BRASÍLIA-DF, TERÇA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2015 CÂMARA DOS DEPUTADOS Ano 17 | Nº 3393 Nicolas Gomes Medidas têm sido criticadas por centrais sindicais e por parlamentares da oposição e da base aliada MPs do ajuste fiscal chegam ao Plenário Nesta semana, podem ser votadas medidas que alteram seguro-desemprego, pensão por morte e abono salarial As medidas provisórias que compõem o pacote de ajuste fiscal do governo podem ser votadas nesta semana pelo Plenário. A MP 665/14, do seguro-desemprego, já tranca a pauta. O texto foi aprovado pela Prazo para inscrição em cadastro rural será prorrogado por um ano CPI da Petrobras ouve hoje Paulo Roberto Costa Ex-diretor da estatal denunciou esquema de propina para beneficiar partidos. | 7 Disque - Câmara 0800 619 619 © Anton Balazh - Fotolia Informação é do Ministério do Meio Ambiente. Se cadastro não for feito, produtor fica impedido de obter linhas de crédito. | 6 Em sessão solene, Congresso destaca luta de João Goulart por reformas de base | 5 comissão mista com mudanças em relação ao texto original. A MP 664, da pensão por morte, pode ser votada hoje na comissão mista, também com alterações, e passará a trancar a pauta. | 3 e 4 Brasil quer regras justas para acordo sobre o clima Comissão debateu metas de acordo que será apresentado em novembro, na ONU. | 6 www.camara.leg.br/camaranoticias 2 | JORNAL DA CÂMARA 5 de maio de 2015 Acessibilidade do voto eletrônico é destaque Ferramenta desenvolvida pela Universidade de Lleida, na Espanha, e utilizada na Câmara, é destaque internacional Diversos sites informativos no Brasil e na Espanha divulgaram neste mês o progresso obtido pela Câmara dos Deputados quanto à acessibilidade. A Casa buscou aperfeiçoar uma ferramenta que permitiu à deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), tetraplégica, participar da eleição da Mesa Diretora, no plenário Ulysses Guimarães, com facilidade, segurança e sigilo. A ferramenta HeadMouse, originalmente desenvolvida pelo Grupo de Robótica da Universidade de Lleida, da Espanha, permite que pessoas com limitações AGENDA TERÇA-FEIRA 5 de maio de 2015 Marechal Rondon Sessão solene do Congresso comemora os 150 anos do nascimento do Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. Plenário do Senado, 9h Marco da mineração A Comissão de Legislação Participativa promove o seminário Marco Regulatório da Mineração. Plenário 3, 9h30 Sessão solene Homenagem à Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Previdência Social (Anfip). Plenário Ulysses Guimarães, 10h A Câmara buscou aperfeiçoar uma ferramenta que permitiu à deputada Mara Gabrilli, tetraplégica, participar da eleição da Mesa motoras possam controlar o mouse do computador por meio de movimentos da cabeça e gestos faciais. Com acesso livre e gratuito, a tecnologia já é utilizada em 400 mil computadores de todo o mundo. O Centro de Informática (Cenin) já havia desenvol- Mulher e política A Secretaria da Mulher promove ato por maior participação e representatividade feminina no processo político-eleitoral nacional. Hall da Taquigrafia, 13h30 Hospitais universitários As comissões de Seguridade Social e Família; de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, da Câmara, de Educação, Cultura e Esporte do Senado promovem audiência sobre “As políticas públicas de apoio e incentivo ao ensino e assistência, à pesquisa, ao intercâmbio de experiências dos hospitais universitários e de ensino”. Plenário 7, 14h Pacto federativo A Comissão Especial Pacto Federativo debate o tema vido para os parlamentares os sistemas de segurança biométrica. No caso da atual terceira-secretária, Mara Gabrilli, a equipe do Cenin optou pelo HeadMouse, devido à velocidade, confiabilidade e facilidade de uso, e realizou aperfeiçoamentos quanto à segurança e ao sigilo, mesmo que a deputada fosse observada a curta distância. Com pequenos movimentos, como um apertar de lábios, ela define o voto com auxílio de câmera acoplada ao computador, sem contato físico com outros dispositivos. Zeca Ribeiro O sistema permite à deputada Mara Gabrilli votar por movimentos com secretários de Fazenda estaduais. Local a definir, 14h Levy; e Nelson Barbosa. Plenário 10, 14h30 tatal Paulo Roberto Costa. Local a definir, 14h30 Pessoa com deficiência Telefonia móvel A Comissão de Ciência e Tecnologia promove audiência sobre “os motivos de as operadoras de telefonia móvel constarem sempre em primeiro lugar no ranking de reclamações e quais as medidas a serem adotadas para que esse quadro seja alterado”. Plenário 13, 14h30 Reforma política A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência debate o mercado de trabalho nas micro e pequenas empresas. Plenário 4, 14h30 Rodovias federais A Comissão de Desenvolvimento Urbano discute as obras de adequação de trechos urbanos de rodovias federais. Plenário 6, 14h30 Orçamento da Educação A Comissão de Educação faz audiência sobre orçamento do MEC e alocação de recursos. Com os ministros Aloizio Mercadante; Renato Janine Ribeiro; Joaquim Jovens negros A CPI Violência contra Jovens