2013.1 Boletim de Notícias de Transmissão de Energia Elétrica Redator: Moisés Araujo Oliveira Orientador: Antônio Luiz Silva Moisés 2013.1 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA TÍTULO: BOLETIM DE NOTÍCIAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EDITOR: MOISÉS ARAUJO OLIVEIRA DATA DE CATALOGAÇÃO: 21 DE MAIO DE 2013 TIPO: BOLETIM IDIOMA: PORTUGUÊS PROFESSOR: ANTÔNIO LUIZ SILVA MOISÉS Linhas de transmissão em São Paulo seguem padrão da Aneel Colaborador: Agenor Sodré Fonte: Notícias JusBrasil Data da publicação: 08/03/2013 O representante da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), Paulo César de Oliveira Teixeira, afirmou nesta sexta-feira (8) que todas as linhas de transmissão de energia em operação no Estado de São Paulo atendem aos limites definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e, portanto, os parâmetros fixados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo ele, a diminuição nos valores limites de campos magnéticos implica a adoção de medidas com impacto tarifário, social e visual que, necessariamente, deve passar pela aprovação do Estado brasileiro, que permite que as empresas transmissoras operem em regime de concessão. Além do aspecto econômico-financeiro, para a adoção de medidas de mitigação haverá limitações à operação (restrição de carga) e à manutenção (impacto na qualidade do fornecimento), alertou Paulo César. Engenheiro eletricista e mestre na área pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Paulo César fez uma apresentação abrangente sobre como são gerados os campos eletromagnéticos, as formas possíveis de minimizar a incidência da radiação gerada por esses campos no meio ambiente e seus custos. Segundo ele, estudos mostram que com o enterramento de linha o campo eletromagnético pode reduzir-se à metade. Além dessa vantagem, essa solução tem pequeno impacto visual. Por outro lado, ela apresenta maiores problemas de operação, grande complexidade para reparo e manutenção com aumento na taxa de indisponibilidade e mais limitações no uso da terra no interior da faixa de passagem, que é a faixa de segurança de uma linha de transmissão de energia. Ele acrescentou que para a obtenção do valor de um microtesla (unidade de medida de campos eletromagnéticos), vigente hoje na Suíça, seria necessário que as faixas de segurança das linhas de transmissão hoje existentes, que são de 30 metros, teriam de ser aumentadas para 90 metros. O custo para aquisição desses 60 metros de terreno complementar, disse o engenheiro, ficaria em cerca de R$ 3,5 milhão. O engenheiro informou que o valor referência que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem hoje para aquisição de terreno em zona urbana é de cerca de R$ 60, mas observou que o valor referência das empresas no municípios de São Paulo e São José dos Campos fica em torno de R$ 250 a R$ 300 o metro quadrado. Vemos que essa estimativa de R$ 3 milhões está, provavelmente, muito abaixo do que seria necessário. Ou seja, esses custos podem se tornar astronômicos, disse. Ainda segundo Paulo César, para obter o campo de um microtesla seria necessário alterar a estrutura padrão das torres, que é de 26 metros, para 62 metros. Percebemos, de uma forma bastante simplista, que estamos falando em triplicar as faixas de passagem ou triplicar a altura das estruturas. A Cteep é uma concessionária privada do setor de transmissão de energia elétrica. Sediada em São Paulo, a empresa está presente, com ativos próprios e por meio de subsidiárias e participações, em 16 estados brasileiros. Neoenergia conquista Linha de Transmissão de 169 km entre Rio Grande do Norte e Paraíba Colaborador: Ana Karolina Barreto Fonte: Portal Rio Capital da Energia Data da publicação: 10/05/2013 O Grupo Neoenergia conquistou o Lote G ofertado no Leilão de Transmissão de energia promovido nesta sexta-feira (10/05), pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em São Paulo. A linha adquirida pela Neoenergia tem 196 km de extensão e ligará a Subestação Ceará Mirim II, no Rio Grande do Norte, à Subestação Campina Grande III, na Paraíba. Esta é a primeira linha de transmissão de 500 kV (quilovolts) arrematada pelo Grupo Neoenergia, que já contava com 450 km de linhas de transmissão de 230 kV. A nova linha de transmissão vai contribuir com a qualidade do fornecimento de energia no Rio Grande do Norte, onde distribuição é feita pela Cosern, empresa do Grupo Neoenergia. Também contribuirá com o reforço do sistema elétrico no Nordeste. A obra tem prazo de conclusão de 28 meses. O Grupo Neoenergia está entre os 40 