MUDANÇAS ESTRUTURAIS NO SETOR TERCIÁRIO
EM MINAS GERAIS
Darcilene Cláudio Gomes
Hipólita Siqueira de Oliveira*
Resumo
O interesse mais recente no estudo do setor terciário, também denominado de setor de
serviços, tem sido suscitado pela importância que este assumiu nas estruturas produtivas tanto
de países desenvolvidos como de países subdesenvolvidos. Vários são os fatores apontados
como determinantes deste crescimento, dentre eles, a estratégia de terceirização das empresas
num contexto de reestruturação produtiva. No Brasil dos anos 90, o terciário mereceu
destaque por sua contribuição para a atenuação do desemprego gerado pelas mudanças no
quadro macroeconômico. Porém, ao mesmo tempo em que houve expansão da ocupação em
alguns segmentos como serviços pessoais, educação, saúde, etc., também houve uma redução
significativa da ocupação em outros segmentos como intermediação financeira. Com base
nestas considerações, o objetivo deste artigo é avaliar a importância do setor terciário na
estrutura produtiva da economia mineira. A partir dos dados de valor adicionado das Contas
Regionais e de emprego da PNAD, ambos do IBGE, pretende-se verificar as mudanças mais
importantes na estrutura produtiva do Estado de Minas Gerais e identificar os segmentos mais
relevantes do ponto de vista da geração de renda e emprego no período dos anos 90.
Palavras-Chave: Estrutura Produtiva; Setor Terciário; Economia Mineira
Introdução
O crescimento do setor terciário num contexto de importantes transformações no
sistema de produção capitalista despertou o interesse de pesquisadores em todo o mundo, os
quais buscaram compreender a dinâmica deste setor e seu papel na estrutura econômica. São
diversas as tentativas em conceituar e definir a mais adequada metodologia para analisar o
setor, como aponta o trabalho de KON (1999). Entretanto, ainda se está longe de um consenso
sobre a melhor abordagem para estudar os serviços. E mais, se faz necessário um maior
número de estudos para que a compreensão sobre o setor avance.
No Brasil, em que pese a sua importância na estrutura produtiva e no emprego, há uma
certa carência de estudos sobre os determinantes da dinâmica do terciário nacional e regional.
As análises sobre a dinâmica regional brasileira, em sua maioria, se referem aos setores
agrícola e industrial e às suas inter-relações. O setor terciário, tendo em vista os problemas de
conceituação e classificação de suas atividades, é deixado de lado nas discussões mais gerais
dos processos de desenvolvimento regional brasileiro. O setor de serviços localizado no
*
Pesquisadoras do CESIT/Unicamp. Bolsistas do Projeto CESIT-UNICAMP/DIEESE/CNPq (2003). Mercado
de Trabalho e Modernização no Setor Terciário Brasileiro.
2
Estado de São Paulo, devido à sua representatividade nacional, é aquele que tem sido mais
estudado. Neste sentido, é interessante estudar o papel deste setor na estrutura produtiva e
suas implicações sobre o emprego em outras regiões do país. Este trabalho busca contribuir
para compreensão das atividades terciárias tomando Minas Gerais como foco de análise.
Optou-se pela realização de um estudo exploratório utilizando dados sobre a estrutura
produtiva mineira e sobre o emprego deste Estado.
O artigo foi dividido em três itens. No primeiro deles, analisou-se as principais
abordagens teóricas explicativas do crescimento dos serviços na estrutura econômica. O
segundo item trata do crescimento do setor no Brasil na década de 90. Por último, procurou-se
contribuir com a discussão sobre o novo papel dos serviços na economia mineira, realizando
um estudo sobre a participação das atividades terciárias sobre a estrutura produtiva e de
emprego.
1. O Crescimento dos Serviços na Estrutura Econômica: as principais
abordagens teóricas
Nas últimas décadas, o setor de serviços vem assumindo importância crescente na
estrutura produtiva tanto de países desenvolvidos como de países subdesenvolvidos. A
importância deste setor também pode ser observada nas transações comerciais internacionais e
no fato de que determinados serviços (financeiros, de informática e de telecomunicações) se
tornaram “propagadores” das transformações tecnológicas e organizacionais em nível
mundial.
No entanto, o significado do crescimento deste setor pode ser ambíguo. Por um lado,
sua expansão pode estar relacionada ao processo de modernização das economias, como
ressalta o enfoque convencional que associa o crescimento da participação dos serviços na
geração de emprego e renda ao crescimento da riqueza social. Por outro lado, seu crescimento
pode não se relacionar necessariamente com etapas mais avançadas do desenvolvimento.
