Naquele tempo, Jesus apareceu aos Onze e disse-lhes: «Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda a criatura. Quem acreditar e for baptizado será salvo; mas quem não acreditar será condenado. Eis os milagres que acompanharão os que acreditarem: expulsarão os demónios em meu nome; falarão novas línguas; se pegarem em serpentes ou beberem veneno, não sofrerão nenhum mal; e quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados». E assim o Senhor Jesus, depois de ter falado com eles, foi elevado ao Céu e sentou-Se à direita de Deus. Eles partiram a pregar por toda a parte e o Senhor cooperava com eles, confirmando a sua palavra com os milagres que a acompanhavam. Mc 16, 15-20 Quarenta dias depois da Ressurreição — segundo o Livro dos Actos dos Apóstolos — Jesus subiu ao Céu, ou seja, voltou para o Pai, pelo qual tinha sido enviado ao mundo. Em muitos países este mistério é celebrado não na quinta-feira, mas hoje, domingo seguinte. A Ascensão do Senhor marca o cumprimento da salvação iniciada com a Encarnação. Depois de ter instruído pela última vez os seus discípulos, Jesus sobe ao Céu (cf. Mc 16, 19). Contudo, Ele «não se separou da nossa condição» ( cf. Prefácio); com efeito, na sua humanidade, assumiu consigo os homens na intimidade do Pai e deste modo revelou o destino final da nossa peregrinação terrena. Assim como por nós desceu do céu, e por nós padeceu e morreu na cruz, também ressuscitou por nós e subiu a Deus, que por isso já não está distante. São Leão Magno explica que com este mistério «é proclamada não só a imortalidade da alma, mas também da carne. Com efeito, hoje, não só somos confirmados possuidores do paraíso, mas somos também, em Cristo, introduzidos nas alturas do céu» (De Ascensione Domini, Tractatus 73, 2.4; ccl 138 a, 451, 453). Por isso os discípulos, quando viram o Mestre erguer-se da terra e elevar-se para o alto, não foram tomados pelo desânimo, como se poderia pensar, aliás, tiveram uma grande alegria e sentiram-se estimulados a proclamar a vitória de Cristo sobre a morte (cf. Mc 16, 20). E o Senhor ressuscitado agia neles, distribuindo a cada um um carisma próprio. Escreve ainda São Paulo: «Concedeu dons aos homens... A uns, Ele constituiu Apóstolos, a outros, Profetas, a outros, Evangelistas, Pastores... para a edificação do Corpo de Cristo... até que cheguemos... à medida da estatura completa de Cristo» (Ef 4, 8.11-13). Queridos amigos, a Ascensão diz-nos que em Cristo a nossa humanidade é levada à altura de Deus; assim, todas as vezes que rezamos, a terra une-se ao Céu. E assim como o incenso queimado faz subir para o alto o seu fumo, também quando elevamos ao Senhor a nossa oração confiante em Cristo, ela atravessa o céu e alcança o próprio Deus e é por Ele ouvida e atendida. Na célebre obra de são João da Cruz, Subida ao Monte Carmelo, lemos que «para ver realizados os desejos do nosso coração, não há modo melhor do que a força da nossa oração no que mais agrada a Deus. Então, Ele não nos concederá só quanto lhe pedimos, isto é, a salvação, mas também quanto vê que é conveniente e bom para nós, mesmo se não lho pedimos» (Livro iii, cap. 44, 2, Roma 1991, 335). PAPA BENTO XVI - REGINA CÆLI, Domingo, 20 de Maio de 2012 Se permanecerdes em Mim, diz o Senhor, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes e ser-vos-á concedido. Quem permanece em Cristo, que pode querer senão o que agrada a Cristo? Quem permanecem no Salvador, que pode querer senão o que não é alheio à salvação? De facto, queremos umas coisas porque estamos em Cristo, mas queremos outras coisas porque ainda estamos