Negros e Pobres debate o tema com representantes de entidades. Local a definir, 14h30 CPI da Petrobras Depoimento do ex-diretor de Abastecimento da es- Mesa Diretora da Câmara dos Deputados - 55a Legislatura SECOM - Secretaria de Comunicação Social Presidente: Eduardo Cunha (PMDB-RJ) Secretário: Cleber Verde (PRB-MA) 1º Vice-Presidente Waldir Maranhão (PP-MA) 2º Vice-Presidente Giacobo (PR-PR) 1º Secretário Beto Mansur (PRB-SP) 2º Secretário Felipe Bornier (PSD-RJ) 3ª Secretária Mara Gabrilli (PSDB-SP) 4º Secretário Alex Canziani (PTB-PR) Suplentes: Mandetta (DEM-MS) Gilberto Nascimento (PSC-SP) Luiza Erundina (PSB-SP) Ricardo Izar (PSD-SP) Presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar José Carlos Araújo (PSD-BA) Presidente do Centro de Estudos e Debates Estratégicos (Cedes) Lúcio Vale (PR-PA) Corregedor parlamentar Carlos Manato (SD-ES) Procurador parlamentar Claudio Cajado (DEM-BA) A Comissão Especial da. Reforma Política faz audiência sobre “Mecanismos legislativos para promover maior participação e representatividade feminina no processo político-eleitoral nacional”. Plenário 9, 14h30 Defesa dos aposentados Lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Aposentados e Pensionistas. Plenário 14, 17h Leia a agenda completa no celular Diretor-Executivo: Sérgio Chacon (61) 3216-1500 [email protected] Jornal da Câmara Diretor de Mídias Integradas Pedro Noleto Coordenador de Jornalismo Wilson Silveira Editora-chefe Rosalva Nunes Editores Sandra Crespo Ralph Machado Diagramadores Gilberto Miranda Roselene Guedes Renato Palet [email protected] | Redação: (61) 3216-1660 | Distribuição e edições anteriores: (61) 3216-1626 Ouvidor parlamentar Nelson Marquezelli (PTB-SP) Coordenadora dos direitos da mulher Dâmina Pereira (PMN-MG) Procuradora da mulher Elcione Barbalho (PMDB-PA) Secretário de Relações Internacionais Átila Lins (PSD-AM) Diretor-Geral: Sérgio Sampaio de Almeida Secretário-Geral da Mesa: Sílvio Avelino Impresso na Câmara dos Deputados (DEAPA) Leia esta edição no celular JORNAL DA CÂMARA | 3 5 de maio de 2015 Medidas do ajuste fiscal chegam ao Plenário MP que altera regras do seguro-desemprego já tranca a pauta; pacote anticorrupção também pode ser analisado O foco do Plenário da Câmara a partir de hoje deve ser as medidas provisórias que fazem parte do ajuste fiscal e dificultam o acesso a benefícios como o seguro-desemprego e o seguro-defeso (MPs 664/14 e 665/14). As medidas têm sido criticadas por parlamentares da oposição e da base aliada e por centrais sindicais. Nas últimas semanas, ministros da área econômica vieram ao Parlamento para esclarecer dúvidas e defender as propostas do governo. O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), disse estar ansioso por debater o tema com a oposição. “Esta é a pauta fundamental. Nós vamos fazer um grande debate público e votar o ajuste porque ele é fundamental para o País.” Para o líder do DEM, Mendonça Filho (PE), o debate irá “desmascarar” o governo Dilma. “Ela dizia na campanha que não mexeria nos direitos dos trabalhadores e, por meio dessas duas MPs, a conta do ajuste está sendo repassada aos trabalhadores do Brasil.” Seguro-desemprego - A MP do seguro-desemprego Gustavo Lima Deputados poderão votar medidas que têm causado polêmica por alterar benefícios trabalhistas (665/14) já tranca a pauta do Plenário. O texto foi aprovado pela comissão mista com alterações, como a carência para o primeiro pedido de seguro-desemprego de 12 meses de trabalho nos 18 meses anteriores à demissão. No segundo pedido, essa carência cai para 9 meses; e nos demais, para seis meses ininterruptos de trabalho. O relator, senador Paulo Rocha (PT-PA), negociou esses novos prazos com o governo, que, no texto original da MP, previa carência de 18 meses nos dois anos anteriores à demissão. Rocha também alterou a MP quanto ao abono salarial, que será pago ao empregado que comprovar vínculo formal de trabalho de no mínimo 90 dias, e não mais 180 dias, como queria o governo. Comissão mista - Já a MP 664 pode ser votada pela comissão mista hoje, às 14h30, e então passará a trancar as votações em Plenário. Na última terça-feira (28), o deputado Carlos Zarattini (PT-SP) apresentou seu parecer com diversas modificações em relação ao texto do governo. Um pedido de vista coletivo adiou a votação. A principal novidade é a redução, de 24 para 18 meses, do prazo mínimo de contribuição para que a pensão por morte seja concedida para o cônjuge ou companheiro. Desobstrução - O presidente Eduardo Cunha informou ontem que a agenda da Casa já foi discutida e que a questão principal agora é desobstruir a pauta do Plenário. “Meu papel é co- locar para votar. Vou utilizar o Regimento Interno da Casa para evitar todo tipo de obstrução”, afirmou. “A MP 665/14 está na pauta de hoje. Se for concluída a votação da MP 664/14 [na comissão mista], podemos votá-la em Plenário também”, destacou. “Posso fazer sessão extraordinária na quarta-feira (6) pela manhã. Vou analisar durante a pressão do momento”. Questionado sobre se essas votações iriam desagradar o governo, ele