Países com graus diferentes de desenvolvimento podem apresentar praticamente o mesmo
percentual de participação do setor no total do produto e do emprego. Conforme aponta
MELO et. al. (1998:2), a participação dos serviços no PIB do Brasil e da Argentina é
semelhante àquela verificada para o Japão e Alemanha, o que indica
“...que a taxa de
participação dos serviços na geração de renda e do emprego não é, por si só, um bom indicador do
3
grau de desenvolvimento alcançado por um país (...) um setor serviços quantitativamente relevante
não expressa, necessariamente, modernidade econômica.”1.
Alguns autores buscaram compreender o significado do crescimento dos serviços nos
países desenvolvidos e, em menor número, nas economias subdesenvolvidas. Segundo MELO
et al. (1998), existem duas correntes que procuram relacionar o crescimento do setor serviços
ao crescimento da renda per capita. CLARK2 e ROSTOW3 apontaram que a elevação da
produtividade geral e do nível de renda tenderia a deslocar o consumo de bens primários
(primeiro estágio) para os bens secundários (segundo estágio) e depois para os serviços. Os
serviços seriam “bens superiores” – com elasticidade-renda da demanda superior a 1 – e seu
consumo se generalizaria de acordo com a etapa de desenvolvimento de uma determinada
sociedade. A outra corrente procura compreender que o crescimento relativo dos serviços
seria decorrente de um crescimento desigual de produtividade entre os setores. A baixa
produtividade do setor terciário e o nivelamento dos salários gerais da economia de um país
tenderia a gerar aumento relativo dos custos dos serviços – é o conceito de “doença de
custos”4.
Outros estudos apontam que o crescimento do setor pode ser fruto de: a) um processo
de desverticalização das empresas e complexificação de suas estruturas produtivas; ou b) do
crescimento do setor de serviços públicos frente aos demais; ou c) à emergência de uma nova
fase da economia mundial, a “economia da informação” ou “economia de serviços”5
Nos países desenvolvidos, principalmente nos EUA, a discussão sobre o novo papel
deste setor é dominada pelas teorias de transição de uma economia industrial para uma
economia “informacional” onde os serviços “modernos” substituem o setor industrial como
motor do desenvolvimento econômico6. Nos países subdesenvolvidos, a discussão sobre o
setor terciário é norteada, por um lado, pelo fato de que a reestruturação produtiva também
implicou num processo de modernização deste setor e, por outro lado, pela constatação de que
1
As economias latino-americanas podem ilustrar tal ambigüidade pois apresentam um terciário marcado pela
presença de uma instância informal relativamente grande. PINTO (1984 apud ANDRADE, 1989:13), fala em
“terciarização espúria” pois na América Latina o emprego no terciário estaria quase determinado pelo
desemprego agrícola e/ou industrial.
2
CLARK,1940.
3
ROSTOW, 1969 apud MELO et. al, 1997.
4
BAUMOL, 1967 apud MELO et al., 1997:1.
5
KON, 2001 e 1996.
6
Ver CASTELLS (1999).
4
os serviços considerados como “tradicionais” ainda possuem peso significativo nas estruturas
econômicas.
Apesar do esforço teórico7 (e empírico) para a compreensão da dinâmica dos serviços,
este é considerado como o menos entendido da economia e também como o mais heterogêneo
e complexo dos setores da atividade econômica. Neste sentido, KON (1999) ressaltou o fato
de que, devido à heterogeneidade das atividades que compõem este setor e as transformações
destas decorrentes do avanço das telecomunicações e da informática, as características
convencionalmente definidas para o terciário devem ser revistas. As tipologias mais utilizadas
pelos sistemas estatísticos mundiais ainda são as de FISHER (1935) e CLARK (1940), as
quais dividem a economia em três setores: primário, secundário e terciário; e de FUCHS
(1968) o qual divide a economia em agricultura, indústria e serviços. Também foram
propostas novas classificações pelas abordagens de inspiração marxista nas quais os serviços
e as demais atividades econômicas devem ser vistos de acordo com suas funções na divisão
social do trabalho. Segundo estas abordagens,
“ .... as divisões tradicionais entre manufatura e serviços não fazem mais muito sentido, porque, em
certos setores manufatureiros de alta tecnologia, o trabalho de pesquisa e desenvolvimento de
produtos é fundamental da mesma forma que outros serviços como desenho de produtos, funções de
estilistas, marketing e a rede de distribuição. Na atualidade, cada vez mais estes serviços têm sido
transferidos para o setor terciário através da terceirização. Mas ainda podemos encontrar
freqüentemente muitos setores manufatureiros onde a fabricação de bens incorpora crescente
quantidade de atividades de serviços, como pesquisa e desenvolvimento, serviços financeiros e
legais, bancários , de publicidade e marketing, entre outros” (KON, 1999:100).
