80% são do lado esquerdo, 15% são
bilaterais (e habitualmente fatais), sendo raro a direita. Há uma leve
preponderância do sexo masculino. Objetivo: Relatar o caso de um paciente
atendido em uma unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) referência
cirúrgica com hérnia diafragmática a direita. Métodos: O trabalho baseia-se em
revisão de prontuário eletrônico. Foi também realizado revisão bibliográfica na
base de dados Medline e BIREME com os termos: "Congenital Diaphragmatic
Hernia". Resultados: Recém nascido termo (41sem+2 dias)/ adequado para
idade gestacional (3570g) nascido de parto normal, apgar 9/10, sem
intercorrências no pré-natal, encaminhado ao Alojamento Conjunto. Evoluiu
com desconforto respiratório, colocado sob HOOD e solicitado radiografia de
tórax. Diagnosticado então hernia diafragmática a direita, criança intubada por
piora
clínica.
Evoluiu estável hemodinamicamente, sem necessidade de drogas vasoativas.
Foi operada no quinto dia de vida herniorrafia primária sem colocação de tela,
com o achado cirúrgico de saco herniário contend alças de Delgado e colon e
rim direito, sinais de má rotação com colon ascendente e fígado deslocados
para a esquerda. Necessitou de dobutamina no pós operatório imediato. Não
necessitou de óxido nítrico para suporte de hipertensão pulmonar até o
momento. Recém nascido encontra-se ainda internado em UTIN entubada, em
uso de dobutamina, estável hemodinamicamente. Conclusão: A hérnia
diafragmática congênita decorre do não fechamento dos canais
pleuroperitoneais, resultando em uma grande abertura (Forame de Bochdalek)
na região póstero-lateral do diafragma, tornando as cavidades peritoneal e
pleural contínuos. Ocorre em 1 em cada 2000 a 5000 nascimentos. Trata-se de
um caso raro de hernia diafragmática com evolução favorável até o momento.
Palavras-Chave: Hérnia diafragmática - dobutamina - neonatal
Apresentador: Gabriela Figueiredo Melara
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GEMELARIDADE IMPERFEITA – RELATO DE CASO
HOSPITAL MATERNO INFANTIL DE BRASILIA – HMIB
Autores: Gabriela Figueiredo Melara, Diego Figueiredo Melara, Liv Janoville
Santana Sobral, Aline Damares de Castro Cardoso, Juliana Ferreira
Gonçalves, Marília Carolinna Milhomem Bastos
Resumo: Introdução: A descrição mais antida de gemelaridade imperfeita data
de 1811 e foi realizada por Chang e Eng gem Sião. Gemelaridades múltiplas
espontâneas ocorrem em 1,6% das gestações das quais 1,2% são dizigóticos e
0,4% monozigóticos. Dos monozigóticos, 5% são monocoriônicas e
monoamnióticas e apenas 1% das gestações são imperfeitas. A incidência de
gêmeos imperfeito é de 1: 45-200mil nascidos vivos, 3 feminino:1masculino.
Objetivo:Relatar o caso de dois pacientes atendido em uma unidade de terapia
intensiva neonatal (UTIN) com o diagnostic neonatal de gemelaridade
imperfeita. Métodos: O trabalho baseia-se em revisão de prontuário eletrônico.
Foi também realizado revisão bibliográfica na base de dados Medline e
BIREME com o termo: "Imperfect twinning". Resultados: Gestante de 33 anos,
G3 P2 C0 A0, já em acompanhamento com o serviço de obstetricia de alto
risco por gemelaridade imperfeita toracopagos, dicéfalo, ecografia fetal com
relato de coluna vertebral que se bifurca e dá origem a dois pólos cefálicos,
presença de dois corações comunicantes. Em seguimento também com equipe
da psicologia. Nascidos de parto cesáreo prematuro, masculinos, (34sem+3
dias), peso de 3152g, apresentação cefálica, bolsa rota no ato, liquido
amniótico claro, ausência de circular de cordão. Recebidos em campos
estéreis, chorou fraco ao nascer, apresentado ao pai e mãe, apgar 3/2, não foi
realizada reanimação na sala de parto. Diante da complexidade e após
avaliação da equipe multidisciplinar (neonatologia, obstetrícia e cirurgia
pediátrica), comitê de ética e família, foi acordado em não reanimar os recémnascidos. Constatado o óbito com 1h de vida. Conclusão: Houve redução na
incidência desses nascidos vivos na última década diante do diagnóstico
precoce e interrupção da gestação. Contudo, a reprodução assistida, cada vez
mais prevalente, levou ao aumento da chance de monocorionicidade e ao
aumento de siameses em oito vezes. A incidência de toracópagos é de 40%,
sendo a mais comum das gemelaridades siamesas.
Palavras-Chave: Gemelaridade - Siameses - Reanimação neonatal
Apresentador: Gabriela Figueiredo Melara
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