maiores grupos privados do país. Presente em 12 estados, atua em toda a cadeia de energia: geração, transmissão, distribuição e comercialização. Desde a sua constituição até dezembro de 2012, acumula investimentos da ordem de R$ 24 bilhões. Na área de distribuição de energia, possui 9,6 milhões de unidades consumidoras na Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte, por meio de suas concessionárias Coelba, Celpe e Cosern, respectivamente. Na área de geração, também se destaca: possui capacidade instalada de 1.558 megawatts (MW) e deve devem chegar a 4.087 MW até 2019, por meio de novos empreendimentos como as usinas de Teles Pires, Baixo Iguaçu, Belo Monte e os 10 parques eólicos, estes em construção em parceria com a Iberdrola. Apagões de eficiência e de tecnologias: linhas de transmissão Colaborador: Ari Chabi Fonte: Ecoa Rios Vivos Data da publicação: 14/02/2011 A falta de manutenção e de investimento em novas tecnologias de transmissão de energia em alta tensão é o principal problema no Brasil. O sistema atual ainda é jurássico e não tem mais capacidade de suporte para o aumento da demanda. Só quem esteve fazendo pesquisa em grandes lojas de eletrodomésticos antes do Natal, pode ter uma ideia da procura por aparelhos de ar condicionado. Um sistema de transmissão de alta tensão leva a energia da unidade geradora – hidrelétrica, termelétrica, eólica - até a subestação transformadora de onde saem as linhas de distribuição para o consumidor. O conjunto da transmissão de alta tensão é formado de cabos condutores, cabos para-raios, estruturas metálicas, espaçadoresamortecedores, cadeias de isoladores, torres autoportantes ou estaiadas e subestações transformadoras que têm mais outros tantos componentes. Quase todas as linhas de transmissão no Brasil têm mais de 30 anos, exceto o terceiro circuito de Itaipu Itaberá-Tijuco Preto III que foi concluído em 2001, depois de um histórico de quatro anos de irregularidades no processo de licenciamento questionadas pelo ministério público. Visitei subestações de Furnas e tive a impressão de ter voltado no tempo, para a idade da pedra em tecnologia. Impossível não notar os painéis de controle na base das luzinhas coloridas piscando como árvores de natal, alavancas mecânicas, sinais sonoros, reloginhos de ponteiros e salas de controle em estado de sucata, além de decibéis incompatíveis com a saúde do trabalhador. Eis alguns dos problemas. Novas tecnologias No ano passado foi inaugurada a linha de transmissão de energia em ultra-alta tensão mais extensa e potente do mundo, na China. O projeto Xiangjiaba-Xangai de 800 kV tem aproximadamente 2.000 quilômetros e é uma nova referência em capacidade de transmissão, ocupa menos espaço e as perdas ficam abaixo de 7%. A economia é equivalente à demanda de energia de aproximadamente um milhão de pessoas na China. No Brasil as perdas de transmissão ultrapassam os 20%. Esse sistema de alta capacidade, na China, compreende uma única linha de transmissão aérea. A nova tecnologia dispõe de um sistema de controle avançado com maior capacidade e eficiência e é adequado para países com dimensões continentais onde os centros de consumo estão localizados longe das geradoras de energia. Então, diante desses avanços tecnológicos, não faz o menor sentido construir o sistema de transmissão das usinas do Madeira com tecnologia ultrapassada – são duas linhas, uma ficará em standby o que comprova não só a falta de confiança no sistema como o interesse do setor de energia em promover obras desnecessárias – com um corredor de 10 quilômetros de largura. Infelizmente, o desenvolvimento de novas tecnologias, novos conceitos de equipamentos, a manutenção e as especificações técnicas de componentes mais evoluídos com sistemas informatizados, controle digital, menor impacto e mais eficiência, ainda não chegaram ao Brasil. Já há empresas oferecendo até linhas de transmissão subterrâneas de alta tensão. Mas como as empresas estatais Eletronorte, Furnas e Cemig dominam o setor de transmissão de alta tensão, só nos resta amargar prejuízos. A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) deveria defender os consumidores desses prejuízos causados pelos recorrentes apagões e pela incapacidade gerencial, falta de investimentos em novas tecnologias das empresas estatais e, concessionárias privadas. Depois da privatização não houve investimento em modernização de estações transformadoras, subestações e muito menos nas redes de distribuição e transmissão. Outro ponto a considerar sobre transmissão seria a substituição da CA – corrente alternada, usada