Nota de imprensa Coimbra, 17 Julho 2009 ISA e Take the Wind apresentam projecto didáctico inovador na área de eficiência energética Projecto EnerEscolas ensinará a poupar energia nas escolas A ISA e a Take the Wind lançaram, juntamente com duas empresas finlandesas, um projecto inovador que promete diminuir a pegada ambiental das escolas através de actividades conduzidas pelos próprios alunos. O projecto, que arrancou no início deste mês, prevê a integração nos currículos escolares do ensino básico e secundário de aprendizagens sobre consumo e poupanças energéticas, de forma experimental e lúdica, baseada em dados reais da sua própria escola. O Projecto EnerEscolas prevê a melhoria da eficiência energética em escolas de toda a Europa, através da implementação de um sistema de monitorização energética para os consumos de electricidade, água e gás desenvolvido pelas quatro empresas envolvidas. A informação recolhida sobre os consumos reais da escola é cruzada com dados meteorológicos e disponibilizada aos estudantes através de um software didáctico, segmentado por faixas etárias, a partir do qual são identificadas as tendências e padrões de consumos. A partir destes dados, os estudantes poderão simular medidas correctivas, comparar dados com outras escolas de todo o mundo, estudar o efeito do clima e observar os progressos obtidos com diferentes estratégias de racionalização dos consumos. Será encorajada a competição entre as escolas para o melhoramento dos índices energéticos e prevê-se a atribuição de prémios às escolas com maiores ganhos de eficiência energética. O objectivo do projecto é sensibilizar a sociedade para a optimização de recursos através de acções pedagógicas promovidas entre os mais novos. Os alunos serão chamados a intervir na gestão da sua escola, contribuir de forma activa na sua evolução, interagir com outras escolas que se juntem à rede, bem como reduzir os custos reais de manutenção da escola e a sua pegada ecológica. É importante salientar que os ensinamentos oriundos da escola têm efeito multiplicativo em casa e na sociedade motivo pelo qual o CEO da ISA, José Basílio Simões, considera que «a eficiência energética tem de constituir uma oportunidade de ensino». Pretende-se que os conteúdos programáticos deste enriquecedor programa sejam transversais aos curricula das escolas: os alunos poderão aprofundar os seus conhecimentos sobre energia na disciplina de Física, aprender o ciclo do carbono e outras questões climáticas e ambientais na Geografia, praticar Matemática através de exercícios muito variados sobre consumos ou abordar formas de geração alternativas na disciplina de Ciências da Natureza. De facto, a redução inteligente do consumo energético é uma das actuais metas para uma sociedade que se defronta com uma necessidade de redução da sua dependência dos combustíveis fósseis por motivos ambientais e económicos. O sector das escolas consome efectivamente uma fracção significativa da energia despendida: os muitos edifícios de ensino são habitados por um grande número de pessoas durante várias horas diárias e registam consumos energéticos elevados que constituem uma porção não desprezável dos consumos energéticos globais. Nesse sentido, é lógico que qualquer estratégia de promoção da eficiência energética em Portugal abranja essa fatia do consumo. Espera-se que o investimento de um estabelecimento de ensino neste sistema alcance, para além dos demais benefícios didácticos, ganhos substanciais na redução de consumos e um rápido retorno: ao fim de 2 anos, uma escola com mil alunos verá o seu investimento pago e as facturas energéticas atenuadas de forma assombrosa. O sistema poderá ser interessante para todo o tipo de estabelecimentos que impliquem ensino e formação, como colégios, escolas profissionais, museus de ciência ou espaços «Ciência Viva», entre outros. O projecto EnerEscolas integra-se no programa EUREKA (Network for Market Oriented R&D), iniciativa intergovernamental de apoio à inovação europeia, presidida este ano por Portugal. A participação portuguesa ascende já aos 19 projectos de investigação e desenvolvimento, nas diversas áreas tecnológicas como as TIC, Transportes, Tecnologia Médica e Biotecnologia, Novos Materiais, Robótica e Produção de Automatismos e Ambiente. Esta iniciativa mostra claramente o crescente investimento que as empresas nacionais estão a realizar na I&D com perspectivas de mercado a nível europeu e mundial. Outros projectos europeus com intervenção portuguesa Para além do EnerEscolas, a ISA lançou também o Sell com a chancela EUREKA e em cooperação com os parceiros europeus Efergy e Energy Optimizers. Este projecto visa a promoção da sustentabilidade no ramo do GPL, propondo-se apoiar as fornecedoras de serviços públicos no melhoramento dos serviços oferecidos aos seus clientes. No âmbito do Sell, prevê-se a implementação de portais informáticos inovadores que permitem uma comunicação fácil e dinâmica entre o fornecedor e o consumidor possibilitando um acesso intuitivo via web às informações relativas a consumos energéticos. Num cenário em que é inadiável poupar energia em todos os sectores, nomeadamente no doméstico, este projecto promete trazer às fornecedoras de energias um