Informação à imprensa – 22 de Agosto de 2010 Múmias egípcias analisadas por Raios-X em estudo inédito MNA, IMI e Siemens promovem Lisbon Mummy Project O Museu Nacional de Arqueologia (MNA), o IMI- Imagens Médicas Integradas e a Siemens vão desenvolver um estudo científico inédito em Portugal, o LMP – Lisbon Mummy Project: uma iniciativa que tem por objectivo o estudo radiológico das três múmias egípcias humanas, do espólio do MNA, nunca antes avaliadas. O projecto consiste na análise não-destrutiva por Raios-X (RX digital e TAC Multicorte de 64 cortes), que será assegurada por equipamentos Siemens da unidade do IMI na Avenida da República, em Lisboa. O IMI será responsável pela investigação, por técnicas avançadas de pós-processamento de imagem da Radiologia. Com início no final de Agosto, o estudo incidirá sobre as múmias de dois sarcófagos fechados (séculos III-I a. C e IX-VIII a. C respectivamente) e uma múmia enfaixada Ptolomaica, e proporcionará dados preliminares num período estimado de três meses. Os resultados, imprevisíveis, serão certamente fascinantes pela vasta informação a recolher em campos tão variados como o histórico, o arqueológico, o antropológico, o paleopatológico e eventualmente o artístico. A avaliação da TAC seguirá o protocolo do estudo da colecção de múmias egípcias do Museu Nacional de Antiguidades de Leiden, segmentando e comparando os resultados em cinco grupos de dados: Antropologia Física, Detalhes de Embalsamamento, Grau de Preservação, Paleopatologia e Faixas e Artefactos. A informação conhecida até à data resulta da análise dos próprios sarcófagos. Destes destaca-se a múmia de Pabasa, filho de Hor, sacerdote encarregado de vestir a estátua do Deus Min. Deus da fertilidade e da potência sexual, as representações de Min foram destruídas na sua maioria pelos Cristãos. Pretende-se, com esta iniciativa, reforçar a perspectiva histórica de cada múmia, divulgar a colecção do MNA e, fundamentalmente, congregar as competências diversificadas dos vários parceiros beneficiando a investigação científica do património cultural existente em Portugal. O LMP é coordenado pelo Dr. Luís Raposo, Director do MNA, e desenvolver-se-à através de uma equipa multidisciplinar de Radiologia, de Egiptologia (Prof. Luís Araújo – Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, através do Instituto Oriental)e de Arqueologia (Dr. Álvaro Figueiredo – University College de Londres). A equipa de investigação do IMI, que abrange técnicos e médicos radiologistas, é coordenada pelo Dr. Carlos Prates. Para além de co-patrocinar esta iniciativa, a Siemens irá disponibilizar uma estação de trabalho de pós-processamento avançado da documentação digital adquirida, que será instalada numa sala especial da investigação, disponibilizada pelo IMI. Em anexo: Fotografias das múmias do MNA Para mais informações contactar: Grupo GCI: Diogo Sousa Telef. 21 355 30 30 Tlm: 93 540 12 30 E-mail: [email protected] Sobre o Museu Nacional de Arqueologia: O MUSEU NACIONAL DE ARQUEOLOGIA Instituição centenária da Cultura Portuguesa O actual Museu Nacional de Arqueologia (MNA) foi fundado em 1893 pelo Doutor José Leite de Vasconcelos (e daí a designação oficial mais completa do Museu, conforme publicação em “Diário da República”: Museu Nacional de Arqueologia do Doutor Leite de Vasconcelos). Em mais de um século de existência este Museu constituiu-se na instituição de referência da Arqueologia Portuguesa, com correspondência regular com museus, universidades e centros de investigação em todo o Mundo. O acervo do Museu reúne as colecções iniciais do Fundador e de Estácio da Veiga. A estas somaram-se numerosas outras, umas por integração a partir de outros departamentos do Estado (por exemplo: colecções de arqueologia da antiga Casa Real Portuguesa, incorporadas no Museu após a implantação da República; colecções de arqueologia do antigo Museu de Belas Artes, incorporadas quando se criou o actual Museu Nacional de Arte Antiga; etc.), outras por doação ou legado de coleccionadores e grandes amigos do Museu (por exemplo: doações Bustorff Silva, Luís Bramão, Samuel Levy, etc.), outras mercê da intensa actividade de campo do próprio Museu ou de outros arqueólogos; outras ainda por despachos governamentais, ao abrigo da legislação aplicável, sempre que considerado o valor nacional de bens arqueológicos descobertos no País. Para além das exposições, o Museu oferece à sociedade (portuguesa e estrangeira) numerosos outros serviços: edição regular de publicações (de que sobressai a revista científica “O Arqueólogo Português”, editada desde 1895 e