Entretanto, esta autora aponta que tem sido lento o avanço com relação à adequação
das classificações das atividades econômicas à nova realidade dada pelas transformações
tecnológicas e organizacionais. Alguns esforços foram feitos no sentido de incorporar estas
mudanças, porém, muitas delas não são aplicadas em razão das dificuldades de
disponibilidade de dados com nível de desagregação adequado.
2. O Crescimento dos Serviços na Década de 90 no Brasil: evidências
empíricas
A economia brasileira sofreu, na década de 90, um intenso processo de reorganização
de sua estrutura produtiva. Os anos 90 iniciaram apontando grave crise econômica no país,
expressão ainda da manifestação de esgotamento do “Estado Desenvolvimentista” nos anos
80, condenado pela crise financeira decorrente do endividamento externo e interno. Nesse
7
Cabe registrar importantes trabalhos realizados no país, entre eles: ALMEIDA E SILVA (1973), ALMEIDA
(1976), SINGER (1987) e OLIVEIRA (1976).
5
sentido, foram organizadas diversas ações governamentais ao longo da década com objetivo
de retomar o crescimento econômico sob novas bases. A política econômica, com algumas
variações, foi direcionada ao combate à inflação, os planos de estabilização preconizaram a
necessidade de combatê-la para que o crescimento da economia brasileira fosse retomado.
Outras ações também foram organizadas no período, entre elas: a desregulamentação e
abertura da economia; a retirada do Estado do campo produtivo (via privatizações); a
diminuição do "tamanho" do Estado (com o objetivo de redução do setor público); e o
contigenciamento do gasto público. 8
As medidas adotadas indicavam caminhos diversos daqueles experimentados pelo país
nas décadas anteriores, principalmente no que diz respeito ao papel do Estado dentro de um
contexto de retomada do crescimento. Se o Estado até então tinha ocupado lugar de destaque,
de protagonista, tal papel agora caberia ao mercado.
As conseqüências da nova orientação econômica do país foram observadas em todos
os setores da atividade econômica tanto em termos de produto gerado quanto de emprego
criado. No caso da agricultura9 (ou setor primário10), observou-se queda da participação
relativa na estrutura produtiva nacional (tabela 1), e também na participação do setor em
relação ao emprego total da economia. Observou-se ainda saldo negativo no número de postos
criados no setor, houve uma redução de 13,9% no emprego agrícola entre 1992 e 2001 (tabela
2). A indústria amargou perdas consideráveis provocadas pela abertura comercial do país no
início da década. Muitas empresas tiveram que fechar suas portas e as demais foram obrigadas
a passar por um processo de reestruturação tanto produtiva quanto organizacional. O emprego
industrial experimentou crescimento negativo até 1999, houve uma pequena recuperação e o
resultado do período 1992-2001 foi crescimento de 13,9%.
No que refere ao terciário, este setor possui uma participação relativa de cerca de 50%
na estrutura produtiva nacional. Em 1998, este setor chegou a representar 55% do total do
Valor Adicionado (VA) brasileiro e, em 2000, este percentual voltou para o mesmo patamar
de 1990 (52%). Em relação ao emprego, em 1992 o terciário era responsável por 53,9% do
total de postos de trabalho no país, em 2001 este percentual passa para 61,3%. Que por sua
vez corresponde a mais de onze milhões de novos postos de trabalho entre 1992 e 2001.
8
Sobre as modificações na política econômica nos anos 90 ver CARNEIRO (2000).
Seguindo classificação proposta por FUCHS (1968).
10
Seguindo classificação proposta por FISHER e CLARK.
9
6
Tabela 1 - Valor Adicionado Bruto, segundo setores econômicos, Brasil - 1990/2000
Setor
Agropecuária
Indústria
Terciário
1990
8,0
40,1
51,9
1991
7,3
38,2
54,5
1992
6,6
38,1
55,4
1993
6,6
37,0
56,4
1994
9,7
38,9
51,4
1995
8,5
37,2
54,3
1996
8,1
37,5
54,4
1997
7,7
37,8
54,5
1998
7,9
36,7
55,3
1999
7,9
38,0
54,1
2000
7,5
40,3
52,3
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Contas Nacionais, Contas Regionais do Brasil 1985-2000,
microdados.
