Os Fatores Capazes de Levar uma Empresa à Internacionalização: Caso Gerdau Autores: Eulália Nunes ([email protected]) e Érico de Sousa Cardoso ([email protected]) RESUMO: Informações compartilhadas, transporte rápido, tecnologia ao alcance das mãos interligam economias ao redor do mundo num fenômeno chamado globalização. Neste contexto, as empresas têm a oportunidade de expandir seus mercados para além de suas fronteiras nacionais e promover a concorrência global. Entretanto, nem todas optam pela internacionalização, pois tal decisão depende de fatores que atraem e/ou inibem sua participação internacional. Para exemplificação, foi estudada a empresa brasileira de mais alto grau de internacionalização: O Grupo Gerdau. A empresa, com mais de 100 anos, do ramo de siderurgia, metalurgia e aços especiais possui fortes concorrentes locais e globais e atua, além do Brasil, no Uruguai, no Canadá, no Chile, na Argentina e nos Estados Unidos. Tornar-se internacional trouxe-lhe muitos desafios e vantagens em termos financeiros e competitivos. Estimativas de especialistas afirmam o crescimento do setor, o que é um grande benefício para a Gerdau que pretende fortalecer-se nos Estados Unidos e continuar expandindo seus domínios. 1. INTRODUÇÃO A sociedade do século XXI usa diversos produtos importados. São infinidades de produtos eletrônicos made in China, Taiwan, Malaysia, lanchonetes de refeições rápidas americanas, carros e produtos de alta tecnologia japoneses, roupas italianas, entre outras mercadorias que estão arraigados no estilo de vida de praticamente todo o Mundo. Toda essa interação mundial depende de certas estratégias empresariais que determinarão, entre outras coisas, quais os mercados serão agraciados com seus produtos e serviços. A relevância deste estudo está no princípio de que a “competitividade de um país está fortemente relacionada à competitividade de suas empresas” (Schwab et al apud Armando, 2003, p.3). Esta afirmação corrobora com a boa situação da balança comercial brasileira em 2004, que resultou em queda do risco-Brasil e melhores projeções de crescimento econômico. Schewe (1982) classifica como formas principais de internacionalização, a exportação, o licenciamento, os empreendimentos conjuntos e a fabricação no exterior, no entanto, o trabalho enfatiza apenas a última alternativa que representa, segundo Kotler (1995), o maior nível de envolvimento no mercado estrangeiro, destacando a importância destas outras estratégias de penetração no mercado. Destarte, faz-se mister estudar os fatores que auxiliam a empresa na decisão estratégica de lançar-se no mercado internacional e investir em uma nova oportunidade de consumo. O artigo se subdivide em duas partes fundamentais. A primeira delas busca registrar através de revisão bibliográfica sobre as motivações dos gestores em busca de inserção de suas organizações no ambiente global, promovendo a evolução do pensamento globalizado e um estudo sobre a decisão de lançar-se no mercado internacional, relatando alguma das vantagens e desvantagens, assim como as facilidades e dificuldades agregadas em conseqüência desta decisão. Para melhor visualização da questão a ser tratada, demonstramos a seguir, um estudo de caso da GERDAU, empresa brasileira de metalurgia e siderurgia considerada a de mais alto grau 2 de internacionalização em 2004. a. Sua história, o setor no qual está inserida e os mercados nos quais atua serão fonte de informação que ajudarão a construir uma visão prática dos conceitos apresentados anteriormente. 2. REFERENCIAL TEÓRICO 2.1. HISTÓRICO DA INTERNACIONALIZAÇÃO A internacionalização virou tema recorrente de diversos projetos de planejamento das empresas, porém, antes de se fazer qualquer conjectura a respeito do tema, há de se esclarecer à definição utilizada neste trabalho. Segundo Moreira (1996, p.192), internacionalização é a “busca de novos mercados em outros países”. Gray (1999) recorda que práticas como expansão geográfica para além das fronteiras e exportações já eram exercidas, principalmente pela Inglaterra, desde a Primeira Revolução Industrial, e que o mercado global único era um projeto do Iluminismo, porém esclarece que a globalização econômica e sua dinâmica atual são muito maiores do que qualquer outra que tenha existido antes em toda a História mundial. Keegan (1999) continua a evolução do pensamento global apontando várias mudanças significativas na economia mundial desde a Segunda Guerra Mundial, em destaque o surgimento dos mercados globais em detrimento à concorrência local, o que se deu conforme Schewe (1982, p.492) explicita, “[porque] quando os Estados Unidos se abriram em leque através da Europa e do Extremo Oriente, levaram consigo produtos feitos naquele país”. Ou seja, com a entrada ativa dos Estados Unidos – país fruto do Iluminismo – na realidade econômica mundial, criou-se uma demanda para produtos antes desconhecidos de muitos povos. Barreiras tarifárias exorbitantes e regulamentos restritivos foram reduzidos, visando encorajar o comércio entre os países e preservar a paz por meio da estabilidade econômica conseguida através da troca relativamente livre de produtos para além das fronteiras nacionais. Em 1947 foi negociado o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT), com o fim de incrementar o comércio internacional. Este conseguiu limitar as dimensões tarifárias e proibir a discriminação entre países. Pode-se perceber que a internacionalização teve um potencializador fundamental nos últimos anos: a globalização que Giddens (1990, p.64) resume como sendo “a intensificação das relações sociais universais que ligam realidades distantes, de tal modo que os acontecimentos locais são moldados por eventos que estão ocorrendo a muitos quilômetros de distância e vice-versa”. Já Gray (1999, p.77) apresenta-a como “um movimento através das fronteiras” que permite a difusão de todo tipo de tecnologia em todos os locais e mercados e, portanto, interliga as economias ao redor do mundo, mas ele enfatiza que a globalização não levará a homogeneidade e que acentua o desenvolvimento desigual entre os países. Keegan (1999, p.32) aponta o que chama de “novas realidades da economia mundial”, ocorridas na última década: Os movimentos de capital que superam o volume do comércio impulsionam a economia mundial. A produção que não se encontra “acoplada” ao emprego. Enquanto o nível de emprego, de modo geral, tenha caído ou permanecido estável, a produtividade só cresce. 3 A economia mundial que domina o cenário fazendo com que a prioridade para Governos e empresários seja traçar políticas para manter sua posição competitiva. O fim da Guerra Fria que representou a queda do comunismo e a ascensão das economias de mercado (capitalismo). 2.2. A DECISÃO DE INTERNACIONALIZAR O setor siderúrgico, aqui pesquisado, é um dos mais competitivos e que mais sofre os efeitos do protecionismo externo, principalmente nos Estados Unidos, conforme o relatório da FUNCEX (1999). Além disso, estima-se um crescimento considerável para o setor, especialmente nos países em desenvolvimento. As vendas externas são capazes de abrir vários postos de trabalho, tanto por motivos de aumento na produção como pela instalação de novas fábricas, por vezes no exterior. Segundo Prates e Oliveira (2004) os negócios no exterior aumentaram e muito a demanda por profissionais especializados em comércio exterior. Os requisitos para estes profissionais, no entanto, vão de conhecimentos gerais, de legislação tributária, economia e administração. Este fato representa grande oportunidade para os administradores que se interessam por esta área e podem optar com especialização em comércio exterior. Academicamente, este assunto chama a atenção de profissionais de diversas áreas, incluindose a administrativa, a marketing, a de produção, a de finanças, a de logística e muitas outras que devem trabalhar perfeitamente integradas de modo a gerar valor para a empresa e para os clientes, como sugere Keegan (1999). Embora o cenário mundial já contribua para uma administração global, são necessárias estratégias consistentes, pois se por um lado a oportunidade é global, por outro a concorrência também será. Não aproveitar esta oportunidade também é um fator perigoso, pois de acordo com Kotler (1995) quanto mais as empresas demoram a se internacionalizar, mais se arriscam a ficarem isoladas dos mercados fortes. Ele continua, esclarecendo que nem todas as empresas necessitam aventurar-se no mercado externo para sobreviver, apenas as que operam em setores globais onde suas posições estratégicas são fortemente afetadas por seu nível de inserção no mercado. Trata-se de uma decisão estratégica, ou seja, aquela que exerce grande efeito na sobrevivência à longo prazo da organização e que é capaz de pôr tudo ou parte significante desta, em risco (Pidd, 1998). O autor segue, afirmando que são características desta tomada de decisão a ambigüidade sobre os objetivos, a incerteza sobre os resultados e o dinamismo. Mas, seja usando modelos com visão intuitiva, racional, ou combinadas, as empresas interagem com diversas forças fornecidas pelo ambiente, que fazem tender sua atuação retirando-a ou não do equilíbrio estático na qual se encontra e pondo-a em movimento rumo ao exterior. Keegan (1999) concorda com a idéia de que as empresas que se dispõem a se internacionalizar devem avaliar estas forças, estar cientes dos problemas que enfrentarão e comparar com as vantagens agregadas para descobrir se é o momento oportuno e qual a melhor estratégia para conseguir seus objetivos. Posto isto, verifica-se