em todas as linhas no Brasil, por CC – corrente contínua que é mais eficiente, mas é uma tecnologia ainda não dominada por aqui. Devido à falta de investimento em tecnologias, o sistema de transmissão do Madeira só ficará pronto em 2015, muito depois da primeira turbina de Santo Antônio começar a operar! A tecnologia de corrente contínua requereria a repaginação de todas as UHEs do Brasil, já que existe uma incompatibilidade com as máquinas geradoras antigas. A LT do Madeira – com os dois circuitos de 600kv CC - será acompanhada de outras linhas de transmissão convencionais paralelas (plural porque são várias), mas com o mesmo conceito e componentes ultrapassados (fabricados pelas mesmas indústrias desde sempre) usados há três décadas ou mais. Quanto à geração, o problema virá com a diminuição da capacidade das hidrelétricas com mais de 30 anos e numa curva descendente, pois ultrapassaram em muito o limite da vida útil dos seus reservatórios já assoreados. Turbinas de última geração já estão disponíveis no mercado e a simples troca das ultrapassadas poderia revitalizar e aperfeiçoar a capacidade de geração, evitando construir Belo Monte, inclusive; no entanto não interessa às concessionárias, a esta altura, investir em modernização, uma vez que estão também no limite dos seus contratos que serão objeto de revisão a partir deste ano. Enquanto a China resolve seu problema de transmissão especial de alta tensão a longa distância, reduz as perdas e os corredores, poupa energia, aumenta a eficiência e utilizam métodos de transmissão econômica, segura e eficiente, nós no Brasil continuamos nas mãos da ineficiência da Eletronorte, Furnas e Cemig e enfrentando apagões. Tarifas de Uso do Sistema de Transmissão Colaborador: George Duarte Fonte: ANEEL Data da publicação: 26/06/2012 O serviço de transporte de grandes quantidades de energia elétrica por longas distâncias, no Brasil, é feito utilizando-se de uma rede de linhas de transmissão e subestações em tensão igual ou superior a 230 kV, denominada Rede Básica. Qualquer agente do setor elétrico, que produza ou consuma energia elétrica tem direito à utilização desta Rede Básica, como também o consumidor atendida certas exigências técnicas e legais. Este é o chamado Livre Acesso, assegurado em Lei e garantido pela ANEEL. A operação e administração da Rede Básica é atribuição do Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, pessoa jurídica de direito privado, autorizado do Poder Concedente, regulado e fiscalizado pela ANEEL, e integrado pelos titulares de geração, transmissão, distribuição, comercialização e também pelos consumidores com conexão direta à rede básica. O ONS tem a responsabilidade de gerenciar o despacho de energia elétrica das usinas em condições otimizadas, envolvendo o uso dos reservatórios das hidrelétricas e o combustível das termelétricas do sistema interligado nacional. O pagamento do uso da transmissão aplica-se também à geração da Itaipu Binacional. Entretanto, devido às características legais dessa usina, os encargos correspondentes são assumidos pelas concessionárias de distribuição detentoras das respectivas quotas-partes da potência da usina. As tarifas de uso do sistema de transmissão - TUST são calculadas com a metodologia nodal, que dá um sinal econômico locacional, conforme preconizado em Lei. As tarifas são reajustadas anualmente na mesma data em que ocorrem os reajustes das Receitas Anuais Permitidas - RAP das concessionárias de transmissão. Esse período tarifário inicia em 1º de julho do ano de publicação das tarifas até 30 de junho do ano subsequente. A Resolução Normativa nº 067, de 8 de junho de 2004, foram introduzidos aperfeiçoamentos nas regras de composição da Rede Básica, que passou a contemplar as instalações de transformação necessárias para rebaixar as altas e extra-altas tensões da transmissão - iguais ou superiores a 230 kV - para as tensões de distribuição. Outro aspecto importante associado a esse regulamento é que o serviço de transmissão prestado por essas unidades transformadoras é pago por distribuidoras que dele se beneficiam, mediante a criação de uma parcela específica da TUST, denominada TUST- FR, que incorpora, ainda, os custos de transporte associados às Demais Instalações de Transmissão - DITs compartilhadas entre as concessionárias de distribuição. A parcela principal da TUST, a TUST-RB refere-se às instalações de transmissão integrantes da Rede Básica, com nível de tensão igual ou superior a 230 kV, utilizadas para promover a otimização dos recursos elétricos e energéticos do sistema