Tabela 2 – Distribuição do Emprego por Setor de Atividade Econômica, Brasil – 1992 e 2001
Setor
1992
2001
Primário / Agricultura
Secundário / Indústria
Terciário / Serviços
25,0
21,1
53,9
18,3
20,4
61,3
Variação no n.º
de empregos
-13,9
13,9
34,05
Fonte: PNAD 1992 e 2001 (microdados).
Apesar do crescimento experimentado pelo setor, a expansão do emprego no terciário
não foi capaz de absorver totalmente os desempregados dos outros setores e os novos
ingressantes no mercado de trabalho. E mais, a expansão do emprego não foi generalizada
para o setor terciário, uma vez que, a redução do emprego também foi verificada dentro de
alguns de seus segmentos atingidos por um intenso processo de reestruturação econômica
como é o caso dos serviços financeiros, no qual houve uma expressiva introdução de novas
tecnologias e novos métodos de organização do trabalho, reduzindo significativamente o
número de postos de trabalho. A reorganização do aparelho estatal também é visível, os dados
da PNAD apontam queda nos empregos na administração pública estadual, em serviços
assistenciais (prestados em grande medida pelo setor público) e no serviço militar. Entretanto,
a redução do emprego em alguns subsetores dentro do terciário não chegou a influenciar no
seu resultado geral.
Nos anos 90, o terciário também se destacou por ser o setor de maior interesse na
vinda de investimentos estrangeiros para o Brasil. No que refere ao estoque de Investimento
Direto Externo (IDE), o setor industrial foi responsável por 55% e o setor de serviços por
43,4% do total de investimentos atraídos para o Brasil até 1995. Já em 2000, o setor serviços
aumentou seu percentual para 69,6% e a indústria reduziu para 28,7%11. Dentre os segmentos
do setor serviços que mais atraíram IDE, estão os serviços prEstados às empresas e aqueles
relacionados à privatização, como telecomunicações e intermediação financeira. Com isso,
11
Dados do Censo de Capitais Estrangeiros do Banco Central.
7
algumas atividades do terciário brasileiro alcançaram posição de destaque inclusive nas
discussões sobre negociações comerciais em nível internacional12.
Em que pese a sua importância na estrutura produtiva e no emprego brasileiro, há uma
certa carência de estudos sobre os determinantes da dinâmica do terciário nacional e regional.
As análises sobre a dinâmica regional brasileira, em sua maioria, se referem aos setores
agrícola e industrial e às suas inter-relações. Mesmo com os problemas enfrentados por estes
estudos, como a desagregação regional/setorial inadequada dos indicadores econômicos
oficiais (PIB, VA, VTI, etc.)13, os movimentos regionais são mais facilmente visualizados
nestes dois setores. Entretanto, CANO et. al. (1992) destacam algumas determinações mais
gerais que agem sobre o setor terciário, quais sejam:
1) Os impactos do desenvolvimento e modernização da agricultura comercial sobre os
serviços demandados por esta (comerciais, distributivos, financeiros e técnicos);
2) Os impactos da agroindustrialização e da quimificação e mecanização agrícola que, por
sua vez, demandam novos serviços;
3) Os
impactos
strictu
sensu
da
industrialização
que
exige
uma
maior
expansão/diversificação da oferta de serviços técnicos e econômicos complementares e de
serviços para atender às necessidades da população que, na sua essência, são
requerimentos da base produtiva industrial;
4) Os estímulos “autônomos” em relação aos setores agrícola e industrial derivados do
processo de urbanização; e
5) Os estímulos derivados da ação do Estado.
O setor terciário, tendo em vista os problemas de conceituação e classificação de suas
atividades, é deixado de lado nas discussões mais gerais dos processos de desenvolvimento
regional brasileiro. O setor de serviços localizado no Estado de São Paulo, devido à sua
representatividade nacional, é aquele que tem sido mais estudado. Neste sentido, é
interessante estudar o papel deste setor na estrutura produtiva e suas implicações sobre o
emprego em outras regiões do país.
12
13
Ver CANUTO et al (2003).
Ver OLIVEIRA (2003).