que Kotler (1995) indica como maiores obstáculos a serem enfrentados: a situação econômica instável de alguns países, os controles legais à comercialização 4 estrangeira, as barreiras tarifárias e a corrupção que atinge a livre concorrência. Entretanto, percebe como fatores atraentes às empresas o contra-ataque a uma concorrente externa; o mercado externo gerador de mais oportunidades que o interno; mercado interno saturado ou necessidades de consumidores estrangeiros para economia de escala; redução da dependência de um único mercado diminuindo riscos; clientes expandindo-se para o exterior exigindo, então, serviços internacionais; exportador doméstico, importador ou governo estrangeiro demandando produtos ou serviços exclusivo da empresa; ou excesso de capacidade ociosa. Já Rocha (apud Barbosa e Siqueira, 2003), concentra-se nos fatores que empurram ou puxam as empresas brasileiras para o exterior. Entre os que empurram estão: os pedidos inesperados do exterior, a existência de capacidade ociosa, o mercado saturado/competitivo. Entre os que puxam-na estão um produto singular/exclusivo, vantagem competitiva da empresa, oportunidades, melhor uso dos recursos, maior lucro, desejo da gerência. Há ainda incentivos governamentais, fatores intermediários que impulsionam, atraem ou desmotivam as empresas dependendo do ponto de vista. De acordo com Keegan (1999, p.14), há forças propulsoras e restritivas que afetam a integração global entre os mercados como segue: Propulsoras: acordos econômicos regionais, necessidades e desejos do mercado, tecnologia, melhorias de comunicação e transportes, altos custos de desenvolvimento de certos produtos que só são recuperados no mercado global, tendências econômicas mundiais, possibilidade de maior investimento em qualidade e alavancagem (vantagem por fazer negócios em mais de um país: transferência de experiência, economia de escala, uso de recursos e estratégia global). Restritivas: miopia administrativa e cultura organizacional e controles nacionais (barreiras de entrada) Analisemos então, as forças propulsoras e restritivas citadas por Keegan (1999) e ainda os incentivos governamentais como indica Rocha (*apud Barbosa e Siqueira, 2003). Primeiramente, então as forças restritivas, ou seja, aquelas que inibem ou limitam a internacionalização: Miopia Administrativa e Cultura Organizacional: A empresa de visão “estreita” e etnocêntrica (considera seu país superior) tende a não se expandir geograficamente, e quando o faz, logo percebe a necessidade de um pensamento mais global. Ao mesmo tempo, a empresa que deseja expandir-se, deve ter nas equipes uma perfeita integração com livre fluxo de informações e sugestões. Pode-se incluir neste tópico restritivo, a falta de conhecimento sobre os mercados potenciais. Controles Nacionais: Como Keegan (1999, p.20) coloca, “todo país protege as empresas e interesses locais, mantendo sob controle o acesso ao mercado e à entrada de indústrias de baixa e alta tecnologia”. Essas barreiras comerciais podem ser qualquer lei, regulamento, política, medida, ou prática governamental que restrinja ou distorça o comércio internacional. Conforme relatório da FUNCEX (1999) as barreiras mais comuns relativas ao comércio de bens são as barreiras tarifárias (tarifas de importação e outras taxas aduaneiras), as barreiras não-tarifárias (restrições quantitativas, licenciamento de importações, procedimentos alfandegários, medidas antidumping e compensatórias) e as barreiras técnicas (normas e 5 regulamentos técnicos, sanitários, fitossanitários e de saúde animal sem transparência, ou excessivamente rigorosos ou morosos e dispendiosos). Hoje, muitas barreiras tarifárias foram removidas graças aos acordos econômicos regionais, no entanto, as barreiras não-tarifárias ainda dificultam o acesso das empresas a esses mercados. As chamadas forças propulsoras incentivam a participação internacional das empresas por apresentar algum tipo de vantagem competitiva. Porter (1992) diz que a vantagem competitiva surge quando o valor que uma empresa consegue criar para seus compradores ultrapassa seu custo de fabricação. São essencialmente de dois tipos, vantagem pela liderança em custo e/ou pela diferenciação. Segue a análise dessas forças propulsoras: Acordos Econômicos Regionais: Os acordos de cooperação econômica e comércio preferencial entre países dão maior liberdade e justiça ao comércio mundial de mercadorias e serviços. São exemplos, OMC, GATT, áreas de livre comércio, uniões alfandegárias, mercados comuns e uniões econômicas. Mais especificamente no caso brasileiro o Mercosul (Mercado Comum do Sul) no qual o Brasil participa desde 1991, juntamente com Argentina, Paraguai e Uruguai, e hoje ainda é uma União Aduaneira buscando evoluir à condição de Mercado