disse que seu papel é colocar as propostas em votação. “Eu não sou o líder do PMDB, sou o presidente da Câmara. Vou utilizar o Regimento Interno para desobstruir a pauta”, reafirmou. Participação - Cunha destacou que as galerias do Plenário serão abertas à participação popular, com um número de pessoas proporcional para cada partido, de acordo com a representação na Casa. Segundo ele, o mesmo procedimento seria adotado na votação do projeto da terceirização, mas, por relatos de agressões ocorridas durante essa votação, o sistema não foi adotado. Congresso deve retomar hoje a análise de vetos presidenciais Está prevista para hoje, às 19 horas, sessão do Congresso para analisar vetos presidenciais a projetos de lei. A análise ocorreria na semana passada, mas foi adiada a pedido do presidente do Congresso, senador Renan Calheiros. Um dos dispositivos vetados é relacionado à lei que restringe a fusão de partidos (13.107/15). O trecho vetado da lei concedia prazo de 30 dias para os parlamentares mudarem para um partido criado por meio de fusão, sem a punição de perda do mandato. A justificativa da presidente Dilma Rousseff para o veto foi a de que isso daria aos partidos resultantes de fusão o mesmo caráter de partidos novos. O tema divide opiniões na Câmara. O líder do DEM e autor do projeto que originou a lei, deputado Mendon- Carlos Bassan / Prefeitura de Campinas Veto ao PL 4846/12, que inclui as campanhas sobre destinação dos resíduos sólidos, está na pauta ça Filho, criticou o veto por impedir que parlamentares de outras legendas se transfiram para os partidos que surgirem de fusões. O presidente da Casa, Eduardo Cunha, também se manifestou contra o veto e disse que tentará derrubá-lo, por acreditar que prejudica o PMDB. Já o líder do governo, deputado José Guimarães, defendeu a decisão da pre- sidente e Dilma. “O veto moraliza, impede o troca-troca, sem abrir janela para nada. Isso fortalece o funcionamento dos partidos”, afirmou. Limpeza - Outro item a ser debatido é o veto total ao Projeto de Lei 4846/12, que inclui as campanhas educativas sobre a correta destinação dos resíduos sólidos entre as ações que, para receber recursos da União, dependeriam da elaboração de plano estadual ou municipal de resíduos sólidos. O objetivo da proposta era ampliar o acesso de estados e municípios a recursos destinados a campanhas educativas relacionadas à gestão de resíduos. O Poder Executivo argumentou, no entanto, que a exigência de inclusão dessas campanhas nos planos de resíduos seria uma exigência desproporcional, “o que poderia levar a um efeito contrário daquele pretendido pela medida”. Na sessão de hoje, o Congresso também poderá analisar vetos ao novo Código de Processo Civil. 4 | JORNAL DA CÂMARA 5 de maio de 2015 MP das pensões pode ir a voto Comissão pode votar o parecer que reduz prazo de contribuição para ter direito a beneficio A Comissão Mista sobre a MP 664/14, que estabelece novas regras para concessão de auxílio-doença e pensão por morte, reúne-se hoje para votar o relatório apresentado na semana passada pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP). A votação na comissão mista foi adiada devido a um pedido de vista coletiva. O parecer traz diversas modificações em relação ao texto do governo. A principal novidade é a redução, de 24 para 18 meses, do prazo mínimo de contribuição para que a pensão por morte seja concedida para o cônjuge ou companheiro – a Lei de Benefícios da Previdência Social (8.213/91), alterada pela MP, não estabelecia tempo de carência. A medida também exige um tempo mínimo de dois anos de casamento ou união estável, que foi mantido pelo relator – outra regra que não existia na lei. De acordo com o texto do deputado, se o segurado morrer antes de completar as 18 contribuições ou se o casamento tiver menos de dois anos, o parceiro terá direito a quatro meses de pensão. Esse dispositivo também não constava no texto ori- Lucio Bernardo Jr A comissão mista sobre a MP 664 realizou audiências públicas com setores da sociedade ginal da MP. Cota - Outro ponto importante do relatório foi a exclusão das regras que previam uma cota familiar para o valor da pensão. Pelo texto da MP, a pensão equivale a 50% do benefício do segurado que morreu, mais 10% por dependente até o máximo de 100%. Para Zarattini, essa regra traria pouca economia para o governo, devido ao baixo valor médio das pensões pagas pelo INSS, mas teria grande impacto na vida dos pensionistas. “Do ponto de vista dos segurados, a perda é significativa, e a redução poderá chegar a 40% do benefício”, disse. Faixas etárias - Zarattini também alterou as regras para as faixas etárias que determinam o tempo de dura- ção da pensão. Até 21 anos, o cônjuge tem direito a três anos do benefício por morte. De 21 a 26, passa a ter direito a seis anos; de 27 a 29, a dez anos; de 30 a 40, a 15 anos; de 41 a 43, a 20 anos; de 44 em diante, a pensão passa a ser vitalícia. O debate será realizado às 14h30, no plenário 6 da Ala Senador Nilo Coelho, no Senado. Pauta trabalhista tem projetos polêmicos Vários projetos ligados aos