e, portanto, gera tarifas aplicáveis a todos os usuários. Seu cálculo é realizado a partir de simulação com o Programa Nodal, que utiliza como dados de entrada a configuração da rede, representada por suas linhas de transmissão, subestações, geração e carga, uma receita total a ser arrecadada e alguns parâmetros estabelecidos por meio da Resolução nº 117, de 2004. Essa receita é composta da RAP a ser paga às concessionárias de transmissão, de parte do orçamento do ONS, de uma Parcela de Ajuste, correspondente às diferenças de arrecadação do período anterior e de uma previsão de receita para pagamento de instalações de transmissão que irão entrar em operação ao longo do período considerado. Devido às regras de composição da Rede Básica fixadas pela Resolução Normativa n.º 067/2004, o Programa Nodal foi modificado para permitir o cálculo da TUST-FR, porém mantendo, integralmente, a Metodologia Nodal originalmente desenvolvida para cálculo da TUST-RB, conforme dispõe a Resolução nº 281, de 1999. Outras inovações no cálculo das tarifas foram traduzidas pelas Resoluções Normativas nº349/2009 e nº399/2010. Esta última introduziu um sinal econômico para TUST Fora de Ponta, com início a partir do ciclo 2011-2012. Ressalta-se que a Resolução Normativa nº 429/2011, apresentou regra de transição para arrecadação dos recursos no horário fora de ponta, devendo ser recuperado apenas 1/3 dos recursos originalmente previstos na REN 399/2010 neste ciclo, ficando o restante referente ao segmento consumo recuperado no horário de ponta. No ciclo 2012-2013 será aplicado 2/3 e somente a partir do ciclo 2013-2014, a TUST fora ponta será aplicada em sua totalidade, finalizando a regra de transição. A base de dados e o Programa Nodal que trata deste tema estão disponíveis para simulações na Seção Programa Nodal. Especificamente para o ciclo tarifário 2012-2013, os dados de entrada utilizados para o cálculo da TUST, aprovados pela REH 1.316/2012, apresentam os seguintes valores (em R$): Dados de Entrada do Nodal RAP-RB (R$X1000) R$ 11.850.855,49 GER fora da RB - REN 349/2009 (R$X1000) R$ 499.585,69 ONS - orçamento (R$X1000) R$ 473.617,00 IGP-M (%) 4,2614509% Fator FP (2/3) da REN 399/2010 (%) 66,67% Adicionalmente, de forma a permitir a simulação das tarifas do horário fora de ponta e da TUSDg, é necessário ativar no programa nodal as seguintes opções: 1. Na caixa “Calcular”, as opções “TUST-FR” e “TUSDg”; 2. Na caixa “TUST Fora de Ponta”, as opções “Calcular”, “TRA Prop.” e “Definir Percentual”; Ao ativar a opção “Definir Percentual” o usuário deverá utilizar o valor de 66,67%, que corresponde ao percentual estabelecido para o ciclo 2012-2013 conforme Resolução Normativa nº 429, de 2011. As tarifas nodais aplicáveis às centrais geradoras, aos importadores e/ou exportadores de energia e às distribuidoras encontram-se nos anexos I, III e V da REH 1.316/2012. Os consumidores livres e autoprodutores com unidade de consumo diretamente conectada à Rede Básica - instalações de transmissão com tensão igual ou superior a 230 kV têm suas tarifas individualizadas, TUST-RB, calculadas pelo Programa Nodal e associada ao ponto de conexão do acessante. As tarifas incorporam, ainda, três encargos setoriais de responsabilidade do segmento de consumo, em R$/MWh: a Conta de Consumo de Combustíveis - CCC, a Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, e o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica - PROINFA. As tarifas aplicáveis aos consumidores livres conectados diretamente à rede básica de transmissão estão dispostas no Anexo II da REH 1.316/2012. A Resolução Normativa nº 267/2007, alterou a sistemática de cálculo da TUST para os novos empreendimentos de geração participantes de leilões de energia. Assim, previamente a cada leilão, a ANEEL calcula um conjunto de 10 tarifas para aquelas centrais geradoras com conexão diretamente a rede básica e que não estejam em operação comercial. Para o ciclo 2012-2013, as centrais geradoras, alcançadas pela norma, têm suas tarifas publicadas no Anexo VII da REH 1.316/2012. A tarifa de transporte da energia gerada pela UHE Itaipu Binacional destina-se ao pagamento a FURNAS Centrais Elétricas pela disponibilização do sistema de transmissão de sua propriedade para uso exclusivo como instalações de conexão da usina. Este sistema é composto pelas linhas de transmissão Itaipu/Ivaiporã 765 kV e Itaipu/Ibiúna 600 kVCC, que não fazem parte da Rede Básica. A tarifa é paga unicamente pelos detentores de quota-parte de Itaipu. A Resolução Normativa nº349/2009 estabeleceu os critérios para o cálculo locacional