Comum com implantação completa prevista para 01/01/2006 e a ALCA (Área Livre de Comércio das Américas) que segundo Hufbauer (outubro, 2004) está sendo discutida há pelo menos uma década, deveria ser implementada em 2005, mas provavelmente se estenderá até 2007, que prega uma área de livre comércio do Alasca à Patagônia com exceção de Cuba. Necessidades e Desejos do Mercado: Em mercados mundiais encontram-se padrões universais e diferenças culturais, todavia, as necessidades e desejos dos consumidores no mundo todo nunca foram tão convergentes, o que cria oportunidades para a empresa global. Gray (1999) conta que as culturas populares de quase todas as sociedades são inundadas por imagens, que são veiculadas principalmente nos filmes de Hollywood. Este estilo de vida cria demandas que até antes não existiam e cabe às empresas mais oportunistas e mais estrategicamente preparadas satisfazê-las. Tecnologia e Melhoria de Comunicação e Transportes: Schewe (1982, p.492) já apontava a tecnologia não somente associada à produção, mas à comunicação e ao transporte, como muito importante para o crescimento do comércio internacional. “Os computadores, satélites e sistemas intricados de processamento de dados tornam instantâneas as negociações no exterior”. Gray (1999) vê a tecnologia como origem e significado da globalização, Porter (1992) também indica a transformação tecnológica como um dos principais condutores da concorrência por ser capaz de revezar lideranças de mercado entre as empresas acabando com vantagens competitivas ora estabelecidas. Além da dinâmica do mercado proporcionada por uma redução de custos e aumento da produtividade, a tecnologia permite uma diferenciação em produtos ou serviços quando, por exemplo, atende ao consumidor que migrou, mesmo que temporariamente, para além das fronteiras nacionais como percebe Kotler (1995). Tendências Econômicas Mundiais: Keegan (1999) cita três motivos principais para que o crescimento econômico seja força propulsora da expansão da economia internacional, primeiramente as oportunidades no mercado externo aliadas ao lento crescimento no mercado doméstico. Segundo o economista Antônio Corrêa de Lacerda, da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica em entrevista a Edward e Rydlewski (out. 2004, p.14) “A internacionalização tornou-se um importante caminho para as empresas brasileiras por ser uma alternativa à instabilidade econômica e aos momentos de 6 estagnação interna”. Em segundo lugar, o crescimento econômico reduziu a resistência à entrada de empresas estrangeiras nas economias nacionais e por fim, o movimento mundial de desregulamentação e privatização. Qualidade: Keegan (1999) explica que quando a empresa opera globalmente, tende a ter uma maior receita e margens operacionais mais altas. Isto gera possibilidade de maior investimento em qualidade e pesquisa e desenvolvimento, tanto por atender a uma parcela maior e mais exigente de consumidores quanto pela luta contra a concorrência local e global. Entretanto, cabe ressaltar que um produto deve ter o mínimo de qualidade para entrar no mercado, porém deve primar pela qualidade para se manter no mesmo. Alavancagem: Keegan (1999, p.18-19) entende alavancagem como sendo uma vantagem por fazer negócios em mais de um país. Isto, por causa de quatro fatores como segue: Transferência de Experiência: uma empresa global pode alavancar sua experiência em qualquer mercado valendo-se de seu know-how em práticas de gerência estratégica, de marketing e de todas as outras áreas com características comparáveis a mercados já testados. Economia de Escala: a empresa global vale-se do volume global de produção para obter vantagem de escala na fabricação, na eliminação de cargos repetidos, downsizing de atividades funcionais, melhor competência e qualidade. Utilização de Recursos: ela pode procurar no mundo todo, pessoas, recursos monetários e matérias-prima que permitam competir eficazmente no mercado internacional. Estratégia Global: a empresa global constrói sua estratégia baseada em um sistema de informações capaz de vasculhar o ambiente mundial de negócios para identificar oportunidades, tendências, riscos e recursos. Identificadas as oportunidades, a empresa adere aos três princípios anteriores: alavanca suas habilidades, concentra recursos na criação de valor superior para os consumidores, atingindo assim a vantagem competitiva. Incentivos Governamentais: Segundo Kotler (1995) todos os governos estimulam a exportação e em muitos países os governos subsidiam suas empresas ou até mesmo fornecem dinheiro diretamente para as empresas poderem cobrar preços mais baixos do que concorrentes estrangeiros. O Governo Brasileiro também se preocupa com o comércio para além de suas fronteiras (conforme noticia seu site oficial) e