direitos dos trabalhadores aguardam análise na Câmara. Entre os itens em discussão no Congresso estão a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais (PEC 231/95); o fim do fator previdenciário (PL 3299/08); o fim da contribuição previdenciária de servidores aposentados (PEC 555/06); e a política de valorização do salário mínimo (PL 7185/14 e MP 672/15). Somente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mais de 150 proposições sobre o tema aguardam votação. São pedidos que vão desde a tradicional pauta por aumento salarial até a regulamentação de leis e o reconhecimento de convenções internacionais. De outro lado, a ban- cada sindicalista luta contra propostas como a lei da terceirização (PL 4330/04). Aprovado em abril e agora em análise no Senado, o projeto ainda gera polêmica. Centrais sindicais são contrárias à terceirização da atividade-fim, enquanto deputados como Darcísio Perondi (PMDB-RS) dizem que o texto assegura direitos dos trabalhadores. “Hoje tem algum terceirizado constrangido numa empresa contratada? O relator colocou de forma competente os mesmos benefícios de ambulatório médico, de transporte, de refeitório”, disse Perondi. Ajuste fiscal - Outras propostas devem dar seguimento às divergências. É o caso das medidas provisórias editadas para equilibrar as contas do governo que serão analisadas nas próximas semanas. O deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP) disse que está focado na derrubada das MPs porque elas retiram direitos dos trabalhadores. “As MPs praticamente destroem o seguro-desemprego”, afirmou. “As MPs também dificultam a vida de 23 milhões de pessoas que tinham direito ao PIS e o acesso ao segurodefeso do pescador, além da pensão por morte.” Correlação de forças - Segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), a lei da terceirização e as MPs representam um risco de prejuízos aos trabalhadores. “É com uma bancada diminuta que os trabalhadores resistem no Congresso a uma sé- Centrais sindicais são contrárias à terceirização da atividade-fim, como prevê projeto aprovado rie de iniciativas do governo, as MPs 664 e 665, e do próprio Congresso, no caso do projeto da terceirização”, disse o diretor de Documentação do Diap, Antônio Augusto de Queiroz. Segundo Queiroz, o desequilíbrio de forças entre os interesses dos trabalhadores e patrões se revela com a composição das bancadas representativas das categorias na Câmara. Nesta legislatura, conforme estudo do Diap, a bancada sindicalista passou de 83 para 51 cadeiras, enquanto a bancada empresarial conta com 240. educação Augusto Carvalho critica problema no Fies O deputado Augusto Carvalho (SD-DF) registrou, em pronunciamento no Plenário, matéria publicada no Correio Braziliense do dia 30 de abril, intitulada “O tortuoso caminho para conseguir o Fies [Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior ]”. Segundo o deputado, o texto “retrata aquilo que no País inteiro vemos estampados nos jornais, nos noticiários da televisão; é uma crônica permanente das dificuldades dos estudantes que acreditaram na promessa do governo de que todos aqueles contratos seriam renovados, que, aliás, chegam hoje ao último dia”. “Os estudantes tentam se inscrever, ficam horas pendurados na internet e não conseguem.” Augusto Carvalho Augusto Carvalho afirmou ainda que há, entre os jovens que precisam do Fies, sofrimento e indignação. “Eles tentam, de toda maneira, se inscrever, ficam pendurados horas a fio na internet e não conseguem, definitivamente, inscrever-se em um programa que na campanha eleitoral foi uma das peças publicitárias da candidata agora vitoriosa.” A Justiça prorrogou por tempo indeterminado o prazo de inscrição para novos contratos. Para quem já tem contrato, até 29 de maio. Augusto Carvalho: indignação JORNAL DA CÂMARA | 5 5 de maio de 2015 Lei de Responsabilidade Fiscal faz 15 anos Projetos em tramitação na Câmara sugerem revisão da norma para elevar gastos em saúde, educação e salários A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estabeleceu limites para gastos do governo federal, estados e municípios, completou ontem 15 anos. Na época de sua aprovação pelo Congresso, a lei foi comemorada como uma maneira de evitar que o País gastasse mais que arrecadasse, um jeito de controlar a inflação e dar transparência aos gastos públicos. Hoje, diversos projetos em tramitação na Câmara querem alterar o limite para permitir mais gastos com programas sociais, saúde e educação – e, principalmente, com salários. Pelas regras atuais, o governo federal pode gastar apenas 40,9% de sua receita corrente líquida com o pagamento de pessoal. Os estados podem gastar 49%. Os municípios, 54%. Na Câmara, muitos deputados acham que a lei deveria dar um peso diferente aos gastos sociais. É o que pensa o deputado Bohn Gass (PT-RS). “A lei não deve servir para fazer um ajuste fiscal em que há rigidez no paga- Pedro Ventura / Agência Brasília “A lei não deve servir para um ajuste fiscal em que há rigidez ao pagar juros da dívida e não para gastos sociais e investimentos.” Deputado Bohn Gass