posicionamento moderno e actual, voltado para o consumidor final e empenhado na sustentabilidade ambiental, segundo um modelo de prestação de serviços de valor acrescentado de consultoria energética. As utilities guiarão os seus consumidores no planeamento e construção de habitações amigas do ambiente e, no seu dia-a-dia, na gestão energética das suas casas segundo estratégias de redução de consumos. Os três projectos promovidos pela ISA (EnerEscolas, Sell e iTEAM – projecto para sustentabilidade nos transportes) obtiveram o selo EUREKA, que constitui um reconhecimento por parte da União Europeia do grau de excelência dos objectivos dos projectos, o que lhes conferirá uma grande visibilidade mundial enquanto símbolo de inovação. A ISA está paralelamente a desenvolver o SaveEnergy, que visa transformar padrões de consumo em edifícios públicos e seus utilizadores, aplicando a tecnologia a sistemas de gestão de edifícios numa perspectiva inovadora voltada para o consumidor. O projecto conta com 16 parceiros, desde governos, universidades, institutos de investigação e empresas, como a Nokia, e propõe-se implementar cinco pilotos de larga-escala em cinco cidades europeias – Lisboa, Helsínquia, Manchester, Leiden e Lulua. O primeiro piloto já arrancou na Câmara Municipal de Lisboa. A empresa conimbricense afirma a sua capacidade de inovação integrando vários projectos europeus, nos quais adquiriu já muita experiência e uma posição de liderança, como promotora ou como parceira tecnológica: o RemSen, que se destina à criação de uma rede inteligente de sensores, com especial aplicação na área da energia, um projecto liderado pela Microsoft na área dos serviços disponibilizados por sistemas embutidos, um projecto da empresa Honeywell relativo a casas inteligentes, um liderado pela Indra na área da assistência doméstica, um da Philips Healthcare na área do processamento de imagem, o Med Tracking, que engloba os principais países da área do Mediterrâneo e que se destina à localização de contentores e de navios-tanque que circulam entre os portos do Mediterrâneo, entre muitos outros, que visam agitar a inovação um pouco por toda a Europa. Uma empresa de inovação virada para o mercado global De facto a ISA é uma empresa com um posicionamento muito forte na Europa, não só integrando redes de inovação e parcerias tecnológicas, mas também como fornecedora de sistemas de gestão remota, tendo-se constituído há muito tempo líder de mercado na telemetria para tanques de gás e combustíveis. Havendo concebido uma solução de excelência capaz de medir remotamente o conteúdo de reservatórios de grande capacidade, a ISA possibilitou às grandes multinacionais petrolíferas ou distribuidoras de GPL o conhecimento global do estado de abastecimento de toda a sua rede de depósitos, optimizando operações e processos e obtendo grandes poupanças em custos logísticos. Empresas como a Shell, a BP, a Repsol, a Total, a Galp ou a SHVGas passaram a ser capazes de gerir as suas redes de tanques, tomando decisões com base em informações reais sobre os seus tanques (cujo estado de corrosão também conhecem remotamente), definir rotas de abastecimento e prioridades dos abastecimentos dos depósitos, de acordo com o seu estado actual e à expectativa de consumos baseada em históricos reais. A ISA já instalou cerca de 40.000 sistemas de telemetria por todo o mundo. Não admira que cerca de 85% da sua facturação da ISA corresponda a exportações: foi no mercado internacional que se estreou e que vingou. A ISA está também na vanguarda da tecnologia na área da energia e procura posicionar-se como fornecedora de sistemas e serviços inovadores de telecontagem e eficiência energética que possibilitarão às empresas de electricidade, gás e água conhecerem remotamente os consumos de cada um dos seus clientes, não necessitando assim de leituras manuais nem de facturá-los por estimativas. Estas soluções possibilitam ainda a cada um de nós conhecer os seus próprios consumos em tempo real, em casa, bem como os custos associados, através de um computador, telemóvel ou mostrador digital, a qualquer hora. A ideia é, com base neste conhecimento, os consumidores poderem gerir os seus consumos e adoptar estratégias conscientes e informadas para os reduzir. Esta solução promissora foi, aliás, distinguida com o Prémio Produto Inovação COTEC no decurso de 2008. Paralelamente a ISA investe em diversas áreas de negócio, desenvolvendo projectos à medida na área da Segurança (oferecendo sistemas de videovigilância, monitorização de acessos, etc.), Ambiente (sistemas de monitorização ambiental para redes de abastecimento de água, redes de saneamento, hidrologia, ar, meteorologia, entre outros) e Saúde (Monitorização de sinais vitais à distância e de idosos que vivem sozinhos) e mais recentemente aplica também a sua tecnologia experiente e o seu know-how a soluções inovadoras para os Transportes e Mobilidade (gestão de frotas, monitorização à distância de parâmetros de eficiência energética em transportes ferroviários, rodoviários e marítimos – bem como veículos desportivos, monitorização remota da bateria de carros eléctricos, etc.). ________________________________________________________________________________________________