através do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior em parceria com o setor privado, espera cada vez mais fortalecê-lo e expandi-lo. Para isso, principalmente o pequeno exportador, conta com financiamentos especiais no Banco do Brasil, BNDES, CAIXA e outros bancos estatais; com a APEX – Agência de Promoção de Exportações do Brasil, além de secretarias, câmaras de comércio e outros canais de promoção da participação brasileira no comércio internacional, conforme informação no site do próprio Ministério. Todo este esforço vem gerando resultados positivos, tanto que atualmente comemora um superávit da Balança Comercial, em torno de 32 bilhões de dólares. Especialmente entre 2001 e 2004, quando notou-se significativas melhoras na participação internacional das empresas brasileiras como revela à Edward e Rydlewski (2004, p.13) o atual ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sr. Luiz Fernando Furlan: “Estamos iniciando um ciclo virtuoso, em que o Brasil deixa finalmente de ser coadjuvante no comércio internacional”. Uma das empresas que têm participação neste ciclo virtuoso citado pelo ministro é a Gerdau. 7 3. ESTUDO DE CASO 3.1. CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA Segundo o site da empresa, o Grupo Gerdau ocupa a posição de maior produtor de aços longos no continente americano, com metade do faturamento proveniente de unidades instaladas no exterior. Possui usinas siderúrgicas distribuídas no Brasil, Uruguai, Canadá, Chile, Argentina e Estados Unidos e hoje, alcança uma capacidade instalada total de 14,7 milhões de toneladas de aço por ano. Domesticamente, a empresa atua em vários Estados Brasileiros através de plantas sob o nome Gerdau ou de empresas pertencentes ao Grupo, como as usinas Aços Finos Piratini (RS), Cosigua (RJ), Usiba (BA), Açonorte (PE) e Açominas (MG). (www.gerdau.com.br – Acesso em 12 de dezembro de 2004) Estudos da Unctad – agência das Nações Unidas para o comércio e desenvolvimento – conforme Edward e Rydlewski (2004) esclarece, tem a Gerdau como a empresa brasileira com maior nível de internacionalização e, como tal, enfrenta concorrência tanto local, quanto global, dentre as quais pode-se citar a atual maior siderúrgica do mundo: a Arcelor, que está em processo de formação da holding Arcelor do Brasil reunindo ativos da maior rival nacional – a Belgo-Mineira, da Acesita e da Companhia Siderúrgica de Tubarão (CST); a futura maior siderúrgica do mundo: a indiana Mittal Steel Company, que vai nascer até o final de 2004 a partir da fusão de duas empresas já controladas por Mittal – a LMN Holdings e a Ispat International – e da compra da americana International Steel Group (ISG); a chinesa Baosteel; a segunda maior produtora de aço no mercado internacional: a ThyssenKrupp; da gigante brasileira CSN (Companhia Siderúrgica Nacional); entre outras que disputam um espaço neste mercado acirrado. Seus principais produtos são pregos, aços especiais, vergalhões, tarugos, fio-máquina, cantoneiras, barras chatas, arames produtos para construção civil, para a indústria e para a agropecuária. 3.2. HISTÓRICO Em 1901 começou a operar com a Fábrica de Pregos Pontas de Paris na cidade de Porto Alegre – Rio Grande do Sul. Então, seguiu sua expansão horizontal (através de produtos e mercados), vertical (ao longo da cadeia fornecedor-comprador) e geográfica (através de limites locais, regionais e nacionais). Assim, a partir de 1980, simultaneamente à implantação de várias fábricas em diferentes regiões no Brasil, lançou-se no cenário internacional. O dia 10 de dezembro de 1980 marca o início da internacionalização do Grupo Gerdau com a Siderúrgica Laisa no Uruguai. Desde então, a empresa busca novos mercados para além de suas fronteiras nacionais. A Gerdau cresce para o Canadá, em 1989, com a Courtice Steel em Cambridge, província de Ontario. E, posteriormente, reforça posição com uma segunda planta industrial, a MRM Steel, em Winnipeg, Manitoba. Começa a produzir no Chile, no ano de 1992, por meio da Siderúrgica AZA. E em 1999, inaugura nova planta no país: a Gerdau AZA Colina. Associa- 8 se com a laminadora Sipar Aceros S.A, em 1998, visando aumentar a participação no mercado Argentino. E no ano de 1999, além de lançar ADR’s nível II na NY Stock Exchange, compra a Ameristeel Corporation (2ª maior produtora de vergalhão nos Estados Unidos). E continua evoluindo no mercado norte-americano. Em 2002 assume a Siderúrgica Birminghan Southeast (5ª usina da empresa nos EUA) localizada em Cartersville, Atlanta, Georgia; e conclui a fusão da Gerdau com a Co-Steel na América do Norte, formando a Gerdau Ameristeel Corporation. Em fevereiro de 2004, adquiriu ativos da PotterForm & Tie Co., líder no suprimento de vergalhões cortados e dobrados e outros materiais para a