INFLAMÁVEIS: CARACTERÍSTICAS, PROPRIEDADES, PERIGOS E RISCOS Fernando V. Sobrinho Uberlândia 28.06.2014 TERMINOLOGIA RISCO X PERIGO INGLÊS PORTUGUÊS SIGNIFICADO HAZARD PERIGO PROPRIEDADE INTRÍNSECA (POSSIBILIDADE DE DANO) DANGER PERIGO CONDIÇÃO POTENCIAL, (POSSIBILIDADE DE DANO) IMINÊNCIA , ALERTA HAZARD PERIGO ABNT 14.725 FONTE POTENCIAL DE DANO E CARACTERÍSTICA INTRÍNSECA DE UM PRODUTO RISK RISCO FATOR INDESEJADO (PROBABILIDADE DE DANO) (de que, para quem, para o que) EXEMPLO: GASOLINA INGLÊS PORTUGUÊS SENTIDO HAZARD PERIGO PROPRIEDADE INTRÍNSECA (POSSIBILIDADE DE DANO) DANGER PERIGO CONDIÇÃO POTENCIAL, (POSSIBILIDADE) IMINENTE (ALERTA) RISK RISCO INDESEJADO, DE QUE?, PARA QUEM/OQUE? (PROBABILIDADE) INGLÊS PORTUGUÊS SENTIDO HAZARD PERIGO POTENCIAL, INTRÍNSECA (POSSIBILIDADE) DANGER PERIGO - CONDIÇÃO POTENCIAL (POSSIBILIDADE) - IMINENTE (ALERTA) RISK RISCO INDESEJADO, DE QUE?, PARA QUEM/OQUE? (PROBABILIDADE) INCIDENTE (NEAR HIT) FATO NÃO CONSUMADO PARA O RISCO CONSIDERADO FATO CONSUMADO PARA O RISCO CONSIDERADO ACIDENTE Risco 1 (reduzido) Risco 2 (potencial) Risco 3 > Risco 2 > Risco 1 Risco 3 (iminente) Conforme adotado pela OIT, PNUMA, GHS: Hazard: Perigo / possibilidade / propriedade intrínseca Danger: Condição de perigo / alerta / possibilidade Risk: Risco / probabilidade / fator indesejado De um perigo ou condição de perigo pode haver um ou mais riscos, com probabilidade de ocorrência variável, dependendo do tempo, das medidas preventivas e de controle ou da falta das mesmas Risco = perigo x tempo medidas de controle Segurança = risco aceitável ou ausência de riscos inaceitáveis PERIGO X RISCO Exemplo: incêndio x queimadura Risco 2 Risco 1 Risco 1 > Risco 2 PRODUTO PERIGOSO Produto Perigoso: É todo o produto cujas propriedades possam resultar em risco para a saúde das pessoas, para a segurança pública ou para o meio ambiente. EXEMPLO: ESPAÇO CONFINADO Qual é o produto perigoso? Qual é o perigo ( hazard )? Qual é o perigo ( danger )? Qual é o risco? Risco de que e para quem? Risco grande ou pequeno? Potencial Venenol EXEMPLO: ESPAÇO CONFINADO Qual é o perigo hazard?(produto perigoso) Qual é o perigo danger? Qual é o risco? Risco de que e para quem? Potencial Risco grande ou pequeno? Venenol EXEMPLO: FOGÃO DOMÉSTICO Qual é o perigo hazard?(produto perigoso) Qual é o perigo danger? Qual é o risco? Risco de que e para quem? Risco grande ou pequeno? RISCO GRANDE (grande probalidade) RISCO GRAVE (efeito, gravidade) EVAPORAÇÃO DE ÁGUA VAPOR H2SO4 EXAUSTÃO O risco de inalação de vapores é grande, mas o efeito não é grave O risco de inalação de vapores é mínimo,mas o efeito é grave Adicional de periculosidade NR 16 Portaria 3214, MTE, 1978. “Risco acentuado”, situação que dá direito ao adicional de periculosidade (Conforme definições utilizadas na época da elaboração de NR`s da Portaria 3214 em 1978) Risco = intrínseco ; Perigo = variável PERIGO X RISCO Perigo: Variável, depende das medidas de segurança, controle ou falta das mesmas Risco: intrínseco, propriedade da substância Perigo 1 Perigo 2 Perigo 2 > Perigo 1 INGLÊS HAZARD DANGER RISK PORTUGUÊS SENTIDO RISCO PROPRIEDADE INTRÍNSECA (POSSIBILIDADE) “RISCO ACENTUADO” CONDIÇÃO POTENCIAL, (POSSIBILIDADE) SITUAÇÕES PREVISTAS NA NR 16 PERIGO FATOR INDESEJADO (PROBABILIDADE) CONCLUSÃO RISCO ACENTUADO ~ DANGER (potencial) Legalmente falando: Nas situações previstas nas tabelas da Norma Regulamentadora 16, da Portaria 3214 do MTE FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA QUÍMICA 1 - Propriedades de segurança 2 - Deficiência de oxigenio 3 - Bola de fogo 4 - Bleve 5 - Explosões confinadas e não confinadas 6 - Boilover 7 - Pool fire / jet fire / flash fire 8 - Backdraft / flashover 9 - Explosão de poeiras 10 - Substâncias oxidantes 11 - Peróxidos orgânicos FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA QUÍMICA 12 - Produtos peroxidáveis 13 - Compostos pirofóricos 14 - Produtos que reagem com a água 15 - Combustão espontânea 16 - Líquidos criogênicos 17 - Incompatibilidade química 18 - Referências / fontes de informações 19 – Áreas classificadas – princípios básicos 1 - PROPRIEDADES DE SEGURANÇA DENSIDADE DO LÍQUIDO / VISCOSIDADE DO LÍQUIDO/PONTO DE FLUIDEZ DENSIDADE DO VAPORPONTO DE FULGOR / PONTO DE COMBUSTÃO TEMPERATURA DE AUTO IGNIÇÃO FAIXA DE INFLAMABILIDADE ENERGIA MÍNIMA DE IGNIÇÃO NOÇÕES DE ELETRICIDADE ESTÁTICA IDLH (IPVS) TOXICIDADE LIMITE DE PERCEPÇÃO AO OLFATO PROPRIEDADES DE SEGURANÇA INFORMAÇÃO Muitos acidentes são evitados ou atenuados quando as características dos produtos químicos utilizados são prontamente reconhecidas e tomadas as medidas de prevenção contra os riscos de incêndio, explosão, liberações tóxicas e suas conseqüências para trabalhadores, população e meio ambiente. DENSIDADE DOS LÍQUIDOS (densidade em relação à água) A densidade da fase líquida em relação à água é muito importante no caso do produto ser insolúvel em água. Os hidrocarbonetos são insolúveis e menos denso que a água e no caso de vazamento, o produto se espalha por uma superfície muito grande. DENSIDADE DOS LÍQUIDOS (densidade em relação à água) Gasolina = 0,8 Água = 1,0 Água = 1,0 Tricloroetileno 1,40 DENSIDADE DO LÍQUIDOS Já o Dissulfeto de Carbono, é insolúvel e mais denso que a água, ficando restrito preferencialmente nas irregularidades do piso e isolado do ar atmosférico. Selo D´Água Dissulfeto de carbono DENSIDADE DOS LÍQUIDOS DENSIDADE DOS LÍQUIDOS O FENÔMENO BOILOVER Fogo Óleo Água EXEMPLOS PRODUTO DENSIDADE Gasolina nDecano Ciclohexano Tolueno Benzeno Óleos 0,72 - 0,77 0,73 0,78 0,86 0,88 0,96 Água 1,00 Clorobenzeno Naftaleno Dissulfeto de Carbono Tricloroetileno Anidrido Ftálico 1,11 1,13 1,26 1,40 1,53 DENSIDADE DO VAPOR / GÁS (em relação ao ar) Apenas o hidrogênio, metano, acetileno e etileno tem densidade de vapor menor que o ar. Os vapores são geralmente mais pesados que o ar, tendo os hidrocarbonetos densidade entre 3 e 4, ficando nas partes baixas. DENSIDADE DO VAPOR / GÁS (em relação ao ar) No caso de vazamento de gasolina, os vapores ficarão nas partes mais baixas, enquanto que num vazamento de hidrogênio, o gás ficará nas partes mais altas, devido à sua baixa densidade relativa (0,07) DENSIDADE DO VAPOR / GÁS DENSIDADE DO VAPOR A chama desloca-se na direção da fonte emissora PRESSÃO DE VAPOR Pressão máxima de vapor de um líquido é a pressão que seu vapor exerce, num recipiente fechado, quando está em equilíbrio com o líquido, a uma certa temperatura. Líquidos mais voláteis têm maior pressão de vapor e liberam mais vapores tóxicos ou