8
3. Os Serviços na Década de 90 em Minas Gerais
Neste trabalho, procurou-se contribuir com esta discussão a partir da análise do setor
terciário de Minas Gerais, realizando um estudo exploratório sobre a participação das
atividades do setor sobre a estrutura produtiva e de emprego. Este Estado foi responsável por
cerca de 9% do VA do terciário brasileiro nos anos 90 (Tabela 3). Tal percentual é maior do
que a participação relativa da Região Norte e igual a da Região Centro-Oeste. No entanto, o
Estado de São Paulo, devido ao seu papel de principal centro nacional financeiro e comercial,
concentra a maior parte das atividades do terciário. Sendo que, entre 1990-2000, a sua
participação relativa aumentou de 31% para 34%. Também merece destaque o Estado do Rio
de Janeiro que possui uma participação relativa de 13% no terciário nacional.
Tabela 3 – Brasil: Distribuição do Valor Adicionado Bruto do Setor Terciário, segundo
Macrorregiões e Unidades da Federação (1990-2000)
Setor
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
4,0
4,1
3,4
3,2
4,3
3,9
4,1
4,1
4,1
4,2
4,3
Rondônia
0,6
0,5
0,4
0,4
0,5
0,5
0,5
0,5
0,6
0,6
0,6
Acre
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
Amazonas
1,1
1,1
1,0
0,9
1,0
1,1
1,2
1,2
1,2
1,2
1,2
Roraima
0,2
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,1
0,2
Pará
1,5
1,6
1,3
1,2
2,0
1,4
1,5
1,5
1,5
1,5
1,6
Amapá
0,3
0,3
0,2
0,2
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
Tocantins
0,2
0,2
0,2
0,2
0,2
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
0,3
13,2
13,8
12,4
11,7
12,7
13,0
13,7
13,4
13,3
13,4
13,7
Maranhão
1,0
0,9
0,8
0,8
0,8
0,8
0,9
0,9
0,9
0,9
1,0
Piauí
0,6
0,5
0,4
0,4
0,5
0,6
0,6
0,6
0,6
0,6
0,6
Ceará
1,8
1,9
1,8
1,8
1,9
2,0
2,1
2,1
2,0
2,0
2,0
Rio Grande do Norte
0,7
0,8
0,7
0,7
0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
0,8
0,9
Paraíba
0,9
0,9
0,7
0,7
0,8
0,8
0,9
0,8
0,9
0,8
0,9
Pernambuco
2,9
3,1
2,6
2,5
2,7
2,9
3,0
2,8
2,9
2,9
3,1
Alagoas
0,7
0,8
0,7
0,6
0,7
0,7
0,8
0,8
0,8
0,7
0,8
Sergipe
0,5
0,6
0,5
0,5
0,5
0,5
0,6
0,6
0,6
0,5
0,6
Bahia
4,2
4,4
4,1
3,8
4,1
3,9
4,1
4,1
4,0
4,1
4,0
Região Sudeste
54,8
56,8
59,0
61,3
58,7
59,0
57,9
58,6
58,2
58,5
57,8
Minas Gerais
8,2
8,6
8,3
8,2
9,0
9,1
9,4
9,2
8,9
8,7
8,9
Espírito Santo
1,3
1,5
1,3
1,2
1,5
1,6
1,7
1,7
1,7
1,8
1,9
Rio de Janeiro
13,9
14,5
14,5
14,5
13,7
13,8
12,6
12,7
12,6
12,5
13,0
São Paulo
31,4
32,2
34,9
37,4
34,5
34,5
34,2
35,1
34,9
35,5
34,0
Região Sul
14,1
14,0
14,1
12,7
14,5
15,7
15,7
15,1
15,2
15,2
15,0
Paraná
4,9
4,8
5,0
4,5
5,2
5,5
5,5
5,4
5,5
5,5
5,2
Santa Catarina
2,7
2,6
2,5
2,2
2,4
2,7
2,8
2,7
2,7
2,7
2,8
Rio Grande do Sul
6,5
6,6
6,6
6,0
6,9
7,6
7,5
7,0
7,0
7,1
7,0
Região Centro-Oeste
13,8
11,4
11,2
11,1
9,8
8,4
8,6
8,8
9,1
8,7
9,3
Mato Grosso do Sul
1,0
1,0
0,8
0,8
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
1,0
Mato Grosso
1,0
1,1
1,1
1,2
1,2
1,1
1,1
1,1
1,2
1,3
1,2
Goiás
1,9
2,0
1,6
1,6
1,9
1,9
2,0
1,8
1,9
1,8
1,9
Distrito Federal
10,0
7,3
7,7
7,6
5,8
4,5
4,6
4,9
5,0
4,6
5,3
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
100,0
Região Norte
Região Nordeste
Brasil
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Contas Nacionais, Contas Regionais do Brasil 1985-2000, microdados.
