Escola Bíblica Dominical Uma Escola Dominical Transformadora Classe Panorama do Velho Testamento 1 2º Semestre 2012 Professores: Pr. Henrique Mafra, Presb. Ângelo Gagliardi e Cristina Vidal CAPÍTULO 6 - NÚMEROS
TEMPO DE ESTUDO SUGERIDO: 1 SEMANA
NOME - No hebraico chama-se "Bemidbarth", pois "no deserto" são suas primeiras palavras.
No grego "NÚMEROS” é o seu nome, pois há dois censos registrados nos capítulos 1 e 26.
AUTOR - Moisés (Nm. 33:2)
DATA DA ESCRITA - Em torno de 1406 a.C. ao final de sua caminhada pelo deserto.
TEMPO DA AÇÃO - O conteúdo deste livro refere-se a aproximadamente 39 anos que é o
período da caminhada do povo de Israel desde o pé do Monte Sinai até a chegada definitiva à
entrada de Canaã. Compreende de 1445 a 1406 a.C.
VERSO CHAVE - 33:1 - "São estas as caminhadas dos filhos de Israel que saíram da terra do
Egito, segundo os seus exércitos, sob as ordens de Moisés e Arão."
TEMA - PEREGRINAÇÃO
Enquanto o povo esteve parado aos pés do Sinaí, recebendo as leis, 11 meses se passaram (o
relato deste período está desde Êxodo 20 até o final do livro do Levítico). Agora o povo se
levanta para caminha, e o faz durante 39 anos. Seus acontecimentos, sucessos e fracassos
são descritos no livro de Números.
CONTEÚDO
Este livro começa com o povo preparando-se para a jomada à terra prometida. O plano de
Deus era que em poucas semanas eles chegassem à Canaâ.
Moisés por ordem de Deus os conta (600 mil homens) e os organiza.
Espias são mandados à terra prometida e em 40 dias retorríam com o relatório. Havia gigantes
na terra, povos que ali proliferaram durante aqueles 400 anos que Israel permaneceu no Egito.
O povo se esqueceu do poder e do cuidado de Deus, não deu ouvidos à Calebe e Josué e
murmuraram contra Deus. Incredulidade!
Como castigo Deus os faz peregrinar, em torno de Cades, por mais 39 anos caminhando sem
chegar a lugar nenhum (Nm. 33) até que aquela geração adulta, incrédula, morresse e seus
filhos, numa nova geração, entrassem na posse da terra de Canaã. Aí então um novo censo é
feito. Mantinha-se o numero de 600 mil homens. (Nm. 26:63 a 66)
Os censos são mais do que lições de ordem e disciplina de Deus. São demonstração de Sua
fidelidade e cuidado, pois mesmo castigando com a morte a primeira geração incrédula Deus
preservou o número de homens que tomariam posse da promessa.
Números é um livro de peregrinação, de números, mas é também um livro de murmuração e
rebeliões. Veja quantas nele há! Como Deus se cansou deles! SI. 95:10.
Paulo nos chamou a atenção quanto aos eninos deste livro dizendo serem eles exemplos para
nós. I Co. 10:6.
DIVISÃO - O relato das caminhadas do povo de Israel pelo deserto pode ser feito dividindo-se
segundo três marcadas etapas:
a) No Sinai – capitulos 1 a 10:10 - É a preparação para a saída. Há um censo, purificação e
consagração. Aqui, 20 dias são gastos.
b) De Sinai a Cades – capitulo 10:11 a 20 - Inicia-se com o envio dos espias à Canaã cuja
viagem de ida e volya leva 40 dias. Por causa da incredulidade peregrinam mais 39 anos
em torno de Cades até chegarem novamente à entrada de Canaã.
c) De Cades a Moabe – capitulos 21 a 36 - Os cinco últimos meses do deserto e a chegada
à entrada de Canaã.
