III Encontro de Técnicos Formadores de Voleibol Programas de Desenvolvimento da Estrutura de Treinamento 18-20 de Dezembro, 2013 – Saquarema, RJ PREPARAÇÃO FÍSICA ADAPTADA À BASE PROF. ESP. LUCAS RIBEIRO RODRIGUES 2 TREINAMENTO DESPORTIVO Treinamento Desportivo, como fenômeno pedagógico, é processo especializado da Educação Física orientada, objetivando alcançar elevados resultados desportivos (MATVEIEV, Rússia). O Treinamento Desportivo constitui uma preparação sistemática do organismo, respeitando processos de adaptações psicobiológicas e que visam obter um alto rendimento (HEGEDUS, Uruguai). 3 IDADE PERFORMANCE 4 ASPECTOS TÉCNICOS • Coordenativa; • Gestual ASPECTOS BIOTIPOLÓGICOS Tipo constitucional: • Fenótipo • Genótipo ANÁLISE TÁTICA • Sensorial • Cognitiva DESEMPENHO CAPACIDADE FÍSICA: • Motora • Coordenativa • Mistas CAPACIDADE SÓCIO-AMBIENTAL: • Interação • Adaptação 5 TREINAMENTO DESPORTIVO Esporte-Educação Esporte-Lazer Esporte-Rendimento Esporte Educacional; Esporte Escolar. TUBINO, 2003. 6 ESPORTE DE RENDIMENTO Objetiva o alcance da melhor forma desportiva em um determinado desporto nas épocas certas das performances (período competitivo). Melhor Forma Desportiva Período Competitivo META PREPARAÇÃO FÍSICA 7 PREPARAÇÃO FÍSICA CONCEITO: Processo pedagógico (ensino-aprendizagem), que visa a busca de um alto nível de desenvolvimento de distintas qualidades físicas (BULATOVA e PLATONOV, 2003); Pode ser compreendida como o componente que abrange os meios utilizados para o desenvolvimento das qualidades físicas básicas e específicas do esporte visado (MOREIRA E TUBINO, 2003); Constitui parte do sistema de treinamento do atleta, cujo objetivo é a educação das qualidades físicas (GOMES e ZAKHAROV, 1992); 8 OBJETIVOS DA PREPARAÇÃO FÍSICA: Suportar o rigor do treinamento. Levando em consideração a natureza repetitiva e traumática dos fundamentos técnicos do voleibol; Manter o alto nível de rendimento em todo o decorrer de treinamentos e jogos; Obter melhor recuperação entre as sessões de treinamentos e entre um jogo e outro; Executar movimentos complexos, sem perda de qualidade; etc. 9 Para a prática da Preparação Física de um determinado desporto, é preciso o conhecimento: 1 Exigência Metabólica do Esporte; 2- Qualidades Físicas Básicas e Específicas do Esporte; 3- Condições Físicas Iniciais; 4- Formulação de Objetivos _ Calendário Competitivo; 5- Elaboração de Programas de Treinamento: _ Planejamento: _ Periodização; _ Períodos de Treinamento: _ Desenvolvimento; _ Manutenção; _ Controle; _ Transição. 10 CATEGORIA DE BASE DESENVOLV. FÍSICO FORÇA POTÊNCIA VELOCIDADE AGILIDADE _ CONDIÇÃO FÍSICA ÓTIMA; _ SUPORTAR RIGOR DO TREINAMENTO 11 CATEGORIA DE BASE DESENVOL. GLOBAL PROTEÇÃO _ COORDENAÇÃO MOTORA GERAL; _ COORDENAÇÃO MOTORA ESPECÍFICA _FORTALECIMENTO MUSCULAR; _ESTABILIZAÇÃO DAS ESTRUTURAS ARTICULARES *FLEXIBILIDADE FORMAÇÃO DO ATLETA 12 RESISTÊNCIA POTÊNCIA COORDENAÇÃO PREPARAÇÃO FISICA VELOCIDADE FORÇA FLEXIBILIDADE 13 REALIDADE ADOLESCENTES: _ EM FORMAÇÃO ESTRUTURA FÍSICA: _ ESTRUTURAS INADEQUADAS _ FALTA DE MATERIAIS DISPONIBILIZAÇÃO DE PROFISSIONAIS: _ O TÉCNICO FAZ PAPEL DE TUDO CONTROLE DO TREINAMENTO E EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO E ESTABILIZAÇÃO. 