Parlamentares avaliam que mudanças na LRF podem melhorar gastos em saúde e na educação mento de juros da dívida e não para gastos sociais, para investimentos”, disse. “Essa preocupação exagerada do ponto de vista de só gastar o que se arrecada muitas vezes deixa o Estado sem dar soluções para políticas públicas sobre problemas sociais que são exigidos pela população”, afirmou Gass. Limites - Mais de dez projetos em tramitação querem aumentar o percentual que governo federal, estados e municípios podem gastar com os salários nas áreas da saúde e educação. Em março, uma comissão especial foi criada para analisar os projetos e apresentar uma proposta única. Municípios pobres - Um dos projetos foi apresentado pelo deputado Ronaldo Benedet (PMDB-SC). Ele disse que os municípios mais pobres não têm como investir em educação o percentual mínimo estabelecido pela Constituição sem que os prefeitos desrespeitem a LRF. O deputado Efraim Filho (DEM-PB) também defen- deu tratamento diferenciado para as prefeituras. “Planos de cargos, carreiras e salários – como piso nacional do professor, que foi uma conquista legítima da categoria da educação – impactam na folha de pessoal das prefeituras. É preciso às vezes ter limites flexíveis para que uma realidade local não acabe sendo vista como uma irresponsabilidade do gestor”, afirmou. Abusos - A ideia de mudar a Lei de Responsabilidade Fiscal é vista com re- servas por especialistas que consideram as normas fundamentais para evitar gastos abusivos. O professor Flávio Unes, do Instituto Brasiliense de Direito Público, afirmou que muitos prefeitos abusam na contratação de pessoal. Para ele, a lei deveria ser mais rigorosa com os municípios. “Há prefeituras que vivem basicamente do Fundo de Participação dos Municípios e, por outro lado, empregam boa parte da população nos seus quadros. É preciso que os municípios tenham um limite um pouco mais rigoroso e, para isso, evidentemente, uma alteração legislativa de modo a fixar um percentual mais rigoroso seria benéfico”, afirmou o professor. sessão solene Congresso homenageia o presidente João Goulart Durante quase duas horas, uma sessão solene do Congresso, no Plenário do Senado, homenageou ontem o presidente João Goulart, deposto pelo golpe militar de 1964. O senador Alcir Gurgazc (PDT-RJ) foi o autor do requerimento para a homenagem, que contou com a presença dos filhos de Jango, João Vicente e Denise. A sessão foi aberta pelo deputado Waldir Maranhão (PP-MA), vice-presidente do Congresso, que lembrou o passado trabalhista. “João Goulart vive na memória deste povo e em tudo que deixou; sua presença transcende ao espaço e ao tempo.” Como outros palestrantes, Maranhão lembrou como principal legado de Jango as chamadas “reformas de base”: agrária, bancária, urbana, administrativa, eleitoral e educacional. Além de lembrar episó- Zeca Ribeiro Sessão solene do Congresso prestou homenagem a Jango, deposto pelo golpe de 1964 dios que marcaram a vida do presidente, políticos e familiares se revezaram em críticas ao que chamaram “a segunda cassação de Jango”: uma iniciativa do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios que pode impedir a construção de um memorial em Brasília. Lutas - O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, citou várias oportunidades em que Jango renunciou a direitos em busca de soluções conciliatórias, a exemplo do exílio – o presidente morreu na Argentina em 1976 –, diante da possibilidade “de uma guerra fratri- cida entre brasileiros”. João Vicente Goulart, depois de criticar o MPDFT, recordou o que o pai dizia no exílio. “Aprendemos que a única luta que se perde é aquela que abandonamos”. Ele também lembrou que, em 2013, em sessão simbólica, o Congresso devolveu o man- dato presidencial a Jango. O presidente do PDT, Carlos Luppi, leu texto do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que está no exterior. No texto, Buarque exaltou a atuação dos filhos no resgate da memória de Jango e disse que o presidente “abriu mão do poder para não abrir mão de princípios”. Luppi afirmou ainda que as lutas de Jango continuam atuais. “Os problemas que apontava não foram resolvidos, como na reforma agrária e no sistema financeiro.” Para Luppi, direitos trabalhistas já conquistados estão ameaçados, como ideia de mudanças nas regras de terceirização do trabalho. Ao encerrar a sessão, o senador Gurgazc afirmou que as reformas propostas por Jango são pontos ainda cruciais para a construção de “um Brasil mais plural, mais democrático”. 