explosivos no ambiente P1 P2 P3 VAPOR VAPOR VAPOR LÍQUIDO LÍQUIDO LÍQUIDO T ambiente água T ambiente alcool T ambiente éter etílico P3 > P2 > P1 VISCOSIDADE / PONTO DE FLUIDEZ É a propriedade referente à resistência de um fluido ao escoamento, a uma dada temperatura. (viscosidade cinemática) Quanto menor a velocidade de escoamento, maior a viscosidade, A viscosidade diminui com o aumento da temperatura, ou seja conforme aquecido o líquido tende a “escorrer” mais As unidades de medida mais usuais são: mm2/s ; poise (P) centipoise (cP); Stoke (St) APLICAÇÕES Em caso de vazamento / acidentes com embalagens, os mais viscosos se espalharão menos. Em caso de incêndio, os mais viscosos tornar-se-ão menos viscosos por aquecimento e escorrerão mais, alastrando o fogo e propagando o incêndio EXEMPLOS: • Itens 4.1 e 4.2 da NR 16, Quadro I4 – substâncias com viscosidade maior que 200 mm2/seg.; • Óleo combustível • Piche PONTO DE GOTA Um sólido de baixo ponto de gota, não inflamável à temperatura ambiente, em caso de incêndio e/ou aumento de temperatura pode derreter e espalhar-se alimentando e propagando o fogo (Ex. materiais betuminosos, ceras, parafinas, graxas, resinas) PONTO DE FULGOR É a menor temperatura na qual uma substância libera vapores em quantidades suficientes para que a mistura de vapor e ar logo acima de sua superfície propague uma chama, a partir do contato com uma fonte de ignição. 25 ºC Considerando a temperatura ambiente numa região de 25º C e um produto com ponto de fulgor de 15º C Pf = 15ºC se o ponto de fulgor do produto for de 30º C, significa que este não estará liberando vapores suficientes para se inflamar Pf = 30ºC -15 ºC p.f. 15 ºC 25 ºC p.f. 15 ºC PONTO DE FULGOR O ponto de fulgor é determinado aquecendo-se lentamente o líquido em um vaso e passando-se periodicamente uma chama sobre o vaso até que ocorra o fulgor. Como a essa temperatura (PF) a geração de vapores é insuficiente para manter a chama, só há um “flash”, consumindo os vapores acumulados. PONTO DE FULGOR Métodos clássicos para a determinação do Ponto de Fulgor: VASO ABERTO (Cleveland) VASO FECHADO (Pensky Martens) Vide ABNT 17505 VASO ABERTO (Cleveland) MB 50 ASTM D 92 VASO FECHADO ASTM D 93 NBR 14598 EXEMPLOS PRODUTO P.F.(°c) Cloreto de vinila................... - 78 Éter Etílico............................ - 45 Gasolina................................ -38 a -45 Acetona................................. - 20 Acetato de Metila.................. - 10 Tolueno................................. 4 Alcool Etílico.......................... 13 Terebentina........................... 35 Anidrido Acético.................... 49 Etileno Glicol......................... 111 Estearato de Amila................ 185 PONTO DE COMBUSTÃO O Ponto de Combustão já é alguns graus acima do ponto de fulgor e consegue manter a combustão. Enquanto no ponto de fulgor a chama dura pouco tempo devido à insuficiência de vapores, no ponto de combustão a chama permanece de forma contínua. TEMPERATURA DE AUTO-IGNIÇÃO (Ponto de ignição) Temperatura de Auto-ignição ou Temperatura de Ignição, é a mínima temperatura na qual o produto ao entrar em contato com o ar ambiente, se inflama espontaneamente. Tign T1 TEMPERATURA DE AUTO-IGNIÇÃO (Ponto de ignição) Normalmente as temperaturas de autoignição apresentam valores em torno de 400 a 500 C, no entanto existem produtos com baixas Temperaturas de Ignição, podendo entrar em ignição ao entrar em contato com linhas de vapor ou equipamentos aquecidos. EXEMPLOS SUBSTÂNCIA Pentaborano Diborano Dissulfeto de Carbono Éter Etílico Acroleína Gás Sulfídrico Formaldeído Hidrogênio Óxido de Etileno Cloreto de Vinila Tolueno Gás Natural TAI(°c) 35 40-50 90 160 235 260 300 585 429 472 480 537 25 ºC ponto de combustão temperatura de auto ignição 25 ºC 200 ºC 600 ºC Pf = 66 ºC Pc = 200 ºC Ti = 600 ºC ponto de fulgor PONTO DE FULGOR FAIXA DE INFLAMABILIDADE Os produtos químicos inflamáveis ou combustíveis, só queimam dentro de uma determinada faixa de concentração no ar, chamada de FAIXA DE INFLAMABILIDADE, que é compreendida pelos Limites Inferior e Superior de Explosividade. FAIXA DE INFLAMABILIDADE LIE = Limite inferior de explosividade LSE = Limite superior de explosividade pobre 0% LIE ideal mistura rica LSE 100% Para qualquer gás, 1% em volume é igual a 10.000 ppm (partes por milhão) EXEMPLOS DE LIE / LSE gasolina: 1,4 a 7,6 % metanol: 6,0 a 36,0 hidrogênio: 4,0 a 75% dissulfeto de carbono: 1 a 50% monóxido de carbono: 12,5 a 74% butano: 1,5 a 8,5 % propano: 2,0 a 9,5 alcool etílico: 3,3 a 19,0% Amônia: 15,0 a 28,0 % Exemplo de mistura explosiva de GLP + ar Exemplo de mistura explosiva de GLP + ar LIE ~ 2% BUJÃO DE 13 KG ~ 16 LITROS(em uso) 1 LITRO DE GLP ~ 250 LITROS DE GÁS 16 LITROS DE GLP = 4.000 LITROS DE GÁS 4.000 LITROS DE GÁS CORRESPONDE A 2% DE 200.000 litros DE MISTURA EXPLOSIVA AR + GÁS FAIXA DE INFLAMABILIDADE EXPLOSÍMETRO Aparelho de campo que mede a porcentagem da concentração em relação ao limite inferior de explosividade 0% LIE LSE 100% APLICAÇÕES MONITORAMENTO COM EXPLOSÍMETRO EM CARRETA-TANQUE ENTRADA EM ESPAÇOS CONFINADOS O uso do explosímetro requer treinamento, pois as condições ambientais podem variar com o tempo, assim como pode existir mistura de substâncias diferentes no local avaliado Faixa de inflamabilidade de misturas de gases e vapores Lei de Chatelier P = fração de uma mistura / concentração do gás ou vapor presente no local Para identificar cada concentração é preciso conhecer as substâncias presentes no local e ter à disposição um analisador de gás portátil. O uso do explosímetro requer também que se leve em conta o gás de calibração e as tabelas de conversão. ENERGIA MÍNIMA DE IGNIÇÃO É a energia mínima em forma de descarga capacitiva necessária para causar ignição de uma mistura explosiva sob condições normais de pressão e temperatura. É medida em milijoules (mJ) e tem importância em áreas onde possa ocorrer geração de eletricidade estática e descargas eletrostáticas. Uma descarga capacitiva ocorre entre duas superfícies cuja diferença de potencial seja suficiente para romper o meio dielétrico. Se o meio dielétrico for uma mistura explosiva a mesma entrará em ignição Faísca Explosão + + + + + ar + + + + + - mistura inflamável ENERGIA MÍNIMA DE IGNIÇÃO F O N T E ignition : I S S A no ignition ENERGIA DE IGNIÇÃO + + + + + - mistura inflamável NOÇÕES DE ELETRICIDADE ESTÁTICA A matéria é composta por átomos que por sua vez são compostos por prótons, elétrons e nêutrons. + Prótons possuem carga positiva, elétrons