14 FORMA DE CONTROLE DO VOLUME DE TREINO: _ QUANTIFICAÇÃO DOS SALTOS REALIZADOS NO JOGO 15 QUANTIFICAÇÃO DE SALTOS VERTICAIS REALIZADOS PELA EQUIPE INFANTO-JUVENIL EM UM JOGO NO MUNDIAL 2013 JOGO: Brasil 3 x 2 Finlândia DURAÇÃO DA PARTIDA: 2h 08’ 08”. Duração 1° Set: 26’13”; Duração 4° Set: 31’54”; Duração 2° Set: 23’06”; Duração 5° Set: 14’23”. Duração 3° Set: 33’12”; Quantidade Total de Saltos SET N° SALTOS 1° 147 2° 130 3° 177 4° 175 5° 72 Quantidade Total de Saltos/Posição POSIÇÃO N° SALTOS Ponteiro 188 Oposto 104 Levantador 150 Central 256 Líbero 3 16 QUANTIDADE TOTAL DE SALTOS EM CADA SET/POSIÇÃO SET POSIÇÃO N° SALTOS Ponteiro 41 1° SET Oposto 23 Levant. 27 Central 55 Líbero 1 SET POSIÇÃO N° SALTOS Ponteiro 58 4° SET Oposto 22 Levant. 32 Central 62 Líbero 1 SET POSIÇÃO N° SALTOS Ponteiro 32 2° SET Oposto 20 Levant. 30 Central 48 Líbero 0 SET POSIÇÃO N° SALTOS Ponteiro 42 3° SET Oposto 27 Levant. 42 Central 65 Líbero 1 SET POSIÇÃO N° SALTOS Ponteiro 41 5° SET Oposto 23 Levant. 27 Central 55 Líbero 1 17 QUANTIDADE TOTAL DE SALTOS DE CADA POSIÇÃO/FUNDAMENTO N° SALTOS POSIÇÃO PONT. CENTRAL OPOSTO FUNDAM. Saque Levantam. Finta Ataque Bloqueio Defesa Saque Levantam. Finta Ataque Bloqueio Defesa Saque Levantam. Finta Ataque Bloqueio Defesa 1° 8 N° SALTOS 2° 3° 4° 5° 9 10 12 5 POSIÇÃO LEVANT. 17 16 12 22 23 7 11 10 23 3 7 6 8 7 3 12 5 31 9 25 12 9 7 3 7 0 26 29 36 14 7 4 8 8 10 14 12 7 6 6 6 4 7 4 LÍBERO FUNDAM. Saque Levantam. Finta Ataque Bloqueio Defesa Saque Levantam. Finta Ataque Bloqueio Defesa 1° 2° 3° 4° 5° 3 5 5 3 5 16 14 23 21 9 1 6 1 2 1 8 13 1 0 0 7 1 0 4 1 1 0 1 0 1 1 18 QUANTIDADE DE SALTOS EM CADA FUNDAMENTO NO SET/JOGADOR. *Quantificação dos saltos realizados por um jogador da posição PONTA e CENTRAL, que participaram de todo o jogo. POSIÇÃO FUNDAM. Saque Levantam. PONT. Finta JOG. 1 1° 4 2° 5 3° 4 4° 3 5° 2 TOTAL/ FUNDAM. TOTAL NO JOGO 18 103 Ataque 11 6 10 16 3 46 Bloqueio 9 6 4 18 2 39 5 2 5 4 1 17 5 3 6 5 14 1 2 5 3 0 30 14 14 17 13 18 10 72 Defesa Saque Levantam. CENTRAL Finta JOG. 1 Ataque Bloqueio Defesa T 133 19 FLEXIBILIDADE Conceito: É a capacidade e a característica de um atleta de executar movimentos de grande amplitude, ou sob forças externas, ou ainda que requeiram a movimentação de muitas articulações (WEINECK, 2003). A flexibilidade desenvolvida otimiza a aprendizagem de movimentos técnicos específicos e acelera o processo de aprendizado motor VOLEIBOL: _ Movimentos Complexos; _ Movimentos Explosivos; _ Grande Amplitude Articular. 20 Flexibilidade X Trabalho preventivo De acordo com Jardim (2005), déficits de flexibilidade estão associados às lesões tendinosas de sobreuso. Ou seja, sujeitos com “jumper`s knee” apresentam encurtamentos excessivos da musculatura reto femural e dos isquiotibiais (KUJALA et al., 1995 citados por KRIVICKAS, 1997). 21 Por que não usar o período do alongamento para aprendizagem /conscientização de movimentos e fortalecimento muscular? _ COORDENAÇÃO E CONTROLE DO CORPO; _ AJUSTE AO PADRÃO DE MOVIMENTO; _ AMPLITUDE DE MOVIMENTO. CORPO MAIS “INTELIGENTE”. 22 AQUECIMENTO Nada mais é, que a realização de atividades prévias, preparando o corpo como um todo, para a realização da atividade principal. Por que não podemos utilizar, nesse momento, exercícios que possam ser considerados como PREVENTIVOS e, também, exercícios que treinem/desenvolvam qualidades físicas como VELOCIDADE, AGILIDADE? 23 Coordenação Motora – “Capacidades Coordenativas” (Weineck, 2003) Conceito: Capacidades Coordenativas (“habilidade”), são capacidades determinadas sobretudo pelo processo de controle dos movimentos e devem ser regulamentados. (+) COORDENAÇÃO MOTORA (-) (+) (-) (+) TÉCNICA ESPECÍFICA DOS DESPORTOS (-) 24 FADIGA X COORDENAÇÃO MOTORA Conceito de Fadiga: A fadiga pode ser definida como o conjunto de manifestações produzidas por trabalho ou exercício prolongado, tendo como consequência a diminuição da capacidade funcional de manter ou continuar o rendimento esperado (FERREIRA e MORO, 2011). A fadiga é também definida como uma falha para manter uma força requerida ou esperada. 