da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição aplicável às centrais geradoras – TUSDg conectadas no nível de tensão 138 kV ou 88 kV, encerrando o processo de transição iniciado na separação dos âmbitos de transmissão e distribuição, a partir da REN 067/2004. O Anexo VIII da REH 1.316/2012 estão dispostos os encargos anuais a serem pagos pelas distribuidoras, de acordo com a REN 349/2009, a título de repasse a Rede Básica pelo uso da transmissão de geradores conectados em redes de distribuição, para o ciclo 2012-2013. Em 4 de abril de 2011, o MME editou as Portarias nº 210 e nº 211 que equiparam, para efeitos técnicos e comerciais, aos concessionários de serviços público de transmissão de energia elétrica as instalações, respectivamente, do Sistema de Transmissão Garabi 1 e Garabi 2 necessárias aos intercâmbios internacionais de energia elétrica autorizadas à CIEN. Conforme a Lei nº 12.111, de 2009, o usuário das instalações internacionais contribuem com um adicional de tarifa de uso específico - ADTUE visando a modicidade tarifária da transmissão. Em 5 de agosto de 2011, foi publicada a Resolução Normativa nº 442, de 26 de julho de 2011, que regulamentou as disposições relativas às instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a interligações internacionais de que tratam os §§ 6º e 7º do art. 17 da Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, incluídos pela Lei nº 12.111, de 9 de dezembro de 2009, e o art. 21 do Decreto nº 7.246, de 28 de julho de 2010, estabelecendo o adicional de tarifas de uso específico – ADTUE. Para o ciclo 2012-2013, o valor a ser utilizado pelo ONS para cálculo do ADTUE é R$ 278.276.937,55 (duzentos e setenta e oito milhões, duzentos e setenta e seis mil, novecentos e trinta e sete reais e cinquenta e cinco centavos), que se encerra em 30 de junho de 2013. ONS promete medidas especiais durante a Copa Colaborador: Rafael Casaes Fonte: Jornal da Energia Data da publicação: 11/04/2013 Durante os jogos, haverá redução no carregamento dos principais troncos de transmissão, com o objetivo de minimizar os riscos de queda por sobrecarga. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) vai tomar medidas preventivas especiais para garantir a estabilidade no fornecimento de energia elétrica no país no próximo ano durante a Copa do Mundo, especialmente nas 12 cidades-sede dos jogos. A garantia foi dada na tarde desta quarta-feira (10/04), em entrevista na Câmara dos Deputados, pelo diretor do ONS, Hermes Chipp. Durante os jogos da Copa haverá redução no carregamento dos principais troncos de transmissão, com o objetivo de minimizar os riscos de queda de fornecimento por sobrecarga, além da garantia adicional propiciada pelas usinas termelétricas, que são usadas para reforçar a estabilidade do sistema durante o ano inteiro. Foram criadas oito forças tarefa para cuidar do suprimento durante os jogos, com base no desempenho da transmissão de alta tensão e do potencial de distribuição. A preparação para a Copa tem custo estimado em R$ 100 milhões, segundo informou Chipp. Além das providências do ONS, os estádios estarão equipados com sistemas de geração própria. “O ONS faz um trabalho preventivo em dias importantes como o Natal ou o Reveillon e a Copa das Confederações [disputada entre 15 e 30 de junho deste ano] será um primeiro teste para o funcionamento do sistema de controle que foi implantado para a Copa do Mundo”, disse o diretor. Chipp participou de audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, que se reuniu na quarta-feira para discutir a confiabilidade do sistema brasileiro de transmissão de energia elétrica em face das quedas de energias acontecidas no país no ano passado. O presidente interino da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Donizete Rufino, disse, durante a audiência pública, que a agência se reúne sempre com os representantes das empresas do setor elétrico e também com acionistas para cobrar a qualidade e multar por deficiências de serviços prestados. O ONS avalia que as causas das quedas de energia que aconteceram no ano passado, especialmente entre setembro e dezembro, foram identificadas e se deveram a efeitos localizados. Chipp não acredita que falte manutenção ou que tenha havido sabotagem. "Há equipamentos mais novos, com tecnologia moderna, e também a maior parte aparato tem mais de 40 anos de uso, o que não significa que esteja sucateado. Há necessidade de manutenção preventiva, isso sim", diz, exemplificando que "uma pessoa mais nova tem menos chance de adoecer. As usinas de geração são projetadas para trabalhar durante 30 anos, mas têm condições de funcionar acima de 100 anos, dependendo da manutenção que tiverem". Obras de transmissão de Araraquara são suspensas energia em Colaborador: Vagner Castro Fonte: Notícias MPF PGR Data da publicação: 2005 Decisão da Justiça atende pedido do MPF em São Paulo A pedido do Ministério Público Federal em São Paulo, a Justiça Federal de Araraquara determinou a suspensão das obras da linha de transmissão de energia elétrica que corta o município de Boa Esperança do Sul. A Transmissora de Energia S/A (Ate) conseguiu obter junto ao Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) as licenças ambientais, porém foram encontradas irregularidades relativas às normas ambientais - a autorização de instalação das torres ignorou a existência de diversas reservas legais, vegetação que não pode ser suprimida. Na ação, o MPF classifica o empreendimento como potencial causador de degradação ambiental, o que torna imprescindível o licenciamento ambiental. Passando por 24 municípios, sendo 17 no estado de São Paulo e sete no Paraná, a linha de transmissão de energia elétrica afetaria diretamente 2.176,2 hectares. Além disso, sua área de influência passaria próximo de 11 unidades de conservação e uma terra indígena, denominada Araribá. O MPF acompanhou o licenciamento para implantação da linha de transmissão Londrina - Araraquara e constatou falhas no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e no Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA). Uma delas foi a omissão da existência da área de proteção ambiental estadual da bacia hidrográfica do rio Batalha, já questionada em Ação Civil Pública pelo MPF em Bauru. Assim, o MPF pediu à Justiça Federal que determine ao IBAMA que suspenda as licenças expedidas e realize novas vistorias nos municípios de Araraquara e Boa Esperança do Sul. Caso os pedidos do Ministério Público sejam aceitos, a empreendedora Ate deverá apresentar alternativas para o empreendimento, retirar das áreas de reserva as torres e demais equipamentos nelas alocados e realizar efetiva recuperação da área degradada das reservas, pela realização indevida das obras. Para evitar maiores danos ambientais, o juiz federal Peter de Paula Pires determinou a suspensão das obras, até que decida sobre os pedidos do MPF. ONS espera propostas para Rio Madeira e Sul-Sudeste Colaborador: Vitor Reis Fonte: Agência Estado Data da publicação: 20/05/2013 O provável atraso na construção das linhas de transmissão que reforçariam o sistema de escoamento da energia das usinas do Rio Madeira (RO) e a interligação entre SulSudeste preocupa o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Esses projetos foram ofertados ao mercado no último leilão de transmissão, há duas semanas, mas não obtiveram propostas dos participantes. "Esperamos que esses projetos estejam contemplados no leilão de transmissão de setembro", afirmou o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, que participou nesta segunda-feira de aula inaugural do Programa de Planejamento Energético da Coppe - Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os projetos em questão são as linhas Araraquara - Itatiba e Araraquara - Fernão Dias, ambas em São Paulo, que estão relacionadas ao sistema de escoamento de energia das usinas do Rio Madeira, e a Itatiba - Bateias (PR), que visa reforçar o intercâmbio de energia entre Sul e Sudeste. "Essa é uma linha muito importante", afirmou Chipp, que há tempos defende investimentos em geração térmica e linhas de transmissão no Sul do país para ampliar a confiabilidade e a segurança do suprimento da região. Os projetos não tiveram oferta na licitação porque os investidores consideraram baixas as taxas de retorno fixadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica. Após o evento, Chipp afirmou que o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) pode aprovar em junho o desligamento de mais térmicas, dependendo da evolução das chuvas. Segundo o diretor-geral do ONS, as chuvas não têm sido tão favoráveis este mês. "A previsão dos meteorologistas é que junho será melhor que maio", disse. Atualmente, o nível dos reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em 62,2%. No início deste mês, o CMSE determinou o desligamento de quatro usinas a diesel, que possuem o custo de geração mais alto do sistema elétrico. Nos cálculos do governo federal, a desativação dessas térmicas trará uma economia de R$ 260 milhões por mês, dos quais R$ 100 milhões para os consumidores. Hoje, o nível de geração das térmicas está em 14,5 mil Megawatts (MW) médios.