Assim:
Sinai - 1 a 10:10
Sinai a Cades - 10:11 a 20
Cades a Moabe - 21 a 36
1 Classe Panorama do Antigo Testamento 1 – 2º Semestre 2012 Escola Bíblica Dominical Uma Escola Dominical Transformadora Classe Panorama do Velho Testamento 1 2º Semestre 2012 Professores: Pr. Henrique Mafra, Presb. Ângelo Gagliardi e Cristina Vidal “O itinerário descrito no livro de Números traz a grosso
modo a forma de um N, o que constitui curioso recurso mnemonico, Adaptado de "Conheça
sua Biblia”, Júlio A. Ferreira.
Figura – Mapa (não saiu no texto escaneado)-
ESBOÇO DO LIVRO - Números possui 36 capitulos com 1288 versiculos trazendo os
seguintes relatos:
1 a 4 - Censo de organização
5 a 10 - Purificação e consagração
11 e 12 - Sedição e murmuração
13 - Os espias
14 - Incredulidade e castigo
15 - Novas leis
16 - Rebelião
17 - A vara de Arão floresce
18 e 19 - Ordenanças
20 - O pecado de Moisés
21 - A serpente de bronze
22 a 24 - Balaão
25 - Finéias e a apostasía
26 a 32 - Nomeações e distribuição
33 - Sumário da viagem
34 a 36 - Outras leis
COMENTÁRIOS
1) Os tíitulos dos livros do Pentateuco em muito nos ajudam à lembrança de seu conteúdo.
Números é um livro de peregrinação. O povo aqui (ao contrário do Levítico onde o povo está
parado) está sempre andando, mas é sobretudo um livro de números:
a) Há dois censos realizados um ao início da caminhada (Nm. 1) e outro ao final 38 anos
depois (Nm. 26).
b) A palavra "números" aparece cerca de 125 vezes no livro.
2) Deus os guiava e cuidava com todo amor e poder:
a) De dia eram guiados por uma nuvem e à noite por uma coluna de fogo. Não sabiam para
onde e nem por onde iam apenas seguiam a nuvem. Onde ela parava eles paravam. (Nm.
9:15 a 23).
b) Seus sapatos nunca se gastavam e as roupas não envelheciam. (Dt. 29:5).
c) O maná caia do céu diariamente com porção suficiente para um dia apenas.
Eles estavam no deserto sem estradas, sem parâmetros, sem fontes, sem armazéns e no dia a
dia, passo a passo, eram guardados e guiados por Deus. Uma lição cotidiana de confiança,
entrega e descanso.
3) O povo contudo deixou que a beleza e a sublimidade de toda aquela sobrenaturalidade se
transformasse em algo comum e monotono. Bocejou, resmungou, rebelou-se e murmurou
tendo saudades dos alhos e cebolas do tempo do cativeiro egípcio.
Nós também algumas vezes não agimos assim?
Acosturnando-nos com o sublime, com o sobrenatural de Deus e banalizando-o
monotonizamos a graça multiforme de Deus? Sempre assimo fazemos vem a saudade dos
alhos que comíamos quando escravos do mundo!
4) Houve ciúmes e competição por liderança, por fama e reconhecimento, no coração de Miriã
e Arão, em relação a Moisés. Deus irou-se com isto (Nm. 12:9). Deus só teve complacência
dos invejosos pela intercessão de Moisés (Nm. 12:13).
5) O medo e a incredulidade fazem coisas fantásticas!
2 Classe Panorama do Antigo Testamento 1 – 2º Semestre 2012 Escola Bíblica Dominical Uma Escola Dominical Transformadora Classe Panorama do Velho Testamento 1 2º Semestre 2012 Professores: Pr. Henrique Mafra, Presb. Ângelo Gagliardi e Cristina Vidal Quando os espias chegaram à Canaã e encontraram ali os gigantes, filhos de Enaque,
esqueceram-se do Deus das pragas do Egito, do Deus do Mar Vermelho, do Deus do Monte
Sinai etc.
O medo fê-los ver os gigantes maiores do que já eram e a si mesmos tão pequenos e
insignificantes quanto gafanhotos (Nm. 13:32 e 33).
Como entristecemos a Deus quando além da incredulidade nos deixamos ser apossados pelo
medo aponto de que a imagem e semelhança de Deus, em nós, torna-se como gafanhoto!