carga negativa e os nêutrons não possuem carga. Num corpo em equilíbrio o número de prótons é igual ao número de elétrons = carga zero NOÇÕES DE ELETRICIDADE ESTÁTICA Na matéria, a única partícula que possui mobilidade é o elétron (excluindo processos nucleares) Quando um corpo perde elétrons o equilíbrio elétrico é afetado e ele fica eletrizado positivamente Quando um corpo ganha elétrons o equilíbrio elétrico é afetado e ele fica eletrizado negativamente NOÇÕES DE ELETRICIDADE ESTÁTICA Fonte: ISSA Ao fluir pela tubulação o líquido arrasta elétrons da superfície metálica, fazendo com que o tubo adquira carga eletrostática positiva. O líquido, por sua vez, fica negativamente carregado. ESTÁTICA EM FLUXO NOÇÕES DE ELETRICIDADE ESTÁTICA Um corpo eletrizado em contato com a terra será neutralizado, pois se ele tiver falta de elétrons, estes serão doados pela terra e se tiver excesso de elétrons, estes serão descarregados na terra. + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + + A isto dá se o nome de ATERRAMENTO. CONDUTORES E ISOLANTES Um material condutor é aquele que permite o movimento de elétrons enquanto os não condutores ou isolantes são aqueles que não permitem ou dificultam a mobilidade Fonte: ISSA Deduz-se, pois, que um material não condutor ou NOÇÕES DE ELETRICIDADE ESTÁTICA O perigo da eletricidade estática está no seu acúmulo e permanência no corpo, sem ser descarregada / ou aterrada e essa descarga ocorrer atingindo a energia mínima de ignição de uma mistura inflamável Sem aterramento Fonte: ISSA Fonte: ISSA NOÇÕES DE ELETRICIDADE ESTÁTICA Quando duas superfícies com cargas elétricas diferentes se aproximam é gerada uma diferença de potencial (voltagem) entre ambas. Explosão + + + - mistura inflamável As duas cargas tendem a se neutralizar mutuamente e o processo de neutralização pode ocorrer por meio de descarga condutiva, por contato direto entre as duas superfícies ou por descarga capacitiva, rompendo o meio isolante entre as mesmas. NOÇÕES DE ELETRICIDADE ESTÁTICA Para que se evite uma decarga eletrostática indesejada todos os elementos da operação devem estar no mesmo potencial elétrico, mesmo que um deles esteja conectado à terra Ambientes secos, com baixa umidade, favorecem a descarga eletrostática. NOÇÕES DE ELETRICIDADE ESTÁTICA Descarga em chuveiro Recipientes plásticos Vestimentas condutoras Fonte: ISSA Fonte: ISSA NOÇÕES DE ELETRICIDADE ESTÁTICA SÉRIE TRIBOELÉTRICA A série triboelétrica é uma classificação dos materiais que se eletrizam por atrito, conforme a facilidade de trocarem cargas elétricas. É uma lista de materiais, em ordem crescente, quanto à possibilidade de perder elétrons. Quanto maior a facilidade em adquirir cargas positivas, mais alta é a posição que ocupa na tabela. FLUIDOS INFLAMÁVEIS Gases inflamáveis: (ANTT) Gás inflamável é um gás com uma faixa de 13% ou menos de inflamabilidade com o ar a 20ºC a uma pressão padrão de 101,3 kPa (1 atm) (NR 20 – MTE 2012) Líquido inflamável: Ponto de fulgor ≤ 60ºC Gás inflamável: Inflamam com o ar a 20 ºC a 101,3kPa Líquido Combustível: Ponto de fulgor > 60ºC e ≤ 93ºC Líquidos inflamáveis: (GHS) Líquido inflamável é aquele com um ponto de fulgor de não mais de 93 ºC Líquidos inflamáveis: (ABNT) Qualquer líquido que tenha ponto de fulgor, em vaso fechado, abaixo de 37,8 ºC CETESB-SP Manual de orientação para Estudos de Análises de Riscos COMBUSTÍVEIS x INFLAMÁVEIS LEGAL: Para fins de adicional de periculosidade, apenas inflamáveis geram adicional (vale a NR 20) TÉCNICA: Inflamável: Propriedade intrínseca (hazard) Combustível: Uso para geração de calor/energia Exemplo: Benzeno / Eter Etílico: Inflamáveis Óleo Combustível: Combustível Gasolina / Etanol: Inflamáveis e combustíveis Para fins de SEGURANÇA, qualquer líquido aquecido acima de seu ponto de fulgor deve ser considerado inflamável (ex. óleos combustíveis) IDLH(Immediately Dangerous to Life or Health - IPVS(Imediatamente Perigoso à Vida ou à Saúde) É a concentração imediatamente perigosa à vida ou à saúde, da qual um trabalhador pode escapar em 30 minutos sem sintomas ou efeitos irreversíveis à saúde (NIOSH/OSHA Standards Completion Program) EXEMPLOS PRODUTO QUÍMICO IDLH(PPM) Pentafluoreto de Enxofre Fosgênio Acrilonitrila Acroleína Tolueno Diisocianato Cloro Dióxido de Enxofre Fosfina Tetracloreto de Carbono Dissulfeto de Carbono Acrilato de Metila 1 2 4 5 10 25 100 200 300 500 1000 EXEMPLOS PRODUTO QUÍMICO Monóxido de Carbono Benzeno Piridina Estireno n-hexano Cumeno Clorometano Tetrahidrofurano Acetona Dióxido de Carbono IDLH(ppm) 1500 2000 3600 5000 5000 8000 10000 20000 20000 50000 TOXICIDADE Capacidade inerente a uma substância química de produzir efeito adverso ou nocivo sobre um organismo vivo CL50 – Concentração Letal cinqüenta: É a concentração de um agente num meio que causa mortalidade em cinqüenta por cento (50%) da população exposta, durante um determinado período de tempo, por inalação DL50 - Dose letal 50% Geralmente é o primeiro experimento com uma nova substância química DL50 é a dose calculada de um agente num meio que causa mortalidade em cinqüenta por cento (50%) da população animal em condições bem definidas, por qualquer via de administração, exceto por inalação. CL50, via respiratória para rato ou camundongo. DL50, via oral para rato ou camundongo. LIMITE DE PERÇEPÇÃO AO OLFATO L.P.O. Limite de Percepção ao Olfato é a menor concentração de uma substância no meio ambiente na qual a média das pessoas percebe o odor de algum produto. É um valor sujeito a restrições pois varia de pessoa para pessoa. Quando o limite de percepção é menor que o limite de exposição, o olfato pode até ser um indicador da presença do produto no ambiente. Já quando o limite de percepção é maior que o limite de exposição, o olfato não pode ser usado para indicar a presença do produto. 2 - DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO Ocorre quando uma atmosfera tem uma porcentagem de oxigênio inferior ao normal. Que é aproximadamente 21% ao nível do mar. Quando a concentração de oxigênio é de aproximadamente 16%, muitos indivíduos sentem náuseas, zumbidos nos ouvidos e uma aceleração dos batimentos cardíacos. ~ 14% dificuldade em respirar ~12% confusões mentais ~10% há perda de consciência ~ 8% ocorre a morte As normas da OSHA determinam um mínimo de 19,5% de oxigênio no ar. Na Europa, esse teor é 19%. No Brasil tem norma que aceita 18%. OCORRÊNCIA DE DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO (locais fechados) Quando ocorre a vaporização de gases liquefeitos, como argônio, GLP,CO2 Trabalhos de solda, corte a quente, motores de combustão Decomposição de material orgânico. Muitos dos processos de decomposição acontecem por micro-organismos aeróbicos, que consomem oxigênio Oxidação de metais Ligas de ferro e de aço carbono se oxidam em condições normais de temperatura e pressão, consumindo quantidades importantes de oxigênio. 