9
As principais mudanças no terciário de Minas Gerais ocorreram no âmbito da estrutura
produtiva estadual. Entre 1990-1993, período marcado pela abertura comercial e início da
expansão das práticas de terceirização, a participação relativa do terciário no VA estadual
aumentou de 47,6% para 51,7%, enquanto que a agropecuária e a indústria diminuíram suas
participações. Entre 1995-1999, o terciário manteve sua participação relativa em torno de
50%, sendo que em 2000 este percentual caiu para 48%. A agropecuária e a indústria de
transformação foram os setores que tiveram uma maior redução de participação relativa na
estrutura produtiva estadual entre 1990-2000.
Os segmentos de maior participação no VA do terciário mineiro entre 1990-2000
foram Administração pública, defesa e seguridade social; Atividades imobiliárias, aluguel e
serviços prEstados às empresas; e Comércio e reparação de veículos, objetos pessoais e
domésticos (ver tabela 4). Entre as atividades do terciário, o segundo grupo de atividades foi o
que mais aumentou sua participação relativa (de 6,5% em 1990 para 10,8% em 2000), seguido
pelo setor de Administração Pública (de 12,8% para 15%). Segmentos como Comunicações,
Saúde e educação mercantis, Serviços domésticos e Outros serviços coletivos, sociais e
pessoais também ganharam alguns poucos pontos percentuais em suas participações. Por
outro lado, Comércio e reparação de veículos, objetos pessoais e domésticos e Intermediação
financeira tiveram queda significativa em suas participações.
Tabela 4 - Minas Gerais: Valor Adicionado Bruto, segundo setores da economia (1990-2000)
Setor
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000
Agropecuária
11,2 10,6 8,7 9,3 14,0 10,0 9,1 8,5 9,2 9,4 8,5
Indústria
41,2 39,0 40,1 39,0 39,4 39,0 40,2 41,7 40,3 41,4 43,3
Indústria extrativa mineral
1,3 2,3 2,1 2,9 2,3 1,7 1,5 1,5 1,4 1,5 1,9
Indústria de transformação
27,4 25,6 26,0 24,4 23,2 22,0 22,2 22,4 21,2 22,4 23,9
Eletricidade, gás e água
3,5 2,9 3,6 3,7 3,9 3,6 4,1 4,4 4,6 4,7 4,8
Construção
8,9 8,3 8,3 7,9 10,0 11,7 12,5 13,3 13,2 12,9 12,8
Terciário
47,6 50,4 51,2 51,7 46,7 51,0 50,7 49,8 50,5 49,2 48,2
Comércio e repar. de veíc., obj. pess. e domésticos 10,2 9,8 10,2 8,7 8,3 10,3 8,1 7,8 7,5 7,8 7,8
Alojamento e alimentação
2,5 2,7 2,7 2,3 3,0 3,6 3,2 3,0 2,9 1,8 1,7
Transportes e armazenagem
2,6 2,9 2,4 2,4 2,4 2,2 2,2 2,5 2,7 2,7 2,6
Comunicações
1,1 1,2 1,4 1,6 1,4 1,5 2,1 2,1 1,8 1,9 2,4
Intermediação financeira
8,5 6,5 12,9 17,9 10,5 3,9 3,3 3,7 3,5 3,7 3,3
Ativ. Imob., aluguel e serviços prest. às empresas
6,5 10,7 8,2 5,7 6,1 10,1 12,4 13,0 13,3 12,4 10,8
Adm. Pública, defesa e seguridade social
12,8 12,6 9,3 9,8 11,5 14,7 14,4 12,7 13,9 14,1 15,1
Saúde e educação mercantis
2,1 2,6 2,9 2,3 2,5 2,9 3,0 3,1 2,9 2,7 2,5
Outros serviços coletivos, sociais e pessoais
1,0 1,0 0,9 0,7 0,6 1,4 1,5 1,6 1,7 1,6 1,5
Serviços domésticos
0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,5
VAB Total
100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de Contas Nacionais, Contas Regionais do Brasil 1985-2000,
microdados.