6 | JORNAL DA CÂMARA 5 de maio de 2015 Agricultor ganha prazo maior em cadastro ambiental A não efetivação do documento impede os produtores rurais de obter linhas de crédito e financiamentos O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, disse na quinta-feira (30), em audiência pública na Câmara, que o governo deverá prorrogar, por um ano, o prazo final para produtores rurais se inscreverem no Cadastro Ambiental Rural (CAR). O prazo se encerraria no próximo dia 5 de maio. A não efetivação do cadastro impede o produtor de obter linhas de crédito e financiamentos. “A vitória não é a prorrogação. A vitória é a adesão, a prevalência do CAR como um novo instrumento que viabilize a política pública para a agricultura e o desenvolvimento sustentável do Brasil em novas bases”, afirmou Gaetani. O debate foi promovido pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, por iniciativa dos deputados Luiz Cláudio (PR-RO) e Evair de Melo (PV-ES), e também discutiu o Projeto de Lei 312/15, que institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais. Planejamento - Em relação ao CAR, o secretário-executivo acrescentou que o cadastro coloca o Brasil em outro patamar de políticas públicas para o setor. Luis Macedo Brasil busca modelo para pagar serviços ambientais O debate, promovido pela Comissão de Agricultura, reuniu governo e representantes de produtores “Todos os países que tomaram conhecimento do que é o CAR ficaram surpresos. Estamos saindo do mundo da falação para o do pragmatismo e do planejamento do uso do nosso potencial”, completou Gaetani. O CAR é um registro eletrônico instituído pelo Código Florestal (Lei 12.651/12) que pretende reunir informações georreferenciadas de todos os imóveis rurais do País, com delimitação de áreas de proteção permanente (APPs), reserva legal, remanescentes de vegetação nativa, área rural consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública. O objetivo é traçar um mapa digital a partir do qual são calculados os valores das áreas para diagnóstico ambiental. Todas as propriedades rurais são obrigadas a fazer parte do cadastro. Presidente do Serviço Florestal Brasileiro, Raimundo Deus dará também destacou que o CAR representa uma base de dados estratégica para o planejamento ambiental e econômico dos imóveis rurais. De acordo com ele, até o mo- mento, quase metade da área cadastrável já integra o sistema. Crítica - Já o secretário de Meio Ambiente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Antoninho Rovaris, criticou o fato de a decisão ter sido tomada em cima da hora. “Havia uma espécie de aproveitamento dessa situação, com pessoas cobrando exorbitâncias de agricultores para auxiliá-los na conclusão do cadastro”, afirmou, lembrando que muitas pessoas desembolsaram esses recursos. No debate, Francisco Gaetani disse que o Brasil dispõe de experiências bem-sucedidas de pagamento por serviços ambientais. “O desafio é encontrar uma forma de desenvolver essa ferramenta e utilizá-la em todo o território”, reconheceu. Relator do PL 312/15, que institui a Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais, o deputado Evair de Melo ressaltou que esse mecanismo já é realidade em alguns países, como a Costa Rica e os EUA. “Esses pagamentos são uma compensação a quem se compromete a preservar ativos ambientais, como nascentes e encostas de rios, em limites que vão além do mínimo exigido por lei.”. Pela Confederação Nacional da Indústria, Percy Soares Neto defendeu que a proposta traga incentivos fiscais também para os empreendedores privados que decidam contribuir com a implementação da política. MEIO AMBIENTE Autoridades brasileiras esperam acordo climático justo O texto do acordo será apresentado em novembro, na Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP-21), em Paris. O assunto foi debatido na Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas, com representantes dos ministérios das Relações Exteriores e do Meio Ambiente e do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Para o subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério de Relações Exteriores, embaixador José Antonio Marcondes de Carvalho, agora é o momento de definir as “regras do jogo”. Ele disse que o novo acordo precisa apontar as necessidades de cada país e, ao mesmo tempo, nenhuma nação deve renunciar ao direito de se desenvolver. Segundo o embaixador, cabe ao governo gerar empregos e criar meios para que o País cresça de maneira sustentável. “Como o novo acordo passará a ter vigência somente a partir de 2020, acredito que, entre 2015 e 2020, é um tempo razoável para que os países internalizem as medidas e trabalhem em cima de suas contribuições”, disse Mar- condes de Carvalho. Expectativas - O diretor do Departamento de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Adriano Oliveira, é otimista quando se refere à projeção esperada para o novo acordo climático global. Segundo ele, o Brasil conseguiu reduzir 41% da emissão de gases do efeito estufa desde o início do monitoramento, em 2004, com a implantação do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDan). “O Brasil já foi capaz de reduzir as taxas de desmatamento na Amazônia em O Ministério do Meio Ambiente informou que o Brasil conseguiu reduzir 41% da emissão de gases desde o início do monitoramento, em 2004 82,5%. Como a projeção para 2020 é reduzir o desmatamento em até 80% e, atualmente, alcançamos o equivalente a 75,2%, então, estamos em um bom caminho”, ponderou. Segundo o presidente da comissão, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), a expectativa é positiva sobre o posicionamento do Brasil na COP-21. Ele