3 - BOLA DE FOGO BOLA DE FOGO FORMULA DE MARSHALL D = 55 x M 1/3(ton) (m) diâmetro Válida para alcanos Cn H(2n+2) C-C-C-C-C BOLA DE FOGO FÓRMULA DE GAYLE E BRANSFORD 1965- NASA D = 9,56 x W 0,325 (ft) D = Diâm. da bola de fogo em pés W = Massa em libras t = 0,196 x W 0,349(s) t = Duração em segundos BOLA DE FOGO FÓRMULA DE HIGH (1968) D = 3,9 x W 0,33(m) D = Diâmetro em m W = Massa em kg t = 0,3 x W 0,33(s) t = Duração em segundos CORRELAÇÃO DE BRASIE (Grau de queimadura em função da distância da bola de fogo) 2D 1D D Queimaduras de 3° grau Queimaduras de 1° e de 2° graus 4 - BLEVE (Boiling Liquid Expanding Vapor Explosion) É a explosão de um gás na forma liquefeita pressurizada, por ruptura das paredes do vaso. Geralmente ocorre com gases liquefeitos de petróleo que são armazenados na forma líquida pressurizada, que sofre o efeito de um incêndio aumentando muito a temperatura e pressão internas e fragilizando as paredes do vaso. Como o líquido está numa temperatura muito acima de seu ponto de ebulição, há uma vaporização e uma expansão violenta, formando-se uma bola de fogo no caso de inflamáveis BLEVE Bola de fogo BLEVE Em 1966 na refinaria de Feyzin na França e em 1972 na refinaria da Petrobrás, a REDUC, incêndios seguidos de BLEVE destruiram os parques de tancagem de GLP. O ACIDENTE DA REDUC O operador drenava o fundo da esfera com mangueira flexível e não estava no local para fechar a válvula quando acabou a água. Vazou muito GLP que água vaporizou e acabou congelando a válvula, que não pode ser fechada. Formou-se uma poça de GLP embaixo da esfera BLEVE O ACIDENTE DA REDUC Formou-se uma núvem de gás que em algum momento se inflamou e iniciou-se o incêndio. BLEVE O sistema de refrigeração era por canhão monitor, que foi insuficiente. Nuvem de gás O ACIDENTE DA REDUC A válvula de segurança abriu, porém ela é dimensionada para condições normais de operação e não de incêndio. A temperatura e a pressão aumentaram muito e com a fragilização das paredes, a esfera se rompeu. BLEVE fase vapor fase líquido CASOS HISTÓRICOS DE BLEVES ANO 1966 1970 1971 1972 1978 1984 LOCAL Feyzin PRODUTO Propano Cresc.City GLP Houston MCV REDUC GLP Waverly Propano San Juanico GLP MORTOS FERIDOS 18 81 0 66 1 50 38 ? 12 50 560 MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA ESFERAS – NORMA PETROBRÁS N-1645 Vitor Flavio Peres REFAP Piso cônico de concreto com canaletas de drenagem; Pernas das esferas com revestimento de concreto a prova de fogo; MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA ESFERAS – NORMA PETROBRÁS N-1645 Vitor Flavio Peres REFAP Bacias de contenção MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA ESFERAS – NORMA PETROBRÁS N-1645 Vitor Flavio Peres REFAP flare Sistemas de alívio de pressão MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA ESFERAS – NORMA PETROBRÁS N-1645 Vitor Flavio Peres REFAP Sistemas de resfriamento com água de combate a incêndio; MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA ESFERAS – NORMA PETROBRÁS N-1645 Vitor Flavio Peres REFAP Alarmes de nível alto e pressão alta; MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA ESFERAS – NORMA PETROBRÁS N-1645 Vitor Flavio Peres REFAP Injeção de água nas esferas; MEDIDAS DE SEGURANÇA PARA ESFERAS – NORMA PETROBRÁS N-1645 -Válvulas Fire Safe; -Duplo bloqueio de válvulas -Muro de proteção; -Tomadas de vapor; -Detecção de vazamentos e alarmes; -Casa de Controle resistente à explosão e pressurizada; -Válvulas de retenção com desarme remoto; -Canhões de combate à incêndio; -Drenagem dos amostradores para sistema fechado; -Centralização dos alarmes e dispositivos de comando; - Monitoramento de gasodutos; 5 - EXPLOSÕES CONFINADAS (Confined Vapor Cloud Explosion - VCE) É a explosão de uma mistura inflamável num ambiente fechado, com aumento na temperatura e na pressão internas, gerando uma explosão. Esse tipo de explosão pode ocorrer com gases, vapores e pós. Neste caso, grande parte da energia manifesta- se na forma de ondas de choque e quase nada na forma de energia térmica. 5 - EXPLOSÕES NÃO CONFINADAS (Unconfined Vapor Cloud Explosion - UVCE) É a explosão de uma nuvem de vapor inflamável ao ar livre, gerada a partir de uma fonte de ignição. Neste caso, somente uma parte da energia total irá se desenvolver sobre a forma de ondas de pressão e a maior parte na forma de radiação térmica. CASOS HISTÓRICOS DE UVCE´s: ANO 1967 1968 1970 1974 LOCAL Lake Charles Pernis Port Hudson Flixborough PROD. Isobutano Mist. Hc Propano Ciclohexano MORT. FER. CAUSA 7 2 9 28 46 140 29 25 Abert. de valv. Slopover Rupt. de linha Rupt. de linha Explosão não confinada 6 - INCÊNDIO COM BOILOVER 1 2 3 O fogo é apagado com espuma A espuma mais densa desce para o fundo do tanque O calor flui para o fundo e provoca ebulição instantânea Incêndio num tanque de petróleo INCÊNDIO COM BOILOVER BOILOVER (Slopover, Foamover) O boilover ocorre quando um tanque contendo um produto pesado e viscoso pega fogo que permanece por longo tempo, criando uma onda de calor de aproximadamente 180 a 200°C, formada por produtos mais pesados em contra-corrente com os produtos mais leves que alimentam as chamas. BOILOVER (Slopover, Foamover) Mesmo que o fogo seja extinto, a onda de calor ainda progride, devido à sua grande inércia, Essa “onda de calor” desce com uma certa velocidade em direção ao fundo do tanque, podendo atingir a água, dependendo da velocidade e da distância ao fundo. Ao atingir a camada de água no fundo do tanque, há uma vaporização violenta da água, que se mistura ao óleo, provocando um espumamento grande, fazendo com que essa mistura aumente de volume. BOILOVER(Slopover, Foamover) Forma-se uma bola de fogo que sobe e a seguir desce queimando, provocando grandes danos. A água na forma de vapor aumenta o seu volume em até 2.000 vezes. Todo tanque com hidrocarboneto possui sempre água no fundo seja por condensação de vapores ou no caso de incêndio quando um grande volume de água entra no tanque. BOILOVER Jato de água Uma forma de monitorar a onda térmica é jogar água nas paredes do tanque, com jatos de longa distância. Nos pontos onde a temperatura é maior que 100° C, a água ferve. Visores térmicos ou de infravermelho direcionados para As chapas do tanque permitem visualizar a movimentação da onda de calor em direção ao fundo do tanque INCÊNDIO COM BOILOVER USINA TERMOELÉTRICA- TACOA CARACAS - VENEZUELA 19/12/82 DANOS 70 residências 60 carros total de 150 mortos, sendo: 17 empregados 40 bombeiros INCÊNDIO COM BOILOVER Estima-se que a bola de fogo subiu cerca de 180 metros e desceu queimando. Muitas pessoas tentaram correr para o mar e acabaram morrendo afogadas. Algumas pessoas foram atingidas a mais de 300 metros de distância do tanque. 