produção de concreto armado no meio-oeste americano e em setembro do mesmo ano, firmou um contrato que prevê a compra de mais quatro usinas siderúrgicas americanas – a North Star Steel – antes pertencentes à multinacional Cargill, e três unidades de transformação de fio-máquina e uma planta industrial de produção de corpos moídos em aço para a indústria de mineração. Ainda em outubro, anuncia a compra de mais duas empresas nos EUA, a Gate City Steel e a RJ Rebar com o objetivo de expandir sua presença no Meio-Oeste americano. Segundo site do jornal Metálica (2004), mesmo após essas compras, a Gerdau quer ocupar “espaços vazios” entre a América do Norte e a América do Sul. Em entrevista, Johannpeter diz que “o grupo está analisando o mercado mexicano há dois ou três anos e que o mercado a ser conquistado na América do Norte não está no fim”. 3.3. INTERNACIONALIZAÇÃO 3.3.1. MERCADOS DE ATUAÇÃO • Uruguai Situado próximo à sede em Porto Alegre, foi o primeiro local fora dos limites nacionais a receber uma fábrica da Gerdau ainda antes da assinatura do Mercosul através da aquisição da Siderúrgica Laisa S/A. De acordo com o próprio livro da empresa intitulada Chama Empreendedora (2001) era uma empresa de pequeno porte, que graças ao Grupo Gerdau modernizou sua estrutura de produção, melhorou a qualidade de seus produtos e aumentou sua eficácia administrativa e sua competitividade a ponto de parte da produção atual, de 70 mil toneladas anuais, ser exportada para a Argentina e Paraguai, embora o foco seja a demanda interna. • Canadá Uma vez concretizada a estréia da empresa no mercado internacional, a Gerdau fez um movimento de grande ousadia adquirindo uma siderúrgica no Canadá. Mais uma vez, muitas dificuldades técnicas, estruturais, administrativas e gerenciais de absorção tiveram de ser superadas, porém havia ainda problemas referentes às “diferenças de língua e cultura, da distância e das baixas temperaturas na região dos Grandes Lagos” (Chama Empreeendedora, 2001, p.159); e continua, afirmando (op.cit., p.162): “A decisão de continuar investindo na Courtice Steel estava bem embasada. O negócio era interessante por suas condições gerais e sobretudo pelas possibilidades do mercado, tanto o da 9 construção civil como o da indústria mecânica nos dois lados da fronteira, nas duas regiões mais populosas e desenvolvidas no Canadá e Estados Unidos. Resultados satisfatórios começaram a ser colhidos depois de alguns anos e a empresa passou a apresentar boa rentabilidade”. O Canadá, de acordo com a FUNCEX (1999) é um dos países que mais se utilizam de medidas antidumping. Alguns produtos brasileiros, inclusive siderúrgicos e metalúrgicos, sofreram a incidência dessas medidas, revogadas logo depois e, hoje, as duas siderúrgicas que a empresa possui, no país, totalizam 660 mil toneladas anuais de capacidade instalada de aço, voltadas para atender principalmente aos mercados do Canadá e dos Estados Unidos. • Chile O relatório da FUNCEX (1999) conta que o Chile apresenta um regime comercial muito aberto, com tarifas praticamente uniformes em 11% com algumas poucas exceções. O comércio internacional do Brasil com tal país foi facilitado após 1996, pelo acordo de complementação econômica deste com o Mercosul e as barreiras técnicas e não tarifárias não causam sérios empecilhos para os produtos brasileiros. Porém a produção de aço no país, começou antes deste acordo, em 1992, com a Gerdau AZA, que atualmente conta com uma capacidade instalada anual de 360 mil toneladas de aço e duas unidades de laminação. No país, é a primeira siderúrgica a vender produtos pela web e a maior recicladora de sucata. • Argentina Os negócios da Gerdau no país abrangem uma laminadora, a Sociedad Industrial Puntana - SIPSA e uma participação societária de 38,2% na Sipar Aceros S/A que representa cerca de 20% das vendas locais. Em abril de 2002, realizou a reestruturação de seus negócios neste país, que resultaram na transformação da SIPSA em uma subsidiária integral da Sipar. Essa nova estrutura foi projetada para permitir uma maior sinergia entre as duas empresas, maximizar as oportunidades de negócios, potencializar os resultados e minimizar os impactos das flutuações do peso argentino frente às demais moedas. Apesar de este ser um país participante do Mercosul, o ministro da relações Exteriores, Celso Amorim, em entrevista à Gazeta Mercantil publicada no site Global 21 (09 dez.2004), confirma que há um impasse nas relações comerciais entre Brasil e Argentina devido às salvaguardas impostas por estes, que visam reduzir o comércio entre os dois países e proteger determinados setores industriais. Apesar deste fato, a empresa mantém boa rentabilidade, beneficiando-se da retomada da economia. • Estados Unidos Segundo relatório da FUNCEX (1999) os Estados Unidos da América são o principal mercado para os produtos brasileiros e seu principal fornecedor. Entretanto este país adota um grande controle tarifário sobre produtos importados o que dificulta as exportações brasileiras. Conforme Dweck (maio, 2004) analisa, uma importante vitória brasileira neste aspecto foi por conta da decisão da OMC que fizeram os americanos revogarem sobretaxas de até 30% sobre a importação de produtos siderúrgicos, e aponta, ainda, a Gerdau como grande beneficiária desta medida. 