10
Devido à complexidade e a heterogeneidade que envolve as atividades do terciário é
preciso ter um certo cuidado no que se refere à análise destes dados. De modo geral, estas
mudanças estão relacionadas tanto aos impactos gerais da política econômica dos anos 90 como à
dinâmica específica de alguns segmentos. A partir daí, pode-se inferir sobre alguns movimentos
como, por exemplo, no caso de intermediação financeira que além de sofrer impacto negativo
devido a estabilização inflacionária pós Plano Real, também passou por uma reestruturação
marcada pela introdução de inovações tecnológicas e organizacionais e pelas privatizações. Em
Minas Gerais mereceram destaque as privatizações dos bancos estaduais Bemge e Credireal. O
segmento de Comunicações também foi atingido pela privatização da Telemig e pela entrada de
novas operadoras da telefonia fixa e móvel celular. O comércio, por sua vez, passou um processo
de concentração tanto no segmento atacadista como varejista. Mereceram destaque a introdução
de novas tecnologias de telecomunicações e de informática pelos grandes atacadistas localizados
no Triângulo Mineiro, região considerada como maior centro atacadista do Brasil e da América
Latina. Entretanto, entende-se que o melhor entendimento das atividades que compõem o terciário
mineiro merece uma análise mais aprofundada com base na dinâmica específica e dos impactos
do processo de reestruturação produtiva em cada um destes segmentos.
Em relação ao emprego, o setor de serviços apresentou variação positiva no número de
empregos gerados (30,8%) e sua participação cresceu de 51,4% para 57,5% entre 1992 e 2001
(ver tabela 5). Embora o terciário tenha crescido em Minas Gerais, sua participação no total
do emprego estadual ainda é inferior do que a verificada para o Brasil, que é de 61,3%
conforme apontou a tabela 1. No caso da agricultura, o resultado de Minas Gerais repete o do
Brasil pois este Estado também apresentou redução significativa no emprego agrícola: 12,3%. Sua participação caiu de 27,8% para 20,9% no período 1992-2001, a queda foi maior
do que a verificada para o VA. O emprego industrial teve variação positiva em Minas, maior
do que a verificada no país como um todo, embora sua participação no total do emprego
mineiro tenha crescido pouco, passando de 20,8% para 21,6%, isto é, menos de 1%.
Tabela 5 – Distribuição do Emprego por Setor de Atividade Econômica, 1992 e 2001 –
Minas Gerais
Setor
1992
2001
Primário / Agricultura
Secundário / Indústria
Terciário / Serviços
27,8
20,8
51,4
20,9
21,6
57,5
Fonte: PNAD 1992 e 2001 (microdados).
Variação no n.º
de empregos
-12,3
21,7
30,8
11
Para melhor observar a estrutura do emprego no terciário mineiro recorreu-se à
classificação proposta por BROWNING e SINGELMAN (1978) e por ELFRING (1978 apud
MELO et. al., 1997), os quais propõem a divisão do setor em 4 segmentos: serviços
produtivos (ou prEstados às empresas), serviços distributivos, serviços pessoais e serviços
sociais. Os serviços produtivos são aquelas atividades intermediárias realizadas pelas
empresas durante o processo produtivo. Como exemplos, têm-se os serviços financeiros,
jurídicos, de informática, engenharia, auditoria, consultoria, propaganda e publicidade, seguro
e corretagem. Os serviços distributivos consistem nas atividades efetuadas pelas empresas
após o término do processo produtivo, são exemplos de serviços distributivos os transportes, o
comércio e a armazenagem. Os serviços pessoais têm por objetivo atender a demanda
individual, exemplos: serviços de hotelaria, bares e restaurantes, lazer, reparação, vigilância,
limpeza, higiene pessoal. Por último, os serviços sociais são as atividades voltadas para o
atendimento do conjunto da sociedade, sendo exemplos os serviços de saúde e educação, a
segurança pública, a administração pública14.
Tabela 6 – Distribuição do Emprego no Setor Serviços, Minas Gerais – 1992 e 2001
Setor de Atividade
1992
2001
Serviços Produtivos
Serviços de Distribuição
Serviços Pessoais
Serviços Sociais
7,3
29,0
38,7
24,9
7,5
29,5
37,9
25,0
Variação no n.º
de empregos
32,0
31,6
26,4
29,6
Fonte: PNAD 1992 e 2001 (microdados).