25 O movimento repetitivo pode resultar em fadiga, pois indica uma diminuição da capacidade de rendimento como reação aos ônus do esforço, ou seja, ante a presença da fadiga se produz uma deterioração do rendimento em uma determinada atividade. Nas atividades de vida diária, no trabalho e no esporte a fadiga muscular apresenta-se muitas das vezes como limitante do desempenho humano e causadora de lesões em diversos níveis do sistema musculoesquelético. 26 MOVIMENTO REPETITIVO PROLONGADO FADIGA RENDIMENTO E APRENDIZAGEM CAUSAR LESÕES _ Tempo de duração da ação ; _ Quantidade de ações; _ Tempo de duração do treino. COORDENAÇÃO MOTORA 27 Trabalho da Qualidade Física Coordenação Motora, combinado com trabalho técnico TRABALHO FÍSICO-TÉCNICO 28 Exercícios de Toque e Manchete. Trajetória da(o) Atleta; 1 2 3 4 5 Trajetória da Bola. 1- 1º p/ o centro da quadra e o 2º p/ o companheiro; 2- 1º de costas (do centro da quadra p/ a lateral) e o 2º de frente p/ o companheiro que está no centro da quadra; 3- 1º de frente p/ o centro da quadra, 2º de costas p/ a lateral da quadra e o 3º de frente p/ o companheiro; 4- 1º p/ a lateral (alternando direita e esquerda) e o 2º p/ o companheiro; 29 5- 1º p/ o centro da quadra, 2º p/ o companheiro e desloca; Este poderá ser utilizado com atletas dispostos 4 a 4, 3 a 3, 2 a 2. Quanto menos jogadores mais intenso será o exercício. 6 7 6- Dois atletas, sendo um na linha de fundo e outro na linha de 3m: o atleta toca p/ o companheiro onde este realizará três toques p/ que o companheiro que iniciou com a bola desloque até a linha de 3m (frontal) e retorne à linha de fundo (de costas), p/ receber a bola; 30 Exercícios de Ataque-Defesa. Aqui, os ataques devem ser diversificados em relação ao corpo do jogador, a fim de aumentarem a movimentação dos jogadores e torná-los mais capazes na defesa, ou seja: _ Ataque alto, acima da região peitoral; _ Ataque no corpo, entre o peitoral e os joelhos; _ Ataque na frente do jogador, cerca de 2m; _ Ataque afastado do jogador, com “largada”. 31 1- Ataque-defesa, com ataque alto; 2- Ataque-defesa, com ataque alto sendo direcionado p/ a esquerda e p/ a direita do defensor; 3- Ataque-defesa normal; 4- Ataque-defesa, com ataque direcionado p/ a esquerda e p/ a direita do defensor; 5- Ataque-defesa, com ataque na frente do defensor, p/ a defesa por meio de manchete seguida de queda; 6- Ataque-defesa, com ataque à frente do defensor direcionado p/ direita e p/ a esquerda; 7- Ataque-defesa, com ataque feito por meio de uma largada à direita, à esquerda ou na frente do defensor. Sendo a defesa feita com mergulho ou rolamento. 8- É a junção de todos exercícios de ataque. Aqui o atacante Escolhe o ataque a realizar e o defensor, deverá movimentar-se Para defender a bola 32 EXEMPLOS DE TRABALHOS COMBINADOS 33 1- Toque/Manchete + Coordenação 1.1- Recuperação Ativa 2- Variação de Toque/Manchete + Coord. e Recuperação Ativa 2 3- Variação de Toque/Manchete + Coordenação 3.1 Recuperação Ativa 3 34 4- Ataque/Defesa + Cambalhota Frontal 5- Ataque/Defesa + Cambalhota de Costas 6- Salto Lateral + Salto Vertical 7- Tipos de Saltos e Amortecimento do Salto 35 Exercícios de Fortalecimento na Musculação. PROPRIOCEPÇÃO, ESTABILIZAÇÕES E FORTALECIMENTO 36 37 38 39 ÊNFASE NA FASE EXCÊNTRICA ÊNFASE NA FASE CONCÊNTRICA 40 OBRIGADO! [email protected] 41