neste mundo. Porque permanecemos neste mundo, somos por vezes impelidos a pedir o que nem sabemos se nos convém. Mas não suceda isto em nós, se permanecemos em Cristo, que, quando pedimos, não faz senão o que nos convém. Portanto, permanecendo n’Ele, quando as suas palavras permanecem em nós, pediremos o que queremos e ser-nos-á concedido. Porque se pedimos e não nos é concedido, não pedimos o que permanece n’Ele nem o que está nas suas palavras que permanecem em nós, mas o que provém da cobiça e da enfermidade da carne, que não está n’Ele e na qual não permanecem as suas palavras. Está de acordo com as suas palavras a oração que Ele mesmo nos ensinou, quando dizemos: Pai nosso, que estais nos céus. Não nos afastemos das palavras e do sentido desta oração nas nossas petições, e ser-nos-á concedido o que pedimos. Só podemos dizer que as suas palavras permanecem em nós, quando fazemos o que Ele nos mandou e amamos o que prometeu. Mas quando as suas palavras permanecem na memória e não se encontram no modo de viver, o ramo não está inserido na videira, porque não recebe a vida da raiz. A esta diferença se pode aplicar o que diz a Escritura: Guardam na memória os seus mandamentos, para os cumprir. Muitos guardam-nos na memória para os desprezar, ou até para os ridicularizar e atacar. As palavras de Cristo não permanecem naqueles que de algum modo tem contacto com elas, mas não aderem a elas. Por isso não serão para eles um benefício, mas um testemunho adverso. E porque estão neles sem permanecerem neles, só as têm para serem julgados por elas. Do Comentário de Santo Agostinho, bispo, sobre o Evangelho de São João (Tratactum 81, 4: CCL 36, 531-532) (Sec. V) Nota Histórica Resplandeceu na Úmbria no século XV. Casada com um homem violento, suportou pacientemente as suas crueldades e conseguiu reconciliá-lo com Deus. Depois, privada do marido e dos filhos, ingressou como religiosa num mosteiro da Ordem de Santo Agostinho. Dando a todos um sublime exemplo de paciência e de compunção, aí morreu antes do ano 1457. DOMINGO VII DA PÁSCOA, 17 de Maio ASCENSÃO DO SENHOR A Preparação para o Crisma realizar-se-á às 2ªs ou 4ªs feiras com início, na próxima 2ª feira, dia 18 de Maio e termo no dia 24 de Junho, inicia-se às 21h e a entrada far-se-á pela Rua dos Douradores 57. Alguém que não se tenha inscrito, ainda o poderá fazer na 1ª sessão. A data do Crisma foi alterada. Será no dia 5 de Julho, Domingo, às 19h, presidida pelo Bispo auxiliar de Lisboa D. Nuno Brás. Segunda-feira, 18 de Maio 21h, 1ª reunião de Preparação para o Crisma, na Biblioteca. Quarta-feira, 20 de Maio 10h15, Confissões para as crianças do Nosso Jardim que irão fazer a 1ª comunhão. 18h30, Reunião da Direcção do Centro Social Paroquial 21h, 1ª reunião de Preparação para o Crisma, na Biblioteca. Distribuição do cabaz de São Nicolau, em ritmo semanal, a famílias necessitadas. Sexta-feira, 22 de Maio 8h, 11h e 16h30 Missas de Festa em honra de Santa Rita de Cássia, na Igreja de Nossa Senhora da Oliveira. Procissão com a relíquia de Santa Rita às 12h. 12h30, Benção com a relíquia de Santa Rita no largo da Igreja de São Nicolau, seguida de Missa igualmente em São Nicolau. Quinta-feira, 14 de Maio 18h30, Catequese de Adultos na Biblioteca de São Nicolau. Sábado, 23 de Maio 10h15, Missa com as primeiras comunhões de crianças do Colégio Nosso Jardim. 17h, Concerto com o Coro de Câmara do Instituto Gregoriano, na Igreja de Santa Maria Madalena DOMINDO DE PENTECOSTES, 24 de Maio 16h, Concerto com o Coro Sol Nascente, na Igreja de São Nicolau 18h30, Liturgia das Horas, Vésperas Cantadas.