Observa-se que no período 1992-2001 foram muito pequenas as alterações na
distribuição dos empregos no setor serviços. Os serviços pessoais respondiam tanto em 1992
quanto em 2001 pelo maior número de postos de trabalho em Minas Gerais, com participação
de cerca de 38% em 2001. Este percentual é maior do que o verificado para o Brasil, que foi
de 34,5% em 2001 e também caiu no período 1992-2001 (passou de 35% para 34,5%). Em
seguida, os serviços distributivos eram responsáveis em 2001 por aproximadamente 30% dos
empregos em Minas Gerais, participação pouco inferior à brasileira (31,3%). Os serviços
sociais aparecem como responsáveis por 25% do total de empregos, em 2001, em Minas,
praticamente o mesmo percentual encontrado para o país (25,2%). Os serviços produtivos
contribuíam com 7,5% do emprego no terciário mineiro, cabe registrar que o segmento
alcançou o maior crescimento relativo no número de empregos dentro do terciário, os postos
de trabalho cresceram 32% no período 1992-2001.
12
A expansão dos serviços produtivos está relacionada a mudanças introduzidas na
produção de bens por meio da utilização de novas tecnologias produtivas e organizacionais, as
quais impulsionam “... uma nova divisão do trabalho inter e intra-setorial, marcada por uma
crescente integração das atividades.” (DEDECCA e MONTAGNER, 1992:5) O crescimento
dos serviços prestados às empresas parece indicar que próprias atividades terciárias passaram
por um processo de modernização, fato que produz alterações tanto na organização produtiva
como a organização do trabalho no setor.
Considerações Finais
A análise realizada mostrou que o setor serviços expandiu-se tanto no Brasil quanto
em Minas Gerais, embora este Estado apresente um terciário inferior ao verificado no país.
Entre as atividades terciárias mineiras destacam-se a Administração Pública, defesa e
seguridade social e as Atividades Imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas.
Juntas as duas atividades representam cerca de 26% do Valor Adicionado Bruto de Minas
Gerais. No caso do emprego, os serviços pessoais são responsáveis pelo maior percentual de
emprego em Minas, seguido pelos serviços de distribuição e serviços sociais.
Quando se compara a participação das atividades terciárias na estrutura do VA e no
emprego em Minas Gerais, observa-se que algumas atividades que são geradoras de emprego
não possuem participação semelhante no VA. Somando os serviços pessoais e sociais
alcança-se uma participação de 20% do VA e de 63% no emprego.
Entende-se que o melhor conhecimento sobre a participação dos diversos segmentos
do setor terciário na produção e no emprego é de grande importância tendo em vista a
necessidade de geração de emprego, dadas as atuais taxas de desemprego tanto de Minas
Gerais quanto do Brasil. Por outro lado, é importante considerar o papel assumido por
algumas atividades do terciário no processo de reestruturação produtiva das empresas em
geral.
A discussão sobre a incorporação do setor de serviços nas políticas de
desenvolvimento regional tem sido feita no âmbito da União Européia. Segundo PEZZINI
(2001), as políticas tradicionais de desenvolvimento regional baseadas na atração de
investimentos através de incentivos fiscais e financeiros têm se mostrado insuficientes no que
diz respeito à geração de emprego e renda. Sobretudo, no âmbito do novo arcabouço
14
Melo et al., 1997:4.
13
monetário europeu (convergência fiscal, redução de barreiras comerciais, homogeneização
regulatória, etc.) em que os problemas de geração/manutenção de empregos se tornam mais
complexos. Este autor ressalta a importância que o fornecimento de serviços assume como
instrumento para elaboração de novas políticas de desenvolvimento para a União Européia.
Dentre estes, serviços que não estão suficientemente disponíveis em nível local/regional, mas
que são necessários para o crescimento do emprego tanto em regiões em declínio/estagnadas
como em regiões de maior dinamismo. Por exemplo, serviços para valorizar as “amenidades”
do meio-ambiente e a cultura local em algumas áreas rurais e serviços de informação e
inovação em regiões cujo dinamismo está assentado na produção de pequenas e médias
empresas.
No Brasil, merecem destaque as propostas de políticas de desenvolvimento em
diversas regiões brasileiras baseadas em atividades como turismo e lazer, tanto em áreas
urbanas como rurais. Por outro lado, também são importantes as iniciativas baseadas em
atividades do terciário “moderno”, como por exemplo, os parques tecnológicos, centros de
negócios, etc. Entretanto, é preciso levar em consideração o fato de que os problemas da
economia brasileira e de Minas Gerais dificilmente se resolveriam com políticas localizadas
tendo como base algumas atividades terciárias.
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