lembrou que, em junho, haverá o encontro entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e disse esperar que este seja um dos assuntos mais importantes da pauta. “Tenho a convicção de que, com as contribuições do Ministério das Relações Exteriores e do Ministério do Meio Ambiente, poderemos estimular ainda mais o debate junto à CMMC, resultando numa posição de liderança brasileira na questão climática e ambiental”, afirmou o senador. JORNAL DA CÂMARA | 7 5 de maio de 2015 DISCURSO Luis Macedo CPI ouve hoje Paulo Roberto Costa e, na quinta, diretores da Sete Brasil Ex-diretor de Abastecimento da estatal denunciou esquema para beneficiar partidos Zanotto: garantia de igualdade Empoderamento das mulheres é necessário, diz Carmen Zanotto A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC) disse em Plenário que alguns consideram o tema mulher como “algo menor”, mas só teremos populações desenvolvidas se houver o “empoderamento das mulheres”. Porém, esse avanço só ocorrerá se “os homens do Congresso e do Brasil se unirem em prol da mesma causa”. Carmen Zanotto afirmou que quando é atrelada à mulher apenas as funções de mãe e esposa, esse gênero passa a ocupar um papel passivo perante a sociedade. “Assim foi por anos, basta ver que só passamos a ter o direito de votar há 83 anos”, argumentou. Segundo a deputada, quando a mulher torna-se economicamente ativa a realidade muda. O papel dos parlamentares é “garantir as mesmas condições do conjunto de homens” – e esta é uma meta de trabalho junto à Secretaria da Mulher da Câmara. Ela lembrou que neste ano assumiu o cargo de coordenadora adjunta da bancada feminina. Assim, trabalhará de forma mais intensa os temas relevantes às mulheres. De acordo com Carmen Zanotto, as mulheres, na média salarial, ganham 36% a menos que os homens, mesmo exercendo a mesma atividade. A deputada destacou sua participação na 48ª Reunião da ONU como representante das comissões de Seguridade Social e Família; da Pessoa com Deficiência e da Secretaria de Política para Mulheres. No evento, foi mostrado que não existe país desenvolvido sem que as condições entre homens e mulheres estejam igualadas. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras ouve hoje o ex-diretor de Refino e Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A reunião ocorrerá às 14h30, em plenário a definir. A última vez em que o ex-diretor veio ao Congresso foi em dezembro, durante acareação na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras com o ex-diretor da Área Internacional Nestor Cerveró. Na ocasião, ele confirmou tudo o que falou na delação premiada acertada com o Ministério Público e a Polícia Federal. Segundo o ex-diretor, foram 80 depoimentos em mais de duas semanas de delação. Paulo Roberto Costa denunciou um esquema de suborno em diretorias da estatal para beneficiar partidos políticos, com propina correspondente a 3% do valor dos contratos com empreiteiras. Segundo ele, desse total, 2% ficavam com o PT e 1% com o PP – esse 1% era usado às vezes para pagar ao PMDB e ao PT, e uma vez ao PSDB. Costa integrou a diretoria da estatal entre 2004 e 2012, nos governos Lula e Dilma. Foi escolhido diretor por indicação do PP. Sete Brasil - Na próxima quinta-feira (7), a CPI deve ouvir mais duas pessoas: o presidente da Sete Brasil Participações, Luiz Eduardo Guimarães Carneiro; e diretor de Operações e Participações da empresa, Renato Sanches Rodrigues. Eles prestarão depoimento na investigação de irregularidades na Sete Brasil, empresa que atua na implantação da construção de sondas de perfuração no País. A oitiva começa às 9h30, em plenário a definir. Segundo o ex-gerente de Tecnologia da Petrobras e ex-diretor da Sete Brasil Pedro Barusco, houve pagamento de propina a diretores da Petrobras nos contratos de construção de 28 sondas de perfuração. FUTEBOL Especialistas pedem planejamento para evitar violência nos estádios A organização e o planejamento prévio são algumas das soluções apontadas pelos convidados que discutiram a violência nos estádios de futebol em audiência pública na Comissão do Esporte. O secretário Nacional da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem do Ministério do Esporte, Marco Aurélio Klein, afirmou que é inaceitável que um jogo de futebol seja realizado sem nenhuma forma de previsão de planejamento. Para ele, a Copa do Mundo realizada no Brasil no ano passado é a prova de que a organização faz um evento funcionar. “Aquilo que chamei genericamente de protocolos operacionais, ou seja, o que fazer diante de cada situação, de todas as situações possíveis, não apenas nas questões que possam gerar violência.” Na opinião de Klein, situações como um atendimento médico, uma queda de energia, um problema de transporte, uma enchente podem ser previstas com protocolos de solução. “É possível, é uma questão de tirar o foco e não transformar um jogo de futebol em praças de guerra, de operações militares, de re- Luis Macedo A Comissão do Esporte recebeu sugestões dos especialistas pressão. É organizar e trazer isso de uma forma melhor.” Marginalização - O