a mais importante do seu género em Portugal e com uma rede de mais de 300 instituições correspondentes em todo o Mundo), conservação e restauro de bens arqueológicos, seminários, conferências e cursos da especialidade, serviço educativo e de extensão cultural, biblioteca especializada (a mais importante em Portugal e a única que hoje continua regularmente aberta ao público no conjunto dos museus nacionais), loja e livraria, investigação científica fundamental, etc. Concebido pelo Fundador para ser uma espécie de “Museu do Homem Português”, o MNA continua hoje com a mesma vocação básica, ou seja, contar a história do povoamento do nosso território, desde as origens até à fundação da nacionalidade. É a única instituição em Portugal capaz de o fazer: pelas colecções de que dispõe, pelos recursos técnicos que possui, pelo próprio espaço que ocupa no Mosteiro dos Jerónimos (verdadeiro centro de confluência de nacionais e estrangeiros, com especial relevo para as escolas do País, que anualmente ocupam plenamente a capacidade do serviço educativo do Museu). http://www.mnarqueologia-ipmuseus.pt/?a=0&x=3 Sobre o IMI: O IMI, Imagens Médicas Integradas, S.A. dedica-se, há mais de 23 anos, à prestação de serviços clínicos em Técnicas de Imagem Médica e Diagnóstico Radiológico, assumindo hoje a marca IMI uma posição de liderança no panorama da Imagiologia do nosso país. Iniciou a sua actividade na Grande Lisboa e tem desenvolvido ligações ao país mais periférico, com colaborações e unidades geograficamente diversas no nosso País, das quais se destaca pela sua modernidade e centralidade, a da Avª da República, 99 B, em Lisboa. Para além desta e de uma outra clínica no Parque, também em Lisboa, possui unidades em Cascais , Almada e Leiria. Explora ainda o Serviço de Radiologia do Hospital do Litoral Alentejano, colabora com o Serviço de Radiologia do Hospital de Santo André em Leiria e presta Serviços de Telerradiologia a clientes institucionais públicos e privados no Norte, Centro O IMI apostou desde sempre em recursos médicos de elevado nível curricular e científico, aliados a uma excepcional atenção ao cliente e a uma tecnologia de vanguarda, exigida tanto aos equipamentos médicos, como às soluções funcionais. O IMI desenvolve desde 2003 um plano de mecenato cultural, participando em vários estudos não-destrutivos por Raios X de artefactos da Arqueologia, da Arte e de Antiguidades. Detém a Certificação (multisite) pelo referencial da Norma NP EN ISO 9001:2008 e foi vencedor, em 2009, da 3ª edição dos “AGILITY AWARDS” - prémio que tem por objectivo distinguir o sucesso no desenvolvimento de aplicações - com o seu projecto IMS - IMAGING MANAGEMENT SYSTEM, que suporta toda a actividade de imagiologia. Diagnosticar Afectivamente, colocando a Tecnologia ao serviço da Saúde Sobre a Universidade de Lisboa / Faculdade de Letras / Instituto Oriental: O envolvimento da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa no projecto, é feito através do Instituto Oriental que pertencente à Faculdade e que desde há muitos anos tem desempenhado um papel muito activo no desenvolvimento da Egiptologia em Portugal. Uma das actividades mais visíveis tem sido o estudo das colecções egípcias existentes no nosso país, estando a maior parte delas já publicada - cerca de mil objectos de museus públicos e privados, além de pequenas colecções particulares. Cadmo, nome da revista do Instituto Oriental com periodicidade anual (e que este ano vai comemorar vinte anos) editada pelo Centro de História da Faculdade de Letras, insere em todos os seus números artigos sobre o antigo Egipto, e acompanhará também o processo de estudo das múmias. Sobre a Siemens Healthcare: A Siemens Healthcare Sector é um dos maiores fornecedores do mundo no ramo dos cuidados de saúde e um empreendedor na imagiologia médica, diagnósticos de laboratório, tecnologia de informação médica e próteses auditivas. A Siemens é a única empresa que pode oferecer aos seus clientes produtos e soluções que abrangem todo o espectro dos cuidados ao paciente – desde a prevenção e detecção precoce, passando pelo diagnóstico e tratamento até aos cuidados pós-tratamento. Optimizando os fluxos de trabalho clínicos para a maioria das doenças comuns, a Siemens também melhora e torna mais rápida e eficiente a prestação de cuidados clínicos. A empresa emprega mais de 48 000 pessoas a nível mundial e opera em todo o mundo. No ano comercial de 2009 (até 30 de Setembro), a Siemens Sector Healthcare reportou vendas no valor de €11,9 mil milhões e lucros de €1,5 mil milhões. http://www.siemens.pt/healthcare