6) Moisés não entrou na terra prometida porque em sua ira contra o povo, que murmurava mais
uma vez, desobedeceu a Deus. Feriu a rocha pela segunda vez, quando apenas deveria falar a
ela, para que a água jorrasse (Nm. 20).
Veja que na primeira vez Deus mandou ferir a rocha e esta deu água (Ex. 17:6). Agora devia
apenas falar a ela, mas ele desobedeceu.
Em Nm. 20:11 Deus lhes deu água, mas castigou Moisés.
Cristo era a rocha, simbolicamente (I Co. 10:4) e para que a água da vida fluísse em nossa
direção ele precisava ser ferido na cruz apenas uma vez, por todas (Hb. 9:28; 10:12 e 14).
7) Balaão era um profeta independente. Deus usou uma jumenta para dirigir sua vida,e depois
usou o próprio Balaão para revelar ao rei Balaque e aos moabitas que tinha planos de
abençoar seu povo Israel (Nm. 22 a 24).
O Novo Testamento nos admoesta quanto ao cuidado contra o chamado "pecado de Balaão"
(Jd. 11 e II Pe. 2:15) o qual seduziu o povo de Deus com lascívia e prostituição (Nm. 25 e
31:8).
8) São tipos de Cristo no livro de Números:
a) A rocha que não podia ser ferida duas vezes.
b) A vara florescida de Arão (Nm. 17).
A autoridade sacerdotal de Arão foi confirmada quando a sua foi a única vara que, das mãos
dos outros pretensos líderes, da morte floresceu.
Jesus é o único líder que ressuscitou. Entre todos os pretensos sacerdotes do mundo Ele é o
único em quem brotou vida da morte.
c) As serpentes abrasadoras (Nm. 21).
O povo murmurador era mordido e envenenado por serpentes. A única saída, o único caminho
de salvação era contemplarem com fé uma serpente de bronze levantada numa haste.
Da mesma forma Cristo (Jo. 3:14) identificou-se conosco, fazendo-se culpado por nós, e sendo
levantado na cruz para que ao olharmos seu sacrifício com fé, nEle nos vendo, sejamos salvos.
PARA FIXAÇÃO
1) Porque este livro chama-se Números?
2) Ele descreve que momento da história do povo de Deus?
3) Que atributos de Deus podemos conhecer neste relato emocionante do livro de Números?
LEITURA DIÁRIA
DOMINGO - Nm. 21 - A SERPENTE DE BRONZE - Cristo se fez pecado por nós sendo levantado na cruz para que
pela fé, olhando para Ele, fossemos salvos. Ver Jo. 3:14.
SEGUNDA - Nm. 22:21 a 41 - A JUMENTA DE BALAÃO - Que profeta?! Advertido por uma juntenta!
TERÇA - Nm. 23 a 25 - DEUS USA ATÉ BALAÃO! - Quando Deus decide falar, agir ou abençoar Ele usa até jumentas
e Balaões.
QUARTA - Nm. 1 e 26 - OS CENSOS - Deus cuida, zela, disciplina e preserva.
QUINTA - Nm. 20 - O ERRO DE MOISÉS - Toda uma obra num instante de ira e desobediência fizeram Moisés perder
a bênção de pisar na terra prometida. Cristo é a rocha que não pode ser ferida 2 vezes. Ver Êx. 17:1 a 7; Hb. 9:28 e
10:12, 14; 1 Co. 10:4.
SEXTA - Nm. 17 - FLORESCE A VARA DE ARÃO - Do galho seco e morto Deus fez ressurgir vida para testificar a
autoridade do sacerdócio de Arão. Cristo ressurgiu dos mortos pelo poder de Deus. Ver Fp. 3:10 e 21; Ef. 1:19 e 20.
SÁBADO - Nm. 12 - ARÃO E MIRIÃ - Deus abomina a inveja, mas principalmente o falar mal dos seus escolhidos. Ver
Hb. 13:7 e 17.
(Este capítulo faz parte do livro PANORAMA DO VELHO TESTAMENTO, Angelo Gagliardi – 1995)
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