presidente da Associação Nacional das Torcidas Organizadas, André Silva Azevedo, explicou que a maioria das pessoas que entram nessas torcidas já possui um histórico de exclusão social. Para ele, a marginalização das torcidas pelas autoridades em nada ajuda na solução do problema da violência. Segundo o deputado João Derly (PCdoB-RS), autor do pedido da audiência, a discussão do tema na comissão poderá ajudar o colegiado a identificar o que ocasiona a violência nos estádios e atuar para a solução do problema. Na avaliação de Derly, o debate pode ajudar a mostrar de que forma a comissão pode atuar, “de que forma se pode fiscalizar e eliminar aqueles brigões que a gente ouve falar, que a gente vê em alguns casos específicos.” Ocupação - De acordo com dados do Ministério do Esporte, a média de ocupação das cadeiras nos estádios brasileiros é de 35%. Na Alemanha e na Inglaterra, por exemplo, essa média chega até 96%. Pesquisa do Instituto Stochos mostra que 43% de 8 mil entrevistados apontam a falta de segurança nos estádios como fator para não assistir aos jogos. Comissão da MP 671 faz audiências A comissão mista que debate a MP 671/15 promove duas audiências públicas nesta semana. A MP trata da renegociação de dívidas dos clubes de futebol e da modernização do esporte. A medida substitui o Proforte, proposta anterior do governo de reestruturação dos clubes de futebol. Hoje, serão ouvidos o ex-secretário-executivo do Ministério do Esporte José Luiz Portela; o jornalista esportivo Walter Mattos; o secretário-geral da Associação Brasileira de Esportes Intelectuais, Pedro Trengrouse; e o consultor de gestão esportiva Amir Somoggi. A audiência será às 14 horas, no plenário 9 do Senado. Amanhã, a comissão ouvirá o presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol, Rinaldo José Martorelli; o presidente do Sindicato dos Atletas Profissionais de Futebol do Rio de Janeiro, Alfredo Sampaio da Silva Júnior; e representantes do Bom Senso Futebol Clube e da Associação Nacional dos Árbitros de Futebol. O debate também será às 14 horas, no plenário 9 do Senado. 8 | JORNAL DA CÂMARA 5 de maio de 2015 NOS ESTADOS Edio Lopes consegue liberação de recursos para rede elétrica em Rorainópolis RR Fotos: Divulgação O deputado Edio Lopes (PMDB-RR) garantiu R$ 900 mil junto ao Ministério da Defesa, no programa Calha Norte, para a implantação de mais de 10 km de rede elétrica e a instalação de 75 subestações em Rorainópolis. “Queríamos desde o início dos projetos garantir recursos para mudar a situação da região da Vila do Equador. Agora, vamos oferecer energia 24 horas aos produtores rurais”, disse. Odorico Monteiro participa do Dia dos Trabalhadores em Sobral CE O deputado Odorico Monteiro (PT-CE) participou na última sexta-feira (1/5) das comemorações, em Sobral, do Dia dos Trabalhadores. O parlamentar esteve também nos distritos de Aracatiaçu e Jaibaras, onde acompanhou o campeonato de futebol comemorativo, que reuniu 32 clubes de diversas localidades. Ao final, Odorico Monteiro entregou o troféu de campeão à Portuguesa do distrito de Jordão, vencedor do torneio. BA Tia Eron visita áreas atingidas por desabamentos em Salvador A deputada Tia Eron (PRB-BA) visitou, no último sábado, as áreas do bairro Marechal Rondon, atingidas com as fortes chuvas em Salvador. Na associação dos moradores, ela iniciou campanha de arrecadação de donativos para as famílias. A deputada lembrou que, quando vereadora, apresentou plano de prevenção aos efeitos das chuvas, que envolve a participação de diversos órgãos municipais e estaduais. Janete Capiberibe critica em seminário projeto de terceirização PA A deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) promoveu, em Macapá, o seminário “Os prejuízos da terceirização para os trabalhadores”, do qual participaram representantes da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho e de centrais sindicais. “A classe trabalhadora não pode ser prejudicada. Só os grandes empresários têm interesse na aprovação desse projeto, que literalmente rasga a CLT”, disse. BA Walmir Assunção acompanha comitiva oficial a evento em assentamento Os trabalhadores sem terra do extremo sul da Bahia receberam do governo federal a antiga Fazenda Colatina, em Prado, que será transformada no assentamento Jacy Rocha. O deputado Valmir Assunção (PT-BA) acompanhou a comitiva na cerimônia, com o governador Jaques Wagner e o ministro Patrus Ananias. No acampamento Rosa do Prado, informou, cada família receberá crédito de R$ 2,4 mil. Com emenda de Laércio Oliveira, avenida asfaltada em Tobias Barreto AL O calçamento da avenida Ayrton Senna, em Tobias Barreto, era uma reivindicação antiga dos moradores. Para resolver o problema, o deputado Laércio Oliveira (SD-AL) conseguiu R$ 250 mil para calçar a via, que foi inaugurada no último sábado. “É importante que a população tenha boa estrutura, pois isso lhe dá qualidade de vida e valoriza a região por completo”, afirmou o deputado. As informações acima são de responsabilidade exclusiva dos parlamentares. Colaborações podem ser enviadas para [email protected]