10 Mesmo assim, os Estados Unidos utilizam-se de rígidas barreiras técnicas e muitas barreiras não-tarifárias como restrições quantitativas, medidas de salvaguarda e, principalmente, medidas antidumping e compensatórias. Apesar disso, segundo a SECEX, o aço é um dos produtos mais competitivos do Brasil conforme quadro a seguir: AÇO: CUSTO DE PRODUÇÃO MÉDIO BRASIL Semi-acabado: De $ 135.00 a $ 171.00 / tonelada (média de $ 155.00) Laminado a frio: $ 310.00 / tonelada EUA Semi-acabado: De $ 179.00 a $ 248.00 / tonelada (média de $ 214.00) Laminado a frio: $ 430.00 / tonelada Fonte: SECEX • Brasil Como o jornal Valor (19 out.2004) noticia, o mercado de aços longos, Brasil, está em alta. De acordo com projeções do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), as vendas do produto vão crescer 19% no ano de 2004 e mais 7% em 2005. De 2003 a 2005, as exportações também devem crescer cerca de 10%. Esse crescimento, segundo Guy Dollé em entrevista publicada no site do jornal Metálica (3 nov.2004), indica uma mudança “profunda em relação ao eixo de gravidade da indústria siderúrgica” onde grandes consumidores do passado (EUA, Europa e Japão) respondem a 35% do consumo mundial de aço, enquanto países em desenvolvimento como China, Índia e Brasil que, estima, nos próximos 10 anos crescerão 10%. 3.3.2. O PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO NA GERDAU Nesta trajetória de internacionalização, o Grupo Gerdau teve de aprender a lidar com sistemas jurídicos, regulamentos comerciais, organizações sindicais diferentes, teve de conhecer os novos mercados e clientes, de encontrar soluções práticas de gestão e negociar com inteligência para eliminar tensões e fortalecer o espírito de parceria. Porém antes desse estágio, foi vivido um processo de decisão pela internacionalização. Analisemos, então, a atuação das forças chamada de restritivas, propulsoras e intermediárias nesta escolha feita pelo grupo, desde 1980 e suas implicações na atualidade. Comecemos pela livre circulação de idéias e informações, que são tratadas como ativos essenciais ao negócio e estimuladas dentro da empresa, com a cautela necessária àquelas informações restritas ou sigilosas ou quanto à divulgação para canais externos à organização. Internamente também, seus dirigentes possuíam a vontade de crescer justificada seja por uma exigência orgânica natural, imposta pela dinâmica do grupo; por uma medida preventiva de resguardo financeiro frente à desordem monetária e cambial instalada no Brasil; pela ocupação de espaços e mercados importantes ou por benefícios da troca de experiências entre as empresas brasileiras e outros centros siderúrgicos internacionais. Sua cultura global pode ser representada por sua Visão de – conforme site: “ser uma empresa siderúrgica internacional, de classe mundial.” O aço e seus derivados são produtos extremamente visados quando o assunto é controle nacional. Segundo um artigo de Moreira (2004) o principal produto da empresa em 11 questão, o vergalhão, é inviável para exportação. Grande parte desta inviabilidade deve-se a barreiras que “retiram” sua competitividade. O setor privado juntamente com o Governo Brasileiro tem conseguido importantes vitórias, tanto nas comissões de investigação antidumping – confirmado pela FUNCEX (1999), quanto na OMC. Os Acordos Econômicos como a Alca são muito bem vistos pela empresa, conforme dito em entrevista do Sr. Jorge Gerdau Johannpeter, diretor-presidente da empresa ao site Amanhã, (Demori; 2003): "Uma integração como a Alca será muito benéfica para nós, [pois] os EUA têm um mercado de alta qualidade que pode pagar preços melhores." O mercado apresenta grandes oportunidades para a empresa, devido a um aumento da demanda de produtos, por exemplo, os países em desenvolvimento que devem apresentar crescimento extraordinário como resultado do processo de expansão econômica dessas regiões. O presidente internacional da européia Arcelor, Guy Dollé, em entrevista ao site do jornal Metálica (2004), acredita que, “no Brasil, apenas a Gerdau surge como um grupo chamado de ''consolidador'', ou seja, aquele com cacife e músculos suficientes para crescer adquirindo outras empresas”, prevendo que as demais poderão ser alvo de compra por parte de grandes grupos estrangeiros. Os avanços na área de transporte e comunicação são importantes para o negócio na empresa. A empresa possui uma página para vendas eletrônicas a nível mundial e plantas estrategicamente localizadas perto de seus consumidores, pois conforme Moreira (2004) lembra, alguns analistas ponderam que certa unidade siderúrgica de uma concorrente, instalada no meio dos EUA, tem uma logística ruim, longe dos portos, e que depende da compra de placas para funcionar, o que pode fazer ruir toda uma estratégia internacional. A empresa serviu-se magistralmente das tendências econômicas mundiais e das forças de alavancagem. Moreira (2004) destaca que com seu lançamento no mercado internacional, o processo de internacionalização das siderúrgicas brasileiras deixou de ter conotação apenas expansionista, isto porque passou a ser uma arma poderosa contra o protecionismo, “principalmente do terceiro maior consumidor mundial de aço, os Estados Unidos”. Moreira assegura ainda que seu pioneirismo imprime um lugar entre as melhores recomendações dos analistas de bancos nos últimos anos na área siderúrgica, pois a simples expectativa de que a empresa tem seu lugar garantido no mercado dos EUA alimenta o bom desempenho às ações do grupo. Edward e Rydlewski (2004) declara que a Gerdau vislumbrou que para ser respeitado no acirrado mercado da siderurgia mundial, era necessário “colocar um pé fora do Brasil” e essa visão, facilitou o acesso a linhas de financiamentos a participação em mercados cada vez mais fechados e reduziu a dependência do mercado interno dela e de outras siderúrgicas. A empresa ressalta a busca da qualidade, em suas próprias palavras “com suas dimensões de qualidade intrínseca, custo, entrega, moral e segurança” procurando minimizar os conflitos entre resultados, tais como “volume e preço, entregas rápidas e baixos estoques, ganhos de escala e flexibilidade e operação e manutenção”. Assim, é capaz de prever uma expansão da produção dos atuais 7 milhões de toneladas para mais de 10 milhões de toneladas por ano a partir de 2007-2008 com exportação de cerca de 71% a cada ano, dependendo da flutuação da demanda do mercado interno. 12 4. CONCLUSÃO Muitos são os fatores passíveis de serem o estopim para um processo de internacionalização, porém, as empresas, através de uma análise de seu ambiente interno e externo, avaliam os prós e os contras e somente se decidem por lançar-se globalmente ao perceber uma fonte de vantagem competitiva que estabeleça um posicionamento estratégico consistente. O estudo do movimento internacional do Grupo Gerdau desvendou uma empresa à frente do seu tempo, que se antecipou à abertura econômica e à “maré” de globalização e descobriu os desafios e deleites de comercializarem com diferentes e promissoras nações. O seu pioneirismo tem rendido frutos financeiros e de market share que consolida a marca no plano dos consumidores. Plano, porque os produtos desta empresa, na verdade, não se justificam em si mesmos, fazem parte de algo maior, como a represa no Chile, várias pontes nos Estados Unidos e muitos outros projetos. A Gerdau divulga aos quatro cantos do mundo seu enorme êxito, mas o trabalho nos mostra que por mais que forças externas tenham sido claros sinais de oportunidades, a empresa internamente estava preparada para tal aventura. Embora com diferentes propósitos, havia um desejo intrínseco na diretoria em buscar esses novos canais de comércio que fossem relevantes ao crescimento organizacional. A grande sinergia facilitou a elaboração de um bom planejamento, que, por sua vez, resistiu às adversidades estruturais, culturais e climáticas encontradas, às desordens econômicas internas e externas, aos controles desleais mantidos sob a alegação de protecionismo. Então, após todo este estudo, verificou-se que para a internacionalização ser de fato uma boa estratégia é necessária uma combinação de elementos ambientais favoráveis aliados a uma boa dose de ousadia e determinação, estruturados num bom planejamento estratégico. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARCELOR vai investir na Belgo e acirrar disputa com Gerdau. Valor, Net, 19 out. 2004. Siderurgia. Disponível em: <http://www.metalica.com.br>. Acesso em: 10 dez.2004; ARMANDO, Eduardo. Competitividade Internacional em têxteis. 2003. 171 f.Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade de Economia e Administração, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003. BARBOSA, T.R.G.; SIQUEIRA, P.H.L. Processo de Internacionalização de Pequenas e Médias Empresas Brasileiras no Mercosul. Universidade Federal de Viçosa. XXVII ENAMPAD, 2003 BRASIL. Ações Governamentais. Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Net. Disponível em : <http://www.brasil.gov.br>. 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