7 - POOL FIRE / JET FIRE / FLASH FIRE POOL FIRE Fonte: Petrobrás Fonte: Petrobrás Ocorre após derramamento formação de poça de um produto inflamável, liberando grande quantidade de energia térmica que acaba por acelerar a evaporação, realimentando o fogo e aumentando a dimensão das chamas JET FIRE Fonte: Petrobrás Fonte: Petrobrás Acontece quando um gás inflamável pressurizado escoa em alta velocidade a partir de um ponto de vazamento. Nesse caso o fogo só deve ser apagado se houver certeza da contenção do vazamento, pois a continuidade do escape e espalhamento pode causar um novo incêndio ainda maior. FLASH FIRE Incêndio de uma nuvem de vapor onde a massa envolvida não é suficiente para atingir o estado de explosão. É um fogo extremamente rápido onde todas as pessoas que se encontram dentro da nuvem recebem queimaduras letais. 6-7 mortos 8 – BACKDRAFT / FLASHOVER BACKDRAFT: Se ocorre um acúmulo de gases não queimados num local fechado onde há liberação de calor e os gases como o CO (monóxido de Carbono), encontram-se próximos da temperatura de ignição, não queimando, por falta de O2. A súbita entrada de ar no recinto fornece o oxigênio necessário para combustão, que ocorre de forma repentina BACKDRAFT Fonte: Corpo de Bombeiros Brasília-DF FLASHOVER: Quando um compartimento isolado contendo material combustível sofre aquecimento decorrente de incêndio em compartimentos adjacentes. Se a temperatura no compartimento atingir o ponto de ignição dos materiais ali contidos, ocorre o flashover 9 - EXPLOSÕES DE POEIRAS Os materiais finamente divididos e dispersos no ar formam misturas explosivas cujo comportamento depende de diversos fatores como: EXPLOSÕES DE POEIRAS Composição química do pó. Umidade do ar interior Forma, tamanho e superfícies das partículas Uniformidade das partículas suspensas. Composição química do meio de suspensão Quantidade de energia requerida para iniciar a explosão. Temperatura e pressão iniciais. Presença de uma nuvem de pó, com concentração acima do Limite Inferior de Explosividade Confinamento EXPLOSÕES DE POEIRAS Limite Inferior de Explosividade (LIE), é a concentração mínima de pó em suspensão, que propagará uma combustão. O LIE médio é de aproximadamente 0,065 onças por pé cúbico de ar, ou 0,059 gramas por litro. EXPLOSÕES DE POEIRAS Os grandes danos são geralmente provocados por explosões múltiplas. A primeira explosão geralmente é fraca, porém provoca distúrbio suficiente para dispersar mais pó no ambiente e a explosão repete-se com maior intensidade. Além das chamas e ondas de choque, a deficiência de oxigênio e a formação de gases tóxicos (geralmente CO) agravam os riscos. EXPLOSÕES DE POEIRAS OCORRÊNCIAS DE EXPLOSÕES 40% MOAGEM E PULVERIZAÇÃO 35% MISTURAS. TRANSP. E OUTRAS 15% SIST. DE COLETA E ESTOCAGEM 10% SECADORES CASO DE EXPLOSÃO DE POEIRA DE MILHO •Local: Porto de Paranaguá •Data: 17/11/2001 •Hora: 12:20hs •Feridos: 21 sendo três com gravidade •Controle do incêndio: 17hs •Equipamento: Silo de milho de 10.000 m3 •Operadora do silo Coinbra(Louis Dreyfus) •Prejuízo 4 a 5 milhões de Reais(estimado) •Tempo fora de operação 4 meses(estimado) •Fotos: gentileza da COCAMAR ATIVIDADES COM PERIGO DE EXPLOSÕES DE POEIRAS • Indústrias de beneficiamento de produtos agrícolas; • Indústrias fabricantes de rações animais; • Indústrias alimentícias; • Indústrias metalúrgicas; • Indústrias farmacêuticas; • Indústrias plásticas; • Indústrias de beneficiamento de madeira; • Indústrias do carvão; TIPOS DE POEIRAS SUJEITAS A EXPLOSÕES Uma explosão é uma reação violenta de combustão (oxidação). Assim, materiais que possam reagir com oxigênio (queimar ou oxidar), quando finamente divididos podem formar poeiras explosivas. EXEMPLOS: madeira, plásticos, poeiras orgânicas, de grãos, bagaço de cana, carvão vegetal e mineral, ferro. TIPOS DE POEIRAS SUJEITAS A EXPLOSÕES Poeiras minerais como sílica, silicatos, argilas, cimento, etc..não apresentam risco de explosão. Exemplos de reações com o oxigênio: Fe + O2 = FeO ou Fe2O3 C + O2 = CO ou CO2 SiO2 + O2 = não reage CaSiO4 + O2 = não reage PENTÁGONO DE EXPLOSÃO DE POEIRAS Pó Fuel combustível Ignição Ignition Dispersão Dispersion Confinamento Confinement Oxygen Oxigênio EXPLOSÕES DE POEIRAS MEDIDAS PREVENTIVAS 1) ARRUMAÇÃO (Ordem e Limpeza) Deve-se evitar o acúmulo de pó, através da limpeza freqüente Eliminar as superfícies rugosas para minimizar a quantidade de pó acumulada. EXPLOSÕES DE POEIRAS MEDIDAS PREVENTIVAS 1) ARRUMAÇÃO (Ordem e Limpeza) Remover o pó através de aspiração. Não soprar o pó com ar comprimido Instalar sistema de ventil. exaustora Umidificação do ar EXPLOSÕES DE POEIRAS 2) CONTROLE DAS FONTES DE IGNIÇÃO. Utilizar equipamento a prova de explosão. Proibir o fumo e chamas abertas Não permitir o corte e a soldagem nas proximidades. Providenciar separadores magnéticos para prevenir a entrada de objetos estranhos num moinho. EXPLOSÕES DE POEIRAS 2) CONTROLE DAS FONTES DE IGNIÇÃO. Aterrar os equipamentos para prevenir descargas eletrostáticas. Selecionar os sopradores e exaustores adequados e manter uma manutenção constante, para evitar o contato entre as pás e a carcaça. EXPLOSÕES DE POEIRAS 2) CONTROLE DAS FONTES DE IGNIÇÃO. A proibição do fumo deve ser feita, reservando-se áreas definidas para fumantes, em locais sinalizados e de preferência com acendedores, habituando-se o trabalhador a não portar isqueiros e fósforos. EXPLOSÕES DE POEIRAS 2) CONTROLE DAS FONTES DE IGNIÇÃO. Nessas áreas, o corte e soldagem e qualquer operação com envolvimento de chamas e faíscas deve ser realizada somente através de um procedimento para liberação de serviço a quente. EXPLOSÕES DE POEIRAS 3) CRIAÇÃO DE ATMOSFERAS INERTES Manter uma atmosfera inerte através da adição de gases como: Nitrogênio, Dióxido de Carbono, Argônio, Xenônio, etc. em uma determinada concentração. EXPLOSÃO DE POEIRA 10 - SUBSTÂNCIAS OXIDANTES Substâncias oxidantes, embora não sendo necessariamente combustíveis, podem, em geral por liberação de oxigênio, causar a combustão de outros materiais ou contribuir para isso. Exemplos: ácido nítrico – HNO3 Peróxido de hidrogênio – H2O2 OXIDANTES 11 - PERÓXIDOS ORGÂNICOS Peróxidos orgânicos são substâncias termicamente instáveis que podem sofrer decomposição exotérmica e podem explodir com aquecimento, choque ou atrito. 12 - SUBSTÂNCIAS PEROXIDÁVEIS São produtos com potencial de formação de peróxidos Exemplos: Peróxido de Acetilo, Furano, Ácido Acrílico, Isopropilbenzeno Butadieno, Metilacetileno, Cloropreno, Ciclo-hexano Potássio (metálico), p-Dioxano, Amideto de sódio Éter etílico, Tetra-hidrofurano, Éter Dimetílico, Cloreto de Vinilideno, (1,1-dicloroeteno), Éter Diisopropílico, Éter Vinílico, Divinilacetileno, ciclohexano, estireno SUBSTÂNCIAS PEROXIDÁVEIS CUIDADOS NECESSÁRIOS Armazenar em recipientes hermeticamente fechados, em local seco, fresco e escuro Rotular com datas de: Fabricação Recebimento Abertura do frasco Prazo de validade Data prevista de formação de peróxidos Datas do próximo e do último teste realizado sobre a presença de peróxidos. SUBSTÂNCIAS PEROXIDÁVEIS A presença de peróxidos é detectada por meio de de: Presença de camada viscosa no fundo do fraco. Presença de sólidos No caso de suspeita da presença de peróxidos, proceder da seguinte forma: Não abra o frasco Não agite o frasco Comunique seu supervisor SUBSTÂNCIAS PEROXIDÁVEIS Um material instável é aquele que no estado puro ou comercial, irá polimerizar, decompor ou condensar vigorosamente, tornando-se auto-reativo ou de outra maneira reage violentamente sob condições de choque, pressão ou temperatura. . Para a obtenção de informações mais específicas a respeito dos perigos quanto à instabilidade dos peróxidos orgânicos, consultar o NFPA 43B, Code for the Storage of Organic Peroxide Formulations SUBSTÂNCIA PEROXIDÁVEL 13 - COMPOSTOS PIROFÓRICOS São produtos que reagem facilmente com o ar, em até 5 minutos, após entrar em contato. Como materiais pirofóricos podemos citar: Metais finamente divididos (Cálcio e Titânio) Hidretos metálicos alquilados(Dietil e Trietilalumínio, Trietilbismuto) Hidretos metálicos não alquilados(Hidreto de potássio) Os compostos pirofóricos devem ser armazenados e manuseados em atmosfera inerte (Nitrogênio, Dióxido de Carbono, Argônio, etc.) PIROFÓRICOS 14 - PRODUTOS QUE REAGEM COM A ÁGUA Alguns produtos químicos reagem violentamente com a água liberando calor, gases tóxicos ou explosivos. Como exemplos temos: Sódio e Potássio metálicos, Óxido de Fósforo(V), compostos de Grignard, Carbeto de Cálcio, Haletos de ácidos inorgânicos tais como: POCl3, SOCl2, SO2Cl2, haletos de não metais tais como: BCl3, BF3, PCl3, PCl5, etc. PRODUTOS QUE REAGEM COM A ÁGUA O armazenamento desses produtos deve obedecer às seguintes regras: – Armazenar os sólidos (Na, K, Li) imersos em líquido inerte como querosene. – Eliminar todas as fonte de água do local – Nunca armazenar produtos facilmente combustíveis na mesma área – Os sistemas automáticos de prevenção e combate a incêndio por aspersão de água, não devem ser utilizados em locais que contenham esses produtos. PRODUTOS QUE REAGEM COM A ÁGUA 15 - COMBUSTÃO EXPONTÂNEA São materiais que podem entrar em combustão, em contato com o ar, por auto-geração de calor Exemplos: • algodão não processado (calor produzido pela fermentação bacteriana) • pilha de carvão exposta a oxigênio sem ventilação • óleo de linhaça (panos encharcados) • pilhas de compostagem • nitrato de celulose 16 - LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS Esse tipo de gás para ser liquefeito deve ser refrigerado a temperatura inferior a -150º C. Exemplos de gases criogênicos e suas respectivas temperaturas de ebulição Substância Temperatura de ebulição (ºC) Hidrogênio - 253,0 Oxigênio -183,0 Nitrogênio -193,0 LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS Devido a sua natureza "fria",os gases criogênicos apresentam quatro características perigosas conforme segue: Riscos à saúde Os gases criogênicos, devido a baixa temperatura, poderão provocar severas queimaduras ao tecido, conhecidas por enregelamento, quando do contato com líquido ou mesmo com o vapor. LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS Efeitos sobre outros materiais Os gases criogênicos podem solidificar ou condensar outros gases. A temperatura de solidificação da água é de 0º C à pressão atmosférica. Isso quer dizer que a água presente na umidade atmosférica poderá congelar no caso de vazamento de uma substância criogênica, e se isso ocorrer próximo a, por exemplo, uma válvula (que pode ser a do próprio tanque com vazamento), esta apresentará dificuldade para a operação LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS Não se deve jamais jogar água diretamente sobre um sistema de alívio ou válvulas de um tanque criogênico. Também não se deve jogar água no interior de um tanque criogênico pois a água atuará como um objeto superaquecido (ela está entre 15 e 20º C) acarretando na formação de vapores e portanto aumento da pressão interna do tanque, podendo romper-se. LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS Intensificação dos perigos do estado gasoso O vazamento de oxigênio liquefeito acarretará no aumento da concentração deste produto no ambiente o que poderá causar a ignição espontânea de certos materiais orgânicos. Por tal razão, não devem ser utilizadas roupas de material sintético (náilon) e sim roupas de algodão. Um aumento de 3% na concentração de oxigênio provocará um aumento de 100% na taxa de combustão de um produto. LÍQUIDOS CRIOGÊNICOS Alta taxa de expansão na evaporação Os gases criogênicos expostos à temperatura ambiente tendem a se expandir gerando volumes gasosos muito superiores ao volume de líquido inicial. Para o nitrogênio, um litro de produto líquido gera 697 litros de gás. Para o oxigênio a proporção é de 863 vezes. Os recipientes contendo gases criogênicos jamais poderão ser aquecidos ou terem seu sistema de refrigeração danificados sob risco de ocorrer a superpressurização do tanque, sendo que os sistemas de alívio poderão não suportar a demanda de vapores acarretando na ruptura do tanque. O HIDROGÊNIO O hidrogênio é um gás extremamente inflamável no ar, com faixa de inflamabilidade entre entre 4% e 75% por volume de ar. A energia necessária para inflamá-lo é muito pequena (0,04 mJ) Em alguns casos, pode ocorrer auto-inflamação Sua despressurização rápida é perigosa, já que diferentemente dos outros gases, a sua expansão acima de -40°C ocorre com aquecimento, podendo inflamar-se. A chama de queima no ar muito quente e quase invisível. Emite pouco calor radiante e por isso sua presença não é percebida. OXIGÊNIO LÍQUIDO 17 - TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA PRODUTO INCOMPATÍVEIS Acetileno Fluor, cloro, bromo, cobre, prata e mercúrio Ácido Acético Ácido crômico, ácido nítrico, etilenoglicol, ácido perclórico, peróxidos, permanganatos Ácido cianídrico Ácido nítrico e alcalinos Ácido crômico Ácido acético, naftalina, cânfora, glicerina, terebentina, álcool, inflamáveis em geral Ácido fluorídrico anidro Amônia anidra ou solução Ácido nítrico concentrado Ácido acético, anilina, ácido crômico, ácido cianídrico, gas sulfídrico, inflamáveis Ácido Oxálico Prata e mercúrio Ácido perclórico Anidrido acético, bismuto e suas ligas, álcool, papel e madeira TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA PRODUTO Ácido sulfúrico Amônia anidra INCOMPATÍVEIS Clorato Potássio, perclorato de potássio, permanganato de potássio(ou compostos com metais leves similares, como sódio, lítio) Mercúrio, cloro, hipoclorito de cálcio, iodo, bromo, ácido fluorídrico. Anilina Ácido nítrico e peróxido de hidrogênio Carvão ativado Hipoclorito de cálcio e todos os oxidantes Bromo Vide cloro Clor.de potássio Sulfúrico e outros ácidos Cloratos Sais de amônia, ácidos, pós metálicos, enxofre, materiais combustíveis ou orgânicos finamente divididos. cloro Amônia, acetileno, butadieno, butano, metano, propano(ou outros gases de petróleo), hidrogênio, carbeto de sódio, terebentina, benzeno, metais finamente divididos. TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA PRODUTO INCOMPATÍVEIS Cobre Acetileno, peróxido de hidrogênio Dióxido de cloro Amônia, metano, fosfina, gás sulfídrico Fluor Isolado de todos os outros produtos Gás sulfídrico Ácido nitrico fumeg., gases oxidantes Hidrocarbonetos(b utano, propano, benzeno, gasolina, etc.) Flúor, cloro, bromo, ácido crômico, peróxido de sódio Hidroperóxido de cumeno Ácidos orgânicos e inorgânicos Iodo Acetileno, amônia(anidr/sol.) e hidrogênio Líquidos inflamáveis Nitrato de amônia, ácido crômico, peróxido de hidrogênio, ácido nítrico, peróxido de sódio e halogênios TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA PRODUTO Mercúrio INCOMPATÍVEIS Acetileno, ácido fulmínico, amônia Metais alcalinos Água, tetracloreto de carbono ou outros hidroc., como pó(Al,Mn,K) dióxido de carbono e halogênios. Ácidos, pós metálicos, líquidos inflamáveis, Nitrato de amônia cloratos, nitritos, enxofre, materiais combustíveis ou orgânicos finamente divididos Oxigênio Sólidos, gases ou líquidos inflamáveis, óleos, gorduras e hidrogênio. Perclorato de potássio Ácido sulfúrico e outros e todos os incompatíveis com os cloratos . Permanganato de Glicerina, etileno glicol, benzaldeído e ácido potássio sulfúrico. TABELA DE INCOMPATIBILIDADE QUÍMICA PRODUTO Peróxido de hidrogênio Peróxido de sódio INCOMPATÍVEIS Cobre, cromo, ferro, a maior parte dos metais e seus sais, álcoois, acetona, materiais orgânicos, anilina, nitrometano, líquidos inflamáveis e materiais combustíveis Álcool metílico ou etílico, ácido acético glacial, anidrido acético, benzaldeído, dissulfeto de carbono, glicerina, etileno glicol, acetato de etila, acetato de metila e furfural Prata Acetileno, ácido oxálico, ácido tartárico e compostos de amônia. Sódio Água, dióxido de carbono e tetracloreto de carbono Solução sulfocrômica Acetona, alcool, pano, serragem, inflamáveis Metanol brometos, hipoclorito de sódio, zinco dietílico, soluções de aquilaluminatos, trióxido de fósforo, ácido nítrico, peróxido de hidrogénio, clorofórmio, e perclorato de chumbo. NBR 14619 18 – REFERÊNCIAS / FONTES DE INFORMAÇÕES • GHS – Sistema Globalmente Harmonizado de Rotulagem de Produtos Químicos • CAS • MSDS – Material Safety Data Sheet • FISPQ – Ficha de informações sobre Produtos Químicos Manual de Emergências da ABIQUIM • HAZMAT – Hazardous Materials • Perry Handbook • http://www.antt.gov.br/legislacao/PPerigosos/Nacional/index.asp • Cheminfo • NFPA 30 Flammable and Combustible Liquids Code NORMAS ABNT EXEMPLOS: NBR 14.725 – FISPQ NBR 17.505 – Armazenamento de Líquidos Inflamáveis e Combustívies NBR 11.564 – Embalagens de Produtos Perigosos DIAMANTE DE HOMMEL Risco de Fogo (temperatura de inflamação) Risco de Vida 4 Mortal 3 Extremamente Perigoso 2 Perigoso 1 Pequeno Risco 0 Material Normal Risco Específico Oxidante Ácido Álcalis Corrosivo Não use água Radioativo OXY ACID ALK COR W 2 0 4 Abaixo de 22º C 3 Abaixo de 38º C 2 Abaixo de 94º C 1 Acima de 94º C 0 Não Inflamável 2 ACID Reação 4 Pode explodir 3 Choque e calor podem detonar 2 Reação química violenta 1 Instável com caloria 0 Estável C L A S S E S D E R I S C O NÚMERO DE RISCO/ONU ALGUNS ACIDENTES NO BRASIL GASOLINA e ÁLCOOL - acontecido no Município de Pojuca/BA - um trem descarrilou, tombando vários vagões com Gasolina e Álcool. A população residente nas imediações aproveitou para encher baldes e latas com combustíveis derramando, para venda a terceiros até que, de repente, uma faísca incendiou os combustíveis vazados e os vagões carregados, enfim, toda a composição ferroviária. Resultado: mais de cem mortos, especialmente, crianças. Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina ALGUNS ACIDENTES NO BRASIL VAZAMENTO EM DUTO aconteceu na Vila Socó, Município de Cubatão/SP - nesta área a Petrobrás enterrou uma rede de dutos para deslocamento de sua gasolina, diesel, etc. Sobre os dutos, a população de Vila Socó construiu uma favela. Certa noite, um dos dutos vazou e o combustível derramado pegou fogo, talvez em contato com algum fogão doméstico aceso... O grande incêndio que lavrou matou mais de 500 pessoas. Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina ALGUNS ACIDENTES NO BRASIL VAZAMENTO DE GLP - SHOPPING CENTER de OSASCO - Osasco/SP - a instalação fixa subterrânea destinada a conduzir o GLP ( gás de cozinha ) para diferentes pontos do prédio vazou e, de repente, o gás acumulado, numa parte inferior da construção, explodiu - certamente em contato com chama ou faísca - provocando destruição parcial do shopping e morte de mais de 40 pessoas, além de inúmeros feridos. Fonte: Defesa Civil de Santa Catarina 19 – ÁREAS CLASSIFICADAS PRINCÍPIOS BÁSICOS Área classificada: Local aberto ou fechado, onde existe a possibilidade de formação de uma atmosfera explosiva, podendo ser dividido em zonas de diferentes riscos, A identificação das áreas de risco das instalações industriais é uma tarefa geralmente executada por engenheiros de processos ou químicos, altamente especializados na área. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS A classificação das áreas de risco visa identificar as diversas áreas que possuem grau de risco semelhante, tornando possível utilizar equipamentos elétricos projetados especialmente para cada área. A classificação baseia-se no grau de periculosidade da substância combustível manipulada e na freqüência de formação da atmosfera potencialmente explosiva ASPECTOS IMPORTANTES PARA ESTUDOS DE CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS Pressão de vapor Desidade de vapor Ponto de fulgor Limites de inflamabilidade Temperatura de auto ignição FONTES DE RISCO: DEFINIÇÃO ponto ou local no qual um gás,vapor,névoa,líquido, poeira, fibra possam ser liberados para a atmosfera de modo que um atmosfera explosiva possa ser formada. De grau contínuo: liberação que é contínua ou é esperada para ocorrer frequentemente ou por longos períodos; De grau primário: liberação que pode ser esperada para ocorrer periodicamente ou ocasionalmente durante operação normal; De grau secundário: liberação não é esperada para ocorrer em operação normal e, se ocorrer, é somente de forma pouco frequente e por curtos períodos CLASSIFICAÇÃO EM ZONAS PARA POEIRAS ABNT-NBR-IEC 61241 PARA GASES E VAPORES ABNT-NBR-IEC 60079 EXEMPLOS Fontes de risco gases e vapores: Grau contínuo: interior de um tanque de armazenamento de inflamáveis do tipo atmosférico; Grau primário: o respiro do tanque, tomadas de amostra Grau secundário: flanges Estatísticas de freqüência de presença de mistura explosiva para classificação de zonas. (API RP 505) CLASSIFICAÇÃO EM GRUPOS International Electrotechnical Commission CLASSIFICAÇÃO POR TEMPERATURA DE SUPERFÍCIE GRAUS DE VENTILAÇÃO Ventilação alta (VA): pode reduzir a concentração no local da fonte de risco instantaneamente, resultando em uma concentração abaixo do LIE; Ventilação média (VM): pode controlar a concentração , resultando em uma situação estável de extensão da zona, enquanto estiver ocorrendo a liberação, e onde a atmosfera explosiva de não persiste desnecessariamente após ter cessado o vazamento; Ventilação baixa (VB): não pode controlar a concentração enquanto ocorre o vazamento e/ou não pode evitar a permanência indevida de uma atmosfera explosiva de gás, após ter cessado o vazamento. DISPONIBILIDADE DA VENTILAÇÃO - Boa: ventilação está presente de modo contínuo; - Satisfatória: espera-se que ventilação esteja presente sob condições normais de operação. Descontinuidades são admitidas desde que estas ocorram esporadicamente e por curtos períodos; - Pobre: ventilação que não atende ao padrão de ventilação satisfatória ou boa, mas não se espera que continuidades ocorram por longos períodos. NÍVEL DE PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS - EPL (Gases - Grupo II) EPL Ga TIPO DE PROTEÇÃO Intrinsecamente seguro Encapsulado À prova de explosão Pressurizado Gb Imerso em areia Imerso em óleo Segurança aumentada Intrinsecamente seguro Encapsulado Pressurizado Gc Tipo de proteção “n” Intrinsecamente seguro Encapsulado NÍVEL DE PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS - EPL EPL = equipament protection level Ma, Mb, Mc, Ga, Gb, Gc, Da, Db, Dc NÍVEL DE PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS - EPL EPL Ga, Da, Ma: Equipamento para atmosferas explosivas, possuindo nível de proteção MUITO ALTO, o qual não seja uma fonte de ignição em operação normal, falhas esperadas ou quando sujeitas a falhas raras; - - EPL Gb, Db, Mb: Equipamento para atmosferas explosivas, possuindo nível de proteção ALTO, o qual não seja uma fonte de ignição em operação normal ou quando sujeitas a falhas que podem ser esperadas, embora não necessariamente em bases regulares; EPL Gc, Dc: Equipamento para atmosferas explosivas, possuindo nível de proteção ELEVADO, o qual não seja uma fonte de ignição em operação normal e que possua alguma proteção adicional para assegurar que este permaneça inativo como uma fonte de ignição, no caso de ocorrências normais esperadas. A prova de explosão – Ex d Equipamento elétrico construído de tal modo que seja capaz de suportar uma pressão de explosão interna sem se romper e não permite que essa explosão se propague para o meio externo. De segurança aumentada – Ex e Técnica de proteção aplicável a equipamentos elétricos que em condição normal de operação não produzem centelhamento ou alta temperatura e em que são aplicadas medidas construtivas adicionais de modo a aumentar a segurança. Segurança intrínseca – Ex i Um circuito, dispositivo ou sistema é considerado como segurança intrínseca quando o mesmo não é capaz de liberar energia suficiente para inflamar uma atmosfera explosiva quer seja em condições normais ou anormais de operação. Categoria “ia” (ZONA 0): mantém-se como segurança intrínseca mesmo que ocorram duas falhas consecutivas; Categoria “ib” (ZONA 1): mantém-se como segurança intrínseca após uma falha; Categoria “ic” (ZONA 2): para uso em Zona 2. Pressurizado – Ex p Técnica de proteção em que o interior do invólucro é provido com um gás de proteção (ar ou gás inerte) de modo que a pressão esteja superior à pressão externa, impedindo a penetração de algum produto inflamável na forma de gás ou vapor. px - transforma Zona 1 em área não classificada; py - transforma Zona 1 em Zona 2; pz - transforma Zona 2 em área não classificada. Imerso em óleo – Ex o Equipamento elétrico construído de tal modo que as partes que podem liberar energia suficiente para inflamar uma atmosfera explosiva estão submersas num meio isolante de óleo. Imerso em areia – Ex q Equipamento elétrico construído de tal modo que as partes que podem liberar energia suficiente para inflamar uma atmosfera explosiva estão submersas num meio isolante de quartzo ou vidro. Imerso em resina – Ex m Equipamento elétrico construído de tal modo que as partes que podem liberar energia suficiente para inflamar uma atmosfera explosiva estão submersas num meio isolante de resina. O equipamento Ex m não é capaz de causar uma ignição em nenhuma das seguintes condições: • Categoria ma 1. Em condições normais de operação e instalação; 2. Em nenhuma das condições anormais especificadas; 3. Em condições de falha definidas. • Categoria mb 1. Em condições normais de operação e instalação; 2. Em condições de falha definidas. • Categoria mc 1.Em condições normais de operação 2.Tanto as condições anormais especificadas quanto as condições de falha definidas são considerações que estão explicadas no corpo da norma.