Conceito de logística eficiente
Para tornar os processos logísticos na fábrica mais eficientes, a Robert Bosch Fahrzeugelektrik Eisenach
GmbH, iniciou em 2006 um projecto, construindo um Centro Logístico dentro da própria fábrica onde
acolheu todas as áreas logísticas que no passado estavam entregues a Terceiros. A frota de reboques da
Jungheinrich é uma componente integrante deste novo conceito.
A Robert Bosch Fahrzeugelektrik Eisenach GmbH pertence ao segmento Automóvel do Grupo e produz
equipamentos para injecção de combustível alcançando em 2007 um volume de negócios de 498 milhões
de euros. A empresa produz desde 1992, na sua unidade de Eisenach, equipamento de alta tecnologia
para a indústria automóvel, como sensores de velocidade e tacómetros, sensores de densidade de ar,
bombas de ar secundário, sensores de pedal, módulos de pedal de acelerador, sensores para distribuição
de combustível e sensores de pressão para os travões e módulos electrónicos de transmissões
automáticas.
No perímetro da fábrica para além do Centro Logístico também estão localizados quatro unidades de
produção com um total de 55 linhas.
Abastecimento da produção
O Centro Logístico Bosch é um elo da cadeia de
abastecimento. Está localizado nas proximidades
das instalações produtivas e permite um fluxo de
mercadorias orientado para os processos logisticos.
Nos 8.000 metros quadrados de espaço, estão
localizadas matérias-primas e materiais de cerca 280
fornecedores. Anualmente são expedidos mais de
80 milhões de produtos para 320 clientes diferentes
em todo o mundo, a partir de 530 locais de
fornecimento.
O abastecimento interno é baseado no princípio de controlo do consumo e actualmente funciona com
nove rotas de abastecimento fixas, distribuídas por três turnos. As linhas de produção individuais, são
assim abastecidas com os materiais necessários, e os produtos podem ser recolhidos imediatamente em
ciclos reduzidos. Este princípio é conhecido no abastecimento logístico como "milk run". Desta forma é
aumentada a taxa de entrega de cada componente e nivelada a capacidade operacional ao longo do dia.
Matthias Dengler, líder de grupo do departamento de logística, da Robert Bosch GmbH Eisenach, explica:
"O princípio milk run cria transparência no armazém e na produção e permite uma redução dos stocks.”
Reboques, como parte integrante do conceito de logística
Para a implementação do conceito de logística na
Bosch, os empilhadores tem utilização limitada,
pois só carregam uma quantidade reduzida de
mercadoria maioritariamente localizada em
paletes ou em recipientes próprios. Os
equipamentos mais funcionais para o princípio
milk run, são os reboques, porque podem
transportar grandes quantidades de carga de uma
só vez, enquanto os empilhadores para
transportar a mesma carga teriam de fazer este
percurso por diversas vezes.
Além disso, o reboque permite o acoplamento de vários atrelados tornando assim possível variar o tipo de
carga em qualquer reboque. Por conseguinte, a manipulação de material é muito mais flexível.
Fazendo parte do perfil de utilização a constante subida e descida do condutor do reboque, a Bosh decidiu
optar pelos modelos de condutor em pé. O equipamento Jungheinrich seleccionado, um modelo de
reboque EZS 350, possui um motor de tecnologia trifásica de 24 volts que oferece uma forte aceleração e
uma velocidade máxima elevada. Graças à tecnologia trifásica o equipamento poupa energia, tem um
tempo de vida útil mais longo, sem grandes gastos de manutenção ou de escovas. A Bosch reduz desta
forma os seus custos operacionais, minimizando assim a manutenção necessária.
“Além do desempenho também era muito importante para nós a opinião dos nossos operadores, pois no
final são eles que vão operar o equipamento ao longo de um turno inteiro", comentou Matthias Dengler, a
decisão pela empresa com sede em Hamburgo. "Outro dos motivos que pesou também foi o facto de os
reboques serem muito pequenos e ágeis, já que os corredores das rotas da produção e do armazém são
bastante estreitos. O design compacto e manobrabilidade são essenciais." Cada reboque tem uma bateria
suplementar, que é substituída durante a mudança de turno, através de roletes, numa estação de troca e
carga concebida especialmente para o efeito.
A Bosch graças a este conceito consegue facilmente visualizar os processos e alcançar um elevado grau de
transparência. Existem agora apenas pequenos supermercados nas linhas de produção com material para
cerca de uma hora, e não como antes, com matérias-primas para um a dois dias. “Os nossos funcionários
estão altamente motivados, a disposição para melhorar é muito grande e cada vez recebemos mais
sugestões de melhoria", diz satisfeito Matthias Dengler. "Estão deliberações em curso, para no futuro
programar as rotas dos reboques de forma ainda mais eficaz. Poder-se-ia por exemplo equipar todos os
reboques com scanner ou chip RFID para serem reunidos todos os dados das cargas, os horários e outras
informações importantes e assim serem analisados no momento. Da mesma forma, consideramos a
possibilidade de equipar os reboques com sensores de choque, para detectar acidentes e evitar as
possíveis causas